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Capítulo ROUBO ART. 157 DO CÓDIGO PENAL

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2.1. ROUbO – ART. 157 DO CÓDIGO PENAL

O crime de roubo é a subtração de coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante violência, grave ameaça ou qualquer outro recurso que reduza a possibilidade de resistência da vítima. Observa-se que é um delito complexo, uma vez que há a utilização da conduta de subtrair do crime de furto, com uma fusão do emprego da violência ou da grave ameaça. Nesse caso, a pena será de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa.

Elemento objetivo – núcleo do tipo

O núcleo do tipo é subtrair. Ou seja, a conduta é idêntica à do crime de furto. O que diferencia um crime do outro são as elementares do tipo.

ELEMENTARES

São elementares do delito:

a) coisa alheia móvel (mesmo do furto); b) violência: trata-se da violência física;

c) grave ameaça: é a promessa de um mal grave e iminente (exs.: ameaça de morte, lesão etc.). A simulação de arma (ex.: fingir com um dedo embaixo da camiseta) e o uso de arma de brinquedo configuram grave ameaça; d) qualquer outro meio: é a chamada violência imprópria, que pode ser

revelada, por exemplo, pelo uso de sonífero, do chamado “boa noite cinderela” etc.

LEMBRE-SE!

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com o intuito de distraí-la, haverá crime de furto. A mesma cautela deve ser observada com o arrebatamento de objeto preso ao corpo da vítima (ex.: câmera fotográfica, celular etc.), pois para o crime de roubo a violência precisa ser contra a pessoa, e não a coisa.

Elemento subjetivo É o dolo.

Sujeito ativo

Pode ser qualquer pessoa. Sujeito passivo

Qualquer pessoa que sofra perda patrimonial, podendo ser o proprietário ou a pessoa que tenha a posse do bem. Pode ser também a pessoa que, mesmo não possuindo tais condições, seja atingida pela violência ou grave ameaça empregada pelo agente.

Consumação

Há duas correntes doutrinárias e jurisprudenciais para a caracterização do momento consumativo:

9 o roubo consuma-se da mesma maneira que o furto, ou seja, quando, após empregar violência ou grave ameaça, o agente consegue a posse tranquila da res furtiva, fora da esfera de vigilância da vítima;

9 o roubo se consuma com a simples retirada do bem da vítima, após o emprego da violência ou grave ameaça, ainda que não consiga a posse tranquila. É a atual corrente majoritária da jurisprudência (STF – HC 104.593/SP).

Tentativa

A tentativa é possível quando, iniciada a execução (com emprego de violência ou grave ameaça), o agente não consegue efetivar a subtração do bem. Cumpre observar que não é necessária a subtração do bem, mas sim a prática da violência ou da grave ameaça.

LEMBRE-SE!

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ObSERvAçõES IMPORTANTES

Não há relação entre o número de vítimas e o número de crimes de roubo, já que o delito terá como base o número de resultados (lesão patrimonial), e, portanto, é possível que um só roubo tenha duas vítimas. Exemplo: “A” empresta seu carro a “B”, sendo este último assaltado, ambos serão vítimas.

Haverá duas vítimas também, se o agente ameaçar duas pessoas, mas se apenas uma tiver bens a serem subtraídos, haverá crime único, mas com duas vítimas. Ou seja, se é empregada grave ameaça contra dez pessoas (vítimas) e lesado o patrimônio de cinco, teremos cinco crimes de roubo em concurso formal.

LEMBRE-SE!

Se o agente lesar dois patrimônios distintos em um só ato (ex.: ladrão que entra em uma agência bancária e subtrai o dinheiro do banco, e o relógio do caixa), haverá dois crimes de roubo em concurso formal.

ROUbO IMPRÓPRIO – ART. 157, § 1o, DO CÓDIGO PENAL

O § 1o do art. 157 do Código Penal descreve o que a doutrina chama de

roubo impróprio, que acontece quando o agente pratica a violência ou grave ameaça, depois de apanhada a coisa, para assegurar a impunidade do crime ou a detenção do objeto material. Nesse caso, responde por roubo impróprio. É necessária a presença de três requisitos:

a) o agente ter se apoderado do bem que pretendia furtar. Se o agente ainda não tinha a posse do bem, não se pode cogitar de roubo impróprio, nem de sua tentativa. Exemplo: o agente está tentando arrombar a porta de uma casa, quando o proprietário do imóvel chega e é agredido pelo agente, que para garantir a impunidade, acaba fugindo sem levar nada. Nessa hipótese, teremos uma tentativa de furto qualificado (rompimento de obstáculo) em concurso material com o crime de lesões corporais;

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transformar o furto em roubo impróprio, não há crime de resistência em concurso formal, porque configuraria bis in idem;

c) violência ou grave ameaça tenham por finalidade garantir a detenção do bem ou assegurar a impunidade do agente.

Consumação

Há consumação do roubo impróprio no momento em que é empregada a violência ou a grave ameaça, ainda que o agente não atinja sua finalidade, uma vez que a conduta visa a garantir a impunidade ou evitar a detenção.

LEMBRE-SE!

Se o agente desfere um soco para efetivar o delito, mas não atinge a vítima, ainda assim é considerado emprego de violência, e, portanto, caracteriza-se roubo impróprio consumado.

Tentativa

Em regra, a tentativa é impossível, pois ou o agente emprega a violência ou a grave ameaça e o crime de roubo impróprio está consumado; se não as emprega e o crime praticado é o de furto. Contudo, em posicionamento isolado, Mirabete admite a tentativa quando, por exemplo, o agente completa a subtração, e é preso quando tenta o “emprego da violência ou da ameaça para assegurar a posse da coisa ou a impunidade” (MIRABETE, 2012, p. 212). CAUSAS DE AUMENTO DA PENA – ART. 157, § 2o, DO CÓDIGO

PENAL

Embora possua a denominação de qualificadora, o que se observa é que o § 2o do art. 157 é, na verdade, agravante já que é causa especial de aumento de

pena (e incide apenas na terceira fase de aplicação da pena). Para diferenciar do roubo qualificado é chamado pela doutrina de roubo circunstanciado. São situações onde a pena aumenta de um terço até a metade.

As causas de aumento da pena deste parágrafo incidem apenas nas hipóteses de roubo simples (próprio ou impróprio). Não se aplicam, por- tanto, nas hipóteses de roubo qualificado pelo resultado lesão grave ou morte (§ 3o).

LEMBRE-SE!

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I – Emprego de arma

É equivocadamente chamado de roubo qualificado pelo emprego de arma, contudo, repita-se, trata-se de causa de aumento de pena, quando o agente utiliza-se de arma para a prática do roubo.

Para fins do aumento de pena, arma é qualquer instrumento que tenha poder vulnerante de efetiva lesividade ao ser humano. A arma pode ser própria ou imprópria. Arma própria é a criada especificamente para ataque e defesa, tal como o revólver, rifle, faca de caça, por exemplo. Arma imprópria é qualquer objeto que possa matar ou ferir, mas que não possui essa finalidade originariamente, como, por exemplo, a faca de cozinha, tesoura, taco de beisebol etc.

Para o aumento da pena, não é necessário que a arma seja apontada para a vítima; basta que o agente esteja armado e que a vítima tome conhecimento disso (ex.: mostrar que a arma está na cintura).

Chegou a ser entendido que o fundamento dessa causa de aumento seria o poder intimidador que a arma exerce sobre a vítima. Contudo, a jurisprudência (por conta do cancelamento da Súmula no 174 do STJ), assim não entende,

pois é necessário que haja perigo real com o emprego de arma, vinculando, portanto, o poder vulnerante/lesivo da arma, e não apenas o medo na vítima, que por fim facilita o roubo. Assim, a arma de fogo descarregada ou defeituosa, a simulação de arma (simulacro) e a arma de brinquedo não configuram a majorante em tela, mas tão somente o crime de roubo simples (mediante grave ameaça). Há, contudo, posicionamento diverso que ainda reconhece a majorante, no caso de arma de brinquedo (CAPEZ, 2012, p. 472).

II – Concurso de duas ou mais pessoas

É necessária a presença de no mínimo 2 pessoas para a aplicação dessa causa de aumento de pena. Assim como no crime de furto, dispensa a identificação de todos os indivíduos e é cabível ainda que um dos envolvidos seja menor.

III – Serviço de transporte de valores

Aplica-se o aumento penal se a vítima está trabalhando com transporte de valores, e, portanto, não apenas na situação do carro-forte. Por exemplo, o roubo do “office-boy” que esteja transportando valores (que não necessariamente precisa ser dinheiro).

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LEMBRE-SE!

Não haverá a presença da qualificadora, se o agente roubar a carteira do motorista do carro-forte, por exemplo.

Também não se aplica a presente qualificadora na chamada “saidinha de banco”, se a vítima está carregando valores em via pública para fins particulares, como no caso em que alguém saca considerável quantia em dinheiro de um banco para pagar um carro que comprou (GONÇALVES, 2011, p. 366).

Iv – veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou País

É a mesma situação de crime de furto. Aqui o legislador introduziu a causa de aumento de pena, com a Lei no 9.426/96, visando a diminuir também o

roubo de veículos, se o produto do delito vier a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.

v – Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade Não é o caso do chamado “sequestro-relâmpago”, que hoje possui tipificação própria (art. 158, § 3o, do Código Penal).

Como no crime de roubo é praticamente impossível que a vítima não fique cerceada de sua liberdade, mesmo que por poucos instantes, essa majorante aplica-se às hipóteses em que a vítima é mantida pelos assaltantes por tempo suficiente, e que a mesma seja necessária, para a consumação do roubo (ex.: enquanto pratica o roubo em um banco, o agente deixa a vítima trancada em uma sala, ou isolada em uma parte da agência). Se, contudo, o período for longo, deixando, portanto, de haver conexão com a execução do roubo, haverá concurso material de roubo simples com o crime de sequestro ou cárcere privado (MASSON, 2014, p. 428/429).

ROUbO QUALIFICADO – ART. 157, § 3o, DO CÓDIGO PENAL

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LEMBRE-SE!

O roubo seguido de morte é chamado de latrocínio, assim denominado e considerado crime hediondo nos termos da Lei no 8.072/90 (art. 1o, II).

Interessante observar que o roubo só será qualificado se a morte ou a lesão corporal grave resultarem da “violência”, já que o tipo penal não menciona a grave ameaça. E, portanto, se a vítima morre em razão da grave ameaça, tem-se concurso formal de roubo simples e homicídio culposo (ESTEFAM, 2012, p. 428), como, por exemplo, no caso da vítima que, ao ver a arma, leva um susto tão grande, que acaba por sofrer um ataque cardíaco e morre.

Via de regra, o crime qualificado pelo resultado é preterdoloso – hipótese onde há dolo na conduta antecedente (roubo) e culpa no resultado consequente (morte). Mas, no caso do § 3o em estudo, o resultado

agravador pode decorrer de dolo também. Exemplo: o agente pode, além de desejar a subtração, querer provocar lesão grave ou a morte da vítima. É evidente que a tentativa só é admitida quando o resultado agravador for desejado pelo agente, pois não se pode culpar alguém por algo produzido por acidente.

LEMBRE-SE!

Não se deve confundir a tentativa de latrocínio com roubo qualificado pela lesão grave. No latrocínio tentado, o agente tem intenção de matar a vítima, o que não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade. No roubo qualificado pela lesão grave, o agente tem intenção de lesionar a vítima.

O nexo causal estará presente quando a violência constituir meio para a subtração (roubo próprio), ou quando for empregada para garantir a detenção do bem ou a impunidade do agente (roubo impróprio). Assim, caracteriza-se a violência quando empregada em razão do roubo (nexo causal) e durante o cometimento do delito, desde que no mesmo contexto fático.

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O importante é o nexo causal, como regra, e qualquer pessoa, pode ser morta ou sofrer lesão corporal grave (ex.: o segurança da vítima).

LEMBRE-SE!

A Súmula no 603 do Supremo Tribunal Federal prevê que, embora haja o evento

morte, durante o crime de roubo, que inclusive pode ser uma conduta dolosa, a competência será do juízo singular e não do Júri – por ser um crime contra o patrimônio, e não doloso contra a vida (“ainda que a morte seja dolosa, por haver latrocínio, a competência é do juízo singular”).

Consumação e tentativa do latrocínio

Em relação à eventual consumação e tentativa, o roubo qualificado pela morte, por se tratar de crime complexo (tutela-se o patrimônio e a vida), tem- -se a seguinte regra:

SUBTRAÇÃO MORTE LATROCÍNIO Consumado Consumado Consumado Tentado Tentado Tentado Consumado Tentado Tentado Tentado Consumado Consumado**

** Nos termos da Súmula no 610 do Supremo Tribunal Federal, que assim prevê: “Há crime de latrocínio, quando

o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima”.

QUadro EsQUEMÁtICo – roUBo

OBJETO JURÍDICO O patrimônio, bem como a incolumidade física e a liberdade da pessoa

ELEMENTO OBJETIVO Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência (roubo próprio); logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro (roubo impróprio) ELEMENTO SUBJETIVO Dolo

SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa

SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa, desde que dono do bem, bem como as pessoas que sofrerem a violência ou grave ameaça

CONSUMAÇÃO Com a retirada do bem da esfera de vigilância da vítima e a posse tranquila do bem (já que para tanto se utilizou da violência ou grave ameaça)

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QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA

Crime complexo, comum, comissivo, instantâneo, livre, de dano, do-loso e material

AÇÃO PENAL Pública incondicionada

2.2. EXTORSÃO – ART. 158 DO CÓDIGO PENAL

O crime de extorsão é aquele cuja conduta se assemelha ao do delito de constrangimento ilegal, ou seja, há emprego de violência ou grave ameaça, com objetivo de obter indevida vantagem econômica, já que se trata de um crime contra o patrimônio. Sua pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa. Elemento objetivo – Núcleo do tipo

O núcleo do tipo é constranger, ou seja, obrigar, forçar, compelir, coagir alguém a fazer algo ou alguma coisa que não queira. No caso do presente tipo penal, suas elementares são:

ELEMENTARES:

a) mediante violência (vis corporalis) ou grave ameaça (vis compulsiva); b) com o intuito de obter para si ou para outrem;

c) indevida vantagem econômica: trata-se de vantagem patrimonial, que precisa ser indevida. Se devida a vantagem, poderia, dependendo do caso concreto, haver desclassificação para o delito de exercício arbitrário das próprias razões (GRECO, 2015, p. 97);

d) a fazer: entregar um bem, fazer uma obra, fazer com que pague roupa ou comida etc.;

e) tolerar que se faça: deixar que rasgue um cheque, uma promissória, confissão de dívida, um contrato etc.;

f) deixar de fazer: não fazer uma cobrança devida, ou não entrar com uma ação judicial etc.

LEMBRE-SE!

Aquele que tem relacionamento extraconjugal (ou homossexual) e exige dinheiro para não divulgar (grave ameaça), comete crime de extorsão.

Elemento subjetivo

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Sujeito ativo

Pode ser qualquer pessoa. Sujeito passivo

Pode ser qualquer pessoa que seja vítima de violência ou de grave ameaça e o titular do patrimônio.

Consumação

O crime se consuma com o efetivo constrangimento da vítima (a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer), com o objetivo de obter vantagem econômica indevida. Trata-se, portanto, de crime formal, já que pacificado, inclusive pelo expresso na Súmula no 96 do Superior Tribunal de Justiça que “O crime de

extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida”, ou seja, a obtenção da vantagem econômica é mero exaurimento do delito. Tentativa

É possível. Exemplo: agente liga para uma residência exigindo pagamento de valores por conta de uma suposta parente estar sob seu poder, quando então a vítima desliga o telefone.

ObSERvAçõES IMPORTANTES

A pena e a conduta dos crimes dos arts. 157 e 158 do Código Penal são similares, levantando uma grande dúvida. Qual a diferença entre roubo e extorsão?

Há três correntes doutrinárias que buscam os pontos diferenciais desses dois crimes:

1a) para Nélson Hungria (HUNGRIA, 1958, p. 66): no roubo o bem é

tirado da vítima, e na extorsão a vítima entrega o bem;

2a) para E. Magalhães Noronha (NORONHA, 2000, p. 274) e Cezar

Roberto Bitencourt (BITENCOURT, 2014, p. 138): enquanto no roubo a ação e o resultado são concomitantes, na extorsão o mal prometido e a vantagem são futuros;

3a) para Damásio de Jesus (JESUS, 2013, p. 411) e Guilherme de Souza Nucci

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A entrega pode ser dispensada pelo autor do fato, já que se assim a vítima não o fizer, poderá ser subtraído da mesma. Já na extorsão o apoderamento do objeto material depende da conduta da vítima (ex.: passar a senha do cartão de débito).

Entendemos ser a última corrente apresentada a mais correta, inclusive por conta da edição da Lei no 11.923/2009, que introduziu a tipificação da

conduta de “sequestro relâmpago” (§ 3o), no presente tipo penal, e não no

crime de roubo.

EXTORSÃO COM AUMENTO DE PENA – ART. 158, § 1o, DO CÓDIGO

PENAL

Trata-se de hipótese em que o crime terá sua pena aumentada de um terço até a metade, se o crime for cometido por duas ou mais pessoas (diferentemente do crime de roubo com aumento de pena, onde necessita mero concurso de duas pessoas). Necessário, portanto, que haja, no mínimo, duas pessoas para o cometimento da extorsão, para a incidência da causa de aumento de pena (mesmo que a outra seja inimputável, mas tenha liame subjetivo da conduta).

Já em relação ao emprego de arma, aplica-se o mesmo raciocínio desenvolvido com relação ao crime de roubo.

EXTORSÃO QUALIFICADA – ART. 158, § 2o, DO CÓDIGO PENAL

Embora não expressas as situações qualificadoras do crime, o texto traz remissão à situação do § 3o do crime de roubo, ou seja, será qualificado como

crime de extorsão se resultar em lesão corporal grave ou se resultar em morte. As penas serão as mesmas do roubo qualificado, 7 (sete) a 15 (quinze) anos e, 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, respectivamente, ambos com reclusão e multa.

LEMBRE-SE!

A extorsão qualificada pela morte é considerada crime hediondo (art. 1o, III,

Lei no 8.072/90).

SEQUESTRO RELÂMPAGO – ART. 158, § 3o, DO CÓDIGO PENAL

A lei não trouxe expressamente o nomen juris, ou seja, a denominação jurídica do delito, contudo, já é fartamente adotada como tal pela doutrina e jurisprudência, a situação fática descrita na extorsão qualificada do § 3o como

crime de “sequestro relâmpago”.

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