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CENTRO UNIVERSITÁRIO SAGRADO CORAÇÃO ISABELA CLEMENTINO FALCÃO RELATOS DE CASOS COMPARATIVOS ENTRE AS TÉCNICAS DE CLAREAMENTO DENTAL INTERNO E EXTERNO EM CONSULTÓRIO E O CLAREAMENTO CASEIRO SUPERVISIONADO BAURU 2021

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Academic year: 2023

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SAGRADO CORAÇÃO

ISABELA CLEMENTINO FALCÃO

RELATOS DE CASOS COMPARATIVOS ENTRE AS TÉCNICAS DE CLAREAMENTO DENTAL INTERNO E EXTERNO EM CONSULTÓRIO E O

CLAREAMENTO CASEIRO SUPERVISIONADO

BAURU 2021

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ISABELA CLEMENTINO FALCÃO

RELATOS DE CASOS COMPARATIVOS ENTRE AS TÉCNICAS DE CLAREAMENTO DENTAL INTERNO E EXTERNO EM CONSULTÓRIO E O

CLAREAMENTO CASEIRO SUPERVISIONADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Odontologia - Centro Universitário Sagrado Coração.

Orientadora: Prof.a Dra. Giovanna Speranza Zabeu

BAURU 2021

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

Falcão, Isabela Clementino F178r

Relatos de casos comparativos entre as técnicas de clareamento dental interno e externo em consultório e o clareamento caseiro supervisionado / Isabela Clementino Falcão. -- 2021.

28f. : il.

Orientadora: Prof.a Dra. Giovanna Speranza Zabeu

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Centro Universitário Sagrado Coração - UNISAGRADO - Bauru - SP 1. Clareamento dental. 2. Peróxido de hidrogênio. 3. Peróxido de carbamida. I. Zabeu, Giovanna Speranza. II. Título.

Elaborado por Lidyane Silva Lima - CRB-8/9602

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ISABELA CLEMENTINO FALCÃO

RELATOS DE CASOS COMPARATIVOS ENTRE AS TÉCNICAS DE CLAREAMENTO DENTAL INTERNO E EXTERNO EM CONSULTÓRIO E O

CLAREAMENTO CASEIRO SUPERVISIONADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Odontologia- Centro Universitário Sagrado Coração.

Aprovado em: 03/12/2021.

Banca examinadora:

___________________________________________________

Prof.a Dra. Giovanna Speranza Zabeu (Orientadora) Centro Universitário Sagrado Coração

___________________________________________________

Prof.a Dra. Karin Cristina da Silva Modena Centro Universitário Sagrado Coração

___________________________________________________

Prof.a Dra. Marcela Pagani Calabria Centro Universitário Sagrado Coração

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado saúde e sabedoria para chegar até aqui.

Agradeço em especial os meus pais Arlindo e Nilcéia, sem eles nada disso seria possível.

Aos meus irmãos Vinicius e Leandro por terem ficado sempre ao meu lado, me ajudando e apoiando em toda minha vida.

Aos meus familiares e amigos que fizeram parte desse momento e a todos meus professores da graduação que me ensinaram e me dicerniram nessa etapa tão importante.

Por fim minha professora Giovanna Zabeu que me orientou e ajudou a finalizar esse trabalho de conclusão de curso.

O meu muito obrigado a todos!

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RESUMO

A alteração de cor dental vem sendo um dos problemas estéticos mais procurados pelos pacientes no consultório odontológico. O emprego de diferentes técnicas clareadoras, quando bem indicadas e com o protocolo clínico correto, possibilitam resultados estéticos satisfatórios. O objetivo deste trabalho foi apresentar dois casos clínicos utilizando diferentes protocolos de clareamento, evidenciando quais as indicações, materiais e técnicas para cada situação. No primeiro caso, um único elemento dentário encontrava-se com alteração de cor devido a um trauma dentário na infância. Após tratamento endodôntico, foi realizada a técnica de clareamento interno mediato utilizando perborato de sódio em 2 sessões com intervalo de 1 semana e, em seguida, realizou o clareamento externo e interno imediato com peróxido de hidrogênio a 35%. No segundo caso, a paciente queixava-se da alteração de cor generalizada dos dentes, sendo indicado inicialmente o clareamento em consultório com peróxido de hidrogênio a 35%, seguido de clareamento caseiro supervisionado com moldeira individual com peróxido de carbamida a 22% por 4 semanas. O resultado dos dois casos foi satisfatório, com aumento da autoestima das pacientes e sem relato de sensibilidade pós-clareamento intensa. Mediante aos achados desses relatos, pode-se concluir que todos os protocolos de tratamento clareador são eficazes, desde que seja bem indicado. Para isso, é essencial o conhecimento do profissional a respeito das técnicas disponíveis, concentrações e tipos de materiais clareadores e indicação dos procedimentos.

Palavras-chave: Clareamento dental. Peróxido de carbamida. Peróxido de hidrogênio.

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ABSTRACT

Dental discoloration comes being one of the most popular aesthetic problems by patients in the dental office. The use of different bleaching techniques, when properly indicated and with the correct clinical protocol, allow for satisfactory esthetic results.

The aim of this work was to present two clinical cases using different bleaching protocols, showing the indications, materials, and techniques for each situation. In the first case, a single tooth element had a change in color due to childhood dental trauma.

After endodontic treatment, the technique of mediate internal bleaching was performed using sodium perborate in 2 sessions with an interval of 1 week, followed by immediate external and internal bleaching with 35% hydrogen peroxide. In the second case, the patient complained of a generalized dental discoloration, initially being indicated in- office bleaching with 35% hydrogen peroxide, followed by supervised at-home bleaching with an individual tray with 22% carbamide peroxide for 4 weeks . The result of both cases was satisfactory, with an increase in the patients' self-esteem and no reports of intense post-bleaching sensitivity. Based on the findings of these reports, it can be concluded that all whitening treatment protocols are effective, as long as it is well indicated. For this, it is essential for the professional to know the available techniques, concentrations and types of bleaching materials and procedures indication.

Keywords: Tooth Bleaching. Carbamide Peroxide. Hydrogen Peroxide.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Aspecto inicial do sorriso e exame clínico intraoral, onde foi observada a presença de escurecimento no dente 21 devido à trauma na infância, sem tratamento endodôntico ...12 Figuras 2A e B: Análise da cor, evidenciando que a saturação da cor do dente 22 era maior do que nos dentes restantes. A – Cor inicial do dente 21 foi A3. B – Cor inicial dos dentes restantes cor A1...13 Figura 3: Radiografia periapical do dente 21, indicando a finalização satisfatória do tratamento endodôntico...13 Figura 4: Medida da altura da coroa somada a 2 milímetros, indicando a altura da desobturação para a inserção do “plug” ...14 Figuras 5A a C: Inserção do “plug” de cimento de ionômero de vidro modificado por resina. A – Após desobturação de 2 milímetros e conferência da altura. B – Inserção do cimento de ionômero de vidro modificado com resina (Vitremer – 3M/ESPE) com auxílio de seringa Centrix. C – “Plug” confeccionado e fotopolimerizado...14 Figuras 6A e B: A – Inserção da pasta de perborato de sódio. B – Inserção do material restaurador provisório. ...15 Figura 7: Análise da cor depois de 14 dias de tratamento, onde aplicou-se o clareamento mediato com perborato de sódio e o tratamento foi trocado em 2 sessões...15 Figuras 8A e B: Colocação do gel de clareamento de peróxido de hidrogênio a 35%

Whiteness HP Blue (FGM) após inserção de barreira gengival. A – Colocação do gel dentro da câmera pulpar. B – Colocação do gel na face palatina dos dentes restantes.

...16 Figura 9: Análise da cor imediatamente após a remoção do gel, evidenciando a cor final do dente 21 em A1. ...17 Figura 10: Análise de cor final após 15 dias. ...17 Figuras 11A e B: Aspecto inicial do sorriso e exame clínico ontraoral, onde foi observada a presença de um substrato dentinário com alto grau de escurecimento...18 Figura 12: Colocação do gel de clareamento de peróxido de hidrogênio a 35%

Whiteness HP Blue (FGM) após inserção de barreira gengival...19 Figura 13: Análise da cor imediatamente após a remoção do gel, evidenciando a cor A2. ...19

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Figura 14: Inserção de uma gota do gel de clareamento caseiro peróxido de carbamida 22% Whiteness Perfect (FGM) na face vestibular dos dentes...20 Figura 15: Placa de silicone com gel clareador inserido na face vestibular, onde o paciente deve aguardar até 2 horas com o gel em posição...20 Figura 16: Análise de cor final após 15 dias, evidenciando a cor B1...20

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...8

2 OBJETIVOS ...11

3 RELATO DE CASO ...12

3.1 CASO CLÍNICO 1 – CLAREAMENTO INTERNO E EXTERNO...12

3.2 CASO CLÍNICO 2 – CLAREAMENTO ASSOCIADO (CONSULTÓRIO E CASEIRO SUPERVISIONADO) ...18

4 DISCUSSÃO ...21

5 CONCLUSÃO ...23

7 REFERÊNCIAS...24

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1 INTRODUÇÃO

Na sociedade atual, o cuidado com a aparência é um fato que faz com que as pessoas busquem maneiras de realçar sua beleza, e o clareamento dental é um dos métodos mais comuns entre eles. Essa tendência decorre do padrão de beleza imposto pela cultura moderna, que exige dentes mais brancos, mais alinhados e retos.

Consequentemente, alguns estudos sugerem que tais fatores podem interferir nas relações interpessoais e em julgamentos mais positivos que influenciam na autoestima dos indivíduos (ESPÍNDOLA-CASTRO et al., 2020; FERNANDEZ et al., 2017).

As mídias sociais estão se tornando o clareamento cada vez mais popular, influenciando diretamente na decisão do público de seguir esse caminho em busca do sorriso mais próximo do padrão estético imposto. O mercado de clareamento dentário cresceu significativamente, onde diferentes abordagens e técnicas são desenvolvidas, além de uma variabilidade de produtos disponíveis, incluindo géis de clareamento dental, cremes dentais e enxaguatórios orais, com diferentes mecanismos de ação (CAREY, 2015).

Para que haja sucesso no tratamento clareador, o profissional deve conhecer os diferentes tipos de manchas, escurecimento e saber realizar um bom diagnóstico além de conhecer a etiologia das alterações de cor, podendo assim o prognóstico ser favorável ou desfavorável dependendo da etiologia do manchamento (ARAUJO et al., 2015; MCHANTAF et al., 2017; NIESSEN, 2007).

As alterações de cor podem ser divididas em duas amplas classificações, as causadas por fatores extrínsecos e as causadas por fatores intrínsecos (congênitos ou adquiridos). As alterações por fatores extrínsecos estão associadas ao consumo de chá, café, cigarro, bebidas ou alimentos cromógenos, e o acúmulo de biofilme e cálculo supra gengival. Com relação alterações intrínsecas, podemos subdividi-la em pré-eruptivas/congênitas ou pós-eruptivas/adquiridas. As pré-eruptivas estão associadas a alterações na concentração de substâncias no organismo, alterando a formação e composição do tecido dentário, como no caso do manchamento por tetraciclina, fluorose, amelogênese imperfeita, dentinogênese imperfeita e hipoplasia do esmalte. Enquanto as alterações pós-eruptivas são alterações que ocorrem ao longo da vida, após a erupção do dente, como hemorragia pulpar, envelhecimento dental fisiológico e reabsorção dentinária interna (REIS; LOGUERCIO, 2021). Causas

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iatrogênicas podem ser classificadas como alterações pós-eruptivas, como por exemplo, o emprego inadequado de alguns materiais para a obturação dos condutos radiculares e/ou para restaurar cavidades de acesso endodôntico, ou ainda a abertura inadequada da coroa durante o acesso, permitindo a presença de restos necróticos de polpa ou propiciando o acúmulo de material selador nesta região (BARATIERI et al., 1993).

Atualmente, os principais agentes clareadores comercialmente disponíveis para clareamento de dentes vitais e não vitais são: peróxido de hidrogênio, peróxido de carbamida e perborato de sódio (CAREY et al., 2014). Os peróxidos consistem em compostos de peso molecular baixo, o que permite que ocorra sua penetração nas porosidades dos tecidos dentais. Estes agentes clareadores realizam a oxidação de macromoléculas nas manchas de dentina e, em seguida, sua quebra em estruturas menores. Após isso, ocorre a difusão para a superfície, causando o clareamento do dente (ESPÍNDOLA-CASTRO et al., 2020).

O clareamento dental pode ser realizado no consultório, pelo cirurgião-dentista, utilizando concentrações mais altas de peróxido de hidrogênio; ou em casa, utilizando moldeiras individuais com peróxido de carbamida ou hidrogênio em concentrações mais baixas (ALMEIDA et al., 2021). Além disso, pode ocorrer a associação dos tratamentos em consultório e caseiro (MCHANTAF et al., 2017). Porém, os clareadores, especialmente aqueles em altas concentrações, podem causar uma sensibilidade temporária aos dentes e gengivas. Assim sendo, um agente dessensibilizante fornecido pelo dentista pode ajudar, e a interrupção do uso do agente por um ou dois dias também pode minimizar a sensibilidade (NIESSEN, 2007).

Inclusive já existem protocolos dessensibilizantes e géis clareadores que possuem em sua formulação algum agente remineralizante, como por exemplo, nitrato de potássio e fluoreto de sódio, ou cálcio e fluoreto, respectivamente (REZENDE et al., 2019;

WANG et al., 2019).

Vale ressaltar que o clareamento não altera a cor das restaurações presentes nos dentes, portanto, elas podem parecer mais escuras após o procedimento (ANDRADE et al.,2014). Além disso, os cirurgiões-dentistas geralmente recomendam o clareamento antes da colocação de facetas para mudar a cor ou a posição dos dentes anteriores (NIESSEN, 2007). Porém, como o clareamento é capaz de reduzir significativamente a resistência de união das resinas compostas com o esmalte condicionado (BARATIERI et al., 1993; MCHANTAF et al., 2017). Caso seja

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necessário fazer alguma restauração adesiva após o procedimento, recomenda-se aguardar cerca de 7 a 14 dias do término ou interrupção do clareamento (BARATIERI et al., 1993; MCHANTAF et al., 2017). Dessa forma, nota-se que os principais fatores que afetam o sucesso do clareamento são: a cor inicial dos dentes, a capacidade de resposta do paciente, a concentração do material (MCHANTAF et al., 2017), e o tempo de aplicação (NIESSEN, 2007).

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2 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da modificação do protocolo para aplicação de agentes clareadores utilizados em consultórios odontológicos, determinando a mudança de cor de diferentes agentes clareadores em dentes submetidos a diferentes protocolos, por meio de dois casos clínicos.

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3 RELATO DE CASO

3.1 CASO CLÍNICO 1 – CLAREAMENTO INTERNO E EXTERNO

Paciente do sexo feminino, 36 anos, compareceu à clínico Integrada do Centro Universitário do Sagrado Coração (Bauru/SP) devido sua insatisfação com a estética do seu sorriso devido ao escurecimento do dente 21 (Figura 1). Durante exame clínico, observou-se o escurecimento intenso do dente 21 com ausência de tratamento endodôntico. No relato, a paciente informou que teve um trauma na infância, onde bateu o dente, entretanto sem necessidade de tratamento endodôntico na época. O teste de sensibilidade apresentou resposta negativa, indicando a necrose pulpar. A análise de cor mostrou que o dente apresentava dois tons do croma acima dos dentes restantes, sendo A3 para o dente 21 e A1 para os dentes restantes (Figuras 2A e B).

Figura 1: Aspecto inicial do sorriso e exame clínico intraoral, onde foi observada a presença de escurecimento no dente 21 devido à trauma na infância, sem tratamento endodôntico.

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Figuras 2A e B: Análise da cor, evidenciando que a saturação da cor do dente 22 era maior do que nos dentes restantes. A – Cor inicial do dente 21 foi A3. B – Cor inicial dos dentes restantes cor A1.

Após conclusão do tratamento endodôntico em 2 sessões (Figura 3), inicou-se o protocolo de clareamento interno. Para isso, mediu-se a altura da coroa com sonda milimetrada e somou-se 2 milimetros acima da coroa, indicando a altura onde deveria ser feita a desobturação do conduto para a inserção do “plug” (Figura 4).

Figura 3: Radiografia periapical do dente 21, indicando a finalização satisfatória do tratamento endodôntico.

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Figura 4: Medida da altura da coroa somada a 2 milímetros, indicando a altura da desobturação para a inserção do “plug”.

Com pontas Rhein aquecidas, removeu-se o material obturador até alcançar a altura desejada (Figura 5A). Na sequência, o “plug” foi confeccionado em forma de rampa para vestibular, seguindo a altura da junção amelocementária. O material de escolha foi o cimento de ionômero de vidro modificado por resina Vitremer (3M ESPE, St Paul, MN, EUA), com auxílio da seringa Centrix (Figura 5B). Após adaptação do material, a polimerização foi realizada com o fotopolimerizador LED Radii-Cal 1000mW/cm2 (SDI, Cologne, North Rhine-Westphalia, Alemanha).

Figuras 5A a C: Inserção do “plug” de cimento de ionômero de vidro modificado por resina. A – Após desobturação de 2 milímetros e conferência da altura. B – Inserção

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do cimento de ionômero de vidro modificado com resina (Vitremer – 3M/ESPE) com auxílio de seringa Centrix. C – “Plug” confeccionado e fotopolimerizado.

Depois da conferência do “plug”, foi manipulada a pasta de perborato de sódio a 20% com água destilada (Figura 6A). Por fim, a cavidade foi selada com material obturador provisório coltosol (Coltene, Rio de Janeiro, RJ, Brasil) e aguardou-se 7 dias para a troca do produto (Figura 6B). Após 7 dias, um novo. Material foi manipulado e esperou-se mais 7 dias para nova análise da cor.

Figuras 6A e B: A – Inserção da pasta de perborato de sódio. B – Inserção do material restaurador provisório.

Após 14 dias, notou-se que a cor do dente 21 estava próxima a dos dentes restantes (Figura 7). Como a paciente decidiu clarear todos os dentes, foi associada a técnica de clareamento imediato no consultório em todos os dentes, sendo que no dente 21 foi feito o clareamento externo e interno.

Figura 7: Análise da cor depois de 14 dias de tratamento, onde aplicou-se o clareamento mediato com perborato de sódio e o tratamento foi trocado em 2 sessões.

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Para o clareamento interno e externo imediato, removeu-se o. material obturador provisório do dente 21 e o paciente foi submetido a profilaxia com pedra pomes na face vestibular dos dentes 15 ao 25 e 35 ao 45. Em seguida, a barreira gengival polimérica (Top Dam, FGM, Joinville, SC, Brasil) foi inserida para proteção dos tecidos moles na face vestibular dos dentes que seriam clareados e na face palatina do dente 21. Por fim, o gel de peróxido de hidrogênio a 35% Whiteness HP Blue (FGM, Joinville, SC, Brasil) foi inserido primeiramente na câmera do pulpar do dente 21 e, na sequência, nas face vestibular dos dentes restantes (Figuras 8A e B). O tempo de espera do gel é de, no máximo, 50 minutos. Neste caso, a paciente começou a relatar sensibilidade após 35 minutos, sendo retirado o gel nesse período.

Figuras 8A e B: Colocação do gel de clareamento de peróxido de hidrogênio a 35%

Whiteness HP Blue (FGM) após inserção de barreira gengival. A – Colocação do gel dentro da câmera pulpar. B – Colocação do gel na face palatina dos dentes restantes.

Após a remoção do gel, os dentes foram lavados e a barreira gengival foi removida. Por fim, a cor foi avaliada para controle, uma vez que os dentes se apresentaram ressecados e a cor se estabilizaria após 15 dias. No período imediato, o dente 21 apresentou a cor final de A1 enquanto os dentes restantes apresentaram a cor final B1 (Figura 9). No dente 21, uma pasta de hidróxido de cálcio foi inserida na câmera pulpar para neutralização do pH e restaurada com material restaurador provisório.

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Figura 9: Análise da cor imediatamente após a remoção do gel, evidenciando a cor final do dente 21 em A1.

Após 15 dias, a paciente retornou para restauração da abertura do tratamento endodôntico na palatina do dente 21 e análise da cor. Na figura 10, é possível observar que os dentes conseguiriam se igualar na cor B1. A paciente relatou alta satisfação estética e relatou não apresentar sensibilidade durante o período inicial após clareamento.

Figura 10: Análise de cor final após 15 dias.

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3.2 CASO CLÍNICO 2 – CLAREAMENTO ASSOCIADO (CONSULTÓRIO E CASEIRO SUPERVISIONADO)

Paciente do gênero feminino, 19 anos, procurou atendimento na clínica integrada do Centro Universitário do Sagrado Coração (Bauru/SP) insatisfeita com a cor dos seus dentes (Figura 11A). Durante exame clínico, notou-se que os dentes da paciente apresentaram um grau de escurecimento alto, compatível com a cor A3 (Figura 11B).

Além disso, a paciente apresentava uma resina entre os incisivos centrais condizente com um fechamento de diastema. Por se tratar de uma paciente jovem, sem sensibilidade, e com alta exigência estética, a escolha do tratamento foi associar o clareamento de consultório e caseiro supervisionado, para obtenção do máximo de resultado estético. Além disso, foi possível observar que o manchamento tinha características intrínsecas, sendo o clareamento caseiro mais indicado por conseguir penetrar de forma mais profunda devido ao tempo de contato do gel com a estrutura dentária.

Figuras 11A e B: Aspecto inicial do sorriso e exame clínico ontraoral, onde foi observada a presença de um substrato dentinário com alto grau de escurecimento.

Para o clareamento imediato, a paciente foi submetida a profilaxia com pedra pomes na face vestibular dos dentes 15 ao 25 e 35 ao 45. Em seguida, a barreira gengival polimérica (Top Dam, FGM, Joinville, SC, Brasil) foi inserida para proteção dos tecidos moles na face vestibular dos dentes que seriam clareados. Por fim, o gel de peróxido de hidrogênio a 35% Whiteness HP Blue (FGM, Joinville, SC, Brasil) foi manipulado e inserido nas faces vestibulares dos dentes superiores e inferiores que seriam clareados (Figura 12). O tempo de espera do gel é de, no máximo, 50 minutos.

Neste caso, a paciente não relatou sensibilidade, sendo retirado o gel nesse período.

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Figura 12: Colocação do gel de clareamento de peróxido de hidrogênio a 35%

Whiteness HP Blue (FGM) após inserção de barreira gengival.

Após a remoção do gel, os dentes foram lavados e a barreira gengival foi removida. Por fim, a cor foi avaliada para controle, sendo a cor final A2 (Figura 13).

Na sequência, as arcadas superior e inferior foram moldadas com alginato (Hydrogum 5, Zhermack, Badia Polesine, Itália) e vazadas em gesso pedra. Uma placa de silicone de 1mm de espessura foi confeccionada em plastificadora a vácuo.

A placa foi entregue para a paciente junto com o gel de clareamento de peróxido de carbamida a 22% (Whiteness Perfect 22%, FGM, Joinville, SC, Brasil). A orientação de uso foi dada, onde recomenda-se a inserção de 1 gota de gel na face vestibular de cada dente a ser clareado (Figura 14). Após a escovação dos dentes, a placa deve ser inserida e ficar em posição por até 2 horas (Figura 15). Na sequência, a placa é removida e limpa com escova e pasta e os dentes devem sem enxaguados e não escovados. O processo foi repetido diariamente por 4 semanas.

Figura 13: Análise da cor imediatamente após a remoção do gel, evidenciando a cor A2.

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Figura 14: Inserção de uma gota do gel de clareamento caseiro peróxido de carbamida 22% Whiteness Perfect (FGM) na face vestibular dos dentes.

Ao final do período, esperou-se 15 dias para avaliação da cor final, que foi para o B1. A paciente relatou alta satisfação estética e com ausência de sensibilidade durante o clareamento caseiro.

Figura 15: Placa de silicone com gel clareador inserido na face vestibular, onde o paciente deve aguardar até 2 horas com o gel em posição.

Figura 16: Análise de cor final após 15 dias, evidenciando a cor B1.

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4 DISCUSSÃO

O clareamento dental tornou-se um dos tratamentos de escolha mais procurado para solucionar a insatisfação com a cor dos dentes, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes, pela sua facilidade técnica e por ser considerado um tratamento não-invasivo (BARATIERI et al., 1993). Dentre as maneiras de realizar o tratamento clareador, é possível destacar o clareamento de dentes vitais pelas técnicas de clareamento caseiro supervisionado pelo profissional e imediato em consultório.

A técnica do clareamento caseiro foi desenvolvida por Haywood e Heymann em 1989, onde o peróxido de carbamida foi proposto para clarear os dentes durante o sono com o uso de uma moldeira individual por um período de aproximadamente 15 dias. Devido ao tratamento ocorrer em casa e durante o sono, o nome clareamento caseiro ou clareamento noturno ficou estabelecido para descrever a técnica. O paciente deve seguir as recomendações do profissional e utilizar um gel de baixa concentração, sendo o mais indicado o peróxido de carbamida nas concentrações de 10 a 22% ou de hidrogênio entre 4 e 10% (NAVARRA et al., 2014). Essa técnica é cada vez mais comum, uma vez que o seu sucesso está ligado ao fato de ser uma alternativa de fácil aplicação, segura, conservadora, econômica e eficaz (BARATIERI et al., 1993; ARAÚJO et al., 2015). Apresenta algumas desvantagens, como o comprometimento do paciente com o uso de moldeira diariamente e o tempo do tratamento prolongado quando comparado com o clareamento de consultório (BARATIERI et al., 1993; ARAÚJO et al., 2015).

No clareamento de consultório, as concentrações do gel clareador podem ser maiores. O peróxido de hidrogênio na concentração de 35% é o mais utilizado, pela sua capacidade de penetrar no esmalte e dentina, potencializando o clareamento em consultório (BARATIERI et al., 1993; ARAÚJO et al., 2015). Também é possível utilizar o peróxido de carbamida em concentrações elevadas (35 a 40%). Dentre as vantagens relacionadas ao clareamento de consultório destaca-se uma melhor administração do tratamento, pois não depende da colaboração do paciente, bem como maior controle da aplicação em locais de retração gengival, locais estes propícios a reações de hipersensibilidade (BARATIERI et al., 1993; ARAÚJO et al., 2015). Como pontos negativos, o clareamento de consultório geralmente necessita de mais de uma visita ao consultório para melhores resultados, tornando-o um

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procedimento de custo elevado. Além disso, há maior índice de recidiva de cor a curto prazo (BARATIERI et al., 1993; ARAÚJO et al., 2015).

Um dos efeitos adversos do clareamento é a sensibilidade dentária após o tratamento. Contudo, o mecanismo que causa este resultado doloroso ainda não está

totalmente compreendido, mas parece estar associado à capacidade do peroxido de hidrogênio penetrar na estrutura dental e alcançar a câmara pulpar (NATHANSON, 1997) gerando a dor. Com a intenção de se tentar diminuir a sensibilidade, alguns artifícios são utilizados, como o uso de agentes dessensibilizantes de ação neural, como o nitrato de potássio, ou obliteradores, como o fluoreto de sódio, que podem estar presentes na composição do gel ou aplicados previamente ao procedimento clareador (WANG et al., 2014).

Além disso, a sensibilidade está diretamente relacionada ao tipo de clareamento realizado. A sensibilidade é maior nas técnicas de clareamento de consultório, que usam o peróxido de hidrogênio em altas concentrações (REZENDE et al., 2019). Tal desconforto é relatado por alguns pacientes, porém de efeito breve, desaparecendo após o término do tratamento (REZENDE et al., 2019).

Mediante aos achados na literatura, pode-se afirmar que o clareamento dental é um dos tratamentos odontológicos estéticos mais procurados. Dentre as técnicas existentes, destacam-se as de clareamento em consultório e caseiro. Apesar da aparente simplicidade na aplicação, ambas as técnicas necessitam da supervisão e conhecimento de um cirurgião-dentista para o sucesso do tratamento.

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5 CONCLUSÃO

Baseado nos casos clínicos e nos achados na literatura, podemos concluir que todos os tratamentos clareadores são eficazes para resoluções estéticas voltadas para o escurecimento dentária seja de origem intrínseca ou extrínseca, desde que seja bem indicado. Dessa forma, se faz necessário o conhecimento do profissional diante das técnicas disponíveis quanto a suas indicações, vantagens e desvantagens para a prescrição do tratamento mais adequado ao seu paciente.

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7 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, F.S.O. et al. Controle da sensibilidade dentária associada ao clareamento dental: relato de caso. Arch Health Invest, v. 10, n. 1, p. 94-99, 2021.

ALMEIDA, L.C.A.G. et al. At-Home Bleaching: Color Alteration, Hydrogen Peroxide Diffusion and Cytotoxicity. Braz Dent J, v. 26, n. 4, p. 378-383, 2015.

ANDRADE, I.C.G.B. et al. Microhardness and color monitoring of nanofilled resin composite after bleaching and staining. Eur J Dent, v. 8, n. 2, p. 160-165, 2014.

ARAUJO, J.L.S. et al. Técnicas de clareamento dental -revisão de literatura. Revista Pró-UniverSUS, v. 6, n. 3, p. 35-37, 2015.

BARATIERI, L.N. Clareamento dental. 1ª edição. São Paulo: Santos e Quintessence; 176p, 1993.

CAREY, C.M. Tooth Whitening: What we Now Know. J Evid Based Dent Pract, v.14, p. 70-76, 2014.

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Referências

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