• Nenhum resultado encontrado

Diretrizes EPTNM. Proposta de Diretrizes Político-Pedagógicas para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Diretrizes EPTNM. Proposta de Diretrizes Político-Pedagógicas para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio"

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

Proposta de Diretrizes Político-Pedagógicas para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio

Diretrizes EPTNM

(2)
(3)

BNCC – Base Nacional Curricular Comum CE – Conselho de Ensino

CEB – Câmara de Educação Básica

CEFET-MG – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEPE – Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão

CEPT – Conselho de Educação Profissional e Tecnológica CNE – Conselho Nacional de Educação

DEPT – Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica EPTNM – Educação Profissional Técnica de Nível Médio LDB – Lei de Diretrizes e Bases

MEC – Ministério da Educação

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

Siglas

(4)
(5)

Sumário

7 1. Apresentação 9 2. Contextualização 12 3. Elaboração da proposta 14 3.1. Calendário de discussões

15 4. Proposta de diretrizes para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio do CEFET-MG

15 4.1. Objetivos gerais 15 4.2. Princípios orientadores 16 4.3. Perfil do egresso 17 4.4. Organização curricular 18 4.5. Metas

(6)
(7)

1. Apresentação

A proposta de diretrizes político-pedagógicas para a educação profissional de nível médio do CEFET-MG que aqui apresentamos foi elaborada a partir do trabalho de docentes e pedagogos das diferentes unidades da Instituição, designados pelo Con- selho de Educação Profissional e Tecnológica - CEPT. Ela será apresentada e debatida pela comunidade acadêmica nas próximas semanas e será a base do Seminário da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, determinado pelo CEPE em sua Reso- lução nº 47/14, de 19 dezembro de 2014, alterada pela Resolução CEPE nº 25/15, de 13 de novembro de 2015, que ocorrerá em março de 2016. No Seminário, a proposta será discutida e consolidada e, a partir daí, encaminhada aos Conselhos da Instituição para aprovação.

As diretrizes têm por objetivo definir os compromissos gerais assumidos pela co- munidade escolar, bem como os princípios, as normas e as práticas orientadoras da ação pedagógica cotidiana. Tendo como base a legislação vigente, assim como a experiência institucional acumulada ao longo de sua história, seu papel norteador é fundamental para que o CEFET-MG continue a promover uma educação profissional de alta qualidade. Por isso, uma vez aprovadas, as diretrizes orientarão a reformulação dos projetos político-pedagógicos de todos os cursos técnicos de nível médio, tarefa que deverá ser realizada ao longo do ano de 2016.

Sabemos que será um período de trabalho intenso, mas esperamos realizar bem essa tarefa e desde já agradecemos o empenho de todos.

Comitê Gestor do Seminário de EPTNM 2016

(8)
(9)

2. Contextualização

O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais foi fundado na cidade de Belo Horizonte, em 1910, como Escola de Aprendizes Artífices, dando cumprimento ao Decreto republicano de nº 7.566, de 1909. Nesses mais de cem anos de oferta de ensino profissional, a Instituição passou por mudanças significativas, tanto do ponto de vista da gestão escolar quanto da organização didático-pedagógica e da estrutura e do funcionamento curricular.

No que se refere ao ensino técnico de nível médio, desde o início da década de 1940, ano em que passou a ser praticado na Instituição, até o final dos anos de 1990, quan- do foi promulgado o Decreto nº 2.208/97, a estrutura curricular era única, sendo inte- grada por dois núcleos: a formação geral, com conteúdos propedêuticos e comuns a todos os cursos, e a formação técnica, com ensino teórico e prático dos conteúdos de cada área profissional ofertada. Essa integração, que buscava a preparação do alu- no para o trabalho e para a vida social, articulava componentes curriculares basean- do-se, na prática, na relação de pré-requisito entre as disciplinas gerais e as técnicas.

O Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997, ao regulamentar a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira (1996) no tocante à educação profissional, determinou a des- vinculação entre esses dois núcleos, separando-os em dois cursos distintos: o médio e o técnico, descaracterizando o ensino integrado praticado na Instituição até aquele momento. Com isso, e na tentativa de preservar o espírito dos cursos integrados, o CEFET-MG passou a ofertar o curso técnico “articulado” com o médio, na chamada concomitância interna. Eram dois cursos independentes, com matrículas próprias, mas que seriam cursados concomitantemente dentro da própria Instituição. Além disso, o CEFET-MG passou a ofertar o ensino técnico na modalidade concomitância externa (quando o aluno cursava apenas o técnico no CEFET-MG e o médio em outra instituição), e na modalidade subsequente (quando o aluno cursava o técnico após o término do ensino médio).

No início do ano de 2004, o CEFET-MG passou a discutir o retorno da oferta do curso técnico integrado, o que ganhou força com a promulgação do Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, que estabeleceu a garantia legal para oferta de cursos técnicos em sua forma integrada. Ao final de 2004, como fruto de amplo debate entre dife- rentes setores da Instituição, o CEFET-MG estabeleceu as diretrizes para a construção dos Projetos dos Cursos Técnicos Integrados, que deveriam ser retomados a partir do ano de 2005. Os cursos integrados foram ofertados para o turno diurno, e os cursos

(10)

10

técnicos nas formas de concomitância externa e de subsequente para o noturno, tanto em Belo Horizonte quanto nos campi do interior.

Com isso, retomou-se o curso técnico integrado ao ensino médio, composto por uma base nacional comum, uma parte diversificada e uma parte específica. A carga horária fixada para a base nacional comum e para parte diversificada ficou no limite do estabelecido para o ensino médio pela LDB nº 9.394/96, que são 2.400 horas. Para a parte específica, estabeleceu-se uma carga horária máxima de 1.300 horas. Definiu- se, também, que a carga horária semanal média poderia ser ligeiramente superior ou inferior ao valor de 37 horas/aula. Os princípios estabelecidos na reimplantação do ensino técnico integrado foram incorporados nas “Orientações para elaboração dos projetos de cursos do CEFET-MG – Educação Profissional Técnica de Nível Médio na forma integrada”, aprovado pela Resolução CE 31/04, de 02 de dezembro de 2004.

Desde a implantação em 2005, os cursos integrados não foram reavaliados, havendo apenas ajustes pontuais e fragmentados na estrutura de alguns cursos. A reavaliação é premente uma vez que, ao longo desses dez anos, além de novos dispositivos le- gais, uma série de dificuldades e problemas acumularam-se – precariedade da inte- gração entre formação geral e específica, excesso de carga horária e de disciplinas, defasagem tecnológica, ênfase maior na teoria que na prática em alguns casos, entre outros –, apontando para a necessidade de reflexão e de novos direcionamentos para a EPTNM.

Na perspectiva de equacionar esses problemas, em 19 de dezembro de 2014, por meio da Resolução nº 47/14, o CEPE estabeleceu a realização, no ano de 2015, do Se- minário da Educação Profissional Técnica de Nível Médio para rediscutir os currículos e proceder à revisão dos projetos pedagógicos de todos os cursos de educação pro- fissional técnica de nível médio na forma integrada. Em virtude do atraso na organi- zação do Seminário ao longo do ano de 2015, e visando maior agilidade no processo, a Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica (empossada em outubro de 2015) solicitou ao CEPT a coordenação geral dos trabalhos de organização do Seminário.

Além disso, no início de novembro, o CEPT solicitou ao CEPE o seu adiamento para o primeiro semestre de 2016, Em atendimento à essa solicitação, o CEPE decidiu:

Art. 1º – Estabelecer que o CEFET-MG realize, no ano 2016, Seminário da Educação Profissional Técnica de Nível Médio para a avaliação dos cursos de educação profissional técnica de nível médio do CEFET-MG, a ser coordenado pela Diretoria de Educação Profissional e Tecnoló- gica.

(11)

 Art. 2º – Determinar que todos os projetos pedagógicos dos cursos de educação profissional técnica de nível médio do CEFET-MG, na forma integrada, sejam revistos e aprovados, durante o ano de 2016, para adequação à legislação vigente, com início da vigência de novos cur- rículos no início do ano letivo de 2017. (CEFET-MG, CEPE, Resolução nº 25/15, de 13 de novembro de 2015)

Em síntese, esse Seminário, que ocorrerá em março de 2016, é de suma importância para a Instituição e para o fortalecimento dos cursos técnicos do CEFET-MG. A expec- tativa é a de que, a partir da avaliação dos cursos de educação técnica em funcio- namento desde 2005, possamos rever as diretrizes político-pedagógicas da EPTNM, redefinindo os objetivos gerais da educação técnica de nível médio, ofertada pelo CEFET-MG, os princípios, as normas e as práticas orientadores da ação pedagógica cotidiana. As mudanças daí advindas devem levar em conta o atendimento às bases norteadoras da EPTNM, expressas nas Diretrizes Nacionais da Educação Profissional Técnica de Nível Médio; a adequação aos dispositivos legais; bem como o equaciona- mento de problemas como a frágil integração entre as diferentes áreas do currículo, a melhor adequação da carga horária dos cursos, a necessidade de maior equilíbrio e articulação entre teoria e prática. 

Essas mudanças, muito necessárias, foram represadas pelo acúmulo de problemas e demandas, fruto da oferta da EPTNM sem discussões coletivas regulares, que identi- ficassem os principais problemas e, de forma articulada com as diferentes unidades e cursos, realizassem os redirecionamentos e os ajustes necessários. O Seminário da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, retomando o caminho de construção coletiva, tem a tarefa de apontar as orientações gerais para os cursos técnicos do CEFET-MG e é ponto de partida para a implementação de mudanças de médio e longo prazos.

(12)

12

3. Elaboração da proposta

Para organização do Seminário da EPTNM e para a elaboração da proposta de diretri- zes político-pedagógicas da EPTNM, a ser debatida nesse fórum, o Conselho de Edu- cação Profissional e Tecnológica do CEFET-MG nomeou, em junho de 2015, o Comitê Gestor (Resolução CEPT nº 15/15, de 11 de junho de 2015, alterada pelas Resoluções CEPT nº 20/15 de 09 de julho de 2015 e nº 29/15, de 13 de novembro de 2015) e, em setembro de 2015, iniciou a organização do Grupo de Trabalho, composto por docentes e pedagogos indicados pelas coordenações de curso e de área e pelos diretores das unidades do CEFET-MG (Resolução CEPT nº 30/15, de 19 de novembro de 2015, alterada pela Resolução CEPT nº 36/15 de 03 de dezembro de 2015).

Com base nos documentos legais que normatizam a educação profissional no Bra- sil e no CEFET-MG, assim como na experiência institucional acumulada, o Grupo de Trabalho fez proposições de encaminhamentos que aprofundaram o diálogo com a prática profissional nas diferentes unidades da Instituição e procurou responder às necessidades e às lacunas que nos afastam dos objetivos e princípios extraídos das diretrizes oficiais do CEFET-MG.

O primeiro desses princípios, expresso nos Planos de Desenvolvimento Institucio- nal 2005-2010 e 2011-2015 e reafirmado na presente proposta, é o da formação in- tegral, com conteúdo politécnico, visando o preparo para o exercício de profissões técnicas, a continuidade dos estudos por parte dos alunos e a formação cidadã. O entendimento de formação integral, conforme as Diretrizes Nacionais da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, pressupõe que a educação geral deve ser parte inseparável da educação profissional e que trabalho, ciência, técnica e cultura são di- mensões indissociáveis da formação humana. Já a educação profissional politécnica demanda um ensino que não se restrinja ao domínio operacional das técnicas da profissão escolhida, mas leve em conta a “compreensão global do processo produ- tivo, com a apreensão do saber tecnológico, a valorização da cultura do trabalho e a mobilização dos valores necessários à tomada de decisões no mundo do trabalho”

(BRASIL, 2012, p. 8).

Partindo dessas considerações, o Grupo reafirmou em suas reflexões o trabalho como princípio educativo e a distinção entre integração e instrumentalização de discipli- nas, se comprometendo com uma formação fundamentada na ciência, na tecnolo- gia e na construção social e histórica dos processos produtivos, capaz de promover a inovação e a transformação das atividades econômicas em benefício de todos.

(13)

A proposta que aqui apresentamos é fruto dessas reflexões e foi elaborada pelo Co- mitê Gestor a partir dos encaminhamentos apontados pelo Grupo de Trabalho para subsidiar o Seminário da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, a ser realizado em março de 2016, com participação dos coordenadores de cursos e de áreas, dos chefes de departamento e das coordenações pedagógicas do CEFET-MG.

O texto da proposta se divide em cinco tópicos. No primeiro, são apresentados os obje- tivos gerais da Educação Profissional Técnica de Nível Médio do CEFET-MG. No segundo tópico, são delineados os princípios que articulam e orientam as ações para o cumpri- mento dos objetivos propostos. Para a proposição dos objetivos e dos princípios, a prin- cipal referência foi o Parecer CNE/CEB nº 11/2012 (Diretrizes Curriculares para Educação Profissional Técnica de Nível Médio), documento que contém as referências legalmente instituídas para orientar o desenvolvimento da EPTNM e que foram, em sua maior parte, acolhidas e referendadas pelas reflexões e discussões do Grupo de Trabalho.

O terceiro tópico apresenta o perfil do aluno egresso e o quarto as orientações ge- rais para a organização curricular. Esse último ponto foi certamente o de debates mais intensos. Se de um lado, a organização curricular é o instrumento que permite a concretização dos objetivos e princípios expressos nas diretrizes e consensualmente acordados pelo Comitê Gestor e pelo Grupo de Trabalho, de outro, é nela que se situam os campos de disputa entre as diferentes áreas do conhecimento. O currí- culo, resultado de produção e de seleção de saberes, é um campo conflituoso, de embate entre diferentes concepções e percepções do mundo. A sua organização implica em planejamento e acordos entre os diferentes grupos da Instituição. Aqui é preciso demarcar que, apesar dos debates e das disputas que o Grupo experimen- tou na discussão desse tópico, foi consenso a necessidade de se definir uma orga- nização curricular capaz de superar a ultrapassada visão de que a preparação para o trabalho se reduza meramente ao aspecto operacional, sem a devida apreensão dos conhecimentos que estão na sua gênese científico-tecnológica e na sua apropriação histórico-social e cultural.

No último tópico, são apresentados alguns desdobramentos e desafios que a pro- posta acarreta, cuja solução deve se constituir em metas a serem alcançadas pela comunidade acadêmica no curto, médio e longo prazo.

(14)

14

3.1. Calendário de discussões

O debate em torno da proposta de diretrizes da EPTNM seguirá o seguinte crono- grama:

01/02/2016 Jornada Pedagógica

Apresentação do documento norteador para as diretrizes da EPTNM.

02/02/2016 Jornada Pedagógica

Discussão do documento norteador pelas coordenações de áreas e cursos.

03/02/2016 a 11/03/2016 Discussão, elaboração e encaminhamento das sugestões propostas pela comunidade Cefetiana ao Comitê Gestor.

11/03/2016 Data limite para encaminhamento ao Comitê Gestor das sugestões propostas ao documento pela comunidade Cefetiana.

17 e 18 de março de 2016 SEMINÁRIO EPTNM: discussão e consolidação das diretrizes político-pedagógicas da EPTNM.

Abril/Maio Discussão e aprovação das diretrizes político-pedagógicas da EPTNM pelo CEPT e pelo CEPE.

Maio/Junho/Julho/Agosto Readequação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos Téc- nicos às diretrizes elaboradas.

Agosto/Setembro/Outubro Aprovação dos PPCs pelo CEPT.

2017 Implantação dos PPCs aprovados.

(15)

4. Proposta de diretrizes para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio do CEFET-MG

4.1. Objetivos gerais

Os objetivos gerais da Educação Profissional Técnica de Nível Médio do CEFET-MG são:

• Realizar uma educação comprometida com a formação humanística, científica e tecnológica do País, fundamentada na compreensão da ciência e da tecnologia como construções sociais, histórico-culturais e políticas.

• Proporcionar formação técnica integrada à educação geral que supere o dualismo entre propedêutico e profissional, ultrapassando o domínio operacional de deter- minado fazer e conduzindo à compreensão global do processo produtivo, com a apreensão do saber tecnológico, a valorização da cultura do trabalho e a mobili- zação dos valores necessários à tomada de decisões nos diferentes contextos de atuação na sociedade.

• Proporcionar a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos proces- sos produtivos, realizando uma abordagem teórico-prática na perspectiva da inte- gração entre formação geral e formação profissional técnica.

• Preparar para o exercício de profissões técnicas de nível médio, possibilitando o prosseguimento de estudos.

• Promover uma educação que contribua com o desenvolvimento social e com a superação de modelos tradicionais excludentes e não sustentáveis, social e ambien- talmente.

4.2. Princípios orientadores

Os princípios orientadores aqui expressos estão em consonância com o Parecer CNE/

CEB 11/2012 (BRASIL, 2012, p. 31) e, entre eles, podem ser destacados:

• Trabalho e pesquisa, respectivamente, como princípios educativo e pedagógico.

• Integração entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura como base do desenvolvi- mento curricular.

• Indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade

(16)

16

dos conhecimentos e dos sujeitos da aprendizagem.

• Integração de conhecimentos gerais e profissionais, na perspectiva da articulação entre saberes específicos.

• Indissociabilidade entre teoria e prática na organização das disciplinas e no proces- so de ensino-aprendizagem.

• Interdisciplinaridade como uma das estratégias para superar a fragmentação e a hierarquização de conhecimentos e contribuir para efetiva integração entre as dis- ciplinas componentes do currículo.

• Contextualização dos conteúdos ensinados de forma a permitir que estes se consti- tuam, para os alunos, em instrumentos de compreensão e intervenção no mundo.

• Articulação com o desenvolvimento socio-econômico-ambiental nas regiões onde os cursos ocorrem.

• Reconhecimento das diversidades dos sujeitos, inclusive de suas realidades étnico- culturais.

Além desses princípios assumidos a partir do CNE, somam-se:

• Avaliação da aprendizagem orientada pela integração entre formação geral e pro- fissional técnica.

• Garantia de formação equivalente para todos os egressos de um mesmo curso, in- dependentemente da forma de oferta da educação profissional técnica.

4.3. Perfil do egresso

O perfil de egresso do aluno da EPTNM do CEFET-MG se referencia nas orientações estabelecidas no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do MEC e na Classificação Brasileira de Ocupações do MTE. Considerando o desenho curricular diferenciado nos Projetos Pedagógicos dos diferentes cursos técnicos ofertados, o aluno egresso deve possuir:

• Formação integral para o exercício pleno da cidadania, com capacidade para atuar de forma crítica e criativa na sociedade e no mundo do trabalho e de modificar, com sua participação, o meio social em que está inserido.

(17)

• Formação geral sólida com domínio dos fundamentos científicos e tecnológicos da sua área de formação técnica.

4.4. Organização curricular

A organização curricular da EPTNM se fundamenta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e nos Pareceres e Resoluções do Conselho Nacional de Educação e da Câmara de Educação Básica. Além da observância das determinações desses dispositivos legais, e dentro da autonomia politico-pedagógica da Instituição, a organização curricular da EPTNM do CEFET-MG tem como diretrizes:

• Os currículos dos cursos EPTNM na forma integrada são constituídos pelos conheci- mentos e habilidades da área profissional a que se refere e das áreas de linguagens e códigos, ciências humanas, matemática e ciências da natureza.

• A carga horária máxima dos cursos EPTNM na forma integrada é de 3.600 (três mil e seiscentas) horas, distribuídos ao longo de 3 (três) anos, sendo 2.400 (duas mil e quatrocentas) horas de formação geral e 1.200 (um mil e duzentas) horas de forma- ção profissional1. Acrescenta-se a esse valor as 480 (quatrocentos e oitenta) horas de estágio curricular obrigatório.

• A carga horária dos cursos técnicos de EPTNM na forma concomitância externa ou subsequente do CEFET-MG limita-se a 1.200 (mil e duzentas) horas.

• A organização curricular deve promover a interdisciplinaridade, visando o fim da fragmentação do conhecimento e das segmentações existentes na organização disciplinar tradicional.

1 Os pontos mais debatidos entre os integrantes do Grupo de Trabalho e do Comitê Gestor foram a manu- tenção do curso integrado em 3 anos ou sua extensão para 4; a diminuição da carga horária de alguns cursos técnicos de 1.300 para 1.200hs e a forma de inserção da Sociologia e da Filosofia no currículo.

Em relação à duração do curso, os argumentos favoráveis à continuidade dos cursos integrados em três anos: manter a alta demanda por cursos na Instituição, especialmente no interior; atenuar a atual ten- dência, não justificada e geradora de problemas e distorções, de antecipar para o nível técnico/médio a formação própria da graduação; não protelar a entrada do jovem no mercado de trabalho e/ou na universidade, atendendo principalmente à necessidade de jovens que têm o acesso ao trabalho como perspectiva mais imediata; não aumentar os gastos institucionais para a formação do aluno. Argumentos favoráveis à dilatação do curso integrado para quatro anos: viabilizar o equilíbrio do tempo curricular, de modo a evitar a sobrecarga indevida no número de disciplinas anuais e no número de aulas semanais;

possibilitar atração para a Instituição de interessados em exercer a profissão de técnicos, o que poderia diminuir o número de alunos que obtêm a certificação do ensino médio, sem a conclusão do estágio. Em relação ao atendimento da Lei nº 11.684/08, foi levantada a possibilidade de oferta em caráter semestral das disciplinas Filosofia e Sociologia, aumentando em 50% a carga-horária desses conteúdos em relação à atual grade. Foi ponderado, entretanto, que essas seriam as únicas disciplinas da BNCC que teriam essa modalidade de oferta no CEFET-MG, o que levaria a uma desigualdade de tratamento entre elas.

(18)

18

• O regime é seriado anual para os cursos EPTNM na forma integrada, admitindo-se a semestralidade para algumas disciplinas, devidamente justificadas e aprovadas pelo CEPT. Excepcionalmente, a juízo do CEPT, admitir-se-á outras formas de oferta para disciplinas eminentemente práticas e que não sejam pré-requisito para outras disciplinas.

• O número máximo de aulas semanais é de 36h/a, garantindo tempo mínimo para que os alunos possam, de forma produtiva e eficiente, realizar estudos extraclasse e participar de projetos científicos, tecnológicos e de extensão.

• O número mínimo de aulas por semana/por disciplina é de 2h/aula, assegurando tempo adequado para desenvolvimento dos conteúdos.

• A duração da hora/aula é de 50 minutos.

• A formação técnica deve destinar o mínimo de 50% de sua carga horária para aulas práticas.

• Os projetos de curso devem indicar, do ponto de vista pedagógico e de segurança, o número ideal de alunos em aula de laboratório e oficina.

• Os projetos de cursos devem prever visitas técnicas.

• Os cursos de mesma denominação na Instituição devem possuir equivalência míni- ma de 75% na sua organização curricular.

• As disciplinas técnicas, ministradas no primeiro ano, devem ter caráter introdutório à área profissional a que se relacionam, respeitando o processo de amadurecimento intelectual dos alunos conforme sua faixa etária.

4.5. Metas

A partir desses diretrizes, é preciso desdobrar e aprofundar, na forma de metas a serem alcançadas, os seguintes pontos:

• Revisão dos programas das disciplinas da formação geral e profissional, por curso, que evite a coincidência desnecessária de conteúdos e garanta a devida articulação entre esses dois núcleos, permitindo que a formação geral proporcione de forma adequada a fundamentação científica pertinente ao estudo dos artefatos e proces- sos característicos de cada eixo tecnológico. Para efetivar a integração da forma- ção técnica com o ensino médio e evitar duas formações distintas e meramente

(19)

justapostas, conforme prevê o Parecer CNE/CEB 11/2012, é necessário relacionar e contextualizar os conteúdos das disciplinas, evitando sua repetição e propiciando a contração da carga horária total do curso.

• Revisão do nível de aprofundamento das disciplinas da formação profissional e da formação geral, para todas as formas de oferta da EPTNM, que desenvolvem con- teúdos normalmente ensinados na graduação, impondo aos alunos um grau de exigência inadequado à etapa de formação em que se encontram.

• Avaliação permanente e fundamentada em dados de todos os cursos, pela comuni- dade escolar, que permita uma atualização necessária dos currículos e evite conces- são a demandas circunstanciais e imediatistas.

• Avaliação dos cursos nas modalidades subsequente e concomitância externa, ofer- tadas no noturno, com vistas a detectar as dificuldades específicas por eles enfren- tadas e propor soluções para superação das mesmas.

(20)

20

5. Referências

BRASIL, Lei nº 11.684, de 15 de maio de 2008. Altera o art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio. Brasília, 2008.

BRASIL, Ministério da Educação. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Brasília, 2014.

BRASIL, Ministério da Educação. CNE/CEB. Parecer nº 11/2012, de 09 de maio de 2012.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.

Brasília, 2012.

BRASIL. Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Regulamenta o § 2° do art. 36 e os arts. 39 a 42 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá outras providências. Brasília, 1997.

BRASIL. Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá outras providências. Brasília, 2004.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Edu- cação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996.

CEFET-MG. CE. Resolução nº 31/04, de 02 de dezembro de 2004. Belo Horizonte, 2004.

CEFET-MG. CEPE. Resolução nº 25/15, de 13 de novembro de 2015. Belo Horizonte, 2015.

CEFET-MG. CEPE. Resolução nº 47/14, de 19 de dezembro de 2014. Belo Horizonte, 2014.

CEFET-MG. CEPT. Resolução nº 15/15, de 11 de junho de 2015. Belo Horizonte, 2015.

CEFET-MG. CEPT. Resolução nº 20/15, de 09 de julho de 2015. Belo Horizonte, 2015.

CEFET-MG. CEPT. Resolução nº 29/15, de 13 de novembro de 2015. Belo Horizonte, 2015.

CEFET-MG. CEPT. Resolução nº 30/15, de 19 de novembro de 2015. Belo Horizonte, 2015.

CEFET-MG. CEPT. Resolução nº 36/15, de 03 de dezembro de 2015. Belo Horizonte, 2015.

CEFET-MG. Orientações para elaboração dos projetos de cursos do CEFET-MG – Edu- cação Profissional Técnica de Nível Médio na forma integrada. Belo Horizonte, 2004.

CEFET-MG. Plano de Desenvolvimento Institucional 2005-2010. Belo Horizonte, 2006.

CEFET-MG. Plano de Desenvolvimento Institucional 2011-2015. Belo Horizonte, 2012.

(21)
(22)
(23)
(24)

DEPT

Referências

Documentos relacionados

Neste projeto desenvolveu-se um modelo de elementos nitos enriquecidos para simulação estrutural de vasos de pressão sujeitos à rotação axial e à pressão (interna ou externa)..

Pelo exposto, conheço da presente consulta e voto pelo não cabimento da delegação do ato de assistência e homologação das rescisões do contrato de trabalho,

No Rio de Janeiro, diversas UCs terrestres utilizam o mico-leão-dourado como bandeira para preservação das matas; Áreas Marinhas Protegidas, como o Parque

Ward & Stanford (1995-A) descreveram o grau de conectividade de diversos corpos aquáticos no ambiente de planície de inundação, com o canal do rio, baseados nos seus

Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais Definidas pelo Conselho Nacional de Educação para o Ensino Médio e para a Educação Profissional Técnica de nível

Objetivo: Este documento estabelece a mecânica para a preparação e submissão de propostas de cursos para a Escola Virtual de Sociedade da Informação no âmbito da

Não se esqueça de que é muito mais fácil configurar e instalar o software TI com uma configuração do Servidor de licenças concorrentes do que uma licença de volume quando utilizar

Renata de Matos Galante, Clesio S... Renata de Matos Galante,