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DANILO SIMÕES – DIRETOR ‐ IBRACON
PAINEL – IFRS – AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
São Paulo, 1º de setembro de 2009
Projeto Leasing – atualização sobre determinados
aspectos do projeto com potencial impacto na
área de concessões no Brasil
Discussões nas reuniões do IASB/FASB – 2011
Resultados preliminares de minutas de deliberações
pós‐exposição
São Paulo, 1º de setembro de 2009
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Contabilização pelo Lessee
Os Boards (IASB/FASB) decidiram provisoriamente que os lessees devem aplicar
Consistentemente uma única abordagem de contabilidade para todas as operações de arrendamento com a abordagem proposta no ED. Essa abordagem contábil exigiria que o lessee: • Reconhecesse inicialmente uma obrigação de fazer pagamentos e um ativo pelo direito de uso, ambos mensurados a valor presente de seus pagamentos de operação de arrendamento; • Posteriormente mensurasse a obrigação de fazer os pagamentos de operação de arrendamento pelo método dos juros efetivos; e • Amortizasse o ativo de direito de uso em uma base sistemática que refletisse o padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros.
São Paulo, 1º de setembro de 2009
Todas as operações de arrendamento registradas pelos lessees terão um padrão “front‐loaded” de reconhecimento de resultado com exceção potencial para operações de arrendamento de curto prazo (< 12 meses). Os Boards propuseram tratar as preocupações dos constituintes de que um padrão “front‐loaded” de reconhecimento de despesa de operação de arrendamento não é adequado para todos os arrendamentos
via divulgação aprimorada.
Os Boards considerarão se exigirão divulgação individual dos fluxos de caixa como uma linha específica na face da demonstração dos fluxos de caixa e também reconsiderarão se permitirão operações de arrendamento de curto prazo permanecer off books.
São Paulo, 1º de setembro de 2009
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Atualmente a IFRIC 4 deixa a IFRIC 12 Acordos de Concessão de Serviços
fora de seu escopo e o ED também exclui intangíveis (IAS 38).
Assim, contratos de concessão no Brasil em geral, ficariam fora do ED Leasing e,
se não forem contratos executórios, deveriam ser reconhecidos conforme
Projeto de reconhecimento de receita – atualização sobre
certos aspectos do ED com potencial impacto nas
atividades imobiliárias e de concessões no Brasil
Discussões nas reuniões do IASB/FASB – 2011
Resultados preliminares de minutas de deliberações
pós‐1ª. exposição
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Os Boards pretendem re‐expor o documento no 3º Tri/2011 com um período de comentários de 120 dias. Expectativa da norma final: Set/2012.
A re‐exposição do documento irá solicitar especificamente que os constituintes comentem sobre:
• Determinar quando uma obrigação de performance é satisfeita ao longo do tempo (i.e. a orientação em resposta às preocupações sobre transf. do controle de serviços); • Apresentar os efeitos de risco de crédito como compensação à receita bruta;
• Restringir a receita cumulativa reconhecida para valores que o vendedor esteja razoavelmente assegurado de ter o direito ao recebimento (ao invés de restringir o preço de transação para valores que possam ser razoavelmente estimados ) e;
• Aplicar o teste oneroso somente para obrigações de performance satisfeitas durante um longo período de tempo.
Passo 1: Identifique o(s) contrato(s) junto ao cliente Um contrato não existe para fins de aplicação do ED se ambas as partes tiverem direito unilateral para rescindir um contrato integralmente não realizado sem penalidades. Combinando contratos Um vendedor poderia registrar como um único contrato, contratos múltiplos firmados ao mesmo tempo, com o mesmo cliente (ou entidades relacionadas – a ser re‐deliberado) se: • Os contratos são negociados como um pacote com um único objetivo comercial; • O volume da receita em um contrato depende do outro contrato; ou • Os produtos e serviços nos contratos estão inter‐relacionados em
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Modificações de contrato
Caso uma modificação de contrato resulte somente na
adição de uma obrigação de performance individual a um preço que seja
compatível com a obrigação adicional, o vendedor poderia registrar
a modificação como um contrato individual.
Caso contrário, o vendedor poderá reavaliar as obrigações de
performance e realocar o preço de transação para cada obrigação de
performance individual.
Passo 2: Identificar as obrigações de performance individuais
Os Boards esclareceram que as obrigações de performance incluem promessas
que resultam das práticas de negócios do vendedor, políticas publicadas, ou
demonstrativos específicos se essas promessas criam uma expectativa válida
do cliente de que a performance por parte do vendedor irá ocorrer
(o contrato deve ser legalmente exequível, mas a performance da
obrigação não precisa ser exequível).
Um vendedor deveria registrar um pacote de produtos ou serviços prometidos
como uma obrigação de performance se o vendedor presta o serviço de
integrá‐los em um “único item” que o vendedor fornece ao cliente.
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Em todos os outros casos, um vendedor registraria um produto
ou serviço prometido como uma obrigação de performance individual se ambos os critérios seguintes forem cumpridos:
• O padrão de transferência do produto ou serviço é diferente do padrão de outros produtos e serviços prometidos no contrato; e
• O produto ou serviço é distinto.
Um produto ou serviço é distinto caso o:
•Vendedor normalmente vende o produto/serviço individualmente, ou • O cliente pode usar o produto ou serviço seja na sua própria forma individualmente ou juntamente com recursos que estão prontamente disponíveis para o cliente.
Garantias
Se um cliente tem a opção de comprar uma garantia de forma individual
da entidade, a entidade deve registrar a garantia como uma obrigação
individual de performance. Consequentemente, a entidade alocaria
receita para o serviço de garantia.
Caso o cliente não tenha a opção de comprar a garantia de forma individual
da entidade (i.e. é somente uma “garantia de qualidade”), a entidade deve
registrar a garantia como um acréscimo de custo, a não ser que a garantia
propicie ao cliente um serviço adicionalmente à garantia de qualidade.
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Passo 3: Determinando o preço da transação
O valor da consideração que uma entidade recebe, ou espera receber, em troca pela transferência de produtos ou serviços para um cliente,
excluindo os valores cobrados à ordem de terceiros (e.g. impostos).
Consideração incerta
Um vendedor deve seguir esses passos quando um contrato tem consideração variável: • Determine o preço da transação; • Aloque o preço da transação para as obrigações individuais de performance dentro do contrato; • Limite o valor de receita que pode ser reconhecido cumulativamente sobre um contrato a valores que o vendedor está razoavelmente assegurado a ter direito ao recebimento.Possibilidade de cobrança
• Um vendedor não refletiria os efeitos de risco de crédito do cliente na mensuração do preço a transação. Consequentemente, um vendedor reconheceria receita ao valor prometido de consideração (i.e., ao preço de contrato demonstrado, ajustado para descontos e mudanças de faturamento não relacionadas a risco de crédito). • A receita final não incluiria um patamar de reconhecimento da capacidade de cobrança que requer uma avaliação da capacidade do cliente pagar o valor prometido de consideração para receita a ser reconhecida.
• Um vendedor reconheceria uma provisão para qualquer perda de valor esperada de contratos com clientes. Os valores correspondentes em resultado seriam apresentados como um item individual de linha ao item de linha de receita (como contra‐receita).
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Passo 4: Aloque o preço da transação para as obrigações de performance
Os Boards decidiram manter o método relativo de preço de venda independente para a alocação do preço de transação para obrigações individuais de performance. Caso o preço de venda independente de um produto ou serviço subjacente a uma obrigação individual de performance seja “altamente variável”, a técnica mais apropriada para estimá‐lo poderia ser uma técnica residual. Isso exigiria que o vendedor determinasse o preço de venda independente por referência ao preço total da transação diminuído dos preços independentes de venda de outros produtos ou serviços no contrato.
Passo 5: Reconhecer a receita quando a obrigação de uma performance for satisfeita Uma entidade deveria reconhecer receita quando a mesma satisfaz uma obrigação de performance ao transferir o produto ou serviço prometido ao cliente, ocasião na qual o cliente obtém o “controle” do produto ou serviço prometido. O cliente obtém o controle de um produto ou serviço quando o cliente tem a capacidade de direcionar o uso, ou receber o benefício, do produto ou serviço. O vendedor identificaria as obrigações de performance dentro de um contrato e então avaliaria se cada obrigação de performance é atendida: Ao longo do tempo: receita reconhecida à medida que obrigação de performance atendida;
17 Para uma obrigação de performance que é atendida ao longo do tempo, um vendedor selecionaria um método para medir a evolução na direção da finalização da obrigação de performance.
Um vendedor atenderia a obrigação de performance ao longo do tempo se:
• A performance do vendedor cria ou melhora um ativo que um cliente controla na medida que o ativo está sendo criado ou melhorado; ou • A performance do vendedor não cria um ativo com uso alternativo para o vendedor e, adicionalmente: • O cliente recebe um benefício à medida que o vendedor realize cada tarefa; • Outro vendedor não necessitaria realizar novamente as tarefas realizadas até o presente pelo vendedor se aquele outro vendedor tivesse cumprido a obrigação remanescente para o cliente; ou • O vendedor tem um direito a pagamento até a data presente mesmo se o cliente pudesse cancelar o contrato por conveniência.
Um vendedor avaliaria a “transferência de controle” de um produto ou serviço para cada obrigação individual de performance. Indicadores que o cliente “obteve o controle” de um produto ou serviço incluiriam: • O cliente tem uma obrigação incondicional de pagar; • O cliente tem título de propriedade legal; • O cliente tem posse física; e • O cliente tem “riscos e benefícios da propriedade” Métodos apropriados de reconhecimento de receita para ilustrar a contínua transferência de um produto ou serviço ao cliente incluiriam: output ; input; e baseados na passagem do tempo.
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O IASB rejeitou a proposta do setor de telecomunicações de permitir o uso do
método residual (ou de usar o contingent revenue cap do US GAAP), já que entendeu ser inconsistente com o objetivo de promover uma norma baseada em princípios
a ser amplamente aplicada em todos os setores.
O staff do IASB está considerando o real state fact pattern de Brasil, Coreia, Malásia e Singapura com “simpatia”, porém qualquer consideração levará em conta o objetivo geral do ED.