• Nenhum resultado encontrado

Existência de ciclos hamiltonianos via técnicas espectrais

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Existência de ciclos hamiltonianos via técnicas espectrais"

Copied!
72
0
0

Texto

(1)

INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA CURSO DE GRADUAÇÃO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Guilherme Brandão Pereira

EXISTÊNCIA DE CICLOS HAMILTONIANOS VIA

TÉCNICAS ESPECTRAIS

NITERÓI 2016

(2)

Guilherme Brandão Pereira

EXISTÊNCIA DE CICLOS HAMILTONIANOS VIA TÉCNICAS ESPECTRAIS

Monografia apresentada à Coordenação do Curso Graduação de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para aprovação na disciplina Monografia (GGT 00013).

Orientador: Renata Raposo Del-Vecchio

Niterói 2016

(3)
(4)

Guilherme Brandão Pereira

EXISTÊNCIA DE CICLOS HAMILTONIANOS VIA TÉCNICAS ESPECTRAIS

Monografia apresentada à Coordenação do Curso Graduação de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para aprovação na disciplina Monografia (GGT 00013). .

Aprovada em: 11/01/2017

Banca Examinadora

_______________________________________________ Prof. Renata R. Del-Vecchio - Orientador

Doutor – Universidade Federal Fluminense

_______________________________________________ Prof. Cybele T. M. Vinagre - Membro

Doutor – Universidade Federal Fluminense

_______________________________________________ Prof. Miriam Del Milagro Abdon - Membro

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por tudo.

Aos meus pais, e minha irmã pelo apoio e ajuda em todos os momentos.

Aos meus amigos e em especial à Hemily por estarem comigo nessa caminhada.

À professora Renata e a professora Cybele, por me incentivar na pesquisa e na caminhada acadêmica.

(6)

RESUMO

Matrizes podem ser associadas a um grafo, (matriz de adjacência e matriz laplaciana, dentre outras). Um dos principais problemas da teoria algébrica de grafos é determinar precisamente como e quando, propriedades de grafos são refletidas através das propriedades algébricas de tais matrizes. Esta linha de investigação recebe o nome de Teoria Espectral de Grafos. No presente trabalho estudamos grafos hamiltonianos e hiperhamiltonianos. Um grafo é dito hamiltoniano quando existe um ciclo contido nesse grafo, que contenha todos os seus vértices. Se um grafo é hamiltoniano, e ao retirar um vértice qualquer de seu conjunto de vértices, e o grafo obtido for um grafo hamiltoniano, então o grafo é dito hiperhamiltoniano. São conhecidas condições suficientes sobre o espectro de um grafo para que ele seja hamiltoniano. Porém, não existe caracterização de grafos hiperhamiltonianos através de seus autovalores. Neste trabalho buscamos estas caracterizações, usando os autovalores da matriz de adjacência, matriz laplaciana e matriz distância. Apresentamos também famílias infinitas de grafos

threshold contendo grafos hamiltonianos e hiperhamiltonianos.

Palavras-chave: Grafos hamiltonianos. Grafos hiperhamiltonianos. Condições

(7)

ABSTRACT

Matrices can be associated to a graph, (adjacency matrix and Laplacian matrix, among others). One of the main problems of the algebraic theory of graphs is to determine precisely how and when, properties of graphs are reflected through the algebraic properties of such matrices. This line of investigation is called Spectral Theory of Graphs. In the present work we study Hamiltonian and hyperhamiltonian graphs. A graph is said to be Hamiltonian when there is a cycle contained in this graph, which contains all its vertices. If a graph is Hamiltonian, and when removing any vertex of its set of vertices, and the graph obtained is a Hamiltonian graph, then the graph is said Hyperhamiltonian. Sufficient conditions are known on the spectrum of a graph so that it is Hamiltonian. However, there is no characterization of hyperhamiltonian graphs through its eigenvalues. In this work we look for these characterizations, using the eigenvalues of the adjacency matrix, laplacian matrix and distance matrix. We also present infinite families of threshold graphs containing Hamiltonian and Hyperhamiltonian graphs.

Keywords: Hamiltonian graphs. Hyperhamiltonian graphs. Spectral conditions. Graphs threshold families.

(8)

Conte´

udo

1 Introdu¸c˜ao 3

2 Grafos e matrizes 5

2.1 Grafos . . . 5

2.1.1 Grafo complementar . . . 6

2.1.2 Grafo regular de grau k ou k-regular . . . . 6

2.1.3 Grafo completo . . . 7

2.1.4 Cadeias, caminhos e ciclos: . . . 8

2.1.5 Grafo conexo . . . 8

2.2 Grafos Thresholds . . . . 8

2.2.1 Abacaxi . . . 10

2.3 Opera¸c˜oes com grafos . . . 10

2.3.1 Uni˜ao (∪) . . . 10

2.3.2 Join (∨) . . . 11

2.4 Matrizes . . . 11

2.4.1 Matriz de adjacˆencia . . . 12

2.4.2 Matriz laplaciana . . . 13

2.4.3 Matriz distˆancia . . . 13

2.5 K-fecho . . . 14

3 Teoria espectral de grafos 16 3.1 Resultados conhecidos . . . 16

4 Grafos hamiltonianos 19 4.1 Resultados conhecidos . . . 20

4.2 Teoremas espectrais importantes . . . 29

5 Grafos hiperhamiltonianos 34 5.1 Condi¸c˜oes suficientes n˜ao espectrais para um grafo ser hiperha-miltoniano . . . 35

(9)

5.2 Condi¸c˜oes suficientes espectrais para um grafo ser hiperhamil-toniano . . . 38

6 Hamiltonicidade, hiperhamiltonicidade e outras matrizes 44

6.1 Matriz laplaciana . . . 44 6.1.1 Resultados conhecidos da literatura sobre o espectro

da matriz laplaciana . . . 44 6.1.2 Novas condi¸c˜oes de hamiltonicidade para grafos threshold 45 6.1.3 Novas condi¸c˜oes de hiperhamiltonicidade para grafos

threshold . . . . 46 6.2 Matriz Distˆancia . . . 47 6.2.1 Resultados conhecidos para um grafo ser hamiltoniano 48 6.2.2 Resultados obtidos para um grafo ser hiperhamiltonianos 52 6.3 Comparando com os Resultados sobre a Matriz de Adjacˆencia 54

7 Grafos hiperhamiltonianos em fam´ılias de grafos threshold 56

7.1 Fam´ılia Fn,n−2 . . . 56 7.2 Fam´ılia Fn,n−3 . . . 59

(10)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

Matrizes podem ser associadas a um grafo, (matriz de adjacˆencia e matriz laplaciana, dentre outras). Um dos principais problemas da teoria alg´ebrica de grafos ´e determinar precisamente como e quando, propriedades de grafos s˜ao refletidas atrav´es das propriedades alg´ebricas de tais matrizes. Esta linha de investiga¸c˜ao recebe o nome de Teoria Espectral de Grafos.

No presente trabalho estudamos grafos hamiltonianos e hiperhamiltoni-anos. Um grafo ´e dito hamiltoniano quando existe um ciclo contido nesse grafo, que contenha todos os seus v´ertices. Se um grafo ´e hamiltoniano, e ao retirar um v´ertice qualquer de seu conjunto de v´ertices, o grafo obtido for um grafo hamiltoniano, ent˜ao o grafo ´e dito hiperhamiltoniano.

S˜ao conhecidas condi¸c˜oes suficientes sobre o espectro de um grafo (au-tovalores da matriz de adjacˆencia associada ao grafo) para que ele seja ha-miltoniano ([2], [5], [7],[9], [11]). Por´em, n˜ao existe caracteriza¸c˜ao de grafos hiperhamiltonianos atrav´es de seus autovalores. Neste trabalho, buscamos condi¸c˜oes, relacionadas aos autovalores de algumas matrizes que podem ser associadas a grafos, que possam garantir que um grafo seja hiperhamiltoni-ano. Tamb´em investigamos caracter´ısticas pr´oprias de grafos que possam for-necer condi¸c˜oes para que um grafo seja hiperhamiltoninano e novas condi¸c˜oes para um grafo ser hamiltoniano, al´em das condi¸c˜oes j´a existentes na literatura da teoria espectral de grafos.

Esta monografia est´a dividida em 7 cap´ıtulos. No cap´ıtulo 2 apresentamos os conceitos e nota¸c˜oes sobre grafos e matrizes necess´arios ao atendimento texto. O cap´ıtulo 3 cont´em os resultados gerais de teoria espectral de grafos que ser˜ao utilizados adiante. No cap´ıtulo 4 apresentamos os resultados sobre grafos hamiltonianos com as demonstra¸c˜oes detalhadas. Essas demonstra¸c˜oes foram adaptadas para o caso dos gafos hiperhamiltonianos, no cap´ıtulo 5. O cap´ıtulo 6 ´e dedicado ao estudo de hamiltonicidade e hiperhamiltonicidade relacionado a outras matrizes. No cap´ıtulo 7 apresentamos fam´ılias de

(11)

ga-fos threshold hiperhamiltonianos. Finalmente, no cap´ıtulo 8, apresentamos conclus˜oes e propostas de continuidade deste trabalho.

(12)

Cap´ıtulo 2

Grafos e matrizes

2.1

Grafos

Matematicamente, um grafo ´e uma estrutura G = G(V, E), onde V =

{v1, v2, . . . , vn} ´e um conjunto finito e n˜ao vazio, cujos elementos s˜ao deno-minados v´ertices, e E ={e = vivj; vi, vj ∈ V } ´e um conjunto de subconjuntos de dois elementos de V denominados arestas. Indicamos por |V | e |E|, res-pectivamente, o n´umero de v´ertices e o n´umero de arestas de G.

Figura 2.1: No grafo acima, V ={v1, v2, v3, v4, v5} e E = {e1, e2, e3, e4, e5, e6},

e portanto, |V | = 5 e |E| = 6.

Se u, v ∈ V e e = uv ∈ E , dizemos que a aresta e incide em u e v. O grau de um v´ertice v, denotado por d(v), ´e o n´umero de arestas que incidem em

v. V´ertices ligados por arestas s˜ao ditos v´ertices adjacentes. Quando V ´e um conjunto unit´ario e E =∅ dizemos que G ´e o grafo trivial. Consideraremos

(13)

apenas grafos sem arestas ligando um v´ertice a ele mesmo (la¸cos), sem arestas m´ultiplas (mais de uma aresta incidindo no mesmo par de v´ertices) e sem orienta¸c˜ao. Estes grafos s˜ao chamados grafos simples, mas nos referiremos a eles como grafos.

Se G = G(V, E) ´e um grafo, quando G′ = G′(V′, E′) ´e um grafo satisfa-zendo V′ ⊆ V e E′ ⊆ E escrevemos G′ ⊆ G e dizemos que G′ ´e um subgrafo de G. Quando G′ ´e um subgrafo de G e G′ ̸= G, dizemos que G′ ´e um subgrafo pr´oprio de G.

Figura 2.2: Na figura, o grafo da direita ´e um subgrafo do grafo da esquerda e ´e tamb´em um subgrafo pr´oprio desse grafo.

Apresentamos a seguir alguns tipos especiais de grafos que aparecer˜ao ao longo deste trabalho.

2.1.1

Grafo complementar

Grafo complementar de um grafo G, ´e o grafo ¯G = ¯G( ¯V , ¯E) obtido de G = G(V, E) de tal forma que ¯V = V e (vi, vj) ´e uma aresta em ¯G quando (vi, vj) n˜ao ´e uma aresta de G.

2.1.2

Grafo regular de grau k ou k-regular

´

(14)

Figura 2.3: Um grafo e seu complementar.

Figura 2.4: Grafo 3-regular.

2.1.3

Grafo completo

Grafo completo ´e o grafo no qual quaisquer dois v´ertices distintos s˜ao adjacentes. Para cada n ≥ 2, o grafo completo com n v´ertices ´e (n − 1)-regular e denotado por Kn.

(15)

2.1.4

Cadeias, caminhos e ciclos:

Uma sequˆencia finita v1, v2, ..., vk de v´ertices de um grafo G(V, E) ´e dita uma cadeia (walk ) de v1 a vk quando (vi, vi+1)∈ E(G) para 1 ≤ i ≤ k − 1 . Dizemos que v1, v2, ..., vk ´e uma cadeia fechada quando v1 = vk (respectiva-mente, cadeia aberta quando v1 ̸= vk).

Um caminho (path) ´e uma cadeia em que todos os v´ertices s˜ao distintos. Um caminho fechado ´e denominado ciclo. O comprimento de um caminho ou de um ciclo ´e o n´umero de arestas que ocorrem em cada um. O caminho e o ciclo com n v´ertices s˜ao denotados, respectivamente, por Pn e Cn. Em particular, o ciclo C3 ´e chamado triˆangulo.

Figura 2.6: Caminho P6 e Ciclo C8

2.1.5

Grafo conexo

´

E um grafo no qual existe um caminho ligando cada par de v´ertices. Em caso contr´ario, o grafo ´e denominado desconexo. Se G ´e um grafo desconexo, dizemos que G′ ⊂ G ´e uma componente conexa de G quando G′ ´e um grafo conexo e n˜ao existe um grafo conexo H ⊂ G tal que G′ ⊂ H e G′ ̸= H.

2.2

Grafos Thresholds

Defini¸c˜ao 2.2.1. Um grafo threshold ´e um grafo obtido por um processo de recorrˆencia, que come¸ca com um v´ertice isolado, e a cada passo seguinte, ´e colocado um novo v´ertice isolado ou um v´ertice adjacente a todos os v´ertices anteriores.

(16)

Figura 2.7: Na figura, o grafo da direita ´e um grafo conexo e o grafo da esquerda ´e um grafo desconexo.

Figura 2.8: Contru¸c˜ao de um grafo threshold.

String (sequˆencia bin´aria): sequˆencia de zeros e uns de um grafo

threshold, onde:

• 0 indica a adi¸c˜ao de um v´ertice isolado;

• 1 indica a adi¸c˜ao de um v´ertice adjacente aos outros: • A sequˆencia sempre come¸ca com zero (1o ertice ´e isolado)

• Se a sequˆencia termina com 1 o grafo threshold ´e conexo, se termina

com 0 ´e desconexo.

Tra¸co: Soma das entradas de valor 1 da sequˆencia bin´aria do grafo

th-reshold.

No seguinte exemplo, podemos ver a sequˆencia bin´aria do grafo threshold da figura 2.8, que possui tra¸co T = 2:

(17)

2.2.1

Abacaxi

O abacaxi ´e um grafo threshold obtido a partir de um grafo completo, inserindo v´ertices ligados a um mesmo v´ertice do completo. Clique ´e um conjunto de v´ertices onde todos os v´ertices desse conjunto s˜ao adjacentes uns aos outros, e conjunto independente ´e um conjunto de v´ertices onde os v´ertices desse conjunto n˜ao s˜ao adjacentes entre si. Os v´ertices do abacaxi que formam um grafo completo formam a clique do abacaxi. Os demais v´ertices que formam a ”coroa”do abacaxi formam o conjunto independente. Vamos denotar por Pn,T o abacaxi com n v´ertices e tra¸co T , onde n e Tao inteiros tais que n≥ 5 e 3 ≤ T ≤ n − 2.

Figura 2.9: O abacaxi P7,4. Sequˆencia bin´aria: (0, 1, 1, 1, 0, 0, 1)

Seja o grafo Pn,n−2, ou seja, o abacaxi com n v´ertices e tra¸co T = n− 2. Denotaremos por P(n,n−2) + e o grafo obtido a partir de Pn,n−2, inserindo uma aresta adjacente ao ´unico v´ertice do conjunto independente de Pn,n−2, e adjacente a algum v´ertice da clique.

2.3

Opera¸

oes com grafos

2.3.1

Uni˜

ao (

)

Defini¸c˜ao 2.3.1. Sejam G1 e G2 grafos com conjuntos de v´ertices disjuntos V1 e V2, respectivamente, e conjunto de arestas E1 e E2, respectivamente. A uni˜ao de G1 e G2 ´e o grafo G1

G2 que tem conjunto de v´ertices V1

V2 e conjunto de arestas E1

(18)

Figura 2.10: O grafo P6,4+ e obtido a partir do abacaxi P6,4, e o grafo P7,5+ e

obtido a partir do abacaxi P7,5

Figura 2.11: O grafo C3

P2 ´e um grafo desconexo obtido pela uni˜ao de C3

e P2.

2.3.2

Join (

)

Defini¸c˜ao 2.3.2. Sejam G1 e G2 grafos com conjuntos de v´ertices disjuntos V1 e V2, respectivamente, e conjunto de arestas E1 e E2, respectivamente. O grafo G1

G2 (G1 join G2) ´e o grafo obtido inserindo todas as arestas poss´ıveis ligando v´ertices de G1 a v´ertices de G2, isto ´e, inserindo arestas

(ei, ej), onde ei ∈ V (G1) e ej ∈ V (G2)

2.4

Matrizes

Matrizes podem ser associadas a um grafo (matriz de adjacˆencia e matriz laplaciana, dentre outras). Os autovalores dessas matrizes trazem importan-tes informa¸c˜oes sobre a estrutura dos grafos a elas associados. Apresentare-mos a seguir algumas dessas matrizes:

(19)

Figura 2.12: Na figura, podemos observar que C3 e P2 s˜ao subgrafos de C3

P2.

2.4.1

Matriz de adjacˆ

encia

A matriz de adjacˆencia A(G) do grafo G com n v´ertices, ´e a matriz quadrada de ordem n cujas entradas aij s˜ao iguais a 1, se o v´ertice vi ´e adjacente ao v´ertice vj, e iguais a 0 caso contr´ario.

Podemos ver a seguir a matriz de adjacˆencia do grafo da figura 2.1.       0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0      

O polinˆomio caracter´ıstico da matriz de adjacˆencia A(G) de um grafo

G, ou seja, det(λI − A(G)), e denominado polinˆomio caracter´ıstico de G e

denotado por pG(λ) ; λ ´e dito um autovalor do grafo G quando λ ´e uma raiz de pG(λ). Se A(G) possui s autovalores distintos escrevemos em ordem n˜ao crescentes os autovalores λ1 > λ2 > . . . > λs.

O maior autovalor de G ´e denominado ´ındice de G e denotado por λ(G). Observe a seguir, os autovalores da matriz de adjacˆencia do grafo da figura 2.1, em ordem n˜ao crescente:

λ1 = 2, 64119; λ2 = 0, 72374; λ3 =−0, 58922; λ4 =−1, 00000; λ5 =−1, 775711

Observamos que o tra¸co dessa matriz ´e zero, o que implica que todo grafo n˜ao trivial possui autovalores positivos e negativos. Al´em disso, pelo teorema de Perron-Frobenius [14], o ´ındice de um grafo conexo tem multiplicidade alg´ebrica a 1.

(20)

2.4.2

Matriz laplaciana

Seja B a matriz diagonal dos graus dos v´ertices de um grafo G (ou seja, a matriz B tal que bii= d(vi) e seja A a matriz de adjacˆencia de G. A matriz laplaciana de G ´e a matriz

L = B− A

Podemos ver a seguir a matriz laplaciana do grafo da figura 2.1.       1 1 0 0 0 −1 3 −1 0 −1 0 −1 3 −1 −1 0 0 −1 2 −1 0 −1 −1 −1 3      

O espectro da matriz Laplaciana L(G) de um grafo G, ´e a matriz-linha cujos elementos s˜ao todos os autovalores de L(G) ordenados de forma n˜ao crescente. Assim, se µ1 ≥ µ2 ≥ . . . ≥ µnao os autovalores de L(G) ent˜ao o espectro da matriz Laplaciana de G ´e

[

µ1 µ2 . . . µn ]

.

A matriz L ´e semidefinida positiva e singular, isto ´e µi ≥ 0, para todo

i = 1, . . . , n e µn= 0.

O segundo menor autovalor do Laplaciano de G, µn−1, ´e chamado

co-nectividade alg´ebrica do grafo G e ser´a denotado por a(G). a(G) > 0 se, e somente se, G ´e conexo [1]. O maior autovalor do Laplaciano de G, µ1, ´e

chamado ´ındice do Laplaciano de G.

Observe a seguir, o espectro da matriz laplaciana do grafo da figura 2.1: [

4, 48119 4, 00000 2, 68889 0, 82991 0 ].

2.4.3

Matriz distˆ

ancia

Sejam vi e vjertices de um grafo G. A distˆancia entre vi e vj, denotada por dG(vi, vj) ´e o comprimento do menor caminho de via vj (ou seja, o n´umero de arestas que possui o menor caminho de vi a vj). A matriz distˆancia de

G (definida para um grafo G conexo), denotada por D(G) ´e a matriz n× n

cujas entradas di,jao iguais a dG(vi, vj), para cada i e para cada j, isto ´e, a entrada di,j ´e igual a distˆancia entre os v´ertices vi e vj. Denotaremos por

ρ(G) o ´ındice da matriz distˆancia de G, isto ´e, o maior autovalor do polinˆomio caracter´ıstico de D(G). Neste caso, assim como para a matriz de adjacˆencia, o

(21)

teorema de Perron-Frobenius garante que ρ(G) tem multiplicidade alg´ebrica 1.

Podemos ver a seguir a matriz distˆancia do grafo da figura 2.1.       0 1 2 3 2 1 0 1 2 1 2 1 0 1 1 3 2 1 0 1 2 1 1 1 0      

2.5

K-fecho

A seguir, apresentaremos a defini¸c˜ao de k- fecho de um grafo, e algumas propriedades e teoremas apresentados em [5].

Defini¸c˜ao 2.5.1. k-fecho

Seja k um inteiro positivo. O k-fecho de um grafo G ´e obtido a partir do grafo G juntando-se recursivamente pares de v´ertices n˜ao adjacentes com soma de graus pelo menos igual a k.

Figura 2.13: Um grafo e seu 4-fecho.

Uma observa¸c˜ao surpreende ´e que o k-fecho de G ´e ´unico, ou seja, n˜ao depende da ordem em que as arestas s˜ao adicionadas.

Propriedade Principal do k-fecho

Seja Hk(G) o k-fecho de um grafo G. Ent˜ao:

dHk(G)(u) + dHk(G)(v)≤ k − 1

para cada par de v´ertices n˜ao adjacentes u e v de Hk(G).

Propriedade k-est´avel: Seja P uma propriedade definida em todos os

(22)

P ´e uma propriedade k-est´avel sempre que, para todos u, v∈ V (G), tais que u e v s˜ao n˜ao adjacentes, G + uv com a propriedade P e dG(u) + dG(v)≥ k implica que G tem a propriedade P .

A pr´oxima proposi¸c˜ao ser´a necess´aria no cap´ıtulo 5.

Proposi¸c˜ao 2.5.1. [3]

Se P ´e uma propriedade k-est´avel tal que o k-fecho de G tem a propriedade P , ent˜ao G tem a propriedade P .

(23)

Cap´ıtulo 3

Teoria espectral de grafos

3.1

Resultados conhecidos

Nesse cap´ıtulo apresentaremos alguns resultados conhecidos na literatura da teoria espectral de grafos, que foram utilizados nesse trabalho. Os dois primeiros resultados nos d˜ao os autovalores da matriz de adjacˆencia de um grafo obtido pela uni˜ao de outros dois grafos.

Proposi¸c˜ao 3.1.1. [1] Se o grafo G ´e a uni˜ao de dois grafos G1 e G2 ent˜ao pG(λ) = pG1(λ)· pG2(λ)

Demonstra¸ao. Se An×n´e a matriz de adjacˆencia de G1 e Bm×m´e a matriz de adjacˆencia de G2, ent˜ao a matriz de adjacˆencia de G ´e da forma:

[ An×n 0 0 Bm×m ] Ent˜ao: pG(λ) = det [ An×n− λIn×n 0 0 Bm×m− λIm×m ]

Pelo desenvolvimento de Laplace: det [ An×n− λIn×n 0 0 Bm×m− λIm×m ] = nj=1 a1j∆1j

Onde os a1j s˜ao as entradas da primeira linha da matriz, e ∆1j ´e o

de-terminante afetado pelo sinal (−1)(1+j) da submatriz obtida retirando-se a primeira linha e a j-´esima coluna de

[

An×n− λIn×n 0 0 Bm×m

] .

(24)

Fazendo indu¸c˜ao sobre n, temos: • Se n = 1: pG(λ) = det [ A1×1− λI1×1 0 0 Bm×m− λIm×m ] = det [ (a11− λ) 0 0 Bm×m− λIm×m ] = (a11− λ) · ∆11+ 0 = (a11− λ) · det (Bm×m− Im×m) = det (A1×1− Im×m)· det (Bm×m− Im×m) = pG1(λ)· pG2(λ)

• Suponha que o resultado seja v´alido para n = k, para todo k ≥ 1

inteiro. Ent˜ao, se n = k + 1, temos:

pG(λ) = det [ A(k+1)×(k+1)− λI(k+1)×(k+1) 0 0 Bm×m− λIm×m ] = (a11− λ) · ∆11− a12· ∆12+ + . . . + (−1)(1+k)· a1k1k+ (−1)(1+(k+1))· a1(k+1)1(k+1)

Como cada ∆1j ´e o determinante de uma matriz da forma

[ A

k×k− λIk×k 0

0 Bm×m− λIm×m ]

ent˜ao, podemos escrever:

1j = det Aj · det (Bm×m− Im×m); Para cada j = 1, 2, . . . , k, (k + 1) onde Aj ´e a matriz obtida pela retirada da primeira linha e da j-´esima coluna da matriz A(k+1)×(k+1)− λI(k+1)×(k+1)

Logo,

pG(λ) = det [

A(k+1)×(k+1)− λI(k+1)×(k+1) 0

0 Bm×m− λIm×m ]

= (a11− λ) · ∆11− a12· ∆12+ . . . + (−1)(1+k)· a1k+ (−1)(1+(k+1))· a1(k+1)

(25)

+ . . . + (−1)(1+k)· a1k· det Ak· det (Bm×m− Im×m)+

(−1)(1+(k+1))· a1(k+1)· det Ak+1· det (Bm×m− Im×m)

= [(a11− λ) · det A1− a12· det A2+ . . . +

(−1)(1+k)·a1k·det Ak+(−1)(1+(k+1))·a1(k+1)det Ak+1]·det (Bm×m− Im×m)

= det A(k+1)×(k+1)− λI(k+1)×(k+1)· det (Bm×m− Im×m) = pG1(λ)· pG2(λ)

Portanto, temos:

pG(λ) = pG1(λ)· pG2(λ)



Corol´ario 3.1.1. Se o grafo G ´e a uni˜ao de dois grafos G1 e G2 ent˜ao o ´ındice λ de G ´e dado por:

λ = max{λG1, λG2}

Demonstra¸ao. Pela proposi¸c˜ao 2,

pG(λ) = pG1(λ)· pG2(λ)

Portanto, os autovalores de G1 e G2 s˜ao os autovalores de G. Da´ı, o ´ındice

de G1 ou o ´ındice de G2 ´e o maior autovalor de G, isto ´e: λ = max{λG1, λG2}

 O seguinte resultado, encontrado em [8], relaciona o ´ındice da matriz de adjacˆencia de um grafo com o ´ındice da matriz de adjacˆencia de um subgrafo pr´oprio desse grafo.

Proposi¸c˜ao 3.1.2. [8] [13] Se H ´e subgrafo pr´oprio de G, ent˜ao λ(H) ≤ λ(G), e a desigualdade ´e estrita caso G seja conexo.

Outro resultado que ser´a importante, ´e a desigualdade de Stanley, que apresenta uma cota superior para o ´ındice da matriz de adjacˆencia de um grafo.

Proposi¸c˜ao 3.1.3. [5]

Se G ´e um grafo com m arestas, ent˜ao

λ(G)≤ − 1 2+ √ 2m + 1 4

(26)

Cap´ıtulo 4

Grafos hamiltonianos

Um grafo G ´e dito hamiltoniano se existe um ciclo em G que contenha todos os seus v´ertices, sendo que cada v´ertice s´o aparece uma vez no ci-clo. Este ciclo ´e chamado de ciclo hamiltoniano. Sendo assim, um grafo ´e hamiltoniano quando ele cont´em um ciclo hamiltoniano.

Figura 4.1: Grafo hamiltoniano: existe um ciclo que cont´em todos os v´ertices. Nesse cap´ıtulo, apresentaremos resultados obtidos a partir de outros re-sultados conhecidos da literatura, que relacionam a existˆencia de ciclos ha-miltonianos em grafos com o maior autovalor da matriz de adjacˆencia , ou seja o ´ındice da matriz de adjacˆencia desse grafo.

(27)

Figura 4.2: Grafo n˜ao hamiltoniano: n˜ao existe ciclo que cont´em todos os v´ertices.

4.1

Resultados conhecidos

Proposi¸c˜ao 4.1.1. [3] Seja G um grafo com n v´ertices. A propriedade de G ser hamiltoniano ´e n-est´avel.

O teorema de Ore [7], ´e um resultado conhecido que nos garante uma condi¸c˜ao suficiente para que um grafo seja hamiltoniano.

Teorema 4.1.1. Teorema de Ore [7] :

Dado um grafo G com n ≥ 3 v´ertices, suponha que para cada par de v´ertices u e v de G, n˜ao adjacentes, vale

du+ dv ≥ n.

Ent˜ao G tem um ciclo hamiltoniano.

Demonstra¸ao. Entre todos os caminhos poss´ıveis de G, seja P = v1v2. . . vtvt+1 um caminho de comprimento m´aximo t.

utilizaremos as seguintes afirma¸c˜oes:

1. : Cada v´ertice w adjacente a v1 deve ser um dos v´ertices v2, v3, . . . , vt. Caso contr´ario, wv1v2. . . vtvt+1, ´e um caminho de comprimento t + 1, e estipulamos que t ´e o maior comprimento que um caminho poder´a ter, entre todos os caminhos simples.

De maneira simlar, provamos que cada v´ertice w adjacente a vt+1 deve ser um dos v´ertices v2, v3, . . . , vt.

(28)

2. : Se u e v s˜ao v´ertices n˜ao adjacentes em G, ent˜ao deve haver algum v´ertice w adjacente a u e v.

Caso contr´ario, cada um dos outros n−2 v´ertices poderia ser adjacente a u ou v, mas n˜ao a ambos, o que implicaria du+dv ≤ n−2, contrariando a hip´otese.

Agora, vamos dividir a demonstra¸c˜ao em dois casos: (a) Caso 1: P ´e um ciclo (v1 = vt+1)

i. Se t + 1 = n, est´a provado, pois v1v2. . . vt+1 = v1 ´e um ciclo

com todos os n v´ertices de G. ii. Suponha t + 1 < n

Se h´a n v´ertices e t + 1 < n, ent˜ao existe um v´ertice u queao pertence a v1, v2, . . . , vt+1.

Pela afirma¸c˜ao 1 , u n˜ao pode ser adjacente a v1.

Como u e v1 n˜ao s˜ao adjacentes, pela afirma¸c˜ao 2, existe um

ertice w que ´e adjacente a u e v1.

Como w ´e adjacente a v1, segue da afirma¸c˜ao 1 que w ´e um

ertice de v2, v3, . . . , vt, digamos vj. Ent˜ao,

uvjvj+1. . . vtvt+1(= v1)v2. . . vj−1

´e um caminho de comprimento t + 1 (pois foi adicionado umertice a um caminho simples de comprimento t), e isto con-tradiz a escolha de P como caminho de comprimento m´aximo. (b) Caso 2: P n˜ao ´e um ciclo (v1 e vt+1 s˜ao n˜ao adjacentes) Pela afirma¸c˜ao 1, qualquer v´ertice adjacente a v1 ´e um dos v´ertices v2, v3, . . . , vt.

Ent˜ao o grau de v1´e no m´aximo t−1, pois v1ao incide em vt+1ou nele mesmo. Agora, usaremos a seguinte afirma¸c˜ao para concluir a demonstra¸c˜ao:

3. : Se v1n˜ao ´e adjacente a vt+1, ent˜ao existe algum v´ertice vkno conjunto

{v2, v3, . . . , vt−1} tal que vk ´e adjacente a vt+1, e vk+1 ´e adjacente a v1.

Pois, se supusermos que para cada vk em {v2, v3, . . . , vt−1} que ´e adja-cente a vt+1, temos vk+1ao adjacente a v1, ent˜ao existem no m´aximo d(vt+1)− 1 v´ertices em {v2, v3, . . . , vt−1} que s˜ao adjacentes a vt+1. Portanto, temos d(vt+1)− 1 v´ertices vk+1ao adjacentes a v1. Ent˜ao:

(29)

Como v1 n˜ao ´e adjacente a vt+1, temos uma contradi¸c˜ao da hip´otese. Observe que

P′ = v1v2. . . vkvt+1vtvt−1vt−2. . . vk+1

´e um caminho de comprimento t, cujos extremos v1 e vk+1 s˜ao adjacentes. Agora, basta seguir o racioc´ınio do caso 1 com P′ para concluir a demons-tra¸c˜ao.



Observe que a condi¸c˜ao estabelecida no teorema de Ore ´e suficiente para garantir hamiltonicidade, mas n˜ao ´e necess´aria, como mostra o exemplo da figura 4.3.

Figura 4.3: O caminho C8 ´e um grafo hamiltoniano, por´em n˜ao satisfaz a

hip´otese do teorema de Ore, pois a soma de dois v´ertices n˜ao adjacentes ´e sempre igual a 2.

Como corol´ario do teorema 4.1.1 (teorema de Ore), temos o teorema de Dirac:

Corol´ario 4.1.1. Teorema de Dirac [12] Uma condi¸c˜ao suficiente para que um grafo G seja hamiltoniano ´e que o grau de todo v´ertice de G seja no m´ınimo n2, onde n ´e o n´umero de v´ertices em G.

O exemplo da figura 4.3 tamb´em comprova que a condi¸c˜ao de Dirac ´e suficiente mas n˜ao necess´aria.

(30)

O teorema de Ore relaciona o grau de v´ertices n˜ao adjacentes com a existˆencia de ciclo hamiltoniano no grafo. Existe outro resultado na literatura que fornece uma condi¸c˜ao suficiente para um grafo ser hamiltoniano, por´em relacionando hamiltonicidade com o n´umero de arestas de um grafo. Para provar esse resultado, precisaremos dos lemas apresentados a seguir.

Lema 4.1.1. [9] Se G ´e um grafo com n ≥ 3 v´ertices e sequˆencia de graus dG(v1) ≤ dG(v2) ≤ . . . ≤ dG(vn), e para cada k inteiro positivo, tal que

dG(vk)≤ k < n2 implica dG(vn−k)≥ n − k, ent˜ao G ´e hamiltoniano.

Demonstra¸ao. Seja G um grafo n˜ao hamiltoniano cuja sequˆencia de graus satisfaz:

dG(vk)≤ k <

n

2 ⇒ dG(vn−k)≥ n − k; k ∈ Z tal que 1 ≤ k ≤ n. (4.1) Seja ˆG um grafo maximal n˜ao hamiltoniano de G, isto ´e, ˆG ´e obtido pela adi¸c˜ao do n´umero m´aximo de arestas que podemos inserir em G sem obtermos um grafo hamiltoniano. Ou seja, ao inserir qualquer aresta em ˆG,

obtemos um grafo hamiltoniano.

Observe que dGˆ(vn−k)≥ dG(vn−k)≥ n − k.

Sejam u e v dois v´ertices n˜ao adjacentes de ˆG tais que dGˆ(u)+dGˆ(v) seja o

maior poss´ıvel e dGˆ(u)≤ dGˆ(v). Como ˆG ´e o grafo m´aximo n˜ao hamiltoniano,

existe um caminho hamiltoniano com v´ertices u = u1, u2, . . . , un= v. Sejam os conjuntos:

S = {i; (u, ui+1) ´e aresta de ˆG}

T ={i; (ui, v) ´e aresta de ˆG}ao existe j ∈ ST . Caso contr´ario, o ciclo

uj, uj−1, . . . , u1, uj+1, uj+2, . . . , un

´e um ciclo hamiltoniano em ˆG. Portanto ST =∅, e ST ⊆ {1, 2, . . . , n−

1}. Ent˜ao:

dGˆ(u) + dGˆ(v) = |S| + |T | < n; dGˆ(u) < n

2 Al´em disso, d(u) > n2. Como S

T = ∅, cada uj, com j ∈ S ´e n˜ao adjacente a v e a maximalidade dGˆ(u) + dGˆ(v) implica dGˆ(uj)≤ dGˆ(u)

(31)

Ent˜ao existem pelo menos |S| = dGˆ(u) v´ertices uj cujos graus n˜ao s˜ao maiores que dGˆ(u). Fazendo k = dGˆ(u), como dGˆ(vn−k) ≥ n − k, o n´umero de v´ertices com grau maior ou igual a n− k ´e

n− (n − k − 1) = k + 1

ent˜ao existem k + 1 v´ertices cujos graus s˜ao pelo menos n− k. O v´ertice

u = u1 tem grau k = 1 e n˜ao ´e adjacente a v. Ent˜ao: dGˆ(u) = 1⇒ dGˆ(v)≥ n − 1

⇒ dGˆ(u) + dGˆ(v)≥ n − 1 + 1 = n > dGˆ(u) + dGˆ(v)

Contradi¸c˜ao. Portanto, G ´e hamiltoniano.



Lema 4.1.2. Seja G um grafo com n ≥ 4 v´ertices. Se mG = n

2−3n+4

2 e

G̸= Pn,n−2, ent˜ao d(v) > 1; ∀v ∈ V (G)

Demonstra¸ao. Vamos supor que para algum vj ∈ V (G), para j = 1, 2, . . . , n,

d(vj)≤ 1 1. Se d(vj) = 0, ent˜ao: 2mG = n ∑ 1 d(vi) ⇒ n2− 3n + 4 = d(v j) + ∑ i̸=j d(vi) ⇒ n2−3n+4 = 0+[d(v1)+d(v 2)+. . .+d(vj−1)+d(vj+1)+. . .+d(vn)]≤ 2mKn−1 ⇒ (n − 1)(n − 2) + 2 ≤ 2mKn−1 = (n− 1)(n − 2) ⇒ (n − 1)(n − 2) + 2 ≤ (n − 1)(n − 2) ⇒ 2 ≤ 0 Absurdo. 2. Se d(vj) = 1, ent˜ao: 2mG = n ∑ 1 d(vi)

(32)

⇒ n2− 3n + 4 = d(v j) + ∑ i̸=j d(vi) ⇒ n2−3n+4 = 1+[d(v1)+d(v 2)+. . .+d(vj−1)+d(vj+1)+. . .+d(vn)]≤ 1+2mKn−1 ⇒ (n − 1)(n − 2) + 2 ≤ 1 + 2mKn−1 = 1 + (n− 1)(n − 2) ⇒ (n − 1)(n − 2) + 2 ≤ (n − 1)(n − 2) + 1 ⇒ 2 ≤ 1 Absurdo Portanto, d(v) > 1; ∀v ∈ V (G) 

Teorema 4.1.2. [2] Seja G um grafo n˜ao hamiltoniano com n≥ 5 v´ertices e m = n2−3n+42 arestas. Se n = 5, ent˜ao G = K2

¯

K3. Caso contr´ario G ´e o abacaxi Pn,n−2, com n > 5.

Demonstra¸ao. Seja G um grafo n˜ao hamiltoniano com n v´ertices e m = n2−3n+4

2 arestas. Seja d(v1) ≤ d(v2) ≤ . . . ≤ d(vn) a sequˆencia de graus n˜ao

decrescente de graus de G. Ent˜ao, pelo lema 4.1.1:

Existe algum k tal que d(vk)≤ k <

n 2 e d(vn−k)≤ n − k − 1 Observe que: d(v1)≤ d(v2)≤ . . . ≤ d(vk)≤ k ⇒ d(v1)≤ d(v2)≤ . . . ≤ d(vk)≤ k · k = k2 d(vk+1)≤ d(vk+2)≤ . . . ≤ d(vn−k)≤ n − k − 1 ⇒ d(vk+1) + d(vk+2) + . . . + d(vn−k)≤ [(n − k) − k](n − k − 1) = (n− 2k)(n − k − 1) d(vn−k+1)≤ d(vn−k+2)≤ . . . ≤ d(vn)≤ n − 1 ⇒ d(vn−k+1) + d(vn−k+1) + . . . + d(vn)≤ [n − (n − k)](n − 1) = k(n− 1)

(33)

Ent˜ao: 2m = ni=1d(vi) = ( ki=1d(vi)) + ( n−ki=k+1d(vi)) + ( ni=n−k+1d(vi)) ⇒ n2− 3n + 4 = ( ki=1d(vi)) + ( n−ki=k+1d(vi)) + ( ni=n−k+1d(vi)) ≤ k2+ (n− 2k)(n − k − 1) + k(n − 1) ⇒ n2− 3n + 4 ≤ k2 + n2 − kn − n − 2kn + 2k2+ 2k + kn− k ⇒ n2− 3n + 4 ≤ 3k2 + n2− 2kn − n + k ⇒ 3k2+ k− 4 ≥ 2kn − 2n = (2k − 2)n Como k < n 2 ⇒ n > 2k ⇒ n − 1 ≥ 2k ⇒ n ≥ 2k + 1 Ent˜ao: 3k2+ k− 4 ≥ (2k − 2)n ≥ (2k − 2)(2k + 1) ⇒ 3k2+ k− 4 ≥ 4k2+ 2k− 4k − 2 = 4k2− 2k − 2 ⇒ k2− 3k + 2 ≤ 0 ⇒ (k − 1)(k − 2) ≤ 0 k = 1 e k = 2 s˜ao solu¸c˜oes. 1. Se k = 1,pelo lema 4.1.2: d1 = 1 ⇒ G = Pn,n−2 2. Se k = 2, para n = 5, temos d1 ≤ d2 ≤ 2 e d3 ≤ 5 − 2 − 1 = 2 ⇒ d1 ≤ d2 ≤ d3 = 2ed4 ≤ d5 ≤ 4 ⇔ 2m = 14 = d1+ d2+ d3 + d4+ d5 ≤ 2 + 2 + 2 + 4 + 4

(34)

⇔ 14 ≤ 14 Portanto, d1 = d2 = d3 = 2 e d4 = d5 = 4 Para n = 5, temos: m = 5 2− 15 + 4 2 = 7 Ent˜ao, G = K2 ∨ ¯ K3.  Agora, utilizando os resultados anteriores, podemos provar a seguinte condi¸c˜ao suficiente para um grafo ser hamiltoniano, utilizando o n´umero de arestas do grafo.

Teorema 4.1.3. [5]

Dado um grafo G com n≥ 3 v´ertices e m arestas, se m > n

2− 3n + 2

2

Ent˜ao G ´e hamiltoniano ou G = Pn,n−2 ou, se n = 5, ent˜ao G = K2¯

K3.

Demonstra¸ao. Observe que o n´umero de arestas de Pn,n−2 ´e:

mPn,n−2 = (n− 1)(n − 2) 2 + 1 = n2− 3n + 2 2 + 1 > n2− 3n + 2 2 se n = 5, mK2K¯3 = 7 = n2− 3n + 2 2 + 1 > n2 − 3n + 2 2 Suponha G̸= Pn,n−2 e n̸= 5.

Entre todos os caminhos poss´ıveis de G, seja P = v1v2. . . vtvt+1 um dos caminhos de comprimento m´aximo t.

utilizaremos as seguintes afirma¸c˜oes:

1. : Cada v´ertice w adjacente a v1 deve ser um dos v´ertices{v2, v3, . . . , vt}. Caso contr´ario, wv1v2. . . vtvt+1, ´e um caminho de comprimento t + 1, e estipulamos que t ´e o maior comprimento que um caminho poder´a ter, entre todos os caminhos simples.

De maneira simlar, provamos que cada v´ertice w adjacente a vt+1 deve ser um dos v´ertices {v2, v3, . . . , vt}.

(35)

2. : Se u e v s˜ao v´ertices n˜ao adjacentes em G, ent˜ao deve haver algum v´ertice w adjacente a u e v.

Caso contr´ario, o n´umero de arestas de G ser´a no m´aximo:

max{mG} = mKn−2+ (n−2) = (n− 3)(n − 2) 2 + (n−2) = n2− 3n + 2 2 Portanto: m≤ n 2− 3n + 2 2 Mas isto contradiz a hip´otese do teorema.

Agora, vamos dividir a demonstra¸c˜ao em dois casos:

Caso 1 : v1 = vt+1. Neste caso, o caminho simples P ´e um ciclo de comprimento t.

(a) Se t + 1 = n, est´a provado, pois v1v2. . . vt+1 = v1 ´e um ciclo com

todos os n v´ertices de G. (b) Suponha t < n

Se h´a n v´ertices e t < n, ent˜ao existe um v´ertice u que n˜ao pertence a{v1, v2, v3, . . . , vt, vt+1}.

Pela afirma¸c˜ao 1 , u n˜ao pode ser adjacente a v1.

Como u e v1n˜ao s˜ao adjacentes, pela afirma¸c˜ao 2, existe um v´ertice w que ´e adjacente a u e v1.

Como w ´e adjacente a v1, segue da afirma¸c˜ao 1 que w ´e um dos

ertices v2, v3, . . . , vt, digamos vj. Ent˜ao,

uvjvj+1. . . vtvt+1(= v1)v2. . . vj−1

´e um caminho de comprimento t + 1 (pois foi adicionado umertice a um caminho simples de comprimento t), e isto ´e uma contradi¸c˜ao.

Caso 2: P n˜ao ´e um ciclo (v1 e vt+1 s˜ao n˜ao adjacentes)

Pelo teorema 4.1.2, como G ̸= Pn,n−2 e n ̸= 5, ent˜ao m > n

2−3n+4

2 .

Pela afirma¸c˜ao 1, qualquer v´ertice adjacente a v1 ´e um dos v´ertices v2, v3, . . . , vt.

Ent˜ao o grau de v1 ´e no m´aximo t− 1. Agora, usaremos a seguinte

(36)

3. : Se v1n˜ao ´e adjacente a vt+1, ent˜ao existe algum v´ertice vkno conjunto

{v2, v3, . . . , vt−1} tal que vk ´e adjacente a vt+1, e vk+1 ´e adjacente a v1.

Pois, se supusermos que para cada vk em {v2, v3, . . . , vt−1} que ´e adja-cente a vt+1, temos vk+1ao adjacente a v1, ent˜ao existem no m´aximo d(vt+1)− 1 v´ertices em {v2, v3, . . . , vt−1} que s˜ao adjacentes a vt+1. Portanto, temos d(vt+1)− 1 v´ertices vk+1ao adjacentes a v1. Ent˜ao:

d(v1)≤ t − 1 − (d(vt+1)− 1) = t − d(vt+1)⇒ d(v1) + d(vt)≤ t ≤ n − 1

(pois se h´a n v´ertices o valor m´aximo de t quando v1 e vt+1 s˜ao n˜ao adjacentes ´e n− 1, caso contr´ario, se o caminho P tivesse comprimento

n deveria ter n + 1 v´ertices. Da mesma forma, n˜ao ´e poss´ıvel t > n) Ent˜ao, o n´umero de arestas que incidem em v1 somado ao n´umero de

aretas que incidem em vt ´e no m´aximo n− 1 Logo: mGmax = (n− 1) + (n− 2)(n − 3) 2 = n2− 3n + 4 2 Portanto: m≤ n 2− 3n + 4 2 = m(Pn,n−2)

Como estamos supondo m > n2−3n+42 , chegamos a uma contradi¸c˜ao, ent˜ao vale a afirma¸c˜ao 3.

Observe que

P′ = v1v2. . . vkvt+1vtvt−1vt−2. . . vk+1

´e um caminho de comprimento t, cujos extremos v1 e vk+1 s˜ao adjacentes. Agora, basta repetir o racioc´ınio do caso 1 para P′ concluindo a demons-tra¸c˜ao.



4.2

Teoremas espectrais importantes

Em [5], Fiedler e Nikiforov provam o seguinte resultado, que fornece uma condi¸c˜ao suficiente sobre o ´ındice de adjacˆencia de um grafo para que esse grafo seja hamiltoniano.

(37)

Teorema 4.2.1. [5] Seja G um grafo com n v´ertices, m arestas e seja λ(G) o ´ındice de adjacˆencia de G. Se

λ(G) > n− 2

Ent˜ao, G cont´em um ciclo hamiltoniano ou G ´e o abacaxi P(n,n−2).

Demonstra¸ao. Suponha λ(G) > n− 2. Pela desigualdade de Stanley:

λ(G)≤ − 1 2+ √ 2m + 1 4 Ent˜ao: n− 2 < λ(G) ≤ −1 2 + √ 2m + 1 4 ⇒ n − 2 +1 2 <2m + 1 4 ⇒ (n − 3 2) 2 < 2m + 1 4 ⇒ n2− 3n + 9 4 1 4 < 2m ⇒ 2m > n2− 3n +8 4 = n 2− 3n + 2 ⇒ m > n2− 3n + 2 2

Pelo teorema 4.1.3, G ´e hamiltoniano ou G = P(n,n−2).



Tamb´em em [5], encontramos o pr´oximo resultado, que fornece outra condi¸c˜ao suficiente para garantir que um grafo seja hamiltoniano, dessa vez uma condi¸c˜ao sobre o ´ındice de adjacˆencia do complementar do grafo anali-sado.

Teorema 4.2.2. [5]

Seja G um grafo com n v´ertices e λ(G) o ´ındice de adjacˆencia do seu complementar. Se λ(G) √n− 2, ent˜ao G cont´em um ciclo hamiltoniano ou G = P(n,n−2).

(38)

Demonstra¸ao. Seja H o n-fecho de G. Assuma que G n˜ao possui ciclo hamiltoniano. Ent˜ao, pelo fato 2, H n˜ao tem ciclo hamiltoniano.

A propriedade principal de H, nos diz:

dH(u) + dH(v)≤ n − 1 [1.1]

para cada par de v´ertices n˜ao adjacentes u e v de H. Ent˜ao:

dH(u) + dH(v) = (n− 1 − dH(u)) + (n− 1 − dH(v)) = n + (n− 2) − (dH(u) + dH(v)) De 4.2 dH(u) + dH(v)≥ n + (n − 2) − n + 1 isto ´e: dH(u) + dH(v)≥ n − 1 para todo par de v´ertices n˜ao adjacentes u e v de H.

Como cada termo dH(u) aparece no somat´orio precisamente dH(u) vezes, temos: ∑ uv∈E(H) (dH(u) + dH(v))≥ |E(H)| 1 (n− 1)

⇒ [dH(u) + dH(v)] + . . . + [dH(u) + dH(v)]≥ (n − 1)|E(H)|

⇒ [dH(u) + . . . + dH(u)] + [dH(v) + . . . + dH(v)]≥ n|E(H)| − |E(H)|

⇒ dH(u)× dH(u) + dH(v)× dH(v)]≥ n|E(H)| − |E(H)|

u∈V (H)

dH2(u)≥ n|E(H)| − |E(H)|

Usando a desigualdade de Hofmeister (λ √ 1 nu∈V d2(u) ⇒ nλ 2 u∈V d 2(u)), obtemos: 2(H) u∈V (H)

d2H(u)≥ n|E(H)| − |E(H)|

Como H ⊆ G e por hip´otese, λ(G)≤√n− 2, temos: λ(H)≤ λ(G)≤√n− 2

⇒ n − 2 ≥ λ2

(G)≥ λ

2 (H)

(39)

⇒ n(n − 2) ≥ nλ2 (G)≥ nλ 2 (H) ≥ n|E(H)| − |E(H)| ⇒ n(n − 2) ≥ n|E(H)| − |E(H)| ⇒ n(n − 2) ≥ n|E(H)| − |E(H)| ⇒ n(n − 2) ≥ |E(H)|(n − 1) ⇒ |E(H)| ≤ n(n− 2) n− 1

Como|E(H)| = n(n−1)2 − |E(H)|, temos:

|E(H)| = n(n− 1) 2 − |E(H)| ≥ n(n− 1) 2 n(n− 2) n− 1 ⇒ |E(H)| = n(n− 1)2− 2n(n − 2) 2(n− 1) > (n− 1)(n − 2) 2 = n2− 3n + 2 2 A ´ultima desigualdade ´e verdadeira pois:

n(n− 1)2− 2n(n − 2) 2(n− 1) > (n− 1)(n − 2) 2 ⇔ n(n − 1)2− 2n(n − 2) > (n − 1)2(n− 2) ⇔ n(n − 1)2 > (n− 1)2(n− 2) + 2n(n − 2) ⇔ n(n2− 2n + 1) > (n − 2)(n2+ 1) ⇔ n3− 2n2+ n > n3+ n− 2n2− 2 ⇔ 2 > 0 Ent˜ao: |E(H)| > n2− 3n + 2 2

Como H n˜ao possui ciclo hamiltoniano, o teorema 4.1.3 implica que H =

P(n,n−2). Se G = H, a prova est´a completa.

Vamos supor que G ´e subgrafo pr´oprio de P(n,n−2). Ent˜ao G ´e a estrela K1,n−2 com algumas arestas adicionais. Al´em disso, G cont´em um subgrafo

pr´oprio conexo de K1,n−2. Assim, pelo teorema de Perron-Frobenius λ(G)> λ(K1,n−2) =

n− 2

mas isto contradiz a hip´otese. Portanto, se G̸= P(n,n−2), G ´e hamiltoni-ano.

(40)



Podemos observar que as provas dos resultados encontrados em [5] baseiam-se no teorema 4.1.3, que ´e equivalente ao teorema 4.1.1 (teorema de Ore). Portanto, as condi¸c˜oes suficientes de hamiltonicidade obtidas pelo ´ındice do grafo s˜ao essencialmente as mesmas de Ore. No cap´ıtulo a seguir, apresen-taremos resultados encontrados em nossa pesquisa, que fornecem condi¸c˜oes an´alogas `as condi¸c˜oes apresentadas nesse cap´ıtulo, para grafos hiperhamilto-nianos.

(41)

Cap´ıtulo 5

Grafos hiperhamiltonianos

Um grafo ´e dito hiperhamiltoniano se ele ´e hamiltoniano, e ao retirar um v´ertice qualquer de seu conjunto de v´ertices, o grafo obtido ´e um grafo hamiltoniano.

Figura 5.1: O grafo ´e hiperhamiltoniano: ´e hamiltoniano, e quando retiramos um v´ertice qualquer, obtemos um grafo hamiltoniano.

Como visto nos resultados anteriores, existe na literatura condi¸c˜oes sufi-cientes sobre o espectro de um grafo para que ele seja hamiltoniano. Por´em, n˜ao existem condi¸c˜oes sobre os autovalores de um grafo para verificar hi-perhamiltonicidade. Neste cap´ıtulo, apresentamos condi¸c˜oes suficientes para que um grafo seja hiperhamiltoniano, em especial, encontramos condi¸c˜oes relacionadas ao ´ındice da matriz de adjacˆencia.

(42)

Figura 5.2: O grafo n˜ao ´e hiperhamiltoniano: ´e hamiltoniano, por´em, existe pelo menos um v´ertice que, quando retirado, obt´em-se um grafo que n˜ao ´e hamiltoniano.

5.1

Condi¸

oes suficientes n˜

ao espectrais para

um grafo ser hiperhamiltoniano

De acordo com a defini¸c˜ao de grafo hiperhamiltoniano, se provarmos que um grafo ´e hamiltoniano e provarmos que o grafo obtido ao retirar um v´ertice qualquer tamb´em ´e hamiltoniano, ent˜ao teremos provado que o grafo ´e hi-perhamiltoniano. Utilizando o teorema 4.1.1 (teorema de Ore), encontramos o seguinte resultado:

Teorema 5.1.1. Dado um grafo G com n ≥ 3 v´ertices, suponha que para

cada par de v´ertices u e v de G, n˜ao adjacentes, vale dG(u) + dG(v)≥ n + 1.

Ent˜ao G ´e hiperhamiltoniano.

Demonstra¸ao. Se para cada par de v´ertices u, v n˜ao adjacentes em G vale dG(u) + dG(v)≥ n+1, ent˜ao dG(u) + dG(v)≥ n. Portanto, pelo teorema de Ore 4.1.1, G ´e hamiltoniano.

Seja G′ = G− w; tal que w ∈ V (G). Sejam u e v v´ertices n˜ao adjacentes em G′. Da´ı, u e v s˜ao n˜ao adjacentes em G.

Ent˜ao, em G′ temos:

1. Se w e u s˜ao n˜ao adjacentes e w e v s˜ao n˜ao adjacentes:

(43)

Como o n´umero de v´ertices de G′ ´e igual a n− 1, pelo teorema 4.1.1,

G′ ´e hamiltoniano.

2. Se w e u s˜ao n˜ao adjacentes e w e v s˜ao adjacentes (ou, se w e u s˜ao adjacentes e w e v s˜ao n˜ao adjacentes):

dG(u)+dG(v) = dG′(u)+1+dG′(v)≥ n+1 ⇒ dG′(u)+dG′(v)≥ n > n−1 Analogamente `a justificativa do item 2, conclu´ımos que G′ ´e hamilto-niano.

3. Se w ´e adjacente a u e v:

dG(u)+dG(v) = dG′(u)+1+dG′(v)+1≥ n+1 ⇒ dG′(u)+dG′(v)≥ n−1 Novamente pelo teorema de Ore, conclu´ımos que, tamb´em nesse caso,

G′ ´e hamiltoniano.

Como os trˆes casos podem ocorrer em G com a retirada de um v´ertice w qualquer, e nesses trˆes casos conclu´ımos que o grafo obtido ´e hamiltoniano, ent˜ao G ´e um grafo hiperhamiltoniano.

 Analogamente ao teorema 4.1.1 (teorema de Ore), o teorema d´a condi¸c˜oes suficientes para um grafo ser hiperhamiltoniano atrav´es da soma dos graus dos pares de v´ertices n˜ao adjacentes. Tamb´em encontramos um resultado an´alogo ao teorema 4.1.3, que analisa hiperhamiltonicidade pelo n´umero de arestas do grafo.

Teorema 5.1.2. Dado um grafo G com n≥ 3 v´ertices e m arestas, se

m > n

2− 3n + 4

2

Ent˜ao G ´e hiperhamiltoniano ou G = P(n,n−2)+ e.

Demonstra¸ao. Observe que:

m(P(n,n−2)+e)= m(Pn,n−2)+ 1 = n2− 3n + 4 2 + 1 > n2− 3n + 4 2 Suponha G̸= P(n,n−2)+ e. Como n2− 3n + 4 2 > n2 − 3n + 2 2 ,

(44)

pelo teorema 4.1.3, G ´e hamiltoniano ou G = P(n,n−2). Como mG > n2−3n+4

2 = m(P(n,n−2)), G̸= P(n,n−2), portanto G ´e hamiltoniano.

Seja G′ = G− v, tal que v ∈ V (G). Ent˜ao, o menor n´umero de arestas poss´ıvel de G′ ´e m(G)− (n − 1). Logo:

m(G) ≥ m(G)− n + 1

Como estamos considerando mG> n

2−3n+4 2 , temos: m(G)> n 2− 3n + 4 2 − n + 1 = n 2− 3n + 4 − 2n + 2 2 = n 2− 5n + 6 2 = (n 2− 2n + 1) − 3n + 3 + 2 2 = (n− 1) 2− 3(n − 1) + 2 2 Fazendo n′ = n− 1, temos: m(G)> (n )2− 3n′ + 2 2

Como o n´umero de v´ertices de G′ ´e igual a n′ = n−1, pelo teorema 4.1.3,

G′ ´e hamiltoniano ou G′ = P(n,n−2).

Se G′ = P(n,n−2), ent˜ao o v´ertice v retirado de G para obter G′, deve ser

adjacente ao v´ertice independente de P(n,n−2) e adjacente a pelo menos um dos v´ertices da clique de P(n,n−2), caso contr´ario, G n˜ao ser´a hamiltoniano.

Como estamos supondo G̸= P(n,n−2)+ e, temos:

mG< mP(n,n−2)+e= mP(n′ ,n′−2)+ n− 1 ⇒ mG (n′)2 − 3n′ + 4 2 + n− 2 ⇒ mG (n− 1)2− 3(n − 1) + 4 2 + n− 2 ⇒ mG≤ (n2− 2n + 1) − 3n + 3 + 4 + 2n − 4 2

(45)

⇒ mG

n2− 3n + 4

2

o que contradiz a hip´otese. Portanto, G′ ̸= P(n,n−2).

Logo, G′ ´e hamiltoniano, e portanto, conclu´ımos que G ´e hiperhamilto-niano.



5.2

Condi¸

oes suficientes espectrais para um

grafo ser hiperhamiltoniano

Um dos objetivos da pesquisa ´e encontrar a caracteriza¸c˜ao para grafos hiperhamiltonianos pelo seu espectro de adjacˆencia. Em [5], encontramos os teoremas 4.2.1 e 4.2.2, que fornecem condi¸c˜oes suficientes para grafos hamiltonianos atrav´es do ´ındice da adjacˆencia do grafo e do ´ındice da ad-jacˆencia do grafo complementar. Analisando esses teoremas, tentamos en-contrar condi¸c˜oes an´alogas `as de [5] para um grafo ser hiperhamiltoniano. Para encontrar tais condi¸c˜oes precisamos primeiramente provar os seguintes resultados preliminares.

Proposi¸c˜ao 5.2.1. Seja G um grafo com n v´ertices. A propriedade de G ser hiperhamiltoniano ´e (n + 1)-est´avel.

Demonstra¸ao. Seja G um grafo com n v´ertices, tal que, para todo u,

v ∈ V (G) n˜ao adjacentes, G+uv ´e hiperhamiltoniano e dG(u)+dG(v)≥ n+1. Logo, pelo teorema 4.1.1, G ´e hamiltoniano.

Seja G′ = G− {w}, w ∈ V (G). Observe que

G′ + uv = (G + uv)− {w}; u, v, w ∈ V (G); u n˜ao adjacente a v. que ´e hamiltoniano, pois G + uv ´e hiperhamiltoniano. Ent˜ao:

• Se w ´e um v´ertice n˜ao adjacente a u e n˜ao adjacente a v, temos dG′(u) + dG′(v)≥ n + 1 > n − 1

• Se w ´e um v´ertice adjacente a u e n˜ao adjacente a v (ou adjacente a v

e n˜ao adjacente a u), temos

(46)

• Se w ´e um v´ertice adjacente a u e adjacente a v, temos dG′(u) + dG′(v)≥ (n + 1) − 2 = n − 1

Como o n´umero de v´ertices de G′ ´e n− 1, pela proposi¸c˜ao 4.1.1, G′ ´e hamiltoniano, e portanto, G ´e hiperhamiltoniano

Ent˜ao, a propriedade de G ser hiperhamiltoniano ´e (n + 1)-est´avel. 

Proposi¸c˜ao 5.2.2. Um grafo G ´e hiperhamiltoniano se, e somente se, o

(n + 1)-fecho de G ´e hiperhamiltoniano.

Demonstra¸ao. Seja G um grafo com n v´ertices e H o (n + 1)-fecho de G. Se G ´e hiperhamiltoniano, como G ´e subgrafo de H, ent˜ao H ´e hiperha-miltoniano.

Se H ´e hiperhamiltoniano, pelas proposi¸c˜oes 2.5.1 e 5.2.1 G ´e hiperha-miltoniano.

 Assim, depois de estudarmos e analisarmos as demonstra¸c˜oes das pro-posi¸c˜oes 4.2.1 e 4.2.2 de [5], juntamente com os resultados anteriores, conse-guimos provar as seguintes condi¸c˜oes suficientes que garantem que um grafo seja hiperhamiltoniano, conhecendo seu ´ındice de adjacˆencia e o ´ındice de adjacˆencia do grafo complementar.

Proposi¸c˜ao 5.2.3. Seja G um grafo com n v´ertices, m arestas e seja λ(G) o ´ındice da adjacˆencia de G. Se

λ(G) >(n−3 2) 2+ 2 1 2

Ent˜ao, G ´e hiperhamiltoniano ou G = P(n,n−2)+ e.

Demonstra¸ao. Suponha λ(G) >(n− 32)2+ 21 2. Observe que (n− 3 2) 2+ 2 1 2 > n− 2 (n− 3 2) 2 + 2 > n 3 2

(47)

⇔ (n − 3 2) 2+ 2 > (n3 2) 2 ⇔ 2 > 0 Portanto, λ(G) >(n− 32)2+ 21

2 > n− 2. Pela proposi¸c˜ao 4.2.1, G ´e

hamiltoniano ou ´e o P(n,n−2).

Pela desigualdade de Stanley:

λ(G)≤ −1 2 + √ 2m + 1 4 Ent˜ao: √ (n− 3 2) 2+ 2 1 2 < λ(G) ≤ − 1 2 + √ 2m + 1 4 (n−3 2) 2+ 2 <2m +1 4 ⇒ (n − 3 2) 2+ 2 < 2m +1 4 ⇒ n2− 3n + 9 4+ 2 < 2m + 1 4 ⇒ n2− 3n + 17 4 1 4 < 2m ⇒ 2m > n2− 3n + 16 4 = n 2− 3n + 4 ⇒ m > n2− 3n + 4 2

Pelo teorema 5.1.2, G ´e hiperhamiltoniano ou G = P(n,n−2)+ e.



Teorema 5.2.1. Seja G um grafo com n v´ertices e λ(G) o ´ındice de ad-jacˆencia do seu complementar. Se λ(G)

(n−22 )− (n−2n ), ent˜ao G ´e hi-perhamiltoniano ou G = P(n,n−2)+ e.

Demonstra¸ao. Seja I o (n + 1)-fecho de G. Assuma que G n˜ao seja hiperhamiltoniano. Ent˜ao, pela proposi¸c˜ao 5.2.2, I n˜ao ´e hiperhamiltoniano. A propriedade principal de I, nos diz:

(48)

para cada par de v´ertices n˜ao adjacentes u e v de I. Ent˜ao: dI(u) + dI(v) = (n− 1 − dI(u)) + (n− 1 − dI(v)) = n + (n− 2) − (dI(u) + dI(v)) Da desigualdade anterior,, dI(u) + dI(v)≥ n + (n − 2) − n isto ´e: dI(u) + dI(v)≥ n − 2 para todo par de v´ertices n˜ao adjacentes u e v de I.

Como cada termo dI(u) aparece no somat´orio precisamente dI(u) vezes, temos: ∑ uv∈E(I) (dI(u) + dI(v))≥ |E(I)| 1 (n− 2)

⇒ [dI(u) + dI(v)] + . . . + [dI(u) + dI(v)]≥ (n − 2)|E(I)|

⇒ [dI(u) + . . . + dI(u)] + [dI(v) + . . . + dI(v)]≥ n|E(I)| − 2|E(I)|

⇒ dI(u)× dI(u) + dI(v)× dI(v)]≥ n|E(I)| − 2|E(I)|

u∈V (I)

dI2(u)≥ n|E(I)| − 2|E(I)|

Usando a desigualdade de Hofmeister (λ √ 1 nu∈V d2(u) ⇒ nλ 2 u∈V d 2(u)), obtemos: 2(I) u∈V (I)

d2I(u)≥ n|E(I)| − 2|E(I)|

Como I ⊆ G e por hip´otese, λ(G) √ (n−22 )− (n−2n ), temos: λ(I) ≤ λ(G)≤ √ (n− 2 2 )− ( n− 2 n ) ⇒ (n− 2 2 )− ( n− 2 n ))≥ λ 2 (G) ≥ λ 2 (I) ⇒ n(n− 2 2 )− (n − 2) ≥ nλ 2 (G)≥ nλ 2

(49)

n(n− 2) 2 − (n − 2) ≥ n|E(I)| − 2|E(I)| n(n− 2) 2 − (n − 2) ≥ |E(I)|(n − 2) ⇒ |E(I)| ≤ n(n− 2) 2(n− 2) n− 2 n− 2 ⇒ |E(I)| ≤ n 2 − 1 Como|E(I)| = n(n2−1) − |E(I)|, temos:

|E(I)| = n(n− 1) 2 − |E(I)| ≥ n(n− 1) 2 n 2 + 1 ⇒ |E(I)| ≥ n(n− 2) 2 + 1 Como n(n− 2) 2 + 1 > n2 − 3n + 4 2 = (n− 1)(n − 2) 2 + 1 n(n− 2) 2 > (n− 1)(n − 2) 2 ⇔ n(n − 2) > (n − 1)(n − 2) ⇔ n > (n − 1) ⇔ 1 > 0 Ent˜ao: |E(I)| > n2− 3n + 4 2

Como I n˜ao ´e hiperhamiltoniano, o teorema 5.1.2 implica que I = P(n,n−2)+ e. Se G = I, a prova est´a completa.

Vamos supor que G ´e subgrafo pr´oprio de P(n,n−2)+e. Observe que P(n,n−2)

´

e um subgrafo pr´oprio de P(n,n−2)+ e, e portanto os subgrafos de P(n,n−2) s˜ao

tamb´em subgrafos de P(n,n−2) + e. Ent˜ao, se G ´e um desses subgrafos ou

o pr´oprio P(n,n−2), analogamente `a conclus˜ao da demonstra¸c˜ao do teorema

4.2.2, temos: λ(G)≥ λ(K1,n−2) = √n− 2 > √ (n− 2 2 )− ( n− 2 n )

(50)

n− 2 > √ (n− 2 2 )− ( n− 2 n ) ⇔ n − 2 > (n− 2 2 )− ( n− 2 n ) ⇔ n − 2 > (n − 2)(1 2 1 n) n− 2 n− 2 > 1 2 1 n ⇔ 1 > 1 2 1 n ⇔ n > n 2 − 1 ⇔ n − n 2 >−1 n 2 >−1 ⇔ n > −2 Portanto, se G̸= P(n,n−2)+ e, G ´e hiperhamiltoniano. 

(51)

Cap´ıtulo 6

Hamiltonicidade,

hiperhamiltonicidade e outras

matrizes

Nos cap´ıtulos anteriores foram apresentados resultados relacionando gra-fos hamiltonianos e hiperhamiltonianos com o espectro de adjacˆencia desse grafo. Existem outras matrizes que podem ser associadas a grafos al´em da matriz de adjacˆencia. Estudamos algumas dessas matrizes e investigamos resultados que relacionam hamiltonicidade e hiperhamiltonicidade com os autovalores dessas matrizes.

6.1

Matriz laplaciana

Seja D a matriz diagonal dos graus dos v´ertices de um grafo G (ou seja, a matriz D tal que Dii = d(vi)) e seja A a matriz de adjacˆencia de G. A

matriz laplaciana de G ´e a matriz L = D− A. Neste cap´ıtulo, apresentamos condi¸c˜oes suficientes para um grafo ser hamiltoniano e ser hiperhamiltoniano, sobre os autovalores da matriz Laplaciana associada a esse grafo.

6.1.1

Resultados conhecidos da literatura sobre o

es-pectro da matriz laplaciana

Os seguintes resultados s˜ao conhecidos na literatura da teoria espectral de grafos e ser˜ao utilizados para provar os pr´oximos resultados.

Teorema 6.1.1. [10] Seja G um grafo threshold de n v´ertices, com tra¸co T e sequˆencia de graus [d1, d2, . . . , dn] em ordem n˜ao-crescente. Ent˜ao, a

(52)

sequˆencia (n˜ao-crescente) [µ1, µ2, . . . , µn] de autovalores laplacianos de G

pode ser obtida da seguinte maneira: 1. Se 1≤ i ≤ T , ent˜ao µi = di+ 1

2. Se T + 1 ≤ i ≤ n − 1, ent˜ao µi = di+1

3. µn= 0

Teorema 6.1.2. [6] Seja G um grafo, e a(G) a conectividade alg´ebrica de G, ou seja, o autovalor µn−1 de G. Seja G1 o grafo obtido pela retirada de k v´ertices de G. Ent˜ao, a(G)≤ a(G1) + k.

6.1.2

Novas condi¸

oes de hamiltonicidade para grafos

threshold

Utilizando resultados vistos anteriormente, conseguimos obter condi¸c˜oes sobre os autovalores da matriz Laplaciana de um grafo threshold, que garan-tem que esse grafo seja hamiltoniano. Esses resultados s˜ao decorrˆencia dos teoremas de Ore e Dirac, respectivamente.

Proposi¸c˜ao 6.1.1. Seja G um grafo threshold com n v´ertices e tra¸co T

(n− 3). Seja µ1, µ2, . . . , µn a sequˆencia n˜ao-crescente de autovalores

laplaci-anos de G.Ent˜ao:

µ(n−1)+ µ(n−2) ≥ n ⇒ G ´e hamiltoniano.

Demonstra¸ao. Suponha µ(n−1)+ µ(n−2) ≥ n.

Seja d1 ≥ d2 ≥ · · · ≥ dn a sequˆencia n˜ao-crescente dos graus dos v´ertices de G.

Pelo teorema 6.1.1,

µ(n−1) = dn e µ(n−2)= dn−1

Como dne dn−1 s˜ao os menores graus de v´ertices de G, para qualquer par de v´ertices v1,v2 de G, em particular para os pares de v´ertices n˜ao adjacentes,

temos:

dv1+ dv2 ≥ dn+ dn−1 = µ(n−1)+ µ(n−2) ≥ n

Logo, pelo teorema 4.1.1, G ´e hamiltoniano.

Referências

Documentos relacionados

Antes de mostrarmos a rela¸ c˜ ao entre regularidade de uma curva e existˆ encia de reparametriza¸c˜ oes por comprimento de arco dessa curva, notemos uma propriedade sim- ples

Além das tão desejadas características de conferir cor aos alimentos, muitas das substâncias utilizadas como corantes naturais possuem importantes benefícios,

Neste mesmo período as comportas da represa foram abertas por três dias e o volume da água diminuiu significativamente e com a geada que ocorreu nestes duas as folhas

Direitos dos trabalhadores – direito à greve, proibição do lock-out, direito à eleição de comissões de trabalhadores (por voto secreto), direito à livre associação

O diferencial é que, ao invés de parar em 1991, quando houve a desintegração da União Soviética (URSS), o autor prossegue até os dias atuais enfrentando o que

O Curso Atualização para Condutores Veículo de Transporte de Escolares do SEST SENAT tem como objetivo atualizar os conhecimentos referentes ao Curso

لثم ةليقثلاو ةكيمسلا سبلاملا ىلع لضفأو عرسأ جئاتن ىلع لوصحلل سبلاملا يف راخبلا لغلغت ةاشرفلا قحلم ززعي AR قوف تاريعشلا كيرحتو راخبلا لّغشم رز ىلع

Foram feitas medidas PPES para caracterização térmica, em que foram obtidas a difusividade e a condutividade térmicas e, através de ajustes das equações teóricas aos