TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
EM PERSPECTIVA AMERINDIA
1. Teologia da Libertação:
uma teologia ultrapassada?
João Paulo II João Paulo II
“ “ A Teologia da Libertação é oportuna, A Teologia da Libertação é oportuna, útil e necessária”
útil e necessária”
(Carta aos Bispos do Brasil, em 1986) (Carta aos Bispos do Brasil, em 1986)
“ “ Com a caída do Muro de Berlin, Com a caída do Muro de Berlin, a teologia da libertação morreu”.
a teologia da libertação morreu”.
1. Teologia da Libertação:
uma teologia ultrapassada?
João Paulo II João Paulo II
“ “ A Teologia da Libertação é oportuna, A Teologia da Libertação é oportuna, útil e necessária”
útil e necessária”
(Carta aos Bispos do Brasil, em 1986) (Carta aos Bispos do Brasil, em 1986)
“ “ Com a caída do Muro de Berlin, Com a caída do Muro de Berlin, a teologia da libertação morreu”.
a teologia da libertação morreu”.
J. Ratzinger:
J. Ratzinger:
Em Libertatis Nuntius:
Em Libertatis Nuntius:
“ “ ideologia, marxização do cristianismo”. ideologia, marxização do cristianismo”.
Bento XVI:
Bento XVI:
“ “ A Teologia da Libertação A Teologia da Libertação está se repensando,
está se repensando, se refazendo”.
se refazendo”.
“ “ A opção pelos pobres A opção pelos pobres
radica na fé cristológica”
radica na fé cristológica”
(Aparecida, 2007).
(Aparecida, 2007).
J. Ratzinger:
J. Ratzinger:
Em Libertatis Nuntius:
Em Libertatis Nuntius:
“ “ ideologia, marxização do cristianismo”. ideologia, marxização do cristianismo”.
Bento XVI:
Bento XVI:
“ “ A Teologia da Libertação A Teologia da Libertação está se repensando,
está se repensando, se refazendo”.
se refazendo”.
“ “ A opção pelos pobres A opção pelos pobres
radica na fé cristológica”
radica na fé cristológica”
(Aparecida, 2007).
(Aparecida, 2007).
Prefeito da Congregação Prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé para a Doutrina da Fé Dom Gerhard Müller : :
“ “ Existe uma verdadeira Existe uma verdadeira
e uma falsa teologia da libertação”
e uma falsa teologia da libertação”
(em entrevista de 2012).
(em entrevista de 2012).
Prefeito da Congregação Prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé para a Doutrina da Fé Dom Gerhard Müller : :
“ “ Existe uma verdadeira Existe uma verdadeira
e uma falsa teologia da libertação”
e uma falsa teologia da libertação”
(em entrevista de 2012).
(em entrevista de 2012).
2. Teologia da Libertação:
identidade
J. B. Libânio:
J. B. Libânio:
““mais que teologia, trata-se mais que teologia, trata-se de uma Igreja da libertação”.
de uma Igreja da libertação”.
Gustavo Gutiérrez:
Gustavo Gutiérrez:
““é um novo modo é um novo modo de fazer teologia”.
de fazer teologia”.
Carlos Palacio:
Carlos Palacio:
““é um momento segundo, precedido por um é um momento segundo, precedido por um momento primeiro, a práxis de
momento primeiro, a práxis de libertação”.
libertação”.
2. Teologia da Libertação:
identidade
J. B. Libânio:
J. B. Libânio:
““mais que teologia, trata-se mais que teologia, trata-se de uma Igreja da libertação”.
de uma Igreja da libertação”.
Gustavo Gutiérrez:
Gustavo Gutiérrez:
““é um novo modo é um novo modo de fazer teologia”.
de fazer teologia”.
Carlos Palacio:
Carlos Palacio:
““é um momento segundo, precedido por um é um momento segundo, precedido por um momento primeiro, a práxis de
momento primeiro, a práxis de libertação”.
libertação”.
Leonardo Boff:
“Uma teologia que procura responder a uma questão crucial: como ser cristão e falar de um Deus Pai, num mundo de crucificados”.
J. Comblin J. Comblin
É, ao mesmo tempo, uma experiência de Deus e de responsabilidade frente à realidade humana e
social.
I. Ellacuría I. Ellacuría
“Nuestra teología innova en relación a otras teologías, por cambiar de lugar y de función.
Ella no se articula desde la academia, sino en la experiencia de fe de las comunidades eclesiales”
Leonardo Boff:
“Uma teologia que procura responder a uma questão crucial: como ser cristão e falar de um Deus Pai, num mundo de crucificados”.
J. Comblin J. Comblin
É, ao mesmo tempo, uma experiência de Deus e de responsabilidade frente à realidade humana e
social.
I. Ellacuría I. Ellacuría
“Nuestra teología innova en relación a otras teologías, por cambiar de lugar y de función.
Ella no se articula desde la academia, sino en la experiencia de fe de las comunidades eclesiales”
3. Perspectivas básicas da TdL
1ª. Gustavo Gutiérrez 1ª. Gustavo Gutiérrez
A força dos pobres, em A força dos pobres, em
perspectiva de fé, em sua perspectiva de fé, em sua
luta pela libertação Integral.
luta pela libertação Integral.
(representa o povo das favelas de Lima) (representa o povo das favelas de Lima)
3. Perspectivas básicas da TdL
1ª. Gustavo Gutiérrez 1ª. Gustavo Gutiérrez
A força dos pobres, em A força dos pobres, em
perspectiva de fé, em sua perspectiva de fé, em sua
luta pela libertação Integral.
luta pela libertação Integral.
(representa o povo das favelas de Lima)
(representa o povo das favelas de Lima)
2ª. Hugo Assmann 2ª. Hugo Assmann
Crítica do capitalismo, assumindo do Crítica do capitalismo, assumindo do marxismo, o que coincide com o marxismo, o que coincide com o
cristianismo.
cristianismo.
(representa as vanguardas (representa as vanguardas
revolucionárias) revolucionárias) 2ª. Hugo Assmann
2ª. Hugo Assmann
Crítica do capitalismo, assumindo do Crítica do capitalismo, assumindo do marxismo, o que coincide com o marxismo, o que coincide com o
cristianismo.
cristianismo.
(representa as vanguardas (representa as vanguardas
revolucionárias)
revolucionárias)
3ª. Juan Luís Segundo 3ª. Juan Luís Segundo
A teologia da libertação A teologia da libertação
como libertação da teologia:
como libertação da teologia:
“ “ o cristianismo apoiou a dominação, o cristianismo apoiou a dominação, mas deve apoiar a libertação”.
mas deve apoiar a libertação”.
(representa os intelectuais cristãos militantes) (representa os intelectuais cristãos militantes)
3ª. Juan Luís Segundo 3ª. Juan Luís Segundo
A teologia da libertação A teologia da libertação
como libertação da teologia:
como libertação da teologia:
“ “ o cristianismo apoiou a dominação, o cristianismo apoiou a dominação, mas deve apoiar a libertação”.
mas deve apoiar a libertação”.
(representa os intelectuais cristãos militantes) (representa os intelectuais cristãos militantes)
4ª. Leonardo Boff 4ª. Leonardo Boff
A teologia da libertação A teologia da libertação
como teologia do cativeiro:
como teologia do cativeiro:
“ “ a libertação é um ideal a libertação é um ideal não dos vencedores,
não dos vencedores, mas dos vencidos;
mas dos vencidos;
um movimento de um movimento de
resistência no exílio”.
resistência no exílio”.
(representa os que teimam em (representa os que teimam em
esperar ativamente; brasas sob cinzas) esperar ativamente; brasas sob cinzas) 4ª. Leonardo Boff
4ª. Leonardo Boff
A teologia da libertação A teologia da libertação
como teologia do cativeiro:
como teologia do cativeiro:
“ “ a libertação é um ideal a libertação é um ideal não dos vencedores,
não dos vencedores, mas dos vencidos;
mas dos vencidos;
um movimento de um movimento de
resistência no exílio”.
resistência no exílio”.
(representa os que teimam em (representa os que teimam em
esperar ativamente; brasas sob cinzas)
esperar ativamente; brasas sob cinzas)
4. Debates e embates
A Teologia da Libertação nasceu e se A Teologia da Libertação nasceu e se desenvolveu em condições pouco desenvolveu em condições pouco
favoráveis: teve que dar frutos antes do favoráveis: teve que dar frutos antes do
tempo (entre Medellín e Puebla) tempo (entre Medellín e Puebla)
Em Em MedellínMedellín, a teologia , a teologia
coincide com o magistério:
coincide com o magistério:
momento único na história, momento único na história,
o que permitiu ilusões, tanto o que permitiu ilusões, tanto
em relação à Igreja como em relação à em relação à Igreja como em relação à
sociedade.
sociedade.
4. Debates e embates
A Teologia da Libertação nasceu e se A Teologia da Libertação nasceu e se desenvolveu em condições pouco desenvolveu em condições pouco
favoráveis: teve que dar frutos antes do favoráveis: teve que dar frutos antes do
tempo (entre Medellín e Puebla) tempo (entre Medellín e Puebla)
Em MedellínEm Medellín, a teologia , a teologia
coincide com o magistério:
coincide com o magistério:
momento único na história, momento único na história,
o que permitiu ilusões, tanto o que permitiu ilusões, tanto
em relação à Igreja como em relação à em relação à Igreja como em relação à
sociedade.
sociedade.
Em 1972, Em 1972,
dois acontecimentos marcantes:
dois acontecimentos marcantes:
de um lado, o
de um lado, o Congresso de Congresso de
Cristãos pelo Socialismo (Chile);
Cristãos pelo Socialismo (Chile);
De outro, a Assembleia do
De outro, a Assembleia do CELAM em CELAM em Sucre
Sucre : ascensão de A. Lopez Trujillo e o : ascensão de A. Lopez Trujillo e o plano de combate à Teologia da
plano de combate à Teologia da Libertação.
Libertação.
Em 1972, Em 1972,
dois acontecimentos marcantes:
dois acontecimentos marcantes:
de um lado, o
de um lado, o Congresso de Congresso de
Cristãos pelo Socialismo (Chile);
Cristãos pelo Socialismo (Chile);
De outro, a Assembleia do
De outro, a Assembleia do CELAM em CELAM em Sucre
Sucre : ascensão de A. Lopez Trujillo e o : ascensão de A. Lopez Trujillo e o plano de combate à Teologia da
plano de combate à Teologia da Libertação.
Libertação.
Década de 1070-1980 Década de 1070-1980
Aliança com as ditaduras militares Aliança com as ditaduras militares
(Documento de Santa Fé) (Documento de Santa Fé)
Intervenção na CLAR Intervenção na CLAR
Processos contra teólogos Processos contra teólogos
e teólogas da libertação e teólogas da libertação Década de 1070-1980
Década de 1070-1980
Aliança com as ditaduras militares Aliança com as ditaduras militares
(Documento de Santa Fé) (Documento de Santa Fé)
Intervenção na CLAR Intervenção na CLAR
Processos contra teólogos Processos contra teólogos
e teólogas da libertação
e teólogas da libertação
Camilo Torres/Che Guevara Camilo Torres/Che Guevara
““Cristãos para o socialismo” apareceu como Cristãos para o socialismo” apareceu como vanguarda da teologia da libertação e não vanguarda da teologia da libertação e não era.era.
Não se apostava na libertação pela violência, Não se apostava na libertação pela violência,
mas certos segmentos celebravam a mas certos segmentos celebravam a
guerrilha no discurso.
guerrilha no discurso.
O uso do linguajar dos O uso do linguajar dos
movimentos esquerdistas movimentos esquerdistas
cristãos permitia uma cristãos permitia uma
confusão, que serviu confusão, que serviu
para condenar a para condenar a
Teologia da Libertação.
Teologia da Libertação.
Camilo Torres/Che Guevara Camilo Torres/Che Guevara
““Cristãos para o socialismo” apareceu como Cristãos para o socialismo” apareceu como vanguarda da teologia da libertação e não vanguarda da teologia da libertação e não era.era.
Não se apostava na libertação pela violência, Não se apostava na libertação pela violência,
mas certos segmentos celebravam a mas certos segmentos celebravam a
guerrilha no discurso.
guerrilha no discurso.
O uso do linguajar dos O uso do linguajar dos
movimentos esquerdistas movimentos esquerdistas
cristãos permitia uma cristãos permitia uma
confusão, que serviu confusão, que serviu
para condenar a para condenar a
Teologia da Libertação.
Teologia da Libertação.
Libertatis Nuntius/Libertatis Conscientia Libertatis Nuntius/Libertatis Conscientia
Duas Instruções da Congregação Duas Instruções da Congregação
para a Doutrina da Fé:
para a Doutrina da Fé:
Libertatis Nuntius (1984) Libertatis Nuntius (1984)
(corrigir desvios doutrinários (corrigir desvios doutrinários nos aspectos: hermenêutico, nos aspectos: hermenêutico,
antropológico e sociológico, antropológico e sociológico,
ético e moral, exegético, ético e moral, exegético, dogmático, cristológico e dogmático, cristológico e
eclesiológico).
eclesiológico).
Libertatis Conscientia (1986) Libertatis Conscientia (1986)
(acolhe e assume categorias como:
(acolhe e assume categorias como:
“ “libertação”, “oprimidos”, o princípio libertação”, “oprimidos”, o princípio da “opção preferencial pelos pobres”).
da “opção preferencial pelos pobres”).
Libertatis Nuntius/Libertatis Conscientia Libertatis Nuntius/Libertatis Conscientia
Duas Instruções da Congregação Duas Instruções da Congregação
para a Doutrina da Fé:
para a Doutrina da Fé:
Libertatis Nuntius (1984) Libertatis Nuntius (1984)
(corrigir desvios doutrinários (corrigir desvios doutrinários nos aspectos: hermenêutico, nos aspectos: hermenêutico,
antropológico e sociológico, antropológico e sociológico,
ético e moral, exegético, ético e moral, exegético, dogmático, cristológico e dogmático, cristológico e
eclesiológico).
eclesiológico).
Libertatis Conscientia (1986) Libertatis Conscientia (1986)
(acolhe e assume categorias como:
(acolhe e assume categorias como:
“ “libertação”, “oprimidos”, o princípio libertação”, “oprimidos”, o princípio da “opção preferencial pelos pobres”).
da “opção preferencial pelos pobres”).
5. O que é a Teologia da Libertação
1º. A teologia como
instrumento de libertação
Se a teologia não serve para libertar o povo, a quem serve?
É “sal que perdeu sua força”
(Mt 5,13).
Trata-se da constitutiva dimensão
“sócio-libertadora” da teologia.
5. O que é a Teologia da Libertação
1º. A teologia como
instrumento de libertação
Se a teologia não serve para libertar o povo, a quem serve?
É “sal que perdeu sua força”
(Mt 5,13).
Trata-se da constitutiva dimensão
“sócio-libertadora” da teologia.
2º. Uma reflexão da práxis 2º. Uma reflexão da práxis
à luz da fé à luz da fé
A “dimensão libertadora da teologia” está fundada na “dimensão teológica da libertação”.
É uma reflexão social
que tem como referência a fé.
2º. Uma reflexão da práxis 2º. Uma reflexão da práxis
à luz da fé à luz da fé
A “dimensão libertadora da teologia” está fundada na “dimensão teológica da libertação”.
É uma reflexão social
que tem como referência a fé.
3º. Um novo modo de teologizar, mediado pelas ciências
Para articular o discurso:
com a realidade social, a necessidade da mediação sócio-analítica;
com a revelação, da mediação hermenêutica;
com a ação, a necessidade das mediações
da práxis
.
3º. Um novo modo de teologizar, mediado pelas ciências
Para articular o discurso:
com a realidade social, a necessidade da mediação sócio-analítica;
com a revelação, da mediação hermenêutica;
com a ação, a necessidade das mediações
da práxis
.
4ª. Uma teologia como “momento segundo”
A teologia é um ato segundo, precedido pelo
ato primeiro que é a “experiência do Deus revelado”, na “experiência
do pobre”.
É a teologia como inteligência reflexa das práticas libertadoras:
a libertação precede a teologia.
4ª. Uma teologia como “momento segundo”
A teologia é um ato segundo, precedido pelo
ato primeiro que é a “experiência do Deus revelado”, na “experiência
do pobre”.
É a teologia como inteligência reflexa das práticas libertadoras:
a libertação precede a teologia.
5º. A teologia da libertação: um
dispositivo particular dentro da teologia global
É uma teologia global que leva a sério e integra a dimensão libertadora da fé.
Como a opção pelos pobres “radica na fé
cristológica”, precisa ser assumida por
toda e qualquer teologia que se denomine cristã.
No fundo, não existe “teologia da libertação”, mas “teologia cristã”.
Uma teologia só é autêntica quando integra a “dimensão sócio-libertadora da fé”.
5º. A teologia da libertação: um
dispositivo particular dentro da teologia global
É uma teologia global que leva a sério e integra a dimensão libertadora da fé.
Como a opção pelos pobres “radica na fé
cristológica”, precisa ser assumida por
toda e qualquer teologia que se denomine cristã.
No fundo, não existe “teologia da libertação”, mas “teologia cristã”.
Uma teologia só é autêntica quando integra a “dimensão sócio-libertadora da fé”.
6. Onde está a Teologia da Libertação, hoje?
Jon Sobrino Jon Sobrino
Radicalizando a Radicalizando a
teologia na opção teologia na opção
pelos pobres pelos pobres
(A teologia como intellectus misericordiae (A teologia como intellectus misericordiae : :
extra pauperis nulla sallus) extra pauperis nulla sallus)
6. Onde está a Teologia da Libertação, hoje?
Jon Sobrino Jon Sobrino
Radicalizando a Radicalizando a
teologia na opção teologia na opção
pelos pobres pelos pobres
(A teologia como intellectus misericordiae (A teologia como intellectus misericordiae : :
extra pauperis nulla sallus)
extra pauperis nulla sallus)
Leonardo Boff Leonardo Boff
Integrando à Teologia da Libertação Integrando à Teologia da Libertação
o “grito da terra”
o “grito da terra”
como “grito dos pobres”
como “grito dos pobres”
– – a ecoteologia – a ecoteologia –
A teologia em diálogo com a biologia, a A teologia em diálogo com a biologia, a
cosmologia, cosmologia, a física...
a física...
(uma teologia da criação (uma teologia da criação em perspectiva libertadora) em perspectiva libertadora) Leonardo Boff
Leonardo Boff
Integrando à Teologia da Libertação Integrando à Teologia da Libertação
o “grito da terra”
o “grito da terra”
como “grito dos pobres”
como “grito dos pobres”
– – a ecoteologia – a ecoteologia –
A teologia em diálogo com a biologia, a A teologia em diálogo com a biologia, a
cosmologia, cosmologia, a física...
a física...
(uma teologia da criação
(uma teologia da criação
em perspectiva libertadora)
em perspectiva libertadora)
F. Hinkelhammert F. Hinkelhammert
(DEI-Costa Rica) (DEI-Costa Rica)
Radicalizando a crítica Radicalizando a crítica
ao modelo capitalista neoliberal ao modelo capitalista neoliberal
(O diálogo entre teologia e economia).
(O diálogo entre teologia e economia).
(O capitalismo é sacrificialista;
(O capitalismo é sacrificialista;
cria um mundo onde não cabem todos) cria um mundo onde não cabem todos) F. Hinkelhammert
F. Hinkelhammert (DEI-Costa Rica) (DEI-Costa Rica)
Radicalizando a crítica Radicalizando a crítica
ao modelo capitalista neoliberal ao modelo capitalista neoliberal
(O diálogo entre teologia e economia).
(O diálogo entre teologia e economia).
(O capitalismo é sacrificialista;
(O capitalismo é sacrificialista;
cria um mundo onde não cabem todos)
cria um mundo onde não cabem todos)
Gustavo Gutiérrez Gustavo Gutiérrez
Dialogando com Dialogando com
a emergência da a emergência da
nova racionalidade, nova racionalidade, a irrupção de novos a irrupção de novos
rostos de pobres rostos de pobres
e o pluralismo e o pluralismo
cultural e religioso.
cultural e religioso.
(é a teologia buscando se situar (é a teologia buscando se situar no contexto da modernidade tardia, no contexto da modernidade tardia,
da terceira ilustração, da razão da terceira ilustração, da razão
comunicativa comunicativa ) )
Gustavo Gutiérrez Gustavo Gutiérrez
Dialogando com Dialogando com
a emergência da a emergência da
nova racionalidade, nova racionalidade, a irrupção de novos a irrupção de novos
rostos de pobres rostos de pobres
e o pluralismo e o pluralismo
cultural e religioso.
cultural e religioso.
(é a teologia buscando se situar (é a teologia buscando se situar no contexto da modernidade tardia, no contexto da modernidade tardia,
da terceira ilustração, da razão da terceira ilustração, da razão
comunicativa
comunicativa ) )
1º. O desafio da nova racionalidade 1º. O desafio da nova racionalidade A necessidade de abrir-se
A necessidade de abrir-se a outras formas de razão.
a outras formas de razão.
Na inteligência da fé, Na inteligência da fé,
falta assumir a falta assumir a
subjetividade como subjetividade como
espaço no qual se espaço no qual se
produz a transcendência produz a transcendência
na imanência.
na imanência.
Desde a alteridade negada, como imperativo Desde a alteridade negada, como imperativo
ético, falta abordar questões como a do bem, ético, falta abordar questões como a do bem,
da liberdade e sobretudo da gratuidade.
da liberdade e sobretudo da gratuidade.
A necessidade de abrir-se A necessidade de abrir-se
a outras formas de razão.
a outras formas de razão.
Na inteligência da fé, Na inteligência da fé,
falta assumir a falta assumir a
subjetividade como subjetividade como
espaço no qual se espaço no qual se
produz a transcendência produz a transcendência
na imanência.
na imanência.
Desde a alteridade negada, como imperativo Desde a alteridade negada, como imperativo
ético, falta abordar questões como a do bem, ético, falta abordar questões como a do bem,
da liberdade e sobretudo da gratuidade.
da liberdade e sobretudo da gratuidade.
2º. O desafio do mundo da insignificância 2º. O desafio do mundo da insignificância
Surgem novos rostos Surgem novos rostos
da pobreza: o pobre da pobreza: o pobre
não só como “explorado”, não só como “explorado”,
mas como “supérfluo mas como “supérfluo
e descartável”.
e descartável”.
Impõe-se à teologia a Impõe-se à teologia a
tarefa de alargar tarefa de alargar
o conceito de pobre, para o conceito de pobre, para
além dos fatores além dos fatores
econômicos: há econômicos: há
discriminados por discriminados por
questões questões
de étnicas, de étnicas,
culturais,etárias, de culturais,etárias, de
gênero…
gênero…
Surgem novos rostos Surgem novos rostos
da pobreza: o pobre da pobreza: o pobre
não só como “explorado”, não só como “explorado”,
mas como “supérfluo mas como “supérfluo
e descartável”.
e descartável”.
Impõe-se à teologia a Impõe-se à teologia a
tarefa de alargar tarefa de alargar
o conceito de pobre, para o conceito de pobre, para
além dos fatores além dos fatores
econômicos: há econômicos: há
discriminados por discriminados por
questões questões
de étnicas, de étnicas,
culturais,etárias, de culturais,etárias, de
gênero…
gênero…
3º. El desafio do pluralismo 3º. El desafio do pluralismo
O pluralismo é portador de implicações O pluralismo é portador de implicações
concretas para a teologia:
concretas para a teologia:
1º. O alargamento do conceito de teologia Não é uma reflexão
Não é uma reflexão
exclusiva do cristianismo, exclusiva do cristianismo,
nem restrita nem restrita
ao mundo ocidental, ao mundo ocidental,
à sua racionalidade.
à sua racionalidade.
La teologia é pluri-confessional e pluri-cultural La teologia é pluri-confessional e pluri-cultural. . O pluralismo é portador de implicações
O pluralismo é portador de implicações concretas para a teologia:
concretas para a teologia:
1º. O alargamento do conceito de teologia Não é uma reflexão
Não é uma reflexão
exclusiva do cristianismo, exclusiva do cristianismo,
nem restrita nem restrita
ao mundo ocidental, ao mundo ocidental, à sua racionalidade.
à sua racionalidade.
La teologia é pluri-confessional e pluri-cultural La teologia é pluri-confessional e pluri-cultural. .
2º. A pluri-confessionalidade da teologia
Diferentes experiências religiosas dão origem Diferentes experiências religiosas dão origem
a uma diversidade de teologias confessionais, a uma diversidade de teologias confessionais,
ainda que o confessional de toda teologia não ainda que o confessional de toda teologia não
se esgota na própria confessionalidade.
se esgota na própria confessionalidade.
O confessional, sem o O confessional, sem o
horizonte das demais horizonte das demais
confissões, desemboca confissões, desemboca
no confessionalismo, no confessionalismo,
caminho para o caminho para o
fundamentalismo.
fundamentalismo.
2º. A pluri-confessionalidade da teologia
Diferentes experiências religiosas dão origem Diferentes experiências religiosas dão origem a uma diversidade de teologias confessionais, a uma diversidade de teologias confessionais, ainda que o confessional de toda teologia não ainda que o confessional de toda teologia não
se esgota na própria confessionalidade.
se esgota na própria confessionalidade.
O confessional, sem o O confessional, sem o
horizonte das demais horizonte das demais
confissões, desemboca confissões, desemboca
no confessionalismo, no confessionalismo,
caminho para o caminho para o
fundamentalismo.
fundamentalismo.
3º. A pluri-culturalidade da teologia
Além de pluri-confessional, a teologia é também Além de pluri-confessional, a teologia é também
pluri-cultural.
pluri-cultural.
Toda confessionalidade Toda confessionalidade
se dá num contexto se dá num contexto
pluri-cultural.
pluri-cultural.
Como todo saber é contextual, é legítimo Como todo saber é contextual, é legítimo
haver diferentes teologias, também no interior haver diferentes teologias, também no interior
da mesma confessionalidade.
da mesma confessionalidade.
3º. A pluri-culturalidade da teologia
Além de pluri-confessional, a teologia é também Além de pluri-confessional, a teologia é também
pluri-cultural.
pluri-cultural.
Toda confessionalidade Toda confessionalidade
se dá num contexto se dá num contexto
pluri-cultural.
pluri-cultural.
Como todo saber é contextual, é legítimo Como todo saber é contextual, é legítimo
haver diferentes teologias, também no interior haver diferentes teologias, também no interior
da mesma confessionalidade.
da mesma confessionalidade.