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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria Acadêmica Setor de Pesquisa

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria Acadêmica

Setor de Pesquisa

FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA .

Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado:

Curso (s) : Ciências Contábeis Nome do projeto:

Divulgação voluntária das informações Financeiras: Estudo dos modelos teóricos da divulgação

Nome do professor orientador: Edson José Borges Nome do professor co-orientador:

Nome do coordenador(a) do Curso:

Para a Fundação Educacional Regional Jaraguaense – FERJ, mantenedora do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville, encaminhamos anexo, Projeto de Iniciação Científica a ser submetido ao Edital nº .../2016 Programa de Bolsas de Estudo da Educação Superior – UNIEDU, da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, e declaramos nosso interesse e prioridade conferida ao desenvolvimento do projeto ora proposto, assim como nosso comprometimento de que serão oferecidas as garantias necessárias para sua adequada execução, incluindo o envolvimento de equipe, utilização criteriosa dos recursos previstos e outras condições específicas definidas no formulário anexo.

_Joinville/ SC_, __18__ de _novembro_ de 2015

____________________________________________ _________________________________________________

Professor orientador Professor coorientador

____________________________________________

Coordenador do Curso

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Setor de Pesquisa

2 – DESCRIÇÃO DO PROJETO

Orientações para organização do texto( projeto): Fonte: Times New Roman ou Arial, 12.

Espaçamento entre linhas simples, o texto deverá estar justificado. Todos os autores deverão estar corretamente citados no texto e descritos nas referências.

Título do Projeto:

Divulgação voluntária das informações Financeiras:

Estudo dos modelos teóricos da divulgação

Tipo de Projeto ( 12 meses ) (X) Apresentado pelo professor;

Resumo do Projeto

O presente trabalho baseia-se no paper de Dye (2001) que tem como objetivo apresentar e discutir os modelos analíticos desenvolvidos a partir da metodologia positiva por pesquisas relacionadas à Teoria da Divulgação e as três categorias de pesquisa sobre Divulgação em Contabilidade proposta pelo Survey denominado Essays produzido por Verrecchia (2001).

Inicialmente, a análise da crítica formulada por Dye (2001) relativo ao estudo em função da não apresentação da premissa central da literatura da divulgação e em seguida a abordagem analítica aos modelos de Divulgação produzida por Verrecchia (2001). A pesquisa, pretende evidenciar os fundamentos ideológicos e bibliográficos com intuito de avaliar Essays, em termos de sua cobertura da literatura relevante ao tema, a sua perspicácia, a sua orientação quanto a identificação de áreas de investigação futura, a analisa dos pontos fortes e fracos de vários modelos populares na literatura e, consequentemente, a análise das tendências recentes na literatura sobre a divulgação. Com a pesquisa espera-se que tais observações contribuam para o desenvolvimento de pesquisas empíricas relacionadas aos modelos de divulgação e, de forma mais específica, análise dos modelos de pesquisa considerados na literatura sendo os mais adequados para a representação da realidade do processo de divulgação.

Problematizacão (Problema de pesquisa)

A Teoria da Divulgação é um assunto que já vem sendo abordado pela pesquisa positiva em contabilidade. Diversos são os papers escritos sobre esse tema nos principais jornais internacionais, (e.g., Verrecchia, 1983 e Dye, 1985). O principal objetivo dessa linha de pesquisa é explicar o fenômeno da divulgação de informações financeiras, a partir de diversas perspectivas, como por exemplo, determinar qual é o efeito da divulgação das demonstrações contábeis no preço das ações, explicar quais as razões econômicas para que determinada informação seja divulgada voluntariamente etc. (SALOTTI e YAMAMOTO, 2005).

Em 2001, o periódico Journal of Accounting and Economics publicou diversos artigos conhecidos como surveys, abordando assuntos da pesquisa contábeis de maneira ampla, procurando resumir a pesquisa já realizada sobre tais assuntos e sugerindo caminhos futuros.

Robert E. Verrecchia foi incumbido de escrever o survey sobre o estado da arte da pesquisa contábil relacionada à Teoria da Divulgação. Já, Dye (2001) teceu diversas críticas a respeito do artigo de Verrecchia. Desta forma, os dois autores escreveram: “Essays on Disclosure” e

“An Evaluation of ‘Essays on Disclosure’ and the Disclosure Literature in Accounting”, respectivamente.

A partir de então, pesquisas sobre divulgação são frequentemente apresentadas como

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Teoria da Divulgação. Essa linha de pesquisa busca explicar o fenômeno da divulgação voluntária de informações contábeis e financeiras. Geralmente, as pesquisas nessa área procuram determinar o efeito da divulgação das demonstrações contábeis no preço das ações, explicar quais as razões econômicas para que determinada informação seja divulgada voluntariamente e quais os benefícios (para gestores e usuários da informação) e os custos envolvidos no processo de divulgação voluntária. Estas investigações podem ser divididas em

pesquisas analíticas e pesquisas empíricas.

Justificativa (descrever o problema de pesquisa e sua importância científica , tecnológica e sócio-econômico-ambiental para a região )

Relativamente à pesquisa analítica, Verrecchia (2001) sugere três categorias de pesquisa em divulgação: divulgação baseado em associações, divulgação baseado em discricionariedade e divulgação baseado na eficiência, que discute como os planos de divulgação são preferidos na ausência de conhecimento sobre a informação.

Desta forma, o estudo justifica-se pela importância e o desenvolvimento amplo do tema nas últimas décadas, pelas críticas produzidas por Dye (2001) sobre as ideias de Verrecchia (2001) relativo aos modelos de divulgação e pelo objetivo de fornecer subsídios de cunho teórico para que esse assunto continue sendo explorado pela importância que o tema representa sendo a divulgação de informações que excede o que é recomendado pelos reguladores e representa uma escolha livre (free choice) por parte dos gestores em divulgar informações adicionais para o processo decisório dos usuários (MEEK, ROBERTS e GRAY, 1995).

Objetivo Geral: ( Onde estamos....Onde queremos chegar.)

Tendo em vista a importância do tema relativo à utilização dessas pesquisas para explicar fenômenos de divulgação de informações contábeis, o presente artigo objetiva analisar as principais críticas produzidas por Dye (2001) aos modelos de divulgação apresentados por Verrecchia (2001), contribuindo, desse modo, com conteúdo teórico para futuras pesquisas.

Assim, surge a seguinte questão de pesquisa:

Quais as bases que fundamentaram as críticas de Dye (2001) relativo ao estudo produzido por Verrecchia (2001), relativo aos modelos de Divulgação?

Objetivos específicos ( Etapas que devem ser cumpridas para se atingir o objetivo geral.)

Como objetivos específicos a pesquisa, pretende evidenciar:

a) os fundamentos ideológicos e bibliográficos com intuito de avaliar Essays, em termos de sua cobertura da literatura relevante ao tema;

b) a sua perspicácia, e a sua orientação quanto a identificação de áreas de investigação futura;

c) a analise dos pontos fortes e fracos de vários modelos populares na literatura; e

d) a análise das tendências recentes na literatura sobre a divulgação.

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Metodologia (Descrição dos procedimentos, instrumentos( questionários, formulários, entrevistas, softwares), técnicas e materiais(equipamentos) a serem utilizados na execução do projeto).

Conforme Silva, (2003 p. 60) A pesquisa bibliográfica, “explica e discute um tema ou um problema com base em referências teóricas já publicadas em livros, revistas, periódicos, artigos científicos etc.”

Já com relação a pesquisa exploratória, Silva (2003 p. 65) elucida que “é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, para torna-lo mais explícito ou para construir hipóteses”. O autor continua explicando que “O planejamento da pesquisa exploratória é bastante flexível e, na maioria das vezes, assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso”.

Desta forma, a presente pesquisa caracteriza-se como sendo bibliográfica e exploratória pois tem como objetivo abordar bibliografia relativo a Teoria da Divulgação Voluntária, a análise das críticas produzidas por Dye (2001) e o levantamento das consideradas, “principais”, pesquisas empíricas e examinar sua classificação dentro dos modelos de pesquisa de divulgação proposto por Verrecchia (2001).

Fundamentação Teórica

Teoria da Divulgação Voluntária

Os estudos sobre divulgações têm normalmente por base a “Teoria” da Divulgação apresentada por Varrecchia (2001). Esta linha de investigação procura explicar o efeito da divulgação voluntária (de informação financeira) no preço de mercado das ações, bem como explicar quais as razões econômicas para que determinada informação seja divulgada voluntariamente e quais os benefícios (para gestores e utilizadores da informação) e custos envolvidos no processo de divulgação voluntária (GABRIEL, PIMENTEL e MARTINS, 2009).

Os relatórios de contas divulgados pelas empresas, contêm não só informação obrigatória, mas também informação voluntária, as quais podem ser úteis para stakeholders.

Neste sentido, o termo divulgações pode ser tanto o conjunto de informação obrigatória exigido às empresas, quanto às demais informações divulgadas voluntariamente, que não sendo obrigatórias, podem proporcionar uma maior transparência das empresas (LIMA, 2007).

Porém, Goulart (2003) explica que para que tal transparência seja garantida, é necessário que as empresas divulguem tanto informações positivas como negativas. Isso fará com que o mercado aceite as informações de resultados negativos das empresas, mas que tenham fundamentos técnicos, ou seja, a transparência permitirá aos utilizadores fazerem suas inferências não enviesadas, considerando o fato de que a própria informação não contenha viés (LIMA, 2007).

Segundo Lopes e Rodrigues (2007) existem vários argumentos que podem ser utilizados

para justificar o tamanho de divulgação. Como Watts e Zimmerman (1990) argumentam,

custos políticos são mais elevados em grandes empresas, e as maiores são mais propensas a

mostrar níveis mais elevados de divulgação, uma vez que melhora a confiança e reduz os

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custos políticos. Aliás, as grandes empresas devem possuir sistemas de divulgação de informações supostamente menos onerosos do que as empresas de menor dimensão. Além disso, os custos de propriedade relacionados com as desvantagens competitivas de divulgação são menores na medida que aumenta o tamanho da empresa (VERRECCHIA, 1983).

Segundo Verrecchia (2001), não há uma teoria que abranja e seja sólida em relação à informação divulgada pelas empresas, mas sim um conjunto de abordagens utilizadas para esse efeito. Porém, Dye (2001), na sua crítica, explica que a Teoria da Divulgação já se encontra num estágio avançado, podendo até mesmo, ser considerada como desenvolvida.

Verrecchia (2001) classificou os estudos sobre divulgações voluntárias em três categorias: Divulgação Baseada em Associação; Divulgação Baseada em Discricionariedade; e a Divulgação Baseada em Eficiência.

De acordo com Verrecchia (2001) a categoria “Divulgação Baseada em Associação”, inclui os trabalhos que estudam a relação entre a divulgação e as alterações nas ações dos investidores, nomeadamente através do comportamento do equilíbrio do preço dos ativos e do volume de transação. Estes estudos podem ser encontradas, por exemplo, em pesquisas com base na hipótese de mercados eficientes. Fama e Miller (1992) definem um mercado eficiente como aquele no qual os preços de mercado refletem plenamente toda informação disponível.

Gabriel, Pimentel e Martins (2009) explicam que a dedução da literatura contábil sobre eficiência de mercado tem sido efetuada através de dois testes: (a) Estudos de Eventos (estudos de curto e longo prazo que tratam das ocorrências após o anúncio de resultados; eficiência de mercado em relação a métodos contabilísticos, bem como a mudanças nesses critérios e métodos, entre outros); e (b) testes transversais (cross-sectional) sobre previsão de retornos, ou de anormalidades (examina se os retornos sobre portfólios de empresas formados periodicamente usando regra de negociação específica são consistentes com o modelo de retornos esperados como o Capital Asset Pricing Model - CAPM, entre outros).

No que diz respeito à relação entre a hipótese de mercado eficiente e a informação contábil, Verrecchia (2001) considera que se uma informação contábil é relevante, a resposta nos preços dos títulos deve ser rápida e imediata. Por outro lado, num mercado não eficiente, se uma informação contábil é relevante, a resposta nos preços dos títulos não é rápida, pois o mercado demora em absorver e precificar a informação.

Neste sentido, para testar as formas da hipótese de mercado eficiente, é necessário ter um modelo teórico que resulte na expectativa de retorno de um título em equilíbrio. Para tanto, segundo Gabriel, Pimentel e Martins (2009) o modelo de mercado considera que o retorno de um título pode ser dividido em duas partes que são parte diversificável decorrente do próprio título (risco específico ou não sistemático) e a parte não diversificável devido ao próprio mercado (risco sistemático).

Porém, há importantes implicações (Lima, 2007), pois as pesquisas de Contabilidade

direcionada ao mercado de capitais mostram que o mercado não é tão racional e bem

informado como demonstram os estudos acerca da teoria do mercado eficiente. Isto porque, o

mercado é formado por indivíduos que buscam por resultados de forma muito peculiar,

baseados em realidades construídas em função de sua experiência de vida, da possibilidade de

acesso as informações e de interesses pessoais (SANTOS e SANTOS, 2005).

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Já a Divulgação Baseada em Discricionariedade examina como os gestores e/ou empresas exercem a discricionariedade no que diz respeito à Divulgação da informação sobre os que eles têm conhecimento (Verrecchia, 2001). Este tipo de analise está muito ligado aos estudos de Fields, Lys e Vincent (2001), que concentraram a sua pesquisa na assimetria de informação entre fornecedores de capital e empresários com oportunidades de investimentos (o problema de avaliação) e os conflitos de agência resultantes da separação entre propriedade e gestão.

Na teoria de escolhas contábeis, Verrecchia (2001) explica que há a ideia de proxies ou imperfeições de mercado que influenciam as escolhas contábeis por parte dos gestores: custos de agência, assimetria da informação e externalidades. Todas essas proxies são devidas aos contratos entre os principais e os agentes não serem completos e a ausência de um mercado perfeito. Os custos de agência são relacionados com questões contratuais como a remuneração dos gestores e as condições contratuais de dívidas (debt convenant); enquanto a assimetria da informação é associada com a relação entre gestores (bem informados) e investidores (não tão bem informados quanto os gestores); já as externalidades afetam as partes não contratantes, relacionadas a terceiros ou itens não contratuais, pode-se dar como exemplo a contabilização das stock options.

Por último, a Divulgação Baseada em Eficiência, procura investigar a existência de alguma forma e divulgação que promova e que tenha relação com a eficiência econômica, isto é, aquelas informações que são preferidas incondicionalmente (VERRECCHIA, 2001).

A discussão relativa a premissa central da literatura de divulgação

Dye (2001, p. 184) inicia o seu paper com argumentos que em nenhum lugar do trabalho, Verrechia (2001) descreve as premissas centrais da teoria da divulgação, nem é evidenciado nos diferentes modelos que aparecem em Essays, que tais modelos sejam organizados em torno de um princípio comum. Neste sentido, explica que qualquer "teoria"

digna do nome, consiste em um ou dois princípios gerais repetidamente aplicados.

Explica o autor que da mesma forma, a teoria dos jogos é realmente uma teoria baseada na ideia de que, na previsão de comportamento, deve-se entender que quando há pessoas a aperfeiçoar, ao mesmo tempo, seus rivais também aperfeiçoarão. Um novo leitor para a literatura de divulgação pode ter a impressão ao ler Essays, que a literatura sobre divulgação ainda não amadureceu o suficiente para merecer o status de uma teoria.

Dye (2001) discorda de Verrecchia (2001) quando este menciona não haver uma teoria da divulgação. Para Dye (2001, p. 184), “existe uma teoria da divulgação voluntária. Essa teoria é um caso especial da teoria dos jogos com a premissa central de que qualquer entidade que esteja cogitando a divulgação irá divulgar informação favorável para a entidade e não irá divulgar informação desfavorável à entidade”. Torna-se mais interessante a luz que ela lança sobre de como interpretar o silêncio ou, mais geralmente, menos do que a divulgação completa.

Neste sentido, o autor, exemplifica que quando um vendedor de carro que enfatiza a

confiabilidade do carro, mas não menciona nada a respeito do seu desempenho. A teoria

permite-nos concluir que o desempenho do carro não é muito bom. Considere alguém cujo

currículo pareça extraordinário, exceto por um período de intervalo de 15 anos não

mencionados entre o colégio e a faculdade. A teoria nos permite inferir que a pessoa estava na

prisão, em uma faculdade ou relacionada com alguma outra atividade imoral durante esse

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intervalo de tempo extenso. Considere uma empresa que, na seção de destaque do seu relatório anual, repetidamente enfatiza seu sucesso em atingir reduções de custos, mas não menciona nada sobre as receitas. A teoria permite-nos inferir que o crescimento de receitas da empresa foi decepcionante, mesmo antes de verificar a demonstração de resultados da firma.

Em outro exemplo Dye (2001) explica que, na aplicação desta premissa quando das divulgações feitas pelos gestores, não significa dizer que a teoria sempre levará à conclusão de que os gestores deverão divulgar as informações que aumentem o preço de suas ações de mercado e reterão aquelas que podem reduzir o valor destas ações. Por exemplo, como argumentam Aboody e Kaznik (1999), os gerentes podem divulgar informações que podem reduzir o preço das ações de uma empresa e adiar a divulgação de informações que aumentem o preço destas ações, quando haver risco destas divulgações interferirem de forma a reduzir o preço de exercício das opções que são oferecidas. Este exemplo (e outros como este), como:

divulgação de más notícias antes de uma operação de compra, ou antes, de uma negociação sindical Liberty e Zimmerman, (1986), são consistentes com a premissa central da teoria da divulgação voluntária, porque se uma divulgação pode ser favorável ou desfavorável à entidade, a condição de poder fazer a divulgação não é necessariamente sinônima de divulgações de aumento ou redução de preço.

Outras razões para os gerentes não fazerem divulgações de valor crescente é que eles podem não saber como os investidores reagirão às suas divulgações e, portanto, não vai saber o que justifica a divulgação de um valor cada vez maior ou que, em alguns casos, o valor da empresa poderá não estar bem definido.

Não só é esta premissa muito simples e robusta, como os exemplos anteriores ilustram que, uma vez internalizada, isto afetará uma visão de mundo em seu dia-a-dia. Porque, tantas informações são projetadas para negociar um produto, uma pessoa, uma empresa, ou uma ideia, não é extremamente perspicaz reconhecer que, a fim de interpretar corretamente tais informações é preciso prever os motivos de quem os fez quanto ao conjunto de informações alternativas que poderiam ter sido divulgadas, mas preferiram não fazê-las? (GROSSMAN e HART, 1980, GROSSMAN 1981 e MILGROM 1981).

Segundo Dye (2001) esta premissa é suficientemente aceitável e acredita-se que se poderia organizar a discussão com muitos dos modelos existentes de divulgação em torno dela.

Porém, Verrecchia (2001) escolheu uma forma alternativa de organizar a literatura em Essays, porque, em parte, ele acredita que, ao contrário das afirmações acima, Verrecchia (2001, p. 98) diz: “… não há nenhuma abrangente, ou unificadora, teoria de divulgação, ou pelo menos nenhum que eu senti confortável identificar como tal”.

A fonte de disparidade entre os autores

Os pontos de vista de Dye (2001) relacionam-se com a crença que os modelos endógenos de divulgação são o coração da literatura de divulgação, enquanto que Verrecchia (2001) concede status igual aos modelos divulgação exógeno e endógeno. Neste sentido, o que é chamado de a premissa central da teoria da divulgação voluntária não se aplica às divulgações exógenas uma vez que tais divulgações, por definição, não foram projetadas para maximizar nada, e em particular, não são projetadas para maximizar os benefícios da entidade em fazer as divulgações.

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3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ETAPA OU FASE DO PROJETO Objetivo Específico

Estudo da literatura relevante à teoria da divulgação e

divulgação voluntária

Etapa/Fase (O que?)

Em função de não haver quase nenhum material editado na lingua portuguesa, o estudo deverá se concentrar nas revistas interna- cionais de Contabilidade.

Especificação (Como?)

Pesquisa bibliográ- fica e exploratória em jornais e revistas especializadas.

Traduação e classi- ficação do referen- cial relevante.

Início Semanas e meses

Primeira semana de mar/2016.

Término Semanas e meses

segunda semana de jun/2016

Estudo exploratório de pesquisas empíricas relativo a divulgação voluntária.

Análise e Classificação das pesquisas de acordo com os modelos de divulgação propostos por Verrecchia (2001)

Pesquisa biblio- gráfica e explorató- ria em jornais e revistas especializa- das.

Traduação e classi- ficação do referen- cial relevante.

Terceira semana de jun/2016.

Quarta semana de out/2016

Estudo das críticas produzidas por Dye (2001) aos modelos de divulgação propostos por Verrecchia (2001)

Análise dos pontos fortes e fracos das pesquisas

empíricas de acordo com as críticas produzidas por Dye (2001)

Preenchimento do relatório

denominado “ficha de pesquisa”

Primeira semana de nov/2016.

Segunda semana de dez/2017

Análise dos dados Análise qualitativa.

Análise qualitativa dos pontos fortes e fracos dos estudos empíricos relatados na ficha de pesquisa

Terceira semana de dez/2016.

Quarta semana de jan/2017

Revisão, conclusão e entrega da pesquisa.

Revisão completa do estudo e construção textual da conclusão da pesquisa.

Pimeira semana de fev/2017

Quarta semana de

fev/2017

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Setor de Pesquisa 4. REFERÊNCIAS

ABOODY, D., KAZNIK, R., CEO stock option awards and corporate voluntary disclosure.

Stanford University Working Paper. 1999.

BALL, R.J.; BROWN. An empirical evaluation of accounting income numbers. Jornal of Accounting Research, v.6, p. 159-178. 1968.

DYE, R. A. An evaluation of “essays on disclosure” and the disclosure literature in accounting.

Journal of Accounting and Economics, 32(1–3), p. 181-235. 2001.

DYE, R. A.; VERRECCHIA, R. E. Discretion vs. uniformity: choices among GAAP. The Accounting Review. v.70. 1995.

DYE, R. A. Disclosure of nonproprietary information. Journal of Accounting Research, 23(1), p. 123−145. 1985.

FAMA, E.; MILLER, M. The theory of finance. New York: Nolt Rinehart and Winston. 1992.

Fields, T. D., Lys, T. Z., & Vincent, L. Empirical research on accounting choice. Journal of Accounting and Economics, 31(1–3), p. 255-307. 2001.

GABRIEL, F.; PIMENTEL, R. C.; MARTINS, G. A. Epistemologia da pesquisa em contabilidade e finanças: análises de plataformas teóricas no Brasil. IX Encontro Brasileiro de Finanças, São Leopoldo, 2009.

GOULART, A. M. C. Evidenciação contabilística do risco de mercado por instituições financeiras no Brasil. 2003. 118 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) Universidade de São Paulo.

GROSSMAN, S. J.; HART, O. D. Takeover Bids, The Free-Rider Problem, the Theory of the Corporation. The Bell Journal of Economics, vol. 11. N. 1 Spring, p 42-64. 1980.

GROSSMAN, S. J. The Informational Role of Warranties and Private Disclosure about Product Quality. Journal of Law and Economics, Vol. 24, n.3, Consumer Protection Regulation: A Conference Sponsored by the Center for the Study of the Economy and the State p. 461-483.

dec. 1981.

LIBERTY, S.; ZIMMERMAN, J. Labor union contract negotiations and accounting choices.

The Accounting Review 61, p. 692–712. 1986.

LIMA, G.A.S.F Utilização da Teoria da divulgação para avaliação da relação do nível de disclosure com o custo da dívida das empresas brasileiras. 2007. Tese de doutorado em Controladoria e Contabilidade, apresentada do Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

LOPES, P.T.; RODRIGUES, L.L. Accounting for Financial Instruments: An Analysis of the Determinants of Disclosure in the Portuguese Stock Exchange. The International Journal of Accounting, Elsevier, vol. 42(1), p. 25-56. 2007.

MEEK, G.; ROBERTS, C. Factors influencing voluntary annual report disclosures by US, UK,

and continental European multinational corporations. Journal of International Business

Studies, 26(3), p. 555−572. 1995.

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MILGROM, P.R. Good News and Bad News: Representation Theorems and Applications,. The Bell Journal of Economics, v. 12 p. 380-391. 1981.

SANTOS, J.; SANTOS, J. A. R. Mercado de capitais: racionalidade versus emoção. Revista Contabilidade Finanças, 16(37), p. 103-110. 2005.

Silva, A. C. R. Metodologia da Pesquisa Aplicada à Contabilidade. São Paulo: Atlas. 2003 VERRECCHIA, R. Discretionary disclosure. Journal of Accounting & Economics, 5(3), p.

179−194. 1983.

VERRECCHIA, R. Essays on disclosure. Journal of Accounting & Economics, 32(1–3), p.

97−180. 2001.

WATTS, R. L.; ZIMMERMAN, J. L. Positive Accounting Theory: A Ten Year Perspective. The Accounting Review, 65(1), p. 131-156. 1990.

5. RESUMO DO ORÇAMENTO:

FERJ Setor de Pesquisa

Contrapartida

(quando houver parcerias) Total R$

Elementos de Despesa Quantidade Preço Unitário

R$ Quantidade Preço Unitário R$

Participação em eventos

1

0 0,00 0,00

Passagens e Despesa de Locomoção.

0 0,00 0,00

Material de Consumo Papel A4, tinta para impressora.

2 50,00 50,00

Aquisição de Livros * 2 127,00 127,00

Cópias monocromáticas, fotocópia colorida, fotos aéreas, mapas, plotagens, cópias em metro.

2000 200,00 200,00

Equipamentos e Material Permanente **

Outros (Artigos científicos internacionais)

12

480,00 480,00

Total do Projeto 857,00 857,00

* O valor não poderá exceder a 15 % do valor total solicitado para a execução do projeto.

** O valor solicitado deverá respeitar os critérios dispostos no Edital.

1

Deverá estar justificada a despesa na Metodologia do projeto e aprovada pela Coordenação do

PROINPES

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6-CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$) (Especificar o período em que os elementos de despesas serão solicitados)

Objetivo

Específico Elementos de despesas

Fev.

2016

Mar.

2016

Abr.

2016 Dez.

2016 SOMA Estudo da

literatura relevante à teoria da divulgação e divulgação voluntária

Livros e artigos internacionais relativo a Voluntary Disclosure

300,00 307,00 607,00

fotocópias 100,00 50,00 50,00 200,00 Análise dos

dados e Conclusão

Papel A4 e Tinta para impressora.

50,00 50,00 400,00 357,00 50,00 50,00 857,00

CONTRAPARTIDA (quando houver parcerias)

Objetivo Específico Elementos de

despesas

Referências

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