lembrar que no planejamento da escrita do texto é preciso ter claro a intenção de quem
escreve o texto, o interlocutor e o local em que o texto irá circular (mural da classe ou mural
instalado no ambiente de trabalho).
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Narrativa literária – O mistério da árvore
No estudo deste capítulo, sugere-se que sejam apresentados aos alunos os contos O mistério
da árvore, de Raul Brandão, e A moça tecelã, de Marina Colasanti, evidenciando que esse gênero
textual, que pertence à esfera literária, se sobressai devido à beleza e à subjetividade da linguagem plurissignificativa que o narrador utiliza para criar uma experiência comunicativa prazerosa.
Na introdução da aula, destacar que ambos os contos pertencem ao rol das narrativas fantásti- cas porque apresentam fatos estranhos, aparentemente incompreensíveis, que rompem com o sentido lógico dos acontecimentos, deixando, em meio a mistérios e surpresas, os vazios para serem preenchi- dos pela imaginação do leitor. Para que os alunos aprendam a fruir a força e a beleza do texto literário, sugere-se, em um primeiro momento, a apresentação de um resumo rápido do texto em estudo.
Para isso, relembramos que o conto O mistério da árvore narra a história de um reino governado por um rei malvado que mandou secar a água das fontes que jorravam em seu reino. Nesse mesmo reino, havia, também, uma árvore muita seca onde eram enforcados os condenados à morte. Certo dia, chegou a esse reino um casal de mendigos que se amava muito. Os dois afrontaram o rei e foram enforcados na árvore seca. Mas, como o amor é vida, a árvore também ganhou vida e floresceu para mostrar a força desse sentimento – um dos mais belos que fervilha na alma dos seres vivos.
Depois de traçar um breve comentário sobre a temática dos contos, incluindo, também, o conto
A moça tecelã, é momento de realizar as atividades de leitura para atribuir sentido aos textos. Na
abordagem metodológica do texto, sugere-se que o professor oriente a classe a descobrir o signifi- cado das palavras desconhecidas e abra os caminhos necessários para a leitura silenciosa, solicitando aos alunos que avancem ou retrocedam durante a leitura para sanar as dúvidas que impedem a compreensão do texto. Na continuidade, sugere-se que o professor desenvolva com a classe a leitura oral colaborativa. No decorrer dessa atividade, o professor deve ler o texto com a classe e, durante a leitura, questionar os alunos sobre as pistas linguísticas que contribuem para a atribuição de sentido ao conto e compreensão das ideias implícitas veiculadas pelo texto.
Concluída a leitura oral, é importante abrir um debate para desafiar os alunos a emitirem uma opinião sobre as características básicas de um conto (narrativa curta, número reduzido de persona- gens, tempo e espaço delimitados, linguagem formal ou informal), o estilo do autor e os elementos que constituem as narrativas convencionais: narrador, personagens, foco narrativo, tempo, espaço e enredo (apresentação, complicação, clímax e desfecho), sugerindo, em seguida, a realização das atividades que acompanham o texto em estudo.