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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO. Capítulo 5. Filtragem com formação de torta. Prof a Dr a Elenice Schons Prof Dr André Carlos Silva

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(1)

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO

SÓLIDO-LÍQUIDO

Profa Dra Elenice Schons

Prof Dr André Carlos Silva

Capítulo 5.

(2)

Introdução

⚫ A filtragem de suspensões sólido-líquido

pode ocorrer basicamente de duas formas distintas:

Colmatação: a suspensão percola uma matriz

porosa rígida que retém as partículas sólidas;

Formação da torta: as partículas se acumulam

(3)

Introdução

⚫ Foco de estudo: filtragem com formação de

torta (faixa granulométrica entre 10 a

100μm), conduzida no filtro prensa e no filtro rotativo a vácuo.

⚫ A filtragem feita mediante simples pressão

(4)

Introdução

Filtragem a vácuo: cria-se uma pressão

negativa debaixo do meio filtrante.

Filtragem sob pressão: aplica-se uma

pressão positiva do lado da torta.

Filtragem centrífuga: utiliza-se a força

(5)

⚫ A teoria da filtragem permite estabelecer a

relação entre a capacidade do equipamento e as variáveis área, tempo e pressão de filtragem.

⚫ Essa relação, por sua vez, depende

intrinsecamente das propriedades da torta

resultante do processo de filtragem, um meio poroso que se compacta pela percolação do próprio filtrado.

(6)

⚫ O processo de filtragem consiste:

(7)

Teoria da filtragem com

formação de torta

A suspensão escoa por ação da pressão

contra o meio filtrante, resultando na

separação dos produtos

filtrado

e

torta

.

A maior parte do

líquido

da suspensão

(8)

O

meio filtrante

é um

tecido

que tem

como função reter as partículas no início

da operação.

Em seguida essa tarefa é realizada pela

própria torta, que sofre um aumento da

sua espessura com o tempo.

(9)

Teoria da filtragem com

formação de torta

(10)

⚫ A teoria para a filtragem pode ser estabelecida

considerando que:

⚫ O filtrado escoa através de dois meios porosos em

série: a torta e o meio filtrante;

⚫ A torta cresce continuamente ao longo da operação

pelo aporte de suspensão;

⚫ As propriedades da torta dependem da posição em

relação ao meio filtrante e do tempo de filtragem.

(11)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ As principais variáveis que podem influenciar

a operação dos filtros contínuos a vácuo e seu desempenho são relativas:

⚫ ao sólido

⚫ ao conjunto torta/filtrado ⚫ à polpa

(12)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Relativas ao sólido:

⚫ Área superficial específica, distribuição granulométrica do

sólido, forma geométrica e as propriedades de superfície.

⚫ Verifica-se na prática industrial que maiores valores de

área superficial específica e quantidades significativas de partículas em determinadas faixas de tamanho (<10 μm, por exemplo) podem piorar a qualidade da filtragem e influenciar seu custo.

⚫ Partículas aciculares e lamelares apresentam

(13)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Relativas ao conjunto torta/filtrado:

⚫ Destaca-se a influência da espessura da torta, que em

valores altos pode significar maior retenção e dificuldade (resistência) ao fluxo de líquido na estrutura formada e, em menores, baixa taxa unitária de filtragem.

⚫ A porosidade da torta está relacionada com a proporção

(14)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Relativas ao conjunto torta/filtrado:

⚫ Verifica-se que, quanto maior for seu valor, mais fácil

será a retirada de líquido.

⚫ A resistência da torta aumenta com o aumento de sua

espessura e é influenciada por várias variáveis como:

⚫ Viscosidade do líquido (temperatura); ⚫ Espessura da torta;

(15)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Relativas à polpa:

⚫ São: a taxa de alimentação, a porcentagem de sólidos, a temperatura, a viscosidade do líquido, o valor de pH, a adição de reagentes auxiliares e a presença de sais dissolvidos.

Taxa de alimentação: está relacionada com a

(16)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Porcentagem de sólidos da polpa: é uma variável

de grande influência sobre a resposta de filtragem a vácuo e seus valores são normalmente elevados (70% em massa para filtros a disco, por exemplo).

Viscosidade do líquido: é influenciada pela

(17)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Adição de reagentes: pode ser considerada uma

variável em razão de sua atuação sobre algumas características de componentes da polpa como: estado de agregação/dispersão do sólido e tensão superficial do líquido.

Presença de sais dissolvidos: pode afetar a

(18)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Relativas ao equipamento:

⚫ O ciclo, o nível de vácuo e/ou de sopro (caso exista),

o meio filtrante, a geometria dos componentes e o nível de agitação podem ser citados de maneira mais geral.

O ciclo total do filtro: vai ser definido com base nas tarefas a

serem desenvolvidas e nas características da polpa e pode variar conforme cada situação.

As características do meio filtrante utilizado: devem estar

(19)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Relativas ao equipamento:

Setores, raspadores, tubulação interna e válvula: estão

relacionados com a geometria do equipamento e podem influir em seu desempenho.

Agitação (filtros de tambor e de disco): é responsável pela

(20)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ A abordagem que tem sido dada à filtragem

baseia-se em modelos que consideram como ponto de partida o fluxo de líquido através de um meio poroso (torta), descrito pela lei de Darcy:

𝑸 =

𝑲×∆𝑷×𝑨

𝝁×𝑳

=

∆𝑷×𝑨

(21)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Onde:

⚫ Q: fluxo do filtrado

⚫ A: área transversal ao fluxo

⚫ K: permeabilidade do leito (torta) ⚫ ΔP: diferença de pressão

⚫ : viscosidade do filtrado ⚫ L: espessura do leito (torta)

(22)

Teoria da filtragem com

formação de torta

O valor da resistência R é, na verdade, a

soma de duas contribuições:

⚫ Aquela representada pela torta e aquela pelo

meio, ou seja:

R = Rt + Rm (2)

⚫ Onde:

⚫ Rt: resistência da torta

(23)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Normalmente considerava-se Rt >> Rm mas,

na abordagem mais moderna da filtragem, acredita-se que a interface torta/meio filtrante

tem papel importante no controle da

(24)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Considerando-se Rt como a parcela mais

importante, pode-se escrever:

Rt = .W (3)

⚫ Onde:

⚫ : resistência específica da torta

(25)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Então:

𝑸 =

∆𝑷 × 𝑨

(26)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Para tortas compressíveis, onde há uma movimentação

de sólidos em direção ao meio filtrante, pode-se considerar a resistência específica como um valor médio ou fazer uma correção na equação de Darcy:

𝑸 −

𝜺 𝟏−𝜺

𝒓 =

𝑲∆𝑷𝑨 𝝁𝑳

=

∆𝑷𝑨 𝝁 𝜶𝑾+𝑹𝒎 (5) ⚫ Onde:

(27)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Considerando-se tortas incompressíveis, a

massa de torta formada por unidade de área

é função do tempo para filtragem em

batelada e está relacionada ao volume acumulado de filtrado (V) relativo ao tempo t, ou seja:

𝑸 =

𝟏 𝑨 𝒅𝑽 𝒅𝒕

=

𝑲∆𝑷 𝝁𝑳 (6) ⚫ Onde:

⚫ K = constante que depende das características do

(28)
(29)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Tem-se:

W.A = C.V (8)

⚫ Onde:

⚫ c = concentração de sólidos expressa em massa de

(30)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Considerando-se que a torta não é

compressível tem-se:

𝒅𝑽

𝒅𝒕

=

𝑨×∆𝑷

(31)
(32)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Sendo ΔP constante e integrando-se de 0 a V chega-se

(33)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Tem-se que: 𝒕 𝑽 = 𝑲𝟎 ′ 𝑽 + 𝑲 𝟏 ′

y = Ax + B

⚫ Um gráfico de t/V em função de V seria uma reta

com inclinação K’0 e intercepto K’1, possibilitando a determinação de  e K. O problema surge porque  e Rm variam com ΔP.

(34)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Koseny estabeleceu, considerando regime laminar e

torta incompressível, uma equação relacionando a resistência específica da torta, a permeabilidade da torta, a porosidade e a superfície específica da seguinte forma:

𝑲 = 𝝆𝒔𝜺

𝟑

𝒌𝟏𝑺𝟎𝟐 𝟏 − 𝜺 𝟐

⚫ Onde:

k1: constante de Koseny que depende da granulometria, forma e

porosidade;

⚫ S0: área superficial específica na unidade de volume; ⚫ s: massa específica do sólido.

(35)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Rearranjando a equação:

Onde:

• k1 constante para partículas de tamanho e forma definida • µ é a viscosidade do filtrado (Pa.s)

• v é a velocidade linear (m/s) • ε é a porosidade da torta • L é a espessura da torta (m)

• S0 é a área superficial específica expressa em (m2/m3)

• ∆Pc é a diferença de pressão na torta (N/m2)

(36)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ A equação de Koseny (também conhecida

com equação de Carman, Blake ou Fair

Hatch) apresenta boa previsão de

comportamento (constantes ajustáveis) para tortas incompressíveis, em regime laminar,

não podendo ser utilizada para tortas

(37)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Mesmo tendo limitações ela indica algumas

interrelações entre parâmetros na filtragem:

⚫ I. O fluxo de filtrado diminui com o aumento da

superfície específica, ou seja, tortas originadas de material com granulometria mais fina apresentam maior dificuldade para o desaguamento;

⚫ II. A diferença de pressão existente através do

(38)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ III. A viscosidade do líquido está numa relação

inversa com o fluxo. Dessa forma, o aumento de temperatura, até certo limite, favorece o aumento do fluxo de líquido;

⚫ IV. O fluxo de filtrado é favorecido com o

(39)

Teoria da filtragem com

formação de torta

⚫ Deve-se observar que, na consideração feita

para o fluxo, há a suposição de que o fluxo

atravessaria a torta através de tubos

capilares de forma direta o que, na realidade,

não acontece já que esse caminho é

tortuoso.

⚫ Correções podem ser aplicadas levando-se

(40)

Teoria da filtragem com

formação de torta

Dahlstrom e Silverblatt desenvolveram uma

metodologia baseada em resultados obtidos experimentalmente e aplicada a filtragem contínua a vácuo. Define-se, nesse caso, a taxa unitária de filtragem (tuf) como sendo:

𝒕𝒖𝒇 = 𝟐𝑾𝒇𝑭∆𝑷

𝝁𝜶𝜽𝒄

⚫ Onde:

⚫ Wf: massa de sólido seco por unidade de volume unitário de filtrado; ⚫ c: tempo de ciclo;

⚫ F: fração do ciclo total.

(41)

Meios filtrantes

⚫ Devem satisfazer duas condições básicas:

⚫ Oferecer mínima resistência ao fluxo

⚫ Propiciar baixa concentração de sólidos no

(42)

Meios filtrantes

⚫ Além de:

⚫ Não deve ter tendência ao bloqueio (cegamento)

progressivo

⚫ Deve oferecer boas características de descarga ⚫ Deve permitir sua limpeza por água ou ar

⚫ Deve ter boa resistência mecânica, química e

biológica

A utilização do meio e o tempo requerido para sua troca vão depender de uma análise técnica e

(43)

Meios filtrantes

⚫ Classificados de acordo com sua constituição

em:

(44)

Meios filtrantes

⚫ Flexíveis:

⚫ constituídos por tecidos que possuam uma trama

(fios trançados) feita com material metálico, natural ou sintético.

(45)

Meios filtrantes

⚫ Escolha do tecido depende de:

⚫ granulometria do material sólido ⚫ acidez/basicidade da polpa

⚫ temperatura

⚫ umidade requerida para a torta

⚫ resistência necessária ao cegamento

(46)

Meios filtrantes

⚫ Os fabricantes apresentam, usualmente, as

características do meio como: tipo de tecido, matéria prima, trama (não apresentada para os feltros), peso específico, espessura, tipo de fibra e permeabilidade ao ar.

⚫ A seleção de tecidos para a filtragem industrial contínua

(47)

Meios filtrantes

⚫ Granulado:

⚫ utilizado nos filtros de tambor na filtragem de

materiais em granulometria mais fina (argilominerais).

⚫ Podem ser utilizados materiais como:

diatomitos

(48)

Meios filtrantes

⚫ Procedimento adotado (nesse caso):

⚫ Faz-se um recobrimento do tecido, que está sendo

utilizado como meio filtrante, com material granulado que atua como meio auxiliar e sobre o qual vai se depositar o sólido evitando assim o cegamento prematuro das aberturas do tecido.

⚫ Esse recobrimento é feito com polpas normalmente

(49)
(50)
(51)
(52)

Meios filtrantes

⚫ É possível observar as diferenças estruturais de

tecidos trançados e não trançados:

a) nylon (tecido trançado)

b) poliéster não tratado (tecido não trançado)

⚫ O tecido trançado apresenta uma estrutura de

(53)

Meios filtrantes

⚫ Os feltros exibem mais poros por unidade de

área que os tecidos trançados.

⚫ Uma grande quantidade de partículas são

(54)

Meios filtrantes

⚫ Isso não ocorre com tecidos trançados, onde se

deve evitar que a limpeza elimine completamente a camada superficial da torta, o que diminuiria a eficiência da filtragem.

⚫ Tanto os tecidos trançados quanto os feltros

(55)

Meios filtrantes

⚫ A remoção completa da torta não é atingida,

e na maioria das vezes, é observado um

fenômeno conhecido como Patchy

Cleaning, ou remoção por blocos, onde há remoção completa de alguns pedaços de torta, exceto por uma fina camada de pó,

sendo que outras partes da torta

(56)

Meios filtrantes

⚫ A figura mostra, em (a), a superfície do meio filtrante com a torta de

(57)

Meios filtrantes

⚫ A deposição das partículas no interior do meio filtrante é

um fenômeno que pode ocorrer em maior ou menor grau, dependendo das características do material particulado e do meio filtrante envolvidos, bem como das condições operacionais.

⚫ Deve haver bom senso ao considerar estes aspectos,

(58)

Meios filtrantes

⚫ A análise do primeiro ciclo de filtragem revela

importantes características do processo,

sendo estas relacionadas com as

(59)

Tipos de filtros

⚫ Filtros de leito poroso

granular ⚫ Filtros prensa ⚫ De câmarasDe placas e quadros ⚫ Filtros de lâminas ⚫ Moore ⚫ Kelly ⚫ Sweetland ⚫ Vallez

⚫ Filtros contínuos rotativos ⚫ Tambor

Disco

Horizontais

(60)

Filtro prensa

⚫ Um filtro-prensa é fornecido sob a forma de

uma série de placas que são apertadas firmemente umas às outras, com uma lona (meio filtrante de tecido) sobre cada lado de cada placa.

⚫ Há placas circulares e placas quadradas,

(61)

⚫ Os elementos do filtro prensa são: os

quadros e as placas, separadas entre si pelo meio filtrante.

⚫ A suspensão alimenta concomitantemente o

conjunto de quadros, formando-se a torta junto ao meio filtrante.

(62)

⚫ O filtrado percola o meio filtrante, escoa

pelas ranhuras dos quadros e é conduzido para fora do filtro.

⚫ A etapa de filtragem está concluída quando a

torta ocupa todo o espaço oferecido pelos quadros.

(63)

⚫ Segue-se então a lavagem da torta.

⚫ Em seguida, o filtro é aberto e a torta

descarregada, sendo a operação do filtro prensa caracteristicamente conduzida em batelada.

(64)

Filtro prensa

(65)
(66)
(67)
(68)

Filtro prensa

⚫ Vantagens:

⚫ Construção simples, robusta e econômica;

Grande área filtrante por unidade de área de implantação; ⚫ Flexibilidade (pode-se aumentar ou diminuir o número de

elementos para variar a capacidade);

⚫ Não têm partes móveis;

⚫ Os vazamentos são detectados com grande facilidade; ⚫ Trabalham sob pressões até 50kg/cm2;

⚫ A manutenção é muito simples e econômica: apenas

(69)

Filtro prensa

⚫ Desvantagens:

⚫ Operação intermitente. A filtragem deve ser interrompida

quando os quadros estiverem cheios de torta;

⚫ O custo da mão-de-obra de operação, montagem e

desmontagem é elevado;

⚫ A lavagem da torta, além de ser imperfeita, pode durar

(70)

⚫ O desempenho do filtro prensa pode ser

expresso pelo volume de filtrado (Vf)

produzido no tempo total de um ciclo

completo: tempo de filtragem (tf), tempo de

lavagem da torta (tl) e tempo de

desmantelamento, limpeza e montagem do filtro (td), dado por:

Filtro prensa

𝑷 = 𝑽𝒇

(71)

⚫ Como o filtro prensa conduz à formação de

tortas espessas, da ordem de 2,5cm, a influência do meio filtrante será relevada na formulação que leva aos tempos de filtragem e lavagem.

⚫ O tempo de desmantelamento, limpeza e

montagem depende de fatores externos à teoria da filtragem, como características mecânicas do filtro e aspectos operacionais da instalação industrial.

(72)

Tempo de filtragem (tf): é definido como

sendo o tempo consumido para que todo volume dos quadros seja ocupado pela torta e pode ser calculado combinando a equação

da filtragem com a equação que permite

correlacionar o volume de filtrado (Vf), a concentração da suspensão (C) e o volume da torta (Vt), assim sendo:

(73)
(74)

⚫ Onde:

e: é a espessura dos quadros

⚫ s: fração volumétrica de sólidos

⚫ Rearranjando as equações, tem-se:

(75)

⚫ Seja o processo de lavagem conduzido sob a

mesma pressão que na filtragem.

⚫ Neste caso, levando em conta a

configuração do escoamento do líquido de lavagem na torta formada, resulta que a vazão de lavagem é:

Tempo de lavagem da torta

(76)

⚫ Para o tempo de lavagem tem-se:

⚫ Sendo β a relação entre o volume de líquido

de lavagem e o volume de torta para se

alcançar um produto dentro das

especificações desejadas.

Tempo de lavagem da torta

𝒕𝒍 = 𝟔𝜷 𝒇𝒄𝒕𝒇

(77)

Filtro rotativo a vácuo

⚫ Os filtros contínuos rotativos são filtros de

funcionamento contínuo, sendo indicados para operações que requerem filtros de grande capacidade.

⚫ A saída de filtrado, a formação, a lavagem, a

drenagem e a descarga da torta são

(78)

Filtro rotativo a vácuo

⚫ Embora haja alguns tipos que funcionam sob

pressão, estes filtros geralmente operam a vácuo.

⚫ Os tipos existentes são: tambor, de discos e

(79)

⚫ A operação do filtro rotativo a vácuo

caracteriza-se por conduzir à produção de tortas secas de pequena espessura (inferior a 1 cm) e operar continuamente e sob queda de pressão reduzida (inferior a 0,8 atm).

(80)

⚫ A filtragem é realizada sobre o meio filtrante

que recobre a superfície cilíndrica do

equipamento.

⚫ O filtrado alimenta a câmara adjacente ao

meio filtrante e é drenado pela parte central do filtro através de dutos sob vácuo.

(81)

⚫ Formada a torta durante o contato

cilindro-suspensão, seguem-se as seguintes

operações ao longo de uma rotação do filtro:

⚫ Drenagem a vácuo do líquido da torta;

⚫ Lavagem da torta com o auxílio de um chuveiro; ⚫ Nova drenagem de líquido;

⚫ Retirada da torta em contato com o meio filtrante.

(82)
(83)
(84)
(85)
(86)

Filtro de tambor

⚫ A descarga pode ser efetuada através de

diversos dispositivos:

⚫ por raspador ⚫ por rolo

(87)
(88)

Filtro de tambor

⚫ A resistência do meio filtrante pode ser

(89)

Filtro de tambor

⚫ Para o filtro rotativo a vácuo, o tempo (t) é

menor que o tempo total do ciclo (tc):

t = f.t

c

⚫ Onde f é a fração do ciclo usada para

(90)

Filtro de discos

⚫ Este filtro possibilita uma taxa de filtragem

especialmente elevada, para um dado

espaço de ocupação da fábrica.

⚫ O tambor é substituído por discos verticais

que giram parcialmente submersos na

(91)

Filtro de discos

⚫ O elemento filtrante é constituído de lâminas,

mas este não deixa de ter as características de um filtro contínuo rotativo.

⚫ O princípio de funcionamento é o mesmo do

(92)
(93)
(94)
(95)
(96)
(97)
(98)

Filtros horizontais

⚫ Os filtros horizontais podem ser subdivididos

em:

(99)

Filtros horizontais

Filtros horizontais de mesa:

⚫ São circulares, dispõem de movimento giratório

no plano horizontal e sua alimentação é feita por cima.

⚫ O vácuo, efetuado através de bomba, tem o

(100)

Filtros horizontais

Filtros horizontais de mesa:

⚫ A secagem pode ser feita com auxílio de vapor. ⚫ A descarga da torta é realizada com auxílio de

(101)

Filtros horizontais

Filtros de correia:

⚫ Se caracterizam por uma alimentação por cima e pelo

vácuo aplicado no mesmo sentido da força gravitacional.

⚫ São mais apropriados a materiais grosseiros,

(102)
(103)
(104)

Filtros horizontais

Filtro de bandeja revolvente:

⚫ É caracterizado por uma alimentação feita por

cima, pela existência de compartimentos (taboleiros) e pelo movimento de rotação, no plano horizontal, que permite a realização das diversas tarefas.

⚫ A descarga da torta é efetuada com auxílio de ar

(105)
(106)

Eficiência de filtragem

⚫ O desempenho de um filtro é normalmente

avaliado, principalmente, em termos da umidade de torta, da taxa unitária de filtragem (tuf) e porcentagem de sólidos no filtrado. A umidade de torta, é expressa, na prática, pela equação:

𝑼𝒎𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝑷𝒖 − 𝑷𝒔

𝑷𝒖 . 𝟏𝟎𝟎

Onde:

(107)

Eficiência de filtragem

⚫ A taxa unitária de filtragem representa a

produtividade do filtro sendo normalmente expressa em massa de sólido seco produzido por unidade de tempo por unidade de área (t/h/m2). A porcentagem de sólidos no filtrado é obtida por:

%𝑺ó𝒍𝒊𝒅𝒐𝒔 = 𝑴𝒔

𝑴𝒇 . 𝟏𝟎𝟎

Onde:

(108)

Porcentagens dos ciclos

⚫ Porcentagens do ciclo conforme recomendação de

Door-Oliver:

Filtro de tambor:

⚫ Tempo de formação = 25% do ciclo total ⚫ Tempo de sopragem = 33% do ciclo total ⚫ Tempo de secagem = 50% do ciclo total

Filtro de discos:

⚫ Tempo de formação = 33% do ciclo total

⚫ Tempo de secagem = 40% do ciclo total

Filtro plano:

⚫ 25% do ciclo são usados para a descarga da torta e os 75%

(109)
(110)

⚫ Os parâmetros de dimensionamento de um

filtro para uma determinada situação são obtidos por meio de ensaios em escala de laboratório.

⚫ Apenas por meio desses experimentos,

torna-se possível estudar o comportamento de um determinado produto a ser filtrado.

(111)

⚫ O teste de folha é o método de filtragem, em

escala de bancada, empregado

universalmente para o dimensionamento de filtros contínuos industriais.

⚫ Estes ensaios requerem equipamentos

relativamente simples, de pequena escala e de fácil montagem.

(112)

⚫ Segundo Chaves (1996), o ensaio de teste

de folha deve ser feito usando-se um suporte

de filtragem padrão, de área 1/10 ft2,

revestido com a tela mais adequada à polpa que se quer filtrar.

⚫ Esse suporte então deve ser ligado, por meio

de mangueiras de plástico, a um kitasato, a uma bomba de vácuo e a um rotâmetro.

(113)

Meio filtrante

Recipiente com a polpa

Reservatório de vácuo

(114)

Meio filtrante

Reservatório de vácuo

(115)

⚫ Um programa de ensaios de filtragem deve

ser iniciado com uma série de investigações preliminares a fim de observar a ordem de grandeza do tempo de formação de torta, o desaguamento ou secagem, o nível de vácuo e a seleção do meio filtrante, que passam a fornecer os resultados desejados.

(116)

⚫ Para iniciar o ensaio, o vácuo é ligado e a

folha de ensaio (meio filtrante) é totalmente imersa na polpa a ser filtrada, a qual é mantida levemente agitada durante o tempo predeterminado para a formação da torta.

(117)

⚫ Após esse período, retira-se a folha de

ensaio da polpa, invertendo-a de modo a ser posicionada com o tubo de drenagem para baixo, iniciando a secagem da torta durante o tempo escolhido.

⚫ A seguir, a torta é descarregada com o

auxílio de um sopro de ar comprimido no tubo de drenagem.

(118)

⚫ As variáveis mais estudadas neste tipo de

ensaio são:

⚫ Temperatura da polpa;

⚫ Concentração de sólidos em suspensão;

⚫ Tratamento prévio da polpa com a adição de

agentes auxiliares;

⚫ Nível de vácuo e ⚫ Lavagem do tecido.

(119)

⚫ Os principais dados obtidos nos testes de

folha são:

⚫ Tempo total de filtragem; ⚫ Volume de filtrado;

⚫ Espessura e uniformidade da torta;

⚫ Nível do vácuo necessário (pressão utilizada).

(120)

⚫ Os resultados obtidos nos testes de folha são

expressos em peso de sólido seco ou volume de filtrado, por unidade de área ou por ciclo, que é a razão de filtragem.

⚫ Essa grandeza, multiplicada pelo número de

ciclos por dia, permite o cálculo da área do filtro necessária para processar e obter uma capacidade diária de uma determinada escala de produção.

(121)

⚫ No cálculo do ciclo da filtragem, devem ser

considerados os tempos de carga, descarga, troca de tecidos, manutenção e previsão de expansão.

⚫ A polpa a ser filtrada é colocada em um

recipiente, e em seguida, o estojo de filtragem (suporte da filtragem e meio filtrante) é introduzido na polpa, durante o tempo necessário para formar a torta (tempo de formação).

(122)

⚫ Ele é retirado da polpa e continua submetido

ao vácuo (tempo de secagem).

⚫ Verifica-se o tempo necessário para secar a

torta, a sua espessura, a umidade etc.

(123)

⚫ Nos experimentos de laboratório, nos quais

deseja-se separar uma polpa ou suspensão contendo sólidos filtráveis, em duas partes -uma torta sólida, contendo o material em suspensão, e um líquido clarificado emprega-se a filtragem a vácuo para acelerar o processo de separação.

(124)

⚫ A filtragem a vácuo consiste na aplicação de

uma pressão menor que a atmosférica, o que

promove o aumento da velocidade de

formação da torta.

⚫ O kitasato é o recipiente mais adequado para

o teste em laboratório.

(125)

⚫ O sistema resume-se em acoplar o kitasato a

um funil de Buchner que, por sua vez, está ligado a uma linha de vácuo, conforme ilustrado na figura abaixo.

⚫ A suspensão a ser filtrada pode ser

acondicionada em recipientes tipo béquer, ou até mesmo em baldes, dependendo da quantidade de material a ser filtrado.

(126)

⚫ O meio filtrante normalmente empregado é

um papel de filtro de porosidade conhecida e capaz de reter o material sólido.

(127)

Béquer

Meio filtrante

Funil de Buchner

Kitasato

(128)

⚫ A suspensão a ser filtrada deve ser vertida

aos poucos sobre o papel de filtro

corretamente posicionado no funil e no kitasato.

⚫ Para que o papel de filtro se encaixe melhor

no funil de Buchner, coloque-o sobre o funil e molhe-o com água usando a pisseta.

(129)

⚫ Se esse for maior do que a área perfurada do

funil, deve-se então dobrar o papel de filtro com as abas para cima.

⚫ A adição da suspensão deve ser de tal modo

que não ultrapasse a altura do papel de filtro, evitando assim o transbordo e passagem do material sólido para o kitasato.

(130)

⚫ A suspensão pode ser decantada no béquer

durante a filtragem.

⚫ Para evitar isso, pode-se manter o sistema

em agitação permanente ou deixar a

sedimentação ocorrer livremente.

(131)

⚫ Quando restar pouca quantidade de material

a ser filtrado, deve-se lavar o béquer com água, utilizando a pisseta para carrear todos os sólidos que estiverem depositados no fundo e nas paredes do béquer.

(132)

⚫ Se a quantidade de sólidos suspensos for

elevada, ou se esses sólidos forem de granulometria muito fina, a torta que se forma sobre o meio filtrante poderá tornar o processo de filtragem bastante demorado, por causa do entupimento dos poros do meio filtrante, o que provoca uma perda de carga do sistema de filtragem.

(133)

⚫ A disposição das partículas sólidas sobre o

meio filtrante contribui de forma decisiva para o aumento da perda de carga do sistema e

consequente perda de eficiência do

processo, conforme figura seguinte.

(134)

⚫ O espalhamento das partículas sólidas na

formação da torta se dá de maneira irregular, aumentando a espessura da torta conforme o tempo de operação.

⚫ Caso isso ocorra, deve-se trocar o meio

filtrante por um outro novo e igual ao anterior.

(135)

⚫ Deve-se colocar o meio filtrante usado em uma

bandeja e levar o conjunto à estufa, com a finalidade de remover a água remanescente, isto é, a umidade.

⚫ Para isso, deve-se fechar a linha de vácuo, retirar o

meio filtrante do funil de Buchner, colocá-lo sobre uma superfície plana e lisa para raspar, com o máximo de cuidado, a superfície do meio filtrante com uma espátula e retirar a torta formada.

(136)

⚫ A torta deve ser colocada em um recipiente

adequado e, na sequência, deve-se proceder o processo de secagem em estufa.

⚫ Se o meio filtrante estiver em boas condições

(sem entupimentos), deverá voltar para o funil e ser reutilizado em uma nova etapa do processo de filtragem.

(137)

⚫ Os testes de laboratório devem ser

conduzidos com uso de técnicas adequadas e operadores treinados.

⚫ Os resultados obtidos serão utilizados para o

dimensionamento de diversos filtros

contínuos.

(138)

⚫ Os testes de filtragem foram executados com

uma polpa de diatomita, contendo 10% de sólidos, para diferentes tempos de formação e de secagem da torta, como ilustrado na tabela a seguir.

(139)

Exemplo

(140)

⚫ Com base nos resultados contidos na tabela

apresentada é possível afirmar que, independente do tempo de filtragem utilizado, não há grandes variações na umidade da torta formada.

⚫ Isso faz pressupor que há necessidade de

aplicação de forças mecânicas para um maior desaguamento desse tipo de material, pelo fato de a diatomita ser muito porosa e acumular grande volume de água em sua estrutura.

(141)

⚫ Observou-se uma torta compacta após o tempo

de filtragem, caracterizando que o seu processo de formação foi satisfatório, porém a água intersticial da diatomita não pode ser removida por este processo.

⚫ A figura a seguir ilustra a pequena variação da

umidade da torta com o tempo de filtragem, comparado à umidade da suspensão inicial.

(142)

Referências

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