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Aula 5 Metodologia de Pesquisa em Ciência da Computação Método de Pesquisa. Profa. Elaine Faria UFU

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(1)

Aula 5 – Metodologia de Pesquisa em

Ciência da Computação

Método de Pesquisa

(2)

Agradecimentos

• Este material

• Consiste de adaptações dos slides da profa. Maria Camila Barioni, que gentilmente cedeu seus slides • É baseado no livro

(3)

Preparação de Trabalho de

Pesquisa

(4)

Preparação de Trabalho de

Pesquisa

(5)

O MÉTODO DE PESQUISA

(6)

Método de Pesquisa

• Metodologia é o estudo dos métodos

• O método consiste na seqüência de passos

necessários para demonstrar que o objetivo proposto foi atingido, ou seja, se os passos definidos no método forem executados, os resultados obtidos deverão ser convincentes

(7)

Wikipedia - Metodologia

• “A Metodologia é o estudo dos métodos. (...)

Tem como finalidade captar e analisar as

características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades,

limitações ou distorções e criticar os

(8)

Wikipédia - Método

• “O método científico é um conjunto de

regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo

conhecimento, bem como corrigir e integrar

conhecimentos pré-existentes. Na maioria das disciplinas científicas consiste em juntar

evidências observáveis, empíricas (ou seja, baseadas apenas na experiência) e

mensuráveis e as analisar com o uso da lógica.”

(9)

Método

• Deve ser estabelecido depois que o objetivo tiver sido definido

• Revisão bibliográfica não deve fazer parte do método

(10)

Método

• O método deve então indicar, dependendo do tipo de trabalho:

• se protótipos serão desenvolvidos

• se modelos teóricos serão construídos

• quais experimentos eventualmente serão realizados

• como os dados serão organizados e comparados

(11)

Método

• A definição do método de pesquisa deve ser executada logo após a definição do objetivo • Para a definição do conjunto de passos que

(12)

Dados versus Conceitos

• O método de pesquisa não consiste apenas em coletar dados para suportar a hipótese de trabalho

• É necessário elaborar um discurso ponderado e esclarecedor a partir desses dados

• O aspecto mais importante de uma

monografia é o pensamento crítico e não apenas a coleta de informações

(13)

Pesquisa Experimental e

Não-Experimental

• A pesquisa experimental implica em que o pesquisador sistematicamente provocará

alterações no ambiente a ser pesquisado de forma a observar se cada intervenção produz os resultados esperados

(14)

Objetividade

• O pensamento humano permite a tirada de conclusões que nem sempre são objetivas, como no caso das opiniões

• Segundo Kerlinger (1980), “a condição

principal para satisfazer o critério de

objetividade é, idealmente, que quaisquer observadores com um mínimo de

competência concordem com seus resultados”

(15)

Objetividade

• Experimentos e observações devem ser tratados de maneira objetiva

• Por exemplo, um pesquisador poderia dizer que um sistema é “fácil de usar” se um determinado conjunto de tarefas predefinido puder ser

executado por um usuário com um determinado grau de treinamento dentro de um período de tempo predeterminado

(16)

Objetividade

• Em resumo:

• Deve-se definir de maneira objetiva o fenômeno que vai observar

• Deve-se convencer os demais que a definição é intuitiva e útil para chegar a algum resultado

(17)

Empirismo

• Segundo Kerlinger (1980), “empírico significa guiado

pela evidência obtida em pesquisa científica sistemática e controlada”

• A computação, enquanto ciência, fundamenta suas pesquisas no empirismo e não no princípio da

autoridade

• O empirismo é importante para a ciência porque é uma maneira sensata de olhar o mundo. Não basta

acreditar em sua intuição ou nas palavras dos mestres. É preciso verificar objetivamente se o fenômeno

(18)

Empirismo

• Duvidar das conclusões de outros cientistas e duvidar do próprio senso comum, muitas vezes, é a chave para grandes descobertas

(19)

Variáveis

• Uma variável, é um nome que se dá a um fenômeno que pode ser medido e que varia conforme a medição

(20)

Variáveis discretas e contínuas

• O domínio de uma variável pode ser discreto ou contínuo

• A ideia de contínuo vem do fato de que entre dois valores sempre existe um terceiro

• Já as variáveis discretas assumem seus

valores em conjuntos cujos elementos podem ser ordenados ou em conjuntos finitos

(categóricas)

(21)

Discretização

• Regras de transformação de valores contínuos para discretos

• Ex.: Médias numéricas em conceitos {A, B, C, E}

(22)

Variável Medida

• Uma variável medida é aquela cujo fenômeno vai ser observado pelo pesquisador

• Por exemplo: quantas vezes um usuário de uma ferramenta vai olhar no manual para

obter informações para desempenhar a tarefa que lhe foi proposta

• Essa variável tem como domínio o conjunto dos números naturais e seus valores não são

determinados pelo observador, mas simplesmente medidos

(23)

Variável Manipulada

• A variável manipulada é aquela que o

experimentador vai deliberadamente modificar para realizar seu experimento

• Por este motivo, esse tipo de variável também é chamado de variável experimental

• Exemplo de variável manipulada

(24)

Mas porque pesquisadores manipulam uma ou mais variáveis enquanto observam outras?

• É porque eles querem encontrar dependências entre essas variáveis

• A princípio pode-se testar a dependência entre quaisquer variáveis manipuladas e observadas • Mas nem sempre esse teste fará sentido

• Antes de analisar uma dependência

experimentalmente o pesquisador usualmente desenvolve uma teoria ou hipótese

(25)

Variáveis Dependentes e

Independentes

• A variável independente é aquela que, se supõe, influencia outra

• A variável dependente é a influenciada

(26)

Para chegar na correlação precisaremos de um pouco de matemática

(27)

Média

• Na pesquisa científica, frequentemente o

pesquisador defronta-se com o problema de analisar conjuntos de dados

• Por exemplo, ao avaliar um determinado

sistema, o pesquisador contabiliza o tempo de interação de cada pessoa dentre um conjunto previamente definido

• Usualmente a média é considerada uma

(28)

Média

• Por exemplo, se quatro pessoas foram

analisadas e os tempos medidos em minutos foram 10, 12, 14, 9, então se pode dizer que o tempo médio observado foi de 11,25 minutos

(29)

Variância

• Considere-se os três conjuntos de valores abaixo:

• {10, 12, 14, 9} • {1, 20, 2, 22} • {11, 11, 11, 12}

(30)

Variância

• Essa observação do distanciamento dos

elementos em relação à média é chamada de

variância

• Então, além da média, o pesquisador deve

ficar atento também à variância do conjunto de valores, já que esta complementa a

caracterização do conjunto

(31)

Cálculo da variância

• Subtraia a média do conjunto de cada elemento:

• {-1,25, 0,75, 2,75, -2,25} • {-10,25, 8,75, -9,25, 10,75} • {-0,25, -0,25, -0,25, 0,75}

• O resultado corresponde à intuição

• O terceiro conjunto tem valores absolutos

(32)

• Para obter um valor escalar que corresponda à medida da distância dos valores em relação à média do conjunto

• Eleve os valores ao quadrado:

• {1,5625, 0,5625, 7,5625, 5,0625}

• {105,0625, 76,5625, 85,5625, 115,5625} • {0,0625, 0,0625, 0,0625, 0,5625}

Cálculo da variância

(33)

• Some os resultados:

• 14,75 • 382,75 • 0,75

(34)

• Para evitar que o valor cresça com o tamanho do conjunto de dados: divida pelo número de elementos do conjunto menos 1:

• 4,9166... • 27,5833... • 0,25

Cálculo da variância

(35)

Fórmula da Variância

, onde n é o número de elementos do conjunto, x representa a média aritmética do conjunto e xi representa cada um dos elementos do

(36)

Desvio-Padrão

• O desvio-padrão é uma medida também

bastante utilizada para analisar conjuntos e é definido simplesmente como a raiz quadrada da variância

(37)

Dependência

• Variáveis manipuladas realmente influenciam as variáveis experimentais?

(38)

Covariância (exemplo)

• No caso de conjuntos que variam muito, como do tempo que se leva para programar casos de uso

• considerar que não se tem um único conjunto mas sim um certo número de subconjuntos, cada um dos quais com características distintas cada um com sua própria média e variância

(39)

Covariância (exemplo)

• Exemplo dos casos de uso

• Classificar casos de uso em simples, médios e complexos para obter conjuntos de medidas com variância menor e, portanto, mais previsíveis

• Porém, essa subclassificação gera incerteza

• Não se sabe se a forma de determinar que um caso de uso é simples, médio ou complexo realmente classifica os casos de uso em subconjuntos nos quais os valores de tempo de desenvolvimento tenham variância mais baixa

(40)

Covariância (exemplo)

• O valor de pontos de caso de uso estimado por um método Y produz uma estimativa melhor do que um outro método Y’?

• Onde “melhor” significa com “alta dependência em relação ao conjunto de tempos X”

(41)

Covariância (exemplo)

• Para testar a hipótese é necessário comparar dois conjuntos de valores

• o valor dado a um caso de uso pelo método de classificação

(42)

Exemplo de covariância

alta e direta (método Y)

Caso de

Uso Tempo conhecido (horas) - X Pontos de caso de uso - Y

(43)

Exemplo de covariância

alta e direta (método Y)

Caso de

Uso Tempo conhecido (horas) - X Pontos de caso de uso - Y

UC1 1 1 UC2 18 2 UC3 4 1 UC4 67 3 UC5 22 2 UC6 12 2 UC7 2 1 UC8 7 1

Covariância alta: pois os menores valores da coluna X,

coincidem com os menores valores da coluna Y, e os maiores

valores da coluna X coincidem com os maiores valores da coluna Y •Covariância direta: pois quanto maior o valor da coluna X, maior

(44)

Exemplo de covariância baixa

(método Y’)

C a s o d e

uso Tempo conhecido (horas) - X Pontos de caso de uso – Y’

(45)

Covariância

• É calculada a partir dos desvios da média em cada conjunto

• Se no primeiro conjunto um valor se desvia muito para cima da sua média, espera-se que no segundo o valor correspondente também se desvie muito

para cima da sua própria média • No final

• Se todos os desvios para cima ou para baixo são semelhantes covariância alta e positiva

(46)

Covariância

(47)

Covariância de Y

Caso de uso Tempo conhecido (horas) - X Pontos de caso de uso - Y (xi - ) (yi - ) (xi - )(yi - )

(48)

Covariância de Y’

Caso de uso Tempo conhecido (horas) - X Pontos de caso de uso – Y’ (xi - ) (y’i - ) (xi - )(y’i - )

(49)

Correlação

• O valor absoluto da covariância não diz muita coisa sobre um conjunto estar influenciando o outro ou não

• Por isso, usa-se mais  correlação

(50)

Correlação

• O valor absoluto da covariância não diz muita coisa sobre um conjunto estar influenciando o outro ou não

• Por isso, usa-se mais  correlação

• É uma medida de variância normalizada (entre -1 e 1)

• Perto de -1 significa correlação negativa muito forte • Perto de 1 significa correlação positiva muito forte • Perto de 0 significa ausência de correlação

(51)

Voltando ao exemplo

• Correlação de Y e X: 0,928041193. • Correlação de Y’ e X: -0,39445403. • Existe correlação entre Y e X?

• Existe correlação entre Y’ e X?

• É necessário saber se o tamanho da amostra é suficiente para considerar a correlação como

(52)

Valores mínimos de correlação para ser

considerada significativa com 95% de certeza.

n mínimo n mínimo n mínimo

(53)

No exemplo

• n = 10

• Mínimo: 0,6319

(54)

A Hipótese de Pesquisa

• Um aspecto que diferencia o trabalho

científico do trabalho técnico é a existência de uma hipótese de pesquisa

• A hipótese é uma afirmação da qual não se sabe a princípio se é verdadeira ou falsa

• O trabalho de pesquisa consiste justamente em tentar provar a veracidade ou falsidade da hipótese

(55)

Hipótese

• Pergunta que surge: “e se não se conseguir provar que a hipótese era válida?”

Reposta: vai depender de quão relevante era a

hipótese original

• Uma hipótese bem justificada no início do trabalho aumenta as chances de sucesso

1. Torna-se mais provável que ela seja verdadeira 2. Se ela for falsa, o trabalho terá o mérito de ter

(56)

Hipótese

• Três formas de coletar evidências para comprovar a validade de uma hipótese:

1. Construir uma teoria, que a partir de fatos aceitos e deduções válidas prove que a hipótese é verdadeira

2. Realizar certo número de experimentos controlados, que estatisticamente comprovem a validade da hipótese  normalmente se aceita que hipóteses sejam comprovadas com 95% de certeza

3. Realizar estudos de caso, comparativos, argumentações, colher opiniões, etc.  podem ser evidências da validade de uma hipótese

(57)

Hipótese

• Um problema de pesquisa, então, usualmente vai perguntar

• como é que duas ou mais variáveis se relacionam

• se existe correlação positiva ou negativa entre os valores das variáveis

• A existência dessas correlações, porém, ainda não prova causas

• Uma teoria consistente que explique causa e efeito precisa também ser elaborada, além da validação empírica

(58)

Justificativa

• Justificativa do tema (parte do problema) • Justificativa da hipótese (segurança do

pesquisador)

(59)

Resultados Esperados

• Os resultados esperados, usualmente, são situações que o autor de um trabalho espera que ocorram, caso seus objetivos sejam

atingidos

• Os resultados esperados, normalmente fogem ao escopo do trabalho

(60)

Limitações do Trabalho

• As limitações são aspectos do trabalho dos quais o autor tem consciência e reconhece a importância, mas não tem condições de abordar no tempo disponível

• É importante, em trabalhos de pesquisa, que as limitações conhecidas sejam claramente identificadas pelo autor

desde o início

• Isso evitará que o próprio autor muitas vezes se perca em divagações ou buscando aspectos que extrapolam os

objetivos iniciais

• Isso evita também que o leitor crie expectativas

demasiadamente amplas sobre o trabalho, que serão depois frustradas

(61)

Referências

• Raul Sidnei Wazlawick : Metodologia de Pesquisa em Ciência da Computação, Elsevier - Campus, 2009

(62)

PGC001 Metodologia de Pesquisa em Computação - 1° sem/2015 62

Atividade Avaliativa

Tema: Preparação do Trabalho de Pesquisa-Revisão Bibliográfica Principais Conceitos

Principais Trabalhos Relacionados Material a ser entregue

Versão preliminar do Capítulo - Referencial Teórico da dissertação/tese

Usar modelo PPGCO - latex

Aprofundar no assunto de acordo com a sua maturidade sobre o tema

Alunos ingressantes na pós focam nos conceitos

Alunos com projetos em andamento focam nos conceitos e nos trabalhos relacionados (pelo menos 2 trabalhos

(63)

Preparação para avaliação

Apresentação (15 minutos + perguntas no fim da aula) Enviar por email

O capítulo produzido - versão pdf

Referências

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