• Nenhum resultado encontrado

ANULAÇÃO DE DELIBERAÇÕES SOCIAIS ÓNUS DA PROVA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "ANULAÇÃO DE DELIBERAÇÕES SOCIAIS ÓNUS DA PROVA"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Tribunal da Relação de Évora Processo nº 280/09.6TBSTR.E1 Relator: ISOLETA COSTA

Sessão: 26 Maio 2010 Votação: UNANIMIDADE Meio Processual: APELAÇÃO

Decisão: REVOGADA A SENTENÇA

ANULAÇÃO DE DELIBERAÇÕES SOCIAIS ÓNUS DA PROVA

Sumário

Em acção de anulação de deliberação social com fundamento em

irregularidade de convocatória, cabe ao autor invocar a sua qualidade de sócio, e a existência de deliberação, não votada por si. (artº 174º nº 1 e 342º nº 1 do CC).

Incumbe à Ré a prova de que efectuou a convocatória por modo regular, por ser este requisito constitutivo de validade do próprio acto deliberatório e a sua prova obsta à invalidade apregoada. (artº 342º nº 2 do CC)

As normas que prevêem a inversão das regras do ónus da prova não admitem interpretação extensiva por serem excepcionais, pelo que só deve tal ónus ser invertido quando resulta de situação expressa na lei. (artº 343º , 344º e 9º Todos do CC).

Texto Integral

Acordam os Juízes da Secção Cível do Tribunal da Relação de Évora:

Manuel ……….. , residente em Al..., intentou acção declarativa contra Associação de ... com sede em Al..., requerendo a anulação de todas as deliberações tomadas na Assembleia -geral Em acção de anulação de deliberação social com fundamento em irregularidade de

convocatória, cabe ao autor invocar a sua qualidade de sócio, e a existência de deliberação, não votada por si. (artº 174º nº 1 e 342º nº 1 do CC).

Incumbe à Ré a prova de que efectuou a convocatória por modo regular, por

(2)

ser este requisito constitutivo de validade do próprio acto deliberatório, quer incumbe à ré, e obsta à invalidade apregoada. (artº 342º nº 2 do CC)

As normas que prevêem a inversão das regras do ónus da prova não admitem interpretação extensiva por serem excepcionais, pelo que só deve tal ónus ser invertido quando resulta de situação expressa na lei. (artº 343º , 344º e 9º Todos do CC).

da Associação de ..., que se realizou no dia 1 de Agosto de 2008, e bem assim a condenação desta no pagamento de 750 euros a titulo de danos morais.

O Autor fundamentou a demanda na sua qualidade de sócio da referida Associação e ainda na irregularidade da convocatória que lhe foi enviada.

A Ré contestou.

Após tramitação legal, veio a realizar-se julgamento tendo sido proferida sentença que absolveu a Ré dos pedidos.

Desta sentença apelou o Autor que lavrou as conclusões ao adiante:

Nos termos do disposto no artº 174ºnº1 do CC a convocatória para assembleia deverá ser remetida sob registo daí a referencia expressa a “aviso postal”.

Também o artº 5º nº 6 dos Estatutos da ré refere «aviso postal», para a convocatória o que significa carta registada.

A apelada não demonstrou ter remetido convocatória por aviso postal registado, cabia-lhe fazer esta prova.

Donde que terá de entender-se que não foi a convocatória, para a assembleia- geral dos autos efectuada por aviso postal registado, pelo que terá de

entender-se ser esta invalida o que fere de igual vício as deliberações tomadas na mesa assembleia.

Colhidos os vistos legais nada obsta ao mérito.

Objecto do recurso.

São as conclusões do agravante que delimitam o objecto do recurso sem

prejuízo da matéria de conhecimento oficioso. (artº 684º nº 1 e 2 e 690º ambos d CPC)

O recurso coloca as seguintes questões:

A convocatória para assembleia que se refere no artº 174º do CC deve ser por aviso postal registado, ou simples aviso postal?

Em acção anulatória da deliberação com fundamento na falta de regularidade da convocatória, a quem cabe provar a regularidade da mesma ?

São factos provados:

A ré foi constituída por escritura pública exarada de fls 72 e vº a 73 do lº516º

(3)

do Cº Nª de Porto de Mós no dia 13-05-05.

O autor é caçador sócio da ré com o nº 28º e tem as quotas em dia.

No dia 1-08-08 pelas 21,30 horas assembleia-geral que teve lugar nas instalações da Assembleia dos Compartes de Baldios de Valverde, Pé da Padeira Barreirinhas e Murteira em Valverde.

Em 8-09-008, o A. dirigiu ao Presidente da A.G. da Ré e entregou em mão na sede desta, uma carta na qual solicita cópia da acta referente à deliberação referida nos autos.

Na sequência do que foi entregue ao autor cópia da acta da referida reunião da qual consta a seguinte ordem de trabalhos:

Apresentação discussão e votação do relatório de contas referente ao ano de 2007.

Admissão de novos sócios.

Plano de actividades para ano de 2008/09.

Assuntos de interesse geral.

Foram admitidos três novos sócios.

Esta admissão não foi precedida de parecer favorável de conselho cinegético – com o esclarecimento que a maioria dos membros do conselho votou

favoravelmente na Assembleia dos autos.

Na Assembleia dos autos estiveram presentes 17 associados Em 1-08-08 a Ré tinha 40 associados.

De Direito

Perante tal factualidade impõe-se decidir as questões colocadas no recurso.

1- Quanto à forma da convocatória:

O artº 174º do CC insere-se naquele conjunto e normas que constituem a disciplina imperativa, inafastável, relativa à constituição e funcionamento das pessoas colectivas.

Assim o artº 174º nº 1 do CC, quanto à forma da convocação da assembleia geral , tem em conta que esta é o órgão directamente representativo da vontade dos associados, constituente do seu poder soberano e universal.

A lei quando consagrou «aviso postal», quis tão só impor aviso pelo correio, individual e pessoal, tendo em conta exactamente aquele principio da

universalidade.

Se a lei pretendesse que o aviso, para além de postal, isto é, de ser pelo correio, também fosse registado, tê-lo-ia consagrado expressamente, como acontece por exemplo no caso do artº 1432º do CC que impõe que a

convocatória se faça por carta registada.

(4)

Porém o legislador não o fez.

Tem de entender-se que dispensou «in casu» tal formalidade. Do mesmo modo deverão ser interpretados estatutos da ré.

É que a interpretação tem de ter um mínimo de correspondência no texto cfra artº 9º n 2 do CC e essa correspondência não se retira para firmar o

pensamento pretendido pelo recorrente.

No sentido interpretativo do artº 174º, do CC sustentado neste Acórdão veja- se Parecer 65/88 da PGR, vol VIII-Pareceres, pg 87; «Pela sua própria natureza a assembleia geral confunde-se na respectiva composição com todo o

substrato pessoal, base fundamental do ente associativo»(…) «esta composição universal, não resultando de directa e expressa afirmação

legislativa (pois estará in re ipsa, está inscrita na própria natureza das coisas e da respectiva mediatização jurídico - organizatória), deduz-se, porém e desde logo, do modo como é disciplinada a forma da convocação. Ao

determinar que a assembleia deve ser convocada de determinado modo, o artº 174º nº 1 do CC indica também que a comunicação deve ser endereçada a cada um dos associados – na pressuposição e que cada um (isto é, todos) dos associados integra necessariamente a composição deste órgão.» e Ac 455/87 do TConst, in DR II série de 11-03-88

Daí a nosso ver não assistir razão ao recorrente nesta parte.

Quanto à segunda questão enunciada que é a de saber a quem cabe o ónus da prova da regularidade da convocatória na acção anulatória da deliberação social, vejamos.

O apelante defende que é à apelada.

O nosso sistema legal adoptante de um ónus de prova objectivo ou material, o que releva não é tanto a actuação subjectiva da parte mas a situação objectiva o non liquet do facto resultante da instrução da causa, (cfra artº 265 nº 3 514º nº 2 e 515º do CPC).

AVarella CCivil anot vol I-4ª ed pg 306, refere que «o significado essencial do ónus da prova não está tanto em saber a quem incumbe fazer a prova do facto como em determinar o sentido em que deve o tribunal decidir no caso de se não fazer essa prova»

Rui Rangel, na mesma senda sustenta em O ónus da Prova em Processo Civil , pg 366, 2ª ed, que «o significado do ónus da prova está fundamentalmente em determinar como deve o tribunal decidir no caso de não se provar certo facto;

por outro lado existe uma sintonia completa entre o ónus do pedido o ónus da afirmação e o ónus da prova. Ao ónus do pedido corresponde o ónus da

afirmação. Ao ónus da afirmação corresponde o fazer nascer o ónus da prova;

o ónus da acção que pertence ao autor, faz recair sobre este o ónus de afirmar e consequentemente, o ónus de provar os factos que serve de sustentação à

(5)

pretensão que por via dessa acção, pretende fazer valer o ónus da excepção, que incumbe ao réu, pressupõe que este tenha por isso mesmo o ónus de afirmar e de provar os factos que estão na base dela»

Valendo bem aqui a afirmação de Michele Taruffo, “Presunzioni, inversioni”, prova del fatto, p. 750. “Quanto mais difícil é fornecer a prova do facto

negativo, mais a repartição do ónus da prova deixa de ser um mecanismo de prova e torna-se na realidade num mecanismo de pré-determinação da

sucumbência.”

Partindo de tais coordenadas interpretativas, sufragando ainda Antunes Varella, Miguel Bezerra e Sampaio, Manual de Direito Processual Civil, pg 462-463 ; e Alberto dos Reis, CPC anot vol III- 339; alinhamos com o

pensamento de Rosenberg, cujo critério, o chamado critério da norma, sugere que «os actos não produzem por si só os seus efeitos nos comportamentos jurídicos, derivando sempre esse efeito das normas jurídicas e têm apenas significado na medida em que contem ou dão a conhecer os pressupostos das normas jurídicas…

…aquela parte cuja pretensão no processo não pode atingir qualquer sucesso sem ia aplicação de uma determinada norma jurídica carrega o ónus de

alegação e de prova de que os pressupostos da norma jurídica na realidade ocorreram…

…O autor tem de provar que os pressupostos daquela norma na qual fundamenta o seu pedido se verificaram, isto é, os pressupostos da norma fundamentadora, além das respectivas normas complementares. O réu tem de provar os pressupostos daquela norma com cuja ajuda pretende a rejeição do pedido. Estes são os pressupostos de uma norma que impede, exclui ou destrói o direito.» Die Beweislast, 5 auflage Munchen, Verlag C.H.Beck, 1965, pg 98 a 106.

Por outro lado, muitas são, de facto, as situações em que facto constitutivo, impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor ou do réu é um facto negativo, sendo certo que a prova deste tipo de factos não é sempre

necessariamente mais difícil de efectuar do que a prova de certos factos positivos, estando a jurisprudência e doutrina divididas quanto à questão de saber se deve haver inversão do ónus de prova de factos negativos, e em que casos, como se referirá.

De resto haveria aqui que distinguir os chamados factos negativos definidos (aqueles cuja negatividade resulta apenas da sua formulação) dos chamados factos negativos indefinidos, (aqueles cuja natureza negativa resulta do seu próprio conteúdo, não provem apenas da respectiva formulação).

Só quanto a estes, últimos é que a prova só pode ser feita mediante o

(6)

afastamento de uma quantidade por vezes ilimitada de factos negativos

possíveis. Veja-se o caso da prova de factos do tipo “Nunca disse”, “Nunca fiz”.

O regime de inversão do ónus da prova perante os factos negativos apenas se porá, naturalmente, quando estivermos perante uma negativa indefinida, ou seja, naqueles casos em que a prova dos factos negativos conduz a uma extrema dificuldade ou mesmo à impossibilidade e prova.

Não obstante, este regime haveria de resultar directamente do direito positivo, não sendo legítimo interpretar extensivamente as normas que regulam a inversão do ónus da prova uma vez que se trata de normas excepcionais.

Sucede, que o ónus da prova dos factos negativos, não está contemplado no direito constituído de uma forma geral e abstracta, como acontece com o

definido por exemplo no artº 342º do CC quanto às regras gerais de repartição de ónus de prova.

O artigo 343º do Código Civil, veio estabelecer regras especiais para alguns casos de prova de factos negativos a estes em concreto se referindo na norma em causa, prevendo no nº 1 a inversão do respectivo ónus nas acções de

simples apreciação negativa e, já quanto aos demais casos, apenas concretiza o que já resulta das regras gerais do artº 342º do CC [1]

Esta divisão da regra do ónus probatório conduz ao entendimento de um certo sector da doutrina e jurisprudência, que «o legislador quis expressamente marcar a necessidade de prova dos factos negativos e que estes não seriam fundamento para uma inversão do ónus da prova».cfra Rita Lynce de Faria «A Inversão do Ónus da Prova no Direito Civil Português».

No mesmo entendimento cfra Alberto dos Reis C.P.C., anot., vol. 3º, p. 268 . Defendendo a necessidade da prova dos factos negativos e inadmissibilidade de inversão da regra, cfra ainda A. Varella anot ao Ac do STJ de 22.10.81 e Assento nº 4/83 R.L.Jº ano 116 pg 341.

Perfilhando este entendimento vde ainda o STJ in Ac de 7/2/08, procº

074705.dgi.net, in anot ao artº 342º do CC decidindo que «a prova dos factos constitutivos sejam eles positivos ou negativos, incumbe à parte que invoca o direito. Não é pelo facto de estarmos perante um facto negativo que se inverte o ónus da prova, nem tão pouco pela dificuldade que isso representa».

Numa outra corrente interpretativa, acompanhada na doutrina por Vaz Serra

«Provas direito probatório material pg 143» a Jurisprudência dos tribunais portugueses tem-se pronunciado pela inversão do ónus da prova em situações de necessidade de prova de factos negativos, pela sua dificuldade.

São exemplos, desta orientação o Ac do TRP de 4/05/10, in www DGSI/TRP e de 9/10/79 in CJº 79º vol 4º-pg 1276; e Ac do STJ de 17/2/83, in BMJ 324, pp

(7)

584, ou ainda, o Ac do S.T.J de 19/01/84 in B.M.J 333, Fev. 84, p. 369, onde se escreveu “Não é ao autor em acção de preferência que cabe provar que não lhe foi dado conhecimento do projecto de venda, pois o ónus da prova deve ter-se por invertido nos casos de extrema dificuldade de produção, como sucede em relação aos factos de tipo negativo, por ser isso o que resulta dos sistema dos artigos 342.º e segs. do Código Civil, mas sim ao réu que, a título de excepção, compete alegar e provar que fez a devida comunicação ao titular do direito de preferência. Aliás, a situação é, de certo modo, análoga à que decorre nas acções de simples apreciação ou declaração negativa, em que compete ao réu provar o facto positivo em que se alicerça o seu direito e que é contrário à pretensão do autor (n. 1 do artigo 343.º do Código Civil).

Trata-se pois de matéria da maior importância e melindre, o que nos leva a subscrever a afirmação de Carlos Lessona in «Teoria general de la prueba em derecho civil, pg 129, que «a obrigação de provar não está determinada pela qualidade do facto que se tem de provar mas pela condição juridica que tem em juízo aquele que o invoca»

E é aqui que, para obviar afastando a aplicação das regras de inversão do ónus da prova, sem mais, se impõe percorrer o caminho analítico constante do critério da norma de Rosenberg, acima aludido, por configurar a justa análise para a decisão, que resultará da resposta dada à pergunta : Na presente acção qual é a norma que acolhe e define os requisitos do direito concreto que o autor pretende fazer valer?»

Encontrada a norma em que se funda esse direito, basta determinar a

qualidade jurídica do facto se constitutiva ( o autor tem de provar) ; nos outros casos é ao réu que cabe fazer a prova, tudo isto sem questionar se o facto é negativo ou positivo.

A análise da norma material que prevê o direito, e identifica a origem do mesmo, conterá a solução, para os factos concretos que se apuraram. [2]

Daqui para o caso dos autos, pois.

Temos para nós que o fundamento desta acção reside, na qualidade de sócio do Autor e no seu direito de voto, em deliberação de Assembleia Geral, já que este é precisamente o escopo do artº 174º nº1, do CC, como supra se referiu, que ao impor esta forma de convocar os sócios, visa precisamente assegurar a universalidade de votos.

A regularidade da convocatória, constitui assim, dever imposto à ré, de cujo cumprimento depende designadamente a não afectação do direito de voto dos sócios, cujo exercício será afectado pela inexistência de convocatória regular.

Encontrado o escopo e previsão legais pode desde já determinar-se, que neste caso ao autor caberá invocar e provar os requisitos, constitutivos do seu

(8)

direito a deliberar, e bem assim a existência de deliberação não votada por si, (artº 342º nº 1 do CC); sendo que à ré caberá a prova de que a deliberação foi válida e portanto regularmente convocada, (por outras palavras se o autor não votou foi por razão que não é imputável à ré).

Esta solução retira-se da mera aplicação do critério de Rosenberg, já que o artº 174º nº 1 do CC, impõe a convocatória por aviso postal para assembleia- geral a remeter aos sócios, sancionando a irregularidade desta convocatória com a anulabilidade (artº 177º doCC).

Portanto estamos aqui na esfera da validade interna da deliberação, por efeito da sua regularidade, constitutiva, cujos pressupostos, se não forem

demonstrados no processo, acarretam a anulação do acto deliberatório.

Concluindo,

Não será tanto pelo recurso à inversão do ónus de prova mas antes pelo recurso às regras do ónus de prova, tais como ficaram acima interpretadas, que se entende que nada tendo ficado provado quanto ao envio de

convocatória postal para os sócios, a acção de anulação procederá, já que de tal não se pode retirar a existência de convocatória, e só esta legitimaria a validade da deliberação assim posta em causa.

Pelo que nada tendo sido provado nos autos quanto à existência de

convocatória remetida ao autor , pela ré, por aviso postal,( pois só este era necessário) para a assembleia geral que se realizou em 1-08-08, as

deliberações que nesta foram tomadas foram-no irregularmente sendo sancionáveis conforme a prescrição do artº 177º do CC, já que caberia à ré demonstrar a regularidade formal da convocatória, já que esta sua conduta, é requisito de validade do acto deliberativo; e só esta regularidade formal

obstaria à procedência da presente acção (artº 342º nº 2 ddo CC).

Nesta parte tem razão apelante.

Daí que, por aqui, se acolha o recurso, face ao disposto nos arts 177º e 174º ambos do CC.

Segue deliberação:

Na procedência da apelação, revoga-se a sentença apelada declarando- se anuladas todas as deliberações tomadas na Assembleia Geral da Ré impugnada nos autos.

Custas pela apelada

Évora, 26 de Maio de 2010

______________________________

(9)

[1] Note-se que para Miguel T de Sousa, e Anselmo de Castro, não se trata aqui de uma inversão de ónus de prova mas apenas a aplicação das regras do ónus da prova .cfr M. Teixeira de Sousa, as partes, o objecto e a prova na acção declarativa, Lisboa lex, 1995, pp 220-221, e A Castro Direito Processual Civil Declaratório, vol III-pg 354.

[2] Note-se que uma mesma situação pode dar lugar a diferentes ónus, conforme o direito reclamado, como é o caso de num incumprimento de contrato se pedir o cumprimento, ou por exemplo, a resolução e uma indemnização, em que nesta segunda hipótese se inclui o facto do incumprimento do réu por constitutivo do direito à resolução

Referências

Documentos relacionados

O trabalhador que realize a prestação em empresa legalmente dispensada de suspender o trabalho em dia feriado obrigatório tem direito a um descanso compensatório de igual duração ou

I - Na acção para exercício do direito de preferência previsto no art.º 1380.º do CC, o autor carece de alegar e provar, não apenas a relação de confinância entre os prédios,

estucador, foi vítima dum acidente ocorrido no dia 12 de Setembro de 2005, por ter caído desamparado de uma altura de 15 metros, quando procedia à descofragem da caixa do elevador

38 No Acórdão Meister, processo C-415/10, o TJUE decidiu que os artigos 8.°, n.° 1, da Diretiva 2000/43/CE do Conselho, de 29 de junho de 2000, que aplica o princípio da

A DIREÇÃO da ESCOLA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PENITENCIÁRIO DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ torna público o processo seletivo de artigos

E que ele as corrigirá atribuindo a cada pergunta o valor de 2,5 pontos por resposta correta e zero ponto por resposta errada, NÃO existe acerto de parte da

Para tal, argumentam estarem tais factos alicerçados em “documento idóneo (a escritura pública celebrada no Cartório Notarial de P..., em 11 de Fevereiro de 2005) do qual consta:

Anschrift: Avenida Manuel Francisco da Costa, 101G, 2º L, 4846-067 Gerês / Terras de Bouro. Telefon: +351 935