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Revista Brasileira de Ensino de F sica, vol. 23, no. 2, Junho, Um Experimento de Oscilador Forοcado Amortecido A Forced Damped Oscillator Exp

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(1)

Um Experimento de Oscilador Forcado Amortecido

AForcedDampedOscillatorExperiment

D. Tomasi 

e E.C. Caparelli

EscueladeCienciayTecnologia,UniversidadNacionaldeGeneralSanMartin

Alem3901,1651SanAndres,BuenosAires,Argentina.

Recebidoem15/12/2000. Aceitoem26/01/2001

Estetrabalhoapresentaumexperimentoapropriado paraasaulasdelaboratorioques~ao

normal-menteoferecidasemcursos degraduac~ao. Este experimento estabaseadoemoscilac~oes forcadas

amortecidas de uma agulha magnetica e permitea observac~ao dofen^omeno deresson^ancia, que

ocorrequando afrequ^enciadocampomagnetico dependentedotempocoincide comafrequ^encia

deoscilac~oes livresdaagulhadeumabussola,queporsuavezdependedamagnetizac~aoedo

mo-mentodeinerciadaagulha. Asoscilac~oes daagulhaforammonitoradascomumasondaHalleum

microcomputador,eosresultadosexperimentaisforamcomparadoscomateoriaatravesdaanalise

deFourierdosdados. Estesresultadosapresentaramboaconcord^ancia comasprevis~oesteoricas.

Thisworkpresentsanexperimentsuitablefor intermediatelaboratoryinstruction,whichisbased

ontheforceddampedoscillationsofamagneticneedle. Thisallows theobservanceofaresonance

phenomenon,whichoccurswhenthefrequencyofthe timedependentmagnetic eldmatchesthe

frequencyoffreeoscillationsofthecompassneedlethatdependsonthemagnetizationandmoment

ofinertiaoftheneedle. ThecompassneedleoscillationsweremonitoredusingaHallsensoranda

PC.TheoryandexperimentwerecomparedusingaFourieranalysisofthedata. Theresultsarein

goodagreementwiththetheoreticalexpectations.

I Introduc~ao

O movimento de umoscilador harm^onicosimples tem

sido amplamente estudado em cursos de fsica

experi-mental devido a possibilidade de se utilizar dois

ins-trumentos simples: op^enduloeosistema massa-mola.

Estes estudos experimentais geralmente s~ao baseados

na medic~aodoperodo,apartirdoquals~aoderivados

os par^ametrosdin^amicos.

Nos ultimos anos varios experimentos foram

pro-postos para estudar o movimento de um oscilador

harm^onicosimplesforcadoamortecido[1-5]. Por

exem-plo,oscoe cientesdeviscosidadedoaredooleopodem

ser determinados a partir de oscilac~oes livres de uma

bolasustentadapor umamola[1,3].

Recentemente, devido ao aumento de capacidade

dos computadorespessoais(PC),aaquisic~aoeanalise

dosdadosforamincludosdentrodoarranjo

experimen-tal,tornando possvelfazer comparac~oesmais precisas

entre os dados experimentais e as previs~oes teoricas

[4,5].

Nestetrabalhoapresentamosumexperimento para

estudarasoscilac~oesforcadasamortecidasdaagulhade

uma bussola. A aquisic~aode dadosefeita atravesde

ummicrocomputadoreaanalisedeFouriereutilizada

paraestudaromovimentooscilatorio.

As duas sec~oes a seguir cont^em a teoria das

os-cilac~oesforcadasamortecidasdeumaagulhaimantada

eosdetalhesdoexperimento proposto.

II Teoria

A seguir vamos considerar uma agulha imantada

em uma regi~ao do espaco onde existem dois

cam-posmagneticosperpendiculares,umcampomagnetico

estatico,B

0 =B

0 ^

i,eumcampomagneticoharm^onico,

B 1 = B 1 cos!t ^

j, como ilustrado na Fig. 1, onde !

ea frequ^encia angular do campo harm^onico. O vetor

campomagneticototalBedadopelasuperposic~aodos

doiscamposepodeserescritocomo

B=(B

0 ;B

1

cos!t;0): (1)

O torque, B, devido a interac~ao magnetica entre

oscamposeomomentomagneticodaagulha,,e

res-ponsavelpelamudancadomomentoangulardaagulha,

L,naseguinte forma[6]

dL

dt

=B: (2)

(2)

onde 

 representa a derivada de segunda ordem do

^

angulo polar  entre a agulha e B

0

, sendo I o

mo-mento deinerciadaagulha. Comoeusual,

considera-mos apenas pequenos desvios na posic~aode equilibrio

da agulha, o qual s~ao de nidos por sin  . Neste

casoaEq. (3)setransformaemumaequac~aolinearde

segundaordem  + B 0 I = B 1 I cos!t; (4)

Comotambemeusual,consideramosoprocessode

re-laxac~ao, induzido pelo atrito daagulha, que e

depen-dente davelocidade,incluindo termos de primeira

or-dem naequac~aolinear(4)

 + 2 T _ + B 0 I = B 1 I cos!t; (6)

onde o tempo de relaxac~ao, T, no termo de primeira

ordem , e uma constante temporal dodecaimento

ex-ponencialdasoluc~aohomog^eneadaEq.(6),queedada

por c  H (t)=exp  t T  [Aexp(i!  t)+Bexp( i!  t) ]: (7) Aqui !  = q ! 2 0 1 T 2

eafrequ^encia naturaldas oscilac~oes amortecidas eA e B s~aocoe cientes constantes, que

est~ao associados as condic~oes iniciais (t = 0) e _

(t = 0). A soluc~ao geral da Eq. (6) e a soma das soluc~oes

homog^enea,(7), eparticular,queedadapor

 p (t)= ! 2 1 T 2 [(! 2 0 ! 2 ) 2 T 2 +4! 2 ]  (! 2 0 ! 2 )cos!t+ 2! T sin!t  : (8) d

Figura1. Orientac~aodabussolaeoscamposmagneticos.

Entretantodevidoaodecaimentoexpon^encialde

H (t),

para t  T a soluc~ao gerale dominada pela soluc~ao

particular(8),cujaamplitudeapresentaum

comporta-mento resonanteem !

0

=! caracterizadopelafunc~ao

deLorentz 1 [(! 2 ! 2 ) 2 +(2!=T) 2 ] ; (9)

aqualatingeseuvalormaximopara!

0

=!,etemuma

largurade4!=T.

III Experimento

O objetivodesta sec~aoetestara teoriaacima usando

um arranjoexperimental simples, cujosresultados s~ao

apropriadosparaintroduzirofen^omeno deresson^ancia

magneticaaestudantes degraduac~ao.

O arranjo experimental esta mostrado na Fig. 2.

Ocampomagneticoestatico,B

0

,eproduzidoporuma

correntecontnuaI emumpardeHelmholtz,que

con-sistededuasbobinascircularesconstitudasde100

es-piras de cobre cada uma, com 24 cm de di^ametro e

separadas por uma dist^ancia de 12 cm. Estas

bobi-nasforamconectadasemserieparaproduzirumcampo

magneticouniformeemseuisocentro,dadopor

B 0 (0;0;0)= 8 0 N I 5 3=2 R ; (10)

ondeReoraiodasN espirase

0

eapermeabilidade

magnetica do vacuo. Estas bobinas est~ao orientadas

paraproduzirumcampomagneticoparaleloaocampo

(3)

Figura2. Oarranjoexperimentaldescritonotexto.

Ocampoharm^onicoB

1

,foiproduzidoporuma

cor-rentealternada(AC)tiposenoconduzidaemumparde

Helmholtz,similaraqueledescritoacima,feitocom200

espirasdecobrede10cmdedi^ametro. Esteparfoi

co-locadoperpendicularmenteaoparqueproduzocampo

B

0

. AcorrenteACnestasbobinasforamajustadaspara

minimizaraamplitudedasoscilac~oesforcadaspara

sa-tisfazer aexpress~ao sen. A agulhamagneticafoi

colocadanoisocentrodosistemaesuasoscilac~oesforam

monitoradasusandoumsensordecampomagnetico

ba-seadonoefeitoHall,oqualfoiposicionadoparamedira

componentexdocampomagnetico,comomostraaFig.

2. OsinaldasondaHallfoi ampli cado,digitalizadoe

adquiridousandooprogramaMPLIparaWindows 1

e

ummicrocomputador.

ComopodemosobservarapartirdaFig. 3b,a

com-ponentexdocampomagneticooscilaquandoacorrente

de(1;100;01)AeaplicadaaopardeHelmholtzque

produzocampoB

0

,oqualusandoaequac~ao(10)

cor-respondeaovalorde(8;260;08)Gauss. Nestecasoa

frequ^enciaangulardocampoB

1

foi colocadaem25.46

rad/s. Este dadofoi adquirido umminutodepois que

o campo B

1

foi ligado, para evitar o comportamento

transiente de frequ^encia natural ! 

caracterstico das

soluc~oeshomog^eneasdadaspela Eq. (7). Paravalores

maisaltosoumaisbaixosdeB

0

omovimentooscilatorio

daagulhaereduzidoenfatizandoocomportamento

res-sonantedaagulha,queesustentadopelateoriaacima.

A densidadeespectralA(),gra cadacomo func~aoda

frequ^encia na Fig. 3a, eosinal nafrequ^encia

domi-nante e foi obtida usando a transformada de Fourier

rapidadosdadosdaFig. 3b. Asetaobservadanesta

-gura,em=(4;05  0;02)Hz,correspondeafrequ^encia

deoscilac~oesforcadasdaagulhamagnetica.

Figura3. Oscilac~oesforcadasdeumaagulhamagnetica. [a]

SinallidopelasondaHallnodomniodefrequ^encias. [b]O

mesmonodomniotemporal.

Figura4.Amplitudedasoscilac~oesforcadascomofunc~aoda

intensidadedeB

0

.Ocrculocheiorepresentaovalordopico

dosinallidopelasondaHallnodomniodasfrequ^encias. A

linharepresentaumajustedeLorentzdosdados.

A Fig. 4 mostra ovalor maximo dadensidade

es-pectralcomofunc~aodeB

0

,quandoeusadabaixa

am-plitudedo campoB

1

,defrequ^encia =(3;630;01)

Hz, para forcar o oscilador magnetico. A resson^ancia

daagulhatorna-seevidente,nesta gura,pelopico

ob-servadoemB

0

=6;3Gauss. Esta guratambem

mos-traumacurvadeLorentzparaeste conjuntodedados

comparandoa teoriacom os resultadosexperimentais

[vejaEq. (9)]. Alarguradopicoressonanteencontrado

nestacurvaede(0;150;04)Gauss.

(4)

a agulha magnetica. Nesta condic~ao de resson^ancia a

frequ^encianaturaldeoscilac~oesestarelacionadacoma

intensidade docampo magneticoestaticoB

0

pela Eq.

(5).

Para explorar mais detalhadamente a validade da

Eq.(5), repetimos o procedimento acima para

encon-trar ovalordocampomagneticoquemaximizaa

am-plitudedasoscilac~oesdaagulha,utilizandovalorespara

afrequ^encia deB

1

quevariamdesde1a4Hz. A Fig.

5mostraos valoresde ! 2 0 eos valoresmedidosde B 0 .

A depend^encia linear entre ! 2

0 e B

0

, observado nesta

gura, esta de acordo com a Eq. (5), e fornece um

suporteexperimentalparaateoria.

Figura 5. Frequ^encia de ress^onancia como func~ao da

in-tensidadedeB0. Ocrculo cheio corresponde aoquadrado

dafrequ^enciadeB1quemaximizaaamplitudedeoscilac~ao

dadaporB0. Alinharepresentaumajustelineardosdados.

A raz~ao =I, que e uma propriedade da agulha

magnetica, foi obtida a partir de uma regress~ao

li-near destes dados, cujainclinac~ao da curvaresultante



e =I =(812) G 1

s 2

. A largura dopico de

res-son^ancia, usadopara fazer a Fig. 5, n~ao depende da

intensidadedocampoB

0

,conformeeesperadoapartir

dateoria.

O conhecimento do valor de =I nos permite

fa-zer uma estimativa do tempo derelaxac~aoda agulha,

usando a largurado pico de resson^ancia e aEq. (9),

obtendo-seT =(72)s.

Parafazer umamedidadireta deT,pulsamosuma

correnteconstantenabobinadeHelmholtzqueproduz

o campo B

1

em lugar de utilizar uma corrente

alter-nada do tipo seno, utilizada anteriormente. Quando



epulsadaacorrentenestabobinaocampoestaticoB

1

produzumdeslocamentoangularnaagulhadabussola,

e quando esta corrente e desligada a agulha volta ao



Figura6. Oscilac~oes amortecidasdaagulhamagnetica. [a]

OsinallidopelasondaHallnodomniodasfrequ^encias. [b]

omesmonodomniodotempo.

A Fig. 6bmostra o campo magneticodepend^ente

do tempo gerado pelo movimento da agulha quando

B

0

=(6;550;05)GausseocampoestaticoB

1 e

des-ligado. Nesta gurapodemosverqueaamplitudedas

oscilac~oesdaagulhamostraumdecaimentoexpon^encial

para um tempo derelaxac~aoT =(81) sde acordo

comEq. (7). Nota-sequeestamedidadiretadeT esta

de acordocomoresultado jaobtidousando alargura

dopicoderesson^ancia.

A densidade espectral na Fig. 6a corresponde ao

sinal em frequ^encia e foi obtida a partir da

transfor-madadeFourierrapidadosdadosqueseencontramna

Fig. 6b,analogamente ao casoanterior. Ounico pico

observado noespectro para  =3;63 Hzemais largo

queopicoobservadonaFig. 3adevidoaodecaimento

exponencialdosinalnaFig. 6b. Ovalordafrequ^encia

paraasoscilac~oesamortecidas! 



eproximaa!

0 neste

caso,devidoaograndevalordeT.

IV Conclus~oes

(5)

zado para produzir umfen^omeno ressonante,

apropri-ado para introduzir alunosde graduac~aoao fen^omeno

da resson^ancia. O experimento proposto requer ouso

de bobinas que possuem uma geometria simples para

produzirocampomagneticonecessario.

Oprincipalaspectodaspequenasoscilac~oesdauma

bussolaforamestudadospelaaquisic~aodigitaleanalise

de Fourier dos dados. Os resultados experimentais

est~aodeacordocomateoria.

Agradecimentos

Agradecemos ao Dr A. Valda pelos frutferos

co-mentarios que nos encorajaram aescrevereste

traba-lho.

References

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Referências

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