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DHB Componentes Automotivos S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e parecer dos auditores independentes

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(1)

e parecer dos auditores independentes

(2)

Aos Administradores e Acionistas DHB Componentes Automotivos S.A.

1 Examinamos os balanços patrimoniais da DHB Componentes Automotivos S.A.

("Companhia") em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa

responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais

representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3 Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e os fluxos de caixa nas operações referentes aos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

(3)

é requerida como parte integrante das demonstrações financeiras. A demonstração do valor adicionado foi submetida aos procedimentos de auditoria descritos no segundo parágrafo e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada em todos os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Porto Alegre, 19 de março de 2010

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 "F" RS

Carlos Biedermann

Contador CRC 1RS029321/O-4 (Cópia do original assinada manualmente)

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Ativo 2009 2008 Passivo e patrimônio líquido 2009 2008

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 3.387 3.550 Fornecedores (Nota 15) 26.782 16.920

Títulos e valores mobiliários (Nota 4) 3.173 6.338 Salários e encargos sociais 4.091 3.841

Contas a receber de clientes (Nota 5) 50.141 40.612 Obrigações tributárias e sociais (Nota 17) 19.475 33.623

Estoques (Nota 6) 32.321 33.657 Empréstimos e financiamentos (Nota 16) 54.053 55.573

Adiantamento a fornecedores 1.677 Provisão para contingências (Nota 18) 3.258 2.670

Tributos a recuperar (Nota 7) 6.133 6.307 Partes relacionadas (Nota 9) 5.494

Tributos diferidos (Nota 14) 10.188 Provisão para garantias 1.427 1.584

Outras contas a receber 1.690 1.573 Outras contas a pagar 969 504

107.033 93.714 110.055 120.209

Não circulante Não circulante

Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos (Nota 16) 28.520 39.061

Contas a receber de clientes (Nota 5) 1.069 1.298 Provisão para perdas em investimentos (Nota 10) 1.261

Partes relacionadas (Nota 9) 1.849 Obrigações tributárias e sociais (Nota 17) 58.723 19.998

Depósitos judiciais (Nota 18) 1.017 705

Empréstimos compulsórios 35 35 87.243 60.320

Títulos da dívida do Estado (Nota 8) 5.312 3.838

Tributos a recuperar (Nota 7) 493

Tributos diferidos (Nota 14) 15.722 22.679 Patrimônio líquido (Nota 19)

Capital social 58.325 58.325

25.497 28.555 Reserva de reavaliação 1.826 1.826

Ajustes de avaliação patrimonial (153) 1.267

Investimentos (Nota 10) 4.854 5.212 Prejuízos acumulados (34.145) (36.259)

Imobilizado (Nota 11) 76.334 72.202

Intangível (Nota 12) 9.140 5.558 25.853 25.159

Diferido (Nota 13) 293 447

116.118 111.974

Total do ativo 223.151 205.688 Total do passivo e patrimônio líquido 223.151 205.688

(5)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

2009 2008

Receita bruta de vendas

Mercado interno 264.665 279.936

Mercado externo 30.014 63.370

Impostos sobre vendas (51.051) (57.301)

Receita líquida das vendas 243.628 286.005

Custo dos produtos vendidos (193.243) (238.666)

Lucro bruto 50.385 47.339

Despesas operacionais

Com vendas (12.349) (9.486)

Gerais e administrativas (21.994) (24.315)

Honorários dos administradores (Nota 9 (b)) (1.714) (1.692)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (Nota 21) 3.328 (9.273) Lucro operacional antes das participações

societárias e do resultado financeiro 17.656 2.573

Resultado de participações societárias (Nota 10)

Equivalência patrimonial 1.080 (44)

Provisão para perdas em investimentos 1.261 (1.261)

Resultado financeiro (Nota 22)

Receitas financeiras 12.860 6.592

Despesas financeiras (29.405) (35.886)

Variações monetárias e cambiais, líquidas (4.569) 4.340

Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (1.117) (23.686) Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 14) 3.231 9.495

Lucro líquido (prejuízo) do exercício 2.114 (14.191)

Ações em circulação no final do exercício (em milhares) 6.307.243 6.307.243 Lucro líquido (prejuízo) por lote de mil ações do capital social no

fim do exercício - R$ 0,34 (2,25)

(6)

Capital social Reserva

Ajustes de

avaliação Prejuízos

subscrito de reavaliação patrimonial acumulados Total

Em 31 de dezembro de 2007 35.285 1.826 (21.762) 15.349

Ajuste da Lei no. 11.638/07 792 (306) 486

Saldo de abertura ajustado 35.285 1.826 792 (22.068) 15.835

Aumento de capital (Nota 19) 23.040 23.040

Variação cambial de investidas localizadas no exterior (Nota 10) 475 475

Prejuízo do exercício (14.191) (14.191)

Em 31 de dezembro de 2008 58.325 1.826 1.267 (36.259) 25.159

Variação cambial de investidas localizadas no exterior (Nota 10) (1.420) (1.420)

Lucro líquido do exercício 2.114 2.114

Em 31 de dezembro de 2009 58.325 1.826 (153) (34.145) 25.853

(7)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

2009 2008

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (1.117) (23.686)

Ajustes

Depreciação e amortização 7.566 5.397

Valor residual do ativo imobilizado e intangível baixado 707 4.447

Resultado da equivalência patrimonial (1.080) 44

Provisão para perdas em investimentos (1.261) 1.261

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 229 64

5.044 (12.473)

Variações nos ativos e passivos

Títulos e valores mobiliários 3.165 3.924

Contas a receber de clientes (9.529) 1.453

Estoques 1.336 (328)

Tributos a recuperar (319) 2.651

Adiantamento a fornecedores 1.677 1.688

Outros ativos (1.901) (864)

Fornecedores 9.862 (12.189)

Salários e encargos sociais 250 512

Obrigações tributárias e sociais 24.577 5.340

Provisão para contingências 588 1.220

Outros passivos 324 (245)

Caixa proveniente das (aplicado nas) operações 35.074 (9.311)

Juros pagos (11.063)

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades operacionais 24.011 (9.311) Fluxos de caixa das atividades de investimento

Aquisições de bens do ativo imobilizado (11.349) (26.689)

Aquisições de bens intangíveis (4.484) (3.985)

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (15.833) (30.674)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Partes relacionadas (7.343) 4.000

Captação de empréstimos e financiamentos 84.042 66.972

Amortização de empréstimos e financiamentos (85.040) (31.270)

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades de financiamento (8.341) 39.702

Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa (163) (283)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 3.550 3.833

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 3.387 3.550

(8)

2009 2008 Receitas

Vendas brutas de produtos e serviços 294.679 344.151

Outras receitas 344

Provisão para créditos de liquidação duvidosa - constituição (229) (64)

294.450 344.431

Insumos adquiridos de terceiros

Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (148.822) (166.602)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros operacionais (25.436) (57.527)

Custos com garantias (3.680) (3.667)

(177.938) (227.796)

Valor adicionado bruto 116.512 116.635

Depreciação e amortização (7.782) (5.397)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 108.730 111.238

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de equivalência patrimonial 1.080 (44)

Provisão para perdas em investimentos 1.261 (1.261)

Receitas financeiras 12.860 6.592

Valor adicionado total a distribuir 123.931 116.525

Distribuição do valor adicionado Pessoal e encargos

Salários e encargos 36.222 49.010

Comissões sobre vendas 569 751

Honorários de diretoria 1.714 1.692

Participação dos empregados nos lucros 287 1.802

Impostos, taxas e contribuições

Federais 20.913 13.127

Estaduais 25.856 28.621

Municipais 101 117

Financiadores

Despesas financeiras 29.405 35.886

Aluguéis 1.047 2.400

Variações cambiais, líquidas 4.569 (4.340)

Lucros retidos/prejuízo do exercício 2.114 (14.191)

Provisões trabalhistas e cíveis líquidas 1.134 1.650

Valor adicionado distribuído 123.931 116.525

(9)

1 Contexto operacional

A DHB Componentes Automotivos S.A. é uma sociedade anônima de capital fechado com sede em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul.

A Companhia tem por objeto social e atividade preponderante a industrialização, o comércio, a importação e a exportação de componentes para a indústria automotiva, bem como a prestação de serviços relacionados com estes produtos.

Em 2009 a Companhia apresentou aumento do capital circulante líquido, afetado principalmente pela manutenção de margens de EBITDA, adesão ao REFIS IV e a consequente recuperação de créditos fiscais.

A adesão REFIS IV proporcionou ganhos tributários que contribuíram para o resultado operacional positivo.

Com a retomada da produção, após o 1º trimestre, a Companhia passou a gerar resultados positivos principalmente em função do mercado interno. A administração finalizou

negociações junto às montadoras, obtendo um aumento de participação no mercado nacional, além disso, estabeleceu novas parcerias com empresas mundiais, aumentando sua

competitividade.

2 Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis 2.1 Apresentação das demonstrações financeiras

As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria da Companhia em 22 de fevereiro de 2010.

As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e nas normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas demonstrações financeiras correspondem às normas e orientações que estão vigentes para as demonstrações

financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2009, que serão diferentes daquelas que serão utilizadas para elaboração das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2010, conforme descrito no item 2.3 a seguir.

(10)

Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinações de provisões para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.

2.2 Descrição das principais práticas contábeis adotadas (a) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses ou menos, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor.

(b) Instrumentos financeiros Classificação e mensuração

A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa e frequente. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "Resultado financeiro" no período em que ocorrem.

(11)

Empréstimos e recebíveis

Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não-derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não-circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos a coligadas, contas a receber de clientes e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

(c) Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e deduzidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.

O valor presente de contas a receber de clientes (vendas) e a pagar a fornecedores (compras) é calculado com base na taxa efetiva de juros das vendas/compras a prazo. Tal taxa é

compatível com a natureza, prazo e riscos de transações similares em condições de mercado. Essa taxa em 31 de dezembro de 2009 correspondia a, em média, 1,31% a.m.

(31 de dezembro de 2008 - 1,46% a.m.). (d) Estoques

Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido realizável. O custo é determinado usando-se o método do custo médio ponderado. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção relacionadas (com base na capacidade operacional normal), exceto os custos dos empréstimos tomados. O valor realizável líquido é o preço de venda estimado para o curso normal dos negócios, deduzidos os custos de execução e as despesas de venda. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação.

(12)

(e) Tributos diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores

contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.

Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças

temporárias e/ou prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem,

portanto, sofrer alterações. (f) Depósitos judiciais

Existem situações em que a Companhia questiona a legitimidade de determinados passivos ou ações movidas contra si. Por conta destes questionamentos, ou por estratégia da empresa ou ordem judicial para garantia de liquidação dos processos movidos contra a Companhia, são realizados depósitos judiciais. Os saldos são atualizados pelos indicadores

correspondentes até a data das demonstrações financeiras. (g) Investimentos em controladas

Valor patrimonial

Os investimentos em sociedades controladas são registrados e avaliados pelo método de equivalência patrimonial, reconhecido no resultado do exercício como receita (ou despesa) operacional. No caso de investimento em controladas no exterior, as variações no valor do investimento decorrentes exclusivamente de variação cambial são registradas na conta

"Ajuste de avaliação patrimonial", no patrimônio líquido da Companhia, e somente são registradas ao resultado do exercício quando o investimento for vendido ou baixado para perda. Para efeitos do cálculo da equivalência patrimonial, ganhos ou transações a realizar entre a Companhia e suas controladas são eliminados na medida da participação da

Companhia; perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a transação forneça evidências de perda permanente ("impairment") do ativo transferido.

(13)

(h) Conversão em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais usando-se as taxas de câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado.

(i) Imobilizado

O ativo imobilizado está apresentado pelo custo histórico de aquisição e reavaliado, deduzido da depreciação.

A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com as taxas divulgadas na Nota 10. Terrenos não são depreciados.

Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil e são incluídos no resultado.

Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são

incorridos. O custo das principais renovações é incluído no valor contábil do ativo no momento em que for provável que os benefícios econômicos futuros que ultrapassarem o padrão de desempenho inicialmente avaliado para o ativo existente fluirão para a Companhia. As principais renovações são depreciadas ao longo da vida útil restante do ativo relacionado. (j) Intangíveis

Projetos de desenvolvimento

Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos (relacionados à fase de projeto e testes de produtos novos ou aperfeiçoados) são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos serão bem-sucedidos, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. Outros gastos de desenvolvimento são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados desde o início da produção comercial do produto, pelo método linear e ao longo do período do benefício esperado.

(14)

Programas de computador (softwares)

Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada, pelas taxas descritas na Nota 12.

Outros ativos intangíveis

Os custos com o registro de patentes e marcas comerciais são capitalizados e amortizados usando-se o método linear ao longo das vidas úteis, pelas taxas demonstradas na Nota 12. Os ativos intangíveis não são reavaliados.

(k) Diferido

O diferido, formado até 31 de dezembro de 2008, principalmente por despesas de reorganização, é amortizado no período de até cinco anos.

(l) Redução ao valor recuperável de ativos

O imobilizado e outros ativos não circulantes, e os ativos intangíveis, são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.

(m) Arrendamento mercantil

Os arrendamentos mercantis de imobilizado nos quais a Companhia fica substancialmente com todos os riscos e benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra

financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento. O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas definidas na Nota 11.

(15)

(n) Provisões

As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita, inclusive para cobrir possíveis gastos com garantia a ser prestada sobre os produtos comercializados.

(o) Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, os empréstimos e financiamentos tomados são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido ("pro rata temporis").

(p) Reconhecimento de receita

A receita compreende o valor presente pela venda de mercadorias. A receita pela venda de mercadorias é reconhecida quando os riscos significativos e os benefícios de propriedade das mercadorias são transferidos para o comprador. A Companhia adota como política de

reconhecimento de receita, portanto, a data em que o produto é entregue ao comprador. 2.3 Normas e interpretações de normas que ainda não estão em vigor

As normas e interpretações de normas relacionadas a seguir, foram publicadas e são obrigatórias para os exercícios sociais iniciados em ou após 1ode janeiro de 2010. Além dessas, também foram publicadas outras normas e interpretações que alteram as práticas contábeis adotadas no Brasil, dentro do processo de convergência com as normas

internacionais. As normas a seguir são apenas aquelas que poderão (ou deverão) impactar as demonstrações financeiras da Companhia de forma mais relevante. Nos termos dessas novas normas, as cifras do exercício de 2009, aqui apresentadas, deverão ser reapresentadas para fins de comparação, quando da apresentação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2010. A Companhia não adotou antecipadamente essas normas no exercício findo em 31 de dezembro de 2009.

(16)

(a) Pronunciamentos . CPC 16 - Estoques

. CPC 18 - Investimentos em coligadas . CPC 20 - Custos de empréstimos

. CPC 23 - Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erros . CPC 24 - Eventos subsequentes

. CPC 25 - Provisões, passivos e ativos contingentes . CPC 26 - Apresentação das demonstrações contábeis . CPC 27 - Ativo imobilizado

. CPC 28 - Propriedade para investimento . CPC 30 - Receitas

. CPC 32 - Tributos sobre o lucro . CPC 33 - Benefícios a empregados

. CPC 37 - Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade . CPC 38 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração . CPC 39 - Instrumentos financeiros: apresentação

. CPC 40 - Instrumentos financeiros: evidenciação (b) Interpretações

. ICPC 09 - Demonstrações contábeis individuais, separadas, consolidadas e aplicação do método de equivalência patrimonial

. ICPC 10 - Esclarecimentos sobre os CPC 27 e CPC 28

4 Títulos e valores mobiliários

2009 2008

Mantidos para negociação

Certificados de Depósitos Bancários - CDBs 3.173 6.338

3.173 6.338

Os Certificados de Depósito Bancário - CDBs são contratados junto a instituições financeiras de primeira linha, e possuem rendimentos entre 98% e 100% da variação dos Certificados de Depósitos Inter-financeiros - CDI e liquidez imediata.

(17)

5 Contas a receber de clientes

2009 2008

No país 37.291 17.171

No exterior 4.940 6.993

No exterior - partes relacionadas 12.993 18.836

(-) Vendas em trânsito (3.400) (132)

(-) Ajuste a valor presente (304) (877)

(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (310) (81)

51.210 41.910

Circulante 50.141 40.612

Não circulante 1.069 1.298

O saldo registrado no ativo não circulante é representado basicamente por negociação de crédito de cliente através de contrato de fornecimento de peças.

6 Estoques

2009 2008

Produtos acabados 5.694 5.552

Produtos em processamento 2.843 2.195

Matérias- primas 15.886 17.182

Materiais auxiliares 4.888 5.751

Adiantamentos a fornecedores 3.153 3.276

(-) Ajuste a valor presente (143) (299)

32.321 33.657

Não há quaisquer ônus reais, garantias prestadas e/ou restrições à plena utilização dos estoques.

(18)

7 Tributos a recuperar

2009 2008

ICMS 1.102 661

ICMS a recuperar sobre imobilizado 965 1.176

IPI 98 130

IRRF 2.131 400

IRPJ e CSLL - antecipação 868 731

PIS e COFINS 1.065 3.181

Outros 397 28

6.626 6.307

Circulante 6.133 6.307

Não circulante 493

8 Títulos da dívida do Estado

Refere-se a precatórios do Governo do Estado do Rio Grande do Sul adquiridos pela Companhia com o intuito de utilizar na liquidação de seu saldo devedor de ICMS (conforme demonstrado na nota 17). Os valores apresentados foram contabilizados pelo valor de compra na data de aquisição desses créditos e são inferiores ao valor de face dos títulos.

9 Partes relacionadas (a) Transações e saldos

2009 2008

Saldos

Ativo circulante

Contas a receber - DHB América Corporation (i) (ii) 202 2.580 Contas a receber - DHB Middle East FZE (i) (ii) 12.791 16.256

12.993 18.836

Ativo não circulante

Mútuos - DHB Indústria e Comércio S.A. (iv) 1.849

(19)

2009 2008 Passivo circulante

Mútuos - DHB Indústria e Comércio S.A. (iv) 5.494

5.494 Transações

Vendas - DHB América Corporation (i) (iii) 4 5.010

Vendas - DHB Middle East FZE (i) (iii) 17.636 16.579

Aluguéis - DHB Indústria e Comércio S.A. 1.270 2.400

18.910 23.989

(i) As transações de venda de produtos são contratadas a preços determinados à época da realização das transações e com prazo médio de 60 a 360 dias para pagamento.

(ii) Os saldos de contas a receber são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. (iii) As transações de vendas são convertidas pela taxa cambial nas datas de cada transação. (iv) Os saldos relativos a mútuos estão suportados por contratos, sem garantia real, sem

incidência de encargos financeiros e sem prazo de vencimento. (b) Honorários dos administradores

Os honorários da diretoria executiva estão demonstrados a seguir:

2009 2008

Salários e encargos de diretores 361 276

Honorários de diretoria - estatutários 1.353 1.416

1.714 1.692

(20)

10 Investimentos em controladas (a) Informações sobre investimentos

Milhares de ações possuídas

Participação no capital social

Patrimônio líquido (passivo a descoberto) ajustado

Lucro líquido (prejuízo) ajustado

Em 31 de dezembro de 2009

DHB America Corporation 145 100% 3.542 (486)

DHB Middle East FZE 100% 1.307 1.695

Em 31 de dezembro de 2008

DHB America Corporation 145 100% 5.190 (44)

DHB Middle East FZE 100% (1.261) (1.261)

O patrimônio líquido e o resultado do exercício das controladas foram ajustados para o cálculo de equivalência patrimonial, com a finalidade de eliminar resultados não realizados nas

operações entre as companhias.

(b) Movimentação dos investimentos e provisão para perdas em investimentos

DHB America Corporation

DHB Middle

East FZE. Outros Total

Saldos em 31 de dezembro de 2008 5.190 22 5.212

Equivalência patrimonial (269) 1.349 1.080

Variação cambial de investimento no exterior (1.378) (42) (1.420)

Baixa (18) (18)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 3.542 1.307 4 4.854

Provisão para perdas

Saldos em 31 de dezembro de 2008 (1.261) (1.261)

Provisão para perdas em investimentos-

reversão 1.261 1.261

Saldos em 31 de dezembro de 2009

(21)

(c) Outras informações relevantes sobre os investimentos DHB América Corporation

Constituída em 1988, sob as leis do Estado da Michigan, nos Estados Unidos da América. Tem como principal atividade a revenda dos produtos da linha náutica no mercado americano, devido à retração do mercado americano, a controlada encontra-se com suas operações paralisadas.

DHB Middle East FZE.

Constituída em 2008, sob as leis de Dubai, nos Emirados Árabes. Tem como principal atividade a revenda dos produtos DHB no Oriente Médio, tendo iniciado suas operações no terceiro trimestre de 2008.

Apresenta capital social autorizado no valor total de R$ 636 e até o momento não foi integralizado pela Companhia.

(22)

11 Imobilizado

Terrenos

Edificações e benfeitorias

Máquinas e

equipamentos Veículos

Equipamentos de informática

Imobilizado

em andamento Total

Saldos em 31 de dezembro de 2007 2.283 16.879 265 2.174 2.338 23.939

Aquisições 6.952 16.878 23.569 138 2.202 424 50.163

Transferência do diferido, líquido 1.832 2.080 3.912

Transferência para o diferido (1.232) (48) (1.280)

Alienações e baixas (156) (35) (2) (193)

Depreciações (4.014) (53) (272) (4.339)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 9.235 18.710 38.358 315 2.870 2.714 72.202

Custo total 9.235 19.975 51.351 561 4.457 2.714 88.293

Depreciação acumulada (1.265) (12.993) (246) (1.587) (16.091)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 9.235 18.710 38.358 315 2.870 2.714 72.202

Aquisições 543 4.508 38 120 6.140 11.349

Transferências 2.481 53 (2.534)

Alienações e baixas (303) (7) (289) (599)

Depreciações (868) (5.311) (81) (358) (6.618)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 9.235 20.866 37.305 272 3.625 6.031 76.334

Custo total 9.235 22.999 55.369 599 4.569 6.031 98.802

Depreciação acumulada (2.133) (18.064) (327) (1.944) (22.468)

(23)

Revisão e ajuste da vida útil estimada

A administração iniciou no ano de 2009 o processo de revisão da vida-útil do seu parque fabril com vistas a atender à previsão do CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08.

No entanto, com as publicações do CPC 27 - Ativo imobilizado e da Interpretação Técnica ICPC 10 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aprovada pela Resolução CFC no

1.263/09, que prorrogou a realização da primeira revisão e ajuste da vida útil estimada para os exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, a Companhia decidiu estender os

estudos e análises da vida útil estimada do seu parque fabril que vinha realizando internamente, de forma a concluir tal revisão no exercício de 2010, cumprindo com os requisitos e formalidades expressas no ICPC 10.

A primeira das análises periódicas com o objetivo de revisar e ajustar a vida útil econômica estimada para o cálculo da depreciação, bem como para determinar o valor residual dos itens, será considerada como mudança de estimativa e produzirá efeitos contábeis

prospectivamente apenas pelas alterações nos valores das depreciações do período a partir da data da revisão. Nesse caso, os efeitos contábeis deverão ser registrados a partir dos exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2010 e, por ser mudança prospectiva, os valores de depreciação calculados e contabilizados antes da data da revisão não serão recalculados. Após a primeira análise periódica da vida útil econômica, a administração continuará revisando essa vida útil no mínimo a cada exercício, tomando-se por base análise

documentada do trabalho efetuado, com o objetivo de solicitar ou não novas avaliações, com regularidade tal que as estimativas de vida útil e valor residual permaneçam válidos em todos os exercícios.

Atualmente, as taxas de depreciação utilizadas refletem a melhor estimativa da administração no momento.

(24)

12 Intangível

Projetos em andamento

Projetos

concluídos Software Total

Saldos em 31 de dezembro de 2007

Transferências do diferido e imobilizado 3.574 1.666 318 5.558

Saldos em 31 de dezembro de 2008 3.574 1.666 318 5.558

Custo total 3.574 9.571 479 13.624

Amortização acumulada (7.905) (161) (8.066)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 3.574 1.666 318 5.558

Aquisições 4.424 60 4.484

Transferências (1.708) 1.708

Baixas (108) (108)

Amortizações (679) (115) (794)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 6.182 2.695 263 9.140

Custo total 6.182 11.279 538 17.999

Amortização acumulada (8.584) (275) (8.859)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 6.182 2.695 263 9.140

Taxas anuais de amortização - % 20% 20%

Os projetos em andamento referem-se, principalmente, a desenvolvimento e aprimoramento de nossos produtos correntes e novos, objetivando a melhoria contínua e redução de custos em nossas linhas de produção, ainda em fase de realização.

Os projetos concluídos referem-se também ao desenvolvimento e aprimoramento de nossos produtos correntes e novos, porém já foram concluídos e entraram em produção.

(25)

13 Diferido

Projetos em andamento

Projetos

concluídos Total

Saldos em 31 de dezembro de 2007 545 10.699 11.244

Aquisições 1.749 956 2.705

Baixas (4.254) (4.254)

Amortizações (1.058) (1.058)

Transferência do imobilizado 1.280 1.280

Transferência para o imobilizado (3.912) (3.912)

Transferências para o intangível (3.574) (1.984) (5.558)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 447 447

Custo total 765 765

Amortização acumulada (318) (318)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 447 447

Amortizações (154) (154)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 293 293

Custo total 765 765

Amortização acumulada (472) (472)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 293 293

Taxas anuais de amortização - % 20%

Conforme permitido pela Medida Provisória no449/08 (convertida na Lei no11.941/09) e pelo CPC 13, o saldo remanescente do ativo diferido em 31 de dezembro de 2008, que não pôde ser alocado ao ativo imobilizado e intangível, permanecerá no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, porém sujeito à análise periódica de sua recuperação.

(26)

14 Tributos diferidos

(a) Composição do imposto de renda e contribuição social diferidos Os saldos de ativos diferidos apresentam-se como segue:

2009 2008

Prejuízos fiscais de imposto de renda 68.005 60.002

Bases negativas de contribuição social 77.063 69.060

Diferenças temporárias

Provisão para perdas no recebimento de créditos 310 73

Provisão para débitos de garantia 1.427 1.584

Provisão processos trabalhistas 3.258 2.670

Provisão para participação em resultados 320 718

Vendas em trânsito 202 28

Depreciação acelerada 844 (844)

Ajustes a valor presente (487) 203

Arrendamento mercantil financeiro (57)

Diferenças temporárias 5.874 4.375

Base ajustada para Imposto de Renda 73.879 64.377

IRPJ - 15% + adicional 10% sobre excedente a R$ 240 por ano 18.446 16.070

Base negativa de Contribuição Social 82.937 73.435

CSLL - 9% 7.464 6.609

Total 25.910 22.679

Circulante 10.188

Não circulante 15.722 22.679

(27)

(b) Período estimado de realização

Os valores dos ativos diferidos apresentam as seguintes expectativas de realização:

Ano 2009 2008

2010 10.188 1.870

2011 4.389 3.175

2012 6.107 3.911

2013 5.226 3.945

2014 3.880

2015 3.693

2016 2.205

25.910 22.679

Como a base tributável do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido decorre não apenas do lucro que pode ser gerado, mas também da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, incentivos fiscais e outras variáveis, não existe uma correlação imediata entre o lucro líquido da Companhia e o resultado de imposto de renda e contribuição social. Portanto, a expectativa da utilização dos créditos fiscais não deve ser tomada como único indicativo de resultados futuros da Companhia.

Conforme Instrução CVM n° 371, para o reconhecimento de um ativo fiscal diferido, a Companhia deve atender cumulativamente às seguintes condições:

I - apresentar histórico de rentabilidade;

II - apresentar expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, trazidos a valor presente, fundamentada em estudo técnico de viabilidade, que permitam a realização do ativo fiscal diferido em um prazo máximo de dez anos; e

III - os lucros futuros referidos no inciso anterior deverão ser trazidos a valor presente com base no prazo total estimado para sua realização.

Em três dos últimos cinco anos a Companhia operou com resultado negativo, tendo apresentado lucro tributável nos exercícios de 2006 e 2007, e até setembro de 2008, a Companhia mantinha lucro tributável, com expectativa de mantê-lo até o final do ano. Porém fatores externos que alteraram o cenário mundial atingiram também o setor automotivo. Com o intuito de reverter o resultado de 2008 a Companhia continua desenvolvendo projetos, adequando seus produtos a novas tecnologias, bem como novas parcerias no mercado interno e externo, visando aumentar a rentabilidade futura, conforme já descrito na Nota 1.

(28)

Com a regulamentação da Lei nº 11.941/09 ocorrida em 23 de julho de 2009, a Companhia aderiu ao parcelamento REFIS IV em 17 de agosto de 2009 e aguarda a consolidação dos débitos junto aos órgãos federais para reduzir os encargos moratórios, com a utilização dos créditos fiscais diferidos (imposto de renda e contribuição social) abatendo os juros e multas remanescentes.

O valor a ser compensado de imposto de renda e contribuição social para abater juros e multas corresponde a R$ 8.739 em 31 de dezembro de 2009.

(c) Reconciliação do benefício do imposto de renda e da contribuição social

A reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

2009 2008

Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (1.117) (23.686)

Adições 3.400 7.919

Provisão para garantias 1.479

Provisão para contingências 588 1.204

Provisão para participação em resultados 718

Vendas em trânsito 202 28

Perdas com inventário 1.210 1.432

Provisão para perdas no recebimento de créditos 229 432

Perdas com projetos encerrados 1.014

Ajustes a valor presente (Lei nº 11.638/07) 203

Resultado de equivalência patrimonial 44

Provisão para perdas em investimentos 1.261

Depreciação Acelerada 844

Outras adições 327 104

Exclusões (10.286) (559)

Depreciação acelerada (489)

Arrendamento mercantil financeiro (Lei nº 11.638/07) (70)

Provisão para garantias (157)

Provisão para participação em resultados (398)

Ajustes a valor presente (Lei nº 11.638/07) (689)

Provisão para perdas em Investimentos (1.261)

Receita Redução Juros e Multas- Refis 4 (6.701)

Resultado de equivalência patrimonial (1.080)

Base de cálculo (8.003) (16.326)

(+) Variação adições e exclusões temporárias (1.499)

(+) Prejuízos fiscais de exercícios anteriores contabilizados no exercício (11.600)

Base de cálculo IR e CS (9.502) (27.926)

(29)

(d) Regime Tributário de Transição

O Regime Tributário de Transição (RTT) terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária. O regime é optativo nos anos-calendário de 2008 e de 2009, respeitando-se: (i) aplicar ao biênio 2008-2009, não a um único ano-calendário; e (ii) manifestar a opção na Declaração de Informações Econômico-Financeiras da Pessoa Jurídica (DIPJ).

A Companhia optou pela adoção do RTT em 2009. Consequentemente, para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 2009 e 2008, a Companhia utilizou das prerrogativas definidas no RTT.

15 Fornecedores

2009 2008

Fornecedores nacionais 20.735 15.180

Fornecedores exterior 6.307 1.973

(-) Ajuste a valor presente (260) (233)

26.782 16.920

16 Empréstimos e financiamentos

Taxa de juros

e comissões 2009 2008

Moeda estrangeira

Capital giro US$ 1.750 mil (2008 -

US$ 2.950 mil) Libor + 2,56% a.a. 3.047 6.894

Moeda nacional Capital de giro

CDI + 0,40% a.a. a CDI + 1,30%

a.a. e 11,5% a.a. 79.185 87.231

Aquisição de ativo imobilizado 1,25% a.m. a 1,76% a.m. 341 509

82.573 94.634

Circulante 54.053 55.573

Não Circulante 28.520 39.061

(30)

(a) Os montantes a longo prazo têm a seguinte composição, por ano de vencimento:

2009 2008

2010 19.753

2011 23.735 16.887

2012 4.785 2.421

28.520 39.061

(b) Em garantia das operações de empréstimos e financiamentos, foram oferecidos os seguintes ativos e garantias:

2009 2008

Aplicações financeiras vinculadas 1.814

Recebíveis 26.623 30.971

Avais da controladora - DHB Indústria e Comércio S.A. 22.046 16.886

Imóveis 9.954 9.954

58.623 59.625

17 Obrigações tributárias e sociais

2009 2008

ICMS (a) 530 1.407

INSS/SENAI/SESI/FGTS (b) 2.297 29.373

IPI 152 107

IRRF 736

PIS e COFINS 3.428 128

Salário educação 1.648 1.500

REFIS IV (c) 10.674

PAES (c) 336

Outros 10 772

Circulante 19.475 33.623

ICMS (a) 28.586 16.171

INSS/SENAI/SESI (b) 4.088 944

REFIS IV (c) 26.049

(31)

(a) Os valores a pagar de ICMS estão sendo compensados com precatórios adquiridos de terceiros desde o ano de 2006. Todavia, a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul não reconheceu esse pedido de compensação como forma de pagamento deste imposto, razão pela qual a Companhia precisou recorrer ao Poder Judiciário, que concedeu medidas liminares suspendendo a exigibilidade do referido débito tributário.

A Companhia já apresentou para compensação aproximadamente R$ 28.500 em créditos da dívida do Estado adquiridos de terceiros (vide nota 8), e está amparada por decisões liminares proferidas em ações declaratórias que visam à declaração da compensação dos débitos de ICMS com tais créditos, que possibilitaram o depósito judicial dos referidos títulos e

suspenderam a exigibilidade do débito tributário.

(b) A partir de Agosto de 2009 com base na Lei 11.941/2009, a Companhia aderiu ao REFIS IV, parcelando suas contribuições previdenciárias, débitos junto a Receita Federal e Procuradoria Geral da fazenda Nacional em 180 meses. A adesão ao parcelamento proporcionou à

Companhia reduções de 20% nas multas isoladas, 60% nas multas de mora, 25% nos juros e 100% nos encargos legais. O montante gerado por estas reduções foi de R$ 6.701 sendo que R$ 4.878 refere-se a multas e juros da Previdência Social e R$ 1.823 a multas e juros da Receita Federal e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

Os passivos previdenciários que não foram abrangidos pelo REFIS IV, cujas competências são de outubro de 2008 a maio de 2009, foram parcelados com base na Lei 10.522/2002 em 60 parcelas, cujo montante total parcelado é de R$ 5.620.

(c) Conforme mencionado no item (b) anterior, a Companhia aderiu ao REFIS IV advindo da Lei 11.941/2009 visando a equalizar e regularizar os passivos fiscais por meio de um sistema especial de pagamento e de parcelamento de suas obrigações fiscais e previdenciárias. O saldo do PAES no valor de R$ 2.874, foi transferido para o REFIS IV conforme as regras da Lei 11.941/2009.

(32)

A composição dos valores devidos ao REFIS IV é demonstrada como segue:

Montante

Débitos Previdenciários (i) 28.507

Débitos com a Receita Federal e Procuradoria da Fazenda (i) 11.433

Dívida transferida do PAES 2.874

(-) Reduções de Multas, Juros e Encargos Legais (ii) (6.701)

(-) Compensações de Multas e Juros com prejuízos fiscais e base negativa

(-) Pagamentos (255)

(+) Correção (selic) 865

Saldo em 31 de dezembro de 2009 36.723

Circulante 2.518

Não Circulante 34.205

(i) Em atendimento à Instrução CVM no346/00, os montantes decorrentes de créditos tributários anteriormente não reconhecidos, porém utilizados no processo de parcelamento REFIS, estão também registrados na conta “Despesas financeiras” (Nota 22), destacada no resultado do exercício, de forma a revelar a sua natureza não recorrente.

(ii) O ganho correspondente à redução das multas de mora e de ofício, anteriormente

contabilizadas no passivo, no valor de R$ 6.701, foi registrado na conta "Receitas financeiras" (Nota 22).

18 Contingências

(a) Nas datas das demonstrações financeiras, a Companhia apresentava os seguintes passivos, e correspondentes depósitos judiciais, relacionados a contingências:

Depósitos judiciais

Provisões para contingências

2009 2008 2009 2008

Contingências tributárias 154 50

Contingências trabalhistas e previdenciárias 810 602 3.258 2.670

(33)

(b) A movimentação da provisão no exercício de 2009 está demonstrada a seguir:

Saldo em 31 de dezembro de 2008 2.670

Adições 1.055

Baixas (467)

Saldo em 31 de dezembro de 2009 3.258

(c) Natureza das contingências

A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e outros em andamento, e está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa como na judicial, as quais, quando aplicáveis, são amparadas por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela

administração, amparada pela opinião de seus consultores legais externos. Consistem, principalmente, em reclamações de empregados vinculadas a disputas sobre o montante de compensação pago sobre demissões.

(d) Perdas possíveis, não provisionadas no balanço

A Companhia tem ações de naturezas tributária, cível e trabalhista, envolvendo riscos de perda classificados pela administração como possíveis, com base na avaliação de seus consultores jurídicos, para as quais não há provisão constituída, conforme composição e estimativa a seguir:

2009 2008

Tributárias

PIS e COFINS 213

Imposto de renda e CSLL 145

IRRF 1.701

IPTU 123

CPMF 12

Cíveis 158

Trabalhistas 6.385 4.476

6.385 6.828

A redução dos saldos de contingências possíveis referentes a tributos federais decorre da adesão da Companhia ao parcelamento REFIS IV (Nota 17).

(34)

19 Patrimônio líquido (a) Capital subscrito

É dividido em 6.307.243.008 (2008 - 6.307.243.008) ações ordinárias, de acionistas residentes no país, sem valor nominal.

Em Assembléia Geral Extraordinária ocorrida em dezembro de 2008, foi homologado o aumento de capital no valor de R$ 23.040, representado por 572.843 novas ações ordinárias, sem valor nominal. Tal integralização ocorreu através de imóvel em conformidade com a Lei nº 6.404/76.

No ano de 2000 a controladora DHB Indústria e Comércio e sua controlada SDV

Administradora de Shopping Centers S.A. ajuizaram ações de consignação em pagamento, oferecendo ações da Companhia, baseado em "Protocolo de Intenções" firmado entre as partes em 11 de maio de 1998. Em contrapartida alguns debenturistas ingressaram em juízo com ação ordinária de cobrança e outros com ação de execução, todas contestadas e pendentes de decisão, ainda de 1o. grau. A Companhia contestou judicialmente o uso da ANBID, bem como pugna pela aplicação do "Protocolo" supra.

Estas debêntures estão sendo discutidas judicialmente em Processo de Execução, sendo que a principal questão de mérito trata da aplicabilidade da taxa ANBID, já julgada nula através da súmula número 176 do STJ.

(b) Direitos das ações

De acordo com o estatuto social da Companhia, o lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da Lei nº 6.404/76 será destinado às ações ordinárias na forma de dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado do exercício.

(c) Reserva de reavaliação

A reserva de reavaliação existente trata-se de reavaliação de terrenos e poderá ser realizada mediante alienação.

(35)

20 Instrumentos financeiros

(a) Identificação e valorização dos instrumentos financeiros

A Companhia opera com diversos instrumentos financeiros, com destaque para

disponibilidades, incluindo aplicações financeiras, duplicatas a receber de clientes, contas a pagar a fornecedores, empréstimos e financiamentos.

Considerando a natureza destes instrumentos, o valor justo é basicamente determinado pela aplicação do método do fluxo de caixa descontado. Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a três meses. Considerando o prazo e as características desses instrumentos, que são sistematicamente renegociados, os valores contábeis se aproximam dos valores justos. (b) Caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários,

contas a receber, outros ativos circulantes e contas a pagar Os valores contabilizados aproximam-se dos de realização. (c) Investimentos

Consistem, principalmente, em investimentos em controladas de capital fechado, registrados pelo método de equivalência patrimonial, nas quais a Companhia tem interesse estratégico. Considerações de valor de mercado das ações possuídas não são aplicáveis.

(d) Empréstimos e financiamentos

O valor contábil dos empréstimos e financiamentos em reais e moeda estrangeiras tem suas taxas atreladas à variação do CDI e Libor, respectivamente, e aproximam-se do valor de mercado.

(e) Derivativos

A Companhia não opera com derivativos, não possuindo, em 31 de dezembro de 2009,

contratos referentes a operações financeiras não contabilizadas e contrato de “hedge” (swaps) junto a instituições financeiras.

Referências

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