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PROPOSTAS METODOLÓGICAS E USO DAS TECNOLOGIAS EM EAD

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PROPOSTAS

METODOLÓGICAS E

USO DAS

TECNOLOGIAS EM EAD

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RADUAÇÃO

2011

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EITURA

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UNDAMENTAL

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UNDAMENTOS

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EDAGÓGICOS EM

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DUCAÇÃO A

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ISTÂNCIA

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ARINA

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PROPOSTAS METODOLÓGICAS E

USO DE TECNOLOGIAS EM EAD

P

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RADUAÇÃO

2011

L

EITURA

F

UNDAMENTAL

A

ULA

1

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UNDAMENTOS

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EDAGÓGICOS EM

E

DUCAÇÃO A

D

ISTÂNCIA

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ARINA

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Como citar esse texto:

ALVES, Carina. Propostas Metodológicas e Uso das Tecnologias em EaD. Diretoria de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011.

Publicação: Outubro de 2011.

© DIREITOS RESERVADOS

Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. DIRETORIA DE EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Silvio Cecchi

Correspondência/Contato

Alameda Maria Tereza, 2000, Valinhos, São Paulo

CEP. 13.278-181 PREPARAÇÃO GRÁFICA

Lusana Veríssimo

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação a distância (EAD) refere-se a uma modalidade de ensino que permite que o aluno esteja fisicamente distante de um ambiente formal de ensino e aprendizagem. Permitindo, também, a separação temporal ou espacial entre os atores do processo educacional. A EAD, hoje, pode ser vista como possibilidade de inserção social e propagação do conhecimento individual e coletivo. Ela permite a universalização do ensino. Contudo, a abrangência da EAD só ocorre em detrimento de metodologias alinhadas com as teorias do desenvolvimento humano e cognitivo e as novas tecnologias para levar a informação, a comunicação e o conhecimento através de ferramentas que disponibilizarão o conteúdo ao aluno, como suporte a ações da educação à distância (EAD), que são as Tecnologias de Comunicação e de Informação (TCIs).

AULA 1

FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS EM

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA OBJETIVOS

Esta aula tem por objetivo identificar as teorias que fundamentam o processo de aprendizagem na educação à distância. Consideraremos a perspectiva do construtivismo e o sociointeracionismo, possível de ser aplicada na prática educativa à distância, de acordo com diversos autores. Relacionaremos as teorias de concepção interacionista através de como explicam o desenvolvimento humano aos fundamentos do uso das tecnologias na educação, sobretudo considerando a interatividade. Destacaremos duas correntes interacionistas: a teoria sócio-histórica de Vygotsky e a epistemologia genética de Piaget, que apresentam pontos de contato e algumas diferenças.

1. INTRODUÇÃO

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o que tem gerado uma busca constante por conhecimento de profissionais de diversas áreas.

Nos dias de hoje, a utilização da tecnologia e de novas formas de interação on-line atende às novas necessidades de muitos alunos, em todos os níveis da educação. Atualmente, diversas ferramentas interativas existentes no país incentivam à aprendizagem a distância. E é evidente que o acesso rápido e eficiente na obtenção de informações proporciona uma melhoria na qualidade da comunicação entre professores e alunos.

Hoje a tecnologia é útil ao aprendizado, pois o seu desconhecimento vem gerando no mundo atual o mesmo tipo de exclusão que sofre o analfabeto no mundo da escrita. Mas agora vem a seguinte pergunta, o que é necessário? Esta é uma pergunta difícil de ser respondida, pois depende do contexto, da realidade em que se vive e da autonomia de cada um. O que se pode afirmar, sem erro, é que é preciso entender que o essencial é acreditar no potencial cognitivo de cada um. "É essencial à descoberta da alegria do conhecimento, pois ela é à base da autonomia e da subjetividade" (BEZERRA, 2007).

A Internet permitiu que o processo de ensino-aprendizagem não ficasse limitado apenas à sala de aula, mas ultrapassasse limites físicos, dando oportunidade para que o aluno construa o conhecimento no seu ambiente doméstico, de trabalho ou onde mais desejar. Por outro lado, o distanciamento físico implica em buscar práticas e métodos pedagógicos adequados a essa modalidade de ensino, proporcionando ao aluno condições e autonomia na construção do conhecimento.

2. FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS EM EAD

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que possibilita ambiência de aprendizagem. Aprendizagem e educação são processos "presenciais", exigem o encontro, a troca, a cooperação, que podem ocorrer mesmo os sujeitos

estando “a distância”. “Presencialidade” pode significar, também, “estar juntos virtualmente”. O espaço físico está dando lugar ao ciberespaço ou à construção de “redes de aprendizagem”, onde professores e alunos aprendem juntos,

interagem e cooperam entre si (PRETI, s/d).

Para que o processo de ensino-aprendizagem aconteça, seja ele presencial ou a distância, é fundamental um espaço interativo entre os participantes, para que haja a construção do conhecimento.

De acordo com os ensinamentos de Vygotsky, o desenvolvimento humano acontece por processos mediados e a educação e o ensino são importantes na aquisição de patamares mais elevados de desenvolvimento.

Vygotsy (2003), citado por Santos e Silva (2009), destaca que a construção do conhecimento humano se dá por meio da interação, pois cada pessoa é um ser social, relacional e participante de um processo histórico. Em função disto, o autor afirma que o processo de ensino-aprendizagem envolve aquele que ensina e o que aprende, e a relação entre eles.

VYGOTSKY

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A construção do conhecimento, segundo Piaget, acontece por assimilação e acomodação, ou seja, quando o aluno é colocado diante de algo desconhecido, ocorre o processo de assimilação, então o individuo incorpora a informação e os conhecimentos existentes são modificados. Ao chegar à construção do novo conhecimento ao qual foi exposto, o individuo passa para o processo de acomodação (equilíbrio).

Devemos ressaltar que esse equilíbrio que o individuo atinge após passar pela assimilação e acomodação está constantemente em movimento, pois, sempre que somos expostos a algo desconhecido, voltamos ao desequilíbrio e desencadeamos os processos de assimilação e acomodação proposto por Piaget.

Desta forma, em um processo de ensino aprendizagem, seja ele presencial ou a distância, cabe ao professor o papel de causar o desequilíbrio do aluno, expondo-o a novas informações e novos desafios, para que, dessa forma, possa gerar novos conhecimentos. Esse desequilíbrio é fundamental para que haja a construção do conhecimento.

Na educação a

distância, devemos considerar, segundo Faria (2010), que o estudante é sujeito ativo do processo e, portanto, protagonista na construção do próprio conhecimento. Desta forma, é necessário que o estudante desta modalidade de ensino esteja disposto a buscar as informações, com estímulo e motivação para realizar os estudos necessários e construir seu conhecimento. Caso isso não aconteça, segundo a autora, esse processo de ensino-aprendizagem está fadado a um aproveitamento não satisfatório.

PIAGET

Um dos mais importantes pesquisadores de Educação e Pedagogia, Jean Piaget nasceu na cidade de Neuchâtel (Suíça), em 9 de agosto de 1896, e morreu em 17 de setembro de 1980. Especializou-se em Psicologia Evolutiva e no estudo de Epistemologia Genética. Seus estudos sobre Pedagogia revolucionaram a Educação, pois derrubaram várias visões e teorias tradicionais relacionadas à aprendizagem.

Disponível em:

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[...] a construção do conhecimento, na perspectiva dialética

parte do ciclo: Síncrese, Análise e Síntese. Afirma o autor que é preciso, além de apresentar os conteúdos a serem conhecidos, uma mobilização dos estudantes para que possam sentir interesse pelo conteúdo e dêem significado a ele, para, então, o estudante construir o próprio conhecimento ao ponto de elaborar uma síntese sobre o mesmo. (VASCONCELOS, 1993 apud FARIA, 2010).

Para Vasconcelos (1993), citado por Faria (2010), uma metodologia dialética de construção do conhecimento é expressa em três momentos correspondentes que devem fazer parte da preocupação dos educadores que mediam o processo de ensino-aprendizagem:

1. Mobilização para o conhecimento: é um momento importante para a efetiva aprendizagem, ao passo que se trata de mobilizar os estudantes para o objeto a ser conhecido. As ferramentas de comunicação para aguçar a curiosidade dos estudantes sobre o conteúdo, a compreensão dos objetivos propostos e a possibilidade do estudante expressar o conhecimento prévio são interessantes como um processo de mediação, propondo atividades que permitam esse momento.

2. Construção do conhecimento: este segundo nível/momento é a interação do sujeito com o objeto a ser conhecido. Devemos possibilitar o confronto de conhecimento entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa penetrar no objeto para compreendê-lo em suas relações externas e internas.

3. Elaboração e expressão da síntese do conhecimento: este é o momento da sistematização do conhecimento construído, instante em que o estudante

GLOSSÁRIO:

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compreende concretamente o conteúdo estudado e abstrai as relações trazidas por este novo conteúdo, inclusive para avançar e compreender outros conhecimentos.

Cada pessoa tem características específicas de aprendizagem. Alguns conseguem ter mais autonomia na construção do conhecimento, mas outros necessitam de uma intervenção maior do professor. Na modalidade a distância, o aluno é levado a construir seu conhecimento através da motivação em querer aprender.

Um dos grandes desafios da EaD é manter o aluno interessado, motivado e envolvido no compromisso de construir seu conhecimento. Esses desafios podem ser superados a partir da interação do aluno com os professores e tutores, que acabam quebrando as barreiras da distância.

Em um processo de educação, seja ele a distância ou presencial, busca-se a inter-relação, o encontro, fazendo uso dos mais diferentes meios e ocorrendo em espaços e tempos diferenciados. Não importa o que se busca, mas são processos educativos por meios diversos de comunicação que possibilitam a troca, o diálogo e a mudança (PRETI, s/d).

Não é o contato entre educador e educando em sala de aula que determina a ocorrência da aprendizagem (GOMES, 2011). O que leva a construção do conhecimento do sujeito não é a presença do professor no local onde acontece a aula, mas a forma como este se posiciona, mediando o processo de aprendizagem.

3. METODOLOGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A educação a distância significa que as dimensões tempo e espaço deixam de ser restrições e ganham flexibilidade. Em geral, na EaD, existe um programa de curso, previamente definido, e o conteúdo é veiculado a partir de materiais específicos.

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A educação a distância é uma combinação de tecnologias convencionais e modernas, que proporcionam, ao aluno, a possibilidade de estudar individualmente ou em grupo, em ambientes diversos, através de métodos de orientação e tutoria a distância. Neste modelo de educação, podem ocorrer atividades presenciais específicas, como reuniões de grupo para estudo e avaliações.

Behar et al (2007), partindo de estudos sobre metodologia, currículo, teorias de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, define que:

[...] o modelo pedagógico como um sistema de premissas teóricas que representa, explica e orienta a forma como se aborda o currículo e que se concretiza nas práticas pedagógicas e nas interações professor-aluno-objeto de conhecimento. Nesse triângulo (professor, aluno e objeto) é estabelecida uma relação triádica de atenção conjunta e na qual o modelo concretiza-se em ação e estabelece um contexto intersubjetivo construído a partir da subjetividade de cada participante compartilhando uma definição de situação determinada. (BEHAR et al, 2007).

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Figura 1: Modelo pedagógico (fonte: Behar et al, 2007).

De acordo com os autores, a arquitetura pedagógica é constituída da seguinte forma:

1. O planejamento diz respeito à definição dos objetivos da aprendizagem, da organização do tempo e do espaço, bem como à atuação dos participantes;

2. O conteúdo seria o material instrucional, objetos de aprendizagem e outros elementos, utilizados para a construção do conhecimento; 3. Os aspectos metodológicos tratam da seleção das técnicas,

procedimentos de avaliação e sequência didática para a aprendizagem; 4. Os aspectos tecnológicos do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

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Quando se trata de EAD, podemos perceber que não é qualquer modelo pedagógico que pode ser aplicado a essa modalidade de ensino. Isto porque o aluno deve desenvolver competências diferentes do modelo presencial.

Para definir os aspectos organizacionais de um modelo pedagógico para essa modalidade, as competências que o aluno precisa desenvolver e que são importantes para participar de um curso a distância são os seguintes: competência tecnológica, no que se refere ao uso de programas em geral, mas principalmente da internet, competências ligadas a saber aprender em ambientes virtuais

de aprendizagem e competências ligadas ao uso de

comunicação escrita. Para isso, os objetivos do planejamento pedagógico devem responder aos objetivos cognitivos, no sentido de como usar e como compreender, além dos objetivos relacionados às atitudes em relação aos valores. (BEHAR, 2008, p.26).

A educação a distância requer procedimentos particulares, seja na didática, na metodologia, na avaliação, na interação, na formação do professor ou na conscientização dos alunos, ou seja, é necessário construir ideias e teorias próprias para essa modalidade de ensino.

No âmbito da educação à distância a relação educativa se define como uma prática comunicacional, na qual os agentes da educação aparecem como mediadores do conhecimento; isso possibilita que se criem novas formas de aprender a aprender em espaços de aprendizagem colaborativos. Neste contexto, no ambiente da educação à distância, professor e

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aluno são encarados como parceiros idôneos do processo de aprendizagem, o que possibilita as trocas individuais e a construção de grupos que interagem e, ao mesmo tempo, constroem conhecimentos. (GOMES, 2011).

A principal característica do ensino a distância é que ele é constituído por alunos que estão separados do professor em termos espaciais e temporais. Além do distanciamento geográfico, professores e tutores precisam suprir um distanciamento pedagógico.

Desta forma, o uso da tecnologia na Educação tem o papel de auxiliar na tentativa de diminuir essa distância pedagógica, proporcionando formas de comunicação e interação entre os alunos e a equipe pedagógica, para que haja uma construção do conhecimento significativa.

A estrutura da educação à distância exige a preparação de material didático específico, a integração de mídias e a presença de uma equipe multidisciplinar para fazer a estrutura funcionar. Na EaD, é necessário o acompanhamento do aprendizado e da avaliação do aluno de forma especial, ou seja, com um atendimento diferenciado e de qualidade.

Os sistemas educacionais terão que enfrentar, cada dia mais, as novas demandas decorrentes da sociedade. Será essencial conhecer as expectativas e as necessidades dos estudantes, para planejar e proporcionar cursos, assim como estratégias e metodologias, que efetivamente promovam a formação autônoma de profissionais de diversas áreas de atuação.

4. VAMOS PENSAR?

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5. PONTUANDO

Fundamentos pedagógicos aplicados à EaD.

Contribuições das teorias de Piaget e Vygotsky e da metodologia

dialética na construção do conhecimento.

Construção do conhecimento e modelo pedagógico para modalidade de

educação a distância.

Principais características da educação a distância.

O uso da tecnologia para auxiliar e promover a interação de alunos e

professores em EaD.

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6. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

BEHAR, P. A. Modelos Pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed. 2008, 316p.

BEHAR, P. A.; PASSERINO, L.; BERNARDI, M. Modelos Pedagógicos para Educação a Distância: pressupostosteóricos para a construção de objetos de

aprendizagem. 2007. Disponível em:

<http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo10/artigos/4bPatricia.pdf>. Acesso em: 14 ago. 2011. FARIA, J. G. A construção do conhecimento em cursos a distância. 2010. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/26856323/A-CONSTRUCAO-DO-CONHECIMENTO-EM-CURSOS-DE-EAD>. Acesso em: 10 ago. 2011.

GOMES, S. J. S. Relação ensino-aprendizagem na educação à distância (ead) no contexto do ensino superior. 2011. Disponível em: <http://www.clickartigos.com.br/educacao/relacao-ensino-aprendizagem-na-educacao-a-distancia-ead-no-contexto-do-ensino-superior.html>. Acesso em: 09 ago. 2011.

PRETI, O. Bases epistemológicas e teorias em construção na educação a distância. Disponível em:

<http://arquiteturaspedagogicas.pbworks.com/f/Oreste_EaD_bases_conceituais .pdf>. Acesso em: 20 ago. 2011.

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Imagem

Figura 1: Modelo pedagógico (fonte: Behar et al, 2007).

Referências

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