• Nenhum resultado encontrado

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO"

Copied!
35
0
0

Texto

(1)

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

RELATÓRIOS E CONTAS 2012

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

(2)

Í

NDICE

ENTIDADEGESTORA ... 3

ÓRGÃOSECORPOSSOCIAIS ... 3

FUNDOSSOBGESTÃO... 4

MERCADOS... 5

CONJUNTURA MACRO-ECONÓMICA ... 5

MERCADOSFINANCEIROS ... 11

RELATÓRIOS DE ACTIVIDADE DOS FUNDOS SOB GESTÃO... 19 FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO CA MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ TESOURARIA (Reg. CMVM nº 28)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ EUROPA (Reg. CMVM nº 483)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ GLOBAL (Reg. CMVM nº 482)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ POUPANÇA ACÇÕES (Reg. CMVM nº 263)

FUNDO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ CONSERVADOR (Reg. CMVM nº 622)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA SAÚDE VALORIZAÇÃO (Reg. CMVM nº 1207)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO CRESCENTE (Reg. CMVM nº 1238)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO (Reg. CMVM nº 1266)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO II (Reg. CMVM nº 1316)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO III (Reg. CMVM nº 1332)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO IV (Reg. CMVM nº 1338)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDA SEMESTRAL (Reg. CMVM nº 1358)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO MAIS (Reg. CMVM nº 1368)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO MAIS II (Reg. CMVM nº 1373)

(3)

E

NTIDADE GESTORA

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

Nº de Registo na CMVM: 188

Data de Início de Actividade: 29/07/1991

Sede Social: Av. da República, 23 - 1050-185 Lisboa Capital Social: 1 000 000 Euros

Nº Único de Pessoa Colectiva: 502 124 695

Ó

RGÃOS E CORPOS SOCIAIS MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente Avelino Meira do Poço Secretário João Manuel Pires Lopes

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Vogal Eduardo Augusto Pombo Martins*

Vogal Sérgio Manuel Raposo Frade

Vogal Sérgio Manuel Arsénio Alves Contreiras Vogal João Gante Gonçalves

Vogal João Manuel Aleixo Barata Lima

CONSELHO FISCAL

Presidente José Daniel Pereira Rito Alves Vogal José Júlio Faria da Costa

Revisor Oficial de Contas Salgueiro, Castanheira & Associado, S.R.O.C.,

representado por Natércia Pires Fernandes Castanheira (ROC nº 837)

Suplente Fernando da Silva Salgueiro (ROC nº 774) COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

Nuno Bartolomeu Nunes Alves Cordeiro

Manuel Valentim Correia Stichaner Lacasta Jesus João Paulo Viana Gonçalves Pedro

*Coordenador do Conselho de Administração por designação dos restantes membros do Conselho de Administração por renúncia do Presidente eleito Dr. Mário Dúlio de Oliveira Negrão de 14/11/2012 e tornada efectiva em 31/12 /2012 nos termos da legislação aplicável.

(4)

F

UNDOS SOB GESTÃO

ƒ FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO CA MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

ƒ FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ TESOURARIA (Reg. CMVM nº 28)

ƒ FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

ƒ FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ EUROPA (Reg. CMVM nº 483)

ƒ FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ GLOBAL (Reg. CMVM nº 482)

ƒ FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ POUPANÇA ACÇÕES (Reg. CMVM nº 263)

ƒ FUNDO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ CONSERVADOR (Reg. CMVM nº 622)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA SAÚDE VALORIZAÇÃO (Reg. CMVM nº 1207)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO CRESCENTE (REG. CMVM Nº 1238)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO (REG. CMVM Nº 1266)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO II (REG. CMVM Nº 1316)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO III (REG. CMVM Nº 1332)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO IV (REG. CMVM Nº 1338)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDA SEMESTRAL (Reg. CMVM nº 1358)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO MAIS (Reg. CMVM nº 1368)

ƒ FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO MAIS II (Reg. CMVM nº 1373)

(5)

M

ERCADOS

1.

C

onjuntura

M

acro-

E

conómica 1.1. Economia Mundial

Em 2012, a manutenção de políticas monetárias ultra-acomodatícias nos principais blocos económicos e o papel mais interventivo do Banco Central Europeu na resolução da crise das dívidas soberanas contribuíram decisivamente para o maior apetite pelo risco presenciado nos mercados financeiros. A menor percepção de riscos sistémicos teve particular relevância na segunda metade do ano após as palavras de Mário Draghi de que “tudo faria para ultrapassar a crise financeira na Europa”. A nível global, assistiu-se a um arrefecimento progressivo da actividade económica, sendo que as estimativas mais recentes apontam para um crescimento de 3,2% em 2012, menos que os 3,9% registados no ano anterior. À fragilidade assistida no bloco desenvolvido, juntou-se uma desaceleração mais pronunciada do bloco emergente (de 6,3% para 5,1%).

Na Europa, a crise das dívidas soberanas entrou numa nova fase. No primeiro trimestre, o lançamento de dois programas de refinanciamento de longo prazo (LTRO a 36 meses) favoreceu uma normalização progressiva dos prémios de risco na periferia e na Grécia foram conhecidos os contornos do segundo pacote de auxílio financeiro (EUR 130 mil mn), incluindo pela primeira vez a participação do sector privado nas perdas. No segundo trimestre surgiram os primeiros sinais de arrefecimento da economia global, uma série de ciclos eleitorais críticos na Zona Euro (Grécia e França) e uma incerteza crescente em torno do sistema financeiro espanhol. As palavras de Mário Draghi no final de Julho e o lançamento do programa “OMT” por parte do BCE já em Setembro marcaram nova fase de estabilização do mercado de taxa fixa europeu e de maior apetência pelo risco.

Já nos Estados Unidos, continuaram a assistir-se a sinais tranquilizadores no mercado imobiliário local e a criação de postos de trabalho contribuiu decisivamente para uma redução gradual da taxa de desemprego dos 8,5% para os 7,8% registados em Dezembro.

Em termos de política monetária, a Reserva Federal comprometeu-se em manter a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 0% e 0,25% até 2015 e, já em Setembro, anunciou um programa de estimulo monetário de valor total ilimitado (“QE unlimited”) – compra mensal de até USD 40 mil mn em activos colateralizados (MBS). Em Dezembro, o FED substituiu o programa “operation twist” pela aquisição mensal de até USD 45 mil mn em obrigações do tesouro de longo prazo de forma a fortalecer a injecção de liquidez na economia.

(6)

Economia Mundial, Previsões FMI Produto Interno Bruto

(Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

2013 2014

Estimativa Projecção

Economia Mundial 3,9 3,2 3,5 4,1

Países Desenvolvidos 1,6 1,3 1,4 2,2

Estados Unidos 1,8 2,3 2,0 3,0

Zona Euro 1,4 -0,4 -0,2 1,0

Japão -0,6 2,0 1,2 0,7

Países em vias de Desenvolvimento 6,3 5,1 5,5 5,9

Brasil 2,7 1,0 3,5 4,0

Rússia 4,3 3,6 3,7 3,8

Índia 7,9 4,5 5,9 6,4

China 9,3 7,8 8,2 8,5

(1) FMI: World Economic Outlook, Update Janeiro de 2013.

Indicadores (1) 2011 2012

Nas economias emergentes verificou-se um arrefecimento moderado do ritmo de crescimento económico num cenário de baixas pressões inflacionistas e de redução das taxas directoras dos principais bancos centrais. A China, depois de 7 trimestres consecutivos de abrandamento da actividade económica, apresentou os primeiros sinais de reaceleração no quarto trimestre registando um crescimento homólogo do PIB de 7,9%, acima dos 7,4%

registados no terceiro trimestre. Ainda assim, o abrandamento económico presenciado no bloco emergente e, consequentemente, na economia global, esteve na génese dos programas de estímulo monetário apresentados, em particular, na recta final de 2012.

De acordo com as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia global terá crescido a uma taxa de 3,2% em 2012, arrefecendo face aos 3,9% verificados no ano de 2011. Neste particular, as economias em vias de desenvolvimento permaneceram os principais motores do crescimento da economia mundial (+5,1%). Para o total de 2012, a China (+7,8%), a Índia (+4,5%), a Rússia (+3,6%) e o Brasil (+1,0%) terão visto recuar as suas taxas de crescimento económico face a níveis de 2011. Já as economias industrializadas, com a excepção da Zona Euro, a atravessar um novo período recessivo (- 0,4%), apresentaram uma melhoria modesta face ao registo de 2011 – EUA (+2,3%) e Japão (+2%).

Ao longo de 2012, assistiram-se na Zona Euro a importantes sinais de estabilização. O maior compromisso assumido por parte dos responsáveis políticos europeus em solucionar a crise das dívidas soberanas e o papel mais interventivo do Banco Central Europeu na alteração de expectativas dos agentes económicos contribuíram decisivamente para acomodar o nervosismo decorrente não só da apresentação do segundo e terceiro pacotes de auxilio financeiro à Grécia (primeiro e segundo programas de assistência financeira coordenados pelo FEEF) mas também a maior percepção de risco em torno do sistema financeiro espanhol. Paralelamente, foram lançadas as bases rumo a uma efectiva união bancária, onde o BCE passará a assumir a supervisão directa dos maiores bancos da Zona Euro.

No arranque do ano, na sequência do lançamento de dois programas de refinanciamento de longo prazo (LTRO a 36 meses), assistiu-se a uma normalização dos prémios de risco da periferia europeia, com particular incidência no risco soberano português. No segundo trimestre, são conhecidos os contornos do segundo pacote de auxílio financeiro à Grécia

(7)

(EUR 130 mil mn), incluindo pela primeira vez a participação do sector privado nas perdas.

A solução encontrada contemplou um "haircut" de 53,5% da dívida total grega (do total de EUR 200 mil mn) e a troca dos 46,5% remanescentes por novas obrigações gregas com maturidades entre 11 e 30 anos (31,5%) e por dívida de curto prazo emitida por parte do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (15%).

Entre Abril e Junho, a sucessão de ciclos eleitorais na Zona Euro – Grécia e França - conduziram a novo período de incerteza nos mercados financeiros. Em França, o novo executivo de François Hollande prometia um maior apoio por medidas de crescimento económico em aposição à austeridade defendida pela chanceler alemã Ângela Merkel. Em Espanha, a fragilidade do sector financeiro haveria de culminar na formalização de um pedido de ajuda financeira à banca avaliado em EUR 100 mil mn. Neste período foi também evidente uma maior abertura da Alemanha em matérias como a recapitalização directa dos bancos por parte do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e do novo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Esta entrada directa nos bancos estaria no entanto condicionada à criação de uma entidade europeia de supervisão bancária.

Em Julho, às dificuldades do sistema financeiro espanhol junta-se um período de difícil acesso ao mercado por parte de diversas regiões (Valência, Múrcia e Catalunha) criando incerteza acrescida quanto a um eventual pedido de auxílio financeiro a Espanha. A escalada das “yields” espanholas e italianas em mercado secundário intensificava-se e Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, compromete-se no final de Julho “a tudo fazer para preservar a estabilidade da Zona Euro”. As palavras de Mário Draghi foram interiorizadas pelo mercado e assiste-se a novo período de apetite pelo risco e de redução das taxas de juro da periferia. Em Setembro, e já após o BCE ter reduzido a sua taxa de juro directora para 0,75%, é anunciado o programa de “Transacções Monetárias Directas”

(OMT) com vista à aquisição ilimitada de dívida soberana de países da Zona Euro para maturidades entre 1 e 3 anos, estando este condicionado à existência de um pedido formal de auxílio financeiro dirigido aos mecanismos europeus de estabilidade (FEEF e MEE).

Também em Setembro, os “stress tests” realizados à banca espanhola revelam insuficiências de capital de EUR 59,3 mil mn, abaixo dos EUR 100 mil mn acordados em Junho com o Eurogrupo. Na Cimeira Europeia de 18 de Outubro, apesar de um compromisso de fundo assumido pelos congéneres europeus quanto à implementação de uma união bancária europeia, não ficou totalmente estabelecido em que condições o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) poderia participar directamente no processo de recapitalização da banca. No final de Novembro, o Eurogrupo e o FMI chegaram a acordo para desbloquear cerca de 43,7 mil milhões de Euros para a Grécia, flexibilizando as metas de redução da dívida pública (124% do PIB em 2020) e aligeirando as necessidades de financiamento do país.

Para este fim, foi acordada uma redução de 1% dos juros aplicados ao primeiro programa de ajuda financeira e uma extensão de 15 anos nos empréstimos conferidos ao abrigo do primeiro e do segundo programas de ajuda financeira. Foi igualmente acordado o lançamento de um programa de “buyback” de dívida pública grega e a passagem, a favor da Grécia, dos ganhos alcançados pelo BCE na aquisição de obrigações gregas em mercado secundário. O sucesso de ambas as operações ditou de sobremaneira o forte apetite pelo risco e por “yield” que se assistiu de forma praticamente ininterrupta até final do exercício de 2012.

Nos Estados Unidos, o arrefecimento presenciado na segunda metade do ano não impediu que se registasse um crescimento económico anual de 2,3%, acima dos 1,8% registados em 2011. No mercado imobiliário, a construção de novas casas e a venda de casas existentes assistiram a uma recuperação evidente. A criação de postos de trabalho e os

(8)

pedidos semanais de subsídio de desemprego evoluíram igualmente de forma satisfatória, o que permitiu que a taxa de desemprego recuasse para 7,8% no último trimestre de 2012, ainda assim distante dos níveis de pleno emprego (5%) verificados antes da crise. Em Setembro, a Reserva Federal norte americana apresentou um programa de estímulo monetário de valor total ilimitado (QE3) - USD 40 mil mn mensais em activos colateralizados por créditos à habitação (MBS) – e, já em Dezembro, apresentou novo programa de compra mensal de até USD 45 mil mn em “treasuries” de forma a compensar o “phase out” da

“operation twist”, que até aí garantira a venda simultânea de emissões curtas para financiar a compra de títulos da dívida norte-americana de longo prazo.

Segundo as estimativas de crescimento económico do FMI para 2013, a economia global deverá reacelerar para 3,5% dos actuais 3,2%, reflectindo uma melhoria ligeira em ambos os blocos emergente (de 5,1% para 5,5%) e industrializado (de 1,3% para 1,4%). Entre países desenvolvidos, os Estados Unidos deverão crescer 2,0%, menos que os 2,3%

registados em 2012 reflexo de um arranque de ano mais frágil em termos de crescimento económico. A economia norte-americana apresentou uma contracção de 0,1% no quarto trimestre de 2012 reflexo de uma redução sem precedentes do investimento público em defesa. Já a Zona Euro (-0,2%) deverá permanecer em território recessivo, penalizada pela prossecução de medidas de austeridade na periferia e por um arrefecimento da actividade industrial no bloco “core”. Da mesma forma, o Japão deverá avançar 1,2% e o Reino Unido deverá apresentar um crescimento ligeiro de 1%. A China deverá crescer 8,2% em 2013, seguida pela Índia (+5,9%), Rússia (+3,7%) e Brasil (+3,5%).

A actividade económica deverá continuar crescer de forma moderada em 2013, na medida em que os agregados consumo privado e investimento público continuarão fortemente condicionados pela necessidade de recomposição de poupanças das famílias e de correcção dos défices orçamentais excessivos. O ciclo de “deleverage” financeiro e de reequilíbrio dos balanços dos agentes económicos nas economias ocidentais demorará anos a concluir e provocará fortes constrangimentos ao crescimento económico das principais economias mundiais.

De acordo com o FMI, o maior compromisso dos responsáveis políticos da Zona Euro na resolução da crise financeira reduziu substancialmente os riscos de “downside” na região, muito embora a recuperação continue adiada no futuro próximo. O “outlook” de curto prazo foi mais uma vez revisto em baixa pelo FMI, reflectindo um desfasamento na transmissão da redução dos “spreads” soberanos e da melhoria da posição de liquidez dos bancos na economia real e nas condições de concessão de crédito ao sector privado. Da mesma forma, o FMI refere que a crise financeira europeia, apesar das melhorias recentes, não foi ainda ultrapassada, persistindo riscos de implementação das medidas entretanto anunciadas.

Nos Estados Unidos, o crescimento económico deverá situar-se nos 2% em 2013, isto assumindo que é evitada no curto prazo uma consolidação fiscal excessiva, consolidação esta que terá de ser no entanto suficiente para tornar credível uma futura correcção dos desequilíbrios das contas públicas e das contas externas. A nível global, ainda que o crescimento no bloco emergente deva acelerar em 2013 não é antecipável um regresso aos elevados patamares de crescimento económico registados em 2010-11. De acordo com o FMI, a margem de manobra para o lançamento de novas políticas acomodatícias de cariz monetário a nível mundial é limitada, isto atendendo aos recentes programas apresentados pelos principais bancos centrais mundiais.

(9)

1.2. Economia Portuguesa

Num cenário de normalização da crise das dívidas soberanas na Zona Euro, a economia portuguesa permaneceu em 2012 debaixo de um rigoroso programa de assistência financeira, conforme negociado com a “troika” em Abril de 2011. Por essa via, continuou a ser seguida uma linha de austeridade, procurando promover-se uma correcção gradual dos profundos desequilíbrios macroeconómicos agravados ao longo da última década. Em meados de Novembro, Portugal recebeu nota positiva da sexta avaliação conduzida pelo FMI, BCE e Bruxelas, tendo sido libertada consequentemente a sétima tranche (2,5 mil mn EUR) prevista no quadro de assistência financeira. Dessa forma, Portugal terá já recebido perto de 87% do total previsto para todo o programa (EUR 78 mil mn).

A economia portuguesa terá recuado 3% em 2012, de acordo com as estimativas mais recentes do Banco de Portugal publicadas no seu Boletim Económico de Inverno. Este fraco desempenho ter-se-á ficado a dever à evolução francamente negativa da Procura Interna (- 6,9%), reflexo do agravamento da carga fiscal e da desalavancagem das famílias, das empresas e do sector público. A política económica seguida em Portugal, e negociada no actual Programa de Assistência Económica e Financeira, procura garantir o restabelecimento dos equilíbrios macroeconómicos básicos, a redução das necessidades crónicas de financiamento externo e a abertura dos mercados financeiros internacionais. Atendendo ao elevado nível de endividamento externo, a redução da procura interna necessária para assegurar as condições de solvabilidade da economia portuguesa assume uma dimensão sem precedentes.

Neste sentido, o Banco de Portugal estima que o consumo privado tenha recuado 5,5% em 2012, que o consumo público tenha caído 4,5% e que a Formação Bruta de Capital Fixo tenha voltado a apresentar uma queda de duplo dígito (-14,4%). Esta tendência de queda dos agregados macroeconómicos deverá persistir em 2013, ainda que a um ritmo gradualmente mais suave. A evolução favorável da procura externa (Exportações +4,1% e Importações -6,9%) voltou mitigar a queda agregada do produto interno bruto. A procura externa permanecerá, no entanto, dependente da evolução macroeconómica dos principais parceiros europeus e de novos desenvolvimentos em torno da crise financeira da Zona Euro.

De referir, que a Balança Corrente e de Capital ter-se-á situado em 2012 próxima do nível zero (-0,1% do PIB), o que é revelador do enorme esforço de correcção dos desequilíbrios externos encetado desde 2011.

Portugal, Previsões Banco de Portugal

Agregados Macroeconómicos, Indicadores Económicos e Financeiros (Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

2013 2014

PIB -1,6 -3,0 -1,9 1,3

Consumo Privado -3,6 -5,5 -3,6 0,1

Consumo Público -3,2 -4,5 -2,4 1,5

FBCF -11,2 -14,4 -8,5 2,8

Procura interna -5,2 -6,9 -4,0 0,8

Exportações de Bens e Serviços 7,3 4,1 2,0 4,8

Importações de Bens e Serviços -4,3 -6,9 -3,4 3,5

Conta Corrente em % do PIB -6,8 -0,1 3,1 4,4

Indíce de Preços no Consumidor (IHPC) 3,6 2,8 0,9 1,0

(1) Banco de Portugal: Boletim Económico, Inverno de 2012.

Projecções

Indicadores (1) 2011 2012

(10)

Neste contexto, o Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 1,9%

em 2013 e que regresse ao crescimento económico positivo em 2014 (+1,3%). No que diz respeito à Procura Interna, a sua evolução em 2013 e 2014, -4% e +0,8% respectivamente, deverá seguir condicionada pela deterioração das condições do mercado de trabalho, pela redução do rendimento disponível das famílias e pela implementação das medidas impostas no Memorando de Entendimento celebrado com a “troika” (União Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional). De acordo com as projecções avançadas no Boletim de Inverno do Banco de Portugal, o Consumo Privado deverá recuar 3,6% em 2013, estabilizando posteriormente em 2014 (+0,1%).

Da mesma forma, o Consumo Público (-2,4% em 2013 e +1,5% em 2014) e a Formação Bruta do Capital Fixo (Investimento -8,5% e +2,8%) deverão assistir a um ponto de inflexão nos últimos trimestres de 2013. Em termos de Procura Externa, o Banco de Portugal estima que as Exportações continuem a evoluir de forma favorável (+2% em 2013 e +4,8% em 2014) enquanto que as Importações recuem pelo último ano em 2013 (-3,4%). De acordo com o Banco de Portugal, as Importações deverão registar uma subida de +3,5% em 2014.

Estes registos deverão permitir que passemos a atingir um saldo positivo das balanças corrente e de capital (+3,1% do PIB em 2013 e +4,4% do PIB em 2014).

Para 2014, a projecção de um aumento da actividade económica de 1,3% teve por base meramente as medidas de consolidação orçamental incluídas no Orçamento de Estado de 2013. Dessa forma, este número deverá ser interpretado com particular prudência, dado que as autoridades já anunciaram a necessidade de delinear medidas adicionais para cumprir os objectivos orçamentais assumidos ao longo do horizonte da projecção. Já a inflação, medida pelo crescimento do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), deverá estabilizar em torno de 1% ao longo de 2013 e 2014, o que representa uma descida face ao valor de 2,8% observado em 2012. Este abrandamento será perceptível já no início de 2013, à medida que comecem a dissipar-se os efeitos do aumento da tributação indirecta e dos preços de bens administrados registados no início de 2012.

No que toca à evolução das Finanças Públicas, o défice orçamental em 2012 ter-se-á situado nos 5% do Produto Interno Bruto (PIB), em linha com as metas revistas pela

“troika” para Portugal no decurso da quinta avaliação efectuada ao Programa de Ajustamento Financeiro. O défice das administrações públicas terá ascendido, no final do ano, aos 8,32 mil milhões de Euros beneficiando da receita extraordinária decorrente da privatização da ANA. Já no final de Janeiro, foi igualmente anunciado de que a União Europeia estaria disponível em alargar o prazo do pagamento dos empréstimos do FEEF e MEEF de forma a facilitar o regresso de Portugal aos mercados financeiros. A este propósito refira-se que, já no decurso de 2013, Portugal conseguiu colocar 2,5 mil milhões de Euros em dívida a cinco anos, acima dos 2 mil milhões inicialmente previstos, tendo-se financiado para o efeito a uma taxa de 4,891%.

No que toca ao Orçamento de Estado para 2013, este estabelece essencialmente uma estratégia de consolidação focada na Receita e em particular nos impostos sobre as famílias.

A nível da Despesa, o OE2013 prevê um conjunto de medidas de que se destaca a continuação da redução do número de efectivos e das despesas de investimento das administrações públicas. Estas medidas implicam uma redução material do consumo e investimento públicos em 2013, ainda que de menor amplitude relativamente a 2012. Por seu turno, o expressivo aumento da tributação sobre as famílias implica uma redução do rendimento disponível, cuja magnitude, em termos reais, o Banco de Portugal estima que seja próxima da que ocorreu em 2012.

(11)

2.

M

ercados

F

inanceiros

Em 2012, apesar da desaceleração económica presenciada à escala global, os principais mercados financeiros internacionais apresentaram um desempenho sólido, resultado da manutenção de políticas monetárias ultra-acomodatícias e de um maior compromisso das instâncias europeias no combate à crise financeira. Nesse particular, assistiu-se a uma normalização progressiva no mercado de taxa fixa e a uma menor percepção de riscos sistémicos decorrente de um maior intervencionismo do Banco Central Europeu. Os

“spreads” de crédito recuaram de forma material espelhando o maior apetite por “yield” e a resiliência apresentada nos lucros e margens operacionais das empresas. Da mesma forma, os prémios de risco soberanos da periferia estreitaram-se dramaticamente face à zona “core”, com particular incidência na dívida pública portuguesa.

Os primeiros três meses do ano foram assim positivos para a generalidade dos mercados bolsistas. As duas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO 36 meses) conduzidas pelo Banco Central Europeu, em Dezembro de 2011 e no final de Fevereiro de 2012, obtiveram uma procura agregada de, respectivamente, EUR 489 mil mn e EUR 529 mil mn, originada em cerca de 800 instituições financeiras. O aumento do balanço do BCE, para cima dos EUR 3 tn, permitiu colmatar as necessidades de liquidez do sistema financeiro europeu, suportando ainda um movimento progressivo de descida das “yields”, sobretudo na periferia europeia. Este movimento só viria a ser interrompido em meados de Abril, quando as “yields” espanholas e italianas alargaram em antecipação a períodos eleitorais decisivos em França e na Grécia.

Em Espanha, a semi-nacionalização do Bankia, o terceiro maior banco espanhol, e a escalada das necessidades da instituição, avaliadas em EUR 23,5 mil mn, conduziram os custos de financiamento da quarta maior economia da Zona Euro a máximos desde a introdução do euro, suplantando os 6,5% nos 10 anos. Mariano Rajoy formalizava posteriormente um pedido de auxilio financeiro à sua banca, num pacote orçado em até EUR 100 mil mn, e inundava o mercado de incerteza quanto à eventual apresentação de um pedido de auxilio financeiro a Espanha, à imagem do que sucedera a Grécia, Irlanda e Portugal. De forma a travar o contágio do movimento de subida de “yields” a Espanha e Itália, Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, assumiu no final de Julho o compromisso de garantir a estabilidade do Euro. O anúncio de Mário Draghi de que faria

“tudo o que estivesse ao seu alcance para ultrapassar a crise financeira” foi suficiente para iniciar um forte movimento de subida dos activos de risco, com particular incidência no crédito e nas acções.

Este discurso foi reforçado já em Setembro com o anúncio do programa de “Transacções Monetárias Directas” (OMT) para a aquisição ilimitada por parte do BCE de obrigações de países da Zona Euro no mercado secundário de dívida soberana. O programa destinar-se-ia à aquisição de obrigações entre um e três anos, estando este condicionado à existência de um pedido formal de auxílio financeiro dirigido aos mecanismos europeus de estabilidade (FEEF e MEE). Também nos EUA, foi apresentado em Setembro um programa de estímulo monetário de valor total ilimitado (QE3) - USD 40 mil mn mensais em activos colateralizados por créditos à habitação (MBS). Esta medida teve por objectivo sustentar a recuperação do mercado imobiliário norte-americano e a descida progressiva dos níveis de desemprego. Em Dezembro, com o programa “operation twist” em “phase out”, o FED anunciou também um programa de aquisição directa de até USD 45 mil mn por mês em títulos de dívida pública norte-americana de longo prazo.

(12)

O fortalecimento das medidas de carácter não convencional de política monetária a nível global e a convicção de que muitos dos “tail risks” em torno da crise financeira europeia se terão desvanecido contribuíram para um segundo semestre extremamente positivo nos mercados financeiros internacionais. O efeito liquidez decorrente das injecções providenciadas por bancos centrais e a expectativa em torno dos compromissos assumidos terão sido os principais responsáveis pelo forte apetite pelo risco presenciado. A incerteza em torno da reeleição de Barack Obama e a discussão em torno do “fiscal cliff” nos EUA, ainda que tenham introduzido algum ruído nos mercados financeiros, não inviabilizaram que a generalidade das praças mundiais tenham registado ganhos de duplo dígito.

2.1. Mercado Cambial

No mercado cambial, o Euro seguiu pouco alterado face às principais divisas com a excepção do iene. A forte apreciação do EUR face à moeda nipónica, presenciada essencialmente no segundo semestre do ano, decorreu da expectativa de que o novo governo japonês conjuntamente com o Banco do Japão possam reforçar o seu programa de

“quantitative easing” numa tentativa de inflacionar a economia.

As vendas massivas de activos denominados em Euros em meados do ano, que coincidiram com a escalada dos custos de financiamento em Espanha e Itália, foram prontamente revertidas em final de Julho após o anúncio de Mário Draghi de que tudo “faria para sustentar o projecto do euro”. Já o segundo semestre foi um período de apreciação do Euro face às principais divisas e de maior apetite por activos denominados na moeda única.

No último ano, o Euro avançou 1,79% face ao Dólar norte-americano, encerrando o cotar nos USD 1,3193, e apreciou-se em cerca de 14,85% relativamente ao Iene japonês, encerrando a transaccionar nos JPY 114,46. Face à libra esterlina, o Euro perdeu 2,58%

fechando a última sessão de Dezembro a cotar nos GBP 0,81189. As «commodity currencies» – coroa norueguesa, dólar canadiano, dólar australiano apresentaram um desempenho muito diferenciado face ao Dólar norte-americano – Dólar canadiano (+2,96%), Dólar australiano (+1,81%), Dólar neo-zelandês (+6,64%).

EVOLUÇÃO DO EURO Base100=31.12.2011

90,00 95,00 100,00 105,00 110,00 115,00 120,00

Dez-11 Fev-12 Abr-12 Jun-12 Ago-12 Out-12

USD GBP CHF JPY

Entre as moedas emergentes, o real brasileiro perdeu 9,11%, o peso chileno ganhou 8,5%

e o peso mexicano valorizou 8,5%, em todos os casos face ao Dólar norte-americano. O renminbi chinês apreciou pelo terceiro ano consecutivo face ao Dólar, avançando 1,10%

(13)

para 6,23 CNY por USD. A reaceleração da China no último trimestre de 2012, depois de 7 trimestres de arrefecimento económico, conferiu sinais positivos aos mercados financeiros depois de alguma apreensão em meados do ano quanto a um eventual “hard landing” da economia chinesa.

2.2. Mercado de «Commodities»

O mercado de “commodities” voltou a apresentar um desempenho negativo ao longo do ano de 2012 com o índice TR Jefferies CRB a desvalorizar 3,37%. O arrefecimento das economias emergentes e as piores perspectivas de crescimento económico global penalizaram o sentimento junto dos diversos segmentos do mercado de “mercadorias”, isto apesar da heterogeneidade apresentada ao nível dos diferentes constituintes. A redução das expectativas dos agentes económicos quanto à evolução da inflação conferiu igualmente uma envolvente desfavorável para o desempenho da classe.

Nas “soft commodities”, com a excepção do cacau que acumulou ganhos anuais de 3,99%, assistiram-se a perdas generalizadas de duplo dígito. O açúcar e o café perderam respectivamente 16,27% e 36,61% em 2012. No segmento de metais preciosos, o sentimento foi positivo ainda que tenha dominado alguma volatilidade. O ouro (+6,96%), a prata (+8,24%) e a platina (+9,93%) encerraram 2012 no verde, apesar das fortes perdas presenciadas no mês de Dezembro.

No segmento de energia, o WTI Crude (-7,09%) em Nova Iorque e o Brent (+7,76%) em Londres apresentaram desempenhos anuais quase simétricos. O mercado energético tem sido penalizado pelas piores perspectivas de crescimento económico global. De acordo com o consenso de mercado, a procura por crude não deverá crescer de forma material em 2013 pelo que bastará a manutenção de quotas de produção similares às do ano transacto para conferir alguma sustentabilidade aos preços no decorrer de 2013.

2.3. Mercado Obrigacionista

No mercado obrigacionista, assistiu-se a uma normalização progressiva dos prémios de risco, caracterizada por uma descida acentuada das “yields”na periferia europeia e por uma redução, também significativa, dos “spreads” face à zona “core”. Os dois programas de refinanciamento de longo prazo (LTRO a 36 meses), lançados em Dezembro de 2011 e Fevereiro de 2012, as palavras de Mário Draghi em finais de Julho e, finalmente, a apresentação do programa de “Transacções Monetárias Directas” (OMT) em Setembro último são exemplos do papel mais interventivo do Banco Central Europeu no combate à crise financeira. As economias do bloco “core” europeu (Alemanha, França, Holanda, Suécia, Finlândia) continuaram a beneficiar de custos de financiamento historicamente baixos.

Em termos de política monetária, o Banco Central Europeu reduziu a sua taxa de juro directora de 1% para 0,75% em Julho de 2012, tendo à data apresentado um discurso mais proactivo relativamente à resolução da crise das dívidas soberanas. O compromisso de Mário Draghi de “tudo fazer para defender o projecto do Euro” foi interpretado pelos mercados financeiros como um sinal inequívoco da redução de riscos sistémicos (desfragmentação da Zona Euro). Neste sentido, e apesar da degradação da situação macroeconómica em Espanha e da incerteza quanto a um pedido formal de auxílio financeiro, o caminho da compressão de “spreads” no bloco periférico foi retomado praticamente até final do ano.

(14)

O mercado de dívida pública norte americana seguiu uma vez mais suportado pela manutenção da taxa de referência da Reserva Federal (FED) no intervalo entre 0% e 0,25%

e do compromisso de Ben Bernanke em manter a sua política monetária ultra-acomodatícia até meados de 2015. A apresentação do programa de estímulo monetário ilimitado (QE unlimited) em Setembro e a substituição em Dezembro da “operation twist” por um programa de compra directa de até USD 45 mil mn por mês em “treasuries” surgiram num cenário de arrefecimento da economia norte americana e com o objectivo claro de sustentar a recuperação em curso nos mercados imobiliário e do trabalho. Também em Dezembro, o FED referiu que a taxa de referência passará a estar indexada à evolução do desemprego e da inflação. Neste sentido, não se perspectiva qualquer alteração da política monetária da FED enquanto a taxa de desemprego se situar acima dos 6,5% e a inflação permanecer controlada abaixo dos 2,5%.

Na Zona Euro, a taxas do mercado interbancário seguiram durante todo o ano com uma tendência clara de queda, condicionadas pela redução de taxas por parte do Banco Central Europeu e pelas medidas extraordinárias de injecção de liquidez apresentadas aos mercados. As Euribor a 3, a 6 e a 12 meses encerraram, respectivamente, em 0,187%, em 0,32% e em 0,542%. Nos Estados Unidos, as Libor a 3, 6 e 12 meses encerraram o ano a cotar nos 0,306%, 0,508% e 0,844% respectivamente, igualmente apresentando quedas em todas as maturidades.

Na Zona Euro, apesar do maior apetite pelo risco presenciado ao longo de grande parte do ano de 2012, as curvas de rendimentos da zona “core” europeia registaram nova descida para níveis mínimos históricos.

YIELD CURVE EUROPEIA (ALEMANHA)

-1,000%

-0,500%

0,000%

0,500%

1,000%

1,500%

2,000%

2,500%

3,000%

3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos 31-Dez-12 31-Dez-11

Nos Estados Unidos, a manutenção da taxa de juro de referência do FED no intervalo entre 0% e 0,25%, assim como a expectativa quanto à manutenção de uma política monetária acomodatícia até pelo menos meados de 2015, favoreceu a estabilidade evidenciada nas maturidades mais curtas. A curva de rendimentos norte-americana seguiu no geral pouco alterada ao longo do ano tendo as maturidades intermédias registado nova descida, coincidente com a extensão do período de taxas baixas conferido pelo novo “statement”

do Federal Open Market Committee (FOMC).

(15)

YIELD CURVE NORTE-AMERICANA

-1,000%

-0,500%

0,000%

0,500%

1,000%

1,500%

2,000%

2,500%

3,000%

3,500%

3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos 31-Dez-11

31-Dez-12

Ao longo do ano transacto, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor na Zona Euro foi recuando dos 2,7% registados no início do ano para os 2,2%

divulgados relativamente ao mês de Dezembro. Em 2012, não está prevista uma alteração material da política monetária do Banco Central Europeu. O Banco Central Europeu já alertou, contudo, que irá permanecer atento à evolução do euro nos mercados cambiais, procurando aferir se a sua apreciação poderá pôr em causa a evolução prevista para a economia e para o nível geral de preços.

Em 2012, os “spreads” de crédito, quer nos EUA, quer na Europa, recuaram significativamente traduzindo a manutenção de baixas taxas de “default” a nível global e a resiliência de margens apresentada a nível operacional por parte das empresas. A injecção de liquidez providenciada pelos principais bancos centrais mundiais contribuiu de sobremaneira para o apetite presenciado no mercado de taxa fixa e, em particular, no segmento de dívida “corporate”. O Itraxx Main 5 anos, que representa um “spread” médio relativo aos CDS dos principais 125 emitentes “investment grade” europeus, recuou de forma material ao longo do ano de 2012, evoluindo dos 173 bps registados no início de Janeiro para os 117,4 bps com que encerrou o mês de Dezembro.

2.4. Mercado Accionista

Em 2012, os principais mercados accionistas internacionais apresentaram um desempenho francamente positivo, beneficiando da envolvente de baixas taxas de juros a nível global e das políticas monetárias não convencionais postas em prática por parte dos principais bancos centrais (FED, Banco de Inglaterra, Banco do Japão). O Banco Central Europeu, ainda que não tenha adoptado uma política explícita de estímulo monetário (“quantitative easing”), disponibilizou um conjunto de instrumentos (LTROs a 36 meses e mais tarde o programa “Outright Monetary Transactions”) que favoreceram uma normalização gradual e eficaz do mercado de taxa fixa europeu. O ano foi contudo marcado por alguns picos de volatilidade, em particular, nos meses de Abril/Julho e, posteriormente, nos meses de Setembro a Novembro.

Num primeiro momento, o abrandamento da economia global alastrava-se ao bloco emergente e a incerteza regressava à Zona Euro com a escalada dos custos de financiamento de Espanha e Itália em mercado secundário. O executivo de Mariano Rajoy pedia ajuda internacional para o sector financeiro e especulava-se sobre um eventual pedido de assistência financeira a Espanha, à imagem do que já sucedera com Grécia, Irlanda e Portugal. Em Julho, Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, assumia o compromisso de “tudo fazer para ultrapassar a crise financeira na Europa” e os mercados

(16)

accionistas regressavam à tendência de apreciação que se registara no primeiro trimestre. Já em Setembro, o Banco Central Europeu anuncia o programa “OMT” e a compressão de

“yields” de Espanha em mercado secundário favorece um recuo de Mariano Rajoy num eventual pedido de assistência financeira ao abrigo da “troika” (FMI, BCE e UE).

Num segundo momento, a aproximação do “fiscal cliff” nos Estados Unidos atinge os mercados financeiros. As difíceis negociações mantidas entre os partidos democratas e republicano iniciavam-se no final de Outubro com vista à introdução de medidas estruturantes de correcção das contas públicas. Este acordo era crucial para que se afastasse, no início de 2013, o choque de um corte automático de cerca de USD 600 mil mn entre benefícios fiscais e o aumento de impostos. A Reserva Federal tinha em Setembro anunciado um programa de “quantitative easing” ilimitado e já em Dezembro anuncia a substituição da “operação twist”, prestes a terminar, por um programa de compra directa de até USD 45 mil mn / mês em obrigações do tesouro de longo prazo. Estes anúncios revelavam a preocupação aparente da FED em estimular a ainda débil recuperação do mercado de trabalho e conferir um novo incentivo à recuperação já evidente no mercado imobiliário norte-americano.

Exceptuando os dois períodos, os principais índices mundiais evoluíram positivamente, suportados também pela resiliência apresentada a nível dos resultados das empresas e pelo maior apetite pelo risco presenciado na segunda metade do ano, nomeadamente por activos europeus. Este tom de maior optimismo permitiu que em muitos casos fossem atingidos ganhos anuais de duplo dígito. O MSCI World valorizou 13,18% em 2012, o S&P 500 ganhou 13,4% no ano e o DJ Stoxx 600 subiu 14,37%. Esta recuperação dos mercados bolsistas mundiais colocou alguns dos principais “benchmarks” próximo de máximos de 2007 mesmo que sem uma participação significativa em termos de volumes transaccionados.

As expectativas dos agentes económicos, em particular dos consumidores, encerraram o ano próximo de mínimos de 2 anos, em contra-ciclo com o optimismo presenciado nos mercados accionistas. Esta dupla realidade espelha a ainda frágil situação do mercado de trabalho, quer na Europa, quer nos EUA, e algum receio quanto à futura e necessária consolidação das contas públicas. No caso dos EUA, o entendimento alcançado entre democratas e republicanos e aprovado no Senado no primeiro dia de 2013 evitou uma subida imediata de impostos na classe média, tributando alternativamente os rendimentos mais elevados, mas deixou em aberto a negociação de um conjunto de medidas estruturais que deverão contribuir para uma subida progressiva da carga fiscal dos contribuintes norte- americanos.

EVOLUÇÃO DO MERCADO AMERICANO - ÍNDICE DOW JONES INDUSTRIAL

11.700,00 12.000,00 12.300,00 12.600,00 12.900,00 13.200,00 13.500,00 13.800,00

Dez-11 Fev-12 Abr-12 Jun-12 Ago-12 Out-12

Na Europa, o sector automóvel (+35,5%), o sector segurador (+32,9%) e o sector de viagens e lazer (+30%) lideraram os ganhos no Eurostoxx 600, sendo que os sector mais

(17)

regulados como as telecomunicações (-10,7%), as petrolíferas (-4,3%) e as “utilities” (- 0,7%) voltaram a apresentar um desempenho negativo, em contra-ciclo com a generalidade do mercado. O sector bancário (+23,1%) foi outro dos grandes beneficiados com as medidas apresentadas ao longo de 2012. A melhoria dos níveis de solvabilidade, fruto de alienações e aumentos de capital, e dos níveis de liquidez, por acção directa dos instrumentos disponibilizados pelo BCE, permitiram reduzir a percepção de riscos sistémicos em torno do sector.

No caso dos Estados Unidos, depois de um período de forte redução de custos, as empresas continuaram a apresentar resultados robustos ao longo do ano de 2012, muito embora evidenciando alguma exaustação depois de atingidas margens operacionais recorde. Para o total das empresas que compõem o S&P 500, os lucros anuais terão crescido 4% em 2012, sendo projectado novo crescimento de 9% ao longo do exercício de 2013. Relativamente às vendas, depois de um crescimento de menos de 2% em 2012 é estimado um avanço similar de 2,6% em 2013.

As valorizações relativas do segmento accionista estão em conformidade com médias históricas. Em 2013, a resiliência apresentada a nível dos resultados das empresas continuará a ser escrutinada de perto pelos investidores, numa envolvente macroeconómica desafiante e onde se perspectiva uma primeira metade do ano mais frágil em termos de crescimento económico global. Face à ausência de munições por parte dos bancos centrais a nível da política monetária, a expectativa dos mercados continuará centrada na manutenção das actuais medidas não convencionais – “quantitative easing”. As mais recentes minutas do FOMC nos EUA mostraram que no seio do Comité subsistem alguns sinais de inquietação quanto à manutenção das medidas de “QE”. É sabido que a manutenção deste tipo de políticas por um período de tempo excessivo poderá conduzir a distorções indesejáveis a nível de preços e a um apetite artificial pela tomada de risco nos mercados financeiros.

EVOLUÇÃO DO MERCADO EUROPEU - ÍNDICE DJ STOXX 50

2.000,00 2.100,00 2.200,00 2.300,00 2.400,00 2.500,00 2.600,00 2.700,00

Dez-11 Fev-12 Abr-12 Jun-12 Ago-12 Out-12

O primeiro semestre de 2012 foi caracterizado por baixos níveis de volatilidade, excepção feita à queda sincronizada das principais bolsas mundiais entre Abril e Junho, reflexo de receios generalizados quanto ao abrandamento da economia global e a novo agravamento da crise das dívidas soberanas na Europa. No segundo semestre, as maiores praças financeiras apresentaram um desempenho estável, excepção feita para o período entre Outubro e Novembro que coincidiu com o início de negociações nos EUA com vista à resolução do precipício fiscal (“fiscal cliff”). O índice VIX (que mede a volatilidade implícita às opções transaccionadas na Chicago Board Options Exchange) avançou em Maio para 27% tendo recuado a partir daí para níveis abaixo de médias históricas (entre 15% e 20%).

Apenas na recta final do ano, o índice VIX voltaria a avançar para perto dos 23% em antecipação à decisão final quanto ao “fiscal cliff” nos EUA.

(18)

EVOLUÇÃO DO MERCADO PORTUGUÊS - ÍNDICE PSI 20

4.000,00 4.400,00 4.800,00 5.200,00 5.600,00 6.000,00 6.400,00

Dez-11 Fev-12 Abr-12 Jun-12 Ago-12 Out-12

Num ano marcado pela redução apreciável do risco soberano português nos mercados financeiros, o índice PSI 20 encerrou 2012 com ganhos de 2,93%. A liderar as valorizações anuais, uma nota para o BPI (+100,34%), Mota Engil (+51,4%) e Sonae SGPS (+49,67%).

O sector financeiro foi neste particular um dos principais beneficiados, impulsionado pela melhoria assistida a nível dos rácios de solvabilidade das principais instituições financeiras e dos avultados ganhos decorrentes da valorização da carteira de dívida pública portuguesa.

A recapitalização da banca fez-se essencialmente por via de capitais públicos (emissão de obrigações de capital contingente (Coco’s) ou de acções).

Recorde-se que em 2012, o Estado concedeu um empréstimo obrigacionista de 3 mil milhões de Euros ao BCP (através da subscrição das chamadas obrigações de capital contingente), e de 1,5 mil milhões ao BPI (através do mesmo instrumento). O Estado aplicou ainda 1,1 mil milhões de Euros no Banif, onde foi adoptada uma solução “mista”

(subscrição de obrigações de capital contingente e simultaneamente de acções). O BES constituiu a excepção à regra, recapitalizando-se exclusivamente com capitais privados.

Sumarizando, o Estado utilizou 5,6 mil milhões de Euros do pacote de 12 mil milhões de Euros que era destinado pela “troika” à recapitalização da banca no âmbito do resgate internacional de 78 mil milhões de Euros. O Estado injectou também 1,65 mil milhões de Euros na recapitalização da CGD, embora fora do âmbito deste pacote desenhado exclusivamente para suporte a instituições privadas.

(19)

R

ELATÓRIOS DE ACTIVIDADE DOS FUNDOS SOB GESTÃO

(20)

Fundo Especial de Investimento

CA R ENDIMENTO C RESCENTE

Registado na CMVM sob o nº 1238

(21)

R ELATÓRIO DE ACTIVIDADE

Fundo Especial de Investimento Aberto, com subscrições e resgates com periodicidade mínima mensal, constituído por um período de, aproximadamente, 5 anos. O fundo será dissolvido e liquidado em 29 de Junho de 2015, data em que será apurado o valor de liquidação, sendo o correspondente valor da unidade de participação divulgado no dia útil seguinte. O fundo procederá ao pagamento aos participantes no dia 1 de Julho de 2015.

O Fundo iniciou a sua actividade em 28 de Junho de 2010

EVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO

O Fundo Especial de Investimento Aberto CA Rendimento Crescente regista no final de 2012 um activo líquido de € 1,5 milhões. A variação positiva de 14,6% do activo líquido, face ao final de 2011, resulta da valorização dos activos que constituem a carteira deste fundo, deduzida da distribuição de rendimento durante este ano e do valor dos resgates pedidos.

Milhões de Euros

1,3 1,4 1,5

0,0 Dez 11 Jun 12 Dez 12

Volume sob Gestão últimos 3 anos

Anos VLGF 2012

Dezembro 1.498.227

2011 Dezembro 1.307.594

2010 Dezembro 1.392.870

SALDO LÍQUIDO DAS SUBSCRIÇÕES E RESGATES

Os pedidos de resgate no Fundo Especial de Investimento Aberto CA Rendimento Crescente foram pontuais e totalizaram € 45 mil durante os últimos 12 meses, o que representa 3,4% do valor do fundo no final do ano anterior.

Milhares de Euros

0 0 0

-18 -15 -2

0

-9

0 0 0 0

-30 20

Jan-12 Fev-12 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-12 Jul-12 Ago-12 Set-12 Out-12 Nov-12 Dez-12

(22)

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

O Fundo adopta uma política de investimentos que tem por objectivos, mas sem qualquer garantia:

a) Proporcionar, no final do período de investimento de 5 anos, o Reembolso do capital investido;

b) Proporcionar, um rendimento anual líquido correspondente à aplicação de taxas de rendimento crescentes sobre o capital investido, sendo todas essas taxas de rendimento determinadas na data de constituição do Fundo e divulgadas no dia útil seguinte em todos os locais de comercialização do Fundo;

Para atingir estes objectivos, o capital aplicado pelos Participantes no Fundo é investido numa carteira de, pelo menos 10 Obrigações, denominadas em euros, de taxa fixa, emitidas por entidades com Rating igual ou superior a A-, emitidas por Estados da União Europeia ou empresas com maturidade a 5 anos e que, na data de vencimento, sujeito à capacidade de reembolso dos emitentes, proporcionarão, no seu conjunto, para além do reembolso do valor nominal, um rendimento, que assegure o pagamento dos rendimentos definidos para o Fundo.

O Fundo poderá ainda constituir Depósitos a Prazo e investir noutros instrumentos de dívida, em euros, com prazo residual inferior a 5 anos.

As obrigações terão uma maturidade próxima da data de liquidação do Fundo.

Para assegurar o carácter crescente das taxas de rendimento a distribuir, anualmente, parte dos juros das obrigações recebidos nos primeiros três anos, serão capitalizados e distribuídos no 4º e 5º ano.

ESTRUTURA DA CARTEIRA EM 31.Dez.2012

Classes de Activos Mercados

Aplicações M onetárias (1)

0, 3%

Obrigações Div ersas

99, 7%

Cotados 99, 7%

Aplicações M onetárias (1)

0, 3%

(1) Aplicações monetárias deduzidas das operações a regularizar

(23)

NÚMERO DE UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO E VALOR UNITÁRIO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS A 31 de Dezembro de cada um dos últimos exercícios e desde o início da actividade, foram apurados os seguintes valores unitários:

Anos Valor da UP Nº UP’s em Circulação 2012 5,3673 279.142

2011 4,5364 288.242

2010 4,7499 293.242

RENDIBILIDADE E RISCO HISTÓRICOS

Rendibilidade Risco Classe de risco

Escalão de risco

2011 -2,68% 6,69% 3 Médio

2012 20,05% 5,54% 3 Médio

As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco

mínimo) e 6 (risco máximo). O valor da unidade de participação pode variar em função do valor dos activos que compõem a carteira do fundo. As taxas de rentabilidade apresentadas não incluem eventuais comissões de subscrição ou

resgate.

O prospecto simplificado, o prospecto completo e os relatórios e contas anuais e semestrais encontram-se disponíveis na sede da sociedade gestora, em todos os balcões das entidades colocadoras e dos seus agentes e serão enviados aos

participantes que o solicitem, sem quaisquer encargos.

MERCADOS ONDE O OIC INVESTE E RESPECTIVAS CONDIÇÕES DE ACESSO Não aplicável.

COMISSÕES SUPORTADAS PELOS PARTICPANTES

2010 2011 2012

Subscrição - - -

Resgate - 1.114 2.126

RESULTADOS DISTRIBUÍDOS ATÉ 31.12.2012

Em cumprimento do disposto na política de distribuição de rendimentos constante no prospecto do Fundo CA Rendimento Crescente foram distribuídos resultados no montante de € 28.114,10 Euros.

(24)

Lisboa, 26 de Março de 2013 O Conselho de Administração

Eduardo Augusto Pombo Martins

Sérgio Manuel Raposo Frade

(25)

Unidade: Euros

ACTIVO PASSIVO

CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2012 31-12-2011 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2012 31-12-2011

BRUTO Mv. mv/P LÍQUIDO LÍQUIDO

CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO OIC

21 Obrigações 1.412.203 63.763 - 1.475.966 1.278.284 61 Unidades de Participação 1.395.709 1.441.209

22 Acções - - - - - 62 Variações Patrimoniais 3.280 2.725

23 Outros Títulos de Capital - - - - - 64 Resultados Transitados (109.214) (73.338)

24 Unidades de Participação - - - - - 65 Resultados Distribuídos (55.239) (27.125)

25 Direitos - - - - -

26 Outros Instrumentos de Dívida - - - - - 66 Resultados Líquidos do Período 263.691 (35.876)

TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS 1.412.203 63.763 - 1.475.966 1.278.284 TOTAL DO CAPITAL DO OIC 1.498.227 1.307.594

OUTROS ACTIVOS 48 PROVISÕES ACUMULADAS

31 Outros Activos - - - - - 481 Provisões para Encargos - -

TOTAL DOS OUTROS ACTIVOS - - - - - TOTAL DE PROVISÕES ACUMULADAS - -

TERCEIROS TERCEIROS

411+…+418 Contas de Devedores - - - - 9 421 Resgates a Pagar a Participantes - -

422 Rendimentos a Pagar aos Participantes - -

TOTAL DOS VALORES A RECEBER - - - - 9 423 Comissões a Pagar 20.655 14.375

424+…+429 Outras Contas de Credores 8.795 6.112

DISPONIBILIDADES 43+12 Empréstimos Obtidos - -

11 Caixa - - -

12 Depósitos à Ordem 603 - - 603 424 TOTAL DOS VALORES A PAGAR 29.450 20.487

13 Depósitos a Prazo e com pré-aviso 24.000 - - 24.000 21.000

14 Certificados de Depósito - - - - - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

18 Outros Meios Monetários - - - - - 55 Acréscimos de Custos - -

56 Receitas com Proveito Diferido - -

TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 24.603 24.603 21.424 58 Outros Acréscimos e Diferimentos - -

59 Contas Transitórias Activas - -

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

51 Acréscimos de Proveitos 27.107 - - 27.107 28.364 TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS PASSIVOS - -

52 Despesas com Custo Diferido - - - - -

58 Outros Acréscimos e Diferimentos - - - - -

59 Contas Transitórias Activas - - - - -

TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACTIVOS 27.107 - - 27.107 28.364

TOTAL DO ACTIVO 1.463.913 63.763 - 1.527.677 1.328.081 TOTAL DO CAPITAL E PASSIVO 1.527.677 1.328.081

279.142 288.242 5,3673 4,5364

BALANÇO

Número total de Unidades de Participação em circulação Valor Unitário da Unidade de Participação

(26)

Unidade: Euros

CUSTOS E PERDAS PERÍODO PROVEITOS E GANHOS PERÍODO

CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2012 31-12-2011 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2012 31-12-2011

CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES

JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS

711 + 718 De Operações Correntes - - 812+813 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 56.922 57.401

712 Da carteira de Títulos - - 811+814+817+818 Outros, de Operações Correntes 238 273

819 De Operações Extrapatrimoniais - -

COMISSÕES E TAXAS

722+723 Da carteira de Títulos e Outros Activos - - RENDIMENTO DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS

724+...+728 Outras, de Operações Correntes 9.203 9.492 822+...+824/5 Da Carteira de Títulos e Outros Activos - -

729 De Operações Extrapatrimoniais - - 829 De Operações Extrapatrimoniais - -

PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS GANHOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

732+733 Da Carteira de Títulos e Outros Activos - 108.191 832+833 Na Carteira de Títulos e Outros Activos 228.318 35.881

731+738 Outras, de operações Correntes - - 831+838 Outros, em Operações Correntes - -

739 Em Operações Extrapatrimoniais - - 839 Em Operações Extrapatrimoniais - -

IMPOSTOS REPOSIÇÃO E ANULAÇÃO DE PROVISÕES

7411+7421 Impostos sobre o Rendimento 12.575 11.749 851 Provisões para Encargos - -

7412+7422 Impostos Indirectos - -

7418 + 7428 Outros Impostos - - 86 OUTROS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES - -

75 PROVISÕES DO EXERCÍCIO TOTAL DOS GANHOS E PROVEITOS CORRENTES (B) 285.478 93.555

751 Provisões para Encargos - -

77 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES - - PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS

881 Recuperação de Incobráveis - -

TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 21.778 129.431 882 Ganhos Extraordinários - -

883 Ganhos imputáveis a Exercícios Anteriores - -

CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS 888 Outros Proveitos e Ganhos Eventuais - -

781 Valores Incobráveis - -

782 Perdas Extraordinárias - - TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) - -

783 Perdas Imputáveis a Exercicíos Anteriores - -

788 Outros Custos e Perdas Eventuais 9 -

TOTAL DE CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) 9 -

63 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO - -

66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 263.691 (35.876) - -

TOTAL 285.478 93.555 TOTAL 285.478 93.555

8x2/3/4/5-7x2/3 Resultados da Carteira de Títulos e Outros Activos 285.240 (14.909) D-C Resultados Eventuais (9) -

8x9-7x9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais - - B+D-A-C+74 Resultados Antes de Imposto s/ o Rendimento 276.266 (24.127)

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Referências

Documentos relacionados

O Fundo denomina-se Caixagest Ações Líderes Globais - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Ações, e constitui-se por tempo indeterminado. O Fundo constitui-se como Fundo

· Os ativos denominados em moeda estrangeira serão avaliados em função das últimas cotações conhecidas, no momento de referência de valorização da carteira, divulgadas pelo Banco

de contas acima referidos apresenta de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do FINIRENDIMENTO – FUNDO DE

O presente convênio tem por finalidade o estabelcimento e o desenvolvimento de atividades de estágio de estudantes da Universidade Federal do Pampa na Carmine de Cesare

Podem ser programadas para trabalhar como botoeira para liberação simples da passagem, como revista proposital na entrada ou saída, ou ainda como liberação geral do produto. A

A partir desses quatro fatores (realização no trabalho, relações sociais, prestígio e estabilidade), Porto e Tamayo (2003) estabeleceram o detalhamento em itens de acordo com

PREGÃO ELETRÔNICO PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº. O Município de Amargosa, por intermédio da Secretaria Municipal de Administração, Finanças e Desenvolvimento

A realização de Provas em condições especiais para o candidato portador de deficiência, assim considerada aquela que possibilita a prestação do Exame respectivo, é