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Solicitar aos alunos que escrevam uma crônica humorística com base em um fato engraçado relatado por um jornal ou visto nos noticiários da televisão Nesse momento, é importante

lembrar que no planejamento da escrita do texto é preciso ter claro a intenção de quem

escreve o texto, o interlocutor e o local em que o texto irá circular (mural da classe ou mural

instalado no ambiente de trabalho).

Página 78

Narrativa literária – O mistério da árvore

No estudo deste capítulo, sugere-se que sejam apresentados aos alunos os contos O mistério

da árvore, de Raul Brandão, e A moça tecelã, de Marina Colasanti, evidenciando que esse gênero

textual, que pertence à esfera literária, se sobressai devido à beleza e à subjetividade da linguagem plurissignificativa que o narrador utiliza para criar uma experiência comunicativa prazerosa.

Na introdução da aula, destacar que ambos os contos pertencem ao rol das narrativas fantásti- cas porque apresentam fatos estranhos, aparentemente incompreensíveis, que rompem com o sentido lógico dos acontecimentos, deixando, em meio a mistérios e surpresas, os vazios para serem preenchi- dos pela imaginação do leitor. Para que os alunos aprendam a fruir a força e a beleza do texto literário, sugere-se, em um primeiro momento, a apresentação de um resumo rápido do texto em estudo.

Para isso, relembramos que o conto O mistério da árvore narra a história de um reino governado por um rei malvado que mandou secar a água das fontes que jorravam em seu reino. Nesse mesmo reino, havia, também, uma árvore muita seca onde eram enforcados os condenados à morte. Certo dia, chegou a esse reino um casal de mendigos que se amava muito. Os dois afrontaram o rei e foram enforcados na árvore seca. Mas, como o amor é vida, a árvore também ganhou vida e floresceu para mostrar a força desse sentimento – um dos mais belos que fervilha na alma dos seres vivos.

Depois de traçar um breve comentário sobre a temática dos contos, incluindo, também, o conto

A moça tecelã, é momento de realizar as atividades de leitura para atribuir sentido aos textos. Na

abordagem metodológica do texto, sugere-se que o professor oriente a classe a descobrir o signifi- cado das palavras desconhecidas e abra os caminhos necessários para a leitura silenciosa, solicitando aos alunos que avancem ou retrocedam durante a leitura para sanar as dúvidas que impedem a compreensão do texto. Na continuidade, sugere-se que o professor desenvolva com a classe a leitura oral colaborativa. No decorrer dessa atividade, o professor deve ler o texto com a classe e, durante a leitura, questionar os alunos sobre as pistas linguísticas que contribuem para a atribuição de sentido ao conto e compreensão das ideias implícitas veiculadas pelo texto.

Concluída a leitura oral, é importante abrir um debate para desafiar os alunos a emitirem uma opinião sobre as características básicas de um conto (narrativa curta, número reduzido de persona- gens, tempo e espaço delimitados, linguagem formal ou informal), o estilo do autor e os elementos que constituem as narrativas convencionais: narrador, personagens, foco narrativo, tempo, espaço e enredo (apresentação, complicação, clímax e desfecho), sugerindo, em seguida, a realização das atividades que acompanham o texto em estudo.

Página 80

Análise

1)

O conto é um gênero textual que circula em livros (antologias) e em revistas.

2)

Os dois mendigos representam a alegria, a pureza e a afetividade em oposição a um cenário

grotesco, escuro, degradante e degradado pela ação de um rei tirano e perverso. A afeti-

vidade entre os mendigos contrasta com a perversidade do rei, o amor luminoso entre os

dois contrasta com o cenário pintado em tons de cinza e negro.

3)

O conto em questão é uma narrativa fantástica porque não tem compromisso com a ver-

dade do mundo concreto.

Página 82

Análise

1)

Casal de mendigos e o Rei.

3)

A ação principal se dá em torno da árvore esgalhada e seca. “...e só o Rei, de alma igual

à sua alma, nua e trágica, se pusera a amá-la, a árvore triste que havia séculos servia de

forca”.

4)

Quando o Rei soube que dois seres felizes haviam transposto as fronteiras do castelo, ou

seja, dois mendigos que se amavam e nem se quer eram belos, mas irradiavam uma força

imensa.

5)

A transformação se dá em que, a “árvore trágica” do conto, “maldita que desde séculos

servia de forca” também guarda os segredos da vida e da morte, da existência carnal e pós-

-morte, da primavera e do inverno, das estações do ano e da vida, como já indicam o título

do conto e o trecho que se segue: “Assistira a transformações do solo, a tempestades, a

cataclismos e a guerras, sempre petrificada como a morte – e, naquela noite, trespassada

pelo amor dos dois mendigos, desentranhara-se em ternura, como se nela se encontrasse

toda a paixão, a primavera e o noivado da terra”.

Páginas 83-86

Análise

1)

Esses trechos de A moça tecelã sugerem uma narrativa fantástica porque neles observa-se

que a tecelã tece o homem que lhe faria companhia.

2)

Ela teceu o despontar da claridade antes de o sol nascer.

3)

Ela teceu a figura do companheiro no tear e ele se tornou um ser real.

4)

O marido tornou-se exigente, autoritário e começou a demonstrar sua ambição assim que

percebeu o poder do tear. Além disso, colocou a jovem com o tear na torre mais alta do

palácio, para garantir a segurança do tear que realizava todos seus desejos.

5)

Ela relembrou que antes do casamento, ela tecia com alegria para si própria e que depois

do casamento passou a tecer apenas para o marido. Ela se sentiu, por isso, infeliz (enga-

nada) e começou a repensar a vida que levava ao lado do marido.

6)

Resposta pessoal.

7)

Tela de Velázquez – Para estimular os educandos, na leitura da pintura, As fiandeiras, de

Diego Velázquez, sugere-se uma reflexão sobre estas questões: Onde se passa a cena retra-

tada? Quais são as cores que predominam na pintura? Como é o ambiente? O que a tela

mostra no primeiro plano? E ao fundo? Por que a mulher está afastando a cortina vermelha

com a mão?

Esse exercício permite que os alunos apresentem suas ideias e ouçam a opinião dos colegas

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