Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem
VISITA DOMICILIAR DE PUERPÉRIO
Fonte da imagem: Brasil, 2007
Objetivos da aula
A importância deste conteúdo Os objetivos da visita
domiciliar de puerpério A atuação do enfermeiro
Fonte das imagens: msf.org.br; Brasil, 2010 2
Reconhecer:
Por que estudar sobre a visita
domiciliar de puerpério?
Ciclo gravídico-puerperal
Gravidez
Parto
Puerpério
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Promoção da saúde da gestante, detecção precoce e tratamento
de agravos na gestação.
Parto humanizado Nascimento saudável
Promoção da saúde materna e neonatal e redução da
morbimortalidade
Brasil. Ministério da saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Caderno 32. Brasília, 2013
Rede Cegonha
Direito ao planejamento
reprodutivo
Atenção humanizada à gravidez, ao parto e
ao puerpério Crescimento e
desenvolvimento saudáveis das
crianças
Estratégia do Ministério da Saúde que visa estruturar e organizar
a rede de atenção materno-infantil para garantir:
Programa Mãe Paulistana
Diagnóstico de gravidez
Acompanhamento pré-natal com exames do 1º, 2º e
3º trimestres
Atenção humanizada no parto e puerpério Consultas de
puericultura até 2 anos
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Vertente paulista da Rede Cegonha...
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/programas/
Primeira semana de
saúde integral
Ação prioritária da Equipe de Saúde da Família
Redução da mortalidade materno-infantil.
Promoção e proteção da saúde da mulher
e da criança
Apoio ao aleitamento
materno
Visita
domiciliar até o 7º dia após o
parto
Se RN de risco, a VDdeverá ser feita até 3 dias
após alta hospitalar
Objetivos da visita domiciliar de puerpério
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Refletindo sobre o papel do enfermeiro...
Quais aspectos são importantes em uma
visita domiciliar de
puerpério?
Objetivos da VD de puerpério
• Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém- nascido, assim como o vínculo entre eles;
• Orientar e apoiar a família quanto à amamentação e cuidados básicos com o recém-nascido;
• Orientar o planejamento familiar;
• Identificar situações de risco;
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Brasil. Ministério da saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Caderno 32. Brasília, 2013
Atuação do enfermeiro na visita domiciliar
de puerpério
Histórico de enfermagem Como está a condição de saúde da mulher e
do recém-nascido?
Diagnóstico de enfermagem Quais são os focos de
cuidado?
Planejamento
Quais resultados espero alcançar?
Intervenção Quais cuidados
respondem às necessidades de saúde?
Avaliação
Os resultados foram alcançados?
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Quem é esta família?
Formas de viver e de
trabalhar
Possibilidades de mudanças para
diminuir vulnerabilidades
Genograma e ecomapa
Avaliação do estado de saúde da puérpera
Entrevista
Exame físico
Mas o que é puerpério ?
Entrevista da puérpera
Levantar informações sobre a gestação e o parto
• Data, local e tipo de parto: vaginal, vaginal com fórceps, cesárea
• Tempo de internação na maternidade
• Intercorrências: febre, hemorragia,
hipertensão, diabetes, convulsões,
sensibilização Rh.
Entrevista da puérpera
Verificar queixas
Febre
Sangramento vaginal exagerado Corrimento de odor fétido
Dor ou infecção nos pontos da cesárea ou episiorrafia Tonturas frequentes
Mamas empedradas ou doloridas Queixas urinárias
Atendimento médico no serviço de saúde
Uso de medicamentos
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Entrevista da puérpera
Perguntar sobre....
Alimentação
Sono e repouso
Atividades domésticas
Planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, desejo de métodos contraceptivos)
Condição social e rede de suporte
Entrevista da puérpera
Conversar sobre os aspectos emocionais, considerando que no puerpério:
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Modificações no funcionamento
familiar
Alterações
hormonais, corporais, emocionais, sociais e
familiares
Ansiedade, insegurança para assumir as novas tarefas, angustia
Necessidades da própria mulher são
postergadas Vulnerabilidade
psíquica Necessidade de
amparo e proteção
Brasil. Ministério da saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Caderno 32. Brasília, 2013
Avaliação da condição emocional da puérpera
Como ela se sente no papel de mãe
O que significa a maternidade para ela
Se ela se sente triste, cansada, angustiada...
Como é o apoio da família
Observe o vínculo dela com a criança (toque, olhar, sorrisos, conversa...)
Pergunte, ouça e avalie sobre ....
Sofrimentos mentais puerperais
Tristeza puerperal ou baby blues
Conceito: alteração psíquica leve e transitória.
Prevalência: 50% a 80%.
Início: 3º - 4º dia pós-parto Sintomas: choro, flutuação de humor, irritabilidade, fadiga, tristeza, insônia, ansiedade em relação ao bebê.
Resolução em até 2 semanas.
Depressão pós-parto
Conceito: transtorno psíquico de moderado a severo.
Prevalência: 10 %a 15%
Início: 2ª a 3ª SEMANA de pós- parto
Sintomas: tristeza, choro fácil, abatimento, labilidade, anorexia, distúrbios do sono, pesadelos, ideias suicidas, perda de interesse sexual.
Tratamento: psicoterapia e fármacos.
Prognóstico: depende do diagnóstico e intervenção precoces.
Transtorno psicótico puerperal
Conceito: distúrbio de humor psicótico, com perturbações mentais graves.
Prevalência: 0,1% a 0,2%
Início: 2ª a 3ª SEMANA de pós- parto.
Sintomas: confusão mental, alucinações, delírios, agitação psicomotora, pensamentos de machucar o bebê, insônia...
Tratamento: hospitalização, psicoterapia, fármacos .
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Brasil. Ministério da saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Caderno 32. Brasília, 2013
Exame físico da puérpera
Sinais vitais (T, FC, FR, PA, dor)
Estado geral (pele, mucosas, edema)
Mamas (dor, presença de ingurgitamento, sinais de
inflamação)
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Avalie o abdômen – verifique a involução uterina, e cicatrização da incisão cirúrgica, se cesárea.
1 cm por dia até o 3º dia 0,5 cm por dia do 3º ao 10º
Acompanhada de cólicas até o 5º dia
Verificação da involução uterina
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Avalie o períneo e os genitais externos – verifique se há cicatriz perineal e sinais de infecção.
Cicatriz perineal
Avalie o períneo e os genitais externos – avalie os lóquios.
Lóquios
Produto de exsudatos e descamação - secreção uterina, vaginal, sangue e
tecidos de revestimento uterino.
- Odor característico Classificação:
Rubra: 2 a 4 dias pós-parto Fusca: até o 10º dia
Flava e alba: após 11º dia
Principais cuidados de enfermagem à puérpera
Incentivar o apoio da rede de suporte familiar e social;
Orientar quanto:
Higiene - limpeza com água e sabão das cicatrizes cirúrgicas.
Alimentação: saudável=variada e equilibrada, com 3 ou + porções de derivados de leite por dia, consumo adicional de 500kCal/dia, consumir com moderação produtos cafeinados; saciar a sede.
Atividade sexual, somente por volta de 20 dias após o parto, quando já tiver ocorrido a cicatrização;
Suplementação de ferro na dose de 40mg/dia de ferro elementar até três meses após o parto, para mulheres sem anemia diagnosticada.
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Principais cuidados de enfermagem à puérpera
Planejamento familiar e métodos contraceptivos (amenorréia da lactação e outros)
Direitos da mulher (direitos reprodutivos, sociais e trabalhistas);
Vacinação (SCR, influenza), se necessário;
Agendar consulta de puerpério na UBS até 42 dias após o parto;
Avaliação do recém-nascido
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Avaliação do recém-nascido
• Idade gestacional ao nascer:
Termo (≥ 37 semanas)
Pré-termo (< 37 semanas) Pós-termo (≥ 42 semanas)
• Peso ao nascer
Risco: baixo peso ≤ 2500g
• APGAR
• Condições de alta hospitalar
VERIFIQUE A CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA !
Realização de procedimentos na maternidade...
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Teste de triagem neonatal
para detecção defenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinoptias e fibrose cística.
Reflexo vermelho
para detecção de catarata
congênita
Teste de triagem auditiva
paradetecção precoce da perda total ou parcial da audição
Vacinação:
BCG e Hepatite BAvaliação do recém-nascido
• Estados de consciência e padrão de sono
• Tipo de alimentação Aleitamento materno
exclusivo
Aleitamento misto
Aleitamento artificial
Sono profundo Sono leve
Semi-alerta
Faça o exame físico completo, e atente- se especialmente para:
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Sinais gerais de gravidade:
vômitos, febre ou hipotermia, letargia, dificuldade para respirar, e convulsão
Tamanho e grau de tensão das fontanelas
Presença de bossa
serossanguínolenta e céfalo- hematoma – ambas regridem nos 1
osdias de vida....
Céfalo-hematoma parietal D
Bossa serossanguino
-lenta
Coto umbilical
Observar se há secreção purulenta na base do coto, edema, hiperemia ou granuloma.
Mumificação e queda do coto umbilical entre o 6º e 15º dia de vida
Granuloma –
cauterizar com bastão de nitrato de prata
Icterícia –
Cor amarelada da pele decorrente de sua impregnação com bilirrubina.
Icterícia fisiológica- ocorre na 1ª semana de vida, devido à imaturidade hepática do RN.
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Bebê ictérico e as zonas de progressão da icterícia (Kramer)
Avaliar os reflexos...
Preensão plantar
Preensão palmar
Reflexo de Babinsky
Reflexo de marcha
Reflexo de Moro
Cuidados básicos ao recém-nascido
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Banho
Troca de fraldas
Limpeza do colo umbilical com cotonete e álcool 70%
Vestimentas
Banho de sol 1 x dia
Suplementação com vitamina A e D à partir do 7º dia de vida
FORTALECER A FAMÍLIA PARA O CUIDADO DA CRIANÇA Vídeos
Apoio e promoção ao aleitamento
materno
Aleitamento materno excluisivo
Evita 6 milhões de mortes por ano
Melhor estratégia isolada na redução
da mortalidade na infância
Prevenção de diarréia, infecções
respiratórias, alergias, e desnutrição
Fortalece o vínculo afetivo entre a mãe e a criança
38 Brasil . Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar 2009.
Alguns benefícios do leite materno
Contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento da criança
Contém a quantidade de água suficiente para as necessidades do bebê, mesmo em climas muito
quentes.
É de mais fácil digestão, pois sua principal proteína é a lactoalbumina ao contrário de leite de vaca que contém
principalmente caseína.
Possui numerosos fatores imunológicos como as IgA, IgM, IgG que protegem a criança contra infecções.
Recomendação
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Dar somente leite materno em livre
demanda até os 6 meses, sem oferecer água,
chás ou qualquer outro alimento.
Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta
e gradual outros
alimentos, mantendo o leite materno até os dois
anos de idade ou mais.
Brasil, Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável. 2009
O aleitamento materno no Brasil
Duração do aleitamento materno exclusivo em dias
Fonte da imagem: Brasil, 2009.
Situação ruim!
=(
Fatores que influenciam o aleitamento materno exclusivo (AME)
Brasil. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno, 2009; Machado et al, 2014. 42
Fonte da imagem: Brasil, 2009.
O AME aumentou de
35,5% para 51,2% entre 1999 e 2008.
Falta de apoio do companheiro
para cuidar da criança
Retorno ao trabalho
Sintomatologia depressiva
Escolaridade materna
Produção do leite materno
A mama é preparada para
a lactação.
Ramificação dos ductos lactíferos e formação de
lóbulos sob ação dos hormônios estrogênio e progestogênio.
Durante a gravidez
Queda dos níveis de progestogênio,
e liberação de prolactina pela hipófise anterior.
Início da secreção de leite.
Nascimento
Sucção do bebê – liberação de ocitocina pela hipófise posterior com contração das células mioepiteliais
que envolvem os alvéolos.
Esvaziamento da mama
Fatores emocionais maternos Galactopoiese-
Descida do leite (3º-4º dia)
Colostro (3-5ºdia) Leite maduro (à partir do 7º-10ºdia)
Volume de leite produzido/dia:
1º dia: 40-50 ml 3º dia: 300-400 ml 5º dia: 500-800 ml
Motivação Autoconfiança
tranquilidade
Lembrar que...
O leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a
criança esvaziar bem a mama.
44 Brasil . Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar 2015.
Promoção do aleitamento materno
Converse:
Como é a experiência de amamentar para ela?
Como a família participa e apóia estes momentos?
Há dúvidas ou problemas relacionados à
amamentação?
Avaliação do
aleitamento materno Frequência
das mamadas (dia e noite)
Condições das mamas
Satisfação do recém-
nascido Dificuldades
na técnica de amamentação
Vínculo entre a mãe e o
bebê
46 Brasil . Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar 2015.
Avaliação da técnica de amamentação
Peça para a mãe amamentar e observe:
A mãe está confortável, relaxada, nem curvada para trás, nem para frente?
A mãe segura a mama de maneira que a aréola fique livre?
A mãe espera o bebê abrir bem a boca e
abaixar a língua antes de colocá-lo no
peito?
Avaliação da Amamentação
Pontos-chave do posicionamento adequado
• Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
• Corpo do bebê próximo ao da mãe;
• Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
• Bebê bem apoiado.
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar 2015. 48
Avaliação da Amamentação
Pontos-chave da pega adequada
• Mais aréola visível acima da boca do bebê
• Boca bem aberta
• Lábio inferior virado para fora
• Queixo tocando a mama
• As narinas do bebê estão livres?
• A bochecha está arredondada
Pega adequada ou boa pega
Agora vamos assistir um vídeo sobre a promoção do aleitamento
materno...
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Aprendendo juntos...
Exercício para discussão em dupla
Como vocês avaliam o posicionamento e pega deste bebê?
Posicionamento
O rosto do bebê está de frente com a mama?
O corpo está
próximo ao da mãe?
A cabeça e o
tronco estão alinhados?
O bebê parece bem apoiado?
Pega
Há mais aréola visível acima da boca do bebê?
A boca está bem aberta?
O lábio inferior está virado para fora?
O queixo toca a mama?
As narinas do bebê estão livres?
A bochecha está arredondada?
Aprendendo juntos...
Exercício para discussão em dupla
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Imagem A Imagem B
Como vocês avaliam o posicionamento e pega destes bebês? Justifique sua resposta.
Atuação do enfermeiro frente às complicações mais frequentes
relacionadas à amamentação
Dor nos mamilos/mamilos machucados
Cuidados de enfermagem
• Avaliar a técnica de amamentação;
• Iniciar a mamada pela mama menos afetada;
• Ordenhar um pouco de leite antes da mamada;
• Uso de diferentes posições para amamentar;
• Uso de “conchas protetoras” entre as mamadas (essa recomendação deve ser avaliada caso a caso);
• Recomendar o uso do próprio leite materno ordenhado nas fissuras para cicatrização;
• Se houver dor importante,
analgésicos sistêmicos por via oral, conforme prescrição médica, e
ordenha manual ou mecânica.
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Complicação frequente nos primeiros dias de puerpério
Causa mais comum: pega e posicionamento incorretos
Pouco leite Cuidados de enfermagem
• Avaliar se a nutriz está insegura ou ansiosa;
• Aumentar a frequência das mamadas;
• Oferecer as duas mamas em cada mamada;
• Dar tempo para o bebê esvaziar bem as mamas;
• Consumir dieta balanceada;
• Ingerir líquidos em quantidade suficiente;
• Repousar;
• Avaliar o ganho de peso
da criança (mínimo de 20g/dia)
“Meu leite é fraco...”
“A criança está com fome....”
“Não tenho leite...”
Mamilos planos ou invertidos
Cuidados de enfermagem
• Promover a confiança e empoderar a mãe;
• Ajudar a mãe a favorecer a pega do bebê abocanhando o mamilo e parte da aréola;
• Tentar diferentes posições;
• Mostrar à mãe manobras que podem ajudar a aumentar o mamilo antes das mamadas, como simples estímulo (toque) do mamilo, compressas frias nos mamilos e sucção com bomba manual ou seringa de 10ml ou 20ml adaptada;
• Orientar as mães a ordenhar o seu leite enquanto o bebê não sugar efetivamente e oferecer o leite de preferência, em copinho.
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Ingurgitamento mamário Cuidados de enfermagem
• Ordenha manual ou com bomba de sucção,
• Mamadas frequentes em livre demanda;
• Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares;
• Uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em posição
anatômica;
• Compressas frias de no máximo 20 minutos, em intervalos regulares após ou nos intervalos das
mamadas;
• Analgésicos ou antiinflamatórios conforme prescrição médica;
Fisiológico x patológico (mama excessivamente distendida, áreas avermelhadas, mamilos achados e às vezes há febre e mal estar...
Mastite Cuidados de enfermagem
Orientação para esvaziamento adequado da mama;
Antibioticoterapia, analgésicos e antiinflamatórios conforme
prescrição médica;
Suporte emocional à mãe, Repouso da mãe;
Líquidos abundantes;
Iniciar a amamentação na mama não afetada;
Usar sutiã bem firme.
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Conceito: Processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama, geralmente unilateral, que pode progredir para uma infecção bacteriana.
Estudo de caso em grupo
Mônica, 35 anos, dona de casa, 5 filhos, está recebendo visita domiciliar de puerpério. A recém-nascida, Paloma, tem 5 dias de vida. A mãe queixa-se de que o
bebê está chorando muito e parece estar com fome. Ela refere que o leite não é suficiente, e está pensando em oferecer “Nestogeno”.
A família é composta por: Felipe, 12 anos, Antônio, 8 anos, Clara, 4 anos, Ana, 2 anos, e André de 45 anos, que trabalha como caminhoneiro. Mônica refere que o
esposo some por semanas e sempre que vem para casa “briga na frente das crianças”. Mônica desvia o olhar para falar sobre como anda a vida, sente-se um
pouco entristecida e cansada, e refere flutuação de humor...
Após ler a ficha de VD de puerpério do Prontuário Mãe Paulistana, responda justificando:
a) Quais aspectos adicionais você investigaria durante a entrevista com essa mãe?
b) Quais os focos de cuidado para essa família?
c) Quais os cuidados de enfermagem pertinentes a esta situação?
d) Quais aspectos da amamentação precisam ser avaliados?
e) Quais estratégias inovadoras você recomendaria para incentivar o
Referências
Referências básicas
• Brasil. Ministério da saúde. O pós-parto. In: Cadernos de Atenção Básica.
Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília, 2013. p: 257-278.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília, 2015.
Referências complementares
• Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Brasília, Ministério da Saúde, 2014.
• Brasil. Ministério da Saude. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal. Brasília, 2009.
• Machado MCM, Assis KF, Oliveira FCC, Ribeiro AQ, Araújo RMA, Cury AF, Priore SE, Franceschini SCC. Determinantes do abandono do aleitamento materno exclusivo: fatores psicossociais. Rev Saúde Pública. 2014;
48(6):985-94.
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