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U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES

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Academic year: 2021

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PROVAS

FINALIDADE - convencer o juiz acerca dos fatos

REGULAMENTAÇÃO : 818 a 830 da CLT – escassez de normas trabalhistas

CONCEITO; filosófico - serve para estabelecer a verdade por verificação ou amostragem ( ensaio, experiência) linguagem matemática: prova é operação pela qual se verifica a exatidão de um cálculo. Esportivo - prova é competição Prova tem o sentido de meio de prova.

PRINCÍPIOS DE PROVA:

I) NECESSIDADE DA PROVA – encargo probatório + convicção; II) UNIDADE ( COMUNHÃO) DA PROVA – apreciação como um todo;

III) LEALDADE OU PROBIDADE DA PROVA - masrcante ético sob pena de litigãncia ( VERDADE REAL);

IV) IGUALDADE DE OPORTUNIDADE ( 139, I) – trat. Igualitário

V) LEGALIDADE – o direito de produção da prova não fica a critério da parte e sim da lei e determinação de requisitos: TEMPO ( há momento oportuno – não pode em recurso – súmula 8, TST); LUGAR ( em audiência); MEIO ( quais são hábeis – 369, CPC); ADEQUAÇÃO ( certos fatos só podem ser provados mediante determinada espécie – salário – recibo)-denomina-se DISCIPLINA PROBATÓRIA;

VI) IMEDIAÇÃO - decorre a oralidade, juiz não é parte evitar medidas protelatórias – 370 do CPC e 765 da CLT

VII) @ OBRIGATORIEDADE ( parte tem comprovar a verdade dos fatos narrados);

VIII) BEZERRA ACRESCENTA: LIVRE CONVENCIMENTO OU PERSUASÃO RACIONAL – ART. 371 DO CPC E 765 DA CLT;

IX) AQUISIÇÃO PROCESSUAL - prova produzida nos autos independente de quem produziu é adquirida no processo, dele não pode ser retirada;

X) PROIBIÇÃO DA PROVA OBTIDA POR MEIO ILÍCITO – art. 5º, LVI CR, inadmissível prova obtida por meio ilícito, todavia, princ. Razoabilidade/proporcionalidade – mitigação – não se pode negar toda a prova obtida por meio ilícito, ex: gravação utilizada pela empregada para prova de assédio sexual pelo empregador.

XI) IN DUBIO PRO MISERO – MATÉRIA CONTROVERTIDA ( 3 POSIÇÕES) OBJETO: O que provar?

FATOS PERTINENTES, RELEVANTES E CONTROVERTIDOS

Atenção art. 376 – juiz conhece o direito, exceto estrangeiro. No proc. Laboral – acordo, cct e regulamentos empresariais.

INDEPENDE DE PROVA : notórios ( inerente a cultura mediana de determinado meio social no momento do julgamento da causa – desnecessário provar que no natal e Dia das Mães aumenta o número de vendas no comércio e tendência que há aumento da jornada), afirmados por uma parte e confessado pela outra, admitidos como incontroversos, milita a presunção legal ( renúncia ao direito de férias milita a presunção de vício de consentimento)

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2) 818 DA CLT + 373, DO CPC

PROVA DIVIDIDA – MITIGAÇÃO DA PROVA – APTIDÃO PARA A PROVA – SÚMULA 338, 212 686, DO TST , OJ 301 da SDI – I, do C. TST E ART. 6º, VIII DO CDC – princípio da hipossuficiência do empregado SUMARÍSSIMO – POSSIBILIDADE EXPLÍCITA – 852, h, CLT

PROBLEMA DO ÔNUS DA PROVA DO FATO NEGATIVO - na verdade toda negação contém uma afirmação, assim, ao negar o empregador a dispensa imotivada está alegando um abandono ou outra justa causa @

QUESTÕES NA JUSTIÇA DO TRABALHO:

PRESTADOR DE SERVIÇOS, DIARISTA, COOPERATIVA, REPRESENTANTE COMERCIAL

PROVAS ILEGAIS ( GÊNERO) E ESPÉCIES ( ILÍCITA - violação ao direito material – direito á intimidade, segredo, liberdade de comunicação) ILEGÍTIMA - desrespeito ao direito processual.

PROVAS DERIVADAS DAS PROVAS ILÍCITAS - HAVERÁ CONTAMINAÇÃO DAS DEMAIS PROVAS? – contamina conhecida como Teoria dos Frutos da Arvore envenenada.

DEPOIMENTO PESSOAL E INTERROGATÓRIO

CONCEITO – No processo civil, o juiz pode, de ofício, a qualquer tempo do processo, determinar o

comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa ( art. 385, CPC). E o art. 385 do CPC informar a questão do requerimento do depoimento pessoal. E o processo do trabalho tem o art. 822 da CLT.

OBJETIVO – obtenção da confissão denominada REAL, que é a rainha das provas. È o reconhecimento dos

fatos alegados pela parte contrária, tendo inclusive presunção ABSOLUTA. E deve ser aproveitada por inteiro, não podendo ser fracionada.

CONFISSÃO FICTA – goza de presunção RELATIVA., ou seja, só prevalece se não houver outros meios de

provas ( ausência de comparecimento em assentada devidamente intimada, recusa a depor ou depõe com evasivas). Súmula 74 do C. TST - prevalece quanto a matéria fática, exceto quanto as demais provas existentes nos autos e não ocorre cerceio do direito de defesa INDEFERIMENTO DE PROVAS POSTEIORES. Se o julgador prosseguir com a instrução anulará os efeitos da confissão.

PRESUNÇÕES E INDÍCIOS

PRESUNÇÕES - dedução – inferência que se extrai de um fato conhecido para admitir a existência de um

outro ignorado. Não é considerada meio de prova.

INDÍCIOS - rastro, sinal, vestígio, circunstâncias conhecidas que autorizam por um processo indutivo, a concluir

sobre a existência de outras circunstâncias. Sendo causa da presunção, o seu pressuposto material. INDÍCIO é meio e PRESUNÇÃO é o resultado.

PRESUNÇÕES LEGAIS : raciocínio sugerido pelo ordenamento jurídico, ficção jurídica, ex: aviso prévio

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a) Simples ( HOMINIS) – raciocínio comum, ordinário da pessoa ( raciocínio) difere da Máxima de experiência - observação do que costumeiramente ocorre.

b) Legal ( DIREITO) - sugerido pelo texto da lei – ABSOLUTA , não admite prova em contrário e relativa

– admite prova em contrário.

PROVA PERICIAL

PROVA de determinados fatos alegados pelas partes depender de conhecimentos TÉCNICOS OU CIENTÍFICOS, o juiz poderá designar um perito, que é considerado um auxiliar da Justiça . Os peritos devem estar inscritos nos órgãos competentes e prestam um compromisso perante o Juízo. Apresentam o seu trabalho através de um LAUDO PERICIAL ( parecer acerca dos fatos verificados e interpretados tecnicamente e não juridicamente), com base no laudo e não em obediência ao mesmo, o juiz apreciará os fatos. Ainda que o juiz tenha conhecimento técnico a respeito da matéria, não poderá agir como perito, pois estaria atuando como assessor do litigante o que quebra o Princ. Da Imparcialidade.

MODALIDADES DE PERÍCIA: EXAME, VISTORIA E AVALIAÇÃO

A) EXAME – consiste em inspecionar, analisar, investigar pessoas, coisas móveis; B) VISTORIA – o perito inspeciona imóveis ( terrenos e prédios)

C) AVALIAÇÃO – atribui estimativamente um valor monetário às coisas.

CRITÉRIO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PERICIAL

A) OBRIGATÓRIA – resquício do sistema tarifado – adicional de insalubridade – art. 195, § 2º da CLT/ ad. Periculosidade ( Vólia), questão da súmula 4 do C. TST.

B) Facultativa ( requerimento ou ofício) – diferença salarial, cumprimento de plano de cargos e salários, equiparação salarial, dentre outros.

INDEFERIMENTO DA PROVA PERICIAL - art. 464 do CPC

a) Fato probando não depender de conhecimento técnico ou científico; b) For desnecessária em face de já haver sido produzida outra prova; c) Verificação for impraticável

ASSISTENTES TÉCNICOS: são parciais, no sentido que atuam no auxílio das partes litigantes, que os indicou.

( Não prestam COMPROMISSO).

PERITO: deve exercer o seu ofício respeitando os prazos legais, pode escusar com motivo legítimo, desde que

apresentada em cinco dias, contadas da sua intimação ou conhecimento de seu impedimento, sob pena de se reputar renunciado o direito de alegá-la. Perito por dolo ou culpa- prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à outra parte., ficará inabilitado por 2 anos e incorrerar nas sanções penais.

SUBSTITUIÇÃO DO PERITO : a) carecer de conhecimento técnico ou científico; b) sem motivo legítimo deixar

de cumprir o encargo no prazo.

DESIGNAÇÃO DE DIA, HORA E LUGAR DA PERÍCIA – conhecimento das partes, patronos e assistentes

técnicos, sob pena de nulidade em caso de ausência de intimação.

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FUNDO.

LAUDO E PRINCÍPIO DA PERSUAÇÃO RACIONAL ( ART. 131 DO CPC)

NOVA PERÍCIA: não concordando com laudo pode o juízo decidir de forma contrária. Poderá ser realizada outra perícia - art. 480), a segunda não substitui a primeira, podendo ser feita por outro perito ou pela mesma perita.

INSPEÇÃO JUDICIAL – trata-se de um reconhecimento feito pelo próprio juiz da causa de quem não se exige

conhecimento técnico ou científico, para tanto bastam percepções sensórias e pode estar ausente as partes, desde que regularmente intimadas. O juiz vai até o local onde ocorre a controvérsia para verificação e exame pessoal para firmar elementos de convicção. Pode inclusive o juiz ser acompanhado de perito. Não há possibilidade de indicação de assistente técnico. Durante a inspeção o juiz poderá ordenar a exibição de documentos, bem como colher informações com terceiros, sem que se atribua a condição de testemunha. Assim, a inspeção pode ser cumulada com perícia.

AUTO DE INSPEÇÃO JUDICIAL - concluída a inspeção, o juiz mandará que seja lavrado um auto

circunstanciado, onde mencionará tudo o que ocorrera na diligência (art. 484 do CPC). No auto poderá ser acostado gráfico, fotografia ou qualquer outro documento. O auto não pode ter avaliação de valor pelo juízo este é feito em decisão.

PROVA EMPRESTADA - é aquela que já foi feita juridicamente, mas em outra causa, da qual se extrai para

aplicá-la à causa em questão.

Crítica : não há identidade física do Juizo, matéria ultrapassada levando em consideração as Cartas Precatórias Inquiritórias.

MODALIDADES DE PROVA EMPRESTADA

A) Entre as mesmas partes - EFICÁCIA ABSOLUTA B) Entre uma parte e 3º - EFICÁCIA RELATIVA C) ENTRE 3º - quase nenhum valor probante.

TESTEMUNHAL

CONCEITO – pessoa capaz e estranha ao feito, chamada ao juízo para depor, o que presenciou sob re o fato

litigioso. Embora seja um meio inseguro, tornou-se mais utilizado no processo do trabalho. Testemunhas carregam a marca da SUBJETIVIDADE em seus relatos.

Quem pode ser testemunha?

a) Pessoa física ( percepções sensoriais) – pessoa jurídica só presta informação; b) Distinta dos sujeitos do processo;

c) Admitida como tal pela lei ( não sejam incapazes, impedidas ou suspeitas) – ou apenas na

condição de informante;

d) Inquirida pelo magistrado independente de ser em juízo ( art. 453 e 454 do CPC); e) Voluntariamente ou através de intimação;

f) Respeito dos fatos controvertidos, relevantes e pertinentes dos quais tenha conhecimento, e não

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MALATESTA: 1) ante factum – testemunhas escolhidas para fazer fé quanto a um contrato a ser realizado

ou um ato que deva cumprir;

2) in factum – são as que tendo, presenciado, casualmente ou não, detertminado fato, estão em condições de narrá-los;

3) post factum – são trazidas para testemunhar certas condições particulares, percebidas pelo homem comum.

GABRIEL DE REZENDE FILHO:

a) Instrumentárias – ante factum; b) Judiciais – in factum;

c) Oculares ou Auriculares – a 1ª presenciou e a 2ª ouviu dize;

d) Originárias e Referidas – 1ª indicada pelas partes e a 2º mencionadas em depoimentos denominadas TESTEMUNHA DO JUÍZO – ART. 418, I, do CPC;

e) Idônea ou Inidônea – , a 2ª são afetadas por vício ou defeito. Pessoas que não podem depor como testemunhas:

INCAPAZES - interdito por demência; enfermo ou débil mental, cegos ou surdos ( quando a percepção

depender dos sentidos que lhes faltam) menores de dezesseis anos ( pode falsear a verdade). Se necessário a oitiva do menor não deve ter o compromisso, uma vez que nunca incidirá em crime, sendo apenas na condição de informante ( sendo uma exceção).

IMPEDIDAS - juiz, parte, cônjuge ou parente ( ascendente e descendente qualquer grau, ou colateral

até 3ª grau) – salvo se exigir o interesse público (relativo ao estado da pessoa, não cabe na JT); Se for união estável, concumbina – cai na suspensão. Outras causas: tutor, advogado e representante da pessoa jurídica)

SUSPEITA – condenação por crime de falso testemunho – Trânsito em Julgado ( absoluta falta de

credibilidade da pessoa). Maus costumes ( não for digno de fé – ébrios habituais, arruaceiros, prostitutas, condenados por crime de estelionato, furto, roubo ou crime contra a honra) .Pestana Aguiar coloca vadiagem e toxicômanos. Inimizada capital e amizade íntima; Interesse no litígio ( objetivo real);

TEMAS CONTROVERTIDOS

1) Testemunha que possui ação em face do Réu – súmula 357 do C. TST.@

2) Preposto indicado como testemunha - no mesmo processo a incompatibilidade é manifesta. O problema é quando fora preposto em uma cão e vir a ser testemunha em outra _ MAT, nada impede, outra posição, não pode uma vez que cai na figura do representante legal da empresa – impedido 3) ACAREAÇÃO ( confrontar os depoimentos)

4) Não obrigatoriedade de apresentação do rol - QUESTÃO DOS PARÂMETROS. TESTEMUNHAS NÃO PODEM TER FALTAS NO SERVIÇO QUANDO CONVOCADAS, CABENDO A RESSALVA – art. 822 da CLT

5) Antes de prestar o compromisso será qualificada ( nome, nacionalidade, profissão, data de nascimento, estado civil, residência, e quando empregado o tempo de serviço ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, ás leis penais ( art. 828 da CLT).

6) CONTRADITA – ANTES DO COMPROMISSO APÓS A QUALIFICAÇÃO – MAT CONTRADITA SUPERVENIENTE@

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Ônus da Prova. DOCUMENTAL

DOCUMENTO- verbo latino – ensinar, instruir, mostrar.

CONCEITO – DOCUMENTO É TODO MEIO IDÔNEO MORALMENTE LEGÍTIMO CAPZ DE COMPROVAR, MATERIALMENTE, A EXISTÊNCIA DE UM FATO.

MEIO – porque documento é não é prova e sim, meio

IDÔNEO- porque deve ser apto, adequado para provar o que se pretende. MORALMENTE LEGÍTIMO – devido a exigência da lei ( CPC, art. 369)

DOCUMENTO - não é só escrito, equivale a fotografias, plantas de construção, registros fonográficos. AD SOLEMNITATEN ( substancial à validade das obrigações)

AD PROBATIONEM ( provar a existência da obrigação) CLASSIFICAÇÃO

1) QUANTO AO SEU AUTOR, ORIGEM OU PROCEDÊNCIA a) Públicos ou privados;

b) Autógrafos ou heterógrafos ( autor do documento é o mesmo do fato documentado, no segundo o documento foi elaborado por terceira pessoa);

c) Assinado ou não-assinado;

d) Autênticos, autenticados ou sem autenticidade;

2) QUANTO AO MEIO, MANEIRA OU MATERIAL USADO NA SUA FORMAÇÃO:

a) Indiretos ( o fato representado se transmite através do sujeito do fato representado) Direto – transmite a coisa representada – fotografia.

b) Escritos, gráficos, plásticos e estampados – nos escritos são representados literalmente; nos gráficos, a representação é feita por meio de desenho; pintura e etc; nos plásticos ( gesso ou madeira). Estampados – são documentos diretos – fotografia

3) QUANTO AO CONTEÚDO

a) NARRATIVOS E CONSTITUTIVOS ( DISPOSITIVO) - NARRATIVOS – encerra declaração de conhecimento ou verdade, podem ser testemunhais ou confessórias, no segundo, há declaração de vontade – constitutivas, modificativas ou extintivas) de relações jurídicas.

4) QUANTO A FINALIDADE – PRECONSTITUÍDOS OU CASUAIS- conforme tenham sido feitos com o propósito de servir no futuro como prova.

5) QUANTO A FORMA – SOLENES E NÃO FORMAIS 6) QUANTO A FORMA EM SI – ORIGINAIS E CÓPIAS

7) CLT – leitura dos artigos 777, 780, 787 e 830. Importante assinalar que embora o contrato possa ser tácito, a CLT abre exceções: comprovação de pagamento de salários ( 464), acordo de prorrogação de jornada ( 59), concessão ou pagamento de férias ( 135 e 145, parágrafo único), dentre outros. Recibo

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por escrito com mais de uma no desde que homologado no sindicato. Súmula 330 do C. TST – questão da ressalva. Anotação da CTPS a presunção é relativa. Todavia, para Dallegrave – é relativa para o empregado e absoluta para o empregador, exceto se comprovado manifesto erro material.

8) Licito a juntada de documentos novos, desde que consigna preserva o contraditório.

9) INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL – CLT omissa, aplica-se o CPC – art. 430 - em qualquer tempo ou grau de jurisdição, incumbindo a parte , contra quem foi produzido o documento, suscitá-lo na contestação ou no prazo de dez dias, contados da intimação; No caso do processo do trabalho dez dias contados da ciência do documento, inclusive com possibilidade de requerimento de prova pericial – impugnação quanto ao conteúdo – qualquer meio de prova ; impugnação quanto a assinatura – grafotécnica ( fitas). Apresentado o incidente o feito será suspenso, após o julgador decidirá quanto ao incidente – DECISÃO INTERLOCUTORIA, apesar de mencionar sentença

10) EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS - se a parte pretender provar suas alegações por meio de documento que se encontram em poder da outra parte, deverá pedir ao juiz que determine a sua exibição, sob pena de serem considerados como verdadeiros os fatos que a parte interessada pretendia provar com o respectivo documento.

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A) Meio Preparatório ( 844, II) ou incidentalmente;

B) Requisitos: individuação tão completa do documento ou da coisa; finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou a coisa; circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.

C) Prazo de reposta em cinco dias contados da intimação para tal fim. Se a parte requerida informar que não tem o documento ou coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde a verdade.

D) Juiz não permitirá a recusa: se o requerido tiver a obrigação legal de exibir; se o requerido aludiu ao documento ou a coisa, no processo, com intuito de constituir prova; se o documento for comum às partes;

E) SE não respeitar acima exposto, o julgador presumirá verdadeiro às alegações do Requerente – o que pretendia provar.

F) Se o documento tiver com TERCEIRO – juiz intimará para apresentação em 10 dias. Se o terceiro negar a exibição sem justo motivo, ocorrera AUDIENCIA ESPECIAL, proferirá decisão interlocutória.

SENTENÇA

CONCEITO – sentença é o ato privativo do juiz que implica em alguma das situações previstas nos arts. 485 e

487 do CPC – art. 203 do CPC ( os pronunciamentos são os despachos, decisões interlocutórias e sentenças). Sentença é ato de sentir- do latim sentire. A sentença é o ponto culminante do processo. Natureza jurídica da sentença é um ato complexo, sendo um misto de inteligência do juiz, aplicação da vontade da lei ao caso em concreto e por fim, um ato de justiça. Devido a mudança processual ( lei 11.232/05) que a fase de execução é interligada e não processo autônomo devido ao Princípio do Sincretismo, a sentença não extingue mais o processo e sim o seu cumprimento. E no processo do trabalho, a doutrina majoritária acertadamente

sempre entendeu, que a execução é mera fase do processo e não um processo autônomo.

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não estabelece outra forma.

Além dos atos indicados, o juiz ainda deve: PRESIDIR AUDIÊNCIA/ INSPEÇÃO JUDICIAL.

PRINCÍPIOS DA SENTENÇA TRABALHISTA

A) LEGALIDADE- observar os requisitos legais, sob pena de nulidade: relatório, fundamentação e

conclusão. No sumaríssimo dispensado o relatório ( art. 852, I, da CLT).

B) LIVRE CONVENCIMENTO – ART. 765 DACLT E ART. 371 DO CPC - o juiz é livre para valorar a

prova e interpretar a controvérsia jurídica, nos limites em que foi proposta.

C) VINCULAÇÃO AO PEDIDO- ARTA. 141 E 492 DO CPC - o princípio baliza o provimento jurisdicional

– Princípio da Adstrição.

D) FUNDAMENTAÇÃO - a decisão fundamentada é uma garantia de cidadania e Estado democrático de

Direito.

REQUISITOS ESTRUTURAIS DA SENTENÇA – ART. 832 DA CLT - RELATÓRIO/ FUNDAMENTAÇÃO/ DISPOSITIVO

RELATÓRIO – pequena síntese do processo, em que são mencionados o resumo do pedido e contestação,

bem como atas de audiências e as provas produzidas e contenham o nome das partes ( sem valoração

de provas e julgamento), obediência a ordem cronológica dos atos. O sentido do relatório é a

transparência. Todavia, soa cada vez mais dispensável, como visto no procedimento sumaríssimo.

FUNDAMENTAÇÃO - é a parte mais detalhada da sentença, pois é neste momento em que o juiz apreciará

os argumentos que embasam a causa de pedir, as razões porque o réu resiste á pretensão do autor; valorará as provas existentes nos autos e analisará os fatos provados ao Direito. Deve ser clara, objetiva e concisa, a fim que o cidadão que recorre a Justiça entenda o devido processo. A sentença ou acórdão sem fundamentação é arbitrariedade judicial. A lei não traça nenhum modelo de fundamentação, por isso cada juiz tem um estilo diferente. E decisão concisa não quer dizer lacônica e sim fundamentação breve.

Da ordem de apreciação na sentença trabalhista da preliminares: Não há um ordem legal e sim uma

ordem lógica. Podemos destacar:

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS- incompetência absoluta ( recolhimento previdenciário), falta de

citação, inépcia da inicial, impugnação à representação, impugnação ao valor da causa, coisa julgada, conexão, continência, litispendência;

CONDIÇÕES DE AÇÃO - ilegitimidade passiva e falta de interesse de agir QUESTÃO DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA –

ORDEM DE APRECIAÇÃO DO MÉRITO - o que ocorre é uma prejudicialidade dos pedidos. Por exemplo, feito que se discute vínculo de emprego, verbas rescisórias, estabilidade acidentária e justa causa, qual a ordem?

DISPOSITIVO OU CONCLUSÃO - embora seja uma etapa mais simplificada, todavia, é a mais

importante da decisão – posto que a parte da condenação ou absolvição, especificará as parcelas objeto da condenação e os parâmetros de cumprimento da sentença.

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INDIRETO - reporta-se aos termos da fundamentação ( recomendação de ser evitado), na prática utiliza-se o SEMI DIRETO. A ausência de um dos requisitos essenciais gera a NULIDADE DA

SENTENÇA.

Além disso constará:

questão de juros e correção monetária;

responsabilidade pelos recolhimentos fiscais e previdenciários – art. 832, parágrafo terceiro da CLT; custas de 2% do valor da condenação ou no caso de improcedência – 2% sobre o valor da causa;

prazo para cumprimento : 8 dias após o trânsito em julgado; intimação das partes.

CLASSIFICAÇÃO ( várias teorias) – de acordo com a natureza das ações em que foi proferida. Outros

doutrinadores chamam de efeitos da sentença. Outra classificação de acordo com o resultado da lide: com ou sem resolução do mérito.

SENTENÇA DECLARATÓRIA OU MERAMENTE DECLARATÓRIA - declaração acerca do objeto do

processo (positiva ou negativa, ou seja, se limita a declarar a existência de um fato, autenticidade ou não de um documento, a existência ou inexistência de uma relação jurídica);ex: reconhecimento de vínculo, estabilidade, dentre outros. A sentença declaratória é desprovida de sanção e não comporta a execução. Produz efeitos ex nunc.

SENTENÇA CONSTITUTIVA - além de declarar a existência dos fatos ou direito, visa a criar, modificar ou

extinguir determinada relação jurídica, ex: rescisão indireta e inquérito. Esta modalidade não comporta execução, produzindo efeitos após o trânsito em julgado.

SENTENÇA CONDENATÓRIA – além de declarar o direito existente reconhece uma parcela de condenação

pecuniária, dar, fazer ou não fazer ex: pagamento de horas extras. Nesta modalidade comporta execução forçada se não cumprida espontaneamente pelo Réu.

SENTENÇA MANDAMENTAL – objeto imediato é a imposição de uma ordem de conduta determinando a

imediata realização de um ato pela parte vencida ou abstenção da prática de um ato. Ex: MS e concessões de tutelas.

SENTENÇA EXECUTIVA LATO SENSU - ações que tenham por objeto o cumprimento da obrigação de fazer

ou não fazer, o juiz poderá na sentença se procedente o pedido, determinar providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento, ex; art. 536 parágrafo primeiro e 497 e seguintes, do CPC.

COLISÃO OU LIDE SIMULADA – ART. 142 DO CPC, a extinção deve ser feita, na forma do art. 485, X do

CPC. A jurisprudência ora contempla como ausência de pressuposto processual ou ora por carência de ação, EX: páginas amarelas UM ACORDO DE 04 MILHÕES A RECEBER ATRAVÉS DE PRECATÓRIO COM TERMO DE RENÚNCIA A PRESCRIÇÃO

As Reclamadas compareceram à audiência pretendendo unicamente a chancela do Poder Judiciário em acordo pondo fim à demanda, com o ofertamento do montante postulado, sem ao menos questionar os valores postulados, assim, ocorrera a inexistência de qualquer defesa. Não obstante a maior parte da dívida remonte

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muito poderia tê-lo feito, mormente considerado sua estreita relação com as reclamadas, para quais voltou a prestar serviços quase vinte anos após a rescisão contratual relatada.

Diante da inexistência de lide, pela ausência de pretensão resistida, não há que ser dirimida pelo órgão jurisdicional, carecendo o processo de pressuposto de existência, especificadamente de demanda.

Ressalta-se que o direito processual ao considerar o exercício da demanda não é um direito absoluto, pois que se acha, também, condicionado a um motivo legítimo. A utilização do processo pressupõe um direito a reintegrar, um interesse a proteger, uma séria razão para invocar a tutela jurisdicional, o que não ocorre no caso em tela.

Ainda transcrevendo o livro citado acima:

“ (...) Mas é reconhecido que o direito de estar em juízo é um dos mais expostos à invasão do abuso e da malícia, tornando-se o processo um campo vasto para o exercício abusivo do direito. E o mais grave é que, no processo, ao contrário do que ocorre no direito privado, em que o abuso atinge somente outra parte, também o Estado é atingido. Abusivamente, os órgãos jurisdicionais são utilizados pelo indivíduo com o propósito de prejudicar outrem, ou para obter resultados ilícitos. Como expressamente discorre José Olimpio de Castro Filho, tal situação é intolerável, eis que a “ manutenção da Justiça custa dinheiro, e não é justo que o dinheiro do povo seja empregado para satisfazer a má-fé, a temeridade, o capricho ou o erro grosseiro de um indivíduo. Evidencia-se, pois de sobejo, a necessidade e a lealdade dos litigantes, buscando-se a moralização do processo e a repressão da improbidade e da má-fé (...)”.

(...) Obviamente, o acolhimento da teoria do abuso do direito do processo civil jamais poderá implicar negar o direito de demandar ou de defesa a quem quer que seja – até porque a boa-fé do que comparece em juízo é sempre presumida. (...)”.

Ora as partes buscam através da presente demanda, a célere formação de título executivo, para pagamento indiscutível, já que amparado por um comando judicial, de valores a um ex-empregado privilegiado, em detrimento de todos os outros trabalhadores que anteriormente ingressaram com ações trabalhistas em face das Reclamadas, resta a tentativa de utilização indevida da via judicial, quando bastaria as partes pactuarem extrajudicialmente no sentido de que parte do precatório mencionado destinar-se-ia ao pagamento da dívida.

Em texto memorável de Couture, narra:

“ (...) o litigante malicioso utiliza ilicitamente o processo e comete um abuso do seu direito constitucional de petição, desviando-se de seus fins próprios. Este direito de petição foi instituído para assegura

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liberdade e responsabilidade (...)”.

Os terceiros afetados seriam todos os outros trabalhadores que anteriormente ingressaram com ações trabalhistas em face das reclamadas, a homologação do acordo implicaria direcionamento indevido e ilegal dos escassos recursos das empresas acionadas, em que pese não ter sido feito ofício ao distribuidor para feitura de inventários das reclamações trabalhistas intentadas em face das Rés, é sabido a quantia expressiva de tais reclamações, e ainda em matéria jornalística intitulada “ Companhias aéreas são as maiores devedores do INSS: R$ 1,868 bilhão” – do jornal - O GLOBO - Parte de Economia, datado de quarta-feira, 18 de maio de 2005, consta uma relação de devedores do INSS, onde vigora uma das reclamadas EBID - Editora Páginas Amarelas Ltda, com um débito de R$ 253,4 milhões, onde lidera a 10º posição, da lista dos “ maiores endividados”.

Evidenciado, assim, o que Chiovenda denominou destinação anormal do processo, porque tais figuras ( processo aparente, sendo este uma figura histórica, utilizado o processo para alcançar fins que não podiam ser conseguidos de outra forma e, com isso, preenchendo-se lacunas da lei – exemplo: utilizar o processo para obtenção de uma espécie de parecer judiciário, ou seja, apenas para conhecer a posição de um tribunal a respeito da interpretação de um texto de lei, e o processo simulado, ao contrário almeja-se um resultado ilícito, e sua utilização tem objetivo de conseguir, por meio da sentença, com a vantagem de coisa julgada, uma eficácia ilegal).

Diante de tais fatos, não há outra solução ao julgador que repelir qualquer ato que pretenda fraudar a verdadeira finalidade do processo, como se colhe na regra do art. 125, III, recomendando, em seguida, no preceito do artigo 129, que o juiz, atuando de ofício, obste os objetivos ilícitos das partes, proferindo sentença. Proferir sentença significa pôr termo ao processo, na dicção do art. 162, § 1º do CPC, donde se conclui que o processo instaurado com destinação anormal, em que as partes estão impelidas de propósitos simulatórios ou fraudulentos, será extinto, a tanto bastará que convencido pelas circunstâncias dos fatos, que o processo serviu de meio à consecução de objetivo ilegal, contrariamente a sua nobre finalidade.

SENTENÇAS IMPURAS – ART. 487 do CPC – juiz como realizando ato meramente homologador (

TRANSAÇÃO, RECONHECIMENTO DO PEDIDO PELO RÉU e AUTOR QUE RENUNCIA O DIREITO EM QUE SE FUNDA A DEMANDA).

SENTENÇA INEXISTENTE – SEM ASSINATURA DO JUIZ.

SENTENÇAS ULTRA ( além) – defere verbas não postuladas, a jurisprudência admite que no recurso ocorra

a retirada do excesso sem necessidade de declarar a nulidade. Tb. Como ser corrigida por meio de embargos de declaração.

SENTENÇA EXTRA ( fora) – julgamento fora do pedido - prestação jurisdicional sobre o pedido diverso, ex:

pede sobreaviso é deferido horas extras. Neste caso é nula devendo ser reformada.

EXCEÇÕES À NULIDADE ( julgamento ultra petita): art. 496 da CLT – reintegração desaconselhável conversão em indenização, súmula 396 do C.TST ( reintegração de período já exaurido na época do proferimento da

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responsabilidade subsidiária.

e CITRA petita – OU INFRA PETITA - é a que decide aquém do pedido, a sentença deixa de apreciar um

pedido, passível de embargos de declaração (menos - anulável). Se efetuado embargos e não sanados, aí, sim o retorno, sob pena de supressão de instância.

A questão da aplicação do art. 475 J, do CPC no processo do trabalho – LACUNA AXIOLÓGICA, TST não entende aplicável por ter norma expressa.

INALTERABILIDADE DA SENTENÇA - ART. 494 do CPC e 833 e 897 - A da CLT – uma vez publicada a sentença não pode alterar sua decisão, salvo nas hipóteses de erros materiais ou em razão de embargos de declaração. Erros materiais - são falhas de digitação ou de grafia, identificados de plano, como erro aritmétrico. Erros materiais não transitam em julgado.

SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA LIMINAR – ART. 332 DO CPC - Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz independentemente da citação do Réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar. Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 05 dias. Se houver retratação - ocorrerá o prosseguimento da demanda. Em caso contrário, será apresentado prazo para contrarrazões da apelação.

ANTERIORMENTE ; ART. 285 – A – matéria de direito. Já tiver julgado em outro casos idênticos de forma

improcedente.

Aplicação no processo do trabalho - complicado em razão da necessidade de tentativas de conciliação./ Contato do processo em audiência/ e não tem o despacho saneador. Argumentos favoráveis: instrumentalidade do processo do trabalho, racionalidade e efetividade do procedimento; compatibilidade com o rito trabalhista e omissão da CLT; a retirada da expressão “ conciliar” – art. 114, pela EC 45/04.

Referências

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