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Gestão de pessoas não é com o RH! José Luiz Bichuetti

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Academic year: 2021

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pessoas não é com o RH!

José Luiz Bichuetti

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P

“pAssE LÁ nO RH!” Não são poucas as vezes que os colaboradores de uma empresa recebem esta orien- tação. Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um tema que envolve seus subordina- dos, ou não têm coragem de fazê-lo, e empurram a responsabilidade lateralmente para seus colegas da área de RH. Promover ou comunicar um aumento de salário é com o chefe mesmo; resolver confli- tos, comunicar uma demissão, selecionar pessoas, identifi car necessidades de treinamento é “lá com o RH”. É impressionante ver quantas áreas de RH aceitam equivocadamente essa abdicação de res- ponsabilidade dos gestores!

Em pleno século 21, ainda existem empresas cujos executivos não sabem quem são os reais res- ponsáveis pela gestão de seu capital humano, além de tratá-lo como custo e não como ativo. Os respon- sáveis pela gestão de pessoas numa organização são os gestores, e não a área de RH. E, ao contrá- rio do que possa parecer pelo título, não digo que a área tem atribuições menos importantes do que cuidar das pessoas. Ao contrário: defendo-a como maior do que isso, uma área estratégica que deve ser parceira de negócios dentro da organização.

Gente é o ativo mais importante nas organiza- ções: é o propulsor que as move e lhes dá vida. As barreiras que inibem a formação e manutenção de equipes de alto desempenho, porém, são várias:

a) líderes que não encaram seu capital humano co- mo ativo, infl uenciando a cultura da empresa e a atitude de seus gestores; b) despreparo dos execu- tivos para gerir seu pessoal, não raro servindo de mau exemplo a seus subordinados; c) posiciona- mento não estratégico e falta de valorização das áreas de recursos humanos nas empresas; d) não

tratamento desse tema como matéria relevante nos cursos superiores.

Os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como parte de uma política de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos comunicantes, trabalhando em conjun- to, cada um desempenhando seu papel de forma adequada.

Neste artigo, abordo aspectos que os executi- vos experimentam para compor suas equipes, mo- tivá-las, mantê-las e possibilitar que realizem seus sonhos de crescimento intelectual e profi ssional.

Minha visão é prática, baseada em experiências vividas e fatos reais, sem teorias ou fi losofi as.

Qual quer que seja o tamanho ou a nacionalidade da organização, os temas levantados a seguir são amplamente aplicáveis.

O motor das empresas

A inteligência artifi cial evolui, robôs desempenham o papel de pessoas, fábricas se automatizam, mas nada substitui o verdadeiro motor que dá vida às empresas: gente! É necessário ter em cada posição, de liderança ou de chão de fábrica, indivíduos com o perfi l adequado a cada uma delas; é preciso capa- citá-los e motivá-los para exercer suas atividades com empenho e alto desempenho, individualmen- te ou em equipes. Funções diferentes requerem perfi s específi cos. Indivíduos de diferentes gera- ções podem necessitar de motivações igualmente diversas; integrar baby boomers, Xs e Ys é um dos desafi os a serem vencidos pelos gestores.

Gerir gente efi cazmente é saber defi nir as ne- cessidades de pessoal, saber atrair, contratar, reter,

atração, retenção e na administração de pessoas; a área de RH é estratégica e atua como parceiro de negócios.

Fevereiro 2011 Harvard Business Review

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motivar, avaliar desempenho, desenvolver, remu- nerar, reconhecer empenho (diferente de desem- penho) e, até, saber demitir. É reconhecer que gen- te é o propulsor que move as empresas.

Barreiras na gestão

Fala-se muito em escassez de talentos. Talentos existem; temos de saber como identifi cá-los e de- senvolvê-los. Em minha vida profi ssional, me de- parei várias vezes com organizações cujos gestores diziam que precisavam de pessoas com novos per- fi s para fazer frente aos novos desafi os; algumas vezes, as pessoas estavam dentro da organização, escondidas atrás da incompetência de seus gesto- res. Temos, sim, ambientes inibidores da dinâmica organizacional e redutores da capacidade de atra- ção e desenvolvimento de gente. Para ter profi ssio- nais motivados, produtivos e fi delizados, é neces- sário ter uma cultura organizacional que valorize as pessoas.

Se o CEO adotar atitude proativa com respeito à

recursos humanos pode insistir em mudar o status quo de baixo para cima, mas vai frustrar-se com o tempo; o melhor nesses casos seria buscar alter- nativa no mercado de trabalho — em outra organi- zação. Sem o envolvimento e a atitude correta do CEO, nada feito.

Muitas universidades formam líderes sem ensi- ná-los a gerir pessoas. No currículo de grande nú- mero de escolas de administração há vários semes- tres de matérias relacionadas à gestão fi nanceira, vendas e tantas outras, mas apenas um dedicado à gestão de gente; os demais cursos raramente fazem menção à gestão de pessoas. As escolas de psicologia, de onde sai grande número de profi s- sionais que trabalharão em áreas de RH, limitam- se a aspectos psicológicos.

O líder búfalo

O CEO é o responsável pela criação da cultura em- presarial; ele é o modelo para todos os colabora- dores. Em muitas empresas esse modelo ainda é o

ATRAÇÃO SELEÇÃO INTEGRAÇÃO AVALIAÇÃO PROMOÇÃOPROMOÇÃO

DEMISSÃO MANUTENÇÃO REMUNERAÇÃO

MOTIVAÇÃO DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO

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Gestores são todos aqueles a quem se subordi- nam uma ou mais pessoas; sua responsabilidade é alcançar os objetivos estratégicos e operacionais para eles estabelecidos, e só é possível fazê-lo com gente motivada. Gestor tem de gostar de pesso- as e ter talento para lidar com elas. Mas quantos gestores se dão realmente conta dessa realidade e conseguem desempenhar eficazmente o impor- tante papel que têm na formação de equipes e no desenvolvimento de pessoas?

O RH na mesa de decisões

A área de RH é aquilo que o líder da empresa quer que seja. Se ele não a considera estratégica, o desenvolvimento e a implantação de um plano consistente de RH ficam comprometidos. CEOs necessitam elevar a gestão de RH ao mesmo nível de profissionalismo, competência, integridade, hierarquia e remuneração que as demais áreas da empresa. Por sua vez, a área de RH tem de assumir atitudes proativas, seja no planejamento e exe- cução da estratégia de recursos humanos, seja na busca de ferramentas mais eficazes de gestão de

qualificações e a postura exigidas de outros líderes de áreas igualmente estratégicas na organização.

Gestores de RH têm de ter objetivos desafiantes como qualquer outro executivo. E ser igualmente recompensados pelo seu cumprimento. Afinal, compete a eles dar todo o apoio para atrair, contra- tar e reter o capital humano necessário para cum- prir as metas da companhia.

Gestores de RH não podem assumir superpode- res, atuar como eminências pardas, considerar-se especialistas em tudo e começar a ditar a seus co- legas de outras áreas o que têm e o que não têm de fazer. Não podem tampouco comportar-se de forma burocrática, assumindo o papel de organi- zar ações de socialização ou de monitoração da observância das regras e regulamentos de admi- nistração de pessoal.

Uma área moderna de recursos humanos deve atuar de forma holística, abrangendo múltiplas res ponsabilidades, começando impreterivelmente pelos aspectos estratégicos da gestão de gente.

O plano estratégico de recursos humanos deve cobrir os aspectos-chave referentes à disponibili- zação de pessoal para que a estratégia corporativa

Responsabilidades do RH

Políticas de RH

Entendimento do negócio; atuação como parceiro de negócios

Plano estratégico de recursos humanos

Orientação a gestores para que cumpram o papel de gestão de seu pessoal

Gestão de banco de talentos

Apoio como agente de mudanças

Desenvolvimento e gestão de processos de RH

Administração de folha e de benefícios

Domínio da legislação trabalhista

Controle de litígios trabalhistas

Recrutamento e seleção

Plano de carreira

Compensação e benefícios

Programas de desenvolvimento

Sistemas de avaliação de desempenho

Programas motivacionais

Saúde e segurança ambiental

Apoio aos executivos em suas funções como gestores de gente

Comunicação interna

Gestão de ferramentas virtuais de network e comunicação

Avaliação de clima organizacional e proposição de ações de melhoria

Relações sindicais

Relações com entidades de RH e setoriais

Apoio a responsabilidade social corporativa

Estratégicas Administrativas Operacionais Relacionais

Fevereiro 2011 Harvard Business Review

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seja implantada com sucesso. Deve ser prático, simples e objetivo. E sem filosofia. Seu foco são os recursos humanos da organização e não a área de recursos humanos. Não tem, portanto, de começar com a burocrática definição da missão e da visão da área de RH; no final, terá uma seção dedicada ao plano de ação da área de RH.

Deve guardar uma estreita interdependência e subordinação com o plano estratégico da empresa, que orientará a formulação do plano de pessoal. O RH, como parceiro de negócios das diversas áreas da empresa, tem de participar ativamente no de- senvolvimento do plano estratégico empresarial.

A área de RH deve liderar a elaboração desse plano de recursos humanos, com participação in- tensa dos gestores. Se seu líder não tiver a senio- ridade e a competência adequadas, a área de RH não terá o respeito necessário para conduzir com sucesso esse processo. Quem implanta o plano es- tratégico de RH são os gestores; a área de RH provê

de que seu perfil atende às necessidades da po- sição, que ele se realizará nela e que a empresa é um excelente lugar para que ele trabalhe. A arte de reter inclui um conjunto de políticas e práticas de gestão de pessoal, que envolvem o comportamen- to dos gestores e a atuação da área de RH.

Políticas bem estruturadas e gestores capaci- tados garantem a essência do sucesso da retenção de pessoal. Ter boas políticas somente não basta;

se os gestores não souberem como motivar e reter pessoas, elas permanecerão na empresa só até en- contrarem alternativa melhor.

São mais bem-sucedidas as empresas que es- tabelecem um processo integrado desde a atração até a retenção, primando por estabelecer suas ne- cessidades, contratar as pessoas mais adequadas para cada posição, desenvolvê-las e mantê-las. To- do esse processo deve ter participação intensa dos gestores, integrados com a área de RH.

O plano estratégico de recursos humanos deve ser prático, simples e objetivo. E sem filosofia.

e técnicas. Analise seus valores, atitudes, habilidades e conhe- cimentos que as levarão a obter alto desempenho.

Tome cuidado com testes muito subjetivos no proces- so de seleção. Nas entrevistas, fuja dos aspectos corriquei- ros; tente trocar de papel com

carta o que foi acordado. Infor- me pessoalmente a quem não foi selecionado após ter parti- cipado das entrevistas, e não por carta ou email. Como CEO eu informava os candidatos que passavam pela entrevista final, conduzida por mim pessoal- mente, a decisão de contratá-lo

Tenha um processo de ava- liação direcionado à melhoria de desempenho das pesso- as e, por conseguinte, de sua área e da organização; e que seja prático e simples. Trate promoção e sucessão de forma séria, com políticas bem defini- das, estruturadas e difundidas.

somente para os diretores e ge-

rentes de primeiro nível; o sa-

lário base deve ser competiti-

vo com o mercado; evite pagar

acima, pois isso é um incenti-

vo para que as pessoas menos

competentes permaneçam na

empresa. Saiba demitir sem

desmotivar os que ficam.

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seus conhecimentos, habilidades e competências;

e também reconhecer que podem passar a outros seus conhecimentos sem que estejam ameaçados de reduzir seu espaço na empresa.

Os programas de treinamento e desenvolvimen- to têm de ser estruturados, tendo em mente a estra- tégia da empresa e as necessidades de pessoal, quer a empresa tenha um plano estratégico de recursos humanos ou não. E têm de ser elaborados e condu- zidos em conjunto entre a área de RH e os gestores;

afinal, quem tem de conhecer as competências, as qualificações e as necessidades de desenvolvi- mento das pessoas que trabalham em uma área são seus gestores.

demitir não é

“lá com o RH”

Em 2010, escutei a piada (ou drama?) seguinte num congresso de recursos humanos:

O jovem chefe estava nervoso. Teria de demi- tir um funcionário, o que nunca havia feito antes e tampouco havia recebido treinamento para tal situação em sua vida profissional ou em bancos universitários. Passou a noite em claro e, pela ma- nhã, foi para o escritório com olheiras. Chegando lá, chamou seu subordinado:

— Fulano, sinto informar a você que a partir de hoje não serei mais seu chefe.

— Mas, o que houve, chefe, o que aconteceu? Por quê? Para onde você vai?

— Bem... não sou eu quem vai... é você!

Habilidade na hora de demitir é fator crítico, pois tem influência direta no moral do pessoal, de- pendendo de como o processo é conduzido.

Muitas vezes, as áreas de RH são acionadas pa- ra demitir funcionários, em processos decisórios mal conduzidos, dos quais o gestor se esquiva e a área de RH lamentavelmente assume. Infelizmen- te, é bastante comum um colaborador receber uma carta ou um aviso para “passar lá no RH”. A área de RH tem um papel importante nesse processo, mas ela não demite pessoal de outras áreas. Demitir não “é lá com o RH”; é responsabilidade de cada gestor no que diz respeito a seus subordinados. Ele tem de ter a coragem de encarar seus subordina- dos e não se esconder atrás do RH.

dade. Mas não deve aceitar solicitações de gesto- res, qualquer que seja seu nível, para comunicar o desligamento a funcionários desses gestores. É recomendável incluir módulos sobre comporta- mentos de gestores em processos de demissão nos programas de treinamento da empresa.

Tratando gente como gente

Criar e manter um clima motivador é saber tratar gente como gente. Somente se conseguem re- sultados duradouros se for possível contar com gente motivada e engajada, comprometida com o que tem de fazer; as pessoas se sentem realizadas quando exercem atividades que lhes apaixonam.

Para obter motivação da equipe, é preciso que o presidente demonstre valorizar as pessoas. Aos gestores, por sua vez, cabe saber lidar com emo- ções; reconhecer empenho e dedicação, e não ape- nas reconhecer desempenho; envolver equipes na formulação dos planos estratégicos da área;

manter comunicação aberta e transparente; dispo- nibilizar ambiente propício e ferramentas necessá- rias ao trabalho; saber lidar com crises, mantendo as equipes coesas e sem desenvolver insegurança;

gerenciar conflitos.

Gente tem de ser tratada com respeito profis- sional e cuidado pessoal. A área de RH deve apoiar e desenvolver sugestões e ações que levem a me- lhorar o clima organizacional.

Ter atenção e ser valorizado é uma das maiores recompensas intangíveis que podemos receber;

por isso um chefe deve dar atenção aos subordina- dos, reconhecer seu empenho e dedicação a todo o momento, e não somente na revisão anual de ava- liação. Dar apoio continuado a seus subordinados, sem ser paternalista.

Gestão de conflitos raramente está incluída nos currículos escolares ou treinamentos. A forma como são administrados influencia o ambiente de trabalho. Saber lidar com conflitos é relevante pa- ra a manutenção do clima motivacional; o gestor deve analisar de forma lógica a situação e buscar a solução sem causar rupturas no ambiente de tra- balho

.

HBR Reprint R1102G–P

Veja a seguir recomenda- ções que podem ajudar:

1 dEmissãO “AmisTOsA”

Analise criteriosamente a situação; cheque se a pessoa pode ser útil em outra área, onde possa ter melhor desempenho;

veja com o RH os proce- dimentos a seguir; evite surpresas para o indi- víduo; explique a ele as razões da demissão; as- suma a responsabilidade pela demissão; explique os próximos passos; trate o demitido com respeito e não o expulse de seu ambiente de trabalho, mas evite mantê-lo por muito tempo mais na em- presa. E seja transparen- te com a equipe sobre o porquê da demissão.

2 dEmissãO nãO AmisTOsA

Conduza o processo rapi- damente, envolvendo as áreas de RH e a jurídica;

o elemento surpresa é es- sencial e o indivíduo deve ser retirado imediatamen- te da empresa, sem retor- nar a seu local de trabalho desacompanhado, deven- do fazê-lo por poucos mi- nutos, somente para apa- nhar objetos estritamente pessoais. E o gestor con- tinua responsável por co- municar-lhe a decisão.

3 dEmissãO Em épOcAs dE cRisE

No caso de crises, faça uma análise racional pa- ra identificar o que fazer;

não realize cortes lineares

“burros”, de X% do qua- dro. Mantenha comunica- ção aberta e transparente sobre o que pode ou irá acontecer, até o limite do possível; realize os cortes o mais rápido possível, e de uma só vez. Evite rein- cidências de cortes, pois isso causará insegurança e desmotivação.

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NEHEMIAS BANDEIRA

Gestão de Pessoas.

Pense e Responda...

- Cite o nome de alguém que você considera líder.

- Porquê você o(a) vê como líder?

- Qual o maior desafio de um líder?

- Você se considera um líder?

- Quais as cinco maiores qualidades que um líder deve ter?

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2

CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ATUAL

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TACOCRACIA

CONCEITO

• Tacocracia é a ditadura do rápido, ou melhor:

"é a capacidade de escolha da velocidade como o principal critério de qualidade para as coisas em geral" (Mário Sérgio Cortella).

• Quando se patina sobre o gele fino, a

segurança está na velocidade. (Ralph Waldo

Emerson).

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4

O que isso provoca?

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AUSÊNCIA DE REFERENCIAIS

CONCEITO

• Sociedade em que as condições sob as quais agem seus membros mudam num tempo mais curto do que aquele necessário para a consolidação, em hábitos e rotinas, das formas de agir... Em suma, é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante”. (Bauman, 2009)

• “Não produz liberdade, mas desorientação”

(Bendassoli, 2007)

(12)

6

O que isso provoca?

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INDIVIDUALIDADE

CONCEITO

• “Ser um indivíduo significa ser diferente de todos os outros... Um ser único, única criatura feita desta fora peculiar”. (Bauman, 2009)

• “Sociedade que deixou de ser formada por cidadãos que buscam o bem comum, para ser formada por indivíduos que procuram ser felizes”.

• Paradoxo: “Receitas de individualidade são

vendidas no atacado” ... A miríade de

especialistas nas mais diversas áreas que auxiliam

o “eu” a ser único é desconcertante.

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8

CONCEITO

• “Cada indivíduo está comprometido em uma luta para encontrar um lugar e conservá-lo”.

(Gaulejac, 2007).

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O que isso provoca?

NARCISISMO

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10

CONCEITO

• “Refere-se a um eu ameaçado com a desintegração e por um sentido de vazio interior... A cultura do narcisismo seria melhor caracterizado como a cultura do sobrevivencialismo”. (Larsch, 1986)

• “Se nada vale a morte... Então por nada vale à

pena viver” (Castoriades apud Larsch, 1986)

(17)

O que isso provoca?

QUANTOFRENIA

(18)

12

CONCEITO

• “A doença da medida ... A obsessão do número ...

É preciso ser sempre mais eficaz e produtivo para sobreviver...tudo aquilo que não for útil é considerado como não tendo sentido... Parar de progredir é morrer” (Gaulejac, 2007)

• “O homo economicus pode ser assimilado a um

‘monstro antropológico habitado por uma suposta racionalidade que reduz todos os problemas da existência humana a um calculo’

(Bourdieu, 2000).

O que isso provoca?

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CULTO A PERFORMANCE

CONCEITO

• “Uma concorrência permanente que põe o conjunto dos assalariados em um exigência de sempre mais” (Gaulejac, 2007)

• “O fantasma da inutilidade não teve fim”

(Sennet, 2015)

(20)

14

O que isso provoca?

APERFEIÇOAMENTO

CONSTANTE

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Conceito

• “A perfeição crescente implica na eliminação do mais frágil. Já começa a colocar a perfeição como obrigação, ameaçando a liberdade”.

(Bartoli, 2002)

• “Na sociedade das capacitações ... a economia das capacitações continua deixando a maioria para trás” (Sennet, 2015)

O que isso provoca?

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16

FUSÃO TOTAL

Conceito

- “Acarretou a colonização do tempo privado”.

- “Tempo morto é igual a tempo não gasto no trabalho”.

- “A vida passou a ser vivida como business”.

- “Não há mais amigos e sim, network”.

- “As qualidades do bom trabalho não são as

mesmas do bom caráter”. (Sennet)

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O que isso provoca?

CONSUMISMO

(24)

18

Conceito

• “A sociedade de consumo tem por premissa satisfazer os desejos humanos de uma forma que nenhuma sociedade do passado pôde realizar ou sonhar. A promessa de satisfação, no entanto, só permanecerá sedutora, enquanto o desejo continuar irrealizado”.

(Bauman, 2009)

O que isso provoca?

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INSATISFAÇÃO

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20

O que isso provoca?

PARA PENSAR...

• “Entre a lógica do lucro e o respeito pelas pessoas, as armas não são iguais” (Gaulejac, 2007)

• “Tornar o explorado cúmplice ativo de sua própria exploração é um sonho milenar”.

(Aktouf, 1994)

• “Nenhuma empresa pode amar ou responder

aos sentimentos humanos como elas querem

fazer crer que são capazes” (Freitas, 2007)

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A CRISE SE INSTALA NA ALMA!

FAMÍLIA RELIGIÃO

DIVERSÃO DECEPÇÃO

CONFLITOS VIOLÊNCIA SONHOS DESIGUALDADE MEDOS

E MUITO MAIS...

DINHEIRO PERFORMANCE

CONSUMO

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22

O PROCESSO DE GESTÃO

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O QUE É GESTÃO?

• “Conjunto de técnicas, destinadas a racionalizar e otimizar o funcionamento das organizações... É definitivamente, um sistema de organização do poder” (Gaulejac, 2007).

• “O gerenciamento se pôs maciçamente a serviço do capital...traduzindo as atividades humanas em indicadores de desempenho”

(IDEM).

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana,

seja apenas outra alma humana”.

Carl Jung

(30)

24

“O conflito é a condição geral do mundo animal”.

(Konrad Lorenz, On Agression, New York, Harcourt,Brace & Word, Inc.1996)

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DEFINIÇÃO CARACTERISTÍCA

AUTO CONHECIMENTO

CAPACIDADE DE RECONHECER E COMPREENDER ESTADOS DE ESPÍRITO.

EMOÇÕES,… BEM COMO, O EFEITO DESSES ASPECTOS SOBRE AS OUTRAS

PESSOAS

AUTOCONFIANÇA AUTO-AVALIAÇÃO REALISTA

CAPACIDADE DE RIR DE SI MESMO

OS CINCO COMPONENTES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL EM AÇÃO

(Daniel Goleman, 1995)

DEFINIÇÃO CARACTERISTÍCA

AUTO CONTROLE

CAPACIDADE DE CONTROLAR OU REDIRECIONAR IMPULSOS E ESTADOS DE ESPÍRITOS PERTURBADORES.

PROPENSÃO A PENSAR ANTES DE AGIR

CONFIANÇA E INTEGRIDADE BEM-ESTAR NA AMBIGÜIDADE ABERTURA A MUDANÇAS

OS CINCO COMPONENTES DA

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL EM AÇÃO

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26

DEFINIÇÃO CARACTERISTÍCA

AUTO MOTIVAÇÃO

PAIXÃO PELO TRABALHO POR MOTIVOS QUE NÃO O DINHEIRO E O STATUS.

PROPENSÃO A PERSEGUIR OBJETIVOS COM ENERGIA E PERSISTÊNCIA

FORTE IMPULSO PARA ALCANÇAR OBJETIVO OTIMISMO DIANTE DO FRACASSSO

COMPROMETIMENTO COM A EMPRESA

OS CINCO COMPONENTES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL EM AÇÃO

DEFINIÇÃO CARACTERISTÍCA

EMPATIA

CAPACIDADE DE COMPREENDER A CONSTITUIÇÃO EMOCIONAL DOS OUTROS.

HABILIDADE PARA TRATAR AS

PESSOAS DE ACORDO COM SUAS REAÇÕES EMOCIONAIS.

HABILIDADE PARA FORMAR E RETER TALENTOS

SENSIBILIDADE INTERCULTURAL ATENDIMENTO A CLIENTES

OS CINCO COMPONENTES DA

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL EM AÇÃO

(33)

DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICA COMPETÊNCIA P/

ADMINSTRAR RELACIONAMEN- TOS E CRIAR REDES.

CAPACIDADE DE ENCONTRAR PONTOS EM COMUM E CULTI- VAR AFINIDADES

EFICÁCIA P/ LIDERAR A MUDANÇA

PERSUASÃO EXPERIÊNCIA EM CONSTRUIR EQUIPES E LIDERÁ-LAS

OS CINCO COMPONENTES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL EM AÇÃO

SOCIABILIDADE

(34)

28

ESCUTAR

(35)

OLHAR

(36)

30

Estamos preso à realidade que vemos

SORRIR

(37)

ACOLHER

(38)

32

O CORPO FALA

A DINAMICA DAS RELAÇÕES

(39)

PESSOAS TORNARAM-SE MERCADORIAS DESCARTÁVEIS.

TODOS SENTEM O PESO ESMAGADOR DAS DEMANDAS,

PRESSÕES E CRISES

(40)

34

(41)

EMPATIA

RAPPOT

(42)

36

Como definir ATENDIMENTO com uma única palavra?

_ _ _ _ _

T R O C A

(43)

Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar,

de sonhar sempre, pois sendo mais do que um espectador de mim mesmo,

eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.

E assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, invento palco, cenário, para viver o meu sonho

entre luzes brandas e músicas invisíveis.

(Fernando Pessoa)

Agora, pense de novo em

suas próprias

características.

2) Como seus pontos fortes e fracos impactam as suas vendas e o seu trabalho?

1) Quais são seus pontos fortes e fracos?

TENDO COMO REFERÊNCIA AS CARACTERÍSTICAS ELEITAS PELA TURMA:

Exercício

Venda Pessoal

(44)

38

Referências

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