“U5
PE
415
DANIELA
ALMEIDA
PINHEIRO
DA
COSTA
EPIDEMIOLOGLA
DOS
TUMORES
DO
SISTEMA
N ERVOSO CENTRAL
NAS CRIANÇAS ATENDIDAS
NO
HOSPITAL
INFANTIL
JOANA DE
GUSMÃO
(1994-2000)
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, paraa conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
F
LORIANÓPOLIS
-
SANTA CATARINA
DANIELA
ALMEIDA
PINHEIRO
DA
COSTA
EPIDEMIOLOGIA
DOS
TUMORES
DO
SISTEMA
NERVOSO CENTRAL
NAS CRIANÇAS ATENDIDAS
NO
HOSPITAL
INFANTIL
JOANA DE
GUSMÃO
(1994-2000)
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador
do
Curso:
Dr.Edson
JoséCardoso
Orientadora: Dra. Denise
Bousfieldda
SilvaFLORIANÓPOLIS
-
SANTA CATARINA
AGRADECIMENTOS
À
minha
orientadora Dra.Denise Bousfield da
Silva, pelacompreensão
epelo auxílio
na
realização deste trabalho.Ao
Dr. Daniel Faraco Neto, pelas informações fornecidas.Ao
Serviço deOnco-Hematologia
e ao Serviço deArquivo
Médico
eEstatístico
do
Hospital Infantil Joana deGusmão,
que
permitiramcom
que
fossem
obtidos osdados
deste trabalho.Aos meus
pais, Ivete e Ilauridy, por todoo
apoio e oamor
que
sempre
deram
durante a
minha
vida.Aos meus
irmãosCamila
e Rafael, pela amizade.À
minha
avó, Verônica, pelas precessempre
atendidas.Ao
meu
amor, Sérgio, pelacompreensão
em
todos osmomentos
dificeis, epela alegria
da
sua companhia.À
minha
amiga
Suani, pelo coleguismo durante todoo
intemato médico.A
todos aquelesque
dealguma forma cooperaram
e incentivaramna
realização deste trabalho.
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO
... .. 2.OBJETIVOS
... .. 3.MÉTODO
... .. 4.RESULTADOS
... _. ¢ z z n ¢ . . z Q z Q | . ¢ | z ¢ ¢ ú - . . . ._ ú Q à z ¢ o n o o u o a o - ¢ | Q | ¢ ó z ú o à o à a n n z - .z 5.DISCUSSÃO
... .. ó.CONCLUSÕES
... .. 7.REFERÊNCIAS
... ..NORl\/IAS
ADOTADAS
... ..RESUMO
... ._SUMARRY..
... ..APÊNDICE
... ..ANEXOS
... .. ¢ . z « . . - . . z . ¢ ‹ ¢ -z ¢ ¢ | ú ¢ z z o z ~ . . . -- n o n o n z . . ¢ Q - ¢ › ú ao ¢ z o o o . . | - | - . » z .Q . . « - « - z . . - ¢ ¢ ú ¢ z óú . ó z . ú z . . . | . . . . ¢ no . . . z z ‹ . . .H . z . - . - z - . . . .z . . . z › . . . .- . . . z z ‹ . . . .nz1.
1NTRoDUÇÃo
Os
tumores
do
SistemaNervoso
Central(SNC)
são asegunda
malignidademais
freqüenteem
criançasmenores
de 15 anos de idade.Representam
ostumores sólidos
mais
comuns
da
infância.Sua
incidência é de 2,8 casos por100.000 crianças por ano, enquanto
que
ada
leucemia linfoblásticaaguda
é de3,1, e a de outros tumores sólidos varia de 0,2 a 1,0.
M
São
descritos 2 picos etários de incidência para os tumoresdo
SNC.
O
primeiro pico ocorre
na
primeiradécada
de vida,com
predomínio
do
sexomasculino e das neoplasias de
linhagem
embrionária.O
segundo
pico inicia-sea partir
da
terceiradécada
de vida,com
predomínio de tumores gliais.5Os
tumores
do
SNC
em
criançaspossuem
grande incidênciana
fossaposterior, se
comparados
com
osque
surgem
nos adultos. Entretanto, adistribuição
depende da
idade,ou
seja,no
primeiroano
de Vida ena
adolescência
predominam
os tumores supratentoriais, enquantoque
osinfratentoriais
predominam
no
períododa
infância restante.6A
hereditariedade parece ter importância para alguns tipos de tumoresdo
SNC,
sendoque
16%
dos pacientescom
tumor
cerebraltêm
história familiar decâncer.7
Na
literatura, é descrita associação de tumoresdo
SNC
com
algumas
síndromes, tais
como,
facomatoses (Neurofibromatose, Esclerose Tuberosa,Síndrome
de Hippel Lindau), síndrome de Li Fraumeni, síndromedo
Carcinoma
de célula névica basal, síndrome de Turcot e síndromeda
ataxia- telangiectasia.72
Há
relatos,na
literatura pesquisada, de ocorrência de tumoresdo
SNC
em
crianças
que receberam
radioterapia profilática para outras malignidadesno
crânio, principalmente
com
tipos histopatológicos de Astrocitoma alto grausupratentorial e Meningioma.7°8
O
estudoda oncogênese
nos tumoresdo
SNC
tem
avançado
nos últimosanos.
Alguns oncogenes
jáforam
descritosna
literatura, estando inapropriadamente expressosem
Astrocitomas, taiscomo,
c-cis, c-erb, gli,N-
ras, e c-myc.
O
c-myc,também,
está presenteem
alguns Meduloblastomas.As
seqüências gênicas supressoras de tumores
podem
estar deletadas,como
ocorreem
algunsMeningiomas,
com
perda de fragmentodo
cromossoma
22, eAstrocitomas,
com
perda de partedo
cromossoma
10 e 17.7A
classificação dos tumores cerebrais foi inicialmente proposta por Bailey eCushing, baseando-se nos vários estágios de desenvolvimento das células
tumorais.
A
classificaçãoda
OrganizaçãoMundial
deSaúde
(OMS)
foiconcebida a partir
da
classificação de Bailey e Cushing, e após foi modificadapara acoplar a morfologia tecidual e
o
grau de anaplasia celular,tomando
como
base
também
a classificação deKemohan
(videAnexo
1).9`“Na
criança ocorreuma
determinada classe de tumoresdo
SNC
delinhagem
embrionária,
comuns no
cerebelo eque
possuem
comportamento
característicode disseminação leptomeníngea precoce. Estes tumores
do
SNC
foram
denominados
detumores
neuroectodérmicos primitivos, pela classificação daOMS.
Mas
possuem
denominação
distinta de acordocom
a sua localização,sendo
no
cerebelodenominado
deMeduloblastoma, na
glândula pineal dePineoblastoma e
no
cérebro de Neuroblastoma.9”“”l2Os
tumores
da
medula
espinhalcorrespondem
de 3 a6%
dos tumorespediátricos
do
SNC.
Em
relaçãoao
tipo histopatológico60%
são Astrocitomas e20
a30%
Ependimomas.
Geralmente, são tumoresbem
diferenciados, de baixo grau, e apenas10%
possuem
alto grauou
anaplasia.l3`173
A
apresentação clínica dos tumoresdo
SNC
pediátricosdepende muito da
idade,
do
nível de desenvolvimento neurológico pré-mórbido edo
sítio deorigem
do
tumor,do que
apenasdo
tipo histopatológico.6Os
tumores
cerebraiscausam
alteração neurológica diretamente, infiltrandoe
comprimindo
estruturas normaisdo
SNC,
ou
indiretamente,causando
obstrução
do
fluxo
do
líquido cefalorraquídeo(LCR)
eaumento da
pressãointracraniana (PIC).5”6
A
tríade de cefaléia matinal, vômitos, e alteração visual sugere rápidocrescimento tumoral
no
SNC,
porém
não
é manifestação freqüente.Geralmente
os sinais iniciais de
aumento
daPIC
são subagudos, inespecíficos enão
localizados.Na
idade escolarpode
haver declíniona
performance acadêmica,fadiga e
mudanças
decomportamento,
associados à cefaléia intermitente.Nos
primeiros anos de vida, irritabilidade, anorexia, retardo de desenvolvimento,
regressão de habilidades intelectuais e motoras adquiridas, e macrocefalia são
freqüentemente sinais de
aumento da
PIC.A
fundoscopia revelamais
palidezóptica
do que
papiledema.O
sinaldo
sol poentepode
ser observadoem
lactentescom
aumento da
PIC
por obstruçãodo
fluxo
do
LCR,
com
dilataçãodo
terceiroventrículo
ou compressão da
região tectaldo
mesencéfalo.5Os
tumores
infratentoriaispodem
se apresentarcomo
déficit de equilíbrioou
das funções
do
tronco cerebral. Déficit dos nervos cranianosV,
VII e IX,associados
com
nistagmosugerem
fortemente invasãodo
tronco cerebral. 5”6”l8Os
tumores
supratentoriais, geralmente, apresentam-secom
cefaléia, crisesconvulsivas e
síndrome do
neurôniomotor
superior.Hemianopsia
bitemporalsugere
tumores
quiasmáticos.5”
O
envolvimentoda
medula
espinhal ecauda
eqüina por tumoresdo
SNC
pode
causar dor nas costas e radicular, e sinais de disfunção medular, taiscomo
4
Os
métodos
diagnósticos deneuroimagem possuem
sensibilidade elevada.A
tomografia computadorizada
(CT) pode
detectar95%
das lesões. 2°`25A
angiografiapode
ser utilizadano
pré-operatório de tumoreshipervascularizados,
como
Papiloma do
plexo corióide eHemangioblastoma,
epara afastar
malformações
vasculares.5A
ressonância nuclear magnética(RNM)
possui vantagensem
relação aCT,
pois
não
utiliza radiação ionizante,não
necessita de contrastes endovenosos,obtém
imagens
em
múltiplos planos, evita artefatos ósseos, possuimaior
sensibilidade para detectar infiltração precoce, e
pode
visualizar disseminaçãoleptomeníngea intrarraquídea. 2045
A
RNM,
no
entanto, possuialgumas
desvantagens,como
amaior
sensibilidade a artefatos de
movimento
e requermais
tempo
para sua realização.O
uso
de gadoliniumDTPA
auxilia a visualizaçãoda
arquitetura tumoral internae sua vascularização,
bem
como
auxilia a diferenciaçãodo tumor
residualda
fibrose. 23'”
Idealmente, os pacientes
com
tumoresdo
SNC
devem
seracompanhados
porequipe multidisciplinar
em
serviço de referência para oncologia infantil. 6A
terapêutica dos tumoresdo
SNC,
em
crianças, baseia-sena
neurocirurgia,na
radioterapia ena
quimioterapia, deforma
isoladaou
associadadependendo
da
idade,do
tipo histopatológico,da
localização edo
estadiamentodo
tumor.5,ó,12
Os
grandes avanços obtidosna
área da neurocirurgiaforam
possíveiscom
adetecção precoce e acuidade
na
localização tumoral pelaRNM.
Os
tumoresdo
SNC
são retirados deforma mais
completa,com
menos
morbidade
ecom
taxade mortalidade inferior a
1%
na
maioria dos centros de neurocirurgiapediátricos. 5
A
radioterapia(RT)
tem
grande validadeno manuseio
de criançascom
5
tumor
eda
tolerânciado
SNC,
que
é avaliada pela idade e pelovolume
do
cérebro e
da
medula
espinhal. 5O
uso da
quimioterapia(QT)
em
tumoresdo
SNC
tem
progredido,mas
estámuito
aquém
da
resposta encontradaem
outrostumores
pediátricos.O
uso deQT
ao invés deRT
tem
sido investidoem
criançasmuito
jovens para minimizaras seqüelas neurológicas. 8”26`28
A
partirdo
momento
que
acompreensão
no
campo
da
genética molecular ebiologia dos
tumores
do
SNC
avançar poder-se-á investirem
novas modalidades
terapêuticas.
O
usoda
imunoterapia,da
terapia gênica ede
fatoresantiangiogênese, ainda está
em
estudo.”A
morbidade
determinada pelos tumoresdo
SNC
éuma
dasmais
elevadasentre as malignidades pediátricas e resulta
em
déficitmotor
e intelectualassociado
com
o
própriotumor
ecom
a terapia multimodal agressiva.8'29”3°A
sobrevida das criançascom
tumores do
SNC
varia de acordocom
o
tipohistopatológico, sua localização e a idade.
A
sobrevida é pior para osmenores
de
2
anos de vida, criançascom
Glioma
de tronco encefálico ecom
Ependimoma.
A
sobrevida émelhor
para crianças de 10 a 14 anos e aquelascom
Astrocitomas cerebelares.
A
sobrevida de crianças tratadasem
centros decâncer e centros universitários tende a ser melhor, principalmente nos
tumores
mais
agressivos. 263132Este estudo propõe-se a verificar a ocorrência de casos
novos
e amortalidade de tumores
do
SNC
em
crianças, cujo diagnóstico foi realizadoem
6
2.
OBJETIVO
211'
Éeral:
Descrever a ocorrência
de
casos novos. e a mortalidade das,.c¿rian`ças, portadoras^' -"
,z ¡¡..".'~|› H
de tumorç§j_do._
SNC,
diagnosticadosem
um
centro de referência oncológico deSanta Catarina
no
períodode
01/01/ l'9'9"4'ä”3`l/ 12/2000.- \ I ,._ -- z “_ ' 1 ' ›.-. 1 V _. J . .__
2.2
Específico:
C , * .i- Descrever a evolução temporal
da
ocorrência de casosnovos
de tumoresdo
SNC
nas crianças estudadas.- Verificar a ocorrência de casos
novos
e a mortalidade das criançasestudadas
com
tumores
do
SNC,
em
relação ao sexo, à cor, à idade dediagnóstico
em
anos, à procedência, ao tipo histopatológico, e à topografiano
SNC.
- Descrever se
no
momento
do
óbito das crianças estudadas, a neoplasia7
3.
MÉTODO
Esta pesquisa foi
um
estudo retrospectivo, descritivo e longitudinal. Foirealizado
no
período de 01/01/1994 a 31/12/2000,no
Serviço deOnco-
hematologia
(SOH)
do
Hospital Infantil Joana deGusmão
(HIJG), centroterciário, e referência
em
oncologia pediátrica,no
estado de Santa Catarina.3.1.
População de
estudo:
No
período de 01/01/1994
a 31/12/2000,foram
analisadas 127 criançascom
tumores
do
SNC. Foram
incluídas neste estudo, todos os casosnovos
de tumoresdo
SNC.
Estas criançasforam
atendidasno
ambulatório ena
enfermariado
SOH
do
I-IIJ G.3.2.
Critérios
de
exclusão:
- Neoplasias secundárias
com
metástase parao
SNC
-
Casos novos
de tumoresdo
SNC
que
iniciaram tratamento específicoem
outro serviço e
foram
encaminhados
para oHIJG,
apenas paracomplementar o
8
-
Casos
de tumoresdo
SNC
recidivados, cujo diagnóstico inicial ocorreuanteriormente a data de 01/01/ 1994.
-
Casos
detumores
do
SNC
onde
houve
perda de seguimento.3.3.
Procedimentos:
Os
dados foram
coletados nos prontuáriosdo
ambulatóriodo
SOH
edo
Serviço de
Arquivo
Médico
e Estatístico(SAME)
do HIJG.
As
127 crianças avaliadasforam
descritassegundo
as seguintes variáveis:-
O
sexo;-
A
Cor;-
A
idade de diagnósticoem
anos, agrupadosem
grupos a cada 5 anos;-
A
datado
diagnóstico, estabelecida a partirda
datada
cirurgiaonde
foiobtido material para
o
exame
anatomopatológico.Naqueles
pacientesque não
foi realizado o
exame
anatomopatológico, considerou-secomo
a datado
diagnóstico, a data
da
realização dos primeirosmétodos
diagnósticos deneuroimagem
(RNM
e/ouCT)
com
lesão sugestiva detumor do
SNC.
-
O
diagnóstico anatomopatológico,que obedeceu
a classificaçãoda
OMS
para
tumores
do
SNC
(videanexo
1).-
A
localização topográfica dos tumoresdo
SNC,
que
foi obtida através dosresultados dos
exames
deneuroimagem
anteriores àda
primeira ressecçãotumoral
ou do
início de qualquer terapêutica específica.-
O
status vital. Considerou-secomo
status vital, a situaçãoda doença do
9
vivo e
em
tratamento(VET),
vivo e fora de tratamento (VFT), e óbito.Foram
considerados vivos e
em
tratamento, aqueles pacientescom
neoplasia residualou que não haviam
terminado oesquema
terapêutico específico.Os
pacientesvivos e fora de tratamento
foram
aquelessem
presença de neoplasia evidente eque terminaram
oesquema
terapêutico específico.-
A
situaçãoda doença no
momento
do
óbito. Foi observado se a neoplasiano
momento
do
óbito se encontrada presenteou
ausente.3.4.
Análise
estatística:Após
a coleta dos dadosem
protocolo pré-estabelecido (apêndice 1), foiutilizado
o
programa
EPI
-INFO
6,04 para análise das variáveis citadaseatravés10
4.
RESULTADOS
A
população pesquisadacompreendeu
127 crianças portadoras detumor
deSNC,
distribuídasda
seguinte forma: 68 crianças (53,5%)
do
sexo masculino e59
crianças (46,5%)
do
sexo feminino; 123 crianças (96,9%)
de cor branca e4
(3,l
%)
de cor preta;conforme
representado nas figuras 1 e 2.47%
53%
I
Sexo masculinoI
Sexo femininoFigura 1 : Distribuição das 127 crianças
com
tumor do SNC,segundo o sexo. I l V l 1
97%
1 l l . 1 l lI
Cor
branca ¡I
Cor
preta1={g{1§z§šz 15{S¿1š5LIâ§â¿ 1{a§1Íz*vÊz{zInçaS
com
M5»
¿{› sim,ll
Das
127 criançascom
tumor
do
SNC
, 53 crianças (41,7%)estavam
na
faixaetária de 5 a
9
anos,no
momento
do
diagnóstico;39
(30,7%)
estavam
na
faixaetária de 0 a
4
anos; e 35 (27,6%) de 10 a 14 anos.A
média
de idade foi de 7anos.
A
distribuiçãoda
população estudada,segundo
a idade ao diagnóstico, esegundo
o sexo, estádemonstrada na
Tabela I.Tabela I
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo
a idade de diagnóstico eo
sexo.Idade
Fem.
*%
Masc.
l%
n
%
<
204
6,804
5,908
6,3 2-
4 10 16,9 21 30,9 31 24,4 5-
927
45,826
38,2 53 41,710-
14 18 30,5 17 25,0 35 27,6TOTAL
59
100,068
100,0 127 100,0FONTE
:SOH/
SAME/HIJG,
01/01/1994 - 31/12/2000.* Sexo feminino
l Sexo masculino
A
distribuição das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o ano
deTabela II
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o ano
de diagnóstico.Ano
de
diagnósticoN
1994
19951996
1997
19981999
2000
13 15 1922
18 23 17TOTAL
127FONTE:
SOH/
SAME
/ HIJG, 01/01/1994A
procedência das 127 criançascom
tumor do
SNC
estudadas,segundo
amesorregião de Santa Catarina, está representada
na
Tabela IIIAs
cidadesdistribuídas de acordo
com
a mesorregião de Santa Catarma,constam no
Anexo
2.Tabela III
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor
do
SNC,
segundo
a mesorregião de procedênciaem
Santa CatarinaMesorregião
n
%
Grande
Florianópolis54
Vale
do
Itajaí 25 Sul Catarinense 21 Oeste Catarinense 19 Serrana 05 Norte Catarinense 03 42,5 19,7 16,5 15,0 3,9 2,4TOTAL
127
100FONTE
:SOH/
SAME
/HIJG, 01/01/1994 - 31/12/2000.Das
127 criançascom
tumor do
SNC,
115 crianças (91%)
apresentavam oexame
diagnóstico anatomopatológico e 12 crianças (9%)
não
apresentavam.
A
distribuição das 115 criançascom
tumor do
SNC,
que
apresentavam oexame
anatomopatológico,segundo o
sexo eo
grupo etário, está representada14
Tabela
IV
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 115 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o
tipo histopatológico eo
sexo.Tipo
histopatológicoFem.
*%
Masc/
%
n
%
Astrocitoma baixo grau
Meduloblastoma
Ependimoma
Craniofafingioma
Oligodendroglioma
GlioblastomaGlioma
mistoTumor
plexo corióideAstrocitoma anaplásico
Neuroblastoma
Ganglioglioma
Germinoma
Meningioma
TNED*
Tumor
de pinealAdenoma
hipófise CoriocarcinomaGlioma
tronco cerebralHemangioma
14 0508
04
04
0302
02
02
0102
02
01 01 01 01 01 01 25,5 9,1 14,5 7,3 7,3 5,5 3,6 3,6 3,6 1,8 3,6 3,6 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 15 17 10 05 03 0102
02
02
01 01 01 25,0 28,3 16,7 8,3 5,0 1,7 3,3 3,3 3,3 1,7 1,7 1,7TOTAL
55 10060
100FONTE
:SOH/
SAME/HIJG,
01/01/1994 - 31/12/2000.* Sexo feminino
1 Sexo masculino
Tabela
V
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 115 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o
tipo histopatológico eo grupo
etárioTipo
histopatológico0-4
%
5-9
%
10-14 °/ o ll oAstrocitoma baixo grau
08
Meduloblastoma
07
Ependimoma
1 1 Craniofaringioma02
Oligodendroglioma
01 Glioblastoma 01Glioma
misto02
Tumor
plexo corióide 03Astrocitoma anaplásico 01
Neuroblastoma
-
Ganglioglioma
01Germinoma
-
Meningioma
-
TNED*
_
Tumor
de pineal_
Adenoma
hipófise-
Coriocarcinoma-
Glioma
tronco cerebral_
Hemangioma
-
21,6 18,9 29,7 5,4 2,7 2,7 5,4 8,1 2,7 2,7 11 10 05 0304
01 01 01 01 01 01 0102
01 01 01 01 23,9 21,7 10,7 6,5 8,7 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 10 0502
04
02
02
02
02
01 01 01 31, 15,6 6,2 12,5 6,2 6,2 6,2 2 6,2 3,1 3,1 3,1TOTAL
37
10046
10032
100FONTE
:SOH/
SAME
/HIJG, 01/01/1994 - 31/12/2000. *Tumor
neuroepitelial desiembrioblástico16
Dos
18 casos deEpendimoma,
13 casoseram
Ependimomas
anaplásicos(72,2 %), e 5 casos
eram
Ependimoma
baixo grau (27,8 %).Dos
4
casos detumor do
plexo corióide, 3 casos(75%)
eram
papilomas e 1caso (25
%)
era carcinoma.Dos
2 casos detumor
de pineal 1 caso (50%)
era Pineocitoma e 1 caso(50
%)
era Pineoblastoma.Os
tipos histopatológicos das 8 crianças portadoras detumor
deSNC,
menores
de 2 anos,eram
2 casos (28,6%)
deEpendimoma
anaplásico, 2 casos(28,6
%)
deMeduloblastoma,
1 caso (l4,3%)
de Astrocitoma baixo grau, l caso(l4,3
%)
dePapiloma
de plexo corióide e 1 caso (l4,3%)
deCarcinoma
deplexo corióide; e 1 criança (25
%)
não
possuía oexame
anatomopatológico.As
12 criançascom
tumor do
SNC,
sem
o
exame
anatomopatológico,distribuíram-se
segundo o
sexo e0 grupo
etárioda
seguinte forma:04
crianças(33,3
%)
do
sexo masculino e08
crianças (66,7%)
do
sexo feminino; 2 crianças(l6,7
%)
de O a 4 anos, 7 crianças (58,3%)
de 5 a 9 anos, e 3 crianças (25%)
de10 a 14 anos.
Dos
127 casos de tumores deSNC
estudados, 63 casos (49,6%)
possuíam
localização supratentorial,
57
casos (44,9%)
localização infratentorial, e 7 casos17
6%
49%
45%
I
InfiatentorialI
Supratentorial * IntramedularFigura 3 : Distribuição das 127 crianças
com
tumor do SNC,segundo a topografia
As
127 criançascom
tumor do
SNC
foram
analisadas, correlacionando atopografia
do tumor no
SNC
com
o
sexo,o grupo
etário, eo
tipohistopatológico,
como
está apresentado nas Tabelas VI, VII e VIII.Tabela
VI
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo
a topografia e ogrupo
etário.Topografia
0-4
%
5-9
%
10-14%
n
%
Supratentorial 18 46,1
24
45
,3 21 60,0 63 49,6Infratentorial 18 46,1
28
52,8 1 1 31,457
44,9Medular
03 7,7 01 1,9 03 8,607
5,5TOTAL
39
100 53 100 35 100 127 100FONTE
:SOH/
SAME/HIJG,
01/01/1994 - 31/12/2000.Nas
criançasmenores
de 2 anos,com
tumor do
SNC,
houve 4
casos de18
Tabela
VII-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo
a topografia e o sexo.Topografia
Fem.
* °/‹›Masc?
%
n
%
Supratentorial 3 7 62,7
26
3 8,2 63 49,6Infratentorial 19 32,2 3 8 5 5 ,9
57
44,9Medular
03 5,104
5,907
5,5TOTAL
59
10068
100 127 100FONTE
:SOH/
SAME/HIJG,
01/01/1994 - 31/12/2000. 'Sexo feminino
19
Tabela
VIII-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 115 criançascom
tumor do
SNC,
segundo
o tipo histopatológico e a topografia.Tipo
hismpzmlógico
ST*
%
IT*%
IM*
%
n
%
Astrocitoma baixo grau
Meduloblastoma
Ependimoma
CraniofaringiomaOligodendroglioma
GlioblastomaGlioma
mistoTumor
plexo corióideAstrocitoma anaplásico
Neuroblastoma
Ganglioglioma
Germinoma
Meningioma
TNED§
Tumor
de pinealAdenoma
hipófiseCoriocarcinoma
Glioma
tronco cerebralHemangioma
1406
09
06
04
02
04
0102
02
02
02
02
02
01 01 01 22,9 10,0 14,8 9,8 6,6 3,3 6,6 1,6 3,3 3,3 3,3 3,3 3,3 3,3 1,6 1,6 1,6 11 21 10 0102
01 01 23,404
44,7 21,302
2,1 4,3 2,1 2,1 57,1 01 14,3 8,6 2TOTAL
60
10047
10007
100FONTE: SOH/SAME/HIJG,
01/01/1994 - 31/12/2000. * Supratentorial I Intramedular20
Dos
12 casos detumor
do.SNC
sem
o
exame
anatomopatológico, 10 casos(83,3
%)
eram
infiatentoriais, e 2 casos (16,7%)
eram
supratentoriais.Com
relaçãoao
status vital, das 127 crianças estudadas,62
(48,8%)
encontravam-se vivas e fora de tratamento (VFT),
22
(l7,3%)
estavam
vivas eem
tratamento(VET)
e 43 (33,9%)
evoluíram para óbito.Todas
as 43 criançascom
tumor do
SNC
que
faleceram, apresentavamdoença
resistente ao tratamento, recidivada,ou
residual.O
status vital das 127 crianças estudadas está representado,segundo o grupo
etário,
o
sexo, a topografia, eo
tipo histopatológico, nas Tabelas IX,X,
XI
e XII.Tabela
IX
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o
status vital eo grupo
etário.Statusvital
0-4
%
5-9
%
10-14%
n
%
Vivo
em
tratamento08
20,508
15,106
17,122
17,3Vivo
fora de tratamento 14 35,929
54,7 19 54,362
48,8Óbito 17 43,6 16 30,2 10 28,6 43 33,9
TOTAL
39
100 53 10035
100 127 100FONTE: SOH/
SAME/HIÍG,
01/01/1994 - 31/12/2000.Das
8 crianças portadoras detumor do
SNC,
menores
de 2 anos, 1 criança(12,5
%)
estavaVET,
2 crianças (25%)
estavam
VFT
e 5 crianças (62,5%)
21
Tabela
X
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o
status vital eo
sexo.Status vital
Fem.
*%
Mascf
%
n
%
Vivo
em
tratamento ll 18,6 11 16,222
17,3Vivo
fora de tratamento28
47,534
50,062
48,8Óbito
20
33,9 23 33,8 43 33,9TOTAL
59
10068
100 127 100FONTE:
SOH/
SAME/HIJG,
01/01/1994 - 31/12/2000.'
Sexo feminino
T Sexo masculino
Tabela
XI
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 127 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o
status vital e a topografia.stzttusvitzi
sT*
°/O IT*%
IM*
%
tt%
vivo
em
tratamento 11 17,509
15,802
28,622
17,3Vivo
fora de tratamento 35 55,5 23 40,304
57,162
48,8Óbito 17 27,0
25
43,9 01 14,3 43 33,9TOTAL
63 10057
10007
100 127 100FONTE
:SOH/
SAME
/ HIJG, 01/01/1994 - 31/12/2000.* Supratentorial
T Infratentorial
I Intramedular
Das
12 criançasque não
foi possível obter oexame
anatomopatológico, 2Tabela XII
-
Distribuição,em
número
eem
porcentagem, das 115 criançascom
tumor do
SNC,
segundo o
tipo histopatológico e a topografia.Tipo hismpamlógico
VET*
°/0VET*
%
Oi
%
n
%
Astrocitoma baixo grau
Meduloblastoma
Ependimoma
CraniofaringiomaOligodendroglioma
GlioblastomaGlioma
mistoTumor
plexo corióideAstrocitoma anaplásico
Neuroblastoma
Ganglioglioma
Germinoma
Meningioma
TNED§
Tumor
de pinealAdenoma
hipófise
Coriocarcinoma
Glioma
tronco cerebralHemangioma
06
03 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 0130
15 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 520
09
06
08
05 0304
01 01 01 01 01 01 01 32,3 14,5 9,7 12,9 8,1 4,8 6,5 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 03 10 11 01 03 01 01 01 01 01 9,1 30,3 33,3 3,0 9,1 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0TOTAL
20
1 O062
100 33 100FONTE
:SOH/
SAME
/ HIJG, 01/01/1994 - 31/12/2000.* Vivo e
em
tratamento I ÓbitoT Vivo e fora de tratamento §
Tumor
neuroepitelial23
5.
DISCUSSÃO
Apesar
dos tumoresdo
SNC, como
um
grupo,serem
consideradoscomo
aSegunda
malignidademais
comum
da
infância, representamuma
grandevariedade de tipos histopatológicos.
A
freqüência de cada tipo histopatológico,que
constitui os tumoresdo
SNC,
varia de acordocom
a idade, o sexo, eo
localde surgimento
do
tumor, oque
dificultao
estudo epidemiológico destestumores.”
O
Instituto Nacionaldo Câncer
nos EstadosUnidos
criouum
programa
denominado
SEER
(Surveillance, Epidemiology,and
End
Results), presentedesde 1968,
que
coletadados
a respeitoda
incidência,do
tratamento, eda
mortalidade, nas crianças americanas
com
câncer .L34Os
dados
epidemiológicos relacionadoscom
a incidência e a mortalidadepor tumores,
em
crianças brasileiras, são pobres.Alguns
dados obtidosno
Instituto Nacional
do Câncer
(INCA)
do
Brasil, indicamque
os tumoresdo
SNC
estão entre as neoplasias
mais
freqüentesna
criança. 35A
incidência dos tumoresdo
SNC,
deforma
combinada, nos EstadosUnidos, é de 2,8 casos para cada 100.00 crianças por ano. Existindo
um
predomínio
no
sexo masculino,com
razão masculino-feminino de 1,1 : 1, ena
cor branca,
com
razão branco-preto de 1,2.W
No
presente estudo,houve
predomíniodo
sexo masculino,com
razãomas-
culino-feminino de 1,2 : 1, e
da
cor branca (97 %).Nos
dados
colhidosdo
programa
SEER
de 1973-
1980predominou o grupo
etário de 5 a
9
anos, sendoque 32
%
eram menores
de 5 anos.”No
estudodo
programa
SEER
de 1989-1991houve predomínio
nosmenores
de 5 anos.424
No
estudo atual,predominou
a faixa etária de 5 a9
anos (41,7 %), seguidopela faixa etária de 0 a
4
anos (30,7 %), e 10 a 14 anos (27,6 %).A
média
deidade foi 7 anos.
Neste
estudo, ogrupo
etário de O a 4 anosmostrou predomínio do
sexomasculino
com
razão masculino-feminino de 1,8 : 1.Nos
menores
de 2 anosnão
houve predomínio
de sexo,como também
na
faixa etária de 5 a 14 anos.A
etiologia dos tumoresdo
SNC
não
estábem
clara,mas
estudosmostram
um
aumento na
incidência dos tumoresdo
SNC,
não
relacionado apenas aomelhoramento
dosmétodos
de diagnóstico porimagem,
mas também
devido acausas ambientais ainda
não
bem
esclarecidas. 36No
estudo apresentado, amédia
do
número
de casos porano
foi de 18.Sendo que o
menor número
de casos foiem
1994, eo maior
número
de casosem
1999.A
mesorregião demaior
procedência foi ada
Grande
Florianópolis, fato este explicável, jáque
oSOH
do
HIJG
localiza-se nesta mesorregião.A
mesorregião demenor
procedência foi ado
Norte Catarinense,provavelmente,
porque
muitos casos sãoencaminhados
a centros especializadosno
Estadodo
Paraná, divisa norte de Santa Catarina.No
estudo a partirdo programa
SEER
1973-1980, 88%
dos tumoresmalignos
em
criançasforam
confirmados
microscopicamente.3lDas
127 criançascom
tumor do
SNC
estudadas, 91%
apresentavamo
exame
anatomopatológico, e 9%
não
apresentavam.Duffner
PK,
et al, publicaram estudoonde
os tumoresdo
SNC
mais comuns,
em
crianças americanas,foram
os Astrocitomas baixo grau (37 %), osMeduloblastomas
(23 %), os Astrocitomas supratentoriais alto grau (ll %), osGliomas
de tronco cerebral (9 %), e osEpendimomas
(8 %); este estudonão
25
De
la Torre, et al, descreveramque
os Astrocitomas eMeduloblastomas
como
os tumoresdo
SNC
mais comuns,
em
crianças mexicanas..37West
et al, descreveram osEpendimomas
como
o
3°grupo mais
comum
detumores
do
SNC
(8-10 %), vindo atrás de Astrocitomas eMeduloblastomas.”
Das
115 criançascom
tumor
deSNC
estudadas nesta pesquisa,em
que
obteve-se
o
exame
anatomopatológico, ostumores mais
comuns
foram
osAstrocitomas baixo grau (25,2 %), os
Meduloblastomas
(19,l %), osEpendimomas
(15,7 %), e os Craniofaringiomas (7,8 %).Os
tumores do
SNC,
nos 2 primeiros anos de vida,tendem
a ser deorigem
embrionária. 1'2'27 Eles
correspondem
a20
%
dos tumores cerebraisda
infância.”Nos
menores
de 2 anos,predominam
o Meduloblastoma
(23 %), seguidodo
Astrocitoma baixo grau (21 %), e
Ependimoma.
31Os
tumoresdo
plexo corióide,apesar de raros, são
mais
encontrados nosmenores
de 2 anos. 21Os
tumores detronco cerebral e Astrocitoma cerebelar são raros. 31
Neste
estudo, 6,3%
das crianças estudadaseram menores
de2
anos. Nestascrianças
predominaram
os tumores de alto grau,Ependimoma
anaplásico (28,6%),
Meduloblastoma
(28,6 %), eCarcinoma
de plexo coróide ( 14,3 %).No
estudo, as criançasdo grupo
etário, de 0 a4
anos, apresentaramcomo
tumor mais
freqüente,o
Ependimoma
(29,7 %), seguido pelo Astrocitoma baixo grau (21,6 %),Meduloblastoma
(l8,9 %),eTumor
de plexo corióide (8,l %).Segundo
DaffnerPK,
et al,no
grupo
etário de 5 a 9 anos, os tumoresmais
freqüentes
foram o Meduloblastoma, o
Astrocitoma baixo grau, incluindoo
Astrocitoma cerebelar.
Os Ependimomas
(4%)
foram
raros. 31No
presente estudo, as criançasdo grupo
etário de 5 a 9 anos tiveramcomo
tumores
mais
freqüenteso
Astrocitoma baixo grau (23,9 %), oMeduloblastoma
(2l,7 %),
o
Ependimoma
(l0,9 %),eo Oligodendroglioma
(8,7 %).No
estudo de Daffiier, et al,o grupo
etário de 10 a 14 anos apresentouo
26
freqüentes.
Os Ependimomas
e tumoresdo
tronco cerebralforam
menos
comuns.
31Neste
estudo,o grupo
etário de 10 a 14 anos ,mostrou que
os tumoresmais
comuns
eram o
Astrocitoma baixo grau (31,2 %),o Meduloblastoma
(15,6 %), eo Craniofaringioma (12,5 %). Outros tipos histopatológico
foram
menos
freqüentes.
Na
classificaçãodo
tumoresdo
SNC,
além do
tipo histopatológico, é levadaem
consideração sua localização,o que
não
ocorre para o maioria dostumores
pediátricosf
Dos
127 casos detumor do
SNC
estudados, 49,6%
eram
supratentoriais,44,9
%
eram
infratentoriais, e apenas 5,5%
eram
intramedulares.A
maioria, das neoplasias intracranianas ocorreem
região supratentorial(52
%).”
Estemesmo
valor foi encontradono
presente estudo,onde
52,5%
erasupratentorial, e 47,5
%
infratentorial.Nos
menores
de 2 anos e nos adolescentes, a localização preferencial é supratentorial (60 %).5”6De
la Torre, et al,observaram que
ostumores
infratentoriaisforam mais
freqüentes
no
grupo
etário de 2 a9
anos. 37Neste
estudo, as criançasda
faixa etária de0
a4
anos exibiram distribuiçãouniforme dos tumores intracranianos,
segundo
localização supra e infratentorial,mesmo
nosmenores
de 2 anos. Jáno
grupo
etário de 5 a 9 anos,predominou
alocalização infratentorial (52,8 %). Considerando-se apenas ao tumores
intracranianos, 53,8
%
eram
infratentoriais e 46,2%
supratentoriais.Nas
crianças maiores de 9 anos
predominaram
os tumores supratentoriais,correspondendo a 65,6
%
dos tumores intracranianos.Neste
estudo,predominou
a localização supratentorial (62,7 %),no
sexo27
predomínio
dosMeduloblastomas no
sexo masculino,que
são,na
sua grandemaioria, tumores primários
do
cerebe1o.12'21Na
localização supratentorial,Gliomas correspondem
a50
%,
incluindoAstrocitomas e Glioblastomas.
Nos Ependimomas
30
%
são supratentoriais.Os
Craniofaringiomas
correspondem
de 6 a 10%
dos tumores supratentoriais.”Os
tumores
supratentoriaismais comuns,
encontrados neste estudo,foram o
Astrocitoma baixo grau (22,9 %),
o
Craniofaringioma (14,8 %), oEpendimoma
(9,8 %), o
O1igodendrog1ioma(9,8
%),o
Glioblastoma (6,6 %), e ostumores
de plexo coróide (6,6 %).Na
fossa posterior, otumor mais
comum
éo Meduloblastoma,
representando40
%,
seguidodo
Astrocitoma edo
Ependimoma.
5”22Os
tumores
infratentoriaismais comuns,
neste estudoforam
o
Meduloblastoma
(44,7 %), Astrocitoma baixo grau (23,4 %), eo
Ependimoma
(21,7 %).
Os
tumores da
medula
espinhalcorrespondem
de 3 a6%
dos tumorespediátricos
do
SNC.
Em
geral, são tumoresbem
diferenciados, de baixo grau, eapenas
10%
possui alto grauou
anaplasia. 11347A
razão entre neoplasias intracranianas e intraespinhaisna
criança varia de20:1 a 5:1.
Mais
especificamente 10:1 para astrocitomas e 20:1 a 3:1 paraependimomas.
14O
Astrocitoma (60%)
éo
tipo histopatológicomais
comum,
seguido peloEpendimoma
(20-30%)
nos tumores primários intramedulares, esta relação éinversa
em
adultos. “JSOs
astrocitomas intramedularespossuem
predomínio
do
sexo masculino,com
razão masculino-feminino de 1,3: 1. 14Neste
estudo, a razão entre tumores intracranianos e intramedulares foi de17 : 1.
Os
tumores intramedulares tiveram distribuição pela idade,com
42,9%
28
anos.
Nos
tumores intramedulareshouve pouco
predomíniodo
sexo masculino(57,1 %).
Os
tipos histopatológicos intramedulares foram, Astrocitoma baixo grau (57,1 %),Ependimoma
baixo grau (28,6 %), eMeduloblastoma
( 14,3 %).Nos
EUA,
o
câncer é asegunda
causa demorte
nosmenores
de 15 anos,perdendo
apenas para os acidentes. 3”4”39Os
tumoresdo
SNC
foram
estimadoscomo
causa de45%
da
mortalidade pediátrica por malignidades.”A
sobrevidaem
5 anos, se considerarmos os tumoresdo
SNC
como
grupo, é de52
%.39No
presente estudo,o
status vital foi observado, sendoque
48,8%
seencontravam
VFT;
33,9%
foram
a óbito; e 17,3%
estavam
VET.
Todas
ascrianças
com
tumor do
SNC
que
faleceram, apresentavamdoença
resistente aotratamento, recidivada,
ou
residual.Estudos
mostram
que
a sobrevida de criançasmenores
de 2 anos émenor
do
que
para as outras faixas etárias.A
sobrevidaem
5 anoschega
a36
%,
provavelmente devido a alta mortalidade operatória; tentativa de protelar
o
emprego
da
radioterapia, evitando as gravesmorbidades
neurológicas; emaior
malignidade tumoral. 262751
Neste
estudo, 43,6%
das criançasmenores
de 5 anos faleceram, 35,9%
estavam
VFT;
e 20,5%
estavam
VET.
Considerando-se apenas as criançasmenores
de 2 anos, esta proporção foi ainda maior, sendoque
62,5%
faleceram;25
%
estavam
VFT;
e 12,5%
estavam
VET.
No
grupo
etário de 5 a9
anos, a maioria, 54,7%
estavaVFT;
30,2%
faleceu, e 15,1
%
estavaVET.
O
mesmo
padrão foi observadono grupo
etáriode 10 a 14 anos,
onde
54,3%
estavaVFT,
28,6%
faleceu, e 17,1%
estavaVET.
No
estudo realizado, a distribuiçãodo
status vital,segundo o
sexo, semanteve
uniforme. Considerando-seo
valor percentual; nasmeninas
e nosmeninos, respectivamente, 33,9
%
e 33,8%
foram
a óbito; 47,5%
e50
%
( 29
Analisando-se o status vital
segundo
a topografia dos tumores nas 127crianças estudadas, foi observado que, nos tumores supratentoriais, a maioria,
55,5
%
estavaVFT;
27
%
faleceu, e 17,5%
estavaVET.
Enquanto que
nostumores infratentoriais, 43,9
%
faleceu; 40,3%
estavaVFT,
15,8%
estavaVET.
A
sobrevidaem
5 e 10 anos de tumores intramedulares é, respectivamente,de
66
%
e 60%.6”17 Fatores consideradoscomo
indicadores demelhor
prognóstico,
em
tumores intramedulares pediátricos, são a idademenor
de 7anos,
o
sexo masculino, a duração de sintomas superior a 2 meses, adeformidade espinhal, a ausência de perda
da
sensibilidade,o
baixo grauhistopatológico, e a ressecção tumoral completa. 17
Neste
estudo, a maioria dos pacientescom
tumores
intramedulares (57,1%)
estava
VFT;
28,6%
estavaVET,
e 14,3%
faleceu.Os
tumores
Astrogliais,como
grupo,possuem
incidência anual de 1,7 por100.000 crianças/ano, nas crianças dos Estados Unidos. 1
São
ostumores
pediátricos
mais
freqüentesdo
SNC
(52 a 61 %). l'l2°21'Os
tumores Astrogliais pediátricospossuem
pouca
variação de suaincidência pelo sexo,
mas
parece havermaior
incidência nas crianças brancasem
relação as pretas. 1A
maior
parte dos tumores Astrogliais é de baixo grau, sendoo
Astrocitoma pilocíticoum
dos subtiposmais
comuns
na
infância, e geralmente localiza-seno
cerebelo.5°l2
Os
Gliomas
supratentoriais de baixo grau são compostos,principalmente, por Astrocitomas e
Gliomas
mistos, e localizam-semais
comumente
no
diencéfalo eno
nervo óptico. 5*“Os
Gliomas
alto graucorrespondem
de 7 a 11%
dos tumoresdo
SNC,
localizando-se
66
%
nos hemisférios cerebrais,20
%
na
linha média, e 15%
na
fossa posterior.
Os
tipos histopatológicosmais
comuns
sãoo
Astrocitoma30
A
sobrevidaem
5 anos dos Astrocitomas de baixoGrau no
programa
SEER
foi de 71
%
no
geral, e de 91%
para Astrocitomas cerebelares. 31Em
outrosestudos variou
segundo
a localização.Nos
supratentoriais localizados noshemisférios cerebrais foi de
40
a50
%,
nas vias ópticas foi de70
%,
e nosAstrocitomas cerebelares variou de
90
a 100 %.31A
sobrevidaem
5 anos dos Astrocitomas alto grau,no
estudoSEER,
foi de71 %.3l
Em
outros estudos,onde não
se individualizou a faixa etária, foi de 16 a30
%
para grau III, e de O a3%
para grau IV. 31 Esta grande variação ocorre,porque
os casos pediátricospossuem
melhor
sobrevidaque
os dos adultos. 31A
sobrevida
em
5 anos,do
Glioblastoma, é praticamente nula, enão houve
melhora
desta,mesmo com
advento denovos
esquemas
quimioterápicos. 2026Neste
estudoo
Astrocitoma baixo graupermaneceu
como
o
tipohistopatológico
mais
comum,
em
todos os grupos etários, excetuando-se ascrianças
menores
de 2 anos,onde
este tipo histopatológico foimenos
freqüente.Não
houve
diferença de sexo importante.O
Astrocitoma baixo graupredominou
na topografia
supratentorial 48,3%;
37,9%
eram
infratentoriais; e 13,8%
intramedulares.
Nos
Astrocitomas baixo grau, a maioria,69
%,
estavaVFT;
20,7%
estavaVET,
e 10,3%
faleceu.O
Astrocitoma anaplásico tevepouca
ocorrência neste estudo,com
apenas2
casos registrados.
Um
dos casos possuíamenos
de 5 anos eo
outro estavano
grupo
etário de 5 a9
anos.Ambos
eram do
sexo feminino.Um
caso era supratentorial e o outro infratentorial.Um
dos casos foi a óbito, e o outro estavaVET.
'No
presente estudo,houve predomínio do
sexo femininono
Glioblastomacom
razão masculino : feminino de 1 : 3,porém
foram
poucos
casos registrados.Glioblastoma teve
maior
ocorrência nos maiores de9
anos,onde
observou-se 2casos (50 %).
Todos
os casoseram
supratentoriais.A
maioria, dos pacientes31
O
glioma
misto representa neoplasiacom
a presença de 2ou mais
tipos decélulas gliais, e são
mais
freqüentesno
cérebro.”Neste estudo observou-se
4
casos deGlioma
misto, sendo 2 casos nosmenores
de 5 anos e 2 casos nos maiores de 9 anos.Não
houve
diferençaimportante
em
relação ao sexo.Apresentou
distribuição topográfica uniforme.A
maioria dos pacientescom
o tipo histológicoGlioma
misto (75%)
estavaVFT,
e l (25%)
estavaVET.
Os
Gliomas do
tronco cerebralcorrespondem
de 10 a 15%
de todos ostumores do
SNC
em
crianças, epermanecem
sendo ostumores
intracranianosmais
resistentes a tratamento.ms
A
faixa etáriamais
acometida éde
5 a9
anos,com
razão por sexo uniforme. 5A
biópsia é possívelem
apenas *Áde
todos oscasos ao diagnóstico. 5
A
sobrevidaem
5 anos, de gliomasdo
tronco cerebral,no
programa
SEER
foi de 18%.
Em
outros estudos variou de 17 a30
%.3lNo
presente estudohouve
um
caso confirmado deGlioma
do
troncocerebral. Esta criança se encontrava
no grupo
etário de 5 a 9 anos, erado
sexofeminino, e faleceu.
O
Oligodendroglioma
éum
tumor
astroglialincomum.
21Neste
estudo, oOligodendroglioma
tevemaior
ocorrênciano
grupo
etário de5 a
9
anos (57,l %).Não
houve
diferença importanteno
sexo.A
maioria, 85,7%
era supratentorial; apenas 1 (14,3
%)
era infratentorial.Nos
Oligodendrogliomas, a maioria, 71,4
%,
estavaVFT;
1 estavaVET,
e 1 faleceu.O
Ependimoma
corresponde de 8 a 10%
dos tumoresdo
SNC,
sendo o
3°tumor
pediátricomais
freqüenteno
SNC.
213 8'4°Tem
predomínio
nas criançasmenores
de 5 anos (60 %). 13638Não
possuipredomínio
de sexo. 538A
maioriaocorre
na
fossa posterior, surgindono
tetodo
4° ventrículo. 21'38”40Pode
se formara partir
do
revestimentodo
canal centralda
medula
espinhal. 5Noventa
porcento dosEpendimomas
são intracranianos,sendo que
60
%
são infratentoriais e30
%
32
supratentoriais. 52238
Dez
porcento dosEpendimomas
é intramedular,representando
25
%
de todos ostumores
intramedulares. 5A
sobrevidaem
5 anos dosEpendimomas
no
estudodo programa
SEER
foide
28
a32
%,
em
outros estudos variou de 12,5 a 21 %.31°39”4°Neste
estudo, oEpendimoma
tevepouco predomínio do
sexo masculino,com
relação masculino-feminino de 1,2 : 1.O
Ependimoma
teve pico etário nosmenores
de 5 anos (61,1 %).Houve
queda da
ocorrência destetumor
após os4
anos de vida,
com
27,8%
de 5 a9
anos, e 11,1%
de 10 a 14 anos.Predominou
atopografia
infratentorial (55,6 %); 33,3%
eram
supratentoriais, e 11,1%
eram
intramedulares.
A
maioria dos pacientescom
Ependimoma
foram
a óbito(61,1
%);
33,3%
estavaVFT,
e 5,6%
VET.
As
neoplasiasdo
plexo corióide, geralmente localizam-se nos ventrículoslaterais e 3° ventrículo, representando de 1 a 2
%
de todos os tumoresintracranianos
da
infância. 2l”4°`42Ocorrem
na
ladécada
de vida, eo carcinoma
do
plexo corióide é visto,mais
comumente,
em
criançasmenores
de2
anos. 22”4°Nas
séries estudadas encontrou-se razão de 4:1 entre papilomas e carcinomas. 41Apesar
do
Carcinoma
de plexo corióide ser considerado de naturezamais
agressiva,
nem
sempre
ocomportamento
clínicodo
tumor
correlaciona-secom
o
tipo histopatológico. 42
Após
cirurgia eRT,
a maioria das criançascom
neoplasias
do
plexo coróidetem
longa sobrevida. 42 Estudosmostram
que
osCPC
são quimiossensíveis. 41Neste
estudo, ostumores
do
plexo coróidepredominaram nos menores
de 5anos (75 %), sendo
que
50
%
foram
em
menores
de 2 anos.Não
houve
diferençaimportante
no
sexo.Todas
estas crianças, neste estudo,estavam
VFT.
O
Tumor
neuroepitelial desiembrioblástico, éum
tumor
astroglial de baixograu
incomum,
geralmente localizadono
lobo temporal, eque
ocorreem
33
histopatológico,
ambos
em
maiores de 4 anos, e supratentoriais.Segundo
statusvital, 1 estava
VET,
e 1 estavaVFT.
Os
tumores
neuroepiteliais primitivos, primariamenteo
Meduloblastoma
eo
Neuroblastoma
intracraniano,possuem
incidência 0,6 casos cada 100.000crianças/ano, e representam de 15 a 27,5
%
dos tumoresdo
SNC,
em
crianças.LZL43
Possuem
predomínio no
sexo masculino,com
razão masculino-femininode 1,4 : 1, e nas crianças
menores
de4
anos. 136A
maioria dosMeduloblastomas
ocorrena
ladécada
devida,
com
pico deincidência aos 5 anos de idade,
com
relação masculino-feminino de 2 :l. 5O
Meduloblastoma
ocorre, geralmente,na
fossa posterior.12”2l”43O
tumores
neuroepiteliais primitivos supratentoriais sãomenos
freqüentes,podendo
se originarna
regiãoda
glândula pineal (Pineoblastoma)ou
na
corticaldo
cérebro (Neuroblastoma) (2,5 %)9°12'43Paulino et al, apresentou estudo sobre tumores neuroectodérmicos
primitivos,
onde
amédia
de idade foi de 9 anos.A
maioria possuía localizaçãona
fossa posterior (76 %), e24
%
era supratentorial.A
taxa de sobrevidaem
5anos foi de
77
%,
no
geral.Mas
meduloblastomas tinham
taxa de sobrevidaem
5 anos de 86,3
%,
e tumores supratentoriais de apenas47
%.43A
sobrevidaem
5 anosdo Meduloblastoma segundo
estudodo programa
SEER
foi de39
%.
Outros estudosdemonstraram
melhor
sobrevida, entre66
e77
%.
Issopode
refletir estudoscom
pacientes selecionados e tratadosem
centros especializados. 31
Neste
estudo,houve predomínio do
sexo masculinono Meduloblastoma,
com
razão masculino : feminino de 3,4 : 1.O
Meduloblastoma
teve pico etáriode 5 a 9 anos (45,5 %); e