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Marco curricular e Educação Infantil: primeiras aproximações

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III COLBEDUCA – Colóquio Luso-brasileiro de Educação

17 e 18 de outubro de 2017, Florianópolis/SC 1

Marco curricular e Educação Infantil: primeiras aproximações

Curricular framework and Early Childhood Education: first approximations

Márcio Issler* Katiucia de Oliveira Peres* Ieda Maria Kleinert Casagrande*

Palavras-chave: Marco Curricular. Educação Infantil. Perspectiva Pedagógica. Formação de Professores.

Linha Temática: Desenvolvimento Curricular.

O século XXI tem se desenvolvido em meio à diversidade constante de propostas curriculares. Com o intuito de contribuir e avançar em direção a currículos mais claros e coerentes, o texto busca refletir sobre a viabilidade de um sistema de ideias dispostas a partir de um Marco Curricular da e na Educação Infantil com base a proposta teórico-metodológica flexível e contextualizada de Deheinzelin (2016). Para a autora sua utilização “fornece um lastro para a sustentação e a compreensão das relações de ensino- aprendizagem podendo assim ser incorporada em propostas curriculares” (p. 26).

A abordagem do estudo é de natureza qualitativa, de cunho bibliográfico e organizado em eixos temáticos para a análise dos sistemas de ideias que comporão os marcos curriculares. Este sistema de ideias ou conceitos é formado a partir de 4 níveis, a saber, o antropológico, filosófico, psicológico e pedagógico

*Mestrando em Educação, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Bolsista Capes/

Fundação Araucária, marcioissler@hotmail.com.

*Mestranda em Educação (UNIOESTE), katiuciaperes@bol.com.br

*Doutora em Educação (UFSM), bolsista do Programa de Pós-Doutorado PNDP/CAPES/UNIOESTE,

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(DEHEINZELIN, 2016) permitirão que o professor disponha de diversos elementos que se tornem absorvíveis em sua prática pedagógica.

Em um currículo, diversos são os projetos a ser desenvolvidos durante o ano letivo em uma instituição. O que deve ser levado em conta é que devem ser construídos pelos professores de forma flexível, tendo como base a realidade na qual a escola está situada e que este tenha significado para o aluno.

O currículo nesta direção torna-se fator de importância para que o desenvolvimento escolar aconteça. A ciência de que “nenhum currículo ou perspectiva pedagógica possa ser considerada a melhor”, por mais que as crianças possam freqüentar escolas muito bem planejadas, de alta qualidade, é imprescindível para que a mesma apresente um currículo com objetivos claros e integrados (KAGAN, 2011 apud, DONOVAN, BOWMAN, BURNS, 2001, p.8). Nesse sentido se insere o marco curricular como perspectiva teórico-metodológica com base os sistemas de conceito derivados dos diferentes níveis.

O primeiro nível é o antropológico e refere-se à compreensão de que a criança “não é um vir a ser”, mas sim, desde já é uma pessoa, que mesmo dependendo durante muito tempo dos adultos deve “poder exercer, em plenitude, suas capacidades afetivas e cognitivas” dessa forma destaca-se que educação infantil não é um “procedimento preparatório” (DEHEINZELIN, 2016, p 27).

O nível filosófico recorre à história da filosofia para compreender a forma com que a criança vem se desenvolvendo ao longo dos tempos. Assim, a tradição do pensamento empirista, racionalista e dialético, como parte integrante “de um currículo de educação infantil, é verdadeiro supor que alguns aspectos filosóficos estão implícitos em qualquer procedimento pedagógico” (DEHEINZELIN, 2016, p 68).

O terceiro nível é o psicológico e diz respeito as pessoas envolvidas no ambiente escolar e que trazem seu jeito de pensar, com características próprias e comuns aos envolvidos naquele ambiente e nele “as interações sociais podem

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afetar os processos de ensino e de aprendizagem, daí a grande importância da linguagem nas atividades dos professores” (DEHEINZELIN, 2016, p 86).

O quarto e último nível, o que mais se aproxima do terreno próprio dos educadores, da pedagogia. Aqui a função da educação infantil está em “colocar à disposição das crianças as regras, normas e convenções dos objetos de conhecimento. Em poucas palavras, ensinar às crianças elementos fundamentais de nossa cultura” (DEHEINZELIN, 2016, p 30). A compreensão do professor em relação ao significado de ensinar é iluminada não somente pelos outros níveis, mas ancorado no nível psicológico com especificações didáticas e metodológicas para a prática pedagógica.

Um currículo construído com bases sólidas, assentado na construção social do conhecimento perpassa pela sistematização dos meios histórico-filosóficos e culturais para que a prática docente se concretize. A “transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e a forma de assimilá-los, portanto, produção, assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, do currículo propriamente dito” (VEIGA, 1995, p. 26). Neste sentido, o marco curricular refere diretamente à organização do conhecimento escolar e do ensino a partir de componentes teórico-metodológicos de construção também coletiva.

Referências

DEHEINZELIN, Monique. Uma experiência em educação infantil: a fome com a vontade de comer. 11ª edição atualizada e ampliada. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. KAGAN, Sharon Lynn. Qualidade na Educação Infantil: revisão de um estudo brasileiro e recomendações. Cad. Pesqui.[online]. 2011, vol.41, n.142, pp 56-67. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742011000100004&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em 03 de set. 2017.

VEIGA, IIma Passos Alencastro. (Org). Projeto PolíticoPedagógico da escola:uma construção possível. 24ª edição. Campinas: Papirus, 1995.

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