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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria Acadêmica Setor de Pesquisa

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Academic year: 2022

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FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA.

Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Direito Jaraguá do Sul Curso (s) : Direito

Nome do projeto: Em busca da verdade real: A tortura como método de investigação policial.

Nome do professor orientador: Diego Augusto Bayer Nome do professor co-orientador:

Nome do coordenador(a) do Curso: Maikon Cristiano Glasenapp

Para a Fundação Educacional Regional Jaraguaense – FERJ, mantenedora do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville, encaminhamos anexo, Projeto de Iniciação Científica a ser submetido ao Edital nº 01/2014 Programa de Bolsas de Estudo da Educação Superior – UNIEDU, da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, e declaramos nosso interesse e prioridade conferida ao desenvolvimento do projeto ora proposto, assim como nosso comprometimento de que serão oferecidas as garantias necessárias para sua adequada execução, incluindo o envolvimento de equipe, utilização criteriosa dos recursos previstos e outras condições específicas definidas no formulário anexo.

Jaraguá do Sul, 05 de maio de 2014

____________________________________________ _________________________________________________

Professor orientador Professor coorientador

____________________________________________

Coordenador do Curso

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2 – DESCRIÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto: Em busca da verdade real: A tortura como método de investigação policial.

Tipo de Projeto ( 24 meses ) (X) Apresentado pelo professor;

Resumo do Projeto

Este projeto tem como objetivo demonstrar de acordo com a análise de um caso concreto, o fortalecimento dos sistemas penais subterrâneos, sob o argumento da busca da verdade real, princípio este imbuído de “boas intenções”, mas que todavia, tem sido desvirtuado dentro do sistema inquisitorial presente nos Inquéritos Policiais. Em um segundo momento, busca-se neste artigo, demonstrar a utilização da tortura como método de investigação, para tentar arrancar confissões ou depoimentos que possam incriminar terceiros, ações estas que tem sido legitimadas em razão da busca pela verdade real.

Problematizacão

Em busca de uma verdade dentro do processo penal, é legitimada a tortura como meio para obtê-la?

Justificativa

O chamado princípio da verdade real vem sendo desvirtuado por muitos integrantes do sistema penal, fazendo com que se legitimem situações que são consideradas criminosas pelo ordenamento jurídico pátrio e internacional. O objetivo deste projeto trata-se de demonstrar a utilização da tortura dentro das investigações policiais, qual tenta ser legitimado pela busca da

“verdade real”.

Desta forma, necessita-se analisar, através de um retrospecto histórico, a tortura durante o tempo e sua legitimação, mesmo que de uma forma ilegítima, na busca por determinadas “verdade”.

Assim, parte-se da exposição dos conceitos para uma crítica acerca do caráter que a tortura é utilizada.

Posteriormente é necessário, adentrarmos na exposição do conceito de tortura e a realização de uma crítica acerca da utilização deste instrumento como legitimado na busca de confissões para a resolução de investigações policiais.

Objetivo Geral:

Este trabalho busca demonstrar a utilização da tortura como método de investigação, para tentar arrancar confissões ou depoimentos que possam incriminar terceiros, ações estas que tem sido legitimadas em razão da busca pela verdade real.

Objetivos específicos

Analisar a bibliografia, conceituar e realizar um breve retrospecto histórico acerca da tortura.

Analisar a bibliografia, conceituar e verificar as leis, tratados e convenções contra a prática da tortura. Analisar o conceito do princípio da verdade real Analisar a bibliografia, conceituar e realizar uma caracterização de sistema penal e sistema penal subterrâneo. Analisar a bibliografia, conceituar e descrever prática da tortura por policiais como instrumento investigativo.

(3)

Metodologia

Quanto ao tipo de desenho e pesquisa segundo o alcance do desenho, utilizou-se a pesquisa exploratória, eis que “se está buscando indícios de um problema ou variáveis e dimensões mais relevantes a estudar” (BIAGI, 2012, p.54). Sampieri, Collado e Lucio (1997, p.59) expõem que “Los estúdios exploratórios se efectúan, normalmente, cuando el objetivo es examinar um tema o problema de investigación poco estudiado o que no há sido abordado antes. (...) Los estudios exploratorios son como cuando viajamos a un lugar que no conocemos, del cual no hemos visto ningún documental ni leído algún libro (a pesar de que hemos buscado información al respecto), sino simplemente alguien nos ha hecho un breve comentario sobre el lugar”.

Desta forma, procurou-se através dos indícios trabalhar de forma exploratória sobre o objeto de pesquisa.

Quanto ao tipo de desenho e de pesquisa segundo a dimensão temporal, utilizou-se a pesquisa sincrônica, tendo em vista que “em um só momento se coletam os dados” (BIAGI, 2012, p.56).

Quanto ao tipo de desenho e de pesquisa segundo o procedimento para obter os dados, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, eis que utilizou-se de documentos, artigos, livros e doutrinas para o alcance do objeto de pesquisa.

Fundamentação Teórica

O princípio denominado verdade real é um dos princípios basilares dentro do Direito Processual Penal, qual determina que o fato investigado no processo deve corresponder ao que está fora dele, em toda sua plenitude, sem quaisquer artifícios, sem presunções, sem ficções. Para Rogério Lauria TUCCI (1986, p. 145), a verdade real pode ser definida como "a reconstrução atingível de fato relevante e metaprocessual, inquisitivamente perquirida para deslinde da causa penal".

Ocorre que, de forma brilhante doutrinou Luigi FERRAJOLI (1995, p.50-51) que se tem utilizado a ideia do princípio da verdade real dentro da percepção de uma verdade aproximativa, como uma forma de relacionar o fato com uma perfeita correspondência, transformando este princípio em um ideal.

Segundo DUCLERC (2008, p. 383):

Qualquer conclusão a que se chegue (...) tem o valor de uma hipótese apenas probabilística, pois um mesmo conjunto de observações pode, não raro, admitir diversas explicações. Em suma, por mais eloqüentes que sejam os dados do passado deixados no presente (depoimentos de testemunhas, indícios materiais coletados e analisados por peritos, documentos, etc.), absolutamente nada nos imuniza contra a possibilidade de erro judiciário.

De forma brilhante, ROSA (2013, p. 161) expõe que “a verdade real é empulhação ideológica que serve para “acalmar” a consciência de acusadores e julgadores. A ilusão da informação perfeita no processo penal recebe o nome de Verdade Real”.

Todavia, o que tem se verificado é que em busca dessa determinada “verdade real”, utiliza-se de práticas ilícitas dentro de diversos estabelecimentos do Estado, fazendo com que se fortaleça o denominado Sistema Penal Subterrâneo.

O que se verifica é que a utilização da prática de tortura como método investigativo policial vem sendo legitimado através da história. Se voltarmos nos primórdios, temos as obras Malleus

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Maleficarum de Heinrich Kramer e James Sprenger, bem como Diretorium Inquisitorum de Nicolau Eymerich, que legitimam, na busca de extrair a verdade do acusado, a utilização de métodos de tortura.

A partir deste ponto, no desenrolar das culturas, verifica-se que baseado nesta prática de torturas da Inquisição, foi sendo aperfeiçoado o processo Inquisitivo dentro das agências policiais.

Todavia, esta prática teve que ficar em um universo subversivo, ou denominado sistema penal subterrâneo, em razão das agências internacionais pressionarem os países contra a prática de tortura.

Ou seja, todos sabem que existe a prática de tortura, mas coloca-se uma venda nos olhos e se finge que nada se vê, já que, esta tortura apenas existe para extrair de um indiciado “a verdade real” de determinado ato delituoso.

Conforme exposto nos tópicos acima, a prática da tortura com o fim de buscar a verdade do indiciado tem se aperfeiçoado cada vez mais, utilizando-se de métodos cada vez mais modernos, para mascarar a tortura e não deixar marcas nos torturados, o que faz com que fique ainda mais difícil detectar a violência cometida nas salas de inquérito das delegacias de polícia.

Desta forma, somente na luta contra o sistema penal subterrâneo é que esta prática irá ser abolida das agencias policiais, devendo para isso continuar sendo denunciada e não ser amparada pelas demais agências pertencentes ao sistema penal, uma vez que, caso seja legitimada pelas demais agências, ela continuará ocorrendo dentro de sua esfera subterrânea, sendo legitimada portando na busca da chamada “verdade real”.

3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ETAPA OU FASE DO PROJETO

Objetivo Específico Etapa/Fase (O que?) Especificação (Como?)

Início Semanas e

meses

Término Semanas e

meses

Analisar a bibliografia,

conceituar e realizar um breve retrospecto histórico acerca da tortura.

Primeira Etapa Levantamento Bibliográfico e dissertação acerca do tópico

Julho Dezembro

Analisar a bibliografia,

conceituar e verificar as leis, tratados e convenções contra a prática da tortura.

Segunda Etapa Levantamento Bibliográfico e dissertação acerca do tópico

Janeiro Junho

Analisar o conceito do princípio da verdade real

Terceira Etapa Levantamento Bibliográfico e dissertação acerca do tópico

Julho Dezembro

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Objetivo Específico Etapa/Fase (O que?) Especificação (Como?)

Início Semanas e

meses

Término Semanas e

meses

Analisar a bibliografia,

conceituar e realizar uma caracterização de sistema penal e sistema penal subterrâneo

Quarta Etapa Levantamento Bibliográfico e dissertação acerca do tópico

Janeiro Junho

Analisar a bibliografia,

conceituar e descrever prática da tortura por policiais como instrumento investigativo

Quinta Etapa Levantamento Bibliográfico e dissertação acerca do tópico

Julho Dezembro

Considerações Finais Sexta Etapa Analisando o conteúdo exposto

Janeiro Junho

4. REFERÊNCIAS

TUCCI, Rogério Lauria. Princípios e regras orientadoras do Novo Processo Penal Brasileiro.

Rio de Janeiro: Forense, 1986.

FERRAJOLI, Luigi. Derecho y razón: Teoría del garantismo penal. Madrid: Editorial Trotta, 1995.

DUCLERC, Elmir. Direito Processual Penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

ROSA, Alexandre Morais da. Guia compacto do processo penal conforme a teoria dos jogos.

Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013.

BIAGI, Marta Cristina. Pesquisa Científica – Roteiro Prático para Desenvolver Projetos e Teses.

1ª ed, 3ª reimpr., Curitiba: Juruá, 2012.

SAMPIERI, Roberto Hernández; COLLADO, Carlos Fernández; LUCIO, Pilar Baptista.

Metodología de la Investigación, McGraw Hill, México, 1997.

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5. RESUMO DO ORÇAMENTO:

FERJ Setor de Pesquisa

Contrapartida (quando houver parcerias)

Total R$

Elementos de Despesa Quantidade Preço Unitário R$

Quantidade Preço Unitário R$

Participação em eventos Passagens e Despesa de Locomoção.

Material de Consumo ( descrever todos os itens

ex: Papel A4,

disquetes,etc..)

Papel A4 Tonner

R$ 150,00 R$ 150,00

Aquisição de Livros Aquisição de livros R$ 150,00 R$ 150,00

Cópias monocromáticas, fotocópia colorida, fotos aéreas, mapas, plotagens, cópias em metro.

Cópia de livros para análise bibliográfica

R$ 150,00 R$ 150,00

Equipamentos e Material Permanente

Total do Projeto R$ 450,00

6-CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$) (Especificar o período em que os elementos de despesas serão solicitados)

Objetivo Específico

Elementos de despesas

1º Mês

2º Mês

3º Mês

4º Mês

5º Mês

6º Mês

7º Mês

8º Mês

24º Mês Papel A4

Tonner

R$ 150,00 X

Aquisição de livros R$ 150,00 X

Cópia de livros para análise bibliográfica

R$ 150,00 X X X

CONTRAPARTIDA (quando houver parcerias)

Objetivo Específico Elementos de despesas

7. EQUIPE

Referências

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