7.00.00.00-0 – CIÊNCIAS HUMANAS 7.07.00.00-1 – PSICOLOGIA
LITERATURA E INFÂNCIA: O LUGAR DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL. SUBTÍTULO: COMO A GESTÃO DE UM CEI COMPREENDE A IMPLEMENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE UM ESPAÇO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA INSERIDO NO SEU COTIDIANO E QUAL SEU PAPEL NA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO?
LUCIANA SZYMANSKI RIBEIRO GOMES – ORIENTADORA
Departamento de Psicologia Social – Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
lszymanski@pucsp.br
lucianaszymanski@gmail.com
CYNTHIA NUNES DE ALMEIDA PRADO – ORIENTANDA
Curso de Psicologia – Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
O intuito do presente projeto foi dar continuidade às intervenções realizadas em um Centro de Educação Infantil com crianças de 0 a 4 anos, com vistas à implementação e análise de um espaço de leitura, contação de história e reflexão sobre temas cotidianos no CEI, a partir da demanda local. Com isso, foram pesquisadas as contribuições da literatura para a educação infantil e compartilhadas as barreiras que se colocam na implantação de um projeto que explore a literatura infantil e seus desdobramentos no cotidiano do ensino infantil. A pesquisa subdivide-se em quatro subprojetos decorrentes da questão mais ampla da pesquisa, a saber: “Qual o lugar da contação de histórias e literatura infantil em um CEI?”. Decorrem desta questão mais ampla quatro outras perguntas: Como a gestão de um CEI compreende a implementação e discussão de um espaço de contação de história inserido no seu cotidiano e qual seu papel na implantação do projeto?; Como as(os) educadoras(es) compreendem a implementação e discussão de um espaço de contação de história inserido no seu cotidiano e qual seu papel na implantação do projeto?; Como as crianças vivenciam essa implementação?; Como as famílias entendem o lugar da contação de história no cotidiano do CEI? A pesquisa
inscreve-se na abordagem fenomenológica e fundamenta-se mais amplamente na noção de sentido desenvolvida por Martin Heidegger. O procedimento metodológico, em afinação com o pensamento fenomenológico, foi o da Entrevista Reflexiva. A análise da entrevista apontou para quatro conjuntos temáticos (Constelações) que revelam a literatura como um importante instrumento de educação, vínculo, convívio, ludicidade que possibilita especialmente a ressignificação da própria história. A pesquisa no seu formato participante também resultou em uma visita monitorada a uma biblioteca infanto-juvenil no centro de São Paulo, o que permitiu que um coletivo de crianças e educadoras conhecessem outros espaços educativos e culturais. PIBIC-CEPE
Palavras-Chave: fenomenologia; educação infantil; literatura infantil.
BIBLIOGRAFIA:
ALENCASTRO, Sofia Magalhães. Obediência e transgressão sob a perspectiva do adolescente no ambiente escolar. 2013. Dissertação de Mestrado - Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo.
BAJARD, Élie. Da escuta de textos à leitura. São Paulo: Cortez, 2007.
BETTELHEIM, Bruno. Introdução: a luta pelo significado. In: BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 11-28.
BICUDO, Maria A. V.; CAPPELLETI, Isabel F. (orgs). Fenomenologia: uma visão abrangente da educação. São Paulo: Editora Olho d'água,1999.
BRASIL. Lei n. 11274, de 6 de fevereiro de 2006. Diário oficial da União, 7 de fev. 2006 p.1. Disponível em: <http:// www. Planalto.gov.br/ccivil-03/-ato 2004- 2006/lei/l11274.htm>. Acesso em: dez/2013.
CADERMATORI, Ligia. O que é literatura infantil. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 2007.
CARMO, Paulo Sérgio. Merleau-Ponty: uma introdução. São Paulo: EDUC, 2000.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2002.
_________ Merleau-Ponty: textos selecionados. (Os Pensadores). São Paulo: Editora Nova Cultural, 1989.
COÊLHO, Ildeu Moreira. Fenomenologia e educação: início de uma reflexão In: BICUDO, Maria A. V.; CAPPELLETI, Isabel F. (orgs). Fenomenologia: uma visão abrangente da educação. São Paulo: Editora olho d'água, 1999.
COSTA, Miguel Stadler Dias. Sobre a Teoria da Interpretação de Paul Ricoeur. Porto: Edições Contraponto, 1995.
CRITELLI, Dulce Mára. O des-enraizamento da existência In: Vida e Morte: Ensaios fenomenológicos. São Paulo: Editora Companhia Ilimitada, Agosto, 1988, p. 39-54.
DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: Teorias e Abordagens. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ESPÓSITO, Vitória H. Cunha. A escola: os processos institucionais e os
universos simbólicos. 1991. 303p. Tese (Doutorado em Educação) –
Supervisão e Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
FELIPPE, Irene Monteiro. O trabalho de educadores com histórias infantis em um centro de referência de assistência social: um olhar da fenomenologia existencial. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso - Faculdade de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
FRAGATA, Julio S.J. Problemas da Fenomenologia de Husserl. Braga: Livraria Cruz, 1962.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 48 ed. São Paulo: Cortez, 2006.
GADAMER, Hans Georg. Verdade e método. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. GAWENDO, Angélica Fernandes. Era uma vez... A existência à luz de histórias.
2001. 166p. Dissertação (mestrado em filosofia) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
GIORDANO, Alessandra. A preparação do contador de histórias. In: GIORDANO, A. Contar histórias: um recurso arteterapêutico de transformação e cura. São Paulo: Artes Médicas, 2007. p. 155-182.
GÓES, Lúcia Pimentel. Introdução à literatura infantil e juvenil. 2ª ed., São Paulo: Pioneira, 1991.
GOMES, Luciana S. R; MACHADO, Marina Marcondes. Uma visada no ensino de psicologia na graduação de psicologia.Anais do II Seminário Internacional de Pesquisa e Estudos Qualitativos. A pesquisa qualitativa em debate. 25 a 27 de março de 2004. Bauru, USC.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Petrópolis:Vozes, 1993.
___________________A questão da técnica. Sci. stud., São Paulo , v. 5, n. 3, set. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-
31662007000300006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 17 de fevereiro de 2016. LOPARIC, Zelijko. Ética e Finitude. São Paulo: Educ, 1995.
____________ Estudos sobre Existencialismo, fenomenologia e educação. São Paulo: Editora Moraes, 1983.
MENEGHEITTI, Aldo David. Ser adolescente: um estudo sobre as percepções, dilemas e reflexões adolescentes na família e na escola. Erechim: EDIFAPES, 2004.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Ciências do homem e fenomenologia. São Paulo: Saraiva, 1973.
______________________Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, [1945] 1999.
MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
OLIVEIRA, D. C.et al. Futuro e liberdade: o trabalho e a instituição escolar nas representações sociais de adolescentes. Estudos de Psicologia Futuro e Liberdade, São Paulo, v.6, n.2, p. 245-258, 2011.
PESSOA, Fernando. Naufrágio De Bartolomeu. Disponível em:
<http://multipessoa.net/labirinto/obra-publica/3>. Acesso em: 01 de março de 2016.
PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Editora 34, 2009.
RIBEIRO JÚNIOR, João. Introdução à Fenomenologia. Campinas: Edicamp, 2003.
SANTOS, Rafael Pereira dos. Fecundando curiosidades: o sentido de se contar estórias na educação infantil. 2017. 143 f. Dissertação (Mestrado em Educação: Psicologia da Educação) - Programa de Estudos Pós-Graduados
em Educação: Psicologia da Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.
SCHEINVAR, Estela. O feitiço da política pública: escola, sociedade civil e direitos da criança e do adolescente. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009.
SZYMANSKI, Heloisa. A Prática Reflexiva em Pesquisas com Famílias de Baixa Renda. Anais do II Seminário Internacional de Pesquisa e Estudos Qualitativos: A pesquisa qualitativa em debate. Bauru, USC. 25 a 27 de março de 2004. Disponível em: <http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt1/06.pdf>. Acesso em: 15 de janeiro de 2015.
___________________. A entrevista reflexiva. um olhar psicológico sobre a entrevista em pesquisa. In: SZYMANSKI, H (org); ALMEIDA, Laurinda R..; PRANDINI, R.C.A.R. A entrevista na pesquisa em educação: a prática Reflexiva. Brasília: Plano Editora, 2002.
SZYMANSKI, Luciana. Ser educadora, ser educador: um olhar sobre a questão do gênero no contexto educacional. 1997. 143 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
_______________. O pensamento fenomenológico na formação do psicólogo uma experiência de ensino na graduação. 2006. 253p. Dissertação (Doutorado em Psicologia da Educação) - Faculdade de Psicologia, Pontifícia Universidade Católicade São Paulo, São Paulo.
_________________ et al. A transição do ensino infantil para o ensino fundamental no olhar das crianças, pais e educadores: um recorte fenomenológico. Revista de Educação. Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, v.16, n.2, p. 147-153, jul./dez., 2011.
SZYMANSKI, Heloisa; SZYMANSKI, Luciana. Contribuições da Fenomenologia Existencial para o Desenvolvimento de ações psicoeducativas em
instituições educacionais. In BARRETO; FRANCISCO; WALCKOFF. Prática Psicológica em Instituição: Diversas Perspectivas. Curitiba: Editora CRV, 2016. ____________________________________. O encontro reflexivo como prática psicoeducativa: Uma perspectiva fenomenológica. Revista de Educação, Ciência e Cultura, Canoas, v. 19, n. 1, p. 09-22, 2014.
_____________________________________. Repercussões do Pensamento Fenomenológico nas Práticas Psicoeducativas. In: BARRETO, C; MORATO, HTP;
CALDAS, M. (orgs). Prática Psicológica na Perspectiva Fenomenológica. Curitiba: Juruá Editora, 2013.
