PE
432
LUIZ
FERNANDO SCHWINDEN
DE SOUZA
PERFIL
Do
PACIENTE
AsMÁTIco
ATENDIDO
No
AMBULATÓRIo
DE
1>NEUMoLoGIA
PEDIÁTRICA
Do
H.U.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
FLoRIANÓPoLIs
LUIZ
FERNANDO SCHWINDEN
DE SOUZA
PERFIL
DO
PACIENTE
ASMÁTICO
ATENDIDO
NO
AMBULATORIO
DE
PNEUMOLOGIA
PEDIÁTRICA
DO
H.U.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador do Curso: Dr. Edson José Cardoso
Orientador: Prof. Carlos Eduardo Pinheiro
FLORIANÓPOLIS
Souza, Luiz Fernando Schwinden de. Perfil do paciente asmático atendido no ambulatório de
Pneumologia pediátrica do H. U. Florianópolis, 1998.
29p.
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina, - Universidade Federal de
Santa Catarina. 1. asma 2. epidemiologia
Ao
Grande
Mestre
Deus
Um
dia sozinho, imersoem
tantos pensamentos,sem
saberque
caminho seguir,sem
pedir-te, tiraste minhas opções ecom
tamanho
cuidado e
amor
pormim
prendeste-me a esta missão, por tantosalmejadas e a
mim
concedida...Em
troca, tiraste omeu
sossego,me
deste trabalho, tirasteminha tranqüilidade,
me
deste preocupação, tiraste minha ilusão, fazendo-meenxergar a real fragilidade
da
vidahumana;
no entanto,como
sempre
tu -Pai, estivestesao
meu
lado,dando
a maiordas
recompensas, o presente
da
cura...Por
isso só resta agradecer-te,e
nestemomento
tão decisivo,Pedir-te
que
me
dês equilibrio paraquando não
tiver sucessoem
curaro
corpo, não
me
sinta derrotado,mas
que à alma,eu
levealgum
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, que
me
possibilitou tudo que tenho e, de certaforma
tudo que conquistei.
Ao
meu
pai,amigo
ecompanheiro
quesonhando
juntocomigo
fez-se oprincipal formentador desse dia.
Não
só fazendo o possível eo
impossível paratomar
realidade todos osmeus
desejos, mais principalmente por manter-seincondicionalmente ao
meu
ladoem
todos os diasda minha
vida.A
minha
mãe, educadora e amiga,que
me
fezsempre
seguircom
dignidade eperseverança por todos os
caminhos
que desbravei.Ao
meu
innão que tantoamo;
quemesmo
em
silêncio, tenho certezado
seuorgulho e torcida por
mim.
A
minha “etema
dupla”Marcos, que
me
fez entender o verdadeiro sentidoda
palavra amizade.
Amigo! Até
a nossa formatura.A
minha
Karyna, incentivadora constante de todos osmeus
projetos de vida,pelo
amor
e paciênciaquando da minha
desatenção, e por todas as horasde
pesquisa ao
meu
lado,sempre
cuidando demim.
A
minha
avó Isaura,que nimca
duvidou daminha
capacidade, e de certaA
F
elicia, quecom
muito carinho soube ser presenteno
momento
certo, eme
fez enxergar a beleza e a arte de se serum
verdadeiro médico.A
Emanuelle, porme
dar incentivo nosmomentos
de cansaço e pelo esforçopara que tudo saísse perfeito.
A
“alguém”
quemesmo
sem
saber,mostrou-me
oque
tenho demais
belo efez acreditar que tudo será
sempre
possível.A
todos osmeus
colegas de faculdade pelosmomentos
maravilhososque
me
1. Introdução ... ._ 3.
Metodologia
de trabalho _. 4. Resultados ... .. 5. Discussão ... ._ ó.Conclusão
... .. 7. Referências Bibliográficas s.Nonnas
adotadas ... ._ 9.Resumo
... .. 10.Summary
... ._ 11.Anexos
... _.ÍNDICE
2. Objetivo ... .. . . - . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . - . ‹H . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...1.
INTRODUÇÃO
A
asma
brônquica éuma
doença
inflamatória obstrutiva crônicapulmonar
que
afeta milhões de crianças e adultosem
todomundo.
Em
indivíduos suscetíveis, a patologiapode
apresentar-secomo
episódios recorrentes desibilos, dispnéia, constrição torácica e tosse. Estes sintomas são associados
com
limitações generalizadas
do
fluxo
aéreo, variável, totalou
parcialmentereversível, espontaneamente
ou
por tratamento.O
processo inflamatóriopode
provocar
um
aumento
da
reatividade das vias aéreas a variados estímulos(EMERSON,1998).
Não
existe consensomundial definindo
asma
brônquica.Além
disso, suaconceituação
tem
sofridomudanças
muito
radicaisnos
últimos anos,o
que
toma
dificil a aceitação uniforme dos
conhecimentos
adquiridos, principalmenteporque
nem
todos eles estãocompletamente
estabelecidos(BARNES,
1991).Definições
clássicas,como
a propostaem
1962, pelaAMERICAN
THORACIC
SOCIETY,
conceituava aasma
como
uma
doença
crônica, caracterizada por hiperresponsividadeda
traquéia e dos brônquios a vários estímulos, resultandoem
estreitamento divergente das vias aéreas, reversívelpor
meio
de
intervenções terapêuticasou
espontaneamente.Porém,
apesarde
se delinearem as três dasmais
importantes característicasdesta doença,
como
hiperresponsividade das vias aéreas, reversibilidadeda
obstrução e estímulos desencadeantes,
não coube
aí, espaço para informações sobre a sua patogêneseou
conseqüências fisiológicas,fomecendo
somente
critérios diagnósticos
do
ponto de vista clínico(HOLGATE
&
FINNERTY,
1998).
O
conhecimento
sobrea doença passou
desde especulações sobreuma
possível contractilidadeanormal da
musculatura lisa das vias aéreas(BARNES,1991),
tomando-se
claro entãoque
a contractilidadeda
musculaturalisa
da
árvore brônquicanão
éfundamentalmente
anormal,mas
simo
controledo
calibre das vias aéreas(BARNES,
l992a), até alcançar avanços importantesna compreensão de
achados inflamatórios particularesda
asma, tendo sidoredefinidos
o
papel de célulascomo
macrófagos, eosinófilos e mastócitos.Muitos
dos mediadores dessa resposta inflamatória são conhecidos e,mais
ainda, a
doença
deixou de ser considerada apenasuma
resposta inflamatóriaaguda, fazendo
com
que
BARNES
(1991), propusseseuma
nova
definição,agora
como
“doença
inflamatória crônica das vias aéreas que, envolve aparticipação
de
diversas células e demediadores
químicos, resultandoem
broncoconstricção,dano
microvascular,edema,
hipersecreçãode
muco
e estímulos de reflexos neurogênicos”.A
partir de 1991, atravésdo
Guidelines for Diagnosisand
Management
of
Asthma,
aasma
sedefine
como uma
“desordem da
árvore traqueobrônquicacaracterizada por obstrução reversível das vias aéreas
(mas não completamente
em
alguns pacientes), a qualpode
melhorarespontaneamente
ou
somente
apósterapia fannacológica especifica; hiperreatividade das vias aéreas,
definida
como
uma
tendência inerenteda
traquéia e brônquios a se contrairem
resposta auma
variedade de estímulos,
como
alergenos, irritantes inespecíficos,ou
infeções; einflamação
das vias aéreas”.O
termo
asma tem
origem no
vocabulário“asthma” que
significa sufocaçãoou
faltade
fôlego(McFADDEN
Jr&
Em
FELDMAN,
1977).Nos
escritos deHipócrates (+-
460
a +- 377aC),há poucas
referências sobreasma
brônquica,sendo que
as primeiras observações sedevem, no segundo
séculoda Era
cristã,O
primeiro livro compreensível sobreasma
brônquica, foi publicadosomente no
séculoXVII,
em
1698,com
SirJohn
Floyer, ele próprioum
asmático, definindo,
com
maior
clareza para época,0
que
vinha a ser asma.Em
seu“T
reatíseof
theAsthma”,
referiu sintomas, alterações humorais, etiologia e tratamento, de acordocom
as “causas imediatas”da
asma
brônquica,como
constrição brônquica, periodicidade das crises e fatores ambientaisdesencadeantes.
Também
é precisa e completa a descrição sobre o pacienteem
estado demal
asmático. Sabe-seporém
que, apesar desses “avanços”, a condutaterapêutica e
o conhecimento
fisiopatológicoem
nada
evoluíramdo
que
se sabia seus predecessores(SAKULA,l984).
Em
1746, Brendel escreveuuma
dissertação sobreasma
brônquica,chamando-a
de catarro sufocante. Jáem
1761,Morgnani
correlacionou osachados clínicos e anatômicos
da
asma, descrevendo-acomo
um
asíndrome que
envolvia obstrução traqueal
com
acúmulo
dehumores
viscóides e concreçõesnos
brônquios e pulmões, alertandoque
“causasextemas
inaladascom
o
ar”seriam responsável por este
mal
(ROSENBLAT,
1976).Na
eramoderna,
em
1819,com
a publicaçãode
seus trabalhos, Laennec,permitiu considerável progresso nos
conhecimentos
da
doença, graças as contribuições trazidas particularmente a ausculta torácica.,definindo
asma
como
dispnéia paroxistica,
que
ocorria entre intervalos de respiração normal.Descreveu
ainda a ausência de alterações orgânicas,que
justificassem as crises,diferenciando duas diferentes crises de asma,
uma
catarral e outra espasmódica,conceitos estes
que
embasam
a subdivisão futurada
asma
em
extrínseca e intrínseca(ROSENBLAT,
1 976;KEERS,
1981).Entretanto, os critérios diagnósticos,
começaram
a serdefinidos
em
1812,quando
Corvisart(médico
deNapoleão
I) fez referência à diferença entrea
dispnéia cardíaca e a
da
asma
brônquica.Em
1890, Muller encontrou eosinófilosno
escarro, e Fink,no
sangue dos pacientes asmáticos.Em
1892,William
Oslerconcluiu
que
aasma
brônquica e a febredo
fenotinham
amesma
origem,diferindo entretanto,
no
Órgãodo
choque.A
partir de então foi enfatizada apesquisa destes alergenos, a caracterização
da
resposta inflamatória e aintrodução
de
diversos agentes eesquemas
terapêuticos(ROSENBLAT,
1976).Contudo, os
conhecimentos
mais
importantes sobre aasma
brônquicasurgiram nas ultimas três décadas entre os quais,
podem
ser ressaltados, areversibilidade
da
obstrução aofluxo
de ar, a hiperrresponsividade das viasaéreas, a caracterização dos estímulos desencadeadores e a cronicidade
da
resposta inflamatória
(HOLGATE
et el,l987 ;BARNES,
l992b).A
asma
como
preocupação de saúde publica, surgeda
sua ocorrência substancial demorbidade
fisica, psicológica e sócio-econômica,com
um
custo direto e indireto estimado,em
estudos anteriores, deU$6,5
bilhões porano nos
EUA
(WEISS
&
WAGENER,
1990).No
Brasil, gastoscom
o
complexo
asma/doença pulmonar
obstrutiva crônica, estimados peloSUS,
foram da
ordem
de
60
milhões de reais, sendo de200
reaiso
custo por doente hospitalizado. Jáem
1996,houve
um
acréscimo de 16 milhões de reaisem
relação aos anosanteriores, correspondendo a
2,8%
dosorçamento
totaldo
SUS,
eo
terceiromaior
valor gastoem
todoo
paiscom
uma
doença
(CAMPOS,
1998).Trabalhos realizados
em
ambulatórios geraisdo
Estado deSão
Paulo, aasma
tem
sido responsável por5%
das consultas pediátricas.Em
serviçosde
urgênciapediátrica
tem
atingido até16%
dos atendimentos e, entre adultos,ao
redorde
12%
(FERRARI
et al, 1995).Em
estudos realizadosem
Florianópolis, constatou-seuma
incidência de até13%
do
total das consultas devido a queixasA
morbidade
devido aasma
é ainda extraordinariamente alta. Entende-secomo
melhor
indicador para ademonstração do
aumento
ou
diminuição deuma
doença, a taxa de incidência, já
que
quantifica os episódiosou
eventos novos,relativos a ela, ocorrido
num
período definido.Estudos
mais
recentesem
nosso país,foram
elaborados entre os anosde
1975 à 1995,
o
que sóvem
a mostrar então, a deficiência e, consequentedificuldade,
do
entendimento global destadoença
e suas característicasem
nosso
meio
em
nosso meio. Estes trabalhos, realizadosem
SantoAndré
(SP),mostraram
uma
elevação significativada
asma
brônquica, indo de 35,57/ 10.000crianças atendidas
em
1975
a 43,38/10.000em
1994
e 33,67/ 10.000em
1995
em
postos de puericultura e nos pronto-socorros, de 42,25/10.000 a 94,66/ 10.000
em
1990,com
queda
para 64,49/ 10.000em
1995.Notou-se
também
um
aumento na
frequência de até2X
em
1995, relativo ao ano de 1975(SALTO,
1997).
Entre
1979
e 1987, trabalhos americanosmostraram que
as hospitalizaçõesdevido a
asma
na
infânciaaumentou
4,5%/ano,com
um
crescenteaumento
ocorrendo entre crianças de
0
a 4 anosde
idade(GERGEN
&
WElSS,1990).
Não
bastando, mais de 10 milhões de dias letivos são perdidos, 12,9milhões de visitas aos centros de saúde ocorrem, e 200.000 hospitalizações são
feitas devido a
asma
a cada ano nosEUA
(TAYLOR
&
NEWACHECK,
1992).Já
em
nosso país, hospitalizações devido a asma, alcançaram a sexta causaprincipal de intemações, sendo responsável por
2,3%
dentre todas elas,excluindo-se parto e puerpério.
Foram
cerca de350.000
intemações peladoença
em
1996, sendo a quarta causa de internaçõesem
todo país, e a terceira causa nas regiõesdo
Nordeste e Sul, excluindo-se as por gravidez.A
doença
foi aprincipal causa de internação
no ano
de 1996,na
faixa etária entre20
e29
anos~
Crianças
perdem
mais
de 11 milhoes de diasna
cama
devido a asma, eanualmente
existemmais
de24
milhões de diasnos
quais atividades tiveramque
ser restringidas pela asma.
De
acordocom
os estudos deWeiss
&
Wagener
(1992) realizados nos
EUA,
sobreasma
em
crianças e adultos,o
custo estimadoem
1985da
“asma
pediátrica”, excluindo medicação, foi de $1.3 bilhões,sendo
que mais
da metade
dos custosestavam
relacionados a perdas escolares.Em
relação a mortalidade, nota-seque
continua ocorrendode
forma
progressiva e alarmante
em
diversos países, ocorrendo principalmentena
faixaetária dos 5 aos
34
anos eacima
dos 65 anos de idade(JACKSON,
1988;WOOLCOCK,1988a,
MARDER
et al,1992;SLY,1992).
Quanto
ao Brasil,ocorrem anualmente
2000
óbitos/ano asma,70%
dos quaisdurante hospitalizações e a maioria
sem
receber tratamento intensivo.Estudos
mostram
que
de acordocom
osdados do
Ministérioda
Saúde, aasma
foiresponsável por
0,007%
e0,008%
do
total de óbitosem
todas as idades, nosanos de
1988
e 1994, respectivamente(CAMPOS,1994).
Apesar
de intensa e extensamente investigada, aasma
contrariamentedo que
demonstram
as estáticas,em
épocasmenos
iluminadas a mortalidade eramenor,
o que deve
alertar parao
fato deque
algo,na
atualabordagem
da asma, possaestar equivocado
(ROBlN,l988). Por
outro lado,embora
não
seja claro, algimsautores
sugerem que o maior
numero
de mortes porasma
reflita,na
realidade,um
aumento na
prevalênciada doença
(SEARS
1986;ROBIN,1988;
PARTRIDGE,
1991).Vê-se então que, pelos motivos anteriormente explanados, mostra-se
de
fundamental importância o entendimento global desta doença,
não
só a nívelmundial,
mas
principalmenteem
nosso meio, tantoem
aspectos epidemiológicoscomo
econômicos, sendo dessa maneira vital, oconhecimento do
perfiltentativa de se conhecer a realidade local e traçar estratégias
de prevenção
ecombate da
doença.2.
OBJETIVO
Delinear
o
perfildo
paciente asmático freqüentadordo
ambulatório de3.
METODOLOGIA
O
presente trabalho trata-se deum
estudo descritivo,de
corte transversal, utilizando os pacientes atendidosno
ambulatório dePneumologia
pediátricado
H.U.,
no
período de julho/97 a julho/98.Em
média,foram
atendidos300
pacientes neste período, pelosDoutores
Sérgio
Duwe
e Tereza Velasco, auxiliados pelos doutorandosdo
Internatoem
Medicina, anteriormente
encaminhados
pormédicos
pediatras e/ou generalistasao ambulatório.
Tais pacientes,
no
momento
da
primeira consulta,respondiam
aum
questionário pré-elaborado pelos pneumologistas pediátricos
do
nosso serviço,contendo perguntas referentes a primeira crise; a crises posteriores; a situações
clínicas intercrises; história familiar de atopia e/ou
asma
brônquica; e história pregressa, questionando-se sehouve ou não
a necessidade de usode
oxigenioterapia
no
periodo neonatalou
prematuridade.Foram
inclusos a esta análise 53 pacientes, previamente diagnosticados asmáticos, através dedados
clínicoscomo
crises recorrentes de tosse, presençade sibilos e
ou
dispnéia, desencadeados por alergenos e/ou viroses,ou
mesmo
por exercícios;
ou
anteriormente internadosem
emergências pediátricas porcrises de broncoesparnos e
que
tiveram o seu questionário preenchidocorretamente pelos doutorandos
ou
médicos.Os
pacientes quenão foram
submetidos ao questionário e/ou
com
dados
incompletosforam
excluídosdo
estudo.
Foram
observadosquando da
primeira crisesomente
a presençade
sintomascomo
tosse e/ou chiado e estaçãodo ano
relacionada.Relativos a sintomas
em
crises posteriores,foram
consideradosomente
apresença
ou
ausênciade
tosse seca e/ou produtiva, sibilância, palidez, cianose,dispnéia, febre e anorexia.
Ao
totalforam
questionados 15 fatores, considerados desencadeantes dascrises
de
asma
pelos familiares e, caracteristicas quanto ao ambiente fisicodomiciliar e/ou escolar freqüentado habitualmente pelos pacientes.
Avaliou-se
também
a presença de animaisou
carpete, cortina,umidade
epó
nos locais investigados.
Sintomas
como
pneumonia
foram
questionados quanto a sua presença,não
se atendo ao
número
de episódios vividos pelo paciente devido a subjetividadedas respostas dadas pelos familiares
quando
questionados.Ao
finalda
entrevista, os pacienteseram
classificadoscomo
asmáticos leves,moderados ou
de graves, de acordocom
os critériosdo
IIConsenso
Brasileirono
Manejo
da
Asma
de
1998,resumidamente
contidosno
Quadro
1.Tal protocolo
(em
anexo), após seu preenchimento, era locadonos
prontuário de cada paciente, sendo os
dados
colhidos e revisados pelodoutorando Luiz
Femando
Schwinden
de Souza, earmazenados no banco de
dados Excell 7.0, versão para
Windows
95, sendo posteriormente analisadosatravés de análise estastíca descritiva simples.
Ressaltamos
que
nem
todas as variáveisdo
questionárioforam
analisadas,uma
vez que, devido a subjetividade e/ou dificuldade de obtenção das respostas a sua interpretação e análise posterior ficaria prejudicada,podendo
setomar
um
Quadro 1- Classificação de pacientes asmáticos quanto a gravidade, segundo o Consenso Brasileiro no Manejo da
Asma
Classificação
(chiado, aperto no peito, falta de ar, tosse)
Sintomas Crises Uso de Bd*
Leve nenhum ou 5 2X/semana ou
apenas com exercício, rapida-
mente controlados com Bd*
durando S um dia/m^s e < que 2X/semana
controlados com Bd sem idas à Emergência
8
Modemda + de 2X/semana, mas não con
tínuos
duração > 1 dia/mês, sem requerer cursos
de coticóide sistêmi- cos
> que 2X/semana,
mas < que 2X/dia
Grave contínuos com risco de vidae
sistêmicos
uso
frequente de corticóide
2X/dia e uso con s tínuo de corticóide
oral ou parenteral
4.
RESULTADOS
Foram
analisados 53 prontuários de pacientes previamente diagnosticados asmáticos,do
ambulatório dePneumologia
pediátricado
H.U., queresponderam
ao questionário
no
momento
da
consulta, sendo34 do
sexo masculino e 19do
sexo feminino.
A
idadeem
que
os pacientesbuscaram o
nosso serviço pela primeiravez
foi
em
média
de 8 e 2meses (mediana=
8 e 3 meses),com
idademínima
de 7
meses
emáxima
de 14 e 6 meses.Em
relação aos primeiros sintomas, constatou-seque
a idademédia
foianos e 10 meses, estando entre estes,
66,6%
dos pacientesque
iniciaram seussintomas antes dos 3 anos e
somente 4
pacientes que iniciaram os seus sintomasantes dos 8 anos.
Certas estações
do ano
estiveram diretamente relacionadacom
o
iníciodo
aparecimento dos sintomas
em
66,5%
(n=36) dos casos, observando-seque o
inverno era relatado
em
até38,8%
(n=21) das respostas.Houve
relatode
persistência de sazonalidade
em
relaçãocom
asdemais
crisesem
27
crianças,sendo
que 25
destas continuaram relacionandoo
inicio e/ou agravo dasdemais
crises ao inverno.
A
sibilânciacomo
sintoma de primeira crise foiconfirmada
em
30
pacientes, ecomo
sintoma de crises posterioresem
outros44
investigados.Em
24,53%
dos casos
não
se verificounenhum
sinalde
deste sintoma. Já a tosse foiverificada
em
todos os pacientes, semantendo
em
42
pacientes,dos
quais 7mostravam
tosse seca e produtiva alternadamente.Em
20
pacientes foiverificado cianose e
em
47
dispnéiacomo
sintoma presente nas pós-crises.Tab.l - Presença de sibilos ou tosse em 53 pacientes do ambulatório de Pneumol.
Pediátrica do H.U., de jul/97 a jul/98.
Sintoma
~
n(%)
Sibilância
39(73,5%)
44(83,0%)
Tosse
53(l00%)
42(79,2%)
Verificou-se
que
37 dos 53 pacientes questionados tinham outrasdoenças
atípicas associadas,
como
rinite, dermatite atópica e/ou conjuntivite alérgica,enquanto outros 23 referiam pelo
menos
um
quadro
debroncopneumonia
atéo
dia
da
consulta. Sintomascomo
obstrução nasal,pmrido
e espirrosforam
também
relatados, estando presenteem
24, 17 e 23 dos casos respectivamente.Os
antecedentes familiares de atopiaou
diagnóstico préviode
asma
brônquica
foram
positivosem
46
pacientes, sendoque
destes,em
79,24%
doscasos, pelo
menos
um
familiar apresentava história positiva deasma
brônquica.Foram
relatados positividade de rinite isoladaem
4
familiares dos pacientes investigados.Verificou-se
uma
maior
relação entre ambientes (casa/escola) diretamenteutilizados pelas crianças e a presença
de
cortinas, sendoafirmativo
em
31 respostas, ao passo quesomente
em
14 delas,houve
relato da existênciade
carpetes nesses ambientes.
Dos
entrevistados, 18 freqüentavam escola esomente
7freqüentavam
creches.
Quinze
dos pacientes relataramumidade
em
casa, sendoque 30
dos entrevistadosafinnaram
manter
contato diretocom
animais domésticos (gato,cachorro e/ou pássaros), e destes, 10 tinham 2
ou
3 animaisem
casa.Foram
relatados fatores desencadeantesem
51 pacientes, estando entre osmais
freqüentes asmudanças
climáticas,em
40; infeções de vias aéreas,em
32;poeira
em
33 e, exercicios fisicos efumaça
presentesem
24
pacientes.Em
somente 2
pacientes se verificou alimentoscomo
fator desencadeanteda
doença.O
refluxo
gastro-esofágico foi diretamente relacionado adoença
em
apenas4
pacientes entrevistados.
rs ma. :fa ”.=f=-aê 'ií=‹~1'zf f- _,,#,§'»;v.^é ,,_ r¬*_mr ,_-'.‹,Í:Ãí.fi§ .- fm-il. -^«zr;'¿,` *¬ 1~ vç; '~r
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§XÉ
ä af a agObservou-se
que 30
dos pacientesem
estudoeram
assintomáticosnos
períodos intercrises; 13 referiam tosse, sendo desses,
6
com
crises noturnas e 2com
dimnas, 5 delestinham
acessos diurnos enotumos.
De
todos analisados, osfamiliares de 7 referiram notar sintomas diários
em
seus filhos.O
uso de broncodilatadores foi relatadoem
26
pacientes,sendo
que
em
outros
4 foram
utilizados corticóidesno
tratamento das crises, eem
21não
se verificou a utilização de qualquermedicação ou não
se lembrava.A
classificação inicial quanto a gravidadeda
asma
quando da
primeiraconsulta,
mostrou
um
maior
predomínio, relativo, de crianças portadorasde
asma
leve (n=23)em
relação aos portadores deasma
mode1ada(n=22).
Verificou-se
somente
l paciente portador deasma
grave, sendoque
em
7pacientes
não foram
verificadas respostas quanto a classificação,muito
provavelmente a esquecimento por parte dos doutorandos.
5.
DISCUSSÃO
Os
obstáculos encontradosno
tratamentoda
asma dependem
de múltiplosfatores, sendo
um
dos principaiso desconhecimento
da
real situaçãoepidemiológica,
acompanhado
das dificuldadesno
diagnóstico edo
acesso a terapêuticamais
adequada, principalmentenos
paísesem
desenvolvimento(TORRES,
1995). Para tal,tem
esse estudo,o
objetivo de caracterizar aamostra
usuáriado
serviço dePneumologia
pediátricado
HU,
e assim auxiliarem
futurasmedidas
decombate
e prevençãoda
doença.Apesar da
asma
seruma
doença
altamente prevalecentena
faixa etáriapediátrica, sabe-se
que há
uma
enorme
variaçãona
idade de inicio dossintomas, tendo
na
maioria das crianças o seucomeço
antes dos 8 anos e,mais
da metade
antes dos 3 anos(SCHWARTZ
et al, 1990;MARTINEZ
et al,1995b), estando os nossos
dados
de acordocom
esses estudos, jáque
a maioriada
nossa amostra (66,6%) iniciou os sintomas antes dos 3 anos esomente
4pacientes (7,40%), após os 8 anos.
Chamou
atenção a discrepância entre o iniciodo
aparecimento dos sintomas(média=34,71
meses)
e a idadeda
primeira consulta realizadaem
nosso
serviço(media=97,99
meses), sendo isto obselvadotambém
em
estudos realizadosem
São
Paulo, gerando questionamentos quantoao porquê
deste fato. Acredita-seque
a baixa condição sócio-econômica, a conseqüentedemora
do
encaminhamento
de pacientes usuários de serviços públicos de saúde, paraserviços de atendimento terciário e
a
dificuldadeno
diagnósticoda
doença.Situações de subdiagnóstico de
asma
em
serviçosnão
especializados sãorealidade
também
em
países desenvolvidoscomo
observadosem
casuísticasamericanas recentes
(CRAIN,
1994).Vários relatos
da
literaturatem
apontadoum
discretopredomínio do
sexomasculino
na
asma
infantil,com
predomínio do
sexo feminino na adolescência(ABERG,1989;
DODGE,1980),
podendo
serem
ate1%
a 3 vezesmaior
aincidência
nos
meninos no
período pré-pubere(GERGEN
et al,1988;SCHWARTZ
et al,1990), resultado este encontradoem
Torres (1998) eem
nosso estudo,
onde
se contabilizouum
prevalência de 1,6 vezesaproximadamente,
não
se alterandocom
oaumento da
idade.Observou-se que somente
33,5%
(n=l8) dos pacientes entrevistadosnão
apresentavam relação
com
estaçõesdo ano
como
fator desencadeantedo
aparecimento dos sintomas, sendo
que
dos66,5%
(n=35) restantesque
relacionaram,
38,8%
tiveram o inicio dos sintomasno
inverno, confrontandoentão positivamente estes resultados
com
os encontradosno
trabalhode
Welliver e colegas (1980),
que
trazem esta estaçãocomo
principal causa deagravo e/ou
desencadeamento da
doença.É
considerada ainda a sibilânciacomo
“marca
registrada”da
asma
(CLOUTIER
&
LOUGHl.lN,l981),
uma
vez
que o
sibilocomo
sintoma isolado, associado a outros fatorescomo:
resposta a terapia específica (p.ex.broncodilatadores), sintomas esporádicos e outros diagnósticos excluídos, serve
de diagnóstico clínico de
asma
brônquica,segimdo
o IIConsenso
Brasileirono
Manejo
deAsma
de 1998.Pode-se
comprovar
tal fatona
nossa casuística,uma
vez
que39 dos
53pacientes entrevistados referiam “chiados”,
ou melhor
sibilos,na
primeira crisee,
chegando
em
até83%
(n=44) de positividadeem
crises posteriores.Sabe-se entretanto,
que
aasma
pode
ocorrersem
sibilos discerníveis(MAcFADDEN,
l975a
;CORRAO
et al, 1979),como
se observouem
14 dospacientes entrevistados.
Porém,
a tossepode
sertambém
característicada
doença, jáque
como
o
sibilo,
tem
também
valor diagnósticocomo
sintoma isolado, e destaforma
podendo
ser predominanteou
únicocomo
sintoma,o que
foi observado pelos familiaresno
momento
da
primeira criseem
todos os 53 pacientes investigados, persistindoem
até79,2%
em
crises posteriores.A
associaçãoda
asma
com
outras doenças atípicas, encontradasem
68,3%
dos pacientes desta casuística, mostrou-se inferior a outros estudos anteriores
(PASTORINO
et al, 1998;SMITH,l994),
chegando
até90,2%
de correlação. Isso mostra então,que além da
hereditariedade, outros fatorespodem
estarimplicados
no
desenvolvimento de atopia,como
o possível envolvimento viral.Estudos
como
o
de Sigurs e colaboradores (1995), realizados prospectivamente,mostraram
a importânciada
bronquiolite pelo vírus sincial respiratóriocomo
fator de risco para o desenvolvimento de
asma
e a posterior sensibilização dascrianças
com
antecedentes familiares de atopia a aeroalergenos.A
associação familiar entre asma, rinite alérgica e dermatite atópica,sugerem que
essas desordenspossam
teruma
base genéticacomum.
A
freqüência de antecedentes familiares positivo de atopia (considerandoum
ou
ambos
os pais) atingiu87,03%
dos casos aqui relatados,dados
estes altos,se
comparados
aos61,6%
encontradosna
literatura brasileira(PASTORINO
etal,l998) e internacional
(LEBOWITZ,1984; GERRARD,l976),
mostrando
então a importância deste
dado
como
critério auxiliar parao
diagnóstico clínicode asma, já que nesta faixa etária a realização
do
mesmo
através demedidas
objetivas é restrita e existe baixa positividade dos testes alérgicos (IgE
especificas) aos alergenos
(VIRANT,
1993).Apesar
de já conhecida a ação lesivado
oxigênio sobreo
epitélio respiratório(NORTHWAY
et al,1967) e, a prematuridadecomo
causa
facilitadora a sensibilização desses pacientes,
tomando-os
predispostos aapresentar
fenômenos
obstmtivos de vias aéreas e infeções de repetição(FRISCHER
et al, 1993;LEVY
et al,1984),também
mostrando-se evidenteem
trabalhos nacionais(TORRES,
1995),não
sepode
confinnar
essasafmnações
devido ao
pequeno
número
da
amostra, jáque
não
houve
nenhum
prematuro
no
estudo, e
somente
um
dos entrevistados necessitoudo
uso de oxigenioterapiaquando do
nascimento.Não
foi possível constatar a relação entreasma
brônquica epneumonias de
repetição
em
nosso estudo, jáque
a analisedo
questionário utilizado parao
trabalho
em
questão, se deteve as respostas objetivas,como
descrito anteriormentena
metodologia, sendo então este item analisado quanto a suapresença
ou não
atéo
diada
consulta,sem
se especificar quantoao
numero
de
episódios,
Apesar
de parecer existiruma
relação entre aparecimentoda doença
e essa,uma
vez desenvolvida, a exposição aum
ou
vários tipos de fatores ambientaispossa exercer
um
papel precipitanteou agravamento
dos sintomas,como
exemplo
aumidade
caseira e concomitante exposição nos primeiros dois anosa
indivíduos suscetíveis,
podendo
aumentar o
risco de desenvolvimentoda
asma
(SPORIK
et al, 1990), a relaçãoumidade
X
asma
não
ultrapassou os27,7%
em
nossa casuística.
Foi visto
mais
especificamente,uma
relação entre a presençade
cortinas e assim, possívelacúmulo
de poeira, e os ambientes rotineiramente utilizados pelos doentes ( 57,4%).Tal fator age de maneira indireta, já que cortinas, dentre outros utensílios
como
roupas, bichinhos de pelúcia e carpetes, presenteem
ambientesfreqüentados por 14 pacientes,
servem
demeio
parao
crescimentode
ácaros, principalmente osda
espécieDermatophagoides,
queem
conjuntocom
osda
espécie Blomia,
mostram-se
predominantesem
pesquisa realizadasno
Estadode
São
Paulo(ARRUDA,
1991),um
dos principais constituintesda
poeiradomiciliar, junto
com
outras substâncias orgânicas e inorgânicas.Fortes evidências hoje,
em
diferentes partesdo
mundo, mostram
que
aexposição a alergenos domiciliares, entre eles os ácaros, é
uma
das causasprimárias de asma, particularmente
em
crianças e adultos jovens(CUSTOVIC,
1996).
Mais
recentemente, outros estudos relacionaram a importância de outros alergenos particularmente importantena
patogênese primáriada
asma
brônquica,
como
pelos de gatos e cães e baratas(BRUNEKREEF
et al, 1989;LIN
et al, 1993). Pode-se verificar issoem
nossa casuística,onde
33,96%
(n=18)das crianças relataram contato diário
com
animais e, destes44,4%
tinham
ambos
os animais
em
casa e/ou contato direto.Apesar
de existiruma
freqüente associação entreasma
e doençascomo
aansiedade e o pânico
(MORAN
et al, 1994;YELLOWLEES,
1990), jáque
em
aproximadamente
6-30%
dos pacientes asmáticos tem-se reportadoachados
compatíveis
com
os critérios para tais disfunções psiquiátricas(SCHAVITT
etal, 1992),
em
nossos achados essa relação foi de dificil ligação,uma
vez
que o
questionamento foi relativo a presença de
algum
tipo deemoção
como
gatilhodesencadeante das crises, sendo relatado a presença de tais fatores
em
até18,86%
dos
casos.Porém
não deixam
de terem estesdados
sua importância,uma
vez que
trabalhos
mostram
que
estes pacientespodem
desenvolverum
ciclo demedo
excessivo e evitação de atividades, resultando
em
significativa alteração paramenos
da
qualidade de vida destes doentes(YELLOWLLEES,l990).
Constatou-se entretanto
que
em
24 (45,28%)
respostas, relatou-sepositivamente a presença de
asma
induzida por exercícios (AJE), consideradohoje
uma
condição particular,na
qual a atividade fisica vigorosa desencadeiaum
estreitamento
agudo
das vias aéreasem
pessoascom
reatividade brônquicaaumentada, diferindo
da
literatura internacional, estando presenteem
70-90%
dos pacientes
(KAWABORI
et al, 1976;McFADDEN,
1994).Porém,
estudos nacionaismostraram
uma
incidência de37,1%,
indo de acordocom
nossosachados.
Dados
da
literaturademostram que
aDRGE
pode
desencadear crises broncoespásticasou
simplesmente potencializar os sintomas respiratórios iniciados por outros “gatilhos”,provavelmente
pela ação initantedo
ácidogástrico
na
árvore brônquica(MANSFIELD,
1978).Outros estudos
mostram
que
a incidência dedoença do refluxo
gastro-esofágico
(DRGE)
patológicoem
asmáticos émaior que
em
não-asmáticos,observando-se
que
até75%
das crianças asmáticas foi encontrado significativaDRGE
(TUCI
et al, 1993).A
nossa casuística apresentasomente
4 casosde
DRGE
como
desencadeanteda
doença,muito
possivelmente pela presença de até25-30%
de casos derefluxo
patológico clinicamente silenciosos.Não
sedeve
esquecer
porém
que
por ser tratar deum
hospital público existe a dificuldade deacesso à
médicos
especialistas econseqüentemente
o diagnóstico.Lembramos
porém, que
esta parcelade
pacientes estudados,não deve
mostrar provavelmente a realidade
da
nossa região,uma
vez
que,além de
restrita,
podem
ser consideradosuma
parcela privilegiada de asmáticos porterem tido a oportunidade
serem
encarninhados e assim assistidosem
centroespecializado,
o que
quase certamentenão
é a realidadeda
populaçãoem
geral.Vale ressaltar
que
opequeno
número
de pacientes possa nos levartambém
ainterpretações errôneas,
como
seriao
casoda
relação oxigenioterapia e asma,sendo então fundamental a continuidade deste estudo
com
uma
quantidademaior de
amostra,uma
vez
que
pode
se obsen/ar a importânciado
diagnósticocorreto
da
asma,não
só para a elaboração demedidas
preventivas eo
adequado
tratamento dos sintomas,
como
também
o
apressamentodo
encaminhamento
destes pacientes e
melhor
controleda
doença.6.
Conclusão
Conclui-se desta maneira,
que
apesar de existiruma
forte relação entre osnossos achados e os publicados
em
literaturas anteriores, faz-se necessárioum
estudo
mais
prolongado paraque
seaumente
a amostrada
nossa casuística e,assim então, traçar o verdadeiro perfil dos pacientes
do
ambulatóriode
Pneumologia
pediátricado H.U.
O
presente trabalho sugere alteraçõesno
questionário utilizado para a investigação dos pacientes asmáticos, demaneira
a tomá-lomais
objetivo, evitando assim, interpretaçõesambíguas
por parte dos entrevistadores, e errosem
interpretações dedados
obtidos, incluindo variáveis anteriormentenão
analisadas por
problemas
desta natureza.7.
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NORMAS
Foi utilizado para realizar e formatar este projeto:
0
Normatização
dos trabalhos científicosdo
curso de graduaçãoem
medicina.
0