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Ensino-aprendizagem de matemática mediado pelas TICs em turmas de Educação de Jovens e Adultos

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II Jornada de Debates sobre Ensino de Ciências e Educação Matemática I Encontro Nacional de Distúrbios de Aprendizagem na Perspectiva Multidisciplinar

“Recursos Didáticos e Tecnologias de Ensino”

1

Ensino-aprendizagem de matemática mediado pelas TICs em turmas

de Educação de Jovens e Adultos

1

Teaching and learning mediated by ICT in mathematics classes of Youth and Adults

_____________________________________

DEAN LIMA CARREGOSA2

Resumo

A presença das tecnologias da informação e comunicação – TICs, na educação tem fomentado mudanças na proposta curricular em todos os níveis e modalidades de ensino. No contexto do ensino de matemática na Educação de Jovens e Adultos – EJA, não tem sido diferente. Essa pesquisa buscou compreender a relação ensino-aprendizagem de matemática na EJA ao utilizar TICs na organização do trabalho pedagógico de três turmas de Ensino Médio, em uma escola pública de Barra dos Coqueiros/SE. Considerou-se os conceitos prévios dos educandos sobre o uso de computadores e mídias para auxiliá-los em práticas do cotidiano, o que permitiu observar a realidade educacional da compreensão matemática e os vieses da relação ensino-aprendizagem de matemática no Ensino Médio da EJA.

Palavras-chave: educação matemática; educação de jovens e adultos; tecnologia da informação e comunicação na EJA.

Abstract

The presence of information and communication technologies - ICTs in education has fostered changes in the curriculum at all levels and types of education. In the context of teaching mathematics at the Youth and Adult Education hasn’t been different. This research sought to understand the relation between teaching and learning of mathematics at the Youth and Adult Education by using ICT in the organization of educational work of three groups of high school in a public institution in the Barra dos Coqueiros/SE. We considered the students' preconceptions about the use of computers and media to assist them in everyday practice, which allowed to observe the educational reality of mathematical understanding and biases of the teaching and learning of mathematics in high school of Youth and Adult Education.

Keywords: mathematics education, youth and adults, information technology and communication in adult education..

Introdução

Este relatório foi elaborado com base nas experiências adquiridas e vivenciadas no decorrer do segundo semestre letivo de 2010, pelo professor Dean Lima Carregosa,

1 Sem financiamento

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

licenciado em Matemática, junto a turmas de Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio – EJAEM, da Escola Estadual Professor José Franklin (E.E.P. José Franklin), em Barra dos Coqueiros (SE), no período de 12 de julho de 2010 a 17 de dezembro de 2010.

A pesquisa foi realizada por iniciativa do professor, para uma maior compreensão da relação ensino-aprendizagem de matemática na modalidade da EJA, ao utilizar tecnologias de informação e comunicação – TICs – na organização do trabalho pedagógico de três turmas da 1ª Etapa do Ensino Médio, objetos da pesquisa. Partiu-se dos conceitos prévios dos educandos sobre o uso de computadores e mídias para auxiliá-los em práticas do cotidiano, como a organização e interpretação de listas, tabelas e gráficos, para tratamento das informações.

No desenvolvimento deste relatório, são apresentados os referenciais teóricos norteadores da pesquisa, a caracterização da unidade escolar e as impressões sobre os períodos de observação das turmas, da escola e dos professores regentes, como também estão evidenciadas as experiências e percepções sobre as turmas e as atitudes das mesmas frente ao uso das TICs como interface pedagógica.

Na conclusão, são registrados alguns comentários acerca da importância desta pesquisa, que permitiu observar a realidade educacional do Ensino Médio na EJA e algumas práticas pedagógicas utilizadas no ensino da matemática nesta modalidade de ensino.

Ao final, são citados livros, textos, leis e demais instrumentos consultados para orientar e compor a organização deste trabalho.

1. Fundamentação teórica

O percurso histórico da humanidade sempre registrou tentativas de o ser humano construir aparatos que lhe auxiliassem na execução de tarefas e na solução de problemas do cotidiano. Hoje, pode-se afirmar que a evolução e popularização da informática e da eletrônica inauguram uma nova fase da História, proporcionando ao homem contemporâneo a realização de uma experiência que outrora povoava apenas as mentes visionárias de seus antepassados.

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vieram intensas alterações nos setores da economia, da política, das relações de trabalho, entre outros. Nesse contexto, o computador chegou também às escolas, sendo absorvido inicialmente pelo setor burocrático e, mais tarde, pelo processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Ferrete (2007, apud FRANÇA, 2010), com o avanço da tecnologia e, consequentemente, dos processos produtivos, a sociedade se renova, se reorganiza e se reformata de forma dinâmica, em suas bases.

O fato é que uma nova estrutura social surge e, com esta, novos conceitos, novos hábitos, novas maneiras de viver, de pensar, de agir, além dos quais novos rumos e ritmos são elaborados a cada dia, até

que outras categorias e conceitos sejam consolidados […]. (FERRETI,

2007, p. 12)

Para a realidade do ensino de Matemática, a chegada de tecnologias que possibilitam formas diferentes de acesso à informação e de construção do conhecimento não foi diferente. Nesse sentido, Ponte et al. defendem:

Os professores de matemática precisam saber usar na sua prática as ferramentas e tecnologias da informação e comunicação (TICs),

incluindo software educacional próprio para sua disciplina e software

de uso geral. Essas tecnologias permitem perspectivar o ensino de matemática de modo profundamente inovador, reforçando o papel da linguagem gráfica e de novas formas de representação e relativizando

a importância do cálculo e da manipulação simbólica. (PONTE et al,

2003, p.160)

A presença das tecnologias no campo educacional traz à tona questões relativas à concepção de escola, de ensino, de aprendizagem, de perfil do professor, do aluno, do ‘novo’ cidadão que está em formação. Instala-se aqui mais um paradigma pedagógico, no qual as formas de ensinar/aprender passam a ser revistas e remodeladas. Assim, segundo Kenski, um dos papeis do novo educador é:

Proporcionar momentos para que os aprendizes façam triagem das informações para reflexão crítica, o debate e a identificação da qualidade do que lhes é oferecido pelos inúmeros canais por onde os conhecimentos são disponibilizados. (KENSKI, 2001, p. 78)

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que integram ludicidade e conhecimento, das enciclopédias virtuais, da informação em tempo real, da comunicação instantânea e outras oportunidades.

O professor, ao adequar, programar, incluir, estabelecer parceria e agregar à sua prática pedagógica a utilização de tecnologias da informação e comunicação, não precisa temer a perda de espaço profissional para tais equipamentos, pois, cada vez mais a educação tem sido permeada por TICs. Para D’Ambrosio:

Fala-se e propõe-se […] utilizações de tecnologias na educação, mas

nada substituirá o professor. Todos esses serão meios auxiliares para o professor. Mas o professor, incapaz de se utilizar desses meios, não terá espaço na educação. O professor que insistir no seu papel de fonte e transmissor de conhecimento está fadado a ser dispensado pelos

alunos, pela escola e pela sociedade em geral. (D’Ambrosio, 2006, p.

79-80)

A partir do momento em que assume o papel de facilitador da vida contemporânea, o computador potencializa a educação, pois, de acordo com Villardi e Oliveira:

As novas tecnologias de informação e de comunicação fizeram ingressar nos ambientes tecnológicos de treinamento e ensino um poderoso instrumental interacional, capaz de alterar, substantivamente, as possibilidades de relação entre os sujeitos envolvidos e, assim, viabilizar que, nesses ambientes, se criem as condições indispensáveis ao caráter dialógico da educação (VILLARDI e OLIVEIRA, 2005, p.36).

A introdução de TICs na educação está associada não apenas a mudanças tecnológicas, mas também sociais e educacionais. Dessa forma, não basta inserir novas tecnologias no processo educativo. Concomitantemente, faz-se necessário criar também ambientes especialmente destinados à aprendizagem, onde os alunos possam construir os seus conhecimentos interativamente. Nesse viés, não se pode esquecer os estilos individuais de aprendizagem nem negligenciar que é preciso capacitar os professores para que orientem a sociedade no convívio com a informática, participando de suas decisões como seu principal agente.

1. Conversa inicial com a equipe escolar

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alguns dados para compor uma caracterização mais ampla da escola e das turmas. A diretora foi bastante receptiva. Em seguida, conversou-se com a coordenação pedagógica da instituição, buscando compreender como se dá a assessoria pedagógica nas turmas analisadas. Professores de matemática e alunos também foram entrevistados, percebendo-se, a partir desse diálogo, alguns pontos positivos e interessantes e outros negativos sobre o uso das TICs no processo educativo, os quais, isoladamente ou em conjunto, interferem diretamente no ensinar e no aprender.

2. Caracterização da instituição

2.1.

Características gerais

A Escola Estadual Professor José Franklin, instituição mantida pela Secretaria de Estado da Educação de Sergipe, situa-se no Conjunto Habitacional Ministro Prisco Viana, à Rua “S”, S/N, em Barra dos Coqueiros (SE), oferecendo, além do Ensino Fundamental regular e da Educação Especial Inclusiva, o Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA.

Funcionando nos três turnos, a escola possui 46 professores, os quais estão distribuídos em turmas e séries do Ensino Fundamental e Médio. A equipe diretiva é composta por um diretor, um secretário e três coordenadores pedagógicos, que contam com o apoio de três especialistas em educação, oito oficiais administrativos, quatro vigilantes, seis executores de serviços básicos e oito merendeiras.

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática. 2.2. Aspectos curriculares

A escola trabalha com uma metodologia pedagógica baseada em projetos. No primeiro semestre de 2010, a escola esteve trabalhando com o projeto “Brasil: a riqueza da região Nordeste”. No segundo semestre, o projeto foi “Sergipe: nossa glória, nossa história”.

Mensalmente ocorreu uma reunião pedagógica, na qual foram abordados assuntos pertinentes à relação ensino-aprendizagem e as experiências positivas foram socializadas entre os professores, além de ter sido feita uma avaliação do projeto em andamento. Naqueles momentos também foram formatados os eventos que ocorreram no período que antecedeu a próxima reunião (Encontro de Pais, Gincana, Jogos, entre outros).

A Grade Curricular contempla as disciplinas básicas da Base Nacional Comum, porém, em sua parte diversificada, os alunos complementam seus estudos com aulas de Redação e de Sociedade e Cultura.

As aulas, em especial as de matemática, contam com determinados materiais de apoio: computadores interligados à internet, softwares educativos, material dourado, blocos lógicos, dominó de frações e das quatro operações, geoplano, tangram, ábaco, compasso, régua, esquadro e transferidor de madeira, além do livro didático. Em entrevista, os professores de matemática disseram que sempre utilizam esses recursos e ressaltaram a importância dos mesmos para facilitar a aprendizagem dos alunos, tornando-a mais significativa.

Durante o semestre letivo, algumas atividades extraclasse e eventos foram realizados buscando desenvolver de forma mais ampla o potencial do aluno. Dentre esses, pode-se citar: Gincana Cultural e Recreativa, Olimpíada de Matemática, visita ao Oceanário de Aracaju, visita a teatros, Jogos Escolares, desfiles e mostras científicas.

3. Ensino-aprendizado de matemática mediado pelas TICs em turmas

de educação de jovens e adultos

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aspectos utilizados nessa pesquisa que a qualifica: quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, a pesquisa foi descritiva, metodológica e aplicada. Descritiva porque expôs características de como o ensino de matemática pode ser dinamizado com a inserção das TICs na proposta pedagógica, através da concepção de alguns teóricos, dando ênfase em como ocorre a “formação matemática” observando-se a metodologia utilizada pelo professor em suas aulas. Metodológica porque está associada a formas, maneiras e procedimentos para atingir os fins desejados; isto é, utilizaram-se questionários de entrevista para alunos e professores, elaborados de acordo com técnicas e conteúdos que possibilitaram a conclusão de hipóteses e resultados, além de conversas com a coordenação e os professores sobre a sistemática das aulas de matemática nas turmas. Aplicada porque tem a finalidade de incentivar a utilização das TICs para melhorar a formação matemática dos alunos.

Quanto aos meios, a pesquisa foi de campo, bibliográfica, documental e estudo de caso. De campo porque se realizou no local onde ocorre o fato e incluiu entrevistas, aplicação de questionários e observação participante. Bibliográfica porque, para a fundamentação teórico-metodológica do trabalho, foi realizada investigação em livros, artigos de revista e jornais e redes eletrônicas. Documental porque foi realizada investigação em documentos conservados em arquivos da instituição e órgãos públicos. É um estudo de caso porque trata da especificidade da caracterização do diagnóstico do ensino de matemática mediado pelas TICs na E.E.P. José Franklin, na modalidade da EJAEM.

3.1. Coleta de dados

Os dados foram coletados por meio de:

 Pesquisa bibliográfica em livros, dicionários, revistas especializadas, jornais, teses e dissertações com dados pertinentes ao assunto, além de serem feitas consultas a algumas bibliotecas;

 Pesquisa documental nos arquivos da escola e na Secretaria de Estado da Educação, para se verificar a existência de regulamentos internos, circulares, pareceres, despachos em processos, relatórios e outros documentos não públicos;

 Pesquisa de campo, com entrevistas e questionários que foram aplicados aos professores de matemática e aos alunos da 1a Etapa da EJAEM, que estudam na E.E. P. José Franklin.

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escola e das aulas dos professores regentes e através de pesquisas bibliográficas, documental e de campo, foi feito o diagnóstico do ensino de matemática na E.E.P. José Franklin, na EJAEM, mediado pelas TICs.

3.2. Resultados e discussões

Neste tópico serão abordados os resultados obtidos na aplicação e análise dos questionários voltados para alunos e professores.

3.2.1. Análise dos questionários dos alunos

Foram aplicados 50 questionários entre os alunos da 1ª Etapa EJAEM da E.E.P. José Franklin.

A maioria dos alunos entrevistados (92%) acredita que a intervenção dos professores facilita o ensino da matemática e que o bom relacionamento entre mestres e alunos torna a relação de aprendizagem mais salutar.

O gráfico a seguir evidencia a perspectiva dos alunos frente ao uso das mídias para fomentar os conteúdos de matemática na sala de aula e, por extensão, no cotidiano.

0% 10% 20% 30% 40% 50%

GE OM

ETRIA PLA

NA

ARIT MÉT

ICA

ES TATÍS

TICA

GE OM

ETRIA ESP

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TRIG ONOM

ETRIA

ÁLGE BRA

Quando se pediu para enumerar conteúdos matemáticos que podem ser abordados ou trabalhados em parceria com as TICs, o mais lembrado foi Geometria Plana (52,0%), seguido de Aritmética (30,0%) e Estatística (10,0%). A minoria dos alunos (8,0%) citou Geometria Espacial ou Trigonometria. Conteúdos de Álgebra não foram citados.

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Perguntou-se aos alunos os motivos que certamente dificultavam a utilização das TICs mediando alguns conteúdos matemáticos. As respostas obtidas foram variadas, e estão distribuídas assim: falta de compreensão dos problemas (30,0%), inabilidade com cálculos (26,0%), falta de afinidade com a matéria (16,0%), falta de incentivo dos pais/cônjuges/filhos/netos (12,0%), poucas aulas de matemática no laboratório de informática (12,0%) e metodologias utilizadas pelo professor (4,0%). Percebe-se aqui que a maioria dos alunos atribui a si ou à família a causa de sua não utilização das TICs para contextualizar situações matemáticas, ficando em última instância a deficiência metodológica do professor.

Perguntou-se ainda aos alunos se eles contam com a ajuda de alguém no estudo de matemática mediado pelo computador. A maioria dos entrevistados (92,0%) respondeu que sim, embora uma boa parcela dos entrevistados (74%) não possua computador em suas residências.

O gráfico seguinte expõe qual o recurso utilizado pelo aluno para tentar resolver situações-problema, quando solicitado que estas sejam realizadas com o auxílio de alguma TIC.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Profe sso

r

Pare ntes

Livr os

Cole gas

Inte rnet

Pôde-se constatar que o professor ainda é o maior referencial do aluno quando ele pretende esclarecer suas dúvidas (72,0%). O aluno também recorre a parentes (12,0%), livros (10,0%), colegas (4,0%) e, em última instância, à internet (2,0%).

3.2.2. Análise do questionário dos professores

Os professores entrevistados são formados em Licenciatura Plena em Matemática e

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ambos possuem mais de oito anos de experiência profissional no Ensino Médio.

Para eles, as maiores deficiências para utilização das TICs de forma mais produtiva na relação ensino-aprendizagem são (em ordem de mensuração decrescente):

 Falta de oportunidade para se qualificar (ambos trabalham os três turnos);

 Falta de condições financeiras (pois muitos cursos requerem determinados investimentos);

 Falta de interesse (não vêem com a devida importância a necessidade da formação continuada do profissional do magistério);

 Excesso de trabalho (que causa um grande desgaste físico e mental e, automaticamente, gera indisposição para a realização de outras atividades voltadas para a qualificação do trabalho);

 Baixa autoestima (não se sentem motivados a buscar novos conhecimentos e aprimorar os já acumulados, o que beneficiaria a si próprios e, por extensão, aos alunos).

Segundo os educadores, as maiores dificuldades enfrentadas pelos alunos durante as aulas de matemática mediadas pelas TICs, são:

 Falta de afinidade ou interesse pela disciplina, gerados certamente pela forma como a mesma foi trabalhada em anos anteriores;

 Dificuldade de concentração e a falta de estímulo para aprender (ambos atribuídos principalmente à deficiência metodológica do professor);

 Ausência de apoio da família nas atividades escolares.

Para evitar essas dificuldades em suas aulas, os professores fazem coletivamente planejamentos semanais de suas atividades, nas quais sempre está incluso o uso de recursos tecnológicos com vistas a melhorar a aprendizagem dos alunos e desmistificar a imagem distorcida que a disciplina tem pela ótica dos mesmos.

Percebeu-se ainda o interesse na busca pela contextualização dos exemplos e modelos trabalhados, nos quais são mostradas as aplicações matemáticas dos conteúdos, tornando a aprendizagem mais significativa para os alunos e o resultado pedagógico mais satisfatório para o professor.

4. Conclusões

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gratificante e nos fez perceber que o ensino de matemática mediado pelas TICs na EJA tem o objetivo de não só estruturar o pensamento e o raciocínio, mas também para despertar as possibilidades de utilização das mesmas em situações cotidianas.

Ficou evidente que, quando se propõe a ensinar matemática com auxílio de TICs, deve-se procurar trabalhar com habilidades e competências, isto é, dedeve-senvolver a capacidade do aluno fazer análises críticas sobre situações do dia-a-dia, podendo assim resolver problemas, enfrentar novas situações, propiciando o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades.

Percebeu-se que, para incentivar o aluno a ter gosto pela matemática, as aulas devem ser prazerosas e aplicativas, propiciando ao estudante a percepção de técnicas e estratégias que podem ser empregadas em suas atividades rotineiras. Além disso, quando a matemática é ensinada como ciência aplicada, permite estabelecer relações e interpretar fenômenos e informações.

O desenvolvimento do raciocínio propiciado pela aplicabilidade de conteúdos desta disciplina por intermédio das TICs torna-se extremamente útil em outras áreas do conhecimento, pois a forma de pensar possibilita ir além da descrição de fatos reais ou da elaboração de modelos.

Quando se trabalha com atividades contextualizadas, ocorre um impacto positivo na relação ensino-aprendizagem, pois proporciona aos alunos a familiarização com as ideias e conceitos matemáticos.

Ressalta-se que a resolução de problemas com auxílio das TICs fomenta condições para que desenvolvam habilidades e atitudes fundamentais à aprendizagem, como por exemplo: levantar hipóteses, questionar, prever, argumentar, estimar resultados, desenvolver diferentes estratégias de resolução, validar soluções, além de ter segurança na própria capacidade de aprender e de assumir que determinadas situações não têm solução ou apresentam várias soluções.

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diferentes perspectivas de forma integrada com as TICs e sempre contextualizada.

Referências

D’AMBROSIO, U. (2006). Educação matemática: da teoria à prática. 13. ed., Campinas: Papirus. (Perspectivas em Educação Matemática)

FERRETE, A. A. S. S. (2007). Sala de aula virtual: análise de um espaço vivido na EAD. In: FRANÇA, Lilian Cristina Monteiro. Tecnologia da informação e comunicação aplicadas à educação. São Cristóvão: CESAD, 2010, 09-21.

KENSKI, V. M. (2001). Em direção a uma ação docente mediada pelas tecnologias digitais. In: BARRETO, Raquel Goulart et al. (org.). Tecnologias educacionais e educação à distância: avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet, 74-84. PONTE, J. P.; OLIVEIRA, H.; VARANDAS, J. M. (2003). O contributo das tecnologias da informação e comunicação para o desenvolvimento do conhecimento e da identidade profissional. In: FIORENTINI, Dario. (org.). Formação de professores de matemática: explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas: Mercado da Letras, 159-192.

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GRÁFICO 1: perspectivas dos alunos da EJAEM para a parceria TICS x ensino de matemática
GRÁFICO 2: Esclarecimento de dúvidas

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