O TRIGO NO BRASIL E NO MUNDO
CADEIA DE PRODUÇÃO, TRANSFORMAÇÃO
E COMERCIALIZAÇÃO
Prof José Roberto Canziani – DERE/UFPR Profª Vania Di Addario Guimarães – DERE/UFPR
SEQUÊNCIA DA APRESENTAÇÃO
Estrutura do mercado internacional do trigo
Oferta, Demanda e Preços
Comparativo do trigo com outras culturas
Cadeia produtiva do trigo no Brasil
Oferta, Demanda e Preços
Políticas de apoio à comercialização Pesquisa agropecuária
Setores industriais
Entraves ao desenvolvimento produtivo do
ESTRUTURA DO MERCADO
INTERNACIONAL DO TRIGO
Preços médios anuais e produção mundial de trigo, 1960 a 2009
Produtividade de trigo, países/regiões selecionadas
CALENDÁRIO AGRÍCOLA DO TRIGO
PLANTIO COLHEITA
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Hemisfério Norte TRIGO DE INVERNO Índia China Estados Unidos Rússia França Reino Unido Alemanha TRIGO DE PRIMAVERA China Estados Unidos Rússia Canadá Hemisfério Sul TRIGO DE INVERNO Austrália Brasil - Paraná
Brasil - Rio Grande do Sul Argentina
Estoque final de trigo no mundo, 99/00 a 09/10
Preços médios anuais e relação estoque/consumo mundial de trigo, 1960 a 2009.
Preços deflacionados do trigo FOB Golfo do México – jan/1957 a junho/2009
Preços do trigo nas Bolsas de Chicago e Kansas e FOB Golfo - Jun/04 a Jun/09
Preço FOB Argentina e Golfo do México, Dez/Fev, 1993/94 a 2008/09. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 D ó la re s p o r to n el ad a
FOB Golfo do México - Dez/Fev FOB Portos Argentinos - Dez/Fev
Evolução da produção nos maiores produtores mundiais, safras 90/91 a 2009/10
Evolução das exportações, principais países/blocos, safras 99/00 a 2009/10
Exportações/importações líquidas de trigo por país 2009
Importações mundiais de trigo por regiões no mundo safra 08/09
Principais usos do trigo em diversos continentes Fonte: FAO 0% 20% 40% 60% 80% 100% Mundo Africa Asia Europa América do Norte Central Oceania América do Sul
Consumo percapita do trigo em diversos continentes Fonte: FAO 46,3 55,7 59,9 64 67 68,5 110,9 0 20 40 60 80 100 120 África América do Sul Oceania Asia Mundo América do Norte e Central Europa
COMPARATIVO DO TRIGO COM OUTRAS
CULTURAS
Participação das exportações na produção mundial, produtos selecionados, década de 2000
Participação dos 5 maiores nas exportações mundiais, safra 08/09
Evolução dos estoques mundiais, produtos selecionados
Evolução da relação estoque/consumo mundial, produtos selecionados
PREÇOS RELATIVOS - INTERNACIONAIS
Relações de preços entre grãos, últimas cinco décadas
ÍNDICE DE PREÇOS DE ALGUMAS COMMODITIES
NO MERCADO INTERNACIONAL
CADEIA PRODUTIVA DO TRIGO
NO BRASIL
Produção de trigo no Brasil por município, 2007 Fonte: IBGE Cor De Até 1.000 2.000 2.001 5.000 5.001 10.000 10.001 20.000 20.001 30.000 30.001 40.000 40.001 50.000 50.001 63.000
Área plantada no PR principais culturas de inverno e milho safrinha, safras 1977/78 a 2008/09
Evolução da área plantada e produção de trigo no Brasil
PRODUTIVIDADE DO TRIGO NO BRASIL
Oferta de trigo no Brasil
Fonte: CONAB, JUL/09
0,8 1,0 0,9 1,4 2,3 2,0 1,8 1,6 2,6 3,2 2,9 6,1 5,8 4,9 2,2 4,1 6,0 5,7 7,1 6,9 5,7 5,3 6,3 7,8 6,9 6,2 5,6 -2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 M il h õ es d e to n el ad as Importação Produção Estoque Inicial
Importações brasileiras de trigo
Fonte: SECEX -1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 até jun m il t one la da sDemanda de trigo no Brasil
Fonte: CONAB, JUL/09
10,1 9,9 9,9 10,2 10,7 10,3 10,4 10,8 11,1 1,4 0,8 0,8 1,0 1,4 2,3 2,0 1,6 2,4 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,9 1,8 2,6 -2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 M il h õ es d e to n el ad as Estoque Final Exportação Consumo
Preços do trigo ao produtor no Paraná, jan/1985 a jul/2009.
Preços do trigo nacional e importado, 1973 a 1992.
Preço Oficial FOB Argentina e no mercado de lotes no Brasil e Argentina, Jun/03 a Jun/09.
Diferença de preços (PR – RS) - Jan/03 a Mai/09
Estimativa do preço de paridade de importação São Paulo – SP e Londrina - PR
Preço Oficial FOB Argentina e Valor Médio FOB Importações Brasileiras, Jan/06 a Jun/09.
Preço médio anual das importações
brasileiras de trigo, 1997 a 2009.
Fonte: SECEX 80 130 180 230 280 330 380 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 até jun U S $ /t o ne la da FO B ARGENTINA URUGUAI/PARAGUAIESTADOS UNIDOS / CANADÁ TOTAL
Preços do trigo ao produtor e mínimo no Paraná, ago/1995 a jul e dez/2009.
Estoque público de trigo no Brasil,
Jan/1992 a Jun/2009.
-100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 800.000 900.000 1.000.000 1.100.000 1.200.000 jan/92jan/93jan/94jan/95jan/96jan/97jan/98jan/99jan/00jan/01jan/02jan/03jan/04jan/05jan/06jan/07jan/08jan/09 T o n el ad a sOPÇÃO AGF CAF
Fonte: CONAB, jun/2009
Intervenção governamental (R$) no mercado de trigo, safra 2008/2009. AGF; R$ 125,57; 26% PEP; R$ 159,25; 32% C. OPÇÃO; R$ 206,55; 42% Total: R$ 491,37 milhões
Evolução da colheita, comercialização, importação e estoques de trigo com o produtor, Safra 08/09.
Evolução da colheita, comercialização, importação e estoques de trigo com o produtor, Safra 07/08.
-1.500 -1.000 -500 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000
AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
E m m il t one la da s
Volume colhido Estoque do produto nacional Volume comercializado pelo produtor Importação
Importações brasileiras de trigo
Trigo – Rentabilidade da estocagem
Comparativo: preço mínimo x custo de produção.
Fonte: CONAB, março/2009
Preços mínimos e custos de produção (média ponderada PR e RS), safra 2009.
22,51 25,25 26,46 30,37 31,80 33,30 35,42 41,99 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Preço Mínimo Trigo Brando -Tipo 3 Custeio da Lavoura Preço Mínimo Trigo Brando -Tipo 1
Custo Variável Preço Mínimo -Trigo Pão - Tipo
1 Preço Mínimo -Trigo Melhorador -Tipo 1 Custo Operacional Custo Total R $/ sa ca
Fonte: ABITRIGO Norte 2% Nordeste 26% Sul 37% Centro Oeste 3% Sudeste 32%
Produção de farinhas no Brasil, 2008.
Capacidade de Moagem: 15,72 milhões de toneladas Consumo interno: 10,04 milhões de toneladas
Fonte: SECEX
Fonte: SECEX
Fonte: ABITRIGO
Consumo de trigo e derivados, 2007.
BISCOITOS; 10%
MASSAS; 17%
DOMÉSTICO; 14% OUTROS; 5%
Fonte: ABITRIGO
Consumo de trigo e derivados, 2007.
PANIFICAÇÃO (SUPERMERCADO) 9,7% PANIFICAÇÃO (PADARIA) 44,3% OUTROS 5,0% DOMÉSTICO 14,0% MASSAS INSTANTÂNEAS 1,8% BISCOITOS RECHEADOS 2,9% BISCOITOS DOCES SECOS E AMANTEIGADOS 2,5% MASSAS FRESCAS 0,4% MASSAS SECAS 14,7% BISCOITOS CREAM CRAKER 2,2% BISCOITOS OUTROS 2,4%
Setor de massas alimentícias no Brasil, 2008.
Tipo de massas Vendas
(mil t) % Consumo (Kg/hab/ano) Secas 1.050 87% 5,5 Instantâneas 131 11% 0,7 Frescas 36 3% 0,2 Total 1.210 100% 6,4 NCM Exportações (mil t) % Importações (mil t) %
Massas com ovos e não
recheadas (19.02.11.00) 1,4 7% 0,8 5%
Massas não cozidas e não
recheadas (19.02.19.00) 16,4 78% 15,8 88%
Massas cozidas, recheadas e
prep. outro modo (19.02.20.00) 2,9 14% 0,2 1%
Outras massas cozidas e
recheadas (19.02.30.00) 0,4 2% 1,2 7%
Total 21,1 100% 18,0 100%
Faturamento por setor industrial de trigo e
consumo percapita no Brasil, 2007.
Fonte: ABITRIGO Setores Faturamento (R$ bilhões) Partic. % Consumo (Kg/hab/ano) Moagem de trigo 11,34 26,2% 55,0 Panificação e confeitaria 19,92 46,0% 33,0 Biscoitos 7,37 17,0% 5,9 Massas 4,67 10,8% 6,4 Total 43,3 100,0%
ENTRAVES AO DESENVOLVIMENTO DO
TRIGO NO BRASIL
Estimativas de déficits e excedentes
de trigo por estado 2007
Área plantada no PR, verão e inverno culturas selecionadas, safras 1977/78 a 2008/09
PRODUTIVIDADE DO TRIGO EM REGIÕES DO BRASIL E DA ARGENTINA, 1990 A 2007.
Pesquisa primária: Fatores que caracterizam o
desempenho tecnológico do trigo.
Fonte: SAAB et all, Revista Política Agrícola, Mar/2005.
Ciclo (Precoce e Médio); 8% Alveografia W; 9% Textura do grão; 6% Tolerância a alumínio; 4% Produtividade; 11% Tolerância a germinação na espiga e debulha; 12% Porte e Resistência ao acamamento; 12% Resistência a doenças; 38%
J. Macedo, 2007
EVOLUÇÃO DO “W” MÉDIO, NA ARGENTINA, PARANÁ E RIO GRANDE DO SUL, 1998/99 E 2004/06.
Alveografia W = Trabalho (1/10.000 Joules)
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% ARG 1998/99 ARG 2004/06 PR 1998/99 PR 2004/06 RS 1998/99 RS 2004/06 W < 200 200 < W < 250 W > 250
Fonte: Kleffmann,2009 e Embrapa, 2004.
ÁREA (%) DE TRIGO POR TIPO E POR ESTADO.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% PR 2004 PR 2009 RS 2004 RS 2009 SC 2004 SC 2009 SP 2004 SP 2009 MS 2004 MS 2009 BRASIL 2009
Benefícios do cultivo do trigo no Brasil
Uso mais racional e eficiente da infraestrutura nas
propriedades rurais.
Estimativa Ocepar: redução no custo total de
produção da safra de verão.
milho (6,1% a 8,4%). soja (9,1 e 12,2%).
Uso mais racional e eficiente do solo – plantio direto
- menor erosão e proliferação de plantas invasoras.
Área ocupada (2009): 2,35 milhões de hectares Área disponível: 5,20 milhões de hectares.
Benefícios do cultivo do trigo no Brasil
Produtores (150 mil); empregos diretos (160 mil);
empregos indiretos (900 mil).
Ganhos com maior circulação de renda: insumos,
bens de capital, industrialização, armazenagem,
transporte e outros serviços.
Economia de divisas com importações.
Média 1999/2008: US$ 1,06 bilhões por ano 2008: US$ 2,17 bilhões
Entraves ao desenvolvimento do trigo no Brasil
Fatores incontroláveis (mercado internacional):
Produção mundial crescente (subsídios).
Produtividade mundial crescente (novas tecnologias). Preços internacionais decrescentes no longo prazo. Maior facilidade de se produzir em altas latitudes. Exigência de maior qualidade pelos consumidores. Risco inerente à cultura (clima).
Fatores dificilmente controláveis (mercado interno):
Maior capacidade instalada dos moinhos no litoral brasileiro
e produção concentrada na região sul.
Pulverização do consumo no tempo e espaço. Concorrência do trigo regional (Mercosul).
Entraves ao desenvolvimento do trigo no Brasil
Fatores controláveis:
Maior competitividade do trigo argentino e
internacional.
Maiores investimentos em pesquisa agropecuária;
Políticas de mercado externo (Tarifas) - Manter TEC
p/ outras origens e elevar tarifa s/ farinhas e
misturas;
Custo elevado no transporte de cabotagem.
Apoio à comercialização interna (PEP e VEP);
Legislação do setor (incentivar maior concorrência, rever
Entraves ao desenvolvimento do trigo no Brasil
Fatores controláveis:
Garantia de renda agrícola.
Preço mínimo acima do custo operacional;
Financiamentos a condições adequadas (juros,
limites, etc.);
Seguro agrícola (subvenção ao prêmio);
Comercialização com pouca liquidez.
Contratos de opção de venda, EGF, CAF, etc.
Reduzir e unificar ICMS s/ trigo, derivados e serviços
de transporte.