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O presente e o passado: uma análise estética, textual e comparativa da obra O Cortiço, de Aluízio de Azevedo

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Academic year: 2021

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O presente e o passado: uma análise estética, textual e comparativa da obra O Cortiço, de Aluízio de Azevedo

Milena Karoline (UNILA) Caio Korol (UERJ) Job Lopes (Orientador – UNIOSTE/UNILA)

Resumo: O estudo em questão tem como foco analisar estética e textualmente a obra naturalista O Cortiço (1890), de Aluízio de Azevedo, e comparar, com o Brasil contemporâneo, as questões sociais abordadas pelo escritor. Será realizada uma investigação acerca de temas como a ausência de moralidade burguesa, a falta de saúde pública e a questão da miscigenação cultural, que contribuiu relevantemente para o racismo latente do século XIX. Todos os fatores citados anteriormente, dentre muitos outros, serão comparados com a atual realidade brasileira. Procurar-se-á depreender, por que tais questões ainda se fazem presentes no país e propor possíveis formas de sanar esses males a partir das teorias de Antônio Candido (2002; 2010) e Lilia Moritz Schwarcz (1993). Um dos objetivos do artigo a ser desenvolvido é levar a uma reflexão sobre a realidade social do passado em contra ponto com o presente no Brasil. Palavras-chave: naturalismo; cortiço; racismo; miscigenação.

Abstract: This study focuses on aesthetically and textually analyzing the naturalistic work O Cortiço (1890) by Aluízio de Azevedo and comparing, with contemporary Brazil, the social issues addressed by the writer. An investigation will be carried out on themes such as the absence of bourgeois morality, lack of public health and the question of cultural miscegenation, which contributed significantly to the latent racism of the nineteenth century. All of the factors mentioned above, among many others, will be compared with the current Brazilian reality. It will be sought to understand why these issues are still present in the country and to propose possible ways of remedying these evils from the theories of Antônio Candido (2002; 2010) and Lilia Moritz Schwarcz (1993). One of the objectives of the article to be developed is to lead to a reflection on the social reality of the past against the present point in Brazil.

Keywords: naturalism; cortiço; racism; miscegenation.

Contexto social e histórico da obra O Cortiço

A obra O Cortiço de Aluísio de Azevedo, foi escrita em 1890. Trata-se de um romance e é responsável por inaugurar o naturalismo no Brasil, escola literária essa que retratava de forma objetiva e crítica a realidade do país.

O século XIX no Brasil é marcado pela forte urbanização e pela concepção das pessoas quanto ao subdesenvolvimento que se fazia e ainda se faz presente no nosso dia-a-dia e isso era inescapável aos literários. O autor Aluízio de Azevedo faz uma transposição direta da

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realidade brasileira durante o começo da República Velha, para a literatura, como afirma Antônio Candido (2004) no seu ensaio De cortiço a cortiço.

O herói das histórias literárias do naturalismo não é mais um herói burguês, agora ele pertence à classe trabalhadora, luta por sobrevivência, possui um caminho cheio de obstáculos que muitas vezes independem da sua própria vontade mas que reorientam seu destino e presencia uma realidade onde se faz presente o mundo do trabalho, do lucro, da competição e da exploração econômica como afirma Antônio Candido (2004) no seu ensaio De cortiço a cortiço.

Dentro deste cenário pode-se fazer menção ao personagem João Romão, ele desejava ascender socialmente e para isso estava disposto a fazer o que fosse necessário, desde ter poucas roupas e dormir em sua própria taverna até “entregar” de volta a seu dono, a escrava Bertoleza, personagem essa que muito lhe ajudou a “subir na vida”

João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro de Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro. (AZEVEDO, Aluísio, 1890, p.15).

Bertoleza, retrata a posição do negro na sociedade do século XIX, ela ocupava uma posição que Antônio Candido (1973) define em seu ensaio De cortiço a cortiço, como “besta de carga”, e vive em constante subordinação à classe branca, ou seja as relações desde então se davam por questões raciais. Neste período o negro ainda era visto como um bem mercantil, em outras palavras um bem que servia para trazer lucro aos seus donos, através da sua força de trabalho e para João Romão, Bertoleza o beneficiaria e através do acúmulo deste benefício -capital- o ajudaria a ascender socialmente.

No ensaio, Antônio Candido (1973) faz menção à ideia de que o Cortiço ao longo de sua trama é descrito como algo vivo, como se de fato fosse um personagem, o qual desperta todos os dias as 05:00 da manhã e desde o nascer do sol já está na correria.

Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua finidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que sentia ainda na indolência da neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite

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antecedente dissolvendo-se à luz loira e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia (AZEVEDO, 1890, p.37).

E para tal constatação há a ideia de seleção natural, ou seja a teoria Darwiniana se aplica ao cortiço e consequentemente aos seus moradores e as pessoas que vivem a sua volta, pois é uma luta por sobrevivência, em que um indivíduo compete com o outro por uma posição social, por uma mulher, por bens materiais entre outras coisas.

As mazelas sociais por Aluízio de Azevedo

A partir da leitura e reflexão da obra pode-se fazer diversos desdobramentos, pois trata-se de uma obra bastante ampla, com alto teor de denúncia e crítica social. Deve-trata-se ater a algumas dessas denúncias, as quais também podemos chamar de mazelas e discorrer sobre elas.

Discorre-se acerca do papel que o negro exerce ao longo da história, nos atendo ao modo como ele era visto, quais eram suas funções na sociedade, como ele vivia entre outros pontos importantes. Para começar, deve-se ter em mente que a abolição da escravidão se deu no Brasil em 1888, após longos processos e conflitos, os quais objetivavam a libertação dos negros. Os negros foram libertos, porém não houve política alguma que promovesse sua inserção na sociedade, eles não possuíam nenhuma garantia quanto à economia, à segurança, e à assistência, eles passaram a ser responsáveis pela sua própria existência, pelo seu próprio êxito e pelas suas próprias necessidades entre outras mudanças. Desde então podemos notar que os negros não possuíam condições de concorrer em mesmo nível com pessoas que sempre foram livres, após anos de escravidão e das mazelas que ela deixou (AMANAJÁS.2014). Brasília, ano.

É importante mencionar que a abolição não mudou a forma dos brasileiros de pensarem, e também não alterou as estruturas do país, ou seja a maneira como o sistema piramidal dado por camadas era composto. Tais pontos são evidenciados ao longo da história, através de alguns personagens, entre eles Bertoleza. Essa personagem baseava-se em uma escrava que acreditava ter sido alforriada, quando na verdade não passava de uma farsa arquitetada por João Romão, esse que por sua vez estava interessado na força de trabalho dela. Eles passam a morar juntos e a tocarem os negócios, porém João Romão desejava acima de tudo ascender socialmente e Bertoleza por conseguinte o ajuda a enriquecer sem receber nada em troca.

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Bertoleza representava agora ao lado de João Romão o papel tríplice de caixeiro, de criada e de amante. Mourejava a valer, mas de cara alegre; ás quatro da madrugada estava já na faina de todos os dias, aviando o café para os fregueses e depois preparando o almoço para os trabalhadores de uma pedreira que havia para além de um grande capinzal aos fundos da venda. Varria a casa, cozinhava, vendia ao balcão na taverna, quando o amigo andava ocupado lá por fora; fazia a sua quitanda durante o dia no intervalo de outros serviços, e á noite passava-se para a porta da venda, e, defronte de um fogareiro de barro, fritava fígado e frigia sardinhas [...] (AZEVEDO, 1890, p.17).

Através da pequena trajetória feita sobre a história do negro no Brasil, podemos nos questionar para onde então eles foram, já que com a abolição não podiam mais permanecer nas fazendas, nas senzalas ou no lugar que exerciam trabalho escravo. A saída para muitos foram ir para as grandes cidades em busca de emprego e moradia, pois lá havia a concentração de indústrias, porém como já foi mencionado essa inserção no mercado de trabalho não foi rápida, muito menos simples e como consequência muitos deles ficaram desempregados, sem lugar para morar, sem dinheiro para comer etc. E um dos resultados disso foram sua aglomeração em lugares hoje conhecidos como favelas e cortiços. Lembrando que este foi um breve resumo de como os negros foram parar nos cortiços, porém há desdobramentos bem mais aprofundados que explicam tais porquês.

Nos cortiços, as pessoas conseguiam construir seus “barracos”, ter um lugar para morar, desenvolver alguma atividade econômica que gerasse lucro e consequente renda para se manterem, entre outras atividades. Segundo Roberta Amanajás (ano, p.10) “Aos negros restaram os trabalhos mais simples e com menor remuneração, em que não eram exigidas aptidões qualificadas.” E é parte dessa realidade que Aluízio de Azevedo retrata em seu livro.

E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de mercadores. Apareceram os tabuleiros de carne fresca e outros de tripas e fatos de boi; só não vinham hortaliças, porque havia muitas hortas no cortiço. Vieram os ruidosos mascates, com as suas latas de quinquilharia, com as suas caixas de candeeiros e objetos de vidro e com o seu fornecimento de caçarolas e chocolateiras de folha de Flandres. (AZEVEDO, 1890, p.39)

Em vista das questões supracitadas podemos concluir que a inserção do negro na sociedade brasileira foi e ainda é um processo lento e gradual, a obra retrata um pouco dessa face relatando momentos de preconceito racial, exclusão entre outros.

Um dos desdobramentos de fatores como a inserção do negro na sociedade brasileira é a questão da desigualdade social, fator esse que também atinge os migrantes, as camadas

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mais baixas da composição social brasileira etc. A desigualdade social por sua vez marca forte presença na obra, ao começar por contrastes entre o ambiente do Cortiço e os demais espaços que o cercam, como o “pomposo” sobrado de Mirando bem a frente.

Pensa-se o cortiço de forma ampla e profunda atendo-se às suas características físicas e sociais, dando atenção a sua composição e aos traços e particularidades dessas pessoas. Sabe-se que no Cortiço retratado através da obra, residiam povos e descendentes de africanos como já foi mencionado, moravam migrantes, pessoas de baixa renda, moravam também indivíduos que foram “fruto” dessa miscigenação cultural, entre outros. E por variados motivos tais pessoas eram excluídas da sociedade, ao começar pelo lugar que residiam, o Cortiço por si só era visto de formas pejorativas e preconceituosas pelo restante da população como um todo. Tais preconceitos tinham sua origem ao começar pela aparência que um cortiço possuía, como a falta de saneamento básico o que propiciava mal cheiro, descarte de esgoto em lugares inadequados e consequente foco de doenças, outra fonte de preconceitos era a maneira como essas habitações eram construídas, algumas delas se configuravam como um “barraco”, pois eram construídas com material barato e com o material que as pessoas dispunham e conseguiam utilizar em suas moradias, as pessoas que moravam no Cortiço, muitas delas possuíam baixo nível escolar, o que conotava em uma linguagem de pouco prestígio, o que configurava também em uma fonte de preconceito.

Tais fatores mencionados faziam parte de um cenário fortemente marcado pela desigualdade social, o que Antônio Candido afirma em seu livro Literatura e Sociedade, que “o valor e o significado de uma obra dependiam de ela exprimir ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial”. Pode-se concluir que o escritor Aluízio de Azevedo se ateve fortemente à esta característica. Em síntese pode-se pensar que os indivíduos que residiam nessas habitações faziam parte de uma grande parcela esquecida de toda a população brasileira.

Em uma linha de desdobramentos pode-se refletir a partir da questão da desigualdade social, a problemática da saúde pública, outro fenômeno que marca forte presença na obra e é de extrema importância. Como já mencionado, não havia no Cortiço saneamento básico, as moradias eram construídas com material barato entre outros fatores que tinham como consequência, espaços insalubres e fazia deste lugar um foco de doenças e contaminações. Os indivíduos que residiam em tais habitações usufruíam de banheiros coletivos, bicas para abastecimento d’água onde as lavadeiras realizavam seu trabalho, muitos tomavam banho

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entre outras atividades. Os fatores mencionados contribuíam para a contaminação e proliferação de sujeiras, bactérias e doenças por todo o Cortiço e os lugares vizinhos.

Daí a pouco, em volta das bicas era um zum-zum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. (AZEVEDO, 1890, p.37).

Percebe-se que a questão da saúde pública na obra é um fator de extrema importância e com diversos apontamentos, na medida em que trata-se de uma problemática bastante ampla e como aponta Nizete Ferreira e Antônio Carlos (ano) em seu artigo, com a falta de melhoramentos públicos a população além de um sintoma da desigualdade, representa também “resistência e sobrevivência”, expropriação e exploração, na medida em que as pessoas se acomodam em medidas precárias de saneamento básico, pois como ambos apontam mais à frente de seu artigo, “em O Cortiço, qualquer espaço para, esticar” o corpo numa cama depois da exploração do trabalho era válida, e ao acordar, bastava um fio de água”, seguindo uma rotina”.

Em 1763 a transferência da capital do vice-reino de Salvador para o Rio de Janeiro fez com que os governantes da época propusessem medidas de melhoramentos para a cidade, os séculos XVII e XIX foram marcados pelas maiores intervenções, como o aterramento da lagoa do Desterro, da lagoa do Boqueirão da Ajuda, do pantanal de Pedro Dias, foram feitas drenagens pela cidade entre outras mudanças na época, denominadas como “medidas técnico-sanitaristas”, assim como Nilzete Ferreira e Antonio Carlos de Miranda em seu artigo Através de “O Cortiço” um olhar acerca da saúde, saneamento e meio ambiente: uma encruzilhada histórica, afirmam. Contudo mais uma vez são propostas medidas governamentais que não atendem a toda a população, são medidas que reparam superficialmente problemas com raízes mais profundas, pois não houveram novamente medidas de inserção desta parcela da sociedade aos ambientes educacionais, de trabalho, de moradia etc. Portanto a exclusão continuou e muitas dessas pessoas migraram para as favelas.

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Continuando a linha de desdobramentos, pode-se inferir aspectos a respeito da questão da miscigenação cultural, fator este fortemente marcado na obra. Para isso faz-se importante refletir a questão do migrante, uma vez que eles também ocupam os espaços do Cortiço. Muitos deles vieram ao Brasil em busca de trabalho e melhores condições de vida, sendo impulsionados pelas melhorias no meio de transporte e comunicação (André Luiz Lanza e Maria Lucia Lamounier) São Paulo, 2015. Porém nem todos tiveram oportunidades de emprego e consequentemente recorreram a moradias mais baratas, para o período. Os personagens de Jerônimo e Piedade retratam tal realidade, uma vez que chegam ao Cortiço junto de sua filha e ali passam a morar, aderindo a novos hábitos e maneiras de viver, contribuindo desde então para o cenário de diversidade cultural que Aluízio retrata ao longo da narrativa.

No dia seguinte, com efeito, ali pelas sete da manhã, quando o cortiço fervia já na costumada labutação, Jerônimo apresentou-se junto com a mulher, para tomarem conta da casinha alugada na véspera. (AZEVEDO, 1890, p.54).

Tais personagens retratam de maneira geral a vida de um migrante no Brasil. Sabe-se que neste período houve um grande número de migrações e consequentemente isso contribuiu para uma grande fusão cultural, já que conviviam no mesmo espaço portugueses, africanos e seus descendentes, entre outras etnias. E essa fusão cultural se dava nos corredores, nas bicas de água, nos pátios entre outros lugares do Cortiço, onde era possível conversar, trocar conhecimentos, falar dos problemas, cantar, dançar e até mesmo brigar. Acerca desta perspectiva também se faz importante mencionar que neste mesmo período e contexto, houve uma tentativa de “embranquecimento” da população, uma vez que a grande maioria era composta por negros. Para que o objetivo fosse alcançado, muitos europeus estupraram mulheres negras na tentativa de gerarem filhos cada vez mais brancos, em poucas palavras pode-se dizer que houve uma miscigenação forçada, com práticas e ideias totalmente racistas. Lembrando que este é apenas um dos desdobramentos da problemática da miscigenação e há estudos e relatos mais aprofundados sobre ela. Ressalta-se também que tal aspecto da história do Brasil, diversas vezes não pertence aos livros didáticos e não é mencionada por professores em sala de aula.

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Os problemas sociais no presente

Acerca das várias problemáticas citadas ao longo do presente artigo, podemos refletir se elas foram solucionadas, sanadas, se elas ao menos evoluíram ou se ainda se fazem presentes. Ao longo da história do Brasil foram criadas variadas medidas e variados projetos de saneamento básico e higiene, porém como já mencionado tais medidas e projetos nem sempre alcançaram à toda a população ou as vezes não foram suficientes. Exemplificando o exposto, podemos citar as favelas, onde tais medidas não chegaram e há a carência de outras deliberações, voltadas não somente para a questão da saúde e higiene.

A respeito da questão racial, ainda há um forte preconceito na sociedade brasileira como um todo, os negros ainda enfrentam problemas e dificuldades para inserirem no mercado de trabalho e em decorrência de suas origens poucos compõem espaços destinados à educação e chegam ao ensino superior. O preconceito racial ainda se faz presente, ideias e conceitos racistas são transmitidos de geração para geração. Em contraponto há avanços quanto à implementação de medidas que promovam a inserção do negro em faculdades por exemplo, como as cotas entre outras medidas, porém tais medidas ainda estão evoluindo, se adequando a necessidades que de fato representam este povo e necessitam de aprimoramento, da criação de novas medidas etc.

A respeito da desigualdade social, notamos pouca evolução, pois o Brasil ainda lidera os rankings de desigualdade social, houveram medidas de combate à fome, à miséria etc, porém não foram suficientes, precisam ser revistas e reelaboradas.

Referências bibliográficas

AZEVEDO, Luiz. O Cortiço. Rio de Janeiro: B.L.GARNIER, Livreiro-Editor, 1890.

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FERREIRA, Nizete e Carlos, Antonio. Através de “o cortiço” um olhar acerca da saúde, saneamento e meio ambiente. São Paulo: Uma encruzilhada histórica: Fórum Ambiental, 2012.

DALCASTAGNÈ, Regina. Da senzala ao cortiço —história e literatura em Aluísio Azevedo e

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VAINFAS, Ronaldo. Colonização, miscigenação e questão racial: notas sobre equívocos e tabu

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