Exerc´ıcios Resolvidos de Dinˆamica Cl´assica
Jason Alfredo Carlson Gallas,
professor titular de f´ısica te´orica, Doutor em F´ısica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, AlemanhaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de F´ısica
Mat´eria para a PRIMEIRA prova. Numerac¸˜ao conforme a quarta edic¸˜ao do livro
“Fundamentos de F´ısica”, Halliday, Resnick e Walker.
Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas
Conte ´udo
7 Trabalho e Energia Cin´etica 2
7.1 Quest˜oes . . . 2 7.2 Problemas e Exerc´ıcios . . . 2
7.2.1 Trabalho: movimento com forc¸a constante . . . 2
7.2.2 Trabalho executado por forc¸a vari´avel . . . 3 7.2.3 Trabalho realizado por uma mola 4 7.2.4 Energia Cin´etica . . . 4 7.2.5 Potˆencia . . . 5 7.2.6 Energia Cin´etica a Velocidades
Elevadas . . . 7
Coment´arios/Sugest˜oes e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br (listam1.tex)
7 Trabalho e Energia Cin´etica
7.1 Quest˜oes
Q 7-13
As molas A e B s˜ao idˆenticas, exceto pelo fato de que A
´e mais r´ıgida do que B, isto ´e . Qual das duas molas realiza um trabalho maior (a) quando elas sofrem o mesmo deslocamento e (b) quando elas s˜ao distendi- das por forc¸as iguais.
(a) Temos e , onde
representa o deslocamento comum a ambas molas. Por- tanto,
ou seja, .
(b) Agora temos e ! ,
onde e representam os delocamentos provocados pela forc¸a idˆentica que atua sobre ambas as molas e que implica ter-se, em magnitude,
" #$ %
donte tiramos& % . Portanto
(' )! *
,+
ou seja,
+
.
7.2 Problemas e Exerc´ıcios
7.2.1 Trabalho: movimento- com forc¸a constan- te
E 7-2 (7-7/6. edic¸˜ao)
Para empurrar um caixote de/0 kg num piso sem atrito, um oper´ario aplica uma forc¸a de 0 N, dirigida 01 aci- ma da horizontal. Se o caixote se desloca de2 m, qual o trabalho executado sobre o caixote (a) pelo oper´ario, (b) pelo peso do caixote e (c) pela forc¸a normal exerci- da pelo piso sobre o caixote? (d) Qual o trabalho total executado sobre o caixote?
(a) A forc¸a aplicada ´e constante e o trabalho feito por ela ´e
3 4&576
"98%:7;<>=
onde4 ´e a forc¸a,6 ´e o deslocamento do caixote, e= ´e o ˆangulo entre a forc¸a4 e o deslocamento6 . Portanto,
3
?'@
0
*A' 2 *
:A;B<
0 1
/C0 JD
(b) A forc¸a da gravidade aponta para baixo, perpendi- cular ao deslocamento do caixote. O ˆangulo entre esta forc¸a e o deslocamento ´e C0 1 e, como
:A;<
C0 1E 0 , o
trabalho feito pela forc¸a gravitacional ´e ZERO.
(c) A forc¸a normal exercida pelo piso tamb´em atua per- pendicularmente ao deslocamento, de modo que o tra- balho por ela realizado tamb´em ´e ZERO.
(d) As trˆes forc¸as acima mencionadas s˜ao as ´unicas que atuam no caixote. Portanto o trabalho total ´e dado pela soma dos trabalhos individuais realizados por cada uma das trˆes forc¸as, ou seja, o trabalho total ´e/C0 J.
P 7-9 (???/6. )
A Fig. 7-27 mostra um conjunto de polias usado para facilitar o levantamento de um pesoF . Suponha que o atrito seja desprez´ıvel e que as duas polias de baixo, `as quais est´a presa a carga, pesem juntas 0 N. Uma car- ga deGH0 N deve ser levantada m. (a) Qual a forc¸a m´ınima4 necess´aria para levantar a carga? (b) Qual o trabalho executado para levantar a carga de m? (c) Qual o deslocamento da extremidade livre da corda? (d) Qual o trabalho executado pela forc¸a4 para realizar esta tarefa?
(a) Supondo que o peso da corda ´e desprez´ıvel (isto ´e, que a massa da corda seja nula), a tens˜ao nela ´e a mes- ma ao longo de todo seu comprimento. Considerando as duas polias m´oveis (as duas que est˜ao ligadas ao peso
F ) vemos que tais polias puxam o peso para cima com uma forc¸a
"
aplicada em quatro pontos, de modo que a forc¸a total para cima aplicada nas polias m´oveis ´eH
"
. Se
"
for a forc¸a m´ınima para levantar a carga (com ve- locidade constante, i.e. sem acelera-la), ent˜ao a segunda lei de Newton nos diz que devemos ter
H
"JILKJM
0
onde KJM representa o peso total da carga mais polias m´oveis, ou seja,KJM N'GHB0%O 0 * N. Assim, encontra- mos que
"
GP0
H
/ ND
(b) O trabalho feito pela corda ´e H "98 KJMQ8 , onde8 ´e a distˆancia de levantamento da carga. Portanto, o trabalho feito pela corda ´e
N' GP0 *7'
*R
02 0 JD
(A resposta na traduc¸˜ao do livro est´a incorreta.) (c) A cada metro que a carga sobe, cada segmento da corda entre o conjunto superior e inferior de polias di- minui de um metro. Ou seja, a extremidade livre da cor- da abaixo deH metros. Portanto, no total a extremidade livre da corda move-se'H *A' *! HG m para baixo.
(d) O trabalho feito pela pessoa que puxa a corda pela extremidade livre ´e
"98
KJMQ8
H , onde
8
´e a distˆancia que a extremidade livre se move. Portanto,
N' GP0 *
HBG
H
02 0 JD
Observe que os valores encontrados nos itens (b) e (d) devem coincidir, o que n˜ao ocorre com as respostas for- necidas no livro.
P 7-12 (???/6. )
Um bloco de2SDUT/ kg ´e puxado com velocidade constan- te por uma distˆancia deHD0P m em um piso horizontal por uma corda que exerce uma forc¸a deTVDPG N fazen- do um ˆangulo de /1 acima da horizontal. Calcule (a) o trabalho executado pela corda sobre o bloco e (b) o coeficiente de atrito dinˆamico entre o bloco e o piso.
(a) A forc¸a na corda ´e constante, de modo que o traba- lho ´e dado por 4$5W6 "98%:A;B<>=
, onde4 ´e a forc¸a exercida pela corda,6 ´e a distˆancia do deslocamento, e
=
´e o ˆangulo entre a forc¸a e o deslocamento. Portanto
N'TVDPG *7'HD0P *
:7;< / 1 20>D
JD
(b) A resposta pode ser obtida facilmente fazendo-se um diagrama de corpo livre onde constem todas as (quatro) forc¸as aplicadas.
Desenhe um pontoX representando o bloco. EmX , de- senhe a forc¸a normalY apontando para cima, a forc¸a pesoZE[ apontando para baixo. Apontando horizontal- mente para a esquerda desenhe a forc¸a\ de atrito. Dese- nhe a forc¸a4 que puxa o bloco apontando para a direita e para cima, fazendo um ˆangulo= com a horizontal, Com isto tudo, a segundo lei de Newton nos diz que para que o bloco se mova sem acelerar devemos ter equil´ıbrio tanto na horizontal quanto na vertical, o que nos fornece as equac¸˜oes, respectivamente,
"$:A;<=]I_^
0
` O "
sen=aI Z M 0SD
A magnitude da forc¸a de atrito ´e dada por
^
bdc
`
ebdcV'Z
MfIL"
sen= * onde o valor de
`
foi obtido da segunda equac¸˜ao acima.
Substituindo o valor de
^
na primeira das equac¸˜oes aci- ma e resolvendo-a parab c encontramos sem problemas que
b c
"$:A;B<>=
Z
MgI$"
sen
=
'TQDPG *
:7;< / 1
'
2>D/BT
*7' CSDG * I '
TQDPG
* sen / 1 0>D D
7.2.2 Trabalho executado por forc¸a vari´avel
P 7-16 (???/6. )
A forc¸a exercida num objeto ´e " 'hi*j "lk 'mi k9I *. Calcule o trabalho realizado para deslocar o objeto de
n 0 at´e &o k (a) fazendo um gr´afico de" 'hi* e
determinando a ´area sob a curva e (b) calculando a inte- gral analiticamente.
(a) A express˜ao de" 'hi* diz-nos que a forc¸a varia li- nearmente com . Supondo k p0 , escolhemos dois pontos convenientes para, atrav´es deles, desenhar uma linha reta.
Paraq 0 temos" Ir" k enquanto que parasJ k temos" " k , ou seja devemos desenhar uma linha re- ta que passe pelos pontos '0 Ir" k * e'@ k " k *. Fac¸a a figura!
Olhando para a figura vemos que o trabalho total ´e da- do pela soma da ´area de dois triˆangulos: um que vai de
E 0 at´eq k , o outro indo deEe k at´eq k . Como os dois triˆangulos tem a mesma ´area, sendo uma positiva, a outra negativa, vemos que o trabalho total ´e ZERO.
(b) Analiticamente, a integral nos diz que
t
vuw
k " kyx
1 I -z 8
"
k{x
k I
z}|
||
vu w
k 0SD
7.2.3 Trabalho realizado por uma mola
E 7-18 (7-21/6. )
Uma mola com uma constante de mola de / N/cm est´a presa a uma gaiola, como na Fig. 7-31. (a) Qual o tra- balho executado pela mola sobre a gaiola se a mola ´e distendida deTVDP mm em relac¸˜ao ao seu estado relaxa- do? (b) Qual o trabalho adicional executado pela mola se ela ´e distendida por maisTQDP mm?
(a) Quando a gaiola move-se deEey~ paraE
o trabalho feito pela mola ´e dado por
t
u-
u
'I i*
8 I |||u
u
I
'h
I ~ *
onde ´e a constante de forc¸a da mola. Substituindo
~ 0 m e
TQDP
0S# m encontramos
I
'
/00 *7'TVDP 0
i
* I
0SD0HB2 JD (b) Agora basta substituir-se y~ TVDPL 0S# m e
/QD
0S# m na express˜ao para o trabalho:
I '
/00 *>@'
/QD* I ' TVDP * ' 0
i
*
I
0SD 2 JD
Perceba que durante o segundo intervalo o trabalho rea- lizado ´e mais do que o dobro do trabalho feito no pri- meiro intervalo. Embora o deslocamento tenha sido idˆentico em ambos intervalos, a forc¸a ´e maior durante o segundo intervalo.
7.2.4 Energia Cin´etica
E 7-21 (7-???/6. )
Se um foguete Saturno V com uma espac¸onave Apolo acoplada tem uma massa total de DC] 0 kg e atinge uma velociade de D km/s, qual a sua energia cin´etica neste instante?
Usando a definic¸˜ao de energia con´etica temos que
Zs
'@ DC
0
*A'
D 0 *
DT/f
0 ~ JD
E 7-22 (7-1/6. )
Um el´etron de conduc¸˜ao (massaZ CSD 0S# ~ kg) do cobre, numa temperatura pr ´oxima do zero absoluto, tem uma energia cin´etica deP>DT( 0Q ~ J. Qual a velo- cidade do el´etron?
A energia cin´etica ´e dada por Zq , ondeZ ´e a massa do el´etron e a sua velocidade. Portanto
Z
S'PSDUTf
0
~
*
C>D
0
#
~ D
0 m/sD
E 7-29 (???/6. )
Um carro de 000 kg est´a viajando aP0 km/h numa es- trada plana. Os freios s˜ao aplicados por um tempo sufi- ciente para reduzir a energia cin´etica do carro de/0 kJ.
(a) Qual a velocidade final do carro? (b) Qual a reduc¸˜ao adicional de energia cin´etica necess´aria para fazˆe-lo pa- rar?
(a) A energia cin´etica inicial do carro ´e
]
Zs
,
ondeZ ´e a massa do carro e
P0 km/h P0f
0
2P00
PSDUT m/s
´e a sua velocidade inicial. Isto nos fornece
N'
000 *7'
P>DT *
D2C
0 JD Ap´os reduzir em/0 kJ a energia cin´etica teremos
a
D2C
0 I
/0
0 GSDC
0 JD Com isto, a velocidade final do carro ser´a
a
Z
S' GSDC
0 *
000
2>D2 m/s
HVTQDG km/hD
(b) Como ao parar a energia cin´etica final do carro ser´a ZERO, teremos que ainda removerGSDC! 0 J para faze- lo parar.
P 7-35 (7-17/6. )
Um helic´optero levanta verticalmente um astronauta de
T kg at´e / m de altura acima do oceano com o aux´ılio de um cabo. A acelerac¸˜ao do astronauta ´eM 0 . Qual o trabalho realizado sobre o astronauta (a) pelo he- lic´optero e (b) pelo seu pr ´oprio peso? Quais s˜ao (c) a energia cin´etica e (d) a velocidade do astronauta no mo- mento em que chega ao helic´optero?
(a) Chame de" a magnitude da forc¸a exercida pelo cabo no astronauta. A forc¸a do cabo aponta para cima e o pesoZ M do astronauta aponta para baixo. Al´em disto, a acelerac¸˜ao do astronauta ´eM 0 , para cima. De acordo com a segunda lei de Newton,
"JI
Z M Z M 0
de modo que" Z M 0 . Como a forc¸a4 e o deslo- camento6 est˜ao na mesma direc¸˜ao, o trabalho feito pela forc¸a4 ´e
3
"98
Z M
0 8
'T *A'CSDG *A' / *
0
D
P
0 JD
(b) O peso tem magnitudeZ M e aponta na direc¸˜ao opos- ta do deslocamento. Ele executa um trabalho
I Z
MV8
I 'T *7'CSDG *7'
/ *)
I D0Pg
0 JD (c) O trabalho total feito ´e
P00
I
0P00
000 JD
Como o astronauta partiu do repouso, o teorema do Trabalho-Energia diz-nos que sua energia cin´etica final dever´a ser igual a
(d) Como
Zq , a velocidade final do astronauta ser´a
Z
>'
000
*
T /QD T m/s G>DC km/hD
P 7-36 (7-19/6. )
Uma corda ´e usada para fazer descer verticalmente um bloco, inicialmente em repouso, de massaK com uma acelerac¸˜ao constanteM H . Depois que o bloco desceu uma distˆancia
8
, calcule (a) o trabalho realizado pela corda sobre o bloco, (b) o trabalho realizado sobre o bloco pelo seu peso, (c) a energia cin´etica do bloco e (d) a velocidade do bloco.
(a) Chame de" a magnitude da forc¸a da corda sobre o bloco. A forc¸a " aponta para cima, enquanto que a forc¸a da gravidade, de magnitudeKJM , aponta para bai- xo. A acelerac¸˜ao ´eM H , para baixo. Considere o sentido para baixo como sendo o sentido positivo. A segunda lei de Newton diz-nos queKJMfI$"
KJM
H , de modo
que" 2 KJM H . A forc¸a est´a direcionada no sentido
oposto ao deslocamento de modo que o trabalho que ela faz ´e
3
Ir"98
I 2H
KJMQ8
D
(b) A forc¸a da gravidade aponta no mesmo sentido que o deslocamento de modo que ela faz um trabalho
KJMV8
.
(c) O trabalho total feito sobre o bloco ´e
I 2H
KJMV8
O
KJMQ8
H
KJMQ8
D
Como o bloco parte do repouso, o valor acima coinci- de com sua energia cin´etica
ap´os haver baixado uma distˆancia
8
.
(d) A velocidade ap´os haver baixado uma distˆancia
8
´e
N
K
MQ8
D
7.2.5 Potˆencia
P 7-43 (???/6. )
Um bloco de granito de HB00 kg ´e puxado por um guin- daste a vapor ao longo de uma rampa com velocidade constante de D2H m/s (Fig. 7-38). O coeficiente de atrito dinˆamico entre o bloco e a rampa ´e0SDH . Qual a potˆencia do guindaste?
Para determinar a magnitude" da forc¸a com que o guindaste puxa o granito usaremos um diagrama de cor- po livre.
Chamemos de
^
a forc¸a de atrito, no sentido oposto ao de
"
. A normal Y aponta perpendicularmente `a ram- pa, enquanto que a magnitudeZ
M
da forc¸a da gravidade aponta verticalmente para baixo.
Da figura dada vemos que ˆangulo do plano inclinado vale
tan ~ x 20
H0
z 2VT 1 D
Tomemos o eixo na direc¸˜ao do plano inclinado, apon- tando para cima e o eixo apontando no mesmo sentido da normalY .
Como a acelerac¸˜ao ´e zero, as componentes e da se- gunda lei de Newton s˜ao, respectivamente,
"JI_^aI
Z M
sen 0
`oI
Z
M:7;<
0SD
Da segunda equac¸˜ao obtemos que ` Z M:7;< , de modo que ^ b c ` b c Z M:A;< . Substiutindo es- te resultado na primeira equac¸˜ao e resolvendo-a para"
obtemos
" Z M x
senO bdc
:A;<
z D
A forc¸a do guindaste aponta no mesmo sentido que a ve- locidade do bloco, de modo que a potˆencia do guindaste
´e
X "
Z M x
sen(O b c :7;< z
'
H00 *7'CSDG *7' D2H * x
sen2BT 1 O0SDH :A;B< 2BT 1 z
T kWD
P 7-47 (???/6. )
Uma forc¸a de/ N age sobre um corpo de D/ kg inicial- mente em repouso. Determine (a) o trabalho executado pela forc¸a no primeiro, segundo e terceiro segundos e (b) a potˆencia instantˆanea aplicada pela forc¸a no final do terceiro segundo.
(a) A potˆencia ´e dada porX " e o trabalho feito por4 entre o instante ~ e
´e
t
X 8
t
" 8
D
Como4 ´e a forc¸a total, a magnitude da acelerac¸˜ao ´e
¡ ^ Z e a velocidade em func¸˜ao do tempo ´e dada
por ¡ " Z . Portanto
t
"
Z 8 "
Z x I ~ z D
Para ~ 0 s e
s temos
~
x /
/ z)¢
' * I '0 * £ 0SDG2 JD
Para ~ s e
e s temos
x /
/ zR¢
'@*
I ' *
£
D/ JD
Para ~e s e
2 s temos
x /
/ zR¢
'2 * I
'@* £ HD JD
(b) Substitua
" Z em X
" obtendo ent˜ao
X " Z para a potˆencia num instante qualquer.
Ao final do terceiro segundo temos
X '/ * '2 *
/ / WD
P 7-48 (7-35/6. )
Um elevador de carga totalmente cheio tem uma massa total de 00 kg e deve subir/H m em2 min. O con- trapeso do elevador tem uma massa de C/0 kg. Calcu- le a potˆencia (em cavalos-vapor) que o motor do eleva- dor deve desenvolver. Ignore o trabalho necess´ario para colocar o elevador em movimento e para fre´a-lo, isto
´e, suponha que se mova o tempo todo com velocidade constante.
O trabalho total ´e a soma dos trabalhos feitos pela gravidade sobre o elevador, o trabalho feito pela gravi- dade no contrapeso, e o trabalho feito pelo motor sobre o sistema: $¤Oe¥%Oe¦ . Como o elevador move-se com velocidade constante, sua energia cin´etica n˜ao muda e, de acordo com o teorema do Trabalho- Energia, o trabalho total feito ´e zero. Isto significa que
$¤RO$¥)O¦ 0 .
O elevador move-se/H m para cima, de modo que o tra- balho feito pela gravidade sobre ele ´e
¤r
I Z ¤
MV8
I ' 00 *7'CSDG *7'/H *l
I
PSD2/f
0 JD O contrapeso move-se para baixo pela mesma distˆancia, de modo que o trabalho feito pela gravidade sobre ele ´e
$¥
ZE¥
MQ8
N' C/0
*A' CSDG
*7' /H
* /QD02
0 JD Como 0 , o trabalho feito pelo motor ´e
¦J
I ¤ I ¥§ 'PSD2/
I
/QD02 * 0
D2 0 JD
Este trabalho ´e feito num intervalo de tempo ¨f
2 min G0 s e, portanto, a potˆencia fornecida pelo motor para levantar o elevador ´e
X
¦
¨f
D2
0
G0
T2/ WD
Este valor corresponde a
T2/ W
THP W/hp 0SDCC hpD
P 7-49 (???/6. )
A forc¸a (mas n˜ao a potˆencia) necess´aria para rebocar um barco com velocidade constante ´e proporcional `a veloci- dade. Se s˜ao necess´arios 0 hp para manter uma veloci- dade deH km/h, quantos cavalos-vapor s˜ao necess´arios para manter uma velocidade de km/h?
Como o problema afirma que a forc¸a ´e proporcional
`a velocidade, podemos escrever que a forc¸a ´e dada por
"
?© , onde ´e a velocidade e© ´e uma constante de proporcionalidade. A potˆencia necess´aria ´e
X " e© D
Esta f´ormula nos diz que a potˆencia associada a uma velocidade ~ ´e X ~ ª© ~ e a uma velocidade
´e
X
«©
. Portanto, dividindo-seX
porX ~ podemos nos livrar da constante© desconhecida, obtendo que
X x
~ z X ~ D
ParaX ~r 0 hp e
2 ~ , vemos sem problemas que
X x
H z ' 0 *!N'2 * ' 0 *) C0 hpD
Observe que ´e poss´ıvel determinar-se explicitamente o valor de© a partir dos dados do problema. Por´em, tal soluc¸˜ao ´e menos elegante que a acima apresentada, onde determinamos© implicitamente, chegando ao resultado final mais rapidamente.
7.2.6 Energia Cin´etica a Velocidades Elevadas
E 7-50 (???/6. )
Um el´etron se desloca de/QD cm em0SD / ns. (a) Qual ´e a relac¸˜ao entre a velocidade do el´etron e a velocidade da luz? (b) Qual ´e a energia do el´etron em el´etrons-volt?
(c) Qual o erro percentual que vocˆe cometeria se usas- se a f´ormula cl´assica para calcular a energia cin´etica do el´etron?
(a) A velocidade do el´etron ´e
8
/SD
0
0>D /g
0
J D0H
0¬ m/sD
Como a velocidade da luz ´e e DCCG( 0 ¬ m/s, temos
D0H
DCCG
0>DPGD
(b) Como a velocidade do el´etron ´e pr ´oxima da veloci- dade da luz,devemos usar express˜ao relativ´ıstica para a energia cin´etica:
ZE x
® I I -z
'CSD
0 ~
*7'@ DCCG 0 ¬-*
x
® I '0>DPG * I z
2>D0
0 ~ JD Este valor ´e equivalente a
2SD0
0Q
~
DP0
0
~¯
DC0
0
C0 keVD
(c) Classicamente a energia cin´etica ´e dada por
Zq
' CSD
0 #
~
*A'°
D0H±
0
¬-*
DC0f
0 ~ JD
Portanto, o erro percentual ´e, simplificando j´a a potˆencia comum 0Q ~ que aparece no numerador e denomina- dor,
erro percentual 2SD0
I DC
2SD0
0SD2BT
ou seja, 2BT² . Perceba que n˜ao usar a f´ormula rela- tiv´ıstica produz um grande erro!!