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JUBIABÁ, DE JORGE AMADO, COMO ROMANCE DE FORMAÇÃO: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO LITERÁRIA PARA A AUTONOMIA DO ALUNO 1

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JUBIABÁ, DE JORGE AMADO, COMO ROMANCE DE FORMAÇÃO: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO LITERÁRIA PARA A AUTONOMIA DO

ALUNO1

Cristiane Pereira França e Karina Pereira do Carmo Codeço2 Jefferson Diório do Rozário3

RESUMO:

O romance de formação, surgido na Europa do século XVIII – no Século das Luzes -, teve seu apogeu neste e no século XIX, confundindo seu momento de maturidade com o bom tempo da vida do romance moderno, antes que o gênero começasse a ser desconstruído. A partir desse conceito, este trabalho propõe analisar o romance de Jubiabá, de Jorge Amado, a fim de entender o conceito de romance de formação nessa obra e, por meio da noção de educação literária, abordar as possibilidades do processo educativo como elemento emancipatório do indivíduo.A metodologia de pesquisa utilizada foi o levantamento bibliográfico, por meio de buscas em sites acadêmicos e livros voltados ao assunto. Observou-se a obra em questão e foi possível concluir que o tema é relevante para a prática de ensino na educação básica, em especial na conscientização da necessidade de emancipação dos estudantes em busca de autonomia para tornar-se um adulto completo, responsável e consciente.

Palavras-chave: Romance; Romance de Formação; Educação literária; Emancipação.

1 INTRODUÇÃO

Bakhtin (2003) apresenta o livro Os anos de Aprendizagem de Wilhelm Meister, de Goethe, como uma das formas mais puras do romance de formação. No romance de Goethe (2009), Wilhelm é uma criança ingênua que vai aprendendo sobre a vida na medida em que envelhece e viaja. Com essa perspectiva espaço-

1Trabalho Final de Curso de LicenciaturaemLetras Português/EAD do Ifes Campus Vitória/ES.

2Graduanda em Letras, pelo IFES, crispereirafranca@yahoo.com.br e Graduanda em Letras, pelo IFES, eloiseo_bjn@hotmail.com

3Professor orientador; Dr. em Letras; FACCACI, FACULDADE AMÉRICA, FAVENI;

jdioriodorozario@yahoo.com.br

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temporal, Goethe apresenta possibilidades e dificuldades no processo de aprendizagem do jovem alemão.

A partir desta obra, Bakhtin menciona outras em que há personagens que são educados ao longo do romance, e, com isso, constrói a teoria que ele vem a chamar de “romance de educação”, ou de formação. Assim, acredita-se que, seguindo o método de Bakhtin, é possível analis ar outras obras, da literatura brasileira, que possam ser utilizados em aulas de literatura na Educação Básica.

No caso deste trabalho, a proposta é analisar a obra de Jubiabá, de Jorge Amado, com a finalidade de extrair o conceito de romance de formação desse livro e, por meio do conceito de educação literária, abordar as possibilidades do processo educativo como elemento emancipador do indivíduo.

A partir dessa constatação, é possível reconhecer que essa pesquisa seja relevante para a prática de ensino na educação básica, especialmente na conscientização da necessidade de emancipação do aluno, pois Jubiabá conta a história de uma personagem que nasce e cresce em uma comunidade e, ao longo de sua vida, vai tomando consciência de sua condição de vida e passa a buscar as soluções, especialmente nos movimentos sociais, para romper com a histórica exploração de sua classe social (AMADO, 2008).

Ao mencionar esse pano de fundo, Bakhtin (2003) apresenta o romance de formação como um gênero literário em que o “herói” se modifica no tempo, ao passo que o próprio “tempo histórico” narrado se modifica. Partindo do pressuposto de que essas características se manifestam no romanceJubiabá, de Jorge Amado, essa pesquisa levantou a hipótese de que seria possível a utilização desta obra para as aulas de literatura voltadas à autonomia do aluno.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O Romance de Formação e sua origem

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A teoria linguística de Bakhtin (2003, p. 221- 277) engloba uma série extensa de conceitos como polifonia, gênero do discurso, dialogismo; prosa e poesia;

carnavalização; romance; ideologia estética etc. Contudo, quase todos esses temas são analisados tendo como pano de fundo a literatura. Nesse sentido, o autor faz uma revisão na literatura desde a antiguidade até sua época, apresentando a transmutação de gêneros, historicamente, em outros, na medida em que as formas de relações humanas vão mudando. Isso porque, para Bakhtin (2003, p. 246), “[...] no romance, o mundo todo e a vida toda são apresentados em um corte da totalidadeda época [...]”, e esta possibilidade de alcance da realidade faz parte da natureza do romance.

Em seu trabalho sobre a estilística, dirá que “[...] todo romance, do ponto de vista da linguagem e da consciência linguística nele personificadas, é um híbrido”, concluindo, mais adiante, que “[...] é provável que na literatura universal não sejam poucas as obras de cujo caráter paródico sequer suspeitemos em nossos dias”, ou seja, acentuando mais uma vez a instabilidade das categorias essencialistas quando se trata do discurso romanesco (BAKHTIN, 2015, p. 165, 177).

O romance de formação, Bildungsroman, como originalmente é chamado, possuía o foco no desenvolvimento da vida do protagonista e sua consciente adaptação ao mundo burguês, tomando formas semelhantes em vários países, bem como na poderosa Inglaterra do século XIX. Seu legado de otimismo humanista influencia toda a literatura posterior.

O romance Jubiabá, de Jorge Amado, vem sendo analisado quanto às suas características de romance de educação e, cada vez mais, se confirma neste gênero.

Publicado em 1935, Jubiabá narra o crescimento e a formação da consciência de classe do trabalhador descendente de escravos, no contexto de emergência do proletariado urbano no Brasil. O romance dialoga com a tradição do Bildungsroman europeu para construir um dos primeiros heróis negros de nossa literatura.

(DUARTE, 2018, p. 175).

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Ainda de acordo com Duarte (2018), o conceito de bildungsroman (romance de formação) que pode ser identificado na obra de Jorge Amado, em Jubiabá, diferencia-se da proposta europeia no sentido de que, enquanto o pensamento europeu era mais filosófico e idealista, a manifestação deste gênero em Jorge Amado é mais materialista e lida com uma condição social real, a exploração do operário.

Em relação à utilização da literatura de formação para a educação literária, é uma prática que dialoga, no Brasil, com a pedagogia freiriana,

[...] de partir do universo próximo do aluno para a construção e ampliação de sentido – e em consideração ao grupo de estudantes – escolhemos primeiramente obras literárias brasileiras para depois elegermos as obras alemães. Para tanto, levantamos as representações literárias da escola dentro de romances de formação.

Como exemplos de romances de formação brasileiros, podemos citar Amar, verbo intransitivo (1976), de Mário de Andrade, Infância (1995), de Graciliano Ramos, Jubiabá (1997), de Jorge Amado, e Memórias sentimentais de João Miramar (1973), de Oswald de Andrade (PORTINHO-NAUIACK E BOECHAT, 2019, p. 41).

De fato, em sua Pedagogia da autonomia, Paulo Freire menciona, já ao final da obra:

Permanência do hoje a que o futuro desproblematizado se reduz. Daí o caráter desesperançoso, fatalista, antiutópico de uma tal ideologia em que se forja uma educação friamente tecnicista e se requer um educador exímio na tarefa de acomodação ao munido e não na de sua transformação (FREIRE, 1996, p. 143).

O que, de fato, dialoga com o romance de formação, uma vez que, nesse tipo de romance, o autor trabalha as modificações no espaço e no tempo, e as formas como que o personagem principal (em formação) também se modifica em função destas transformações.

Esse diálogo entre o romance de formação e a pedagogia freiriana é possível porque a modificação espaço-temporal verificada nos romances de formação brasileiros estão ancoradas nas condições sociais do país e relacionadas ao contexto histórico em que as obras foram produzidas (PORTINHO-NAUIACK E BOECHAT, 2019).

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De acordo com Corrêa e Oliveira (2020), além de Jubiabá, outras obras de Jorge Amado apresentam essa característica de romance de formação, como, por exemplo, Capitães de Areia. Nesse sentido, o principal conceito que atravessa esse tipo de romance não é uma educação formal, mas, pelo contrário, é o rompimento com certas instituições, dentre elas até mesmo a família, e a busca por um novo significado da existência social.

Assim, não é o mundo que se modifica mediante uma ética que projetada no herói, nem é uma mera transformação no herói que ocorre em função dos diferentes faixas etárias da vida, antes,

[...] o protagonista da história, o “herói”, em geral, rompe com sua família ou círculo social e segue sua trajetória, buscando seu autoconhecimento. Nesse percurso, vai aprendendo conforme suas experiências e alcança certo grau de maturidade. O personagem não morre e a história encerra mostrando a sua felicidade ou com a sua vida direcionada aos seus objetivos (CORRÊA e OLIVEIRA, 2020, p.128).

Portanto, a formação é a percepção de que o mundo real é dinâmico e que só um personagem dinâmico é capaz de acompanhar os processos de modificação no mundo.

Em detalhada análise sobre a obra Jubiabá, Orlandini e Araújo fazem uma divisão da obra apresentando sete estágios da formação do herói da narrativa, o protagonista Antônio Balduíno. A saber, a infância em uma comunidade pobre;

a orfandade e mudança para casa de estranhos, onde aprende a ler; as vivências da rua (malandragem); a vida boêmia; mudança para interior; o retorno para a cidade grande. E, por último, o envolvimento com as causas sociais grevistas dos operários. Tudo isso leva o herói, pulsionado por uma busca pessoal, a encontrar o sentido de sua vida

Jubiabá configura-se como um romance de formação no qual o embate entre o protagonista e o meio problemático em que vive move aquele no sentido de uma transformação ascendente. Enredo e forma confundem-se, portanto, com a trajetória ascendente do herói (ORLANDINI e ARAÚJO, 2020, p. 5).

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Nesse mesmo sentido, em uma recente pesquisa, Quintão (2017) explica que as diferentes leituras em Jubiabá demonstram uma formação transcendental, no sentido de que aquilo a que o herói procura é muito maior que ele, ou seja, está além de uma formação individual, é uma formação coletiva.

O herói da obra, nesse sentido, avança através dos diversos estágios de sua formação como ser social, advindo das classes mais baixas. Desse modo, o romance de formação, especialmente como se efetiva na produção de Jorge Amado, apresenta uma narrativa em que a formação é

Vista como aperfeiçoamento do indivíduo em busca da superação das dificuldades inerentes a sua própria classe social em direção da formação universal e completa, teremos o Bildungsroman como o grande representante do contexto (QUINTÃO, 2017, p. 25).

Jubiabá, portanto, situa-se no conceito de romance de formação e, como tal, parece ser apropriado para uma abordagem em educação literária, tendo como pano de fundo a proposta de levar o aluno a buscar o conhecimento por si mesmo, a romper coma lógica que, em geral, não foi discutida socialmente para educação, mas, vinda de cima, das estruturas e superestruturas da sociedade.

O romance de formação como prática educativa emancipatória

Mesmo reconhecendo que, em última instância, toda a literatura é formativa, debruçamo-nos sobre um caso emblemático: os romances de formação, dimensões literárias da formação do eu. É a literatura que privilegiadamente franqueia a possibilidade de nos compreendermos como um outro, descerrando, assim, a dimensão do sentido para o acolhimento da alteridade.

Oliveira e Amaral Filho (2020) discorrem sobre a importância da literatura de formação com uma oportunidade para práticas pedagógicas emancipatórias.

Essa possibilidade ocorre, segundo os autores, porque a literatura de formação constrói personagens plenos de subjetividades em contraste com a objetividade verificada nas práticas científicas e econômicas da modernidade.

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Ao discutir a importância de se trabalhar, em educação literária, os romances de formação, os autores afirmam que

O romance de formação é o tipo de livro mais profundo do que normalmente aparenta ser. Focado em um protagonista (jovem ou criança), narra a mudança dos personagens durante sua formação e na passagem da infância à vida adulta (OLIVEIRA e AMARAL FILHO, 2020, p. 5).

Assim, ao construir um romance aos moldes do romance de formação, o foco do autor é posto em duas dimensões, tanto na modificação que ocorre no ambiente em torno do personagem principal, como na dimensão das transformações que ocorrem no próprio personagem, ao se relacionar com esse ambiente dinâmico.

Para Elid Nascimento (2020), o romance de formação inclui personagens por meio dos quais os autores modernos procuravam expandir a educação para além das classes burguesas. Isso porque, ao entrar em contato com esse tipo de literatura, o leitor das classes mais baixas tomaria ciência da oportunidade de emancipação por meio dos processos educativos, ao longo da vida.

As construções de romances que apresentam a vida do personagem ao longo do tempo e em relação com o contexto social e histórico, desde sua origem, são compreendidas como literatura de formação. Assim sendo, como

[...] formação universal, que até então era privilégio apenas da aristocracia, vem a incluir um público mais vasto a possibilidade dessa educação orientada pela obra de arte, movimentando a frágil classe média alemã à emancipação política através da cultura (ELID NASCIMENTO, 2020, p. 84).

Por outro lado, essa ideia de formação universal por meio do romance de formação é descrita por Marques (2020, p. 8), como sendo um “processo de busca tanto pelo auto aprimoramento, quanto por uma educação que fosse universal”. Desta maneira, o romance de formação era uma representação do ideário do povo burguês.

Marques (2020) ainda explica que o romance de formação era algo constituído sob medida, com a finalidade de formar as pessoas a partir de uma ideologia burguesa. O que fica evidente, no entanto, é que, a depender da esfera de

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atividade à qual o autor está logado, o romance de formação pode ser constituído com diversas finalidades formativas, mas sempre serão formativas.

Lançando um olhar sobre a obra Jubiabá, de Jorge Amado, o que se percebe é uma intenção do autor em colocar a classe operária em diálogo com a classe burguesa. Essa é, inclusive, a visão de Coelho (2017), para que no romance de formação de Jorge Amado se destina à classe operária, em que o personagem principal migra de sua condição social inicial a um posto de tomada de decisões.

O que, de fato, dialoga com o romance de formação, uma vez que, nesse tipo de romance, o autor trabalha as modificações no espaço e no tempo, e as formas como que o personagem principal (em formação) também se modifica em função destas transformações.

Ao construir o personagem Antônio Balduíno, o escritor baiano tem como intenção principal traçar um caminho que converge às condições de vida do povo oprimido dos grandes centros urbanos da década de 1930, rumo a uma possibilidade de emancipação. Buscando em Goethe o modelo mais puro de romance de formação, é possível reconhecer em sua obra

[...] a construção das reflexões propostas pelos personagens e, ao menos tempo, essas reflexões contribuem para uma narrativa que aponte para o indivíduo moderno, que visa em suas ações, o amadurecimento e emancipação próprias (COELHO, 2017, p. 10).

De modo semelhante, ao avançar na construção de seu personagem, Jorge Amado aponta para a formação, por meio das vivências, como necessária para emancipação da classe operária.

Para Brignoni (2019, p. 26), o romance Jubiabá, além de ser “idealista, apresenta um ótimo exemplo de romance social e bildungsroman com a presença do muito bravo herói Antônio Balduíno”. O que, novamente, fortalece a ideia de que o romance de formação não está restrito à ideologia burguesa, mas, a uma determinada ideologia decorrente do lugar de fala do autor.

Brignoni (2019) aponta para a década de 1930, quando Jubiabá foi escrito, como uma época de profundas transformações históricas e sociais, por exemplo, é a

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década em que o Brasil formaliza a educação pública. Nesse período de profundas transformações, Antônio Balduíno é um tipo de personagem que sintetiza, em seu comportamento e sentimentos, a realidade histórica e social na qual as classes operárias estavam inseridas.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Esta pesquisa, quanto ao problema proposto, é qualitativa (OLIVEIRA, 2020), quanto à abordagem dos objetivos, é uma pesquisa descritiva (VIEIRA, 2010) e para o levantamento de dados, será adotado o procedimento de revisão bibliográfica (GARCIA, 2016). Por fim, quanto à natureza, esta é uma pesquisa básica (Lopes 1991). Esses procedimentos são detalhados a seguir.

Para a abordagem do problema desta pesquisa, foi escolhida a metodologia qualitativa, considerando que os “estudos qualitativos são importantes por proporcionar a real relação entre teoria e prática, oferecendo ferramentas eficazes para a interpretação das questões educacionais” (OLIVEIRA, 2020, p.

16). Portanto, como a proposta desta pesquisa é juntar a prática com a teoria, no contexto da educação literária, julgou-se o método qualitativo adequado.

Além dos procedimentos descritos acima, foi empreendido um levantamento bibliográfico em sites específicos como Google Acadêmico, Scielo, bem como nas bibliotecas online disponibilizadas pelo Instituto Federal do Espírito Santo- IFES, com a finalidade de obter dados de artigos e livros sobre o tema desta pesquisa. A esse respeito, é importante notar que

[...] o trabalho científico é apoiado em pesquisa bibliográfica (revisão de literatura, fundamentação teórica). Por sua vez, todas as publicações utilizadas ao longo do texto deverão estar listadas de acordo com as normas para a elaboração de referências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), elencadas na NBR 6023, válida a partir de 29 de setembro de 2002. A norma tem como objetivo fixar a ordem na qual os elementos devem aparecer no trabalho (MATIAS-PEREIRA, 2019, p. 119).

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Vale ressaltar que a pesquisa de natureza básica, conforme Lopes (1991) menciona claramente, distingue-se da pesquisa aplicada pelo fato de não se limitar a única aplicação, mas, exatamente pelo seu caráter mais amplo, pode ser aplicada em diferentes momentos e lugares.

A construção da metodologia deste projeto de pesquisa está organizada de acordo com as orientações para a pesquisa científica conforme proposta pelo pesquisador José Matias-Pereira. Esse autor afirma que,

No método qualitativo a pesquisa é descritiva, ou seja, as informações obtidas não podem ser quantificáveis. Por sua vez, os dados obtidos são analisados de forma indutiva. Nesse sentido, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa (MATIAS- PEREIRA, 2019, p. 86).

Considerando que os objetivos desta pesquisa são, a partir do conceito de romance de formação, na obra Jubiabá, de Jorge Amado, propor uma abordagem que leve o aluno a autonomia, escolheu-se, para a análise dos objetivos, o método descritivo conforme proposto por Vieira (2010).

Assim, o conceito de “romance de formação” foi descrito nas buscas para que fosse possível pensar abordagens educativas. Outros termos seguiram a este, como “autonomia do aluno”, “emancipação” e “educação literária”. Uma vez buscando o tema principal, autores começaram a ser conectados com a pesquisa e, em especial, “Bakhtin (2015)”, “Jorge Amado (2008)” e, por último,

“Freire (1996)”, quando o trabalho começou a caminhar para o enfoque do uso da literatura na emancipação dos alunos.

4. REFLEXÕES E CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO LITERÁRIA

As reflexões produzidas no processo de pesquisa e ao final dela trouxeram às autoras deste trabalho importantes considerações. O trabalho com gêneros textuais em sala de aula é muito importante para desenvolver a capacidade de interação dos alunos. Esse processo faz com que eles comecem a perceber que

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todos os gêneros estão presentes em seu cotidiano, e o estudo deles pode ajudar a desenvolver muitas habilidades, entre elas a de ler e escrever.

Ao perceber a essência do romance de formação, desde o breve relato de seu surgimento até sua concepção pelos autores acima mencionados, é como se a própria história do romance de formação mostrasse sua evolução e transformação – assim como é sua proposta em relação ao personagem principal de uma obra.

O Bildungsroman não é apenas um olhar do homem sobre si — como, em última análise, toda literatura. Ele tem, em primeiro plano, o olhar do homem em evolução sobre si, surgindo daí uma relativa consciência desse homem em desenvolvimento sobre a sua situação.

Com base nessa constatação, e a partir do conceito de romance de formação, na obra Jubiabá, de Jorge Amado, o trabalho da educação literária com alunos da Educação Básica – como o próprio nome diz – é básico, está na base, no início da educação formal dos estudantes e pode auxiliar no processo de libertação de padrões pré-determinados que a sociedade impõe, muitas vezes, às classes menos abastadas.

Nesse sentido, Paulo Freire, educador renomado no Brasil, acreditava em uma pedagogia fundamentada na ética, no respeito à dignidade e à própria autonomia do educando. Assim sendo, como os demais saberes necessários aos profissionais da educação, este citado por Freire exige do educador um exercício permanente de busca, atualização, capacitação, troca, bem como uma atitude questionadora ao status quo. O objetivo é instigar o questionamento, a análise e a reflexão mais aprofundadas da temática da obra em foco.

Kleiman (2002, p. 35) afirma que “[...] a leitura desmotivada não conduz à aprendizagem”. Sob essa perspectiva, necessário que o texto deixe de ser lido mecanicamente, pois, se assim acontecer, ele perderá seu sentido e será esquecido muito facilmente. O processo de formação do leitor crítico acontece ao longo da vida do aluno.

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O leitor não se forma rapidamente. É um processo contínuo. Ele vai se construindo aos poucos, em diversas fases e em muitos lugares. Esse processo permite ao leitor ter uma visão do discurso inserido em cada gênero trabalhado.

A análise desse discurso permite ao leitor pensar conceitos, rever valores, perceber o mundo em que vive, compreender as relações entre a estrutura social e, principalmente, favorece a intervenção do sujeito com o meio.

A fim de se desenvolver leitores críticos, é necessário que professores tenham em sua base teorias sólidas de leitura, para que eles possam saber usá-las. Eles – os professores – precisam promover situações de reflexões sobre o texto, ir além de meros questionamentos prontos e acabados. O aluno precisa ser incentivado, e o professor precisa rever suas práticas e ler muito, pois, se o professor é um leitor assíduo, ajudar o aluno a se tornar um é muito mais simples e gratificante.

A justificativa para esta pesquisa prendeu-se ao fato de que há necessidade de fazer com que os alunos se tornem leitores críticos, autônomos e capazes de interagir de forma ativa no meio em que vivem. Nosso estudo mostrou que há bons indícios de novos e diferentes olhares a essa prática escolar. As mudanças em sala de aula ainda são tênues, mas precursoras.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta de analisar a obra de Jubiabá, de Jorge Amado, com a finalidade de extrair o conceito de romance de formação, por meio da educação literária, abordando as possibilidades do processo educativo como elemento emancipador do indivíduo foi a essência deste trabalho.

Utilizando Bakhtin (2003) como base, foi possível compreender que no romance de formação o indivíduo – personagem – é educado ao longo da história. A partir dessa constatação, foi possível reconhecer a relevânciapara a prática de ensino na educação básica, especialmente na conscientização da necessidade de emancipação do aluno, pois Jubiabá conta a história de uma personagem que

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nasce e cresce em uma comunidade e, ao longo de sua vida, vai tomando consciência de sua condição, passando a buscar as soluções, especialmente nos movimentos sociais, para romper com a histórica exploração de sua classe social (AMADO, 2008).

Considera-se, então, que é possível a utilização desta obra para as aulas de literatura voltadas à autonomia do aluno – refletindo sobre os personagens que, além de serem transformados ao longo da história, também conseguiram transformar suas realidades. A educação literária pode levar os alunos, em primeira instância, a vislumbrarem um presente e um futuro melhor, levando em consideração, sempre, a realidade em que estão inseridos, ou seja, a prática da leitura crítica auxilia na formação de leitores autônomos e capazes de contribuir com o meio em que vivem.

REFERÊNCIAS

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http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/estacaoliteraria/article/view/30736/2169 4. acesso em 14 de abril de 2021.

VIEIRA, J. G. S. Metodologia de pesquisa científica na prática. Curitiba: Fael, 2010.

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Cristiane Pereira França e Karina Pereira do Carmo Codeço

JUBIABÁ, DE JORGE AMADO, COMO ROMANCE DE FORMAÇÃO: UMA PROPOSTA DE

EDUCAÇÃO LITERÁRIA PARA A AUTONOMIA DO ALUNO

Trabalho de Conclusão de Curso, no formato de ARTIGO, apresentado à Coordenadoria do Curso Superior de Licenciatura em Letras-Português, na modalidade EAD – do Instituto Federal do ES – IFES -Campus Vitória – ES, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Letras-Português.

Aprovado em 06 de dezembro 2021

COMISSÃO EXAMINADORA

Dr. Jefferson Diório do Rozário

Especialista Márcia Elaine Lazzarine Mosela Gonçalves

Mestra Renata Pereira Vieira

Observação: As assinaturas da Comissão Examinadora estão na ATA FINAL, anexada ao ARTIGO, abaixo desta Folha de Aprovação. No Curso de Letras EAD, partir de 2020.1 (Covid), o orientador assina por todos os membros da banca.

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LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS – EAD

ATA DE APRESENTAÇÃO E ARGUIÇÃO ORAL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - FINAL

Aos tseis dias do mês de Dezembro de 2021, reuniu-se pela web a Banca Examinadora composta pelos professores que assinam esta ATA, para avaliar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Licenciatura em Letras/EAD intitulado JUBIABÁ, DE JORGE AMADO, COMO ROMANCE DE FORMAÇÃO: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO LITERÁRIA PARA A AUTONOMIA DO ALUNO, de autoria das alunas Cristiane Pereira França e Karina Pereira do Carmo Codeço

O (a) presidente da banca examinadora, professor (a) orientador (a), após dar a conhecer aos presentes o teor das Normas Regulamentares da apresentação do TCC, passou a palavra para o (a) estudante, para a apresentação de seu trabalho. Seguiu-se a arguição pelos examinadores, com a respectiva defesa do estudante. Logo após, os examinadores se reuniram, sem a presença do estudante e do público, para julgamento e expedição do resultado.

Todos os membros da banca emitiram pareceres por escrito para entregar ao orientador que encaminhará ao (s) estudante (s). Finalizada a análise da Banca Examinadora, o TCC do (s) (s) aluno (s) foi considerado:

( X ) APROVADO¹ - 80 a 100 pontos - NOTA: 8,5

( ) APROVADO COM RESTRIÇÃO² – 60 a 75 pontos - NOTA:...

( ) SEM MENSURAÇÃO DE NOTA³.

¹ Atendeu aos objetivos de TCCII, mas o (a) aluno (a) deverá fazer as revisões solicitadas pela banca, antes do registro da nota no AVA (7 dias). Os pareceres dos membros da banca servirão de orientação aos alunos.

² Refazer capítulos, citações, incoerências metodológicas, trabalho incompleto (10 dias). Os pareceres dos membros da banca servirão de orientação aos alunos.

³ Trabalho insuficiente. Refazer toda estrutura do trabalho, pois não atendeu aos objetivos da disciplina de TCCII. O aluno deverá se orientar pelos pareceres de cada membro da banca e reestruturar todo trabalho em 30 dias, e enviar cópia do novo trabalho ao orientador e à profa formadora de TCCII, que vão reavaliar o trabalho e atribuir nota.

O resultado foi comunicado publicamente ao estudante pelo Presidente da banca. Nada mais havendo a tratar, a sessão foi encerrada e foi lavrada a presente ATA, que será assinada por todos os membros participantes da banca avaliadora.

Titulação e nome completo dos membros da banca:

Professor (a) orientador (a) Dr. Jefferson Diório do Rozário Professor (a) Convidado (a)

Especialista Márcia Elaine Lazzarine Mosela Gonçalves Professor (a) Convidado (a)

Mestra Renata Pereira Vieira

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CAMPUS VITÓRIA

Avenida Vitória, 1729 – Bairro Jucutuquara – 29040-780 – Vitória – ES

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OBSERVAÇÃO: - Em todos os casos pendentes, o orientador acompanhará a reescrita do trabalho e só postará nota após emitir um relatório (anexo à ATA), certificando que o trabalho atendeu a todas as mudanças solicitadas nos pareceres dos membros da banca. A ATA e o Relatório serão encaminhados à Secretaria do Curso de Letras.

Vitória, ES, 06 de Dezembro de 2021

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Autenticação eletrônica 3/3 Data e horários em GMT -03:00 Brasília Última atualização em 07 dez 2021 às 16:42:22 Identificação: #6450a26f8ba06793720661e2705fbd0a836202f418c9e3883

Página de assinaturas

Márcia G

Jefferson Rozário Márcia Gonçalves

085.259.637-55 086.726.617-10

Signatário Signatário

Renata V

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HISTÓRICO

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