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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO TÍTULO: ADMISSÃO DE ENFERMAGEM DO BENEFICIÁRIO NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO

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Academic year: 2021

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1. Introdução

Admissão ou ato de admitir significa receber o beneficiário no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Para a equipe de enfermagem esse é o momento de atender às demandas assistenciais; coletar dados relativos à condição de saúde; colher a história pregressa e/ou atual da doença sendo também um momento de interação beneficiário-equipe, no qual se pode esclarecer dúvidas e passar informações de enfermagem. Tendo em vista a grande complexidade do CTI, essas informações devem ser bem passadas, de modo que o beneficiário/família fique ciente dos procedimentos a serem realizados, reduzindo assim a ansiedade diante do desconhecido. A admissão de enfermagem no CTI adulto deve ser realizada pela equipe de forma ordeira e funcional, proporcionando o processo seguro de ingresso do beneficiário no CTI e potencializando as estratégias e ações envoltas na admissão, promovendo a estabilidade clínica do mesmo.

2. Objetivo

Padronizar ações sistematizadas para a admissão do beneficiário no CTI Adulto com foco na segurança.

3. Campos de aplicação

Este POP se aplica ao Centro de Terapia Intensiva Adulto, envolvido com a assistência de enfermagem prestada ao beneficiário / servidor do HGIP.

4. Referências normativas

 Lei 7.498. 25 de Junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Em específico o que diz das competências privativas do enfermeiro, em especial, no que concerne ao manejo de beneficiários graves com risco de vida e cuidados de maior complexidade (art.11),COREN- MG.

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 Resolução COFEN 311/2007. Dispõe sobre o Código de Ética dos profissionais de Enfermagem. Aborda as responsabilidades e deveres dos profissionais de Enfermagem em especial a prestação adequada de informações á pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de enfermagem (art.17),COREN/MG.

 Resolução nº 65/06. Diretrizes para habilitação e funcionamento dos serviços de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal. Dispõe sobre um conjunto de instruções para qualificar os servidores de saúde perante os serviços de terapia intensiva, sendo que todo profissional de saúde deve promover orientações aos familiares desde o momento da admissão do paciente até a alta (art.3),MERCOSUL/GMC.

 Resolução n 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Em específico aborda os materiais que precisam estar dispostos no leito do paciente desde o momento da admissão (art. 57), MINISTÉRIO DA SAÚDE.

5. Responsabilidade/ competência

 Compete ao Enfermeiro e/ou AE /TE, preparar o leito com os devidos aparelhos específicos de terapia intensiva e checá-los antes da admissão.

 Compete à secretária e, na sua ausência à equipe de enfermagem, receber o beneficiário devidamente documentado e chamar o médico de plantão.

 Compete ao Enfermeiro Assistencial e/ou AE/TE acompanhar o beneficiário ao leito.  Compete ao Enfermeiro Supervisor acompanhar a admissão realizada com a sua

equipe.

 Compete ao Enfermeiro Supervisor prestar informações ao paciente e a família sobre os direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de Enfermagem.  Compete ao Enfermeiro Supervisor levantar dados sobre o paciente, analisar e

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6. Definições

 Admitir: 1. Aceitar ou reconhecer por bom, verdadeiro ou legítimo. 2. Aceitar, reconhecer. 3. Receber. 4. Tolerar. 5. Aceitar matrícula de. 6. V. empregar. 7. Permitir o ingresso; acolher. 8. Receber, acolher. 9. Aceitar, receber. (FERREIRA, 2008).

7. Conteúdo do padrão

7.1 Recursos necessários

Equipamentos e EPI

 Gorros, máscaras e óculos de proteção (EPI)  Capote (em casos de isolamento de contato)  Luvas de procedimento

Leito da Unidade Intensiva:

 01 Monitor Multiparâmetros com cabos de monitorização não invasiva (Eletrocardiograma, Saturimetria, Pressão Arterial);

 01 Cama hospitalar com ajuste de posição, grades laterais e rodízios;  01 KIT de roupas de cama (lençóis e cobertor);

 01 Suporte de soro;

 04 Equipamentos para infusão contínua e controlada de fluidos ("bomba de infusão");  01 Sistema a vácuo para aspiração (montado e testado);

 01 Unidade Ventilatória (AMBU) com máscara inflável;

 01 Máscara facial que permita diferentes concentrações de oxigênio (macronebulizador);

 01 Ventilador pulmonar mecânico microprocessado (Montado e testado conforme rotina do setor/demanda do beneficiário);

 01 Estetoscópio;  01 Termômetro;

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 01 Equipamento para aferição de glicemia capilar;

 Manter o carrinho de urgência próximo do leito durante o procedimento de admissão.

Materiais (farmácia satélite)

KIT Admissão:  01 Agulha 13 x 4,5  01 Agulha 25 x 7  01 Agulha 40 x 12  01 SF 0,9% 500 mL  01 ABD 10 mL  05 Eletrodos  01 Equipo Bomba  01 Equipo Simples  01 Gazinha  01 Jelco 18  01 Jelco 20  01 Jelco 22  01 Seringa 1 mL  01 Seringa 10mL  01 Seringa 20 mL

 01 Three-way sem extensor  01 Torneira com extensor  01 Tira para glicose

Impressos:

 Folha de Registro de dados vitais e balanço hídrico.

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Prontuário Eletrônico:

 Certificar-se quanto ao acesso do beneficiário no prontuário eletrônico do CTI Adulto e efetuar registros da admissão.

7.2 Principais passos

 Chamar o médico de plantão;

 Higienizar as mãos conforme PRS CCIH – 005;

 Calçar luvas de procedimento e/ou demais EPI de acordo com a necessidade;  Certificar-se da origem e identidade do beneficiário;

 Receber o beneficiário e transferi-lo para a cama;

 Posicionar o beneficiário no leito monitorizá-lo (Eletrocardiograma, pressão arterial, saturação);

 Aferir sinais vitais (Temperatura, Frequência cardíaca, Frequência respiratória, Pressão Arterial);

 Desclampar drenos, equipos de soluções, sondas, se for o caso;

 Efetuar cuidados de enfermagem necessários (acesso venoso, medicamentos, oxigenoterapia e outros), conforme demanda e/ou solicitação médica;

 Realizar exame físico completo;

 Retirar luvas de procedimento e/ou devidos EPI’s;  Higienizar as mãos conforme PRS CCIH – 005,

 Registrar no prontuário, todos os dados colhidos, de forma clara e precisa usando terminologia apropriada;

 Providenciar placa de identificação do beneficiário e colocá-la na cabeceira do leito. 7.3 Cuidados especiais

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 Verificar se todos os aparelhos estão conectados à rede elétrica, de forma a garantir funcionamento, caso seja necessário recarregar as respectivas baterias.

 Verificar registro do beneficiário, se em isolamento de contato, utilizar EPI específicos para este fim.

 Realizar coleta de swab nasal e perineal em beneficiários provenientes de outras instituições hospitalares, mantendo o isolamento de contato até sinalização da CCIH.  Checar a presença de drenos e sondas, se presentes, realizar fixação correta dos

mesmos, caso necessário. Pacientes com drenos, medir e registrar no momento da admissão e de 2/2 horas o volume drenado nas primeiras 12 horas.

 Checar acessos venoso e/ou arterial quanto à perviabilidade e fixação.

 Comunicar ao Serviço de Nutrição e Dietética (SND) a dieta prescrita ou suspensa do beneficiário admitido.

 Manter controle adequado da ventilação mecânica, oxigenação e mensuração dos dados hemodinâmicos (pressão sanguínea, frequência cardíaca, saturação e outros), comunicando alterações ao médico.

 Registrar o débito urinário e observar o aspecto da urina (turvação ou coloração), comunicar caso identificação de anormalidade.

 Realizar balanço hídrico rigoroso para pacientes portadores de cateterismo vesical de demora.

 Comunicar com laboratório e/ou providenciar encaminhamento de material para exames.

 Avaliar e registrar estado neurológico: nível de consciência, reação pupilar, capacidade para realizar comandos, força e movimento das extremidades.

 Checar presença de marca passo, se presente, avaliar seu funcionamento e proteger os fios se necessário.

 Checar presença de ferida operatória, avaliar aspecto do curativo e realizar troca se necessário mediante autorização da supervisão ou do médico.

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8. Siglas

 ABD: Água bidestilada  AE: Auxiliar de Enfermagem  AVC: Acesso Venoso Central  AVP: Acesso Venoso Periférico

 CCIH: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar  COREN: Conselho Regional de Enfermagem

 CTI: Centro de Terapia Intensiva  EA: Enfermeiro Assistencial  ECG: Eletrocardiograma

 EPI: Equipamento de proteção individual  HGPI: Hospital Governador Israel Pinheiro  PEP: Prontuário Eletrônico do Paciente  POP: Procedimento Operacional Padrão  SF: Soro fisiológico

 SND: Serviço de Nutrição e Dietética  TE: Técnico de Enfermagem

9. Indicadores

 Tempo médio de preparo de leito para admissão. 10. Gerenciamento de riscos

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Categoria de risco

Falhas potenciais

geradoras de riscos Evento

Ações de prevenção

Ações frente ao evento

Assistencial Não testar

equipamentos (bomba de infusão, monitor, manguito, ambú, entre outros) necessários à admissão do beneficiário Equipamentos não funcionantes ou em falta Conferir e fazer a previsão dos equipamentos antes da admissão Providenciar imediatamente equipamentos para o leito do beneficiário

Assistencial Não testar saída de

gases do box antes da admissão do beneficiário Ausência dos gases Testar todas as saídas de gases do box antes da admissão Colocar beneficiário em um box onde as saídas para os gases estejam funcionantes

Assistencial Não solicitar à farmácia

a “Kit admissão”. Falta de materiais necessários para admissão e monitoramento do paciente na UTI. Atraso na monitorização do paciente Solicitar e retirar na farmácia o kit antes da chegada do beneficiário. Providenciar os materiais necessários à admissão do beneficiário. 11. Referências

 CHEREGATTI, Aline Lauretti org. Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. 2ed – São Paulo: Martinari, 2010.

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 Comissão de Defesa do Exercício Profissional. Regulamento Técnico para Funcionamento de Unidades De Terapia Intensiva – AMIB. São Paulo, 24 de abril de 2009. Disponível em: <http://www.amib.org.br/fileadmin/RecomendacoesAMIB.pdf>. Acesso em: Abr/2014.

 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o minidicionário da língua portuguesa dicionário. 7. ed. – Curitiba: Ed. Positivo; 2008.

 GALLOTTI, Renata Mahfuz Daud e, ASSIS, Sonia Francisca Monken de. Os eventos adversos em unidade de terapia intensiva e o gerenciamento dos riscos das operações de serviços. A intersetorialidade na gestão da assistência à saude. Simpoi 2013. Disponível em: <www.scielo.com>. Acesso em:13/04/2014.

 GUTIS. Guia da UTI Segura / Álvaro Réa-Neto, José Eduardo Couto de Castro, Marcos Freitas Knibel, Mirella Cristine de Oliveira -- 1ª ed -- São Paulo: Associação de Medicina Intensiva Brasileira - 2010.

 LOPES, Manuel Lopes. Os clientes e os enfermeiros: construção de uma relação. Revista Escola de Enfermagem USP. Évora-Portugal. 2005.

 Res\Nº 37 – DOU de 25/02/2010 – seção 1. p 48. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/rdcs/RDC%20N%C 2%BA%207-2010.pdf>. Acesso em: abr/2014.OBEL,

12. Anexos

Referências

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