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Análise dos acidentes apílicos em Santa Catarina, 2007-2017

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ACIDENTES CAUSADOS POR ABELHAS EM SANTA CATARINA, BRASIL: 2007-2017

Tubarão

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SUZANA KNIPHOFF DE OLIVEIRA

ANÁLISE DOS ACIDENTES APÍLICOS EM SANTA CATARINA, 2007-2017

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Medicina como requisito parcial ao grau de Médico

Universidade do Sul de Santa Catarina

Orientador: Profa. Dra. Fabiana Schuelter-Trevisol.

Tubarão

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SUMÁRIO FOLHA DE ROSTO ... 4 RESUMO ... 5 ABSTRACT ... 6 INTRODUÇÃO ... 7 MÉTODOS ... 7 RESULTADOS ... 9 DISCUSSÃO ... 15 REFERÊNCIAS ... 19 ANEXOS ... 22

Anexo 1 – Ficha de notificação compulsória ... 22

Anexo 2 – Aprovação CEP Unisul ... 24

Anexo 3 – normas para publicação na revista ... 27

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FOLHA DE ROSTO

ANÁLISE DOS ACIDENTES APÍLICOS EM SANTA CATARINA, 2007-2017

ANALYSIS OF HONEYBEE STING CASES IN SANTA CATARINA, BETWEEN 2007-2017

Suzana Kniphoff de Oliveira1, Fabiana Schuelter-Trevisol1,2

1. Curso de Graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina. 2. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Sul de

Santa Catarina

Autor para correspondência Fabiana Schuelter-Trevisol

Av. José Acácio Moreira, 787 – Bairro Dehon Tubarão – SC – Brasil

CEP 88704-900 Fone: (48) 36213363

E-mail: fastrevisol@gmail.com

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RESUMO

Introdução: Os acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema de

saúde pública no Brasil, entre eles se destaca o acidente apílico. Entre os anos de 2000 a 2017 houveram 138.743 acidentes por picada de abelha, com um número total 414 óbitos em todo o país.

Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal, sendo incluídos todos

os casos notificados de acidente por picada de abelha entre residentes de Santa Catarina nos anos de 2007 a 2017.

Resultados: Foram incluídos 8.912 casos registrados de picadas de abelha no período

em estudo. Isso resultou em uma taxa global de 12,3 acidentes a cada 100.000 habitantes. A média de idade foi de 29,8±19,4 anos, variando de 0 a 96 anos de idade. Do total 60,2% eram do sexo masculino. Os casos foram distribuídos em todas as estações do ano, com maior prevalência no verão (45,6%). A área urbana representou a região de maior frequência (53,1%) e, do total, 19,2% dos acidentes foram relacionados ao trabalho. O local mais acometido pelas picadas foi a cabeça (39,6%) seguida dos membros superiores. As manifestações clínicas mais frequentes foram dor e edema local, e entre as manifestações sistêmicas o maior relato foram as alterações vagais. A taxa de letalidade foi de 0,16%, e observada entre vítimas com idade avançada.

Conclusões: Santa Catarina apresenta elevada taxa de acidentes apílicos, superior à

média nacional. Os casos concentram-se no interior, na região oeste e extremo oeste do Estado. Estima-se que estes dados sejam subestimados, considerando que muitos acidentes não são notificados por não haver procura pelos serviços de saúde e por conta da baixa notificação dos profissionais de saúde em geral.

Palavras-chave: Abelhas. Mordeduras e Picadas. Envenenamento. Epidemiologia.

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ABSTRACT

Background: Incidents involving poisonous animals, particularly bee stings, constitute

a public health problem in Brazil. There were 138,743 incidents caused by multiple stings from bees, which resulted in 414 deaths throughout the country between 2000 and 2017.

Methods: This was an observational study with a cross-sectional design, including all

reported bee sting cases among residents in the state of Santa Catarina, Brazil, between 2007 and 2017.

Results: There were 8,912 bee sting cases reported during the study period, which

represented an overall rate of 12,3 incidents per 100,000 population. The mean age was 29,8±19,4 years, ranging from 0 to 96 years of age. Of the total sample, 60,2% were men. The cases were distributed across all seasons, with a higher prevalence during the summer (45.6%). The highest frequency of these accidents (53.1%) occurred in urban areas, and 19.2% of the incidents affected people during their work hours. The head was the site most affected by the stings (39.6%), followed by the upper limbs. Pain and local edema were the most frequent clinical manifestations, and vagal alterations were the most common systemic manifestations. The lethality rate was 0.16%, affecting predominantly older people.

Conclusions: The state of Santa Catarina, Brazil has a high incidence rate of bee

stings, which is higher than the national average. Most cases occur in the western and far western parts of the state. These data may be underestimated, given that many incidents of bee stings are not reported, either because there is no demand for health services, or because they are not notified by the health professionals.

Keywords: Bees; Insect bites and stings. Poisoning. Epidemiology.

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INTRODUÇÃO

Os acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema de saúde pública no Brasil, em virtude do elevado número de pessoas anualmente atingidas, e pela gravidade e complicações do quadro clínico1,3,4.

Em meados do século XIX, as abelhas Apis mellifera mellifera foram trazidas ao Brasil por imigrantes europeus. Devido à má adaptação ao território brasileiro, apresentaram baixa produção de mel, o que levou o governo a realizar a importação de outra espécie de abelhas em 1956, ano em que a abelha africana Apis mellifera

scutella chegou ao País4. A nova espécie apresentou um melhor rendimento na produção de mel, mas observou-se um comportamento mais defensivo, em comparação com a abelha de origem europeia4. Um ano após a chegada das novas abelhas, um incidente gerou a fuga da espécie africanizada, acontecendo também um cruzamento entre as espécies importadas, o que culminou em um híbrido denominado

Africanized Honey Bees (AHBs)5,6. Esta nova espécie, embora tenha tido boa

adaptação à flora e condições climáticas das Américas, apresentou comportamento mais defensivo e de maior envenenamento, o que acarretou em um problema de saúde pública no Brasil e outros países da América Latina5-7.

As manifestações clínicas por envenenamento da picada de abelha não são muito específicas, dependendo da sensibilidade do paciente ao veneno e, principalmente, do número de picadas5. No Brasil, de 2000 a 2017 houve estimativa de 138.743 acidentes por picada de abelha, havendo um aumento exponencial no período, também atribuído pela notificação compulsória regulamentada em 20108. O número total de óbitos neste mesmo período foi de 414 casos, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 0,3%8.

Considerando a magnitude dos acidentes por picadas de abelha no Brasil e a ausência de estudos prévios que avaliem a tendência temporal no Estado de Santa Catarina, este estudo se propõe a avaliar o perfil epidemiológico e clínico dos casos notificados de acidentes por picadas de abelhas em Santa Catarina de 2007 a 2017.

MÉTODOS

Estudo observacional com delineamento transversal.

Foram estudados todos os casos notificados de acidente por picada de abelha entre residentes do estado de Santa Catarina nos anos de 2007 a 2017.

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Após a aprovação ética do estudo, foi solicitado autorização a 20a Gerência de

Saúde a disponibilização do banco digital dos casos notificados por acidente apílico registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) nos anos de 2007 a 2017 nos 259 municípios das nove macrorregiões de Santa Catarina. Para se atingir os objetivos do estudo, houve a necessidade de se obter os dados individuais de cada ficha de notificação. Para fins de estimativa de incidência anual utilizou-se o número total de habitantes em Santa Catarina no período, distribuídos por ano, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)9 e estimativas populacionais do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)10.

Foram analisados os dados sociodemográficos (sexo, idade, raça, escolaridade, se gestante, acidente relacionado ao trabalho) e dados relativos ao acidente (data da notificação, município de ocorrência, zona, data dos primeiros sintomas, tempo decorrido da picada/atendimento, local da picada, manifestações locais, manifestações sistêmicas, tempo de coagulação, classificação do caso, acidente relacionado ao trabalho, evolução do caso).

O banco digital obtido, na extensão .dbf. ou .exe foi exportado para o software de análise. A análise estatística foi realizada pelo SPSS v. 21 (IBM, Armonk, New York, USA). Para a apresentação dos dados foi utilizada a epidemiologia descritiva, sendo expressas as variáveis quantitativas em medidas de tendência central e dispersão, enquanto as qualitativas serão expressas em proporções. Para o cálculo da taxa de acidentes utilizou-se o total de acidentes no período e a soma da população em cada ano de observação, sendo utilizada a constante de 100.000 habitantes. Para o cálculo da taxa de letalidade foi feita a razão dos óbitos pelo total de acidentes, sendo expressa em percentual.

Utilizou-se o teste de regressão linear para se avaliar a tendência temporal dos acidentes apílicos no período estudado.

Geoprocessamento

Para a realização do mapeamento do fenômeno analisado foram usados os softwares Quantum GIS – QGIS11 e o Microsoft Excel (2016) e os dados tabelados do SINAN com as ocorrências identificadas por paciente, mês, ano e município, dentre outros dados. Utilizando o Microsoft Excel (2016) foram criadas as tabelas que totalizaram os casos por ano por município.

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Os dados cartográficos utilizados foram os mapas em formato shape, no sistema cartográfico oficial brasileiro, dos municípios e regionais de saúde baseados nos dados oficiais disponibilizado pelo IBGE, assim como também foram utilizados os dados de população anuais do mesmo instituto, publicados no Diário Oficial da União (DOU).

Utilizando o QGIS, se fez a vinculação, a partir dos códigos municipais, das tabelas totalizadas dos casos, da população anualizada por município e, finalmente, foram calculadas, no mesmo ambiente do Sistema de Informação Geográfico (SIG), as incidências de casos a cada 100 mil habitantes, variável que foi mapeada tematicamente, utilizando a representação de classes por “quebras naturais de Jenks” do mapa de maior distribuição e mantida nos demais mapas, para permitir a suas comparações e análises de tendências do fenômeno, obtendo-se diversos mapas.

O método estatístico de quebras naturais de Jenks, gera um conjunto definidos de classes temáticas baseadas em agrupamentos naturais segundo os tipos de dados que agrupam valores semelhantes que maximizem as diferencias dentre classes, assim, as feições são divididas em classes onde existem diferencias relativamente grandes nos valores dos dados, minimizando a soma da variância dentro de cada classe. Este método é apropriado para mapeamento de valores não uniformemente distribuído, como no fenômeno em estudo neste trabalho.

O protocolo de estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina sob registro 2.350.299 em 26 de outubro de 2017.

RESULTADOS

Foram analisados um total de 8.912 casos de acidentes apílicos notificados no Estado de Santa Catarina, durante os anos de 2007 a 2017. Isso resulta em uma taxa global de 12,3 acidentes a cada 100.000 habitantes do Estado. A média de idade foi de 29,8±19,4 anos, variando de 0 a 96 anos de idade.

A Tabela 1 apresenta a distribuição dos casos segundo características sociodemográficas.

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Tabela 1 - Características sociodemográficas e ambientais dos casos de acidentes apílicos notificados em Santa Catarina, 2007-2017, n=8.912.

Características n % Sexo Masculino 5.363 60,2 Feminino 3.549 39,8 Idade em anos 0-19 3.093 34,7 20-29 1.805 20,3 30-39 1.236 13,9 40-49 1.177 13,2 50-59 867 9,7 ≥60 734 8,2 Raça Branca 8.206 92,1 Parda 533 6,0 Ignorado 173 1,9 Escolaridade Analfabetos 54 0,6 Ensino Fundamental 4.070 45,7 Ensino Médio 2.053 23,0 Ensino Superior 517 5,8 Não se aplica 1.048 11,8 Ignorado 1.170 13,1 Região de ocorrência Área rural 3.940 44,2 Área urbana 4.731 53,1 Periurbana 124 1,4 Ignorado 117 1,3

Estação do ano em que ocorreu o acidente

Verão 4.063 45,6

Outono 2.117 23,8

Primavera 2.020 22,7

Inverno 712 8,0

Entre os casos, 46 (0,5%) ocorreram entre gestantes e 1.713 (19,2%) foram relacionados ao trabalho, sendo principalmente atividades relacionadas a agricultura e pecuária.

A Tabela 2 apresenta a distribuição dos casos segundo os dados clínicos relativos ao acidente, assistência e sinais e sintomas registrados.

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Tabela 2 - Dados clínicos dos casos de acidentes apílicos notificados em Santa Catarina, 2007-2017, n=8.912.

Dados clínicos n %

Região corporal acometida

Cabeça 3.531 39,6

Membros superiores 3.030 34,0

Membros inferiores 1.113 12,5

Tronco 1.080 12,1

Ignorado 158 1,8

Tempo entre picada e atendimento (horas)

0|-1 3.139 35,2 1|-3 2.064 23,2 3|-6 812 9,1 6|-12 327 3,6 12|-24 809 9,1 >24 1.208 13,6 Ignorado 553 6,2 Manifestações locais* Dor 8.110 91,0 Edema 7.747 86,9 Equimose 632 7,1 Necrose 35 0,4 Outras 1.618 18,2 Manifestações sistêmicas (n=594)** Neuroparalíticas 136 1,5 Alterações vagais 260 2,9 Manifestações miolíticas/hemolíticas 24 0,3 Alteração renal 21 0,2 Outras 405 4,5

Tempo de coagulação alterado

Sim 145 1,6 Não 809 9,1 Ignorado/não realizado 7.958 89,3 Evolução Cura 8.691 97,5 Óbito 16 0,2 Ignorado 205 2,3

*Alguns pacientes apresentaram mais de uma manifestação local; **Nem todos os pacientes apresentaram manifestações sistêmicas.

Dentre outras manifestações locais, relatou-se ainda hiperemia (827 casos), prurido (334 casos), rubor (234), entre outras como presença de abcessos, bolhas, alergia, febre e algia. Dentre os indivíduos que relataram outras manifestações sistêmicas, houve registro de alergia/anafilaxia (57 casos), alterações respiratórias (84 casos), cefaleia, náuseas/vômitos, vertigem, dentre outras.

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A Figura 1 apresenta a distribuição anual dos casos, em que se observa uma tendência de aumento de 13,1 pontos percentuais ano, sem significância estatística (p=0,200).

Figura 1 - Distribuição temporal e análise de regressão linear dos acidentes apílicos no período em estudo, 2007-2017. (n=8.912).

A Tabela 3 descreve os casos de óbitos decorrentes dos acidentes apílicos. Do total 15 casos foram a óbito devido ao acidente notificado e um foi a óbito por outras causas. Considerando o total de acidentes, a taxa de letalidade foi de 0,16%.

Tabela 3 - Descrição dos óbitos decorrentes dos acidentes apílicos em Santa Catarina, 2007-2017.

Caso Ano Sexo Idade Tempo até

óbito (dias)

Manifestações sistêmicas

1 2007 H 70 63 Miolíticas, renais, lesão pulmonar; edema/insuficiência

respiratória, choque, sepse

2 2009 H 86 46 Renais; edema/insuficiência respiratória, choque

3 2009 H 38 0 Neuroparalíticas; choque

4 2009 H 69 0 Choque, edema/insuficiência respiratória

5 2011 H 48 0 Choque

6 2011 H 39 1 Renais, PCR; edema/insuficiência respiratória, choque

7 2011 H 36 0 Choque

8 2012 M 93 16 Renais, edema/insuficiência respiratória,

9 2012 H 70 2 Vagais, miolíticas, renais

10 2013 H 63 3 Renais, vagais; edema/insuficiência respiratória, choque

11 2014 H 53 0 Choque

12 2015 H 81 1 Choque

13 2017 H 62 0 Infecção secundária, síndrome compartimental, sepse

14 2017 H 86 0 Choque

15 2017 H 50 39 Edema, choque, sepse, déficit funcional

791 613 845 785 779 923 816 851 824 687 998 y = 13,064x + 731,8 R² = 0,17522 0 200 400 600 800 1000 1200 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

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A Figura 2 representa a distribuição geográfica da taxa de incidência dos acidentes apílicos notificados em Santa Catarina no período de 2007 a 2017, por 100.000 habitantes. Observa-se uma variação na concentração geográfica conforme o ano observado, mas há áreas com elevados números de acidentes com abelhas que mantém um padrão, principalmente no Oeste e Extremo Oeste Catarinense, em que dentre as atividades econômicas destaca-se o agronegócio.

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Figura 2: Distribuição geográfica dos acidentes notificados por taxa de incidência em Santa Catarina no período de 2007 a 2017.

DISCUSSÃO

Foram notificados no Estado de Santa Catarina um total de 8.912 casos de acidentes apílicos no período de 2007 a 2017, sendo o maior número absoluto registrado no ano de 2017 com 998 casos. O ano de 2008 ficou com o menor número absoluto de casos (613). No Brasil, a Região Sudeste lidera em número de acidentes, seguida da Região Sul. Entretanto, a taxa de incidência é de 8,1 por 100.000 habitantes na Região Sul, superior à taxa de 6,1 na Região Sudeste8. Portanto, a taxa

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encontrada de 12,3 por 100.000 habitantes no presente estudo é superior à taxas da Região Sul e Sudeste.

Os resultados do presente estudo apontaram uma maioria de casos entre indivíduos jovens do sexo masculino. Estudos sobre o perfil epidemiológico de acidentes apílicos no estado da Paraíba e Ceará, em períodos similares, também evidenciaram o perfil de casos entre homens jovens acometidos em maior frequência

12-14. Quando comparado aos acidentes com animais peçonhentos no geral, existem

dados constantes na literatura demonstrando que a maioria dos acidentes ocorrem em indivíduos com idade entre 20 e 59 anos, também do sexo masculino, o que indica que os homens estão mais expostos a esses acidentes por desenvolverem com maior frequência atividades relacionadas a agricultura e construção civil15-17.

A maioria dos acidentes por picada de abelha notificados ocorreram em área urbana, concordante com o resultado obtido no estudo de Diniz et al.13 e no estudo de Linard et al.14 A explicação para esta ocorrência pode ser fundamentada no fato de a

área urbana fornecer inúmeros locais para instalação das colônias, como as casas e árvores, e prover recursos necessários para sobrevivência da espécie em estudo, como o néctar, pólen, água e resina18. Além disso, o elevado número de acidentes em

área urbana, pode estar relacionado ao fato de ocorrerem mudanças antropomórficas das regiões, como a expansão das cidades e diminuição da população que vive em área rural, diminuindo também os recursos para sobrevivência das abelhas na área rural. Santa Catarina teve um forte crescimento em seu grau de urbanização desde a metade do século XX19.

O presente estudo demonstrou que a maioria das picadas ocorreram na cabeça, seguido dos membros superiores, inferiores e tronco, resultados semelhantes a estudo conduzido no Ceará13. Em ambos estudos a região mais acometida foi a cabeça, o que é compatível também com o estudo de Linard et al.14. O estudo de Morechi e Marchini, concluiu que o ponto máximo de coleta de abelhas da espécie Apis Mellifera é em 1,62 metro de altura, o que corresponde aproximadamente a altura da cabeça ou dos membros superiores da população brasileira. Em 2009 a altura corpórea mediana dos homens era de 1,69 e das mulheres 1,61m20.

A maioria dos indivíduos que sofreram acidentes com abelhas tiveram um tempo de atendimento entre zero e três horas, e esse resultado é consistente com a literatura5,13,14. Pode-se supor que a população está relativamente bem informada quanto a importância do atendimento médico após acidentes apílicos, procurando

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rapidamente os serviços de saúde. Isto pode ter contribuído para a alta frequência de desfechos favoráveis encontrados no presente estudo.

A taxa de letalidade foi inferior à média nacional e dentre os casos descritos observa-se que a maioria eram idosos, faixa etária geralmente acometida por outras comorbidades. Acidentes fatais ligados a indivíduos com idade mais avançada também foram descritos no México, mas sempre relacionados a múltiplas picadas de abelha21. O fato de a ficha de notificação não registrar o número de picadas, por ser um formulário único para acidentes com animais peçonhentos, impede a confirmação de que haja maior letalidade entre aqueles com maior quantidade de veneno inoculado (intoxicação), assim como os dados não permitem analisar se o óbito foi decorrente de anafilaxia. Mas de fato, o maior número de ferroadas relaciona-se diretamente a maior morbidade, gravidade e necessidade de atendimento hospitalar22-24. Ressalta-se, também, que complicações tardias podem ocorrer e resultar em óbitos, que nestes casos não registrados como decorrentes do acidente apílico, podendo a letalidade ser subestimada25. Ainda não está disponível o tratamento com soro antiveneno de abelha,

portanto não existe maneira de neutralizar o veneno na circulação. O desenvolvimento do soro está na fase de estudo clínico I/II e uma vez aprovado poderá diminuir a morbidade e mortalidade em casos de múltiplas picadas26. Todavia, destaca-se que existe protocolo de atendimento, com emprego de tratamentos adjuvantes que previne complicações, e procura manter a estabilidade hemodinâmica entre as vítimas26.

Apesar de as manifestações clinicas por envenenamento de abelha não serem muito específicas, dependendo da sensibilidade do paciente ao veneno e, principalmente, do número de picadas5, os sintomas mais frequentes como, dor e edema local são constantes na literatura, visto que o presente estudo conclui que os sintomas locais e sistêmicos são muito semelhantes aos resultados obtidos por outros autores5,6,13,14. Indivíduos não sensibilizados afetados por pouca quantidade de veneno geralmente apresentam manifestações localizadas por processo inflamatório que cursa com dor, edema, eritema, rubor e prurido5.

No Oeste Catarinense ocorreram as maiores taxas de incidência e também em número absoluto de casos no período observado, que tem como base econômica a agropecuária e agricultura27. Entretanto, apenas 19,2% dos acidentes foram relacionados ao trabalho, então não se pode afirmar que a base econômica possa ser responsável pelo elevado número de casos.

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O estudo apresenta algumas limitações devido ao mal preenchimento da ficha de notificação compulsória, com informações faltantes, além de itens que não estão contemplados para acidentes apílicos, especificamente. Não há campo para preenchimento do número de picadas e o motivo do óbito, se decorrente de reação de hipersensibilidade ou por envenenamento. Possivelmente o número de casos deva ser subnotificado, visto que muitos casos não chegam a procurar um serviço de saúde para atendimento. Apesar das limitações, o presente estudo poderá contribuir com melhor elucidação sobre os acidentes apílicos no estado de Santa Catarina, sendo que a identificação das principais áreas de risco, perfil sociodemográfico e demais fatores que predispõe a esses acidentes, permite a elaboração de estratégias de prevenção e vigilância de acidentes.

Diante de tais resultados, surge a necessidade de discussão no aprimoramento do registro de casos, com a educação aos profissionais da saúde sobre a obrigatoriedade do preenchimento adequado da ficha de notificação compulsória, mesmo que o paciente não apresente nenhuma complicação, visto que é um documento essencial para a análise epidemiológica e, consequentemente, tomada de decisão gerencial em saúde pública.

Conclui-se que Santa Catarina apresenta elevada incidência de acidentes apílicos, com concentração no interior do estado. Os casos ocorreram principalmente em área urbana, na população economicamente ativa, principalmente em homens, sendo a cabeça a região corporal mais acometida pelas picadas de abelha. A maioria das vítimas relatou dor local e edema local, sem manifestações sistêmicas, com um baixo índice de letalidade.

CONFLITO DE INTERESSE

Os autores declaram ausência de conflito de interesse na realização deste trabalho.

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17. Marques-da-Silva E, Souza-Santos R, Fischer ML, Rubio GBG. Loxosceles spider bites in the State of Paraná, Brazil: 1993-2000. J. Venom. Anim. Toxins incl. Trop. Dis, Botucatu 2006;12(1):110-23.

18. Baum KA, Tchakerian MD, Thoenes SC, Coulson RN. Africanized honey bees in urban environments: a spatio-temporal analysis. Landsc Urban Plan.

2008;85:123–32.

19. Goularti JG. Migrações, Desruralização, Urbanização e Violência em Santa Catarina. Revista do Núcleo de Estudo de Economia Catarinense – NECAT

(21)

2015;8:55-74.

20. Moreti AC de CC, Marchini LC. Altura de voo das abelhas africanizadas (Apis

mellifera L.) para coleta de alimentos. Sci. Agric. 1998;55(2):260-4.

21. Becerril-Ángeles M, Núñez-Velásquez M, Arias-Martinez MI, Grupo Del

Programa de Control de la Abeja Africanizada (SAGARPA). Mortality related to honey-bee stings in Mexico from 1988 to 2009. Rev Alerg Mex 2013;60(2):58-62. 22. França FO, Benvenuti LA, Fan HW, Dos Santos DR, Hain SH, Picchi-Martins FR, et al. Severe and fatal mass attacks by 'killer' bees (Africanized honey bees--Apis mellifera scutellata) in Brazil: clinicopathological studies with measurement of serum venom concentrations. Q J Med. 1994;87(5):269-82.

23. Silva GBD Junior, Vasconcelos AG Junior, Rocha AMT, Vasconcelos VR, Barros J Neto, Fujishima JS, et al. Acute kidney injury complicating bee stings - a

review. Rev Inst Med Trop Sao Paulo. 2017 Jun 1;59:e25. doi: 10.1590/S1678-9946201759025.

24. Mathew A, Chrispal A, David T. Acute myocardial injury and rhabdomyolysis caused by multiple bee stings. J Assoc Physicians India. 2011;59:518-20. 25. Nag SS, Ghosh N, Singh AK, Nayek K, Mitra P. Nephritic syndrome following

multiple bee stings: a late hypersensitivity reaction. Paediatr Int Child Health. 2015;35(2):157-9.

26. Barbosa AN, Boyer L, Chippaux JP, Medolago NB, Caramori CA, Paixão AG, Poli JPV, Mendes MB, Dos Santos LD, Ferreira RS Jr, Barraviera B. A clinical trial protocol to treat massive Africanized honeybee (Apis mellifera) attack with a new apilic antivenom. J Venom Anim Toxins Incl Trop Dis. 2017 Mar 16;23:14. doi: 10.1186/s40409-017-0106-y.

27. Governo do Estado de Santa Catarina. Economia. Conheça SC. Economia de Santa Catarina é rica e diversificada. Disponível em:

http://www.sc.gov.br/conhecasc/economia. Acesso em 9 Abr 2018.

(22)

ANEXOS

Anexo 1 – Ficha de notificação compulsória

| | | | | | | | |

República Federativa do Brasil

Ministério da Saúde

SINAN

Dados Complementares do Caso

FICHA DE INVESTIGAÇÃO A n te ce d en te s E p id em io g ic o s 35 Município de Ocorrência do Acidente: | | | | | | |

31 Data da Investigação 32 Ocupação

Zona de Ocorrência

1 - Urbana 2 - Rural 3 - Periurbana 9 - Ignorado

37

Local da Picada 01 - Cabeça 02 - Braço 03 - Ante-Braço 04 - Mão 05 - Dedo da Mão 06 - Tronco 07 - Coxa 08 - Perna 09 - Pé 10 - Dedo do Pé 99 - Ignorado

Manifestações Locais

1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Dor Edema

Outras (Espec.) ____________

Tempo de Coagulação Se Manifestações Sistêmicas Sim, especificar: 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado

hemorrágicas (gengivorragia, outros sangramentos) miolíticas/hemolíticas (mialgia,

anemia, urina escura)

39 40 44 43 D a d o s C n ic o s Animais Peçonhentos

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

33

| | | | | | |

Data do Acidente SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO

Tempo Decorrido Picada/Atendimento

38

Se Manifestações Locais Sim, especificar: 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado

41 vagais (vômitos, diarréias) renais (oligúria/anúria) Outras (Espec.) _________ Manifestações Sistêmicas 42 neuroparalíticas (ptose palpebral, turvação visual)

Equimose

CASO CONFIRMADO: Paciente com evidências clínicas de envenenamento, específicas para cada tipo de animal, independentemente do animal causador do acidente ter sido identificado ou não.

Não há necessidade de preenchimento da ficha para casos suspeitos.

Tipo de Acidente

1 - Serpente 2 - Aranha 3 - Escorpião 4 - Lagarta 5 - Abelha 6 - Outros____________ 9 - Ignorado __________________________________________

Serpente - Tipo de Acidente

1 - Botrópico 2 - Crotálico 3 - Elapídico 4 - Laquético

Aranha - Tipo de Acidente

1 - Foneutrismo 2 - Loxoscelismo 3 - Latrodectismo 4 - Outra Aranha 9 - Ignorado

45 46 47 D a d o s d o A ci d en te

5 -Serpente Não Peçonhenta 9 - Ignorado

1) 0 1h 2) 1 3h 3) 3 6h 4) 6 12h 5) 12 24 h 6) 24 e + h 9) Ignorado

Necrose

1 - Lonomia 2 - Outra lagarta 9 - Ignorado

48 Lagarta - Tipo de Acidente

1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado 1 - Normal 2 - Alterado 9 - Não realizado | UF 34 36 Localidade de Ocorrência do Acidente: SVS 19/01/2006

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS D a d o s d e R es id ên ci a N o ti fi ca çã o In d iv id u a l

Unidade de Saúde (ou outra fonte notificadora)

Nome do Paciente Tipo de Notificação

Data da Notificação

Município de Notificação

Data dos Primeiros Sintomas Agravo/doença | | | | | | | | | | 1 3 5 6 2 8 | | | | 7 Data de Nascimento | | | | | 9 | | 2 - Individual D a d o s G er a is Nome da mãe 16 11 M - Masculino F - Feminino I - Ignorado | |

Número do Cartão SUS

| | | | | | | | | | | | | | |

15

1-1ºTrimestre 2-2ºTrimestre 3-3ºTrimestre

10 (ou) Idade Sexo

4- Idade gestacional Ignorada 5-Não 6- Não se aplica 9-Ignorado Raça/Cor 13 Gestante 12 14 Escolaridade 1 - Hora 2 - Dia 3 - Mês 4 - Ano

0-Analfabeto 1-1ª a 4ª série incompleta do EF (antigo primário ou 1º grau) 2-4ª série completa do EF (antigo primário ou 1º grau)

3-5ª à 8ª série incompleta do EF (antigo ginásio ou 1º grau) 4-Ensino fundamental completo (antigo ginásio ou 1º grau) 5-Ensino médio incompleto (antigo colegial ou 2º grau ) 6-Ensino médio completo (antigo colegial ou 2º grau ) 7-Educação superior incompleta 8-Educação superior completa 9-Ignorado 10- Não se aplica

Código (CID10) X 29 | UF 4 | | | | | | Código | | | | | Código (IBGE) | | | | | Código (IBGE)

1-Branca 2-Preta 3-Amarela 4-Parda 5-Indígena 9- Ignorado

CEP Bairro

Complemento (apto., casa, ...)

| | | | - | |

Ponto de Referência

País (se residente fora do Brasil)

23 26 20 28 29Zona 30 22 Número 1 - Urbana 2 - Rural 3 - Periurbana 9 - Ignorado (DDD) Telefone 27 Município de Residência | UF 17 19 Distrito Geo campo 1 24 Geo campo 2 25 | | | | | Código (IBGE)

Logradouro (rua, avenida,...) Município de Residência 18 | | | | | Código (IBGE) 21 21 | | | | | | | | | | Código Sinan Net

(23)

T ra ta m en to Data do Óbito

Acidentes com animais peçonhentos: manifestações clínicas, classificação e soroterapia Evolução do Caso C o n cl u o Soroterapia

1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado

57

58 50

Se Soroterapia Sim, especificar número de ampolas de soro: Antibotrópico (SAB) Antibotrópico-laquético (SABL) Antilbotrópico-crotálico (SABC) Anticrotálico (SAC) Antielapídico (SAE) Antiescorpiônico (SAEs) Antiaracnídico (SAAr) Antiloxoscélico (SALox) Antilonômico (SALon) 51 | | | | | 49 Classificação do Caso

1 - Leve 2 - Moderado 3 - Grave 9 - Ignorado

Se Complicações Locais Sim, especificar: 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado Infecção

Secundária SíndromeCompartimental

53

Necrose Extensa Complicações Locais

1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado

52

Déficit

Funcional Amputação Complicações Sistêmicas

1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado

54 Se Complicações Sistêmicas Sim, especificar: 1 - Sim 2 - Não 9 - Ignorado

Insuficiência

Renal Septicemia

55

Insuficiência Respiratória /

Edema Pulmonar Agudo Choque Acidente Relacionado

ao Trabalho

56

Tipo Manifestações Clínicas

ampolas

Moderado: dor, edema e equimose evidentes, manifestações hemorrágicas discretas 4 - 8

Botrópico

jararaca jararacuçu urutu caiçaca

Leve: dor, edema local e equimose discreto 2 - 4

Grave: dor e edema intenso e extenso, bolhas, hemorragia intensa, oligoanúria, hipotensão 12

Moderado: ptose palpebral, turvação visual discretos de início precoce, mialgia discreta, urina escura Leve: ptose palpebral, turvação visual discretos de aparecimento tardio, sem alteração da cor da urina, mialgia discreta ou ausente

Grave: ptose palpebral, turvação visual evidentes e intensos, mialgia intensa e generalizada, urina escura, oligúria ou anúria

Grave: dor, edema, bolhas, hemorragia, cólicas abdominais, diarréia, bradicardia, hipotensão arterial Moderado: dor, edema, bolhas e hemorragia discreta

Grave: dor ou parestesia discreta, ptose palpebral, turvação visual 1 - Sim

2 - Não 9 - Ignorado

Moderado: sudorese, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, agitação e hipertensão arterial leve Leve: dor, eritema e parestesia local

Grave: vômitos profusos e incoercíveis, sudorese profusa, prostração, bradicardia, edema pulmonar agudo e choque

Moderado: lesão sugestiva com equimose, palidez, eritema e edema endurado local, cefaléia, febre, exantema

Leve: lesão incaracterística sem aranha identificada

Grave: lesão característica, hemólise intravascular

Tipo Soro O F ID IS M O SAB Crotálico cascavel boicininga SAC 10 5 20 Laquético surucuru pico-de-jaca SABL 20 10 SAEL 10 Elapídico coral verdadeira E S C O R P IO N IS M O Escorpiônico escorpião SAEsc ou SAA 2 - 3 ---4 - 6 A R A N E ÍS M O Loxoscélico aranha-marrom SAA ou SALox 5 ---10

Moderado: sudorese ocasional, vômitos ocasionais, agitação, hipertensão arterial Leve: dor local

Grave: sudorese profusa, vômitos freqüentes, priapismo, edema pulmonar agudo, hipotensão arterial

Foneutrismo aranha-armadeira aranha-da-banana SAA 2 - 4 ---5 - 10 L O N O M

IA Moderado: alteração na coagulação, hemorragia em pele e/ou mucosas Leve: dor, eritema, adenomegalia regional, coagulação normal, sem hemorragia

Grave: alteração na coagulação, hemorragia em vísceras, insuficiência renal

taturana

oruga SALon 5

---10

Informações complementares e observações

Anotar todas as informações consideradas importantes e que não estão na ficha (ex: outros dados clínicos, dados laboratoriais, laudos de outros exames e necrópsia, etc.)

Animais Peçonhentos In v es ti g a d o r Município/Unidade de Saúde | | | | | | Cód. da Unid. de Saúde

Nome Função Assinatura

Data do Encerramento

| | | | | | |

59

1-Cura 2-Óbito por acidentes por animais peçonhentos 3-Óbito por

outras causas 9-Ignorado

SVS 19/01/2006 Sinan Net

(24)

Anexo 2 – Aprovação CEP Unisul

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador: Título da Pesquisa:

Instituição Proponente: Versão:

CAAE:

ANÁLISE DOS ACIDENTES APÍLICOS EM SANTA CATARINA, 2007-2017 Fabiana Schuelter Trevisol

FUNDACAO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA-UNISUL 2

79008117.8.0000.5369

Área Temática:

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer: 2.350.299 DADOS DO PARECER

Trabalho de Conclusão de curso da estudante SUZANA KNIPHOFF DE OLIVEIRA, curso de medicina Tubarão, orientado por Fabiana Schuelter Trevisol. É um estudo observacional com delineamento de coorte histórica sobre acidentes com abelhas no estado de SC, realizado a partir de banco de dados da 20 gerencia da saúde. O estudo propõe dispensa de TCLE, justificando que os dados não possuem identificação dos participantes.

Apresentação do Projeto:

Os autores afirmam que os objetivos são: " Objetivo Geral

Avaliar o perfil epidemiológico dos casos notificados de acidentes por picadas de abelhas em Santa Catarina de 2007 a 2017.

Objetivos Específicos

Descrever o perfil sociodemográficos dos casos notificados por acidente apílico;

Calcular a taxa de incidência dos acidentes apílicos no período e as diferenças entre as macrorregiões; Estimar a letalidade por acidente apílico no período;

Descrever o perfil clínico e características do atendimento do caso;

Verificar associação entre o quadro clínico e desfecho com características sociodemográficas e da

Objetivo da Pesquisa: Financiamento Próprio Patrocinador Principal: 88.132-000 (48)3279-1036 E-mail: cep.contato@unisul.br Endereço: Bairro: CEP: Telefone:

Avenida Pedra Branca, 25 Cid.Universitária Pedra Branca

UF:SC Município: PALHOCA

Fax: (48)3279-1094

(25)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL Continuação do Parecer: 2.350.299

geografia local. "

Os autores afirmam que

"Por não haver contato direto com os participantes e não necessitar de nenhum tipo de intervenção ou de identificação dos sujeitos, este estudo prevê risco mínimo.

Os participantes do projeto não serão beneficiados diretamente com a realização, no entanto, o estudo poderá servir de auxílio para prevenção de novos casos, além de um maior entendimento sobre a distribuição epidemiológica dos acidentes por picada de abelha."

Considera-se que os riscos e benefícios foram corretamente avaliados.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

O projeto de pesquisa apresentado encontra-se em conformidade com a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Protocolo do projeto: adequado Cronograma: adequado DCCIE: adequada

Dispensa e justificativa do TCLE: procede. Será solicitada a Base de dados individualizada dos anos 2007 até 2017, através de consulta online ao DATASUS a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A 20a Gerência de Saúde excluirá a coluna de identificação nominal dos casos, garantindo o anonimato.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Sem recomendações

Recomendações:

Projeto em conformidade com a Resolução 466/12 do CNS

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Protocolo de pesquisa em consonância com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Considerações Finais a critério do CEP:

88.132-000

(48)3279-1036 E-mail: cep.contato@unisul.br Endereço:

Bairro: CEP:

Telefone:

Avenida Pedra Branca, 25 Cid.Universitária Pedra Branca

UF:SC Município: PALHOCA

Fax: (48)3279-1094

(26)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL Continuação do Parecer: 2.350.299

PALHOCA, 26 de Outubro de 2017

Josiane Somariva Prophiro (Coordenador) Assinado por:

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicas do Projeto PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P ROJETO_1014323.pdf 23/10/2017 15:03:46 Aceito Recurso Anexado pelo Pesquisador RespostapendenciaCEP.pdf 23/10/2017 14:36:12 Fabiana Schuelter Trevisol Aceito Projeto Detalhado / Brochura Investigador ProjSuzana.docx 17/10/2017 19:22:46 Fabiana Schuelter Trevisol Aceito Declaração de Instituição e Infraestrutura Declara.pdf 17/10/2017 19:21:02 Fabiana Schuelter Trevisol Aceito

Folha de Rosto CONEP.pdf 17/10/2017

19:20:44 Fabiana Schuelter Trevisol Aceito TCLE / Termos de Assentimento / Justificativa de Ausência DispensaSuzana.pdf 15/10/2017 22:15:46 Fabiana Schuelter Trevisol Aceito Outros FolhaUnisul.doc 15/10/2017 21:57:28 Fabiana Schuelter Trevisol Aceito Situação do Parecer: Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não 88.132-000 (48)3279-1036 E-mail: cep.contato@unisul.br Endereço: Bairro: CEP: Telefone:

Avenida Pedra Branca, 25 Cid.Universitária Pedra Branca

UF:SC Município: PALHOCA

Fax: (48)3279-1094

(27)

Anexo 3 – normas para publicação na revista

DIRETRIZES PARA A APRESENTAÇÃO DE MANUSCRITOS Artigos de pesquisa original

Os relatos de pesquisa original se centram em estudos substanciais nos temas de saúde pública de interesse da Região das Américas. A pesquisa experimental ou de observação deve seguir o formato IMRAD (do acrônimo em inglês de Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e Discussão).

Os manuscritos são recebidos em inglês, português ou espanhol. Recomenda-se firmemente que os autores os escrevam em sua língua materna. O domínio inadequado de um segundo idioma pode tornar confuso o significado do texto e, frequentemente, não condirá com a precisão científica que requerem os artigos de pesquisa de alta qualidade.

Nomes formais de instituições, seja nos textos como na afiliação dos autores, não devem ser traduzidos, a menos que exista uma tradução oficialmente aceita. Ademais, os títulos nas referências bibliográficas devem ser mantidos em seu idioma original.

Diretrizes e protocolos de pesquisa

A RPSP/PAJPH segue os Requisitos Uniformes para Manuscritos Submetidos a Revistas Biomédicas, criado e atualizado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (ICMJE, sigla em inglês), e está listada entre os periódicos que seguem esses requisitos. Essas diretrizes incluem considerações éticas, autoria e colaboração, avaliação por pares, conflitos de interesses, privacidade e confidencialidade, proteção de seres humanos e animais, assim como questões editoriais e de publicação, como publicidade, publicações superpostas, referências e registro de ensaios clínicos. Consulte abaixo uma descrição detalhada de cada uma dessas diretrizes.

A RPSP/PAJPH espera que os autores sigam os melhores protocolos de pesquisa disponíveis. Os protocolos de pesquisa são descritos no Centro de Recursos da Rede EQUATOR. A Biblioteca Nacional de Medicina (National Library of Medicine) dos Estados Unidos atualiza e publica uma lista completa das principais diretrizes para a apresentação de relatos em pesquisa biomédica. Além disso, na Seção de Recursos para Autores da RPSP/PAJPH estão descritas as diretrizes e boas práticas adicionais para pesquisa e redação científica.

Com base nas recomendações da OMS e do ICMJE, a RPSP/PAJPH exige que os ensaios clínicos sejam inscritos em um registro público de ensaios como condição para ser considerados para publicação. O número inscrição do ensaio clínico deve ser publicado ao final do resumo com um link ao registro correspondente. A RPSP/PAJPH não estipula uma base de registro em particular, mas recomenda aos autores que inscrevam os ensaios clínicos em um dos registros certificados pela OMS e pelo ICMJE, disponíveis na Plataforma de Registro de Ensaios Clínicos Internacional.

Ética

A RPSP/PAJPH se compromete com os princípios éticos mais estritos para a condução de pesquisas, conforme previsto pela Declaração de Helsinque, 2013 (Espanhol) e las International Ethical Guidelines for Health-related Research Involving Humans de CIOMS. Quando se relata pesquisa realizada com seres humanos os autores devem incluir informações sobre os comitês de ética que aprovaram o estudo

(28)

antes de seu início. Os estudos devem ser aprovados no país onde foram conduzidos. Se um estudo for considerado isento de revisão dos aspectos éticos, os autores devem fornecer a documentação para tal isenção.

Conflito de interesses

Os autores devem revelar todas as informações sobre qualquer subvenção ou subsídio para cobrir os custos de pesquisa recebidos de entidades comerciais ou privadas, organização nacional ou internacional, ou organismo de apoio à pesquisa. Estas declarações ajudam o leitor a melhor compreender a relação entre os autores e as diversas entidades comerciais que tenham interesse na informação revelada no artigo publicado.

A RPSP/PAJPH adere às recomendações do ICMJE para a divulgação de conflitos de interesses. O ICMJE solicita aos autores que informem os quatro seguintes tipos de informação:

● Associações com entidades comerciais que prestaram apoio ao trabalho informado no manuscrito apresentado;

● Associações com entidades comerciais que poderiam ter interesse no manuscrito apresentado;

● Associações financeiras que envolvam familiares; e outras associações relevantes não financeiras.

Os autores são os únicos responsáveis pelos critérios expressos em seus textos, que não necessariamente reflitem a opinião ou a política da RPSP/PAJPH. A menção de empresas específicas ou produtos de certos fabricantes não implica que sejam respaldados ou recomendados em preferência a outros de natureza semelhante. Sempre que possível, devem ser utilizados nomes genéricos para medicamentos ou produtos.

Direitos autorais

Como condição para publicação, a RPSP/PAJPH exige que os autores forneçam informação indicando que o texto, ou qualquer contribuição similar, não tenha sido anteriormente publicado em formato impresso ou eletrônico, e que não esteja sendo simultaneamente apresentado a qualquer outro periódico, até que a RPSP/PAJPH chegue a uma decisão com respeito a sua publicação. Qualquer indicação de possível publicação prévia em qualquer outro formato deve ser informado por ocasião da submissão do manuscrito e deve incluir cópia ou link da publicação. Os autores são exclusivamente responsáveis por obter a permissão para reproduzir qualquer material protegido por direitos autorais contido no manuscrito submetido. O manuscrito deve ser acompanhado de uma carta original concedendo, explicitamente, tal permissão em cada caso. As cartas devem especificar exatamente as tabelas, figuras ou o texto que estão sendo citados e a maneira em que serão utilizados, juntamente com uma referência bibliográfica completa da fonte original.

No caso de documentos contendo traduções de material citado, ao apresentar o manuscrito é preciso identificar e incluir claramente um link ou cópia daquele texto no idioma original.

Os artigos da Revista são de acesso aberto e são distribuídos sob os termos da Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 IGO License, que permite o uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente citado. Não são permitidas modificações ou uso comercial dos artigos. Em qualquer reprodução do artigo, não deve haver nenhuma sugestão de que a OPAS ou o artigo avaliem qualquer organização ou produtos específicos. Não é permitido o uso do logotipo da OPAS.

Processo de avaliação por pares

(29)

revisão por pares. Inicialmente, um manuscrito que satisfaça os requisitos gerais de apresentação e cumpra com o alcance temático da RPSP/PAJPH será revisado pelos Editores Associados para determinar se existe validez científica e relevância para os leitores da Revista. Se este for o caso, o artigo será enviado para pelo menos três diferentes revisores que realizam a avaliação por pares na modalidade duplo cego. Ao receber todas as revisões solicitadas, os Editores Associados prepararão uma recomendação ao Editor-Chefe para: (a) rejeitar o manuscrito; (b) aceitar condicionalmente o manuscrito (seja com observações mínimas ou importantes); ou (c) aceitar o manuscrito sem alterações.

No caso de aceitação condicional, será solicitado aos autores que revisem o manuscrito para abordar as questões e recomendações dos pareceristas, ou para fornecer, alternativamente, uma justificativa detalhada das razões pelas quais estão em desacordo com tais observações. O manuscrito é novamente revisado pelos Editores Associados, assim como, em alguns casos, por novos pareceristas. Note que o texto poderá ser submetido a tantas revisões quanto forem necessárias, assegurando que os autores tenham abordado adequadamente todas as questões suscitadas.

O Editor-Chefe toma a decisão final sobre a aceitação ou rejeição de manuscritos. Todas as decisões são comunicadas por escrito ao autor correspondente.

O tempo necessário para processar um manuscrito varia, dependendo da complexidade da matéria e da disponibilidade dos pareceristas adequados.

Os documentos aceitos estão sujeitos à revisão editorial. Vide seção 2.10, "Correção do manuscrito", para maiores informações.

Disseminação

A RPSP/PAJPH é publicada em formato eletrônico no website da Revista. Ademais, está indexada nas principais bases de dados bibliográficas.

A RPSP/PAJPH deposita uma versão completa dos manuscritos aceitos para publicação em formato eletrônico no Repositório Institucional da OPAS para Intercâmbio de Informações, na coleção Saúde Pública SciELO, PubMed e em outras bases de dados científicas relevantes. Os usuários podem se registrar no website da Revista para receber o índice dos artigos publicados.

Os links contidos nos metadados das bases de dados levam diretamente ao texto completo dos artigos publicados.

Os manuscritos da Revista também são disseminados através de uma lista de e-mails e da conta de Twitter da Revista.

DIRETRIZES PARA A APRESENTAÇÃO DE MANUSCRITOS

A seleção do material para publicação na RPSP/PAJPH se baseia nos seguintes critérios:

· Adequação quanto ao alcance temático da Revista;

· Validade científica, originalidade, relevância e atualidade da informação;

· Aplicabilidade fora de seu lugar de origem e na Região das Américas como um todo;

· Cumprimento das normas da ética médica que rege a pesquisa conduzida com seres humanos e animais;

· Cumprimento de protocolos específicos para a apresentação de informação de pesquisa;

· Coerência entre o projeto e a metodologia de pesquisa;

· Necessidade de atingir um certo equilíbrio na cobertura temática e geográfica. Os manuscritos devem cumprir com as especificações delineadas nessas Instruções e Diretrizes para serem aceitos. Os autores devem ler cuidadosamente todas as seções antes de apresentar os documentos no sistema on-line, para assegurar que o

(30)

documento satisfaça as condições para publicação. Os manuscritos que não seguem o formato padrão da RPSP/PAJPH serão devolvidos aos autores imediatamente. O periódico pode, também, negar a publicação de qualquer manuscrito cujos autores não respondam satisfatoriamente ao questionamento editorial. O Editor-Chefe tomará a decisão final de aceite ou não do manuscrito com base nas recomendações decorrentes do processo de avaliação por pares, descrito na seção 1.8.

Especificações para os manuscritos

Os manuscritos devem ser redigidos em software de processamento de texto em espaço duplo, em uma coluna, na fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12 pontos.

Para figuras e tabelas, deve-se usar o Microsoft Excel®, Power Point® ou outro software de gráficos. As figuras podem aparecer coloridas ou em preto e branco, e eles devem ser apresentados em um formato editável.

Número Seção máximo de

palavras1 Número referências máximo de figurasNúmero máximo de tabelas, 2

Artigos de pesquisa original

3 500 35 5 Artigos de revisão 3 500 50 5 Relatos especiais 3 500 35 5 Comunicações breves 2 500 10 2 Opiniões e análises 2 500 20 2 Temas atuais 2 000 20 2

Cartas 800 5 caso seja necessário Nenhuma

Uma vez que artigos sejam aceitos para publicação, é possível que seja solicitado aos autores que enviem figuras e tabelas em formatos mais claros e legíveis.

Requisitos para formatação

A formatação geral para as diversas seções da RPSP/PAJPH é a seguinte:

1 Excluindo resumo, tabelas, figuras e referências.

2 Contagem máxima de palavras para 5 tabelas / figuras é 1000; para 2

tabelas/figuras, 400.

Título

O título do manuscrito deve ser claro, preciso e conciso, e incluir todas as informações necessárias para identificar o alcance do artigo. Um bom título é o primeiro ponto de acesso para o conteúdo do artigo e facilita sua recuperação em bases de dados e motores de busca.

Os títulos não podem exceder 15 palavras. Palavras ambíguas, jargão e abreviações devem ser evitados. Títulos separados por pontos ou divididos em partes também devem ser evitados.

Autoria

A RPSP/PAJPH define autoria de acordo com as diretrizes do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (ICMJE) [sigla em inglês], recomendando que a autoria seja baseada nos quatro seguintes critérios:

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aquisição, à análise ou à interpretação de dados para o trabalho;

(2) Redação do trabalho ou revisão crítica do conteúdo intelectual relevante; (3) Aprovação final da versão a ser publicada;

(4) Manifestar concordância em assumir responsabilidade por todos os aspectos do trabalho, assegurando que as perguntas relacionadas com precisão ou integridade de qualquer parte do estudo sejam apropriadamente investigadas e resolvidas. Os autores devem declarar, na carta de apresentação, a extensão da contribuição de cada autor.

A inclusão de outras pessoas como autores por motivos de amizade, reconhecimento, ou outra motivação não científica constitui uma violação da ética em pesquisa.

Nos casos em que um grande grupo multicêntrico tenha realizado o trabalho, o grupo deve identificar os indivíduos que aceitam assumir responsabilidade direta pelo manuscrito. Os nomes de instituições não devem ser traduzidos, a menos que exista uma tradução oficial.

Colaboração se refere à supervisão geral de um grupo de pesquisa ou apoio geral administrativo; e assistência em redação, revisão técnica, revisão linguística e verificação final.

Página de resumo e palavras-chave

O resumo é o segundo ponto de acesso a um artigo e deve permitir que os leitores determinem a relevância do artigo e decidam se lerão ou não todo o texto.

Os artigos de pesquisa original ou revisões sistemáticas devem ser acompanhados de um resumo estruturado de não mais de 250 palavras, subdividido nas seguintes seções: (a) Objetivos, (b) Métodos, (c) Resultados, e (d) Conclusões.

Os outros tipos de contribuições também devem ser acompanhados por um resumo informativo de não mais de 250 palavras.

O resumo não deve incluir nenhuma informação ou conclusões que não apareçam no texto principal. Este deve ser escrito na terceira pessoa e não deve conter notas de rodapé, abreviaturas desconhecidas nem citações bibliográficas.

As palavras-chave, extraídas do vocabulário dos DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), da BIREME/OPAS/OMS e/ou, MeSH (Medical Subject Headings), da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NLM), incluindo traduções em português e espanhol, estão disponíveis para que os autores as selecionem ao apresentar o manuscrito. Seu emprego facilita e torna mais específica a busca e recuperação do artigo em bases de dados e motores de busca.

Corpo do artigo

Artigos de pesquisa original e revisões sistemáticas são, geralmente, organizados segundo o formato IMRAD (Introdução, Materiais e métodos, Resultados e Discussão).

Embora subtítulos possam ser necessários ao longo do artigo, de maneira geral, o parágrafo que dá início ao manuscrito não precisa ser intitulado “Introdução”, visto que este título é normalmente removido durante o processo de revisão. No entanto, o objetivo do artigo deve ser claramente declarado ao final da seção introdutória.

As seções “Resultados e Discussão” podem requerer subtítulos. No caso das “Conclusões”, às quais devem estar incluídas ao final da seção “Discussão”, também podem ser identificadas mediante um subtítulo.

Os artigos de revisão são frequentemente estruturados de modo semelhante aos artigos de pesquisa original, mas devem incluir uma seção descrevendo os métodos usados para selecionar, extrair e sintetizar os dados.

As comunicações breves seguem a mesma sequência dos artigos originais, porém, normalmente, omitem títulos de subdivisão.

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Outros tipos de contribuições não seguem nenhuma estrutura pré-definida e podem utilizar outras subdivisões, em função de seu conteúdo.

Quando são usadas abreviações, estas devem ser definidas utilizando o termo por extenso por ocasião de sua primeira utilização no texto, seguido da abreviatura ou sigla entre parênteses. Na medida do possível, as abreviações devem ser evitadas. Em termos gerais, as abreviações devem refletir a forma extensa no mesmo idioma do manuscrito, com exceção das abreviaturas reconhecidas internacionalmente em outro idioma.

As notas de rodapé são esclarecimentos ou explicações à margem que interromperiam o fluxo natural do texto, portanto, seu uso deve restringir-se ao mínimo. Notas de rodapé são numeradas sequencialmente e aparecem ao final da página na qual são citadas. Links ou referências a documentos citados devem ser incluídos na lista de referências.

As citações são essenciais ao manuscrito e devem ser relevantes e atuais. Servem para identificar as fontes originais dos conceitos, métodos e das técnicas aos quais se referem, decorrentes de pesquisa, estudos e experiências anteriores. Também apoiam fatos e opiniões expressos pelo autor e apresentam ao leitor a informação bibliográfica necessária para consultar as fontes primárias.

A RPSP/PAJPH segue os Requisitos Uniformes do ICMJE para a Preparação de Manuscritos Submetidos a Revistas Biomédicas para referências (conhecidos como "Estilo de Vancouver"), que se baseia, em grande parte, no estilo do Instituto Americano de Normas Nacionais adaptado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos para as suas bases de dados. Os formatos recomendados para uma variedade de documentos e exemplos estão disponíveis em Citing Medicine, segunda edição e neste link.

Exemplo:

Rabadán-Diehl C, Safdie M, Rodin R;Trilateral Working Group on Childhood Obesity. Canada-United States-Mexico Trilateral Cooperation on Childhood Obesity Initiative. Rev Panam Salud Publica. 2016;40(2):80–4.

As referências devem ser numeradas consecutivamente, na ordem em que são mencionadas pela primeira vez no texto, e identificadas por algarismos arábicos entre parênteses no texto, nas tabelas e legendas.

Exemplos:

“Observou-se (3, 4) que...” ou: “Vários estudos (1-5) mostraram que...”

As referências citadas somente em legendas de tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com a sequência estabelecida mediante a primeira menção da tabela ou figura em particular, no corpo do texto.

Os títulos dos periódicos referidos devem ser abreviados segundo o estilo usado na Base de Dados de Revistas, criada e atualizada pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.

A lista de referências deve ser numerada sequencialmente e deve ser iniciada em nova folha ao final do manuscrito. Todas as referências eletrônicas devem incluir a data de acesso.

Tabelas e figuras

As tabelas apresentam informação — geralmente numérica — em uma disposição de valores ordenada e sistemática em linhas e colunas. A apresentação deve ser de fácil compreensão para o leitor, complementando sem duplicar a informação do texto. Informações estatísticas em excesso podem ser, também, difíceis de interpretar. As tabelas devem ser transferidas em separado dos arquivos de texto e apresentadas em formato editável (preferencialmente arquivos Excel), e não como objetos extraídos de outros arquivos ou inseridos em documentos Word. Cada tabela

Referências

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