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Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias – Língua Portuguesa e Literatura Volume 1 | Editora LT

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Academic year: 2021

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Proff

Manual do Professor de

Língua Portuguesa e Literatura Volume 1

Linguagens, Códigos

(2)

Apresentação

O

material didático da Coleção EJA Educação Profissional foi elaborado a

par-tir do documento base do Programa Nacional de Integração da Educação

Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens

e Adultos, tendo como pressupostos alguns princípios e fundamentos pedagógicos:

compreensão do trabalho como princípio educativo; pesquisa como fundamento da

for-mação, por entendê-la como modo de produção de conhecimentos e de entendimento da

realidade, além de contribuir para a construção da autonomia intelectual dos educandos;

integração do currículo; valorização dos diferentes saberes no processo de ensino e

apren-dizagem; e o trabalho como princípio educativo.

Nos livros que compõem a coleção, as abordagens das áreas dos conhecimentos são

embasadas na perspectiva de complexos temáticos, ou seja, em temas gerais comuns

liga-dos entre si. Temas que abrangem os conteúliga-dos mínimos a serem abordaliga-dos sob o enfoque

de cada área do conhecimento; possibilitam a compreensão do contexto em que os alunos

vivem; atendem às condições intelectuais e sociopedagógicas dos alunos; garantem um

aprofundamento progressivo ao longo do material; e promovem o aprofundamento e a

ampliação do conhecimento do aluno.

A abordagem dos materiais didáticos é centrada em resoluções de problemas, ou seja,

no início da unidade são propostos os problemas, dilemas reais vividos pela sociedade e, a

partir da disciplina, são fornecidos dados e fatos buscando a solução dos problemas propostos.

Para efetivar a integração das diferentes áreas do conhecimento, articulando-as ao

mundo do trabalho, são utilizados grandes temas integradores: sociedade e trabalho;

ciên-cia e tecnologia e trabalho; saúde e trabalho; linguagens e trabalho; entre outros.

Em cada volume da coleção, a disciplina é dividida em unidades que, por sua vez,

são separadas em capítulos. Cada unidade conta com seção inicial de abertura, em que é

colocado o problema gerador; conteúdos desenvolvidos de modo a propiciar a construção

de soluções para o problema inicial por meio de atividades, propostas de reflexão,

aná-lise de situações, simulação de cenários para tomada de decisão que são intercalados ao

conteúdo em estudo; atividades de reflexão, de análise, de pesquisa e de produção (oral e

escrita); seção final de sistematização da unidade, retomando o percurso de aprendizagem

e relacionando-o ao problema inicial.

Com a intenção de desenvolver ideias e conceitos, ampliando os conhecimentos do

educando de maneira estimulante e participativa, as obras contam ainda com sugestões de

livros e sites, nos quais o aluno poderá realizar pesquisas para explorar as conexões entre

as áreas do conhecimento.

Por meio da participação de todos os envolvidos no processo educacional, o material

foi desenvolvido de modo que o trabalho dos alunos se desenvolva de maneira prazerosa

e significativa.

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Orientações aos Professores

Orientações aos Professores

Orientações Gerais do Volume

A sociedade que atravessou as portas do século XX, cada vez mais globalizada e tecnológica, marcou configurações e padrões na educação escolar que exigem uma prática educativa adequada às necessidades dos educandos jovens e adultos que, ao chegarem à escola, trazem diferentes experiências de vida e uma bagagem de conhecimentos adquiridos em outras instâncias, que são significativas para o con-texto social.

Em face dessa realidade, que tem como meta a igualdade crescente entre os cidadãos e a integração ao mundo do trabalho, com condições para prosseguir com autonomia no caminho de seu aprimoramento profissional, a Educação de Jovens e Adultos tornou-se um desafio. Assim, exigindo a ampliação de espaços permeados com material didático, metodologia e conteúdos socialmente relevantes e compatí-veis com um ensino de qualidade e com as especificidades dos alunos que buscam a escola para retornar sua trajetória educacional.

Nessa perspectiva, os conteúdos desenvolvidos no livro destinado aos estudos de língua portuguesa e literatura estão articulados por meio de temas integradores comuns para a área de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias.

Na primeira unidade, o tema linguagem, comunicação e cotidiano foi desen-volvido por meio de uma reflexão sobre alguns dos inúmeros gêneros textuais que circulam em nosso meio e as funções que as linguagens exercem no cotidiano social. Na segunda unidade, vinculou-se o tema linguagem, sociedade e cidadania às questões sobre as variedades linguísticas, os níveis de linguagem, a semântica e as diferentes formas de discursos utilizadas nos gêneros textuais que priorizam as sequências narrativas. Na terceira unidade, articulou-se o tema linguagem, cultura

e globalização aos estudos da literatura. E, na quarta unidade, relacionou-se o tema

tecnologias de comunicação e informação com a importância das tecnologias para a humanidade e com as diferentes linguagens utilizadas na tecnologia da informação e da comunicação.

Dentro dessa dinâmica, o trabalho com a literatura não visa apenas ensinar o aluno a memorizar características dos diferentes estilos de época, situando os auto-res e a produção artística em blocos de períodos literários. A preocupação maior é propiciar uma compreensão mais ampla do objeto literário e mostrar que a literatura é um instrumento de comunicação e interação atemporal, social, histórico e político capaz de revelar as contradições da realidade em que os alunos estão inseridos.

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Assim sendo, a linha pedagógica adotada no livro do aluno foi desenvolvida com base em uma pedagogia problematizadora e entrelaçada com situações de aprendiza-gens estimulantes e desafiadoras, que permitem ao estudante estabelecer uma relação entre os conhecimentos prévios adquiridos na prática social e em suas experiências pro-fissionais. Além disso, baseou-se também na apropriação dos novos conhecimentos que dão suporte ao desenvolvimento de diferentes capacidades cognitivas, como a formula-ção de hipóteses, a pesquisa, a compreensão, a observaformula-ção, a generalizaformula-ção, a análise/ síntese, o debate, a argumentação convincente e o respeito pelas opiniões divergentes.

Objetivos Gerais do Volume

• Utilizar os recursos expressivos da linguagem verbal na produção de textos orais, na leitura e na produção de textos escritos com o intuito de atender às múltiplas demandas sociais, responder às exigências das interações comunicativas e analisar os diferentes discursos que se materializam na forma de gêneros textuais.

Princípios Pedagógicos Gerais do Volume

A proposta metodológica abrange o conteúdo por meio dos princípios pedagó-gicos que norteiam o processo de ensino e de aprendizagem de língua portuguesa e literatura – oralidade, leitura, escrita e reflexão sobre a língua. Na sequência, essas prá-ticas são apresentadas de forma separada por uma questão de organização didática, mas, nas atividades desenvolvidas em sala de aula, elas devem ser contempladas na totalidade, para oportunizar ao aluno a apropriação dos conteúdos escolares.

Tendo em vista que a oralidade é concebida como conteúdo de língua portuguesa e literatura, não apenas estratégia de ensino como nas demais disciplinas, os conteúdos que envolvem a língua oral e os demais conteúdos escolares devem ser planejados com vistas a ampliar a capacidade de comunicação dos alunos, superando a conversação espontânea e descompromissada, presentes, algumas vezes, no círculo escolar.

Apesar de a linguagem espontânea ser coerente e apresentar unidade para os interlocutores, o espaço escolar deve desenvolver um trabalho com a oralidade que per-mita ao aluno utilizar os recursos expressivos da língua, conhecer e usar a norma urbana de prestígio, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, objetivos) comunicativas e fazer uso da língua oral de forma cada vez mais competente.

Assim sendo, as atividades de oralidade sugeridas no livro do aluno devem ser utilizadas para exercitar os usos mais formais do discurso oral nas instâncias públicas. Dessa forma, possibilita uma reflexão sobre a utilização da oralidade em eventos que exigem ouvir com atenção; formular e responder a perguntas; respeitar as ideias do outro; selecionar a variedade linguística mais adequada à situação e expressar opiniões com coerência e argumentos convincentes na perspectiva de possibilitar ao aluno o desen-volvimento da competência discursiva em situações concretas de uso da língua materna. A leitura é um processo de produção de sentidos que ocorre a partir das relações dialógicas que acontecem entre o autor, o texto e o leitor. É dentro dessa dimensão dia-lógica e discursiva, que os diferentes gêneros textuais – anúncio publicitário, panfleto, carta de leitor, notícia, gráfico, crônica, cartum, letra de música, pintura, tira humorís-tica e currículo, entre outros – são apresentados no livro do aluno.

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Desse modo, a leitura não pode ser trabalhada em sala de aula apenas para localizar informa-ções contidas no texto. As práticas de leitura devem ajudar o aluno a construir o significado do texto a partir dos seus conhecimentos prévios sobre o assunto, o autor, o suporte em que o texto é veiculado e as características do gênero textual em estudo.

A aplicação dessas estratégias de leitura permite que o aluno perceba que todo texto envolve um enigma e que o seu entendimento decorre: da compreensão do conteúdo temático, dos elemen-tos explícielemen-tos presentes na superfície do texto, do uso das inferências que permitem desvendar os elementos implícitos e na percepção dos efeitos de sentidos provocados pelo vocabulário, pela pon-tuação e pela construção sintática utilizada no texto.

Na escrita, a produção de textos e as respostas das atividades propostas no livro do aluno ganham valor no momento em que o discente percebe a importância da função social da escrita e compreende que essa dinâmica, como qualquer atividade verbal, representa uma ação cooperativa entre duas ou mais pessoas – os interlocutores que participam do jogo das interações verbais.

Nessa perspectiva, a mediação do professor deve desenvolver estratégias que propiciem a discussão e a reflexão sobre o tema que será desenvolvido na escrita do texto, tendo em vista, princi-palmente, que a realização das atividades prévias abre o leque que determina os elementos do texto: quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve.

Assim sendo, a prática da escrita é uma experiência interpessoal e dialógica que requer o domí-nio de determinados procedimentos que envolvem o planejamento do que vai ser escrito em função das características do gênero textual, a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada e, em seguida, a revisão e a reescrita do texto. Essas etapas, apesar de serem interdependentes, devem estar presentes nas atividades que envolvem a escrita, porque elas permitem que o aluno compreenda os procedimentos que norteiam a escrita dos vários gêneros textuais que circulam na sociedade.

A atividade de reflexão sobre a língua tem a finalidade de criar condições para que a variedade padrão seja aprendida efetivamente na escola, uma vez que os conhecimentos gramaticais ganham significado no momento em que o aluno monitora a própria escrita no interior da produção textual. Assim, observando, por exemplo, a organização do assunto, a progressão textual, o emprego da sin-taxe e o uso dos recursos linguísticos responsáveis pelas ligações que se estabelecem entre os termos de uma frase, entre as orações de um período e entre os parágrafos do texto.

Em outras palavras, os conceitos gramaticais devem estar inseridos nas atividades de leitura e produção de texto oral e escrita com o intuito de propiciar ao aluno a ampliação da capacidade de usar as várias possibilidades que a língua oferece, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a competência discursiva necessária para se expressar nas diferentes situações de interação comunicativa com as quais se depara no decorrer de suas atividades acadêmicas, sociais e profissionais.

Articulação do Conteúdo

Tendo em vista que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conheci-mentos, os conteúdos abordados no livro de língua portuguesa e literatura podem ser amplamente integrados com as disciplinas de língua inglesa e língua espanhola devido à própria natureza de seus objetos de estudo – a própria língua.

Além dessas disciplinas, sugere-se, também, a possibilidade de integração com arte (utilidade da arte e gêneros artísticos), geografia (conceitos de lugar, região, espaço geográfico), história (tempo histórico) e matemática (estudo dos conjuntos numéricos e dos índices de porcentagem).

Foram apresentados, aqui, apenas alguns exemplos de ações integradoras, cabendo ao pro-fessor adequar sua prática pedagógica e didática à realidade de sua sala de aula e aos interesses e necessidades dos alunos.

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Sugestão de Planejamento

O livro de língua portuguesa e literatura, que foi elaborado com o objetivo de subsidiar a prática pedagógica no cotidiano escolar, é constituído por quatro unida-des temáticas. Cada uma das unidaunida-des se unida-desdobra em dois capítulos organizados em torno de diferentes gêneros – poemas, letras de música, crônicas, contos, anúncios publicitários, pinturas, cartas de leitor, notícias, reportagens e gráficos, entre outros. O fio condutor que norteia as noções teóricas e práticas contribui para a pro-gressão e a coerência da sequência dos conteúdos desenvolvidos, no livro do aluno, por meio de seções que são recorrentes ao longo de todos os capítulos: Leitura, Análise, Reflexão, Produção Oral e Produção Escrita. Essas seções têm o objetivo de complementar e enriquecer os conteúdos estudados.

As atividades propostas no livro do aluno devem ser desenvolvidas durante um semestre e, por isso, propõe-se que o planejamento das atividades priorize os resultados que se deseja atingir, os conteúdos básicos que melhor respondem às carac-terísticas, aos limites e às facilidades do grupo de alunos e os procedimentos, métodos e técnicas que criarão as condições adequadas para o processo de aprendizagem.

Nesse sentido, sugere-se que o professor, antes de iniciar o planejamento (semanal, mensal ou bimestral), reflita sobre estas perguntas: para que ensinar? (identificação dos objetivos), o que ensinar? (seleção dos conteúdos essenciais), como ensinar? (escolha dos métodos e estratégias que serão utilizadas em sala de aula). Para, assim, propiciar aprendizagens significativas no dia a dia de seu fazer pedagógico. Não se deve esquecer, porém, que o planejamento é um ato flexível que deve se adaptar à realidade e às necessidades vivenciadas no contexto escolar.

A atividade avaliativa deve ser utilizada, nessa mesma linha de concepção, com a finalidade de dar ao professor os elementos fundamentais para a realização de seu planejamento uma vez que ela informa quem são os alunos, quais os conhecimentos prévios que eles já detêm e o que buscam na escola. Assim sendo, a avaliação vista como instrumento de controle e poder da escola deixa de existir para dar lugar a uma prática avaliativa diagnóstica, contínua e cumulativa, que deve ser realizada no processo de intervenção professor/aluno, a partir de ações e de experiências cuida-dosamente planejadas, com o intuito de solucionar as dificuldades encontradas pelos alunos no processo de aprendizagem.

Atividades Complementares

As atividades complementares são consideradas componentes das ações didá-ticas e pedagógicas próprias do processo de ensino e de aprendizagem. Relacionadas com o mundo da cultura e do trabalho, devem ser realizadas de forma aberta e fle-xível (dentro ou fora da escola) com a finalidade de propiciar ao aluno a progressiva autonomia intelectual e profissional. Além das atividades apresentadas no livro do aluno, sugere-se que o professor planeje e desenvolva atividades para complementar o processo de aprendizagem dos alunos.

Para isso, o professor poderá selecionar textos não verbais para a classe ana-lisar e realizar uma mostra de poemas ou produção de textos no quadro-mural da escola. Pode também organizar um recital lítero-musical ou orientar a organização de um júri simulado depois do estudo de um texto polêmico escolhido pelos alunos ou selecionado pelo professor.

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Outra opção é organizar um debate deliberativo com o objetivo de refletir a favor ou contra uma causa de interesse comum, criando, depois, um jornal-mural sobre esse determinado assunto.

Além disso, o professor tem outras opções de atividades complementares, como: organizar um varal de textos (selecionados de jornal ou revista) que pertencem ao gênero textual estudado em sala de aula; assistir a um filme, atual ou não, para os alunos analisa-rem os aspectos históricos, sociais e culturais da época; entre inúmeras outras atividades.

Essas atividades devem ser realizadas com a mediação do professor, o qual deverá, ao mesmo tempo, incentivar a prática dos estudos independentes dos alunos para que eles possam enriquecer o conteúdo escolar e o currículo profissional, ampliando, assim, as chances de ingressar ou atingir patamares mais elevados no mercado de trabalho.

Sugestões de Leitura

Parâmetros referenciais para o Ensino Médio

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros

Curriculares Nacionais: Ensino Médio – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília,

1999.

_____. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio – Bases Legais. Brasília, 1999. _____. PCN + Ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, 2002.

______. Orientações curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004.

______. ENCCEJA – Ensino Médio: Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos do Ensino Médio. – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias volume do estudante. Brasília, 2002.

Oralidade e escrita

CASTILHO, A. T. de. A língua falada no ensino de português. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2004.

KATO, M. A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.

MARCUSCHI, L. A. Análise da conversação. 5. ed. São Paulo: Ática, 2003.

SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus, 1995.

VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes,1987.

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Literatura

BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1980. ______ (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix/Edusp, 1975.

BRITO, M. da S. História do modernismo brasileiro: antecedentes da Semana de Arte Moderna. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974.

COUTINHO, A. Introdução à literatura no Brasil. 17. ed. Rio de janeiro: Bertrand do Brasil, 2001. EAGLETON, T. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

GOLDSTEIN, N. S. Versos, sons e ritmos. São Paulo: Ática, 1999.

MELLO E SOUZA, A. C. de. Formação da literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1975.

_____. Na sala de aula: caderno de análise literária. São Paulo: Ática, 1985.

MELLO E SOUZA, A. C. de et all. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1987.

NICOLA. J. de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. 15. ed. São Paulo: Scipione, 1998. RAMOS, P. E. da S. Do barroco ao modernismo: estudos de poesia brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979.

STALLONI, Y. Os gêneros literários. Rio de Janeiro: Difel, 2000.

TELLES, G. M. Vanguardas europeias e modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1983.

Leitura e produção de texto

ANTUNES, I. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola, 2005. BAKHTIN, M. Estética da produção verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. ______. Marxismo e filosofia da linguagem. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

BRANDÃO, M. H. Introdução à análise do discurso. 7. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1998. CITELLI, A. Linguagem e persuasão. São Paulo: Ática, 1985.

______. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.

COLL, C.; EDWARDS, D. Ensino, aprendizagem e discurso em sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 1998.

COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

DIONÍSIO, A. P. et al (Orgs.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. DISCINI, N. A comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2005.

FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 3. ed. São Paulo: Ática, 1995.

FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999.

GUIMARÃES, E. A articulação do texto. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.

ILARI, R. A linguística e o ensino da língua portuguesa. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992. KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes/ Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1998.

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______. Argumentação e linguagem. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1996.

______. O texto e a construção de sentido. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998.

KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. ORLANDI, E. P. A linguagem e seu funcionamento. Campinas: Pontes, 1996.

______. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 1999. PÉCORA, A. Problemas de redação. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

SCHNEUWLY. B. et al. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

SERAFINI, M. T. Como escrever textos. São Paulo: Martins Fontes, 1993. SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

TEBEROSKY, A. et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento. Porto Alegre: Artmed, 2003.

VAL, M. da G. C. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

Reflexão sobre a língua

BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37.ed. Rio de Janeiro: Lucena, 2001.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

ILARI, R.; GERALDI, J. W. Semântica. 2.ed. São Paulo: Ática, 1985.

LUFT, C. P. Dicionário prático de regência verbal. 2.ed. São Paulo: Ática, 1993. NEVES, M. H. M. Gramática de usos do português. São Paulo: UNESP, 2003.

PERINI, M. A. Para uma nova gramática do português. 8. ed. São Paulo: Ática, 1995.

SILVA, M. C. P. de S.; KOCH, I. V. Linguística: morfologia aplicada ao português. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

______. Linguística aplicada ao português: sintaxe. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação. São Paulo: Cortez, 1996. Tecnologia e comunicação KENSKI, V. M. O professor, a escola e os recursos didáticos em uma sociedade cheia de tecnologias. Campinas: Editora da Unicamp, 1994.

MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.

______. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus: 2007. OLIVEIRA, R. de. Informática educativa: dos planos e discursos à sala de aula. Campinas: Papirus, 1997.

PARENTE, A. (Org.) Imagem e máquina: a era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

SALOMON, S. W. Informática: um mundo acessível. São Paulo: Maltese, 1991. SANCHO, J. M. (Org.) Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SANDHOLTZ, J. H.; DWYER, D. C. Ensinando com tecnologia: criando salas de aula centradas nos alunos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

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Revistas

Revista Bravo – <http:/www.bravoonline.com.br>. Revista Época – <http:/www.revistaepoca.globo.com>.

Jornais

Jornais brasileiros atuais – <http://www.jornaisdehoje.com.br>.

Cinema brasileiro

<http://www.adorocinemabrasileiro.com.br>.

Bibliotecas virtuais

Biblioteca virtual de literatura – <http://www.biblio.com.br>.

Biblioteca virtual do estudante brasileiro – <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>. Biblioteca virtual do MEC – <http://www.dominiopublico.gov.br>.

Fundação Biblioteca Nacional – <http://www.bn.br>.

Sistema Integrado de Bibliotecas da USP – <http://www.usp.br/sibi>. Biblioteca Nacional – <http://www.universal.pt>.

Orientações Didáticas

Unidade 1

Orientações Gerais

O objetivo desta unidade de estudos é propor que os alunos possam reco-nhecer as linguagens (verbal, visual, audiovisual, gestual, corporal, matemática ou combinada) e verificar como elas se relacionam em situações de interação comu-nicativa, bem como distinguir o seu uso, a fim de poder se posicionar criticamente diante delas.

Dentro dessa linha de pensamento, a unidade aborda gêneros textuais a partir de textos significativos para que o aluno possa perceber os vários tipos de discurso, exercitar a oralidade, a leitura e a escrita, entendendo que mesmo as informações de seu cotidiano fazem parte de sua vida.

As atividades de oralidade permitem que os alunos entrem em contato com o gênero textual apresentado e exercitem sua expressão oral na perspectiva de:

• trazer para o grupo seus conhecimentos prévios sobre o gênero textual, o assunto tratado e as suas impressões pessoais;

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• desenvolver a capacidade de ouvir e respeitar diferentes opiniões;

• ampliar ou reformular sua visão de mundo ao estabelecer um diálogo com os textos apresentados, com os colegas e o(a) professor(a);

• aperfeiçoar a habilidade de interpretar diferentes linguagens;

• praticar o exercício da crítica e defesa de ideias com argumentação e lin-guagem adequadas.

Nas atividades de leitura, espera-se que o(a) professor(a) conduza os alunos a uma releitura dos textos que lhes permita, além de um aperfeiçoamento de sua capacidade de entendimento e interpretação – por meio das habilidades de leitura –, que seu universo cultural se amplie.

As questões apresentadas, com diferentes níveis de dificuldade e complexi-dade, buscam encaminhar os alunos para que:

• tenham a compreensão literal do que está expresso no texto;

• percebam a inferência de significados, estabelecendo relações entre ele-mentos do texto e seu contexto;

• interpretem o que está nas entrelinhas, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios;

• identifiquem e compreendam as variadas características de cada gênero textual , público-alvo, suporte e a que esfera de circulação pertencem. Assim sendo, o trabalho desenvolvido a partir das atividades de reflexão e de análise do texto visa possibilitar aos alunos aperfeiçoarem, gradativamente, sua capacidade de produção de diferentes tipos de textos, tanto orais quanto escritos, considerando a finalidade, o interlocutor, o gênero a que pertence e as circunstân-cias em que o texto está inserido e em que irá circular.

Espera-se que os alunos elaborem seus próprios textos:

• selecionando os recursos linguísticos adequados ao gênero produzido, aos leitores e à finalidade do texto;

• utilizando apropriadamente os aspectos normativos da língua, como orto-grafia, pontuação e concordância;

• utilizando adequadamente os aspectos relativos à unidade textual – como coesão e coerência.

Considerando, ainda, que a produção de um texto é, em última análise, a expressão de uma ideia, procura-se trabalhar os seguintes eixos:

• O plano da significação (o que escrever):

Encaminhar o aluno a refletir sobre o mundo em que vive – lendo, dis-cutindo, formulando hipóteses, posicionando-se frente às situações propostas.

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• O plano da expressão (como escrever):

Levar os alunos a perceber os diferentes recursos expressivos que enrique-cem um texto, pois lhe atribuem maior expressividade – a denotação e a conotação, os diversos usos da linguagem, a sonoridade das palavras, o uso da pontuação, etc.

Portanto, esta proposta de trabalho tem a finalidade de que a produção de texto seja significativa na relação ensino e aprendizagem, pois os alunos precisam saber o que, por que, para que (em que situação) e para quem (o interlocutor) estão escrevendo.

Objetivos Gerais

• Realizar antecipações e inferências a respeito do conteúdo dos diferentes gêneros textuais a partir das características dos suportes em que eles circulam – panfleto e jornal (anúncio publicitário, carta de leitor, notícia e gráfico).

• Inferir o sentido de uma palavra ou expressão a partir do contexto imediato e utilizar o apoio de um gráfico para entendimento de uma passagem do texto.

• Identificar o tópico frasal, o desenvolvimento e a conclusão de um parágrafo padrão no texto.

• Reconhecer a contribuição complementar dos recursos não verbais (gestos, expressão corporal e pinturas) e das linguagens mistas (anúncios publicitários, tiras e charges) em textos apresentados na sala de aula.

• Analisar as funções que se atribuem à linguagem conforme a função de quem escreve (função emotiva ou expressiva, conativa ou apelativa, poética, referen-cial, metalinguística e fática) na análise concreta de textos.

• Criar um anúncio publicitário estruturando-o de modo a garantir a relevância das partes que o compõem (slogan, imagem e texto) em relação ao tema, inter-locutor, objetivo, continuidade temática e local em que o texto irá circular.

Conteúdos Privilegiados

• Gêneros textuais. • Anúncio publicitário. • Panfleto. • Carta de leitor. • Notícia. • Parágrafo.

• Outros gêneros textuais.

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Orientações Específicas e Respostas das Atividades

Páginas 11-12

Abertura

Para desvelar os múltiplos recursos expressivos que a língua oferece no cotidiano das pessoas, foram trabalhados neste capítulo alguns gêneros textuais que pertencem à esfera publicitária (anún-cio publicitário, panfleto), à esfera jornalística (carta do leitor, notícia, gráfico, textos de humor) e à

esfera da arte musical (canção, cantigas, composições poéticas e letras de música).

Este capítulo se inicia com alguns comentários a respeito da linguagem verbal e não verbal, observando que o ser humano usa diferentes linguagens e formas de expressão para mostrar o que sente, como enxerga o mundo ou para registrar o seu cotidiano. Essas linguagens e formas de expres-são, muitas vezes, são combinadas para facilitar a compreensão das ideias que se quer expor – para comunicar, interagir e atingir seu interlocutor –, tendo como pano de fundo a temática sobre algumas situações profissionais da mulher na sociedade brasileira.

Páginas 13-14

Reflexão

O texto que abre este estudo é um anúncio publicitário. Esse gênero textual tem como

tema a mulher e sua ascensão profissional na sociedade brasileira.

Na introdução, sugere-se um trabalho com a leitura da imagem, perguntando aos alunos

quais foram as conquistas profissionais da mulher nos últimos tempos, traçando um

para-lelo entre o papel que ela exercia no meio social e familiar, no início do século passado e o

papel que ela exerce nos tempos atuais. As intervenções e opiniões dos alunos devem ser

anotadas no quadro da sala de aula para a produção de uma síntese das ideias principais

que surgiram durante as discussões.

Página 15

Análise

1)

O realizador da campanha é o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE), que conta com os seguintes apoios: apoio técnico da Fundação Nacional de

Qualidade (FNQ) e apoio institucional da BPW – Business e da Secretaria Especial de

Políticas para as Mulheres, do Governo Federal.

2)

Esse anúncio publicitário poderia ser veiculado em vários suportes, como jornais, revistas,

panfletos ou outdoors.

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3)

Mulheres empresárias de micro ou pequenas empresas ou mulheres

empreen-dedoras que participam de associações e cooperativas de pequenos negócios.

4)

O texto publicitário está buscando divulgar uma ideia a respeito da

impor-tância do papel das mulheres empreendedoras que, com o trabalho delas,

contribuem para o desenvolvimento da sociedade. Esse anúncio publicitário,

ao divulgar o Prêmio Mulher de Negócios, busca incentivar a participação de

mulheres empreendedoras com suas histórias de sucesso profissional com o

intuito de valorizar o seu papel na sociedade e também para incentivar outras

mulheres a se desenvolverem na área do empreendedorismo.

Páginas 16-17

Panfleto e carta de leitor são, respectivamente, gêneros textuais da esfera publi-citária e jornalística. Os textos que são apresentados se complementam, trazendo como assunto viagens turísticas e opiniões de viajantes sobre o atendimento prestado pelas agências de turismo.

Pedir aos alunos que observem as características dos textos apresentados e que realizem as atividades propostas.

Análise

1)

Circuitos brasileiros, incríveis viagens rodoviárias.

2)

Total conforto, ônibus moderno com ar-condicionado e serviço de bordo, o

guia acompanha toda a excursão. Pacotes com diversos circuitos à sua escolha.

3)

Resposta pessoal. Sugestão de resposta: Os alunos deverão transcrever as

informações que julgarem mais importantes e apresentá-las aos colegas da

classe justificando as escolhas. As justificativas são bons recursos para a classe

treinar a argumentação.

Página 18

Análise

1)

Aspectos positivos: “ótimo trabalho; gostamos muito; passeio maravilhoso;

vcs foram nota 10 !!!!; tenho o prazer de indicar”.

Aspectos negativos: “o receptivo foi um desastre; nosso ônibus foi o

penúl-timo a chegar ao local onde se realizaria a festa; meus tios tiveram de subir

ao segundo andar, onde não puderam ver nada; a ceia foi medonha; pior:

descobrimos que o valor que pagamos pela festa foi superior ao cobrado de

outros turistas”.

(15)

2)

O objetivo das cartas de leitor apresentadas é comunicar um ponto de vista em relação

aos acontecimentos das viagens turísticas contratadas pelos viajantes, nessas cartas eles

apresentam as suas sugestões, críticas, opiniões ou reclamações.

3)

Pelo teor dos textos, presume-se que as cartas de leitor foram publicadas em uma revista

especializada em viagens turísticas.

Página 19

Notícia

A notícia é um gênero textual da esfera jornalística. A notícia que foi apresentada no livro do aluno tem como tema o mercado de trabalho da mulher brasileira.

Estimular os alunos a observar e interpretar as linguagens apresentadas no texto – os tipos de gráficos, as informações textuais. Comentar quais são as diferenças da questão salarial entre homens e mulheres no passado e na realidade atual. Comentar, também, a respeito das diferenças sociais entre as mulheres trabalhadoras, que expectativas podem ter em nossa sociedade, quais as conquistas profissionais das diversas categorias de trabalho (registro em carteira, salário, etc.). Depois de reco-nhecer algumas semelhanças e diferenças, propor que os alunos realizem, em dupla ou em grupo, as atividades propostas no livro para trocar ideias e refletir sobre o assunto abordado.

Páginas 20-21

Análise

1)

A diferença de porcentagem nas possibilidades de trabalho, entre os períodos de 2002 a

2012, por projeção em 2012, favorece as mulheres. A margem de diferença entre os dois é

de 15,1% para as mulheres.

2)

O fator que vem garantindo o aumento contínuo do número de postos de trabalho no Brasil

é o crescimento econômico. Sobre a porcentagem, a resposta é individual e de acordo com

a pesquisa realizada por cada um.

3)

A aprovação, pelo Senado, de multa à empresa que pagar salário menor para a mulher que

realiza o mesmo trabalho que um homem.

4)

Mulheres trabalhadoras da classe D dedicam 24 h semanais aos afazeres domésticos e as da

classe E 28 h semanais.

5)

Resposta pessoal. Sugestão de resposta: com o processo da urbanização e da

industrializa-ção, a situação da mulher brasileira começou a mudar nos últimos tempos. Elas conquistaram

avanços sociais em cinco áreas: saúde, educação, mercado de trabalho extradoméstico,

esporte e política. Mas, mesmo assim, o Brasil precisa ampliar as políticas públicas de ações

afirmativas nas áreas do desemprego, da segregação ocupacional e da discriminação

sala-rial, porque esses três fatores estão contribuindo para desvalorizar o trabalho feminino.

(16)

Página 21

Gráfico

Professor, evidenciar para os alunos a importância de se trabalhar com o gênero textual gráfico também nas aulas de língua portuguesa (não apenas nas disciplinas de geografia e matemática). Afinal, ele está presente em nosso cotidiano por meio das revistas, jornais impressos e televisivos, como instru-mento facilitador da compreensão de dados inerentes a inúmeras situações da sociedade na qual o aluno está inserido.

Página 22

Parágrafo

No estudo deste assunto, trazer para a sala de aula textos de jornais e revistas e, com a classe, analisar os parágrafos que organizam os textos. Na análise, observar com os alunos o tópico frasal, o desenvolvimento e a conclusão das ideias que formam o parágrafo-padrão. Observe, também, os parágrafos mais curtos, evidenciando que é importante que esses parágrafos apresentem a ideia central (tópico frasal) e o seu desenvolvimento com cla-reza e coerência.

Produção

Orientar a classe para que escrevam os parágrafos que formam o

texto, observando a introdução (tópico frasal), o desenvolvimento e

a conclusão. Antes de os alunos afixarem o texto no local em que irá

circular, abrir um debate para que eles se posicionem a respeito da

influência do turismo na geração de empregos na economia

brasi-leira. Anotar no quadro as ideias conclusivas do debate.

Página 23

Em nosso cotidiano, muitas linguagens

Ao longo deste capítulo, continua-se a observar outros gêneros textu-ais que fazem parte de nosso dia a dia e que circulam nas diferentes esferas e suportes. Eles podem ser apresentados nas mais variadas linguagens, que se interligam em diferentes situações de interação comunicativa – a relação entre a linguagem verbal e não verbal que se faz presente em tiras, cartuns, charges, histórias em quadrinhos, canções, etc.

O professor pode ajudar os alunos a interpretar, analisar e refletir com eles os gêneros textuais apresentados e buscar trazer outros exemplos de jornais e revistas. Deve, ainda, orientá-los sobre quais as mensagens que os autores desses textos desejam passar para o leitor.

(17)

Evidenciar para os alunos que o texto é o núcleo do nosso trabalho em língua portuguesa. É a partir dele que todos os conteúdos se organizam e é somente por meio dele que se pode apreender a significação das palavras que o compõem e as relações existentes entre elas.

Por texto, entende-se todo enunciado portador de discurso e estruturado de forma a veicular um sentido. Há textos de diferentes modalidades: visual, gestual, sonoro, verbal (constituído de pala-vra) e verbo-visual (constituído de palavra e imagem). Dominar a estrutura desses textos nas formas orais e escritas é o que se espera do aluno que é falante, ouvinte, leitor e escritor eficiente da língua materna.

Ao se trabalhar com o texto, deve-se levar em conta não só a organização do discurso como também a sua unidade significativa global, ou seja, a textualidade.

Textos de humor – cartum

Refletir com a classe que tanto o cartum como a charge são representações humorísticas que associam linguagem verbal e não verbal. Às vezes, apresentam apenas a imagem. O cartum não está situado no tempo (é atemporal) e satiriza uma situação que envolve o aspecto cômico de uma sociedade (não faz referência a uma personalidade específica), enquanto que a charge, situada no tempo e no espaço, satiriza situações e personagens específicas (políticos, esportistas, artistas) de um determinado lugar.

Reflexão

O assunto abordado no cartum apresentado é a importância que nos dias atuais as pessoas

dão às tecnologias presentes em seu cotidiano, como o celular e o computador,

esque-cendo-se, muitas vezes, de outras coisas básicas e importantes que fazem parte das nossas

vidas (relacionamento familiar, comunicação pessoal com quem se convive, etc.).

Página 24

Canção, gráfico, fotografia e tira humorística serão apresentados nas páginas 24 a 27. Esses gêneros textuais são trabalhados na perspectiva de os alunos perceberem que em nosso cotidiano estão presentes diferentes linguagens – verbal, visual, audiovisual, gestual, corporal e que, em muitos momentos, elas se apresentam combinadas entre si nas inúmeras situações de interação comunicativa. Distinguir as linguagens e seus recursos, nos diferentes gêneros textuais apresentados, possibilita a com-preensão da intencionalidade e da finalidade de cada um deles nos diversos contextos de comunicação. Na esteira desse pensamento, a leitura da canção Ó abre alas, de Chiquinha Gonzaga, apre-sentada na p. 24, tem a finalidade de propiciar aos alunos uma reflexão sobre a origem da letra da música em estudo. Além disso, também do tema abordado, das condições espaciais e temporais em que o texto foi criado, da intenção da compositora e das principais características da letra de música (som e ritmo).

Como a música é concebida em meio a um universo que conjuga expressões de sentimentos, ideias e valores culturais, sugere-se que as atividades didáticas, desenvolvidas em sala de aula, sejam enriquecidas com outras letras de música. Realizar esta atividade na perspectiva de ampliar o conhe-cimento musical do aluno, tornar o ambiente escolar mais prazeroso e oportunizar a convivência com os novos estilos e ritmos que estão presentes no dia a dia deles.

(18)

Páginas 25-27

Análise

1)

a.

Mista – visual, fotográfica, verbal.

b.

Mista – verbal, geométrica, numérica.

c.

Mista – visual, fotográfica, corporal (gestos, dança), musical (imagina-se a música

presente no desenvolvimento dos gestos).

d.

Mista – visual, gestual, verbal, onomatopaica.

Páginas 27-29

Análise

Explicar aos alunos a finalidade de um anúncio publicitário, que é a de persuadir, ou

seja, aquele que é o anunciante (emissor) tem o objetivo de convencer o

interlocu-tor (recepinterlocu-tor) sobre a boa qualidade de um determinado produto, convencendo-o

a adquiri-lo. Para isso, é importante que se coloquem as informações necessárias,

sabendo de antemão quem é o público-alvo, o suporte que se vai utilizar para a

divulgação do anúncio e onde se vai distribuir o anúncio.

1)

O anúncio que Edvaldo elaborou certamente não irá atingir seus objetivos

plena-mente, pois deixou de colocar informações importantes e aspectos visuais que

chamem a atenção do leitor, também a linguagem não é a mais adequada – precisa

ter frases com adjetivos interessantes sobre o produto que atraiam as pessoas.

2)

Certamente, esse anúncio não irá conquistar muitos clientes e nem irá atingir seus

objetivos por todas as razões expostas na questão 1.

3)

a.

O aluno poderá citar, por exemplo, que o segundo texto está mais bem elaborado,

com imagens que chamam a atenção do leitor e trazem informações mais

eluci-dativas, que passam maior segurança para quem deseja contratar o serviço, pois

abordam pontos importantes, como transporte credenciado e guias qualificadas.

Também indica um site para que se possa verificar os tipos de passeios, a empresa

e o endereço.

b.

Apenas a linguagem verbal escrita.

c.

No segundo texto, são utilizadas a palavra escrita e imagens.

d.

Resposta pessoal.

(19)

Página 30

Produção

Para auxiliar os alunos na produção do texto publicitário, o professor deve observar o

desenvolvimento dos trabalhos nos grupos e orientá-los a criar o texto no momento

propí-cio. É interessante disponibilizar revistas, cartazes e outros materiais que possam ajudar os

alunos a se inspirar.

Se, nos grupos, os alunos apresentarem muitas dúvidas, instigá-los com perguntas, dê

sugestões e aponte caminhos sem, no entanto, impor suas ideias.

Após a realização do trabalho, propor a análise das produções por toda a turma. Auxiliá-los

a fazer suas observações e comentários a respeito das produções dos colegas com

imparcia-lidade e objetividade. Estimulá-los a aceitar as críticas que forem pertinentes e a apresentar

seus argumentos, de maneira educada e tranquila, quando tiverem posições contrárias às

ideias dos colegas.

Lembrar, também, de que eles não são profissionais da área de comunicação, portanto, não

são obrigados a fazer uma produção impecável. O que importa é que eles façam as

tenta-tivas de produção, buscando utilizar, da melhor maneira, o que foi estudado nesta unidade

sobre as linguagens verbais e não verbais.

Funções da linguagem

As atividades relacionadas às funções da linguagem devem ser realizadas oralmente com a classe e, depois, por escrito, para oportunizar ao aluno uma melhor compreensão sobre esse assunto. Na correção dos exercícios, os alunos devem ser incentivados a ouvir as contribuições dos colegas, analisá-las e apresentar outros exemplos para socializar o conhecimento.

Página 37

Análise

1)

a.

Função fática.

b.

Função conativa.

c.

Função poética.

d.

Função metalinguística.

e.

Função conativa.

f.

Função referencial.

g.

Função emotiva.

h.

Função conativa.

(20)

Página 39

Sistematização

Resposta: Alternativa c.

Orientações didáticas

Unidade 2

Orientações Gerais

O objetivo central desta unidade visa abrir uma reflexão sobre alguns gêneros textuais que circulam em nossa sociedade (letra de música, cartum, crônica, conto, pintura) e ampliar o domínio dos recursos expressivos da língua, por meio do estudo das variações linguísticas dos diferentes níveis de linguagem (formal e informal), dos diferentes tipos de discursos (direto, indireto e indireto livre) utilizados nos textos narrativos e dos campos semânticos que atribuem significado ao texto.

A proposta metodológica para a apropriação desses conteúdos da língua materna está atre-lada à concepção de língua e de linguagem desenvolvida no livro do aluno, uma vez que essas práticas não são realidades isoladas – a forma como concebemos a língua e a linguagem condiciona a metodologia utilizada na prática pedagógica desenvolvida em sala de aula.

Com essa percepção, o processo de ensino e de aprendizagem deve partir da vivência dos alunos, de seus conhecimentos prévios e estabelecer uma relação entre o que o aluno já sabe e os novos conteúdos que estão sendo abordados nas práticas da oralidade, leitura, escrita e reflexão sobre a língua, possibilitando, assim, a integração desses conhecimentos ao repertório cultural que o educando adquiriu em suas experiências pessoais e profissionais.

Nessa dinâmica, o professor deve ser o mediador entre o aluno e o conhecimento, intervindo no processo de aprendizagem por meio da apresentação dos conteúdos e das atividades de apren-dizagem de forma que os educandos compreendam o porquê e para que aprendem e, desse modo, se sintam motivados a participar do trabalho escolar.

Logo, a mediação do professor deve criar condições para que o aluno construa seu próprio discurso e expresse suas ideias com criatividade e fluência (na forma oral e escrita). Para isso, é necessário que o professor proponha situações didáticas com objetivos claros, estabeleça a organi-zação das atividades para alcançar os objetivos e disponibilize recursos materiais adequados para que os alunos possam tomar decisões pensadas sobre a realização do trabalho proposto em sala de aula.

Além disso, é necessário que, na prática de ensino e de aprendizagem, seja priorizada a cons-trução de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses entrelaçadas com uma dinâmica de ensino que favoreça não só o trabalho individual e em duplas como também e, sobretudo, o trabalho em grupo, na perspectiva de propiciar ao aluno maior produtividade na aprendizagem e estimular o sentimento de segurança na interação com seus colegas em sala de aula e no ambiente profissional.

(21)

Objetivos Gerais

• Auxiliar os alunos a ler, analisar e compreender diferentes textos, percebendo as vozes do discurso e identificando pontos de vista, valores e eventuais preconceitos neles veiculados.

• Ensinar os alunos a aplicar os conhecimentos relativos à variação linguística (geográfica, his-tórica, social, contextual e norma urbana de prestígio) e às diferenças entre oralidade e escrita em um texto.

• Explicar como identificar índices contextuais e situacionais (marcas linguísticas, gírias e níveis de linguagem), que permitam a construção da imagem do locutor e do interlocutor em textos dados.

• Empregar as convenções utilizadas para a citação de discurso alheio: discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre, dois pontos, travessão, aspas, verbos de elocução e tempo ver-bal nos contextos narrativos.

• Auxiliar os alunos a reconhecer as características básicas de uma narrativa ficcional (narrador, personagens, foco narrativo, cenário e enredo).

• Analisar e apresentar o efeito de sentido consequente de uma substituição lexical (sinônimo, antônimo, hipônimo e hiperônimo e polissemia) em função da estratégia argumentativa do autor.

• Instruir os alunos a redigir uma narrativa ficcional considerando a finalidade, o interlocutor e o local preferencial de circulação, fazendo a articulação entre o narrador, as personagens, o foco narrativo, o cenário (tempo e espaço) e o enredo (situação inicial, complicação, clímax e desfecho).

Conteúdos Privilegiados

• Línguas, dialetos e sotaques.

• Variedades linguísticas.

• Relações sociais e níveis de linguagem.

• A comunicação em nosso cotidiano.

• Formas de discurso e narrativas.

• Semântica.

Orientações Específicas e Respostas das Atividades

Página 40

Abertura

Na introdução do texto, propõe-se ativar os conhecimentos prévios dos alunos e propiciar uma reflexão que permita à classe levantar hipóteses sobre as questões sugeridas no livro do aluno, ampliando o debate com mais estas perguntas: Qual é a diferença entre língua e linguagem? Por que a língua é o suporte do processo comunicativo e da dinâmica social? Qual é a importância da língua portuguesa na comunicação social? Por que ela adquire formas diferentes nas diversas situações em que é utilizada?

(22)

Comentar com os alunos que conhecer a língua portuguesa e saber usá-la para explicar, afirmar, informar, descrever, argumentar, defender nossos pontos do vista e adequá-la às diferentes situações comunicativas de que participamos, no cotidiano, é um exercício de cidadania.

Página 41

Todas as línguas do Brasil

O texto que inicia este capítulo, Todas as línguas do Brasil, tem o objetivo de abrir uma discussão sobre as várias línguas, dialetos e sotaques que formam a diversidade cultural do povo brasileiro.

Na introdução do texto, sugere-se que o professor teça alguns comentá-rios com base nas pistas textuais e contextuais (título do texto, ilustração, site do qual foi retirado o texto, suporte, reconhecimento do tipo textual), tendo em vista que essas discussões prévias preparam o aluno para a compreensão do sen-tido global do texto, estabelecida pelas relações entre as partes que o compõem.

Depois de explicitar para a classe os objetivos da leitura e o que se pre-tende com ela, é importante comentar o significado das palavras desconhecidas para, depois, propor a leitura silenciosa e oral do texto. Em seguida, sugerir a realização das atividades relacionadas ao estudo do texto.

Páginas 42-44

Análise

1)

O texto apresenta as características das várias línguas que existem

em nosso país, mostrando, ao mesmo tempo, que elas nos

permi-tem conhecer a história do povo que a fala e como esse povo sente

o mundo. Além disso, o texto evidencia que a língua permite a

trans-missão dos conhecimentos, da arte e da cultura de um povo para as

gerações seguintes.

2)

O texto Todas as línguas do Brasil foi apresentado, anteriormente, na

internet e, agora, em um livro escolar.

3)

A Torre de Babel, segundo a narrativa bíblica, retratada em Gênesis 11:

1-9, foi construída com o objetivo de alcançar o céu.

4)

Os homens que construíam a Torre começaram a falar línguas

diferen-tes e pararam de se entender. A falta de comunicação entre as pessoas

impediu que a construção chegasse ao final.

5)

A história da Torre de Babel foi criada para explicar o surgimento das

raças e das muitas e diferentes línguas faladas no mundo.

(23)

6)

O autor do texto relacionou a Torre de Babel com as diferentes línguas faladas

no Brasil, nacionalidades que aqui vivem – espanhol, francês, alemão, holandês,

italiano, árabe, japonês, incluindo a língua das comunidades indígenas

(guara-nis, ianomamis, xucurus, baniwas, tikuna) e povos africanos (bantos e nagôs).

7)

Dialeto é a variação regional do idioma. Ele não compromete a compreensão

da mensagem transmitida pelos falantes de diferentes dialetos. Sotaque é o uso

popular da língua (não existe em termos científicos), que aparece na pronúncia

de alguns fonemas e na entonação das palavras.

8)

A linguagem verbal (formada pela palavra falada e escrita), a linguagem não

verbal (gestos, pintura, escultura, sinais de trânsito) e a linguagem verbo-visual

(cinema e televisão).

Produção

O trabalho com a variação linguística no contexto escolar deve contribuir para

o desenvolvimento de uma postura não preconceituosa dos alunos com relação

aos usos linguísticos diferentes daqueles que são compartilhados na comunidade

em que vivem. Assim, é importante abrir um debate em sala de aula para

discu-tir sobre o preconceito linguístico (discriminação motivada pelo fato de o outro

falar diferente) que está crescendo em nosso país, evidenciando, ao mesmo

tempo, que linguisticamente todas as variedades se equivalem, não havendo,

assim, uma variedade mais bonita, mais certa ou melhor do que a outra.

No entanto, não se pode deixar de refletir com os alunos que a totalidade das

experiências acumuladas historicamente está expressa em uma (em meio a

tan-tas outras) das variedades da língua: a norma urbana de prestígio que, associada

à escrita e à tradição gramatical, se apresenta como a portadora legítima da

padronização linguística e da unidade nacional.

1)

Resposta pessoal. Sugestão de resposta: o estudo da língua portuguesa

possibi-lita o exercício da nossa sociabilidade e a compreensão dos discursos políticos

e sociais que propiciam a defesa dos nossos direitos e, consequentemente, o

exercício da cidadania.

2)

Resposta pessoal. Sugestão de resposta: isso acontece porque a nossa língua é

formada por um conjunto de variedades que provêm dos diferentes grupos que

fazem parte da nossa sociedade: os imigrantes, os povos indígenas, os jovens,

os idosos, os que habitam uma região ou outra, os que têm esta ou aquela

pro-fissão, os que são de uma ou outra classe social. Os dois principais aspectos

que influenciam as variedades da língua são a pronúncia (leitch/leite – colônia/

colónia) e o vocabulário (mandioca/macaxeira/aipim – garoto/guri/piá).

(24)

Página 45

Variedades linguísticas

Comentar com a classe sobre as variedades linguísticas que existem na lín-gua portuguesa e as causas que determinam essas variações da línlín-gua (geográfica, histórica, social e contextual), evidenciando que não existem variedades fixas: em um mesmo espaço social convivem diferentes variedades linguísticas associadas ao contexto situacional, à intenção do locutor e ao perfil do interlocutor (virtual ou não) que participa do processo comunicativo.

Páginas 46-47

Análise

1)

As variações especiais da língua, observadas nas diferentes regiões do país,

provêm das características de sua ocupação demográfica, dos povos que a

colonizam e dos migrantes que vão em busca de um novo lugar para viver.

2)

Elas participam do processo de construção da identidade regional e

consti-tuem a marca registrada da diversidade brasileira.

3)

O uso de variedades linguísticas diferenciadas ocorre porque as pessoas

migram de uma região para outra e trazem junto consigo a bagagem

cultu-ral da região de origem.

4)

Espera-se que o aluno responda que respeita a variedade linguística

empre-gada pelo interlocutor e pergunta a ele o sentido da palavra ou expressão,

caso ele desconheça o significado da variedade utilizada no diálogo.

Página 50

Produção

Esta atividade tem a finalidade de mostrar aos alunos que as palavras

envelhecem com o passar do tempo e são substituídas por outras que

apresentam o mesmo sentido. Sugerir aos alunos que façam a

substitui-ção das palavras usadas no texto pelas palavras apresentadas no glossário

e observem a mudança que ocorreu no texto. Enriquecer essa atividade

solicitando aos alunos que pesquisem, na biblioteca ou na internet, outros

textos escritos há algum tempo e os tragam para a sala de aula para serem

analisados e comparados com textos mais atuais.

(25)

Páginas 51-52

Análise

O professor deve trazer para a sala de aula outras letras de músicas escritas nessa variedade

linguística, por exemplo: Tiro ao alvo, Saudosa maloca, Samba do Arnesto, de Adoniran

Barbosa, e Asa branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, para serem cantadas e

anali-sadas pelos alunos.

1)

A marca que indica o plural é usada apenas no artigo definido. Quando não há artigo, o

plural vai para a primeira palavra do verso que será pluralizado. Essa palavra pode ser um

substantivo (terras paraguaia) ou adjetivo (fortes bataia).

2)

O som –lh é substituído pelo som do –i como se pode perceber nas palavras: espalha,

parentalha, batalha, navalha e atrapalha.

3)

Resposta pessoal. Sugestão de reposta: Não, porque a beleza, a sonoridade e os efeitos de

sentido que as palavras despertam no leitor estão relacionados com a cultura das pessoas

que vivem no ambiente em que a letra da música foi escrita.

4)

O humor é provocado pelo trocadilho “firme e filme”. A personagem que está sentada utiliza

a palavra firme no lugar da palavra filme, evidenciando-se, assim, o emprego da variedade

linguística social.

Páginas 53-54

Reflexão

Na continuidade, propõe-se uma revisão com os alunos dos exemplos de linguagem verbal,

não verbal e mista que circulam na rotina deles. Solicitar, em seguida, a leitura dos cartuns

que ilustram as atividades relacionadas às variedades da língua. Como a interação entre a

imagem e o texto escrito contribui para a formação do sentido global do texto, sugere-se

um trabalho, em sala de aula, com revistas em quadrinhos, tirinhas, charges ou, então, com

os diversos textos disponibilizados pelos livros didáticos das demais disciplinas escolares,

como gráficos, tabelas mapas e roteiros.

Análise

1)

Na primeira situação, o enunciado está inadequado porque a conversa com o diretor da

escola deve ser formal e respeitosa. A segunda situação, apesar de o enunciado estar de

acordo com as regras da gramática normativa, não está adequado ao processo

comunica-tivo porque a fala com um amigo é, geralmente, mais informal e descontraída.

(26)

2)

O ato de comunicação deve estar adequado à situação, ao interlocutor e à intencionalidade

do falante. Não há, pois, uma forma de expressão mais ou menos correta. O grande desafio

é saber adequar a fala à situação em que os falantes se encontram, ao interlocutor (pessoa

com quem se fala) e aos objetivos que se pretende alcançar no processo comunicativo.

3)

a.

São a caixa, o assaltante e um cliente.

b.

“Erga seus órgãos apendiculares e exiba os recursos financeiros”.

c.

Somente as imagens das personagens que representam a função de caixa e do

assal-tante estão de acordo com a realidade. A expressão corporal da personagem que está

usando terno, gravata e sapato não condiz com a situação de assalto que está ocorrendo,

pois lê tranquilamente a um jornal à espera de sua vez para ser atendido, ignorando o

que acontece ao seu redor.

Além disso, a mensagem da personagem do assaltante, que utiliza expressões verbais –

órgãos apendiculares (braços) e recursos financeiros (dinheiro) –, não está adequada ao

contexto de comunicação, pois ele usa expressões mais rebuscadas, não condizendo à

lin-guagem de um assaltante, que, certamente, utilizaria expressões mais simples e menos

formais.

Página 56

Análise

Problematizar com a classe sobre a relação do cartum de Henfil com o tema que estamos

estudando, evidenciando que o texto e a imagem estão mostrando que tanto as práticas

sociais como a linguagem que utilizamos no dia a dia (gírias e linguagem coloquial) devem

adequar-se aos objetivos dos falantes e à situação comunicativa.

1)

Resposta pessoal.

2)

No texto escrito à mão ou no texto digitado, deve-se utilizar aspas (“ “) para isolar as gírias

das demais palavras que compõem o texto.

Produção

A classe deve produzir o texto conforme as orientações apresentadas no livro do aluno.

Lembrar aos alunos que eles devem utilizar a linguagem coloquial nas conversas informais

do dia a dia e a linguagem mais formal na produção de textos e demais trabalhos escolares.

Para que a classe possa treinar as diferenças entre a linguagem formal e informal, solicitar

aos alunos um exercício de retextualização.

(27)

Nesse exercício, eles deverão substituir as marcas de oralidade (daí..., né... tipo...assim...

aí... então...), empregadas no texto escrito, pela norma urbana de prestígio, observando as

exigências da linguagem formal. Para treinar as diferenças entre a linguagem formal e

infor-mal, solicitar aos alunos que escolham um tema e o desenvolvam, por escrito, utilizando

ora a linguagem formal e ora a linguagem informal (coloquial).

Depois de concluir os textos, os alunos devem apresentar o resultado do trabalho aos

demais colegas da classe, observando os níveis de linguagem utilizados e evidenciando as

situações em que eles devem ser utilizados nos atos de comunicação.

Página 57

Produção

Antes de iniciar a produção escrita, propõe-se uma reflexão sobre a diferença entre o relato

e o texto informativo. Lembrar que o relato é um gênero textual da esfera escolar em que

predomina o tipo narrativo (o locutor conta um fato) enquanto que no texto informativo se

tem a finalidade de apresentar ideias ou informações novas, com o propósito de ampliar os

conhecimentos do leitor. Depois da escrita do relato pessoal, solicitar aos alunos que façam

um rascunho e que passem a limpo somente depois de terem feito uma revisão cuidadosa

do texto conforme as orientações dadas no livro do aluno. Afixar os textos escritos no mural

da escola para que a classe possa compartilhar suas ideias com os demais colegas da

comu-nidade escolar.

Página 58

Relações sociais e níveis de linguagem

O texto Vizinhos, escrito por Adélia Prado, é uma crônica literária na qual o narrador permitiu a entrada da língua oral para dar mais dinamismo ao texto, aproximá-lo mais do leitor e mostrar o valor da função estética da linguagem em oposição à linguagem utilitária empregada no texto infor-mativo estudado anteriormente.

Depois da introdução do texto, sugere-se que o professor interrogue a classe sobre a função social da leitura, a intenção do narrador (instruir, informar, convencer, solicitar, recomendar, diver-tir) e também sobre os conhecimentos prévios que os alunos já possuem com relação ao conteúdo desenvolvido na crônica. Essas estratégias de leitura permitem que os alunos formulem suas hipóte-ses, criem e imaginem o que será contado no texto e percebam os efeitos de sentido produzidos pela linguagem estética.

Depois dessa reflexão, é momento de a classe ter o encontro individual e silencioso com o texto para confirmar ou não as hipóteses formuladas, confrontando as suposições feitas com relação às ideias desenvolvidas na leitura, localizando as informações explícitas e fazendo inferências sobre as informações que extrapolam o texto. A leitura oral pelo professor deve ser expressiva, clara, para possibilitar ao aluno a familiarização com o vocabulário, as expressões transcritas da oralidade e as estruturas que caracterizam o texto literário.

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