Microeconomia. 4. Custos da empresa, economias de escala, gama e experiência. Francisco Lima

(1)

Microeconomia

4. Custos da empresa, economias de escala, gama

e experiência

Francisco Lima

1º ano – 2º semestre – 2011/2012

(2)

Objectivos

• Distinguir entre custos contabilísticos e custos económicos

C h i i i ti d t l t t d

• Conhecer os principais tipos de custos relevantes para a tomada

de decisão

• Conhecer as funções de custo das empresas ç p

• Saber por que é que os custos variam com a dimensão das

empresas

(3)

Conceitos-chave

• Custo de oportunidade • Custos fixos • Custos afundados • Custos variáveis • Custos fixos • Custos marginais • Economias de escala Custos variáveis • Economias de experiência • Economias de gama 3

(4)

Custos

• Custos relevantes para a tomada de decisão

C t C t bilí ti C t E ó i

• Custos Contabilísticos vs Custos Económicos

• Curto Prazo vs Longo Prazo

• Custo de OportunidadeCusto de Oportunidade

• Custo Afundado

– Durabilidade – Especificidade

(5)

Economic versus Accountants

How an Economist Views a Firm How an Accountant Views a Firm Economic profit Accounting profit Revenue Revenue Implicit costs profit Total opportunity costs costs Explicit costs Explicit costs 5 Copyright © 2004 South-Western

(6)

Custos

• Os registos contabilísticos são úteis para o exterior (auditorias,

contratos com bancos), quando é preciso números que sejam contratos com bancos), quando é preciso números que sejam verificáveis

• Mas para a decisão interna da empresa (escolha da Q óptima) o

custo relevante é o custo económico custo relevante é o custo económico.

• O custo económico difere do custo contabilístico porque:

– inclui o custo de oportunidadep

– não leva em conta os custos afundados

• Custos Afundados

Já f i id ã i á i i t

– Já foram incorridos e são irrecuperáveis se a empresa interromper a actividade, logo irrelevantes para a tomada de decisão.

Ex: despesas com estudo de mercado; (máquina já instalada) – Grau de afundamento depende

• da durabilidade: quanto mais depressa um investimento se amortizar, mais depressa o seu valor vai ser incorporado no valor do produto

6

(7)

Funções Custo

• Custo total CT C t fi CF

CV

CF

CT

=

+

• Custo fixo CF • Custo variável CV

• Curva de CT une os pontos de produção eficienteCurva de CT une os pontos de produção eficiente

• Exemplo de forma algébrica

3 2

Q

CF

CT

=

+

α

−

β

+

γ

• Custo médio

Q

CF

CT

=

+

α

β

+

γ

CT

• Custo marginal

Q

CT

CM

=

Custo marginal

dQ

dCT

CMg

=

7

dQ

g

(8)

Rendimentos decrescentes e curvas de custo em U

8

Samuelson 18e

(9)

Rendimentos decrescentes curvas de custo em U

9

Samuelson 18e

(10)

Funções Custo

• Escala de eficiência da empresa

Quantidade que minimiza o custo total médio – Quantidade que minimiza o custo total médio

• Função custo médio de longo prazo

– Longo prazo - todos os fatores produtivos ajustáveis

(11)

Economias de Escala e de Gama

• Economias de Escala / Economias de Dimensão

Quanto maior o peso dos custos fixos mais prolongadas as – Quanto maior o peso dos custos fixos, mais prolongadas as

economias de escala

– Desde que a dimensão da procura o justifique, não é

i t d i d l

necessariamente mau operar em deseconomias de escala

• Economias de Gamaco o as de Ga a CM _economias CM CM _economias de escala 11 Q

(12)

Economias de Escala

(13)

13

(14)

Economias de Gama

• Economias semelhantes são possíveis com uma gama de

produtos mais alargada

p g

• O custo de produção ou distribuição de dois ou mais produtos em

conjunto é mais baixo do que o custo de produção separadoj q p ç p

( )

Q

1

,

0 CT

(

0 ,

Q

2

)

CT

(

Q

1

,

Q

2

)

CT

+

>

• Exemplos

– Sabonetes, shampoos, amaciadores, gel de banho

– Hamburgers e batatas fritas produzidas pelo McDonaldsHamburgers e batatas fritas produzidas pelo McDonalds – Fnac?

– Economias de marketing, I&D, aprovisionamento, descontos de fornecedores

(15)

http://clix.semanal.expresso.pt/2caderno/economia/artigo.asp?edition=1793&articleid=ES249073

A Maçã de Alcobaça fatiada Sumo de Maçã de Alcobaça

http://www.macadealcobaca.pt

(16)

Economias de Escala e de Gama

• Fontes de Economias

Disseminação de custos de estrutura – Disseminação de custos de estrutura – Adoção de tecnologia mais eficientes – Maior produtividade dos fatores variáveis – Regra do cubo-quadrado

– Economias de marketing – Economias de I&DEconomias de I&D

– Economias de aprovisionamento

• Fontes de deseconomias de escala

– Custos laborais – Burocracia

– Ativos não replicáveisAtivos não replicáveis

(17)

Economias de Experiência

• Economias de aprendizagem

O t itá i édi d d ã é d t

• O custo unitário ou médio de produção é decrescente com a

quantidade produzida no passado

• Há acumulação de experiência e know-howç p

• Curva de aprendizagem CQ ... ... ... .. 100

( )

_Q

_α

_Q

−β

C

..._... ..._... ..._... ... ... .... ... ... ... ... ... ... 100 67

( )

_Q

_{= Q}

_α

β

C

C(Q) é o custo unitário após _...

... ..._... ..._... ... ... ... ... ... ... ... ... .. ... ... ... ... ... ... ... .. ... ... .. . .. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .. .. ... ... ... ... ... ... .. ... ... .... . .. ... ... ... ... ... ... .. ... ... ... .. ... ... ... .. .. ... ... ... .. ... ... ... ... .. ... ... ... .. .. ... ... .. . .. ... ... ... ... ... ... .. ... ... ... .. ... ... ... .. .. ... ... ... .. ... ... ... ... ... ... .. ... . 67 56 47 40 C(Q) é o custo u tá o após a produção de Q unidades α é o custo da 1ª unidade, Q ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 40 1 5 10 20 40

β>0 é o parâmetro que mede a intensidade das economias de experiência. 17 Q 1 5 10 20 40 p

(18)

Economias de Experiência

• Economias de escala vs economias de experiência

economias de escala CMe₁ Q CMe₀ economias de experiência Q 18

(19)

Resumo

• O custo económico inclui o custo de oportunidade

– Remuneração que os fatores poderiam obter se fossem empregues noutras atividades

noutras atividades

• Custos afundados são irrelevantes para a tomada de decisão

• Funções custos: totais, médios, marginais ç , , g

– Relação entre custos e níveis de produção

• Economias de escala

t édi d t d d ã

– custos médios decrescem com o aumento da produção

• Deseconomias de escala

– custos médios crescem com o aumento da produçãop ç

• Economias de gama

– a produção de dois produtos é realizada de forma mais económica por uma única empresa do que por empresas distintas

uma única empresa do que por empresas distintas

• Economias de aprendizagem

– experiência anterior na produção de um produto permite reduzir o

19

(20)

Casos

1. Mostre e discuta os efeitos do desenvolvimento tecnológico na

função de produção custos e dimensão das empresas função de produção, custos e dimensão das empresas

2. Economias de escala são equivalentes a rendimentos crescente

à escala? Explique

3. Explique a influência dos custos afundados na tomada de

decisão da empresa. Exemplifique

4 Qual a importância do conceito de custo de oportunidade para a

4. Qual a importância do conceito de custo de oportunidade para a

tomada de decisão da empresa? Exemplifique

5. Distinga economias de escala de economias de gama. Discuta

três fontes de ambas as economias. Exemplifique

6. “O conceito de longo prazo aplica-se a horizontes temporais de

duração superior a um ano na vida da empresa.” Comente no duração superior a um ano na vida da empresa. Comente no contexto das estruturas de custos de uma empresa

(21)

Casos

7. Comente as seguintes afirmações

a) A existência de custos marginais constantes é condição suficiente a) A existência de custos marginais constantes é condição suficiente

para a existência de economias de escala

b) A existência de custos marginais crescentes é condição suficiente i tê i d d i d l

para a existência de deseconomias de escala

8. Distinga economias de escala, economias de gama e economias

de experiência. Exemplifique

9. Comente e explique a decisão da empresa

“Adega de Borba cresce e entra no enoturismo

D i Ad C i d B b á

Daqui a um ano a Adega Cooperativa de Borba terá duplicado a sua capacidade de produção diária. A

construção de um novo edifício e a entrada no enoturismo vão marcar a imagem da cidade alentejana.”

(Expresso, 18:53 Quinta-feira, 1 de Julho de 2010)

(22)

Bibliografia

• Mata (2010), cp. 6