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Cigarras (Hemiptera: Cicadidae: Tibicinidae) Associadas ao Cafeeiro: Distribuiço Hospedeiros e Chave para as Espécies

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4b,i/ 1997 Ao. Soc. Entorno!. Brasil 26(1) 133

Cigarras (Hemiptera: Cicadidae: Tibicinidae) Associadas ao Cafeeiro:

Distribuiço Hospedeiros e Chave para as Espécies

Nilza M. Martinel]i' e Roberto A. Zucchi

Departamento de Defesa Fitossanitária. FCAV/1JNESP, 14870-000, Jahoticahal,SP. 2Departanlento de Entomologia. ESALQ/USP, Caixa postal 9. 1341 8-900. Piracicaba.SP.

An. Soe. Eritoniol. Brasil 26(1): 133-143 (1997) Cicadas (Hemiptera: Cicadidae: Tibicinidae) 011 Collee Plants:

Dislrihution, Hosts and Key Lo Speeies

ABSTRAC'T-The geographical distribution of lO species of cicadas associated Lo coífee (Cfl'a arabica) plants. iii Minas Gerais, São Paulo e Paraná States Brazil) is reporled. Informations on geographical distribution ofthese spccies oícicadas ia lhe New World. exeept Brazil, were based on the existing literature. For BraziL lhe occurrence of species Nwre based on lhe lilerature survey, 011 entoniolugical coilections and on specimens captured. Seven other hosts, besi-des cof'lèe v.ere recorded: sponge tree (.4cacia/ar,wsia,,a). titlse brazilian wood (Cacsa/piniapclIop/ioroi/e.). Ca.vsia spp.. niulbcrry tree (A'loiio alba). avocado pear tree ( f'cr.veci arnc'ricana), angico (Piptaclenia sp. ) and cacau tree ( 7l!L'O-brama cacau). Identiflcation keys based on external niorphology and on male genitalia are presented.

KF.Y \VORDS: Insecta. cicada, hosts, survey, identification.

RESUMO - É apresentada a distribuição de 10 espécies de cigarras associadas ao catceiro. C'oji'(i arabica. nos Estados de Minas Cierais. São Paulo e Paraná, Brasil. A informação sobre a distribuição geográíica destas espécies no ('onti-nente Americano, afora o Brasil, foi baseada na literatura. Para o Brasil, as lo-calidades de ocorréncia de ciganas loram baseadas na literatura, nos levanta-niciitus realizados e em exemplares de coleções nacionais. Outros sete hospe-(kiros. além do calceiro. kiram também registrados: esponjeira lAcaria siana ), sibipiruna (Carsalpinia /7c'lrop/Joroi(lc's). Cassia spp., amoreira (tí(ras alba), abacateiro ( Pcrsca amcrkana ). angico ( ['ipiacicnia sp. 1 e cacaueiro T/u'ob,oma «mao). São apresentadas chaves de identiticação, baseadas nas características gerais e na genilália masculina.

PA[.AVRAS-('HAVE: insecta, cigarras. hospedeiros, levantamento. idenli lcaçào.

Nos últimos anos. ao se tornarem pragas importantes do cafeeiro (Co//a arabica), o interesse sobre as cigarras aumentou consi-deravelmente. São cscasos os conhecimen-tos sobre as cigarras do Brasil e sua biologia é pouco conhecida, mesmo para as espécies

de iniportãncia agrícola. Apenas recentemente foram realizados estudos taxoflomicoS sobre as cigarras-do-cafieiro (Martinel li 1985).

As cigarras-do-cafc iro, no Brasil. estão registradas para os Estados de Minas Gerais. São Paulo e Paraná, onde têm causados sérios

(2)

134 Iv!antineifi & Zunchi

problemas à cultura (Metcalf 1963, Fonseca & Araujo 1939, Martinelli 1985). Entretanto, a distribuição dessas cigarras não está restrita apenas às regiões produtoras de café. Dessa foniia, apresentani urna distribuição muito ani-pla, pois o cafeeiro nâo é o Único recurso tró-fico das cigarras, muito embora os hospedei-ros de cigarras sejam poucos conhecidos. No entanto, os surtos atuais de cigarras em cafeei-ros estào diretamente associados a destruição de seus hospedeiros nativos, principalmente nos cerrados, para o cultivo de cafezais.

Os trabalhos relacionados com as espé-cies de cigarras-do-cafeeiro, com infoniiações sobre distribuição (,eográfica e hospedeiros, foram conduzidos por Jacobi (1907), Flenipel (1913). Goding (925). Fonseca & Araójo (1939). Costa Lima (1942). Davis (1944). Schlottfeldt (1944), Fonseca (1945), Torres (1945), Metcalf( 1963). Heinrich & Pupin Neto (1964), Silva ei ai. (1968), Rufflnelli (1970) e Duffels & Van der 1 aan (1985).

As chaves dicolóniicas para gêneros, quc ocorrem na Argentina, permitindo identificar

Ouc'ada. Fi/icina e Dons tana foram

apre-sentadas por Déletang ( 1919, 1923). A litera-tura nacional carece de pesquisas referentes à classificação das espécies de cigarras. Ape-nas rccentemente, a taxonomia das cigarras-foi revisada p01' Martinel li &

Zucchi (1987, 1 989abc).

Neste trabalho é apresentada a distribui-ção geográfica, os hospedeiros e chaves de identiticação para 10 espécies de cigarras as-sociadas ao cafeciro.

Iateria1 e Métodos

As cigarras ('oram coletadas titili'ando-se uma armadilha constituida de uma armação de t'erro coberta com tela de nailon, colocada sob a copa do café. Procederam-se também as coletas manuais OLI através de rede

entorno-lógica. Após a coleta, os exemplares lorLuli mortos e conservados Ciii (rascos etiquetados contendo álcool a 70% e posteriorrnente. mon-lados e etiquetados.

Para o estudo da genitália. separou-se o abdômen com auxílio de pinça, submetendo-o asubmetendo-o aquecimentsubmetendo-o em banhsubmetendo-o-maria, durante

IS a 30 minutos, em solução de K011 a 10%. Em seguida o niaterial foi lavado em água, colocado em fenol por 24 horas e conservado em tubos com glicerina. devidamente eticlue-tados. A terminologia da genitália do macho foi baseada nos trabalhos de 1layashi (1974, 1975. 1976) e Duffels (1982). As sinonímias das espécies estudadas constam do catálogo de Metcalf (1963) e Duifels & Van Der Laan (1985) sendo assim omitidas neste trabalho. As figuras foram confeccionadas com auxílio de uma câmara clara acoplada no microscópio estereoscópico.

As localidades de ocorrência de cigarras foram baseadas na literatura, nas coletas rea-lizadas cciii exemplares de coleções nacionais

Fazenda Experimental de Sào Scbastiào do Paraíso-EPAMIG, Departamento de 1-ntomo-logia - ESAI.Q/USP. Departamento de Defesa Fitossanitária-FC'AVJ/LJNESP. Seção de Ento-mologia-IAC e Museu de Zoologia-LJSP). A caracterização das espécies liai apresentada em trabalhos anteriores ( Martinelli & Zucchi 1987, 1989 abc.).

Resultados e Discussão

Distribuição Geogrãtica. O coiihecimeuto atual do padrão de distribuição das espécies de cigarras no Brasil é ainda muito incipiente. uma vez que os registros são baseados em coletas esporádicas. De um modo geral. (15

estudos sohrc esses insetos têm sido negli-genciados cru todo o continente americano. Entretanto, a distribuição das cigarras-do-ca-feeiro no Brasil foi apresentada recentemente por Martinelli ( 1990) e Oliveira & Thomaiiielo (1991).

Dc todas as espécies de cigarras estuda- das. a mais amp 1 amen te distribui da é v ida

gigax (01k.) (Fig. 1). Essa especle apresenta

unia distribuição vasta, scndo a Única espécie, entre as 10 estudadas. referida para a América do Noite e Antilhas (Metcall' 1963). No Brasil.

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OA

Abril, 1997 Au. SOC. Lntotnol. Buwill 26(1) 135

*

*0 *Quesadaglgas * Quesada soda/is Fidiciiia ,nannifera ® F/aqcina pronoe

O

Fidicina pu/lata A Doüs,ana drewseiil A Dons/ana vin/dis Carnefa (ascicu/uta LJ Canieta matura Li Carmeta spo/iatc

(4)

136 !tI(//'fi/IClIi c Zucchi esta espécie encontra-se, quase que exe]usi

vamente, nos principais Ëstados produtores de café ( Minas Gerais, São Paulo e Paraná) \laiiinelli 1985, Fonseca & Araújo 1939,1 tem-ich 1967, Martinelli & Zucchi 1987) e em Maio Grosso ( Metcalf 1963). Ouesaila veja/is (Walk.) é referida em cafezais de Minas (lerais, São Paulo ( Metcal I' 1963 e Fonseca & Araújo 1939 ) e Santa (atadna (Martinelli 1 95 ). Entre-tanto, Q.seda/i.s não tem sido eoletada atual-mente em calceiros.

Com relação as espécies do género

FiJi-dua, observa-se que E 1,/e cc' (WaIk.) e E

fl?ci/i/Ii/L/n ( Hh) ocorrem desde o México até a Argentina ( Metcal í 1963). No Brasil, a ocorrência de E prencc é verificada nos Es-tados de Mato Grosso e São Paulo Metcalf 1963. Martinelli & Zucchi l 9$9a). A ocorreu-eia desta espécie também Foi constatada em Minas Gerais. Einaiii,i/i'ra ocorre nos Estados do Pará. Mato Grosso. Rio de Janeiro, São

Paulo e Rio Grande do Sul (Distant 1$81. Fon-seca & Arauijo 139. Metcalf 1963 ). E1m//atci (Berg) é registrada apenas no Brasil. nos Esta-dos de Paraiba. Minas Gerais e São Paulo (Silva

e; (i. 1968. Meical f 1963. Fonseca & Araújo

1939). A primeira constatação de E//rema' em cafezal fii observada no Estado de São Paulo (Martinelli & Zucchi 1 989a): aqui é referida pela primeira vez para o Estado de Minas Ge-rais. E /11(1/ata e f (nau/li/era não tem sido observadas atualmcntc em ca1eiros.

L)erjsjaiia c/reitve/u ( Stãl ) tem sua

ocor-rência assinalada na Argentina. tJruguai (Me!- calf 1963. Ruifinclli 1970) e Brasil. nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Metcal 1963. Martinelli & Zucchi 1 989b). Dons/ana

virá/is (Oliv.) está registrada também nos

pai-ses limítrofes ao Brasil. Apresenta ampla distri-buição no território nacional. ocorrendo nos Estados do Amazonas. Pará, (ioiás. Mato Grosso e São Paulo (Mctcalí 1963. Martinelli & Zucchi 1 989b).

u..u.

L=-UU1L.]IIIII

I'Li

iUUiULlili

I...u1IIuI

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INUIIr1IIurô]uU

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IiiUuc.uuuui

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4J1IIU1uUl

iri1 ff-..Inc.]InI

Figura 2. Distribuição das cigarras associadas ao ca E'eiro em difirentes municipios dos Estados de Minas Gerais ( M(;), São Paulo (SP) e Paraná ( PR).

(5)

Tabela 1. Relação dc hospedeiros das espécies das cigarras-do-cafeeiro encontrados no Brasil 1 Iospedeiros.4cacia Caesa/pinia Cassia Co/leu Moras Pr'crea Pipiadenia Thcol,ro,na

farnesiana peltophoroic/es spp. arabica alba americana sp. cacau Autores Espécies esponjeira sibipiruna - cafeeiro amoreira abacateiro angico cacaueiro

Que sada

gigas X X X Ruflineili 1970. Fonseca &

Araujo 1 939.l-leinrich & Pupiri Neto 1964. Martinelli, Vieira & Zucchi 1986. Martinelli & Zucchi 1987 Ouesada

soda/is X Fonseca & Araujo 1939

liduma

doaI/e/a X Fonseca & Araujo 1939

Fidicina

p/OIIOC Martinelli & Zucchi 1 989a

Fidicina

ml/ata X Hempel, 1913, Lima 1942

Doriviana

(/IeilVdfli X X Sch1ottf1dt 1944. Silva etal. 1968.

Fonseca & Araujo 1939 I)orisiana

iiridís Martinelli 1985,

Martineili & Zucchi 1989a ( ar/neta

bise/co/ata X Hempel 1913. Lima 1942

(ar/neta

fia/loa

o

Martinelli & Zucchi 1989c

Carineta

spo/iatU Martinelli & Zucchi 1989c

(6)

138 Martinelli & Zucchi

Dentre as espécies de ('orlada, associa-das as cafeeiro. C. matura (Disi.) é de ocorrên-cia restrita, pois além do Brasil. no Estado de Minas Gerais (Martineili &'Zucchí 1989c), tem sido reiristrada na Venezuela (Metcalf 1963). Por outro lado, as outras duas espécies de

(a/ineta apresentam distribuição mais ampla. C'.fasciculaia (Gemi.) é encontrada na Bolivia.

Paraguai c Argentina (Metcalf 1963, Jacobi 1907) eno Brasil (Paraíba. Minas Gerais, Es-rilrito Santo, Rio de Janeiro c São Paulo) (Met-calf 1963. Silva dai. 1968, Martinelli & Zucchi

1 989c), enq Lianlo (li (Wal k.) apre-senta distribuição mais ampla, pois além da Bolívia é registrada na Colômbia, Peru e Vene-zuela (Metcalf 1963). No Brasil esta espécie é referida exclusivamente para os Estados de Minas Gerais e São Paulo (Martinelli & Zucchi 1 989c).

1-lá várias refèréncias sobre ataques de cigarras em diferentes regiões dos Estados de Minas Gerais e São Paulo, nas quais as ci-garras têm sido denominadas apenas em nivel de género (Souza ei ai. 1983). Desta forma, foram consideradas, as identiiieaçàes especí-ficas como primeiro registro de ocorrência. Por outro lado, todas as ocorrências de cigar-ras para os Estados de Mato Grosso, baseadas na literatura, não permitem saber se os regi s-tros referem-se atualmente para esse Estado ou para Mato Grosso do Sul. Neste caso, os registros foram niantidos de acordo com os trabalhos originais, i. e.. Q. glgas. E maniti-

E prwioe e D. vi,'icIL, ocorrendo no

Es-tado do Mato Grosso (Metcalf 1963). Através de observações de campo, pôde-se obpôde-servar que a maior região cali.eira do

Brasil (sul de Minas Gerais e Alta Mogiana em São Paulo), encontra-se altamente infesta-da por várias espécies de cigarras, constituin-do-se num grande foco de infestação para toda a cafeicultura destas áreas. Com base nos levantamentos realizados nessa região, as cigarras-do-cafeeiro são registradas pela primeira vez em 13 localidades (três em Minas

Gerais, nove em São Paulo e unia no Paraná). Recentemente, quatro espécies (Epi'oiioe, 1).

iirhli.s. C. malaia e ('.sjio/iata) ['oram

refe-ridas também em cafeeiros (Martinelli 1985) (Fig. 2).

Hospedeiros. Apenas para algumas espécies de cigarras são conhecidos seus hospedeiros

(Silva cl ai. 1968). E jn'onae, D. ilrkli.s. E. nu,-lura e C. spoiiata foram constatadas

iii-fcstaiido cafeeiros (Martinelli & Zucchi 1989 ahc), sendo este o primeiro hospedeiro conhe-cido para essas quatro espécies. Entretanto,

D. i'iridis foi observada em abacateiro (Pei's&'a americana), amoreira ( jíoi'u.v alba) e sibipi-runa (Caesalpinia pellophoi'oides) (

Marti-nelli 1985). Esta espécie e Q. glga.s foram as-sociadas a um maior número de hospedeiros (Tabela 1).

A maioria das espécies assinaladas em cafeeiros foi constatada, até o momento, ape-lias neste hospedeiro. Este fato denota que pouco é conhecido sobre os hospedeiros de cigarrras, pois seguramente estas espécies também ocorrem em outras plantas.

Nos primeiros relatos de ocorrência de cigarras ciii cafezais, Q.so/alis. E mana//era e E puliata eram mencionadas infestando o café. Entretanto. nos levantamentos realizados recentemente, não foram constatadas a pre-sença das mesmas (Martinelli 1985).

Atual-mente, Q. glgas. E J)i'OflOd, D. dreii.veni, 1).

iiridis, C.fiiscicuiata. C'. aia/ara e (... poliata

são as espécies associadas ao cafeeiro.

Identificação. Nas chaves apresentadas foram incluídas todas as espécies de cigarras asso-ciadas com o cafeeiro, independentemente se ocorrem ou não atualmente nesta cultura. (vide Martinelli & Zucchi 1987, 1 9S9abc para a caracterização das espécies).

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LWA

f/j/ 1997 An.Soc. EJ?1n1Ü/. Brasil 26(1 ) 139

Prancha 1 Fig. 3 e 4 - QuINada gias ( pronoto asa): Fig. 5 - O..s alia/Is (asa): Fig. 6 e 7 - i7c/ici,,a ,naiwi/i'm ( pronoto. tarso, elevaçii() crucilornie ): Fig. 8 - E pmnoe ( eIevaçto cruciforme): Fig. 9 e lO - Dorisiana (ioitseni (tarso. niesonoto): Fig. 11 - D. viridis (mesonoto): Fig. 12 e 13 - Canada inalara (cabeça, ifanur anterior): Fig. 14 - C. /iisciculala (fêmur antcrior): Fig. 15 - C. spo/iala ( fêmur anterior).

(8)

Ii

21

140 tt/Iüriine//i c Zueciji

Prancha 2. Fig. 16 - carinexa matura ( lobo basal do pigóforo - lbp) Fig. 17 - Dai-is/ana ci,iclis ( lbp. acdcagus); Fig. 18 - C. fiscicu/ata (lbp); Fig. 19 - Fidicina pranor (aedeagus): Fig. 20 - E inanni/era (idem): Fig. 21 - D. (/ieoseni (processo lateral do pigóforo ) Fig. 22 - C. spoliaki (acdeagus) Fig. 23 - Quesacla gigas (ideni ): Fig. 24 - Q. .soclali.v (ideni ).

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Abril. 1997 Au. Soe. Eutouwl, Brasil 26(1) 141 Espécies de Cigarras Associadas ao Cafeeiro Espécies de Cigarras Associadas ao Cafeeiro (Machos e Fêmeas) (Genitãlia Masculina)

1. Angulo posterior do pronolo

dilatado(Fig.3) ... Quesada a. mancha escura na base da 21

e 3 células apicais.(Fig.4) ... Q. gigus a'. mancha escura na base da 2'

a 5' e 7' celulas apicais (Fig.5) Q.sodalis V. Angulo postenor do proilolo

não dilatado (Fig. 6) ...2 2. Tarsos dímeros( Fig. 7) ... Pidicina a. coloração escura intensa ... E pul/ata a'. coloração diferente...b b. elevação cruciforme com as

projeções não pontiagudas e afastadas entre si: nervuras transversais nào manchadas.

(Fig. 8) ... E prouoe b'. elevaçào cruciforme com as

projeções posteriores pontiagudas e próximas entre si: nervuras transversais

manchadas (Fig. 6) ... E ,uunniJ'ra T. Tarsos triineros (Fig. 9) ...3 3. Cabeça (incluindo olhos)

quase tão larga quanto a

base do iiiesonoto. (Fig 10) . /)orisicuw a. manchas do mesonoto largas.

as laterais mais desenvolvidas

que as internas (Fig. 10) ... 1). dreieve,u a'. manchas do mesonoto

estreitas, as latenjis mais

curtas que as internas (Fig 11) . D. %iF'idis Y. Cabeça (incluindo olhos) mais

estreita que a base do

niesonoto (Fig. 12) ... ('i?neia a. fêmur anterior com 3

espinhos ( Fig. 13) ... (. matura a'. fêmur anterior com 4 espinhos ...b h. segundo espinho voltado

para o ápice do frnur

(Fig. 14) ... C. /asciculata h'. segundo espinho voltado

para a base do fêmur

( Fig. IS) ... ( '.spoliata

Lobo basal do pigóforo com

prolongamento apical (Fig. 16) ...2 11. Lobo basal do pigóforo sem

prolongamento apical (Fig. 17) ... Prolongamento do lobo basal do pigóforo qu ti IIOSO (Fig. 16) .. C. matura V. Prolongamento do lobo basal

do pigóforo com o ápice ramificado ou hitido

(Fig. 18) ...C. /izsciculata Aedeugus bifido (Fig. 17)...4 Y. Aedeagus simples (Fig. 20) ...5

Porção bífida do acdeagus

pontiaguda (Fig. 1 7) ... D . viric/is 4'. Porção bífida do acdeagus com

projeção denteada (Fig. 9) ... E pronve S. Ápice do aecicagus com

prolongamento quitinoso e projeção denteada pré-apical

(Fig. 20) ... E mwmi/éra 5'. Ápice do aedeagus diferente

(Fig.21) ...6 6. Processo lateral do pigáforo

estreito, curvo e coni o ápice

quitinoso (Fig. 21) ... 1). di'eii'scni 6'. Processo lateral do picóforo

diferente...7 7. .4edeagus com uni longo

filamento apical (Fig. 22) ... Csp.iliaui 7'. .1 cd eu gus sem filamento apical ...8 8. .4ec/eugus com espinho

pré-apical (Fig. 23) ...Q. gigas 8'. .4 e/eai.uç sem espinho

pré-apical e ápice triangular

em vista ventral (Fig. 24) ... O. soda/is

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Referências

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