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Coleção Descomplicando Processo Civil

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Academic year: 2021

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Sabrina Dourado

3ª edição Recife – PE 2016

Coleção

Descomplicando

Processo Civil

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CAPÍTULO 4

PRINCÍPIOS DO DIREITO

PROCESSUAL E NORMAS

PROCESSUAIS FUNDAMENTAIS

DO NOVO CPC

Comecemos a tratar dos Princípios.

Princípios processuais gerais, ou fundamentais, são normas jurídicas, escritas ou não, que informam e guiam todo sistema processual (processo e procedimento), servindo de parâmetro para o legislador infraconstitucional, à medida que envolve um prévio juízo de valor sobre vários aspectos do processo13.

O Estado Democrático de Direito, ao estabelecer regras, baseia-se em princípios orientadores, deduzidos do sistema jurídico RXH[SUHVVRVFRQVWLWXFLRQDOPHQWH'LDQWHGDSRVVLELOLGDGHGHFRQÀLWR entre as regras, e pelo fato de estas se basearem em princípios do VLVWHPD ID]VH QHFHVViULR VROXFLRQDU WDLV FRQÀLWRV VHP DIDVWDU D incidência dos princípios que as fundamentaram.

13 Art. 1º do NCPC- O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os

valores e os princípios fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.

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Dessa forma, diferenciam-se as regras dos princípios. Estes são, originariamente, valores abstratos que orientam a estruturação GR RUGHQDPHQWR MXUtGLFR HQTXDQWR DV UHJUDV VmR HQWHQGLGDV FRPR comandos gerais de conduta sobre fatos. Modernamente, é inconteste a conclusão de que os princípios possuem força normativa.

No NCPC, estão regulados uma série deles. Nos doze primeiros artigos do novo texto, estão destacadas as normas processuais fundamentais. Tais normas são indiscutivelmente importantes. Servem de base para a compreensão do novo sistema processual.

Toda ciência, em qualquer ramo do conhecimento humano, requer uma organização coerente de todas as regras que a compõem. 3DUD JDUDQWLU D FRHUrQFLD H HYLWDU R FRQÀLWR HQWUH DV UHJUDV ID]VH necessário o estabelecimento de princípios, que servem como base de organização e estabelecem os contornos da ciência.

Funcionam como preceitos fundamentais e, no caso do direito, FRQVLVWHP HP YDORUHV FRP ¿QV VRFLDLV SROtWLFRV PRUDLV RX pWLFRV eleitos para informar o sistema jurídico e auxiliar na elaboração legislativa, na interpretação de normas e na aplicação da lei ao caso concreto.

Assim, existem vários princípios constitucionais processuais que são garantidores de verdadeiros direitos fundamentais processuais. Muitos deles foram clonados para o NCPC.

Há ainda, outros princípios processuais que dizem respeito PDLV HVSHFL¿FDPHQWH D DOJXQV DVVXQWRV GD GRJPiWLFD SURFHVVXDO jurisdição (juiz natural e inafastabilidade) lealdade (deveres da s partes) recursos (duplo grau de jurisdição). Há também o direito fundamental à assistência jurídica e à assistência judiciária. Assim, relacionaremos os princípios fundamentais que comandam as garantias processuais do cidadão, revelando a sua importância.

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4.1 Princípio do devido processo legal

O princípio do devido processo legal, ou “due process of law”, está previsto no art. 5º, inciso LIV, da Constituição Federal, nos seguintes termos: “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.

Tal princípio deve ser interpretado de forma ampla e atinge não só os processos judiciais, mas também todos os procedimentos

administrativos e até mesmo nas relações privadas14.

É considerado o princípio base do direito processual, abrangendo todos os demais.

Em seu sentido material (“substantive due process”), tutela o indivíduo orientando até mesmo a produção legislativa, obrigando-a a observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade no PRPHQWRGDHODERUDomRGDVOHLVD¿PGHTXHHVWDVQmRRIHQGDPRV direitos fundamentais previstos na Constituição. Ademais, um processo devido não é apenas aquele em que se observam exigências formais: devido é o processo que gera decisões jurídicas substancialmente devidas.15

Quanto ao seu aspecto processual ou procedimental (“procedural due process”), obriga o respeito ao procedimento OHJDOPHQWHSUHYLVWRD¿PGHSURSRUFLRQDUjVSDUWHVRDPSORH[HUFtFLR de seus direitos e faculdades processais.

Como decorrência do princípio do devido processo legal, temos diversos outros, como a garantia do contraditório, da publicidade dos atos processuais, do juiz natural, da necessidade de motivação das decisões judiciais, entre outros.

14 O Supremo tribunal Federal vem aplicando o devido processo nas relações privadas, como

se depreende do precedente: (BRASIL, STF, 2ª T, RE 201.819-8, Rel. Gilmar Mendes, 2006). Eis o primeiro de muitos outros precedentes que seguiram tal caminho.

1526XSUHPR7ULEXQDO)HGHUDOSRVVXLYiULRVSUHFHGHQWHVGH¿QLQGRFRPRXPDGDVEDVHV

normativas da aplicação dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, no Direito brasileiro, o devido processo legal em sua dimensão material como mecanismo de controle de legitimidade do conteúdo das decisões.

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DEVIDO PROCESSO

LEGAL

Em síntese, o legislador brasileiro inspirou-se na Constituição Americana, ao trazer para o ordenamento jurídico brasileiro o princípio do devido processo legal. Tal princípio encontra-se na Carta Política Brasileira de 1988, Art. 5º, LIV: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.

4.2 Princípio da igualdade/isonomia ou paridade de armas

O princípio da igualdade estabelece o dever do Estado-juiz de dar tratamento isonômico às partes. Tal isonomia, entendida como igualdade de tratamento e de oportunidade de intervir no processo, deve ser substantiva, ou seja, o julgador deve buscar o equilíbrio de fato entre os litigantes, tratando os desiguais na medida de sua desigualdade16.

De acordo com o princípio da isonomia, previsto no art. 5º, “caput”, e inciso I, da Constituição Federal, todos que participam da relação processual devem receber igualdade de tratamento, devendo RMXL]D¿PGHJDUDQWLUTXHHVWDLJXDOGDGHVHMDHIHWLYDSURSRUFLRQDU “paridade de armas”, ou seja, estar atento às desigualdades sociais e econômicas existentes entre as partes, por exemplo, deverá o juiz garantir que todos tenham a mesma oportunidade para produzir as provas necessárias, inclusive com a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, que proporciona a nomeação de DGYRJDGR GDWLYR DR KLSRVVX¿FLHQWH H D LVHQomR GR SDJDPHQWR GRV honorários periciais.

De acordo com o artigo 7º do NCPC, é assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

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Observa Daniel Roberto Hertel que durante muito tempo, predominou o entendimento de que o juiz deveria promover a igualdade das partes na esfera processual apenas em seu aspecto formal, o que aproximava o postulado da concepção nominalista de igualdade. Esse HQWHQGLPHQWR MXVWL¿FDYDVH VRE R DUJXPHQWR GH HYLWDU D TXHEUD GD imparcialidade do julgador. Modernamente, contudo, esse paradigma está sendo redimensionado.

A migração do critério formal da isonomia para o substancial redundou em alterações relevantes na interpretação de certos dispositivos da lei processual. Em última análise, pretendeu-se com isso aproximar os resultados do processo ao seu escopo social - SDFL¿FDUFRPMXVWLoD1HVVHFRQWH[WRpIXQGDPHQWDOTXHRPDJLVWUDGR considere as diferenças sociais, políticas e econômicas existentes entre os demais sujeitos da relação processual. O julgador deve estar DWHQWRSDUDDVHVSHFL¿FLGDGHVGRVHQYROYLGRVHPFDGDOLGHSDUDTXH

possa promover a igualização entre as partes.17

No âmbito da proteção das garantias processuais do cidadão, o princípio da igualdade constitui postulado vital. É um direito fundamental que exige um comportamento voltado para que a lei seja tratada de modo igual para todos os cidadãos, sem, no entanto, deixar de lado a observância das desigualdades.

 (Q¿P UHLWHUHVH TXH QR QRYR &3& D LVRQRPLD HVWi

expressamente regulada no artigo 7º o qual merece ser reforçado, vejamos: É assegurada as partes igualdade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais. Competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

4.3 Princípio do juiz natural

O princípio do juiz natural está previsto nos incisos XXXVII e LIII do art. 5º da Constituição Federal. Com efeito, estatui este último dispositivo constitucional que ninguém será processado nem

175HÀH[RVGRSULQFtSLRGDLVRQRPLDQRGLUHLWRSURFHVVXDOhttp://jus.com.br/artigos/7112/

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sentenciado, senão pela autoridade competente. O inciso XXXVII, por sua vez, veda os chamados tribunais de exceção, ao dispor que

não haverá juízo ou tribunal de exceção18.

Assim, tem-se que juiz natural é aquele com competência SUHYLDPHQWH HVWDEHOHFLGD SDUD FRQKHFHU GR FRQÀLWR $V SDUWHV QD solução do litígio, têm direito a julgamento realizado por juiz e tribunal LQYHVWLGRV GH DWULEXLo}HV MXULVGLFLRQDLV ¿[DGDV H OLPLWDGDV SHOD /HL Maior, que sejam independentes e imparciais. Exige-se, ainda, que eles sejam competentes.

Ressalte-se, ademais, que o foro por prerrogativa de função MXQWRDRV7ULEXQDLVGHVWLQDGRDDOJXPDVDXWRULGDGHVQmRFRQ¿JXUD exceção ao princípio em comento, haja vista que seu estabelecimento não se dá em razão da pessoa, mas em razão do cargo por ela exercido, não representando, portanto, qualquer sorte de privilégio para os que o detém. Daí ser mais correto o uso da expressão “foro por prerrogativa de função” ao invés de “foro privilegiado”, como preferem alguns.

4.4 Princípio do promotor natural

O mesmo inciso LIII do art. 5º da CF, que prevê o princípio do juiz natural, prevê também o princípio do promotor natural. É que, ao dispor o referido inciso que ninguém será processado senão pela autoridade competente, está se referindo ao órgão do Ministério Público processante. Isso nos permite concluir que o representante do Ministério Público deve estar regularmente investido nas suas funções e ter atribuição para trabalhar naquele determinado processo, sob pena de ofensa ao princípio do promotor natural.

18 Deste modo, é vedada constitucionalmente qualquer criação de órgãos julgadores

extraordinários instituídos ad hoc (ex post facto ou a posteriori) para julgar determinados fatos já ocorridos, constituindo tribunais de exceção.

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4.5 Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional

De acordo com o artigo 3º do NCPC, não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou efetiva lesão a direito. Tal princípio foi extraído do texto constitucional- art. 5º, inciso XXXV. O mesmo dispositivo enaltece a arbitragem, já estudada em capítulo anterior. No parágrafo 2º do aludido artigo, sinaliza-se o dever do estado de, VHPSUH TXH SRVVtYHO SURPRYHU D VROXomR FRQVHQVXDO GH FRQÀLWRV Ademais, a conciliação, a mediação e outros métodos de solução de FRQÀLWRVGHYHUmRVHUHVWLPXODGRVSRUMXt]HVDGYRJDGRVGHIHQVRUHV públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

Em regra, o exercício da jurisdição é atribuído exclusivamente pelo Poder Judiciário, o qual não poderá eximir-se de apreciar qualquer lesão ou ameaça a direito, nos termos do art. 5º, inciso XXXV, da

Constituição Federal.19

Porém, excepcionalmente, a função jurisdicional é atribuída a outros órgãos, como o Senado Federal, que é competente para processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles (CF, art. 52, inciso I).

Aos árbitros, desde que regularmente investidos na função, o legislador igualmente atribuiu uma parcela da função jurisdicional, pois expressamente conferiu natureza de título executivo judicial às sentenças arbitrais20.

19 Primeiramente, o princípio assegura a utilização de ações para se ressarcirem as lesões

já sofridas por cidadão ou para inibir a ocorrência da lesão, quando ainda somente exista ameaça (exemplos dessas ações inibitórias são aquelas para se impor obrigações de não fazer se utilizando das técnicas do art. 461, CPC).

203DUD)UHGLH'LGLHU-~QLRUDDUELWUDJHPpXPPHLRMXULVGLFLRQDOGHUHVROXomRGHFRQÀLWRV

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ARBITRAGEM

A arbitragem surge no momento em que as partes não resolveram de modo amigável a questão. As partes permitem que um terceiro, o árbitro, especialista na matéria discutida, decida a controvérsia. Sua decisão tem a força de uma sentença judicial e não admite recurso.

$V VROXo}HV DOWHUQDWLYDV GRV FRQÀLWRV ajudam a desobstruir a Justiça, socializam o processo de entendimento entre as pessoas e aceleram a resolução dos problemas.

4.6 Princípios do contraditório21 e da ampla defesa22

São princípios derivados do princípio do devido processo legal e com previsão na Constituição Federal. Segundo o art. 5º, inciso LV, da Constituição, “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.

São extremamente importantes em nosso sistema, pois garantem a efetiva participação de todos no processo, assim, os referidos princípios não admitem exceção.

A concessão de liminares sem a manifestação prévia do réu (denominadas de “inaudita altera parte”), por se destinar a evitar o perecimento de direitos e a tornar efetiva a prestação jurisdicional, QmR FRQ¿JXUD RIHQVD DR SULQFtSLR GR FRQWUDGLWyULR ,VVR SRUTXH D concessão da liminar não obsta o exercício do contraditório, mas apenas o transfere para um momento posterior, fazendo com que

218PDJDUDQWLDFRQVWLWXFLRQDOGHLQÀXrQFLDHQmRVXUSUHVD

22 Para Fredie Didier Júnior (2010, p.56) contraditório e ampla defesa formam um belo par.

Não por acaso, estão previstos no mesmo dispositivo constitucional. Para ele, atualmente, tendo em vista o desenvolvimento da dimensão substancial do princípio do contraditório, pode-se dizer que eles se fundiram, formando uma amálgama de um único direito fundamental. A ampla defesa corresponde ao aspecto substancial do princípio do contraditório.

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ocorra o denominado contraditório postergado.

Em razão desses princípios, não basta que apenas se dê ciência às partes dos atos processuais realizados, mas que se garanta a oportunidade de prévia manifestação e reação.

No NCPC, o contraditório foi agigantado. No artigo 9º, sinaliza-se que não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Foram estabelecidas algumas exceções, senão vejamos:

WXWHODVSURYLVyULDVGHXUJrQFLD

- às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos ,H,,

- à decisão prevista no art. 701.

Como se não bastasse, o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

4.7 Princípio da ação ou da demanda, ou princípio da iniciativa da parte ou da inércia da jurisdição

É garantido e reservado apenas à parte o direito de provocar o exercício da jurisdição (princípio da inafastabilidade da jurisdição), uma vez que a jurisdição é inerte. Vedado em nosso ordenamento, portanto, o processo inquisitivo, em que a iniciativa do processo cabe ao próprio juiz.

Entretanto, impende destacar que existem exceções ao referido princípio, sedo a principal delas a possibilidade que tem o magistrado de iniciar de ofício o processo de inventário e partilha de bem se os KHUGHLURVGRGHFXMXVQmRR¿]HUHPQRSUD]ROHJDOGHGLDV

Ademais, apesar do sistema do CPC brasileiro adotar tal princípio como regra (arts. 2º CPC), devido à tendência reformista de adoção do denominado ativismo judicial (com um juiz com seu papel UHIRUoDGR PHGLDQWH D DWULEXLomR GH SRGHUHV R¿FLRVRV  H[LVWH XPD

Referências

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