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Sao Paulo Med. J. vol.123 suppl.spe

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Academic year: 2018

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Sao Paulo Med J. 2005;123(Suppl):49.

INTRODUÇÃO A estenose esofágica em crianças, decorrente de doença do refluxo gastroesofágico, tem importância principalmente nos menores. O tratamento com dilatação apresenta com-plicações potenciais.

RELATO DO CASO Paciente do sexo feminino, 1 ano e 9 meses de idade, P2 (antigo ASA II), portadora de doença do refluxo gastroesofágico, com estenose esofágica. Foi submetida à intubação traqueal em seqüência rápida e anestesia geral inalatória com sevoflurano. Após várias tentativas de dilatação, suspeitou-se de perfuração esofágica, sendo o diagnóstico feito em sala operatória, a partir da realização de esofagograma. O procedimento foi encerrado e a criança encaminhada, sob intubação traqueal, à sala de re-cuperação pós-anestésica, sem alteração hemodinâmica ou ven-tilatória, sendo mantida em circuito de Mapleson A, até atingir níveis adequados para extubação traqueal. Depois da extubação, a criança evolui com dispnéia, tiragem intercostal e queda na saturação periférica de oxigênio. Realizou-se reentubação tra-queal, com suspeita de pneumotórax hipertensivo, confirmado pelo exame físico. A radiografia torácica mostrou pneumotórax à esquerda com desvio das estruturas mediastinais. O tórax foi drenado e, após estabilização, a paciente foi encaminhada à UTI pediátrica. No terceiro dia de internação, confirmou-se a presença

de fístula esôfago-pleural pela realização de esofagograma com azul de metileno, quando o selo d’água, da drenagem de tórax, adquiriu coloração azulada.

DISCUSSÃO A perfuração esofágica decorrente de manipulação do trato aéreo digestivo é complicação pouco freqüente em crianças, mas potencialmente fatal. As manifestações clínicas são, via de regra, dor, febre, enfisema subcutâneo e/ou mediastinal, derrame pleural e pneumotórax. O presente relato de caso mostra a neces-sidade de o anestesiologista conhecer as possíveis complicações do procedimento, bem como estar habilitado para a realização do diagnóstico rápido de pneumotórax hipertensivo, reduzindo, assim, sua morbimortalidade.

REFERÊNCIA 1. Panieri E, Millar AJ, Rode H, et al. Iatrogenic esophageal perforation in children: pattems

of injury, presentation, management and outcome. J Pediatr Surg. 1996;31:850-5.

Endereço para correspondência:

Ronaldo A. da Silva

Distrito de Rubião Júnior, s/no

Botucatu (SP) – CEP 18618-970 Tel. (+55 14) 3811-6222 Fax (+55 14) 3815-9015 E-mail: anestesi@fmb.unifesp.br

Ronaldo A. da Silva

Leandro G. Braz

Fábio Ferrari

Paulo M. Ramacciotti

Paulo do Nascimento Júnior

Yara Marcondes Machado Castiglia

Pneumotórax hipertensivo

secundário à perfuração esofágica

CET-SBA, Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina

da Universidade Estadual Paulista, Botucatu, São Paulo

Referências

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