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Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de instituições de ensino superior da cidade de Volta Redonda

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

MARCELLUS HENRIQUE RODRIGUES BASTOS

Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de

Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.

Volta Redonda/RJ 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

MARCELLUS HENRIQUE RODRIGUES BASTOS

Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de

Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense, como requisito para conclusão do Curso de Mestrado Profissional em Administração.

Orientadora:Prof.ªDr. CECILIA TOLEDO HERNÁNDEZ

Volta Redonda/RJ 2015

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca do Aterrado de Volta Redonda da UFF

B327 Bastos, Marcellus Henrique Rodrigues

Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda / Marcellus Henrique Rodrigues Bastos. – 2015. 126 f.

Orientador: Cecilia Toledo Hernández

Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda, 2015.

1. Empreendedorismo . 2. Ensino de Empreendedorismo. 3. Perfil Empreendedor. I. Hernández, Cecilia Toledo, orientador. II. Título

CDD 658.421

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

Titulo: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de

Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.

Autor :Marcellus Henrique Rodrigues Bastos

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Dedico este trabalho aos meus pais Marcos Luiz Bastos e Mirce e Fatima Rodrigues Bastos, que são o motivo de minha vida e força, e a meu tio Pedro Silva, exemplo de minha vida e inspiração a minha profissão de professor

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a DEUS acima de tudo por ter me dado a oportunidade de estar vivo, lutando por mais uma estrada, feitas de sorrisos e lágrimas, de compreensão e realizações, e por todos os desafios que me deu e tem dado a cada instante de minha vida, sem elas estaria sem a fé que tenho no pai e em mim para vencer as batalhas do dia-a-dia.

Agradeço aos meus pais Marcos e Mirce , por terem me dado base moral e caráter para vencer e superar os desafios quando estive quase a cair, entendendo a cada dia e noite, o esforço, as horas sem comer, o nervosismo, as noites mal dormidas em frente aos livros, e principalmente, ao ombro de carinho e conforto nos momentos mais difíceis.

A minha orientadora queridíssima Cecilia, que mais que uma orientadora, uma mãe e uma amiga, que acreditou no meu propósito de pesquisa, que me apoiou a cada investigação, que me cobrou com um carinho ímpar os prazos, e que acima de tudo, me ensinou muito mais que números e métodos multicritérios de tomada de decisão, me ensinou que a vida de um estudante e de um pesquisador é feita de esforço, nas quedas e nas vitórias, e que podemos sim, a cada segundo, virar o jogo da vida com verdade, dedicação e árduo estudo.

A minha eterna amiga, irmã e companheira de mestrado Teofânia, que foi até o fim dessa caminhada, inseparável nos estudos, longas noites de artigos e aulas um apoio e de um coração único, sua amizade e sorriso são boa parte dessa vitória.

Agradeço a meu amigo e irmão Rafael Fagundes, por ter sido um companheiro nos momentos de desabafo, pela amizade e sinceridade dura, mas correta e pontual, e por ser um incentivador nos momentos difíceis.

A minha amiga Luciane, que segurou os momentos mais complicados e que todo carinho e respeito me auxiliou com palavras gentis e carinhosas. Serei eternamente grato aos “dezembros, janeiros e fevereiros“ de virada de noites onde a vitória e o sorriso vieram de novo a minha vida.

Aos meus amigos do mestrado MPA - UFF 01, carinhosamente chamados de “Os Vingadores” que foram heróis na vida real no momento de queda e vitória, que incentivaram, caminharam e estenderam a mão a cada segundo A cada um de vocês - Capitão, DP, Mari, Vivi, Max, Sheila, Nardini, Miller, Ju, Fefa, Marcelo, Aline. Um grupo em que não se acaba no fim desse mestrado, pois laços assim se tornam fortes não pelo título, mais pelo brilhar nos olhos de cada um. Aos meus tios Pedro e Elane, que sempre apoiaram meus estudos, professores carinhosos que tenho como pais em minha vida.

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Aos meus mestres do mestrado, que sempre tiveram a paciência e carinho desde meu início como graduando na UFF de Administração, e que vem acompanhando meu crescimento como pessoa e profissional, que mostram a cada dia em seu trabalho um esforço, carinho e dedicação para ensinar e transmitir o conhecimento de forma prática e aplicada.

Aos amigos que me acompanham nos trabalhos da casa de caridade, que entenderam as minhas faltas aos sábados e domingos que não pude auxilia-los nos trabalhos aos carentes, mas que mesmo assim mantiveram suas orações e vibrações para que pudesse chegar a esse dia.

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Pois o que é um homem, o que ele possui?

Senão ele mesmo, então ele não tem nada para dizer as coisas que ele sente de verdade e não as palavras de alguém que se ajoelha. Os registros mostram, eu levei golpes e eu fiz do meu jeito. Frank Sinatra- My Way

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 19 1.1CONTEXTUALIZAÇÃO 19 1.2FORMULAÇÃO DA PESQUISA 23 1.2.1 Objetivo Geral 24 1.2.2 Objetivos Específicos 24 1.3ESTRUTURA DO DOCUMENTO 24 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25 2.1O EMPREENDEDORISMO – CONCEITOS 25 2.2PERFIL EMPREENDEDOR 27 2.3.O ENSINO DE EMPREENDEDORISMO 33

2.3.1. Métodos, técnicas e recursos pedagógicos para o ensino de empreendedorismo 36 2.3.2 Avaliação do ensino de empreendedorismo 41 2.4.MÉTODOS DE TOMADA DE DECISÃO COM MÚLTIPLOS CRITÉRIOS (MCDM). 44

2.4.1ANALYTIC HIERACHY PROCESS -AHP 45

2.4.2 Ratings 48

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 51

3.1.CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 51

3.2PROCEDIMENTOS DE BUSCA BIBLIOGRÁFICA 52

3.3PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 54

3.4PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS 56

4. RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO 59

4.1CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS GRUPOS PESQUISADOS 59

4.2MEDIÇÃO DAS DIMENSÕES E VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR 61

4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “A” 63 4.2.4 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “B” 69 4.2.5 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “C” 75

4.3ANÁLISE DOS RESULTADOS 80

4.3.1 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor 80

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 89

6. REFERÊNCIAS 94

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AEFE - Atividades Educacionais De Formação Em Empreendedorismo AIJ - Aggregation of Individual Judgement

AHP - Analytic Hierarchy Process ANP - Analytic Network Process

CCE - Características do Comportamento Empreendedor CCE DCN - Diretrizes Curriculares Nacionais

ELECTRE - Elimination and Choice Translating Reality GEM - Global Entrepreneurial Monitor

IES – Instituição de Ensino Superior

MACBETH - Measuring Attractiveness by a categorical based Evaluation Technique

MCDM - Multiple Criteria Decision Making - Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios

MPES - Micro e Pequenas Empresas MUSA -Multicriteria Satisfaction Analysis PMEs - Pequenas e Médias Empresas

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PROMETHEE - Preference Ranking Method for Enrichment Evaluation SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas TOPSIS - Technique for Order Preference by Similarity to Ideal Solution WoS - Web of Science

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1-ESTRUTURA DO TRABALHO ... 24

FIGURA 2-ESTÁGIOS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA ... 38

FIGURA 3-EXEMPLO DE ESTRUTURA HIERÁRQUICA ... 47

FIGURA 4-MODELO DO AHP COM RATINGS ... 50

FIGURA 5-QUADRO ESQUEMÁTICO DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 58

FIGURA 6-ESTRUTURA HIERÁRQUICA ... 62

GRÁFICO 1 - NÚMERO DE ARTIGOS PULICADOS NO PERÍODO DE 2004 A 2014 SOBRE O TEMA ENTREPRENEURIAL PROFILE + ENTREPRENERSHIP EDUCATION ... 53

GRÁFICO 2 -IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES“A” ... 81

GRÁFICO 3-IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES“B” ... 82

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1- FATORES PSICOSSOCIAIS, AMBIENTAIS E ECONÔMICOS DE COMPORTAMENTOS,

ATITUDES E AÇÕES EMPREENDEDORAS. ... 28

QUADRO 2-CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS –CCE'S ... 29

QUADRO 3 - OUTRAS ABORDAGENS SOBRE CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS –CCES ... 31

QUADRO 4-CARACTERÍSTICAS DO PERFIL EMPREENDEDOR ... 32

QUADRO 5 - MÉTODOS, TÉCNICAS E RECURSOS PEDAGÓGICOS UTILIZADAS AO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO ... 39

QUADRO 6-ESCALA DE VALORES PARA A COMPARAÇÃO POR PARES NO MÉTODO AHP. ... 47

QUADRO 7-PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ... 52

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1-RESPONDENTES POR GRUPO E IES PESQUISADA ... 60 TABELA 2 - RESUMO DA INFORMAÇÃO OBTIDA COM AS RESPSTAS DO BLOCO III (VALORES PERCENTUAIS) ... 60 TABELA 3-MATRIZ DE COMPARAÇÃO DAS INTENSIDADES DOS RATINGS ... 63 TABELA 4-MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR DO GRUPO I DA IES“A” ... 64 TABELA 5 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES“A” ... 65 TABELA 6 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES“A” ... 65 TABELA 7 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES“A” ... 65 TABELA 8 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES“A” ... 65 TABELA 9 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES“A” ... 65 TABELA 10 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES“A” ... 66 TABELA 11-RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES“A” ... 66 TABELA 12 -MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR (CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES“A” ... 67 TABELA 13 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES“A” ... 68 TABELA 14 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES“A” ... 68 TABELA 15 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES“A” ... 68 TABELA 16 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES“A” ... 68 TABELA 17 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES“A” ... 68 TABELA 18 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES“A” ... 68 TABELA 19-RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES“A” ... 69

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TABELA 20 -MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR (CRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES“B” ... 70 TABELA 21 -AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES“B”... 70 TABELA 22 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES“B” ... 71 TABELA 23 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES“B” ... 71 TABELA 24 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES“B” ... 71 TABELA 25 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES“B” ... 71 TABELA 26 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES“B” ... 71 TABELA 27-RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES“B” ... 72 TABELA 28 -MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR (CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES“B” ... 73 TABELA 29 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES“B” ... 73 TABELA 30 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES“B” ... 73 TABELA 31 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES“B” ... 73 TABELA 32 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES“B” ... 74 TABELA 33 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES“B” ... 74 TABELA 34 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES“B” ... 74 TABELA 35-RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES“B” ... 74 TABELA 36 -MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR (CRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES“C” ... 75 TABELA 37 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES“C”... 76 TABELA 38 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES“C” ... 76

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TABELA 39 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES“C” ... 76

TABELA 40 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES“C” ... 76

TABELA 41 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES“C” ... 77

TABELA 42 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES“C” ... 77

TABELA 43-RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES“C” ... 77

TABELA 44 -MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR (CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES“C” ... 78

TABELA 45 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES“C” ... 78

TABELA 46 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES“C” ... 79

TABELA 47 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES“C” ... 79

TABELA 48 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES“C” ... 79

TABELA 49 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES“C” ... 79

TABELA 50 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES“C” ... 79

TABELA 51-RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES“C” ... 80

TABELA 52-RESUMO DA IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR ... 84

TABELA 53-DISCIPLINAS QUE INCORPORAM O TEMA DE EMPREENDEDORISMO ... 86

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LISTA DE APÊNDICE

APÊNDICE A-FORMULÁRIO DE ENTREVISTAS COM COORDENADORES DAS IES ... 102 APÊNDICE B-QUESTIONÁRIO DA PESQUISA COM ALUNOS DAS IES ... 103 APÊNDICE C-COLETA DE DADOS GRUPOI E II-IESA... 106 QUADRO - C01-BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPOI–IESA...106 QUADRO-C02-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR -GRUPO I–IESA...107 QUADRO -C03-BLOCO I-IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR -GRUPO II–IESA...110 QUADRO -C04-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR-GRUPO II–IESA...112 APÊNDICE D-COLETA DE DADOS GRUPOI E II-IESB... ...114 QUADRO-D01-BLOCO I-IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR-GRUPOI –IESB...114 QUADRO -D02-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR-GRUPOI –IESB...115 QUADRO-D03-BLOCO I-IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR-GRUPOII –IESB...116 QUADRO-D04-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR -GRUPO II–IESB...118 APÊNDICE E-COLETA DE DADOS GRUPOI E II-IESC ... ....120 QUADRO-E01-BLOCO I-IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR-GRUPOI –IESC...121 QUADRO-E02-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR -GRUPOI –IESC...122 QUADRO-EO3-BLOCO I-IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR-GRUPOII –IESC...123 QUADRO EO4-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR-GRUPO II- IES C...125

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RESUMO

O empreendedorismo vem sendo discutido no meio acadêmico em diferentes áreas de pesquisa devido ao seu papel como agente influente na economia e no desenvolvimento regional. Uma peça integrante e de suma importância para o desenvolvimento do empreendedorismo é o sujeito empreendedor. O empreendedor possui características próprias que podem acompanhá-lo desde o nascimento, e outras, que podem ser adquiridas ou desenvolvidas por meio de programas de Educação Empreendedora. Neste sentido, o ensino do Empreendedorismo destaca-se como um dos recursos utilizados para a formação de novos empreendedores. Porém observa-se certa dificuldade na hora de se avaliar a eficiência do ensino-aprendizagem desse tema. Existem vários modelos de avaliação com particularidades específicas e a escolha depende de múltiplos fatores, onde tipo de sujeito a ser pesquisado tem importante peso. Assim, o objetivo deste trabalho foi hierarquizar quais são as características melhor desenvolvidas do perfil empreendedor de alunos ingressantes e concluintes de cursos de Administração nacidade de Volta Redonda,para dessa forma avaliar o ensino de Empreendedorismo. Esta alteração será analisada com base na importância que os grupos pesquisados atribua às dimensões e variáveis do perfil empreendedor, utilizando para isto Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios, especificamente o Analytic Hierarchy Process. Como resultado identificaram se comportamentos diferentes, quanto à importância das características empreendedoras inerêntes ao perfil empreendedor para cada Instituição de Ensino Superior, o que pode evidenciar que o tema do empreendedorismo é abordado de forma diferente. O estudo mostrou também valores baixos de importância para aspectos que devem ser relevantes em empreendedores e valores mais elevados para outros presentes no perfil de administradores de empresas. Com isto pode se concluir que é necessária uma maior integração entre a proposta da formação do perfil do novo bacharel em Administração com a proposta de formação do perfil empreendedor.

Palavras-chave: Ensino de Empreendedorismo; Perfil Empreendedor; Analytic Hierarchy

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ABSTRACT

Entrepreneurship has been discussed in academic circles in different areas of research because of its role as an influential agent in the economy and regional development. An integral part and very important for the development of entrepreneurship is the subject entrepreneur. The entrepreneur has its own characteristics that can accompany you from birth, and others that may be acquired or developed through the Entrepreneurial Education Programs. In this sense, the teaching of entrepreneurship stands out as one of the resources used for the training of new entrepreneurs. However there is some difficulty in the time to evaluate the teaching and learning of this issue of efficiency. There are various valuation models with specific features and the choice depends on multiple factors, which kind of subject being researched has significant weight. The objective of this study was to prioritize what are the best features developed the entrepreneurial profile of students entering and graduating from Management courses in the city of Volta Redonda, to thereby evaluate the teaching of entrepreneurship. This change will be analyzed based on the importance that the groups surveyed assign dimensions and variables of entrepreneurial, using for this Decision Making Methods with Multiple Criteria, specifically the Analytic Hierarchy Process. As a result identified is different behaviors, the importance of entrepreneurial characteristics inherent to entrepreneurial profile for each institution of higher education, which may show that entrepreneurship theme is approached differently. The study also showed low values of importance to aspects that should be relevant for entrepreneurs and higher values for other gifts in enterprise administrators profile. With this it can be concluded that greater integration between the proposal of the formation of the new bachelor profile in Business Administration with a proposal for the formation of the entrepreneur profile is required.

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19

1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo são estabelecidas as premissas básicas da pesquisa, objetivos, estrutura do trabalho, assim como aspectos gerais sobre o tema de estudo.

1.1 Contextualização

O termo empreendedorismo vem sendo discutido em diferentes áreas de pesquisa devido ao seu papel na economia e no desenvolvimento regional e, por conta de sua peculiaridade, que é tratar da criação de negócios por sujeitos empreendedores (DEGEN,

2009; HISRICHet al., 2009; MARTES, 2010).

O empreendedorismo surge através da percepção do sujeito empreendedor das oportunidades de criação de novos produtos e serviços que sejam economicamente fortes e relevantes tanto para a ciência quanto para a sociedade (BARON; SHANE, 2007). Os empregos e a geração de renda criados pela abertura de novas empresas mostram que o empreendedorismo move interesses de governos e sociedade que buscam alternativas para a promoção do crescimento econômico, e o consequente combate ao desemprego. (ROCHA; FREITAS, 2014).

O sujeito empreendedor, a partir do processo de criação, torna-se a peça central da natureza do empreendedorismo. Estudos sugerem que os sujeitos empreendedores

apresentam características e comportamentos comuns (CASSON, 1982). McClelland

(1961) classifica os empreendedores como: confiantes, perseverantes, diligentes, habilidosos, criativos, visionários, versáteis e perceptivos. Estudos posteriores de McClelland e Winter (1971) expõem que, para uma pessoa ser empreendedora deve trazer consigo determinadas características comportamentais empreendedoras (CCEs): Independência, autoconfiança, persuasão, rede de contatos, monitoramento e planejamento, estabelecimento de metas, busca de informações, exigência de qualidade e eficiência, correr riscos calculados, busca de oportunidade, iniciativa e comprometimento Morais (2000) defende que alguns indivíduos nascem empreendedores, outros necessitam de maior esforço para desempenhar tal papel. Tal afirmação pressupõe a ideia de que as CCEs são qualidades e valores que acompanham o sujeito empreendedor durante a sua vida, porém há outras características que podem ser adquiridas. A partir dessa definição, o ensino de empreendedorismo e seu foco na capacitação torna-se relevante para o entendimento do perfil de indivíduos interessados em empreender.

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20 De acordo com Souza et al. (2004) o perfil empreendedor pode ser desenvolvido no processo do ensino e aprendizagem. Esse desenvolvimento se dá mediante a capacitação do aluno para que crie, conduza e programe o processo criativo no sentido da elaboração de novos planos de vida, de trabalho, de estudo, de negócios, sendo responsável pelo seu próprio desenvolvimento e de sua organização.

O ensino do empreendedorismo é tido mais como um processo de desenvolvimento de habilidades e atitudes do que como um processo de transmissão de conhecimento. Neste aspecto, a educação empreendedora direciona seus esforços ao aprendizado do empreendedorismo nos diferentes níveis de ensino, com ênfase no ensino superior.

Lavieri (2010) aborda que a origem do ensino de empreendedorismo está associada aos cursos de Administração de empresas como uma necessidade prática. Segundo Paiva e Cordeiro (2002), o enfoque utilizado pelas escolas de Administração quanto à formação de empreendedores é voltado, em sua maioria, à orientação dos alunos para a formação de executivos e gerentes de organizações, em detrimento do estímulo à abertura de novos negócios para o atendimento das necessidades da realidade social e econômica do país. Contudo, surge outra visão, diferente da visão única da formação de administradores para grandes corporações a partir das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), promulgada em 2005 (ROCHA, 2012).

As DCN expuseram certas características do perfil empreendedor, incluindo o novo perfil do egresso, sendo estas tratadas tanto no perfil do administrador, quanto no do empreendedor. Segundo Rocha (2012), habilidades e competências como determinação, criatividade e disposição para mudanças foram inseridas no perfil dos administradores. Lopes (2010) argumenta que, por ter proposições semelhantes no desenvolvimento dessas habilidades e competências, o ensino de Empreendedorismo tende a se tornar mais relevante nos cursos de Administração.

As perspectivas na formação de empreendedores têm ocasionado à busca de modelos pedagógicos que atendam à formação empreendedora e que se aproximem das atitudes do perfil empreendedor (LOPES, 2010). Estudos apontam as diferenças entre a formação tradicional, que traz uma abordagem mais teórica e expositiva e a formação empreendedora, que tem sua abordagem numa base teórica complementada com atividades práticas (RUSKOVAVARA et al., 2010, PETERSON; LIMBU, 2010). Diferentes opções pedagógicas se apresentam com a finalidade do desenvolvimento da

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21 formação empreendedora, como aulas expositivas, apresentação de plano de negócios, jogos de empresas, estudos de caso, uso de filmes, vídeos, simulações (DOLABELA, 2008; HENRIQUE; CUNHA, 2008; KURATKO, 2005).

O ensino do empreendedorismo é mais do que a existência de uma disciplina na grade curricular de um determinado curso. Rocha e Freitas (2014) expoem um conjunto de métodos, técnicas e recursos válidos no ensino de empreendedorismo, portanto é mais conveniente pensar num conjunto de atividades de formação ou educação empreendedora para o ensino do empreendedorismo.

A maneira de avaliar o ensino de empreendedorismo não tem obtido consenso entre estudiosos do tema. São encontradas literaturas com vários modelos e critérios de medição na avaliação da efetividade da educação empreendedora, como, por exemplo, abertura de empresas, intenção de iniciar um novo negócio, perfil empreendedor, orientação empreendedora, aptidão e potencial empreendedor (MCGEE et al., 2009; WILSON et al., 2007; SILVA et al., 2009; CUBICO et al., 2010; SCHMIDT; BOHNENBERGER, 2009).

Dentre esses modelos, os mais usados para avaliar o ensino do empreendedorismo em estudantes são: a intenção de iniciar um novo negócio e o modelo do perfil empreendedor. Quanto ao primeiro, Carvalho e González (2006) propõem um modelo explicativo sobre a intenção empreendedora, com ênfase nos elementos acadêmicos, demográficos e os envolventes, familiar e social, mas somente explicam as relações diretas entre esses elementos e colocam como limitação o estudo das relações indiretas. Boyles (2012) comenta que o enfoque dos modelos que utilizam a intenção de abrir novos negócios ultrapassa as barreiras das Instituições de Ensino Superior (IES), porque podem ser incluídos outros fatores, tais como ambientais, pessoais, parentesco com empreendedores, nível social e educacional, isto faz com que esse modelo não seja o mais adequado para avaliação da aprendizagem do empreendedorismo de estudantes de graduação.

Quanto ao segundo modelo, o perfil empreendedor estuda características comuns que podem ser encontradas em um conjunto de empreendedores. Ferreira e Matos (2003) propuseram um modelo que contempla seis (6) critérios de avaliação do perfil empreendedor. Schmidt e Bohnenberger (2009) propuseram outro modelo, com seis (6) fatores ou critérios e 22 características que permitem aprofundar na medição do perfil empreendedor. Rocha (2012) e Rocha e Freitas (2014) utilizaram o modelo proposto por

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22

Schmidt e Bohnenberger (2009) para avaliar o perfil empreendedor de estudantes de cursos de Administração, demonstrando a validade e versatilidade do modelo. Os referidos autores chegaram a estabelecer diferenças entre algumas características do perfil empreendedor tomando com base dois grupos de estudantes (um grupo que participou de atividades de formação empreendedora e o outro grupo que não participou ou participou em menor medida) isto torna este resultado interessante para o presente trabalho.

O exposto por Rocha (2012), quanto às semelhanças entre o perfil do administrador e do empreendedor no âmbito das DCN de 2005 para os cursos de Administração, fez que essa pesquisa objetiva-se avaliar o ensino de Empreendedorismo em cursos de Administração utilizando para isto a escala desenvolvida por Schmidt e Bohnenberger (2009) e validada

por Rocha (2012). Desta maneira, abre-se a possibilidade de avaliação do perfil

empreendedor do estudante de Administração, o que pode contribuir para um melhor entendimento por parte das IES sobre o seu público, o estudante, e a sua vontade de empreender e sobre como as formas de ensino do Empreendedorismo podem contribuir para tal fim.

A pesquisa foi realizada entre estudantes de graduação de três (3) cursos em Administração localizados em Volta Redonda, cidade importante na região Sul-Fluminense devido ao número de empresas e pequenos empreendimentos na região que, por sua localização geográfica, entre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São

Paulo, agrega valor aos cursos de Administração das IES estudadas.

Segundo a pesquisa do GEM -Global Entrepreneurial Monitor (2013) o crescimento das

atividades empreendedoras na região Sudeste é o mais alto dentre as regiões brasileiras. Segundo dados da Receita Federal, divulgados no Portal Brasil em novembro de 2013, o número de Empreendedores individuais no Brasil cresceu, sendo o estado do Rio de Janeiro o segundo em número de trabalhadores que atuam por conta própria – 426.621 empreendedores individuais registrados, perdendo apenas para São Paulo, com 735.993 empreendedores individuais. Nesse número de registros de empreendedores individuais no estado do Rio de Janeiro, a região Sul – Fluminense representou em 2013, 8,63% do número de profissionais cadastrados no estado, sendo aproximadamente 36.826 pessoas no último ano que decidiram criar ou formalizar seu próprio negócio.

Isto reforça a pertinência do estudo. Logo, a pesquisa justificou-se pela busca da verificação e discussão que venha inicialmente explorar o perfil empreendedor dos

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23 estudantes para ajudar na concepção do ensino de Empreendedorismo nas IES estudadas. Futuramente essa vertente de pensamento poderá auxiliar às proposições de conteúdos, metodologias e laboratórios de aprendizagem empreendedora, além de possibilitar as IES realizar projetos e parcerias com as Pequenas e Médias Empresas (PMEs).

1.2 Formulação da pesquisa

Na prática, observa-se que a identificação do problema de pesquisa não é uma questão muito simples, pois, para tanto, há a necessidade de percorrer diversos ciclos para formular perguntas preliminares até a delimitação do problema e a definição da questão central (CRESWELL, 2007).

Aqui parte se do pressuposto que o perfil empreendedor pode ser desenvolvido no

processo do ensino e aprendizagem (SOUZA et al., 2004; MORAES, 2000. ROCHA, 2012; ROCHA, FREITAS, 2014). Portanto responder o seguinte questionamento: “Existe diferença em relação ao perfil empreendedor entre estudantes iniciantes e concluintes dos cursos de administração das IES estudadas?”, torna se o ponto de partida para avaliar o ensino de empreendedorismo em cada IES.

Esta diferença foi analisada com base na importância que cada grupo pesquisado

(estudantes iniciantes – estudantes do 1o e 2o período e estudantes concluíntes –

estudantes do 7º e 8º período) atribua às dimensões e variáveis propostas no modelo de perfil empreendedor de Schmidt e Bohnenberger (2009).

O método de pesquisa utilizado foi o misto que incorpora características de estudos qualitativos, onde as questões podem ser amplamente esclarecidas, possibilitando que a lacuna seja preenchida de mais de uma maneira. A incorporação de um caráter

quantitativo a uma parte do estudo, se evidencia mediante a utilização de Métodos de

Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios (MCDM).

Tendo como base as conclusões do trabalho de Rocha e Freitas (2014) que mostra diferenças para algumas características do perfil empreendedor entre estudantes que participaram e não partciparam de atividades de formação empreendedora,pretendeu-se com este estudo, ampliar esses resultados mostrando em qual estágio, dos definidos por

Andrade e Torkomian (2001) referente à formação e educação empreendedora, se

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24 final contribuirá com a avaliação da efetividade da educação empreendedora somente nas IES estudadas, sendo esta uma limitação da pesquisa.

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar as diferenças existentes no perfil empreendedor de estudantes que participaram de atividades de formação empreendedoras e estudantes que não participaram com o intuito de avaliar o ensino de empreendedorismo em cursos de Administração de 3 (três) IES da cidade de Volta Redonda.

1.2.2 Objetivos Específicos

Para tanto, com o intuito de atingir o objetivo geral, a presente pesquisa desdobrou- se nos seguintes objetivos específicos:

- Medir a importância das dimensões ou critérios que definem o perfil empreendedor segundo a percepção de cada grupo de estudantes mediante o uso de Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM; - Determinar as prioridades das variáveis que compõem cada dimensão, para

cada grupo de estudantes pesquisado, mediante o uso de Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM;

- Caracterizar o estágio da formação e educação empreendedora em cada IES.

1.3 Estrutura do Documento

Para dar cumprimento aos objetivos, o presente trabalho estruturou-se da forma mostrada na Figura 1:

Figura 1- Estrutura do Trabalho Fonte: Elaborado pelo autor (2015)

Na primeira parte do trabalho aparece a introdução, com a contextualização e justificativa da relevância da pesquisa. Seguindo, é apresentado o referencial teórico com os tópicos abordados no trabalho. A terceira parte trata dos procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. A quarta parte mostra os resultados com a devida análise. Por último, asconclusões e recomendações para futuros trabalhos.

Introdução Referencial Teórico Procedimentos Metodológicos Resultados da Pesquisa e análise dos resultados Conclusões

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo foram analisados diferentes aspectos sobre o tema de pesquisa, origens, conceitos e modelos de ensino e de avaliação do empreendedorismo a partir dos enfoques predominantes que existem na literatura. Completa a pesquisa, o estudo de métodos de tomada de decisão que auxiliarão no cumprimento dos objetivos desta Dissertação.

2.1 O empreendedorismo – conceitos

Segundo Venkataraman (1997), o empreendedorismo é o campo de estudo que busca a compreensão de como oportunidades podem gerar novos produtos e serviços, como essas oportunidades são descobertas, criadas e exploradas, e quais podem ser suas consequências posteriores à sua inserção no mercado. Ferreira et al., (2002) já interpretam o empreendedorismo como a disposição de um indivíduo de instituir negócios que gerem empregos, que satisfaçam algumas necessidades com a exploração de oportunidades e que mantenham a inovação sistemática no negócio, tendo diferenciações e mantendo a mesma competitividade.

Maximiano (2004) estabelece os seguintes pressupostos sobre o empreendedorismo: estímulo à iniciativa, responsabilidade e tomada de decisão, condescendência a falhas e falta de êxito, flexibilidade no uso dos recursos e tempo organizacional, formação de equipes multifuncionais capazes de detectar oportunidades no ambiente, capacidade de explorar e transformar tais oportunidades em negócios reais.

Longenecker et al., (1997) identificaram três elementos que seriam a essência do empreendedorismo: a inovação, o risco e a autonomia. Para uma atividade empreendedora, a liberdade ou autonomia é um fator fundamental para a concretização dos objetivos do empreendimento, aliado aos recursos, às estratégias de ação, como também à busca de oportunidades relevantes ao negócio.

Baron e Shane (2007) entram no campo da discussão e defendem que o empreendedorismo é definido como um processo que se move por fases distintas, mas intimamente relacionadas, que são: o reconhecimento de oportunidades, a decisão de ir em frente e reunir os recursos básicos para o inicio do processo, lançar um novo empreendimento, fazer a concepção de sucesso desse empreendimento e ter as recompensas sobre ele. O empreendedorismo ocorre, portanto, quando quatro condições básicas são alcançadas: motivação frente às tarefas, conhecimento, expectativa de ganho pessoal e, suporte do ambiente externo (BULL; WILLARD, 1993).

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Schumpeter (1985), defensor da corrente econômica do empreendedorismo, enfatiza a importância dos empreendedores para o processo de desenvolvimento econômico, com a criação de novos negócios e geração de empregos, fundamentando parte da essência inovadora e de mudança que envolvem o ato de empreender, ao utilizar a expressão destruição criativa. O autor considera, ainda, a inovação como a mola propulsora da criação de novos produtos, novos mercados e novas concepções de produção, tudo isso, atuando de forma direta no desenvolvimento da economia capitalista.

Dois conceitos são importantes para explicar o empreendedorismo: o empreendedorismo por necessidade e o empreendedorismo por oportunidade.

O empreendedorismo por oportunidade surge segundo Shane (2003) como uma sequência de passos, a partir da verificação da existência de uma oportunidade. O indivíduo empreendedor, dadas as suas características e habilidades pessoais, decide pela exploração da oportunidade. A partir desse ponto observado, o indivíduo empreendedor parte para a busca dos recursos necessários, após o qual estabelece a sua estratégia e, posteriormente, a executa.

Baron (2004) em seus estudos sobre o empreendedor cita que esse indivíduo reconhece as oportunidades e que tal reconhecimento tem uma ligação direta com o seu nível de conhecimento. Esse reconhecimento demanda do empreendedor a percepção coerente entre fatores que possam parecer desconexos, como: tecnológicos, econômicos, políticos e sociais; e, para tanto, esse empreendedor precisa de um conhecimento anterior que conecte todos esses pontos. Também cabe argumentar que esse conhecimento, sendo acessado pelo empreendedor, o permite formular ideias de negócios originais ou bem mais práticos do que os existentes.

No empreendedorismo por necessidade, segundo Block e Wagner (2010), os indivíduos se engajam em atividades autônomas, pois as opções de trabalho são ausentes ou insatisfatórias. Esta é a definição mais conhecida de empreendedorismo por necessidade. Outros autores, no entanto, identificam a palavra “necessidade” como vontade do indivíduo de empreender. Na busca por conhecer as necessidades que motivam um indivíduo a empreender, Birley e Westhead (1994), entrevistaram cerca de mil empresários em 11 países para identificar aspectos que caracterizavam sua personalidade, sendo encontradas:

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- Aprovação: busca a aprovação por seus comportamentos, com isso deseja conquistar alta posição na sociedade, ser respeitado pelos amigos, pela família, ser reconhecido;

- Independência: o empreendedor busca na independência impor seu próprio enfoque no trabalho, flexibilidade na vida pessoal e profissional, controlar seu tempo;

- Desenvolvimento pessoal: um novo empreendimento oferece inúmeras situações para que o empreendedor desenvolva seus conhecimentos e habilidades, inove, transforme ideias em produtos, aprenda continuamente;

- Segurança: necessidade do empreendedor de se proteger de perigos reais ou imaginários, físicos ou psicológicos; geralmente espera que sua empresa lhe permita rendimentos suficientes para manter uma vida digna para si e sua família; - Autorrealização: necessidade de maximizar seu potencial pessoal, é o querer

desenvolver a capacidade de superar seus próprios limites.

O conceito de empreendedor por necessidade, quando a necessidade é entendida como motivação ou vontade para empreender, é importante para determinar as características dos empreendedores. Portanto, entender as razões que movem um indivíduo empreendedor – já seja por necessidade ou oportunidade – torna-se relevante para o estudo do ensino de empreendedorismo. A partir da compreensão dos fatores externos e internos que podem influenciar no comportamento ou modelar o perfil empreendedor, o ensino do empreendedorismo pode estar em consonância com o mesmo. Entendendo os fatores, sejam eles exógenos ou endógenos, as IES podem modelar um programa de ensino de empreendedorismo que auxilie ou contribua com o desenvolvimento do perfil do discente que tem a vontade de ser um futuro empreendedor.

2.2 Perfil empreendedor

Pesquisas sobre a identificação dos traços mais fortes e características da personalidade e comportamento empreendedor têm sido estudadas por diferentes pesquisadores para determinar o perfil de um possível indivíduo empreendedor.

Nesse aspecto, a definição do perfil empreendedor é composta por características empreendedoras, que podem variar dependendo da visão e abordagem de cada autor. Segundo Dutra (2002), devido à diversidade de características citadas por diferentes estudos e autores, existe uma dificuldade para a descrição do perfil empreendedor ou até

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mesmo atribuir apenas um foco de estudo com base na literatura existente. Um exemplo desse tipo de pesquisa, é a possibilidade de categorizar essas características empreendedoras em fatores psicossociais e fatores ambientais e econômicos, sendo tais determinantes nas atitudes, comportamentos e ações empreendedoras. O Quadro 1 lista as categorias dos fatores psicossociais e os fatores ambientais que são determinantes a um perfil empreendedor.

Quadro 1- Fatores psicossociais, ambientais e econômicos de comportamentos, atitudes e ações empreendedoras.

Fatores psicossociais Fatores ambientais e econômicos

Iniciativa e independência Capacidade de trabalhar grupos de apoio Criatividade Capacidade de buscar investidores

Persistência Capacidade de superar obstáculos pela conjuntura econômica Visão de longo prazo Capacidade de trabalhar com escassez financeira Autoconfiança e otimismo Capacidade de superar obstáculos burocráticos do meio externo

Comprometimento Capacidade para boa escolha da localização Padrão de excelência Maior utilização de tecnologia

Persuasão Conhecimento do mercado e capacidade de utilizá-lo Necessidade de realização Construção de rede de informação e capacidade de utiliza-la

Coletividade Capacidade de se trabalhar em conjunto

Formação Capacidade ou conhecimento adquirido com o tempo por meio de educação

Fonte: Dutra (2002), adaptado de Degen (1989); Drucker (1987); Filion (1991); Schumpeter (1978); Dolabela (1999).

Duas abordagens se destacam nos estudos sobre empreendedorismo e o perfil do empreendedor: a abordagem econômica e a abordagem comportamental. A abordagem econômica é associada à inovação, representada por Schumpeter (1982). Segundo o autor, os empreendedores promovem a chamada “destruição criativa”, sendo esse processo definido como o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, criando constantemente novos produtos, novos modos de produção e novos mercados, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros. Já a abordagem comportamental está associada às características dos indivíduos empreendedores, representado por McClelland (1972), ao relacionar o conceito de

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empreendedor à necessidade de sucesso, de reconhecimento, de poder e controle. A corrente, composta pelos comportamentalistas, a qual será a base deste estudo, volta seus esforços de pesquisa a respeito do indivíduo empreendedor, as suas características no campo da psicologia e sociologia, observando seus aspectos, suas ações, hábitos e as atividades que o caracterizam.

McClelland (1961), identificou um forte elemento psicológico que denota os empreendedores bem-sucedidos: a “motivação por realizações” ou um “impulso para aprimoramentos”. Isso resultou em uma abordagem do empreendedorismo como um conjunto de comportamentos e práticas que podem ser observados e adquiridos. A abordagem comportamentalista do empreendedorismo sugere que tais comportamentos e práticas podem ser significativamente fortalecidos nos indivíduos por meio de treinamento. Em seus estudos, as chamadas características comportamentais do empreendedor -CCEs- foram delimitadas em três necessidades ou categorias: a de autorrealização, em que as pessoas testam seus limites no desejo de executar um bom trabalho e têm necessidade de feedback; as de planejamento, em que necessitam estabelecer, manter ou restabelecer relações emocionais positivas com outras pessoas; e as de poder, em que há forte necessidade e preocupação em exercer o poder sobre outras pessoas, além de apresentar a necessidade de ser influente e de causar impactos sociais. Estudos posteriores realizados por McClelland e Winter (1971) e McClelland (1972) foram a base para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD-, visando a capacitação de empreendedores, lançado oficialmente em 1988. O projeto identificou dez principais características comportamentais do empreendedor, ou competências comportamentais empreendedoras – que fazem parte da caracterização do perfil do empreendedor em programas de treinamento do SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – são apresentadas no Quadro 2:

Quadro 2 - Características Comportamentais Empreendedoras – CCE'S

AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES CATEGORIA: REALIZAÇÃO

CCE: Busca de oportunidades e iniciativa. Comportamentos: Faz as coisas antes de solicitado forçado pelas circunstâncias; Agem para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços;

Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.

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AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES

CCE: Exigência de qualidade e eficiência. Comportamentos: Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas ou mais barato; Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência;

Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.

CCE: Persistência. Comportamentos: Age diante de um obstáculo significativo;

Age repetidamente ou muda de estratégia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo; Faz um sacrifício pessoal ou desenvolve um esforço extraordinário para completar uma tarefa.

CCE: Independência e autoconfiança. Comportamentos: Busca autonomia em relação a normas e controles de outros;

Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores; Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um

desafio.

CATEGORIA: PLANEJAMENTO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

CCE: Correr riscos calculados. Comportamentos: Avaliam alternativas e calcula riscos deliberadamente;

Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados; Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.

CCE: Busca de informações. Comportamentos:

Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço;

Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.

CCE: Estabelecimento de metas. Comportamentos

Estabelecem metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal; Define metas de longo prazo, claras e específicas;

Estabelece objetivos mensuráveis e de curto prazo.

CCE: Planejamento e monitoramento sistemáticos. Comportamentos: Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos e mudanças

circunstanciais;

Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.

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AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES

CCE: Comprometimento. Comportamentos:

Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas e objetivos; Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho; Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo prazo,

acima do lucro a curto prazo.

CCE: Persuasão e redes de contato. Comportamentos:

Utiliza pessoas chave como agentes para atingir seus próprios objetivos; Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros;

Age para desenvolver e manter relações comerciais.

Fonte: adaptado para o SEBRAE/Empretec de McClelland, D. C., Winter, D. J. Motivating economic achievement . New York: Free Press, 1971 & McClelland, D. C. A sociedade competitiva: realização e

progresso social . Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972

Numa tentativa de unificação das abordagens citadas, a comportamentalista e a econômica, Filion (1999) apresenta uma teoria denominada “teoria visionária”. Para o autor, o empreendedor é visto como aquele que imagina e desenvolve visões, além de ser uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e de inovar, mantendo um nível de consciência do ambiente em que vive e utilizando-o para detectar oportunidades de negócios.

Morais (2000) argumenta, em relação às características comportamentais, que os empreendedores possuem atitudes inteligentes. Eles aproveitam as oportunidades, não esperam as oportunidades surgirem repentinamente. Por terem o sucesso como objetivo, eles esperam sempre o melhor desempenho. Os empreendedores não focam em fracassos, sabem que existem os obstáculos e possuem disposição e coragem para enfrentá-los. Conseguem ter uma atitude mental direcionada para a realização de suas vitórias, possuem bons canais de comunicação com a sua equipe, baseados na confiança recíproca. Outros autores também delinearam seus estudos em relação às características empreendedoras, advindo dos estudos comportamentalistas iniciados por McClelland

(1961). O Quadro 3 apresenta uma compilação das características e seus autores.

Quadro 3 - Outras abordagens sobre características comportamentais empreendedoras – CCEs

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

A partir dos referenciais teóricos citados (Quadro 3) sobre as características que formam o perfil empreendedor, Schimidt e Bohnenberger (2009), extraíram características e

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32 atitudes comuns, presentes diretamente ou indiretamente na personalidade empreendedora. Estas características foram conceituadas com o intuito de sustentar o processo de elaboração de um instrumento de medição. O Quadro 4 mostra as características do perfil empreendedor inicialmente definidas por Schmidt e Bohnenberger (2009).

Quadro 4 - Características do perfil empreendedor

CARACTERISTICAS DESCRIÇÃO

Auto-eficaz (AE)

É a estimativa cognitiva que uma pessoa tem das suas capacidades de mobilizar motivação, recursos cognitivos e cursos de ação necessários para exercitar controle sobre eventos na sua vida.

AUTOR CARACTERÍSTICAS

Ângelo (2003)

1. Criatividade e inovação 2. Habilidade ao aplicar a criatividade

3. Força de vontade e fé 4. Foco na geração de valor

5. Correr riscos Dolabela (2008) 1. Perseverança 2. Iniciativa 3. Criatividade 4. Protagonismo 5. Energia 6. Rebeldia de padrões 7. Capacidade de diferenciar-se 8. Comprometimento 9. Capacidade incomum de trabalho

10. Liderança 11. Orientação para o futuro

12. Imaginação 13. Pro atividade

14. Tolerância a riscos moderados 15. Alta tolerância à ambiguidade e incertezas

Dornelas (2008)

1. Visionários 2. Sabem tomar decisões 3. Agregam valor ao que fazem 4. Explora ao máximo as oportunidades

5. Determinados e dinâmicos 6. Dedicados

7. Otimistas 8. Independentes 9. Geram riqueza

10. Líderes e formadores de opinião 11. Bem relacionados

12. Organizados 13. Planejadores 14. Abertos ao conhecimento 15. Assumem riscos calculados 16. Criam valor para a sociedade

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CARACTERISTICAS DESCRIÇÃO

Assume Riscos calculados (AR)

Pessoa que, diante de um projeto pessoal, relaciona e analisa as variáveis que podem influenciar o seu resultado, decidindo, a partir disso, a continuidade do projeto.

Planejador (PL) Pessoa que se prepara para o futuro

Detecta oportunidades (DO)

Habilidade de capturar, reconhecer e fazer uso efetivo de informações abstratas, implícitas e em constante mudança.

Persistente (PE) Capacidade de trabalhar de forma intensiva, sujeitando-se até mesmo a privações sociais, em projetos de retorno incerto.

Sociável (SO) Grau de utilização da rede social para suporte à atividade profissional

Inovador (IN) Pessoa que relaciona idéias, fatos, necessidades e demandas de mercado de forma criativa.

Líder (LI) Pessoa que, a partir de um objetivo próprio, influencia outras pessoas a adotarem voluntariamente esse objetivo.

Fonte: Schimidt e Bohnenberger (2009).

Posteriormente, os próprios autores Schmidt e Bohnenberger (2009), analisaram e reduziram a seis (6) as características do Quadro 4 e elaboraram um instrumento de avaliação do perfil empreendedor com a nova proposta mostrada a seguir: Autorrealização (formada pelas características Auto-eficaz, Persistente e Detecta oportunidades), Líder, Planejador, Inovador, Assume riscos e Sociável.

2.3. O ensino de empreendedorismo

Entre as diferentes questões que envolvem o ensino de empreendedorismo, cabe a discussão sobre a orientação que as Instituições de Ensino Superior –IES - têm oferecido aos estudantes na formação de novos empreendedores. Relacionado a esse pensamento, Paes de Paula (2001), cita que as instituições de ensino brasileiras atuam como disseminadoras de ideias, teorias e modismos produzidos fora do país, não dando aos estudantes a criação de um cenário local, assim, não relativizando a importância do universo das Micro e Pequenas Empresas - MPES.

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34

Dornelas (2001) cita que há alguns anos poderia ser considerado errôneo um recém-formado se lançar no mercado como criador de um negócio próprio, em detrimento de oportunidades em empresas privadas e públicas, sendo ambas com melhores benefícios, altos salários e prestígio diante a sociedade.

Dornelas (2001) ainda argumenta que o ensino nos cursos de Administração esteve voltado para a formação de empregados e mão-de-obra especializada, direcionada, principalmente, para as grandes empresas. Com o cenário econômico e social em mudança, onde o direcionamento passou a ser na criação de empresas, boa parte das universidades não estavam preparadas para o ensino do empreendedorismo.

Dolabela (1999) explica que se faz necessário que as IES, no intuito de formar seus estudantes, transpassem a fronteira da criação de novos negócios, e que criem relações e associações com diferentes classes de entidades, como autarquias, instituições de crédito, sindicatos, associações comerciais, governos locais, estaduais e federais, órgãos de fomento e todos aqueles que, de alguma forma auxiliem e que possam, no futuro, fazer parte, direta ou indiretamente, do empreendedor.

Filion (2001) defende a importância do ensino de empreendedorismo nas Instituições de ensino, contudo, o mesmo não pode ser ensinado como outras matérias isoladas. O autor argumenta que, para ensinar o empreendedorismo, é necessário o desenvolvimento de programas e cursos como sistemas de aprendizado e experimentação, que sejam adaptados a esse campo de estudo, proporcionando ao estudante a estrutura de contextos reais, que o auxilie na compreensão das diferentes etapas de seu desenvolvimento. Estudos realizados por Martin et al., (2013) mostram que a formação do capital humano a respeito das atividades de educação e treinamento voltada para o empreendedorismo pode ter relação com a criação e o desenvolvimento de empresários. Em suas pesquisas, numa visão mais ampla, o mesmo contempla as relações positivas dos ativos de capital humano com a educação empreendedora, podendo esta educação e treinamento voltados para o empreendedorismo ter ligações, diretas ou indiretas, com os ativos de formação de capital humano.

Kuratko (2005) e Weaver et al., (2006) mostram uma ligação importante entre o empreendedorismo voltado aos resultados e a educação para o empreendedorismo e treinamento. Outro ponto levantado na revisão bibliográfica no estudo de Martin et al., (2012), mostra que o ensino de empreendedorismo e treinamento é dividido em duas

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vertentes: a do ensino direcionado de curta duração, moldado ao treinamento de empresários; e o ensino de empreendedorismo acadêmico, onde essas forças estão voltadas às universidades.

No primeiro caso, o estudo mostra uma relação significativamente positiva, onde os cursos e ensino de empreendedorismo de curta duração estão direcionadas ao desenvolvimento das competências empreendedoras voltados ao surgimento e criação de empreendimentos particulares em uma determinada localidade. Já a área acadêmica do ensino de empreendedorismo tem seu foco na compreensão de conceitos sobre o empreendedorismo, como a identificação das oportunidades de empreendimento, as formas de tomada de decisão em situações que possam ser ambíguas e relações de causa e efeito mediante a ações preconizadas pelos indivíduos empreendedores. (LEE et al., 2004).

O estudo de Martin et al., (2013), de forma geral, argumenta que a área de pesquisa e estudo sobre o empreendedorismo, mais especificamente o ensino, está em amplo crescimento. Contudo, em relação aos programas de ensino de empreendedorismo e suas abordagens qualitativas cabe a verificação de que tais estudos podem ter “equívocos”, principalmente, em relação aos impactos sobre resultados na formação de empreendedores.

Segundo Martin et al., (2013) um bom número de estudos e pesquisas abordam um resultado positivo no ensino de empreendedorismo e na formação e desenvolvimento de empreendedores, porém há um número significativo de estudos e pesquisas que apresentam resultados negativos, ou que não têm relação direta entre o ensino de empreendedorismo e o desenvolvimento de empreendedores, assim, não deixa claro se a relação do ensino de empreendedorismo pode ser determinante para formar um empreendedor bem sucedido.

A busca pela qualidade e resultados satisfatórios do ensino empreendedor torna-se um ponto de relevância no ensino de empreendedorismo. Contudo, essa busca pela eficiência e pela qualidade no ensino de empreendedorismo, especificamente no Brasil, tem encontrado dificuldades devido à carência de docentes especializados nesta área. Dornelas (2001) argumenta que a popularidade do tema no país surgiu, principalmente, devido à criação de inúmeras MPEs com uma elevada taxa de mortalidade. De forma contrária, nos países desenvolvidos, o surgimento do ensino de empreendedorismo foi

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gradativo, possibilitando aos docentes uma melhor adequação aos temas vigentes e a uma melhor qualificação na abordagem do tema.

Para Oliveira (2012), é possível ensinar empreendedorismo, sendo que tal aprendizado deve ser adaptado à lógica do campo de estudo. Muitos estudantes que se matriculam nessa disciplina não querem se tornar empreendedores, mas vários querem descobrir o universo empreendedor.

Oliveira (2012) também estabelece a diferença entre universitários e empreendedores, visto que universitários tendem a priorizar elementos de conceitualização e abstração, enquanto os empreendedores preferem algo mais concreto. O autor ainda argumenta que pesquisas recentes indicam que não existe nenhuma ligação entre o nível de aprendizado e o sucesso nos negócios, porém numa visão mais acurada, essa pesquisa foi única e exclusiva, isso se deve ao fato de que boa parte dos empreendedores estudados tem um grau de escolaridade e trabalha em áreas vinculadas à tecnologia, área esta em que as condições de sucesso e fracasso são muito variadas. Então, a questão de avaliar a relação entre o ensino de empreendedorismo em estudantes universitários e o desenvolvimento de negócios pelos mesmos, torna-se difícil e as conclusões tem que ser cautelosas e não generalizadoras, porque outros fatores podem interferir.

No âmbito das discussões sobre as formas e maneiras direcionadas ao ensino do empreendedorismo, deve-se considerar as pesquisas feitas por Guimarães (2002) em escolas Americanas, onde o autor verifica as principais metodologias de ensino e os conteúdos programáticos mais utilizados para a disciplina de empreendedorismo. A pesquisa aborda que, predominantemente, são conteúdos voltados ao planejamento e à criação de novas empresas que analisam o perfil, as habilidades e o comportamento dos empreendedores para a viabilização do processo. Quanto às metodologias para o ensino do empreendedorismo, são usados depoimentos de empreendedores de sucesso, estudos de caso e planos de negócios, aspectos estes que serão explicitados no próximo tópico.

2.3.1. Métodos, técnicas e recursos pedagógicos para o ensino de empreendedorismo

O ensino de empreendedorismo se apresenta de diferentes formas no seu processo pedagógico. Neste sentido destacam-se duas abordagens pedagógicas: a primeira direcionada à educação sobre empreendedorismo, e a segunda trata da educação para o empreendedorismo (LAUTENSCHALAGER; HAASE, 2011).

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Nas atuais literaturas sobre o tema “ensino de empreendedorismo” destacam-se mais os estudos voltados com maior preocupação e o ímpeto referentes à segunda abordagem, o da educação para o ensino de empreendedorismo, no intuito de formação de empreendedores atuantes. (GIOVANELA et al., 2010; CHEUNG; AU, 2010)

Em seus estudos, Leutenschlager e Haase (2011) reforçam que existem aspectos do empreendedorismo que podem sim, ser fáceis de ensinar, outros já não são possíveis. Habilidades e competências como criatividade, inovação, ações proativas, tomada de decisões e riscos são aspectos ainda não trabalhados da melhor forma por metodologias de ensino. Pesquisadores e estudiosos da educação empreendedora, defendem uma linha de trabalhos pedagógicos mais direcionados à prática como a mais apropriada ao ensino de empreendedorismo. A aula tradicional pode ser usada para transferência de conhecimentos teóricos e utilizar, além disso, recursos pedagógicos mais práticos e dinâmicos para o desenvolvimento do empreendedor. (HOINIG, 2004; RUSKOVAARA et al., 2010; PETERSON; LIMBU, 2010)

Uma das visões que se deve ter em relação ao ensino de empreendedorismo está no conceito de Andrade e Torkomian (2001), que mostram os estágios de programas para o desenvolvimento da educação empreendedora. Os autores estabelecem que a Educação Empreendedora é o processo que tem como objetivo o desenvolvimento do ser humano no âmbito da identificação e aproveitamento de oportunidades e sua posterior transformação em realidade, contribuindo assim para a geração de valores financeiros, sociais e culturais para a sociedade na qual está inserido.

Segundo Andrade e Torkomian (2001) podem ser mensurados diferentes estágios de evolução de uma formação e educação empreendedora, principalmente em função de aspectos internos das IES (cultura, infraestrutura), e externos (influência do mercado de trabalho, diretrizes políticas). O entendimento desses estágios é importante para que a estruturação de programas posteriores voltados ao empreendedorismo seja coerente com a realidade presente na instituição. Esses estágios evolutivos podem ser vistos na Figura 2.

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38 Figura 2 - Estágios de programas de educação empreendedora

Fonte: Adaptado de Andrade e Torkomian (2001)

A compreensão dos estágios sobre a educação empreendedora defendida por Andrade e Torkomian (2001), modela o pensamento da forma e metodologias de ensino que podem

5. Centro de Empreendedorismo:

Este estágio apresenta um elevado grau de estímulo à cultura empreendedora dentro da instituição. Algumas características observadas são a integração com a comunidade empresarial, presença de incubadoras de empresas, empresas juniores, prestação de serviços para a comunidade envolvendo consultoria, assessoria e treinamento em aspectos relacionados à criação e gestão de empresas, vivência empresarial dos alunos na comunidade e uma integração entre o corpo docente da instituição no que diz respeito ao estímulo à cultura empreendedora nas ementas das disciplinas do programa de graduação.

4. Cultura empreendedora nas disciplinas do programa de graduação:

Caracteriza-se pelo direcionamento das atividades previstas nas disciplinas do programa de graduação - como um todo - para o estímulo à cultura empreendedora. O corpo docente apresenta-se sensibilizado e capacitado para essa atuação.As disciplinas técnicas e não relacionadas ao ambiente de negócios procuram desenvolver seus temas específicos utilizando associações e exemplos, objetivando o desenvolvimento indireto de aspectos da cultura empreendedora.

3. Conjunto de disciplinas específicas:

É feita uma análise de programa do curso de graduação e a inserção de diversas disciplinas dentro de uma estratégia de formação empreendedora caracterizam este estágio. As disciplinas podem ter foco em negócios, aspectos comportamentais, análises técnicas, desenvolvimento de pesquisas, entre outros.

2. Disciplina específica:

Existe a formalização do estímulo à cultura empreendedora disponibilizada através de uma disciplina constante da programação do curso de graduação, podendo ser obrigatória ou eletiva. Essa disciplina, genericamente, aborda conceitos de plano de negócios, aspectos de mercado, aproveitamento de oportunidades na área de formação, entre outros assuntos.

1. Atividades isoladas:

Caracterizada por atividades isoladas, geralmente informais, demandadas pelos alunos ou estimuladas por professores. Estas atividades normalmente se referem a informações ou projetos sobre criação de empresas, mercado de trabalho e tendências de mercado

Referências

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