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FINIRENDIMENTO Fundo Mobiliário de Investimento Aberto RELATÓRIO DE GESTÃO 2003

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FINIRENDIMENTO

Fundo Mobiliário de Investimento Aberto

RELATÓRIO DE GESTÃO 2003

1. Envolvente Macroeconómica

Economia Internacional A economia mundial confirmou em 2003 a recuperação iniciada um ano antes, com o crescimento económico global a aumentar de 3,0 por cento em 2002 para 3,2 por cento em 2003, num contexto de elevada instabilidade geopolítica e redução dos fluxos comerciais. O crescimento económico do conjunto das economias mais avançadas manteve-se inalterado nos 1,8 por cento, enquanto que o crescimento dos países em desenvolvimento acelerou dos 4,6 por cento de 2002 para 5,0 por cento em 2003.

Projecções sobre a economia mundial (taxas de variação, em %)

2002 2003 2004 PIB Mundial 3,0 3,2 4,1 Economias Avançadas 1,8 1,8 2,9 Área Euro 0,9 0,5 1,9 EUA 2,4 2,6 3,9 América Latina -0,1 1,1 3,6 Países em Desenvolvimento 4,6 5,0 5,6 Volume do Comércio 3,2 2,9 5,5 Importações Economias Avançadas 2,2 2,8 4,8 Países em Desenvolvimento 6,0 5,1 7,8 Exportações Economias Avançadas 2,2 1,6 5,2 Países em Desenvolvimento 6,5 4,3 6,9 Preços no Consumidor Economias Avançadas 1,5 1,8 1,3 Países em Desenvolvimento 5,3 5,9 4,9 Fonte: FMI, World Economic Outlook, Setembro de 2003

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O primeiro semestre de 2003 foi caracterizado por novo abrandamento das principais economias mundiais, particularmente na zona Euro, afectado pela instabilidade geopolítica, cuja escalada de tensão conduziu, no final do primeiro trimestre, ao eclodir da guerra de uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos da América (EUA) contra o Iraque. No segundo trimestre, por seu turno, fizeram-se sentir os efeitos dos problemas relacionados com o vírus da Síndrome Respiratória Aguda (SRA), que afectaram em particular uma das zonas mais dinâmicas do globo, o Sudeste Asiático. A retoma da economia mundial confirmou-se apenas no segundo semestre de 2003, com os EUA a mostrarem um surpreendente dinamismo e a liderarem o crescimento económico global e correspondeu ao desanuviar das referidas tensões geopolíticas, finda a guerra no Iraque, e à aplicação de pacotes de estímulo ao crescimento económico, na generalidade dos países desenvolvidos.

Os EUA lideraram o processo de recuperação em curso, tendo atingido uma assinalável taxa de crescimento trimestral anualizada de 8,2 por cento no terceiro trimestre de 2003, beneficiando da conjugação favorável de baixas taxas de juro, agressivas campanhas promocionais por parte dos concessionários automóveis e das reduções e devoluções de impostos, ao abrigo do plano da administração Bush de incentivo ao crescimento económico. Na zona Euro, a Alemanha, a Itália e a Holanda reentraram em recessão no primeiro semestre de 2003, o que contribuiu para a estagnação da actividade no espaço euro durante esse período e para o modesto crescimento de 0,5 por cento, no cômputo de 2003.

A confirmar o quadro de recuperação, as condições económicas melhoraram na generalidade dos países em desenvolvimento e em transição, com a recuperação a chegar à América Latina, num quadro de condições financeiras mais favoráveis.

As pressões inflacionistas mantiveram-se contidas a nível global, observando-se um aumento do ritmo de crescimento dos preços no consumidor em 2003, que estará associado sobretudo ao robustecimento da actividade económica e à subida do preço de algumas matérias-primas chave, como seja o petróleo, que aumentou em média 15,2 por cento. Ainda assim, e num contexto de excesso de capacidade instalada, as previsões apontam para uma nova redução da inflação em 2004, num processo que poderá recolocar alguns países europeus, como a Alemanha, perigosamente próximos da deflação.

Choques exógenos abalam recuperação O clima de insegurança que se instalou no ocidente no pós 11 de Setembro de 2001 intensificou-se no final de 2002 e princípio de 2003, com o escalar do terrorismo e a ameaça

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de uma nova guerra no Médio Oriente. Com o Mundo ainda a recuperar do rebentar da bolha especulativa do sector das novas tecnologias, num contexto de sobreendividamento e de excesso de capacidade produtiva instalada, esta intensificação dos riscos geopolíticos abalou a debilitada confiança dos agentes económicos e as empresas ficaram mais renitentes em investir e as famílias em realizar despesas importantes.

Adicionalmente, e enquanto se envidavam os últimos esforços para evitar uma intervenção militar no Iraque, começaram a sentir-se os efeitos de uma nova ameaça a oriente, menos mediática mas igualmente letal. O surto de pneumonia atípica, ou síndrome respiratória aguda (SARS), começou provavelmente na província chinesa de Guandong e rapidamente se propagou, criando o pânico no turismo e exportações dos países em que foram detectados casos. O pico desta epidemia ocorreu antes do início das hostilidades no Iraque mas o seu mediatismo permaneceu elevado durante todo o conflito, realçando o clima de insegurança. Neste contexto, a quebra de confiança dos agentes económicos e a subida do preço do petróleo surgem como naturais, num movimento capaz de pôr em risco a própria recuperação económica e cuja face mais visível foi a quebra das cotações bolsistas e a descida das taxas de juro de longo prazo. O preço do petróleo atingiu um máximo de cerca de 35 dólares por barril em vésperas do início da guerra.

A tomada de Bagdade pelas forças norte-americanas, a 9 de Abril de 2003, marcou psicologicamente o fim da guerra que opôs as forças coligadas lideradas pelos EUA ao regime de Saddam e marcou um ponto de viragem na confiança dos agentes económicos. Dissipadas as dúvidas quanto ao desfecho da guerra no Iraque, os índices das principais bolsas norte-americanas e europeias iniciaram a recuperação, o que faria prever um recuo do preço de petróleo para os níveis de referência da organização dos países exportadores de petróleo (25 dólares por barril) e a menor apetência dos investidores por activos de refúgio, como o ouro ou a dívida pública.

No entanto, e apesar de uma correcção inicial, o preço do petróleo acabou por manter-se em níveis elevados durante a quase totalidade do ano, seja por questões ligadas às greves na Venezuela e tumultos na Nigéria ou ao baixo nível de reservas e ao anúncio de redução da produção por parte da OPEP.

O preço do ouro subiu substancialmente no decurso do ano, dado desempenhar um papel de activo de refúgio em alturas de maior instabilidade económica e geopolítica, tais como as acima descritas, em detrimento de activos de maior risco perceptível como as acções. O preço

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do ouro subiu 74 dólares ou 21,6 por cento para 417,25 dólares por onça troy, atingindo um máximo de mais de sete anos no último dia de 2003.

Preço do ouro e cotação do rand sul-africano

250 270 290 310 330 350 370 390 410 430

Jan02 Abr02 Jul02 Out02 Jan03 Abr03 Jul03 Out03 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Ouro, USD / onça troy (eixo da esquerda)

USD / ZAR (eixo da direita)

Fonte: Datastream

Outros factores pesaram no preço do ouro, sendo talvez a depreciação o dólar o mais importante, pois o ouro é transaccionado nos mercados internacionais em dólares dos EUA, moeda que este ano se depreciou significativamente face à maioria das divisas, ao que a moeda da África do Sul, maior produtor de ouro, não foi excepção. O dólar depreciou-se 22,8 por cento face ao rand da África do Sul, influenciando decisivamente o preço do ouro.

Fed funds e refi em mínimos

Durante a primeira metade de 2003 as autoridades monetárias dos dois lados do Atlântico tornaram a cortar as suas de taxas de intervenção, tendo a Reserva Federal norte-americana descido apenas uma vez, em 25 pontos base, para 1 por cento, e o Banco Central Europeu (BCE) procedido a dois cortes, num total acumulado de 75 pontos base, para 2 por cento. O corrente ciclo de descida de taxas de juro conheceu o seu primeiro capítulo de 2003 em Março, quando o BCE procedeu a um corte de 25 pontos base da sua taxa de cedência, para 2,5 por cento, em face do aumento da incerteza decorrente do agravar das tensões geopolíticas globais e do abrandamento económico da zona euro. Nos meses que se seguiram o BCE viu-se impotente para proceder a novos alívios da política monetária, pois a deterioração das condições económicas foi acompanhada por uma tendência claramente descendente dos preços, e apenas estava mandatado para promover a estabilidade de preços. No entanto, e à medida que aumentavam os riscos de deflação, procedeu à clarificação da sua estratégia de

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política monetária, com a flexibilização da interpretação do objectivo da estabilidade de preços e um maior grau de discricionaridade na condução da mesma. Ou seja, com esta clarificação o BCE ficou mandatado para activar a política monetária quando existirem pressões deflacionistas, situação que não era possível no regime anterior.

Assim, o BCE cortou as suas taxas de intervenção, pela segunda vez em 2003, no dia 5 de Junho, colocando a taxa de cedência regular de liquidez (“refi”) nos 2 por cento, o seu valor mais baixo desde a entrada em funções do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Em simultâneo, foram também reduzidas, na mesma magnitude, as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de liquidez e de depósito para, respectivamente, 3 por cento e 1 por cento.

O Comité de Política Monetária (FOMC) da Reserva Federal dos EUA (Fed) procedeu ao alívio da política monetária no dia 25 de Junho, com receio de que o moderado dinamismo económico não fosse suficiente para afastar um cenário de deflação. Esta descida, a décima-terceira nos últimos três anos, colocou o objectivo para a taxa overnight a que as autoridades monetárias cedem liquidez às instituições de crédito num novo mínimo absoluto desde que foi adoptado um objectivo para as taxas de juro, no distante ano de 1971. O actual nível de taxas de intervenção só encontra paralelo na década de 60, quando a condução da política monetária era pautada por objectivos ao nível do crédito bancário e a taxa de “fed funds” não era considerada um indicador de relevância das condições do mercado monetário.

O ano da recuperação dos índices bolsistas No decurso de 2003 podem ser identificados dois períodos distintos na evolução do mercado accionista, separados pelo conflito armado no Iraque. Numa primeira fase, os índices representativos das principais bolsas mundiais desceram à medida que cresciam as tensões no Médio Oriente, tendo os mínimos do ano sido obtidos nas vésperas do início da guerra. Com o fim da guerra, as expectativas dos agentes económicos elevaram-se e os índices bolsistas iniciaram a recuperação, posteriormente reforçada pela consolidação da recuperação económica em curso nos EUA e UE12.

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Evolução de alguns índices de referência em 2003

31-Dez variação* valor variação* data valor variação* data

EUA

Dow Jones 10453,90 25,3 7524,06 -9,8 11-Mar 10453,90 25,3 31-Dez NASDAQ 2003,37 50,0 1271,47 -4,8 11-Mar 2009,88 50,5 30-Dez

UE12

CAC40 3557,90 16,1 2403,04 -21,6 12-Mar 3557,90 16,1 31-Dez DAX30 3965,16 37,1 2202,96 -23,8 12-Mar 3965,16 37,1 30-Dez EUROSTOXX50 2760,658 15,7 1849,639 -22,5 12-Mar 2760,658 15,7 31-Dez IBEX35 7737,2 28,2 5452,4 -9,7 12-Mar 7760,4 28,5 29-Dez MIB30 26715 11,8 20539 -14,0 12-Mar 27538 15,3 04-Dez PSI20 6747,41 15,8 5218,66 -10,4 25-Fev 6747,41 15,8 31-Dez

Emergentes

BOVESPA 22236 97,3 9994 -11,3 26-Fev 22236 97,3 30-Dez Hang Seng 12575,94 34,9 8409,01 -9,8 25-Abr 12594,42 35,1 12-Dez ISE100 18625,02 79,6 8893,00 -14,2 24-Mar 18625,02 79,6 31-Dez MERVAL 1071,95 104,2 520,55 -0,8 02-Jan 1077,98 105,3 29-Dez MSCI Russia ($) 461,107 70,3 250,082 -7,6 27-Jan 508,415 87,8 17-Out

Outros

FTSE100 4476,87 13,6 3287,04 -16,6 12-Mar 4476,87 13,6 31-Dez MSCI World 778,600 22,8 562,372 -11,3 12-Mar 778,600 22,8 31-Dez NIkkey225 10676,64 24,5 7607,88 -11,3 28-Abr 11161,71 30,1 20-Out * Face a 31 de Dezembro de 2002, em %

2003 Mínimo do ano Máximo do ano

Fonte: Datastream, Reuters e; GESE

O índice NASDAQ valorizou-se 50 por cento em 2003 e ultrapassou a barreira psicológica dos 2.000 pontos nos últimos dias de negociação do ano. O Dow Jones Industrial Average fechou o ano nos 10.453,92 pontos, valorizando 25,3 por cento. O alemão DAX30 e o IBEX35 de Espanha obtiveram os melhores desempenhos na Europa, com variações anuais de 37,1 e 28,2 por cento, respectivamente.

Portugal não foi excepção ao quadro animador que dominou os mercados a nível internacional durante a segunda metade do ano. O índice PSI20, benchmark da praça portuguesa, registou uma valorização de 15,8 por cento, para os 6.747,41 pontos em 2003. Em 2002 o PSI20 registou uma desvalorização de 25,6 por cento, tendo fechado esse o ano nos 5.824,7 pontos.

A maioria índices europeus atingiu o seu nível máximo nos últimos dias de negociação, com a excepção do italiano MIB30, cujo máximo foi obtido no início de Dezembro. O desempenho desta praça ficou marcado pelo anúncio de problemas financeiros da italiana Parmalat, que culminaram na falência da empresa. Esta notícia repercutiu-se negativamente na praça italiana, com o seu principal índice, o MIB30, a registar uma desvalorização 0,9 por cento no mês de Dezembro e a reduzir a valorização acumulada no ano para os 11,8 por cento.

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Taxas de juro sobem com retoma económica A intensificação dos riscos geopolíticos, no início do ano, e a subsequente revisão em baixa das expectativas de crescimento económico para 2003, num contexto de elevada estabilidade de preços, levaram os investidores a procurar a segurança relativa das obrigações e a uma acentuada valorização dos títulos de dívida pública. Esta tendência foi particularmente evidente em vésperas do início da guerra no Iraque e, posteriormente, quando se acentuaram os riscos de deflação a nível global (meses de Maio e Junho), períodos em que o movimento de procura de qualidade decorrente da maior incerteza no mercado accionista levou os investidores a procurarem refúgio em instrumentos financeiros com menor risco percepcionado, como é o caso dos títulos de dívida pública, conduzindo a uma forte valorização destes e a uma consequente queda das respectivas yields.

Evolução das yields a 10 anos (em %)

3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5

Jan Abr Jul Out Jan Abr Jul Out USA - "treasuries" a 10 anos Alemanha - "bund" a 10 anos 2003

Fonte: Datastream

Na segunda metade do ano, e com o sentimento mais optimista no segmento accionista e com a redução dos riscos à actividade económica, assistiu-se a uma recomposição de carteira por parte dos investidores e a um consequente desfazer parcial do movimento de procura de qualidade, com as taxas de rentabilidade dos principais títulos de referência a estabilizarem próximo dos máximos do ano.

Euro em máximos com queda do dólar O elevado dinamismo económico evidenciado pelos EUA na segunda metade de 2003 ajudou a agravar um dos desequilíbrios resultantes dos excessos da anterior expansão económica, com a estimativa para o défice da balança de transacções correntes (BTC) em 2003 a superar

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os 5 por cento. Por outro lado, o arrojado pacote fiscal de estímulo à actividade económica, da administração Bush, ao promover o reembolso e a descida de impostos, colocou o défice orçamental próximo dos 6 por cento, tornando numa memória distante os excedentes orçamentais da administração Clinton. As lições da história mostram que, usualmente, há lugar a uma crise cambial quando um país atinge défices gémeos na ordem dos 5 por cento. Ainda assim, não podemos falar de um colapso ou crise do dólar, podemos sim falar de um movimento de correcção do dólar.

A Reserva Federal dos EUA (Fed) publica actualmente três índices de referência de taxa de câmbio efectiva nominal do dólar, ponderados pelo peso de cada divisa na balança comercial, dos quais se destacam o índice “alargado” e o índice das “principais divisas”. O primeiro mede a variação do valor externo do dólar face a um cabaz alargado de 26 divisas, enquanto que o segundo é uma subdivisão que agrega apenas as sete principais divisas de referência. De acordo com o primeiro, o “ITCEN-alargado”, o dólar perdeu cerca de 14 por cento do seu valor face aos máximos, enquanto que, no segundo, o “ITCEN-principais divisas” esse valor eleva-se para mais de 26 por cento. A razão para esta evolução díspar está obviamente, nas relações económicas entre as diferentes economias e na forma como é conduzida a política monetária. Por exemplo, o dólar tem aguentado muito melhor face às divisas asiáticas, ao que não será indiferente os pegs ao dólar de países como Hong-Kong, Malásia e China, ou a tentativa do Japão em manter estável o valor do iene. Por outro lado, a elevada integração com o Canadá tem limitado o movimento de correcção face ao dólar canadiano, o mesmo se aplicando ao peso mexicano, o qual também tem um peg face ao dólar.

Índice de taxa de câmbio efectiva nominal (ITCEN) do dólar

70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 73 75 77 79 81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 01 03 ITCEN - principais divisas

Correcção actual limitada quando comparada com a da

década de 80

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Ou seja, nem todos os países estão a suportar o ajuste do dólar na mesma magnitude. Ao não haver um objectivo para a taxa de câmbio, a zona euro torna-se por excelência um dos países que mais terá que suportar esse fardo. Numa perspectiva global, muito falta ainda para que se conclua o ajustamento do dólar, o qual continua ainda acima dos mínimos da década de 1995. Ou seja, o dólar poderá ainda depreciar-se bastante mais face ao euro, até que os desequilíbrios externos dos EUA estejam corrigidos ou que os investidores recuperem a confiança na nota verde.

Atentando ao ITCEN das principais divisas o dólar está cerca de 5 por cento acima dos mínimos de 1995, ascendendo esse valor a 25 por cento tomando em consideração o ITCEN alargado. Esta situação, em conjugação com a manutenção dos referidos desequilíbrios, leva alguns economistas a considerarem que o dólar ainda terá que se depreciar mais (valores oscilam em torno dos 10 por cento) para que a correcção tenha os efeitos desejados ao nível da BTC. Dadas as características do euro, parece pois que a concretizar-se este cenário o dólar ainda se poderá depreciar, pelo menos, 10 por cento face ao euro. Neste contexto, aumentam as pressões para que o BCE desça as suas taxas de juro, aliviando a pressão ascendente do euro e, por esta via, contrariar as pressões deflacionistas derivadas da quebra de preços dos bens importados e ajudar o debilitado sector exportador.

2 - O Fundo

Em 2003, o Finirendimento, registou uma rendibilidade efectiva positiva de 3,95%. O Valor Líquido Global do Fundo em 31 de Dezembro de 2003 era de 132.021.307,56 euros, correspondentes a 25.718.147 Unidades de Participação e detidas por 6.227 participantes.

10,60%

4,03%

75,22%

10,15%

TDP's O. Fundos Públicos e E. Obrig. Div. Outros Activos

Estrutura da Carteira s/ VLGF (*)

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O valor da Unidade de Participação em 31 de Dezembro de 2003 cifrou-se em 5,1334 euros, e durante o ano de 2003, o fundo distribuíu rendimentos, em 31 de Março e 30 de Setembro, no valor de 0,1123 euros, em ambos os caso, por cada Unidade de Participação.

No que diz respeito a comissões, o fundo gerou 1.071.177,69 euros assim distribuidos: Comissão de Gestão 553.462,22 euros

Comissão de Depositário 517.715,47 euros

Perspectivas de negócio O Finirendimento vai manter a estratégia até aqui adoptada, com a diferença de que se nos últimos anos o fundo foi-se moldando às constantes baixas das taxas de juro, muito provavelmente nos próximos tempos a situação inverter-se-á, pois as perspectivas da retoma económica são fortes, e com ela virão as subidas das taxas de juro, o que já se sentiu no final do ano.

Na vertente comercial, o crescimento do fundo nos últimos anos foi significativo, pelo que se espera um natural abrandamento na taxa de crescimento para 2004, até pela habitual influência de sinal contrário que este tipo de fundos sofre com a recuperação económica e consequentemente subida dos índices accionistas internacionais.

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FINIRENDIMENTO-FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO

FINIVALOR-SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO,SA Av. Berna,10

1050 Lisboa

Matricula nº 6901,CRC de Lisboa Capital Social 450.000 EUR Número Contribuinte: 503 809 810

(valores em euros)

CODIGO DESIGNAÇÃO PERIODO N PERIODO N-1

OPERAÇÕES CAMBIAIS 911 À Vista

912 A prazo (Forwards cambiais)

913 Swaps cambiais

914 Opções

915 Futuros

TOTAL 0 0

OPERAÇÕES SOBRE TAXAS DE JURO 921 Contratos a prazo (FRA)

922 Swap de taxa de juro

923 Contratos de garantia de taxa de juro

924 Opções

925 Futuros 9.049.200 5.677.250

TOTAL 9.049.200 5.677.250

OPERAÇÕES SOBRE COTAÇÕES 934 Opções

935 Futuros

TOTAL 0 0

COMPROMISSOS DE TERCEIROS 942 Operações a prazo (reporte de valores)

944 Valores recebidos em garantia

945 Empréstimo de valores

TOTAL 0 0

TOTAL 9.049.200 5.677.250

CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS DATA:31/12/2003 PERÍODOS

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FINIRENDIMENTO - Fundo de Invest. Mobiliário Aberto

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS MONETÁRIOS em 31 de DEZEMBRO de 2003

(valores em euros)

2003 2002

OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO

RECEBIMENTOS:

Subscrição de unidades de participação 70.885.308 54.637.189

… 70.885.308 54.637.189

PAGAMENTOS:

Resgates de unidades de participação 36.858.556 31.767.274 Rendimentos pagos aos participantes 5.338.216 2.332.561

… 42.196.772 34.099.835

Fluxo das operações sobre as unidades do fundo 28.688.536 20.537.354

OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS

RECEBIMENTOS:

Venda de títulos 19.825.798 17.503.736 Reembolso de títulos

Resgates de unidades de participação Rendimento de títulos

Juros e proveitos similares recebidos 3.777.139 3.202.789 Vendas de títulos com acordo de recompra .

Outros recebimentos relacionados com a carteira 23.602.937 20.706.525 PAGAMENTOS:

Compra de títulos 63.214.029 41.676.756 Subscrição de unidades de participação

Juros e custos similares pagos 189.397 847.249 Vendas de títulos com acordo de recompra

Taxas de Bolsa suportadas 3 23

Taxas de corretagem 62 353

Outras taxas e comisões

….. 42.524.381

Outros pagamentos relacionados com a carteira 63.403.491

Fluxo das operações da carteira de títulos -39.800.554 -21.817.856

OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS

RECEBIMENTOS:

Juros e proveitos similares recebidos Recebimentos em operações cambiais Recebimentos em operações de taxa de juro

Recebimentos em operarações sobre futuros 8.000 Margem inicial em contratos futuros

Comissões em contratos de opções Outras comissões

Outros recebimentos op.a prazo e de divisas 8.000 PAGAMENTOS:

Juros e custos similares pagos Pagamentos em operações cambiais Pagamentos em operações de taxa de juro Pagamentos em operações sobre cotações Margem inicial em contratos de futuros Comissões em contratos de opções …

Outros pagamentos op.a prazo e de divisas 0

Fluxo das operações a prazo e de divisas 0 8.000

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2003 2002 OPERAÇÕES GESTÃO CORRENTE

RECEBIMENTOS: Cobranças de crédito vencido Compras com acordo de revenda

Juros de depósitos bancários 403.990 202.799 Juros de certificados de depósito

Vencimento de Depositos a Prazo 161.250.000

Outros recebimentos correntes 23.173.898 23.577.888 3.763.796 165.216.595 PAGAMENTOS:

Comissão de gestão 528.248 176.835 Comissão de depósito 516.910 411.535 Compras de Depositos a Prazo 149.750.000 Pag Juros Disp/Empr

Juros devedores de depósitos bancários Compras com acordo de revenda

Impostos e taxas 239.475 42.344

…..

Outros pagamentos correntes 9.752.293 11.036.926 3.720.669 154.101.383

Fluxo das operações de gestão corrente 12.540.961 11.115.212

OPERAÇÕES EVENTUAIS

RECEBIMENTOS: Ganhos extraordinários

Ganhos imputáveis a exercícios anteriores Recuperação de incobráveis

…..

Outros recebimentos de operações eventuais 0 0 PAGAMENTOS:

Perdas extraordinárias

Perdas imputáveis a exercícios anteriores …..

Outros pagamentos de operações eventuais 0 0

Fluxo das operações eventuais 0 0

Saldo dos fluxos monetários do período…(A) 1.428.943 9.842.710

Disponibilidades no início do período…….(B) 12.630.752 2.788.042

Disponibilidades no fim do período….(C) = (B)+-(A) 14.059.695 12.630.752

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA

INTRODUÇÃO

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e o Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e nas Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, do FINIRENDIMENTO – FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO, gerido pela Finivalor – Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, S.A. as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2003, (que evidencia um total de balanço de 132.971.089 euros e um total de capital do Fundo de 132.021.307 euros, incluindo um resultado líquido de 4.553.449 euros), a Demonstração dos Resultados, a Demonstração dos Fluxos Monetários do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

RESPONSABILIDADES

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade Gestora,

Finivalor – Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, S.A:

a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Fundo, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa;

b) a preparação de informação financeira de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para os Fundos de Investimento Mobiliário, e que esta seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos previstos na legislação aplicável e no regulamento de gestão do Fundo;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;

e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade, posição financeira ou resultados do Fundo;

(23)

f) a manutenção de um registo das transacções sobre valores mobiliários cotados realizadas fora de bolsa; e

g) o ressarcimento e a divulgação dos prejuízos causados por erros ocorridos no processo de valoração e divulgação do valor da unidade de participação ou na imputação das operações de subscrição e resgate ao património do Fundo, nos termos legais.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

ÂMBITO

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e

as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras;

- a verificação da conformidade da composição do Fundo com as regras e limites definidos no Regulamento de Gestão;

- a apreciação sobre se é adequada a avaliação dos valores do Fundo; - a verificação, numa base de amostragem, do cumprimento dos critérios de

avaliação definidos no regulamento de gestão do Fundo;

- a verificação do controlo e a apreciação de eventuais operações efectuadas fora de bolsa;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras;

- a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita; e

5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação

financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

(24)

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a

expressão da nossa opinião.

OPINIÃO

7. Em nossa opinião, a informação financeira contida nos documentos de prestação

de contas acima referidos apresenta de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do FINIRENDIMENTO – FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO em 31 de Dezembro de 2003, o resultado das suas operações e os fluxos monetários no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para os Fundos de Investimento Mobiliário e a informação neles constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Lisboa, 9 de Fevereiro de 2004

ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS, SROC, S.A.

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas N.º 178

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