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Prof. Nathalia Masson. Noções de Direito Constitucional - Analista Judiciário TRT BA. Aula 10

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Aula 10

Noções de Direito Constitucional – Poder Executivo Responsabilização e Atribuições do Presidente da República

Analista Judiciário – TRT BA

(2)

Sumário

SUMÁRIO ...2

PODER EXECUTIVO – RESPONSABILIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ... 3

(1)INTRODUÇÃO ... 3

(2)RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ... 6

(A)IMUNIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ... 6

(A.1)IMUNIDADE REFERENTE À PRISÃO ... 7

(A.2)CLÁUSULA DE IRRESPONSABILIDADE PENAL TEMPORÁRIA OU RELATIVA ... 10

(A.3)IMUNIDADE FORMAL REFERENTE AO PROCESSO (AUTORIZAÇÃO) ... 13

(B)SUSPENSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ... 18

(C)CRIMES COMUNS E CRIMES DE RESPONSABILIDADE ... 21

(3)ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ... 35

(A)INTRODUÇÃO ... 35

(B)PARÁGRAFO ÚNICO DO ART.84 ... 39

(4)QUESTÕES RESOLVIDAS EM AULA ... 50

(5)OUTRAS QUESTÕES: PARA TREINAR ... 71

(6)RESUMO DIRECIONADO ... 81

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 85

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PODER EXECUTIVO – RESPONSABILIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

(1) Introdução

Olá, meu caro aluno! Que alegria estarmos juntos em mais uma aula referente à organização dos Poderes! A essa altura do nosso curso, você bem sabe que o Poder Executivo é consagrado em nossa Constituição Federal como um dos Poderes da União, independente e autônomo (recomendação: leia novamente o art. 2°, CF/88). Sua principal função é a de administrar a coisa pública, por meio de atos de chefia de Estado, chefia de Governo e chefia da Administração Pública.

Assim como ocorre com o Legislativo e o Judiciário, o Poder Executivo também exerce funções que não compõem sua natureza intrínseca e típica. Realiza, portanto, atribuições atípicas: (i) de natureza jurisdicional, quando há um dissídio administrativo (o Executivo julga e decide questões internas, em processos administrativos), (ii) de natureza legislativa, ao, por exemplo, editar uma medida provisória (art. 62) ou uma lei delegada (art. 68). As funções do Poder Executivo podem ser sintetizadas da seguinte forma1:

Obs.: Acerca da função jurisdicional a ser desempenhada de modo atípico pelo Poder Executivo, saiba que estamos diante de um daqueles temas cercado de controvérsias. Segundo o autor José dos Santos Carvalho Filho, por exemplo, o exercício da atividade jurisdicional em sentido estrito (ou seja, decisões proferidas com força de definitividade) não foi dado ao Poder Executivo. Entende o autor que mesmo que o Poder Executivo decida os processos administrativos de sua competência, as decisões não

1. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

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produzem coisa julgada material ou definitiva, como ocorre com as decisões proferidas pelo Poder Judiciário. Assim, como tais decisões podem ser levadas à apreciação do órgão judiciário competente (em decorrência do princípio da inafastabilidade da jurisdição, previsto no art. 5º, XXXV, CF/88) não teríamos um efetivo exercício de atividade jurisdicional pelo Poder Executivo. Em conclusão, a jurisdição seria praticamente monopolizada pelo Poder Judiciário e, somente em casos excepcionais, seria exercida pelo Poder Legislativo. Essa é a posição majoritária na doutrina. Em concursos públicos, pensamos que as bancas examinadoras jamais poderiam formular quesitos dessa natureza, haja vista existir divergência doutrinária sobre o ponto (Diogo de Figueiredo Moreira Neto, por exemplo, é um autor que defende que o Poder Executivo exerce atividade jurisdicional, porém, sem definitividade. À título de informação final, lembremos que os examinadores da banca FCC já confeccionaram questões sobre a atividade judicante realizada pelo Poder Executivo. Normalmente a assertiva se refere às funções desempenhadas pelas comissões de processo administrativo disciplinar. Nesses casos, a banca examinadora FCC considera o conceito material de jurisdição, fundamentado pela resolução das lides (conflitos) e não o conceito formal de jurisdição, em que se exige a formação de coisa julgada material (representada pelo traço da definitividade). Por outro lado, o CESPE parece ter entendimento oposto: o de que o Poder Executivo exerce função administrativa ao julgar seus próprios servidores.

Considerações iniciais feitas, lembremos que o Poder Executivo está organizado entre os artigos 76 a 91 da CF/88. Todos esses dispositivos merecem ser lidos, mas sua atenção especial deve recair nos seguintes: 76, 77, 80, 81, 84, 85 e 86 – esses são muito frequentes em prova, mantenha-os sempre em seu radar.

Pois bem. Outro aspecto introdutório muito importante é referente ao nosso sistema de governo, que é o presidencialista. Adota-lo significa que concentraremos todas as funções executivas (tanto a chefia de Estado quanto à de governo) na figura do Presidente da República. Os Ministros de Estado são meros auxiliares, escolhidos pelo Presidente para assessorá-lo no cumprimento de suas extensas e complexas tarefas.

Destarte, podemos concluir que, das diversas tipologias possíveis de organização do Poder, adotamos a monocrática ou unipessoal.

Apesar de iniciais, essas informações são exploradas nas provas. Veja de que forma nas próximas questões:

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Questões para fixar

[CESPE - 2016 - DPU - Técnico em Assuntos Educacionais] A respeito do Poder Executivo, julgue o item que se segue:

No presidencialismo brasileiro, a chefia de Estado é exercida pelo presidente da República, enquanto a chefia de governo fica a cargo dos ministros de Estado.

Comentário:

Nosso sistema de Governo, de fato, é o presidencialista, que se caracteriza por concentrar todas as funções executivas no Poder Executivo. A chefia, portanto, será una, já que o Presidente da República irá, simultaneamente, exercer a chefia de Estado e a chefia de Governo. Portanto, nossa 1ª assertiva é falsa, haja vista o fato de os Ministros não serem os detentores da chefia de governo. Aproveitando o ensejo, lembremos que os ministros de Estado são meros auxiliares do Presidente da República, por ele nomeados e exonerados livremente (arts. 76 c/c 84, I, ambos da CF/88).

Gabarito: Errado [CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] Considerando a ordem constitucional brasileira, julgue (C ou E) o item seguinte:

O Poder Executivo é um órgão pluripessoal, exercido pelo presidente e pelo vice-presidente da República e pelos ministros de Estado.

Comentário:

É um órgão monocrático, unipessoal, já que em nosso sistema de governo (presidencialista) o Presidente acumula as funções de chefe de Estado e de Governo.

Gabarito: Errado [CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva acerca do Poder Executivo, considerando o disposto na CF e a doutrina:

No texto constitucional, a afirmação de que o Poder Executivo é exercido pelo presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado, indica que a função é compartilhada, caracterizando-se o Poder Executivo como colegial, dependendo o seu chefe da confiança do Congresso Nacional para permanecer no cargo.

Comentário:

Aproveito essa questão para lhe lembrar que o Poder Executivo pode ser arquitetado de diferentes maneiras, sendo possível identificar: (i) o executivo monocrático, quando o Poder é exercido unicamente por uma pessoa (como é o caso do Brasil); (ii) executivo colegial, quando as funções executivas são desempenhadas por dois homens possuidores de idênticos poderes, como os cônsules romanos; (iii) executivo diretorial, no cenário em que o poder é exercido por um grupo de homens em comitê, como era na ex-URSS e, ainda hoje, é na Suíça; (iv) executivo dual, ínsito ao sistema parlamentar, quando o Poder é exercido por um chefe de Estado e um Conselho de Ministros (liderado pelo 1° Ministro).

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Feitas essas considerações, parece-me ter ficado claro que o item é falso.

Gabarito: Errado

Considerações iniciais feitas, lembremos que o Poder Executivo está organizado entre os artigos 76 a 91 da CF/88, mas nem todos eles foram exigidos por seu edital. Nesta aula, respeitando àquilo que foi apresentado por sua banca examinadora, estudaremos somente os artigos referentes à responsabilização e às atribuições do Presidente da República.

(2) Responsabilização do Presidente da República

Antes de iniciarmos nossa conversa sobre esse tópico, é muito importante lembrarmos que a forma de governo republicana tem por característica central a possibilidade de responsabilizarmos o governante por seus atos. No Brasil, aliás, tal cenário não é meramente retórico: já condenamos dois Presidentes pela prática de crimes de responsabilidade (Collor na década de 90 e Dilma em 2016).

Nos itens subsequentes, nós vamos estudar os artigos da Constituição Federal referentes ao regime especial de responsabilidade do Presidente da República, bem como os apontamentos doutrinários pertinentes ao tema.

Iniciaremos relembrando quais são as prerrogativas que cercam o importante cargo de Presidente (já que o estudo dessas imunidades tem um impacto muito significativo na análise do regime de responsabilização presidencial).

(A) Imunidades do Presidente da República

Desde já é importante mencionar três coisas:

(i) As imunidades conferidas ao Presidente da República não são vantagens ou privilégios pessoais, mas sim prerrogativas institucionais vinculadas ao cargo;

(ii) As imunidades que ele possui não existem para os demais chefes do Poder Executivo – foram previstas somente para o Presidente e não são extensíveis aos Governadores e Prefeitos.

(iii) As três imunidades que o Presidente possui (1- em relação à prisão; 2- a cláusula de irresponsabilidade penal temporária e 3- em relação ao processo), são de ordem formal, pois somente os integrantes do Poder Legislativo possuem a chamada imunidade material (também conhecida como inviolabilidade, essa imunidade está descrita no art. 53, CF/88 e indica que “os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”).

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O esquema2 posto abaixo, vai lhe ajudar a organizar mentalmente quais são as imunidades que o Presidente da República possui:

(A.1) Imunidade referente à prisão

O art. 86, em seu § 3°, indica que “Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão”.

Após a leitura do dispositivo constitucional, podemos concluir que a única chance de o Presidente ser preso decorre de uma sentença penal condenatória, prolatada pelo STF (art. 102, I, ‘b’, CF/88), em razão da prática de um crime comum.

Assim, perceba que o Presidente da República não poderá ser preso:

* Em flagrante

* Preventivamente

* Temporariamente

* Em razão da prática de um crime de responsabilidade.

Para fixar melhor esse ponto, te convido para analisar o esquema3 posto abaixo:

2. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

3. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

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Imunidade devidamente comentada, vamos resolver algumas questões. Avante!

Questões para fixar

[CESPE - 2013 - PC - DF - Escrivão de Polícia] Considerando o disposto na CF acerca do Poder Executivo, julgue o próximo item:

Caso cometa infrações comuns, o presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória.

Comentário:

Observe que essa questão enuncia exatamente o que está descrito no art. 86, § 3º, da CF/88 sendo, portanto, verdadeira.

Gabarito: Certo [FCC - 2016 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal - Adaptada] No tocante às responsabilidades do Presidente da República, julgue a assertiva:

Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

Comentário:

Item correto, pois reproduz, de forma exata, o que dispõe o art. 86, § 3º, da CF/88.

Gabarito: Certo [UECE-CEV - 2013 - CGE - CE - Auditoria em Tecnologia da Informação - Adaptada] A respeito das responsabilidades do Presidente da República, julgue a assertiva:

Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão, salvo no caso de crime inafiançável e em flagrante delito.

Comentário:

Item falso! De acordo com o art. 86, § 3º, da CF/88, o Presidente da República não pode ser preso em

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flagrante, preventivamente, temporariamente ou em razão da prática de um crime de responsabilidade. No mais, lembre-se que a prisão em flagrante pela prática de um crime inafiançável pode atingir os congressistas (Deputados Federais e Senadores), consoante dispõe o art. 53, § 2°, CF/88. Cuidado com este tipo de armadilha que o examinador cria: ele menciona a existência de uma imunidade dos parlamentares federais para o Presidente (ou vice-versa), sempre no intuito de lhe confundir... Não caia nessa!

Gabarito: Errado [CESPE - 2014 - TJ - DFT - Juiz - Adaptada] A respeito do Poder Executivo nas esferas federal, estadual e municipal, julgue o item:

De acordo com o disposto na CF, enquanto não sobrevier sentença condenatória, o chefe do Poder Executivo, nas três esferas da Federação, não estará sujeito a prisão pelo cometimento de infrações penais comuns.

Comentário:

Já vimos que as imunidades que aqui estão sendo estudadas não são extensíveis aos demais chefes do Poder Executivo. Por isso, a questão é falsa, visto que a imunidade referente a prisão não existe para Governadores e Prefeitos.

Gabarito: Errado [CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15] Com relação aos Poderes da República e às funções essenciais à justiça, julgue o item subsequente:

Considere que o presidente da República, na presença de policiais que o escoltavam, tenha cometido uma tentativa de homicídio contra um servidor. Nessa situação, mesmo tendo presenciado o delito, os policiais não poderão efetuar a prisão em flagrante do presidente da República.

Comentário:

A afirmativa está correta. Como vimos acima, o Presidente da República não pode ser preso: (i) em flagrante;

(ii) preventivamente; (iii) temporariamente; ou (iv) em razão da prática de um crime de responsabilidade.

Gabarito: Certo [TRF - 4ª REGIÃO - 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto] Julgue a assertiva:

Desde a expedição de diploma, os membros do Congresso Nacional e o Presidente da República não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.

Comentário:

Conforme previsão do art. 53, § 2º, da CF/88, realmente os membros do Congresso Nacional desde a expedição do diploma não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. No entanto, o texto constitucional, no art. 86, § 3º, prevê que enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Nesse sentido, o Presidente da República não poderá ser preso em flagrante de crime inafiançável, mas, tão somente, após sentença condenatória, razão pela qual o item deverá ser marcado como falso!

Gabarito: Errado [FUNCAB - 2016 - ANS - Técnico Administrativo - Adaptada] Julgue o item:

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O Presidente da República, nas infrações comuns, estará sujeito à prisão preventiva ou temporária, enquanto não sobrevier sentença condenatória.

Comentário:

Estou certa de que você marcou esse item como falso! Vimos que o Presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações penais comuns. Desta forma, o Presidente da República não estará sujeito à prisão preventiva ou temporária.

Gabarito: Errado [CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal - Adaptada] Julgue o item:

Segundo posicionamento do STF, a imunidade formal relativa à prisão do presidente da República é aplicável também aos chefes dos poderes executivos estaduais, desde que diante de expressa previsão nas respectivas constituições estaduais.

Comentário:

A Constituição da República não estendeu expressamente nenhuma prerrogativa presidencial aos Governadores. O entendimento do STF é no sentido de que os Estados-membros não podem reproduzir em suas próprias Constituições as imunidades conferidas ao Presidente da República. Podemos assinalar a assertiva como falsa.

Gabarito: Errado [CS-UFG - 2015 - AL-GO - Procurador - Adaptada] No tocante ao tema relativo à responsabilidade do Presidente da República, julgue o item:

A imunidade à prisão cautelar do presidente da República é insuscetível de estender-se aos governadores dos Estados.

Comentário:

Ótimo item. Como já sabemos, a imunidade referente a prisão foi concedida pela CF/88 somente ao Presidente da República, não alcançando os demais chefes do Poder Executivo (nem os Governadores dos Estados e o do DF, nem os Prefeitos).

Gabarito: Certo

(A.2) Cláusula de irresponsabilidade penal temporária ou relativa

Vejamos o que diz o dispositivo constitucional:

Art. 86, § 4º, CF/88: O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Podemos notar que, durante o seu mandato, o Presidente da República pode, eventualmente, cometer um crime: (i) na função ou em razão dela, ou (ii) estranho à função.

De acordo com o que determina nossa Constituição, enquanto estiver na condição de Presidente (isto é, durante a vigência do seu mandato) ele só poderá ser responsabilizado por atos

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praticados na função ou em razão dela. Tal processamento se dará perante o STF, em razão do disposto no art. 102, I, ‘b’, CF/88.

Por outro lado, se o crime praticado pelo Presidente da República for estranho à função, o processamento e a responsabilização somente serão iniciados após o término do mandato (neste caso, a prescrição ficará suspensa no curso do mandato, de acordo com a doutrina). Com o encerramento do mandato presidencial, teremos o fim do foro especial por prerrogativa de função; destarte, o ex- Presidente será responsabilizado pelo crime comum estranho à função que ele praticou durante o mandato perante a Justiça Comum (na década de 90 do séc. passado, o STF cancelou o enunciado 394 da sua Súmula4, que previa a chamada ‘perpetuação da jurisdição’).

De se notar que esta prerrogativa não é uma causa de impunidade, sendo, em verdade, uma imunidade temporária à persecução penal: afinal o Presidente não ficará irresponsável pelos atos criminosos estranhos à função que ele praticar no curso do mandato, somente não poderá, por tais crimes, ser responsabilizado enquanto não cessar à investidura na Presidência. Como o próprio nome da imunidade diz, é uma irresponsabilidade penal temporária (só vale enquanto durar o mandato).

Vale frisar que, segundo o STF, não há impedimento para que, “por iniciativa do Ministério Público, sejam ordenadas e praticadas, na fase pré-processual do procedimento investigatório, diligências de caráter instrutório destinadas a ensejar a informatio delicti e a viabilizar, no momento constitucionalmente oportuno, o ajuizamento da ação penal”

Antes de finalizamos esse tópico, observe o resumo5 posto abaixo:

4. Súmula nº 394, STF: Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício (Cancelada).

5. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

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Questões para fixar

[FCC - 2016 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal - Adaptada] No tocante às responsabilidades do Presidente da República, julgue a assertiva:

O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

[UECE-CEV - 2013 - CGE - CE - Auditoria em Tecnologia da Informação - Adaptada] A respeito das responsabilidades do Presidente da República, julgue a assertiva:

O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

[FUNCAB - 2016 - ANS - Técnico Administrativo - Adaptada] A perda do mandato presidencial é provocada por extinção ou cassação. Em relação à cassação do mandato presidencial, julgue o item:

O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Comentário:

As três assertivas estão corretas, pois reproduzem, de forma exata, o que determina o art. 86, § 4º da CF/88.

Foram reunidas aqui somente para lhe lembrar da importância de você sempre se atentar para aquilo que o texto constitucional prevê de modo expresso! O examinador constrói muitas e muitas assertivas tendo por base a literalidade do texto constitucional.

Gabarito: Certo / Certo / Certo [CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário - Área Administrativa] No que se refere à responsabilidade do presidente da República, julgue o próximo item:

No caso de o Presidente da República vir a praticar ilícitos penais, civis ou tributários durante a vigência de seu mandato, sem qualquer relação com a função presidencial, ele não poderá ser responsabilizado, haja vista a imunidade presidencial que implica a suspensão do curso da prescrição relacionada a esses ilícitos, enquanto durar o mandato.

Comentário:

Muita atenção ao resolver esse item! Lembre-se que o art. 86, § 4º, da CF/88, estabelece que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Trata-se da imunidade presidencial intitulada “Irresponsabilidade penal temporária ou relativa”. Entretanto, como a questão também menciona ilícitos civis e tributários, em relação a essas eventuais infrações é bom você se lembrar que o Presidente da República poderá sim ser responsabilizado, vez que a cláusula aplica-se apenas aos ilícitos penais que não tenham sido cometidos no exercício da função presidencial (ou em razão dela). O item é, portanto, falso.

Gabarito: Errado

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(A.3) Imunidade formal referente ao processo (autorização)

Como nos itens anteriores, vamos começar o estudo desta terceira e última imunidade, verificando os dispositivos constitucionais que a apresentam:

Art. 86, CF/88: Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

Art. 51, CF/88: Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

Pois bem. Como essa prerrogativa funciona para o Presidente? Segundo os artigos citados, o Presidente da República somente será processado por crime comum no STF (art. 1o2, I, ‘b’) ou crime de responsabilidade no Senado Federal (art. 52, I e parágrafo único) se, antes, a Câmara dos Deputados autorizar tal processamento por 2/3 de seus membros. Alguns comentários adicionais sobre essa autorização:

(i) Como a Câmara dos Deputados tem 513 membros, é necessário que ao menos 342 deputados federais sejam favoráveis ao processamento.

(ii) Esse juízo de admissibilidade prévio da acusação feito pela Câmara dos Deputados é político e não jurídico (o que significa dizer que a Câmara não avalia questões como “materialidade delitiva” e

“autoria”, mas, sim, as condições políticas e institucionais para o processamento do Presidente).

Ainda sobre esse ponto é importante lembrar da decisão proferida pelo STF no julgamento da ADPF nº 378:

Min. Roberto Barroso, redator para o acórdão (ADPF 378): “(...) a Câmara dos Deputados somente atua no âmbito pré-processual, não valendo a sua autorização como um recebimento da denúncia, em sentido técnico. Assim, a admissão da acusação a que se seguirá o julgamento pressupõe um juízo de viabilidade da denúncia pelo único órgão competente para processá-la e julgá-la: o Senado”.

Entendeu nossa Corte Suprema no julgamento dessa arguição de descumprimento de preceito fundamental que a autorização dada pela Câmara dos Deputados:

(i) é provisória, e

(ii) não vincula o Senado Federal nem o STF.

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Isso significa que o fato de a Câmara ter autorizado o processamento do Presidente não faz com que o processo já seja iniciado; é preciso que, antes, o órgão julgador (que pode ser o STF ou Senado, a depender do tipo de crime cometido) admita também a acusação.

Portanto, em se tratando de crime comum, depois que a Câmara autorizar, o STF ainda vai avaliar se recebe ou não a peça acusatória e instaura a ação penal. Nos crimes de responsabilidade (crimes de impedimento), depois que a Câmara autorizar, teremos no Senado Federal uma nova votação acerca da viabilidade da denúncia, podendo ser confirmada a instauração do processo pela maioria simples dos senadores.

Para melhor visualizar essa decisão, veja essa explicação estruturada em uma imagem6:

E como você pode estar se perguntando de que forma essa imunidade referente à autorização pode vir a ser cobrada em prova, nos dedicaremos agora à resolução de algumas questões!

Questões para fixar

[FGV - 2018 - TJ-AL - Técnico Judiciário - Área Judiciária] O Presidente da República foi acusado da prática de crime de responsabilidade perante o Senado Federal. Em resposta, afirmou que a acusação não poderia ser endereçada à referida Casa Legislativa.

À luz da sistemática constitucional, a defesa apresentada pelo Presidente da República deve ser:

A) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada ao Supremo Tribunal Federal;

B) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusação para que o processo se inicie no Supremo

6. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

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Tribunal Federal;

C) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada ao Superior Tribunal de Justiça;

D) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusação para que o processo se inicie na Câmara dos Deputados;

E) acolhida, pois a acusação deveria ter sido endereçada à Câmara dos Deputados.

Comentário:

A defesa deve ser acolhida, caro aluno, pois sabemos que a acusação não poderia ter sido endereçada ao Senado Federal, mas, sim, à Câmara dos Deputados. Nossa resposta, portanto, está na letra ‘e’.

Gabarito: E [CESPE - 2013 - PC - DF - Escrivão de Polícia] Julgue o item a seguir com base nas normas constitucionais brasileiras que regulam o Poder Legislativo:

Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República.

[CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco] Julgue a seguinte assertiva:

O sistema constitucional brasileiro admite que o presidente e o vice-presidente da República sejam processados no exercício do mandato após prévia autorização do Congresso Nacional.

Comentário:

Para a resolução das 2 questões acima, você deve consultar o art. 51, I, da CF/88. Conforme preceitua esse dispositivo, compete à Câmara dos Deputados (e não ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice- Presidente da República. Nesse sentido, as duas assertivas são falsas.

Gabarito: Errado / Errado [CESPE - 2015 - TRE-MT] Assinale a opção que apresenta, respectivamente, os órgãos responsáveis pela admissão de acusação contra o presidente da República e pelo seu processo e julgamento no caso de cometimento de crime de responsabilidade:

a) Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal b) Senado Federal e Congresso Nacional

c) Câmara dos Deputados e Senado Federal

d) Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional e) Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal Comentário:

O art. 86, caput, da CF/88, preceitua que a Câmara dos Deputados é responsável pela admissão de acusação contra o Presidente da República, enquanto o Senado Federal é responsável pelo seu processo e julgamento no caso de cometimento de crime de responsabilidade. Por essa razão, vamos assinalar a letra ‘c’.

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Gabarito: C [CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área 2] Acerca das normas constitucionais aplicáveis ao regime federativo brasileiro, julgue o próximo item:

De acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, é vedado aos estados instituir normas que condicionem à previa autorização da assembleia legislativa a instauração de ação penal contra governador por crime comum.

Comentário:

O item está correto. Até maio de 2017, entendíamos que os Governadores poderiam fruir dessa imunidade formal referente à autorização, de forma que somente poderiam ser criminalmente processados se antes fosse dada uma autorização pela Assembleia Legislativa do Estado. No entanto, no julgamento conjunto das ADIs 4798, 4764 e 4797, o STF promove uma virada paradigmática e firma o entendimento de que esta imunidade pertence somente ao Presidente e não pode ser prevista nas Constituições estaduais para os Governadores. Destarte, passa a ser vedado aos Estados a instituição de normas que condicionem à previa autorização da Assembleia Legislativa a instauração de ação penal contra Governador por crime comum ou de responsabilidade.

Gabarito: Certo [CESPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual] A respeito da organização político-administrativa do Estado brasileiro, julgue o item subsequente:

Tanto em caso de infrações penais comuns quanto de crimes de responsabilidade, compete à Câmara dos Deputados o juízo de admissibilidade da acusação apresentada contra o Presidente da República.

Comentário:

Item correto! O Presidente da República somente poderá ser processado, por crime comum (perante o STF) ou por crime de responsabilidade (perante o Senado Federal), se antes for dada uma autorização prévia pela Câmara dos Deputados, por 2/3 de seus membros. Isso significa que o processamento criminal do Presidente depende da aquiescência de, ao menos, 342 dos 513 Deputados Federais. Veja os artigos 51, I e 86, ambos da CF/88.

Gabarito: Certo

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Bom, futuro Analista do TRT BA. Agora que a última imunidade presidencial já foi estudada, lhe convido a avaliar o esquema7 que coloco a seguir. O intuito é o de reprisarmos as três imunidades que o cargo de Presidente da República possui:

7. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

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(B) Suspensão do Presidente da República

Peço que você tenha muita atenção nesse ponto da matéria. Lembre-se que o Presidente só ficará suspenso de suas funções:

(i) nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

(ii) nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

O prazo máximo da suspensão será de cento e oitenta dias. Vencido esse prazo, se o julgamento não estiver concluído, acabará o afastamento do Presidente (ele retomará suas funções), e o processo seguirá.

O seu examinador inventará inúmeras maneiras para tentar lhe confundir neste ponto da matéria. Dirá que a suspensão se inicia com a autorização dada pela Câmara dos Deputados (o que, sabemos, é falso); dirá que com o fim do prazo de 180 dias sem a conclusão do processo este será extinto (o que é falso, pois ele seguirá e o Presidente retomará suas funções)... Enfim, o importante é treinarmos para evitarmos esses e outros erros. Vamos lá!

Questões para fixar

[CESPE - 2016 - TCE-PR] Julgue a assertiva abaixo:

O presidente da República será julgado, pela prática de crimes comuns, no STF, devendo ser afastado de suas funções desde o recebimento da denúncia até o término do processo criminal.

Comentário:

O Presidente da República realmente será julgado pelo STF caso pratique um crime comum no exercício da função. Entretanto, ele ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal, sendo que o prazo máximo da suspensão é de cento e oitenta dias. Ou seja, a suspensão não dura necessariamente durante todo o processo: ela só se mantém por 180 dias. Ao final deste prazo, se o processo ainda não se encerrou, a suspensão acaba, o Presidente retoma as funções e o processo segue. Item falso.

Gabarito: Errado [CESPE - 2016 - TJ - AM - Juiz Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva acerca do Poder Executivo, considerando o disposto na CF e a doutrina.

Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele suspenso de suas funções e submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos casos de crimes de responsabilidade.

Comentário:

(19)

O item está errado. Lembre-se que o Presidente só ficará suspenso de suas funções:

(i) nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

(ii) nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

Gabarito: Errado [CAIP-IMES - 2015 - IPREM - Procurador Jurídico] Consoante o estabelecido na Constituição Federal, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções:

A) nas infrações penais comuns, se proferida a denúncia pelo Procurador-Geral da República.

B) nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Congresso Nacional.

C) nas infrações penais comuns, se recebida a queixa-crime pelo Conselho Nacional de Justiça.

D) nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

Comentário:

Pode assinalar a letra ‘d’, estimado aluno!

Gabarito: D [CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judiciário - Área Judiciária - Específicos] No que se refere aos poderes da República, julgue o item que se segue:

Nos crimes de responsabilidade, o presidente da República é suspenso de suas funções após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados.

Comentário:

Eis a assertiva clássica que o examinador apresenta para induzir o candidato a errar! Não, não é a autorização dada pela Câmara dos Deputados que ocasiona a suspensão do Presidente de suas funções (mas sim o início do processo). Item falso.

Gabarito: Errado [IESES - 2015 - TRE-MA - Técnico Judiciário - Administrativo - Adaptada] De acordo com a Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva:

O Presidente ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa- crime pelo Supremo Tribunal Federal.

Comentário:

Está conforme o art. 86, § 1°, CF/88. Pode marcar como verdadeiro!

Gabarito: Certo [FCC - 2016 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal - Adaptada] No tocante às responsabilidades do Presidente da República, julgue a assertiva:

O Presidente da República ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, logo após a instauração do processo pelo Congresso Nacional.

Comentário:

(20)

A suspensão se dá logo após recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal, e não após a instauração do processo pelo Congresso Nacional. Outra alteração clássica que o examinador faz tentando lhe confundir. Não caia nessa! Pode marcar a assertiva como sendo falsa.

Gabarito: Errado [CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo] Com relação às atribuições do Congresso Nacional e à responsabilidade do presidente da República, julgue o item a seguir:

Sempre que for instaurado, no Senado Federal, processo por crime de responsabilidade contra o presidente da República, este ficará suspenso de suas funções até o julgamento definitivo do processo.

Comentário:

Identificou o erro? A suspensão tem prazo máximo de 180 dias, consoante prevê o art. 86, § 2°, CF/88.

Gabarito: Errado [FUNCAB - 2014 - MDA - Técnico de Suporte - Administração - Adaptada] Sobre a organização do Poder Executivo, julgue a assertiva:

O recebimento de denúncia ou queixa-crime contra o Presidente da República pelo Supremo Tribunal Federal, em razão de infração penal comum, não acarreta a suspensão do exercício de suas funções.

Comentário:

O recebimento de denúncia ou queixa-crime contra o Presidente da República pelo Supremo Tribunal Federal, em razão de infração penal comum, acarreta sim a suspensão do Presidente do exercício de suas funções! Claramente um item falso.

Gabarito: Errado [FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Julgue o item:

Nos crimes de responsabilidade, admitida a acusação por dois terços do Senado Federal, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções.

Comentário:

Para começar, a acusação deve ser admitida pela Câmara dos Deputados (e não pelo Senado Federal), por 2/3 de seus membros. No mais, não é o juízo positivo de admissibilidade feito pela Câmara que vai ocasionar a suspensão do Presidente de suas funções nos crimes de responsabilidade (mas, sim, a instauração do processo pelo Senado).

Gabarito: Errado [Quadrix - 2017 - CFO-DF - Procurador Jurídico] Acerca da Constituição Federal de 1988 (CF) e de sua interpretação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), julgue o item seguinte:

O presidente da República somente ficará suspenso das suas funções após a instauração do processo de impeacheament pelo Senado Federal, que terá o prazo de 180 dias para concluir o julgamento, sob pena da imediata cessação do afastamento, sem prejuízo da continuidade do processo.

Comentário:

(21)

Assertiva muito bem construída, estando harmônica com o art. 86, CF/88. Pode marca-la como verdadeira.

Gabarito: Certo [NUCEPE - 2017 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário (Reaplicação) - Adaptada] Julgue a assertiva sobre a disciplina constitucional do Poder Executivo:

Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções após a instauração do processo pelo Senado Federal. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, e será extinto o processo.

Comentário:

Somente o trecho “...e será extinto o processo” está errado e torna o item falso.

Gabarito: Errado [CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - Adaptada]

Considerando as regras constitucionais que disciplinam o foro privilegiado do Presidente da República, Deputados e Senadores, julgue a assertiva:

O Presidente da República ficará suspenso de suas funções por 180 dias, após o recebimento da denúncia pelo STF pela prática de crime comum cometido no exercício da função.

Comentário:

Exatamente como dispõe o art. 86, § 1°, CF/88.

Gabarito: Certo

(C) Crimes comuns e crimes de responsabilidade

Como já sabemos, diversamente do princípio da absoluta irresponsabilidade, intrínseco à monarquia, uma das características centrais da forma republicana de Governo é a possibilidade de responsabilização dos governantes.

Nesse sentido é o posicionamento do STF, que já afirmou que a responsabilização dos governantes é uma das pedras angulares da forma de governo republicana, e reflete uma conquista básica do regime democrático.

Em que pese o Presidente não poder ser destituído da chefia do governo pelo Congresso Nacional porque deixou de ser detentor da sua confiança, possibilidade que só se viabiliza no sistema de governo parlamentarista, no presidencialismo (que é nosso sistema de governo) o Presidente pode ser responsabilizado tanto pela prática de crimes comuns (infrações penais comuns), quanto por crimes de responsabilidade (infrações político-administrativas).

Vamos aprender um pouco mais sobre cada um desses crimes nos itens subsequentes.

(22)

(i) Significado das expressões

A locução “crime comum” abrange todos os crimes descritos no Código Penal e na legislação penal extravagante, abarcando desde as contravenções penais, até os crimes dolosos contra a vida e os eleitorais.

Assim, se o Presidente da República cometer um crime de homicídio na função, ele será responsabilizado durante a vigência do mandato (se a Câmara autorizar, claro!) no STF e não no Tribunal do Júri. Afinal, não há hierarquia normativa entre os artigos 102, I, ‘b’ e 5º, XXXVIII, de forma que o primeiro, pelo princípio da especialidade, vai prevalecer.

Já a expressão “crime de responsabilidade” não designa crimes “de verdade”, pois indica, de forma muito ampla, meras infrações político-administrativas. Essas infrações estão descritas no art.

85, CF/88 e melhor delimitadas na Lei nº 1079/50. Vejamos o que o art. 85 do texto constitucional enuncia como crimes de responsabilidade:

Art. 85, CF/88: São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Aqui vale a leitura da súmula vinculante nº 46, que nos informa ser competência da União legislar sobre crimes de responsabilidade.

Súmula vinculante nº 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União.

(23)

Questões para fixar

[CESPE - 2015 - MPOG] Julgue o próximo item:

Os atos praticados pelo presidente da República que atentem contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais configuram crime de responsabilidade.

Comentário:

Os crimes de responsabilidade estão descritos no art. 85, CF/88, que prevê, em seu inciso VII, que os atos praticados pelo Presidente da República que atentem contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais representam crime de responsabilidade. Aproveito essa questão para lhe recomendar, novamente, a leitura completa e atenta do art. 85, CF/88.

Gabarito: Certo [CONSULPLAN - 2016 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção] São crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra a Constituição Federal, e especialmente, contra:

A) o exercício dos direitos individuais.

B) a ordem tributária.

C) a segurança externa.

D) o livre exercício da Controladoria Geral.

Comentário:

Nossa resposta está na letra ‘a’, única que traz uma infração político-administrativa listada no art. 85, CF/88 (inciso III).

Gabarito: A [MPE-MG - 2010 - MPE-MG - Promotor de Justiça - 50º Concurso] São crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem:

A) contra a lei orçamentária.

B) contra os partidos políticos.

C) contra as leis e as decisões administrativas.

D) contra a improbidade na administração.

Comentário:

Nossa resposta está na letra ‘a’, única que traz uma infração político-administrativa listada no art. 85, CF/88 (inciso VI).

Gabarito: A [FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - MPE-MG - Promotor de Justiça Substituto] São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República, na dicção do art. 85 da CR/88, EXCETO:

A) que atentem contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.

(24)

B) que atentem contra a lei orçamentária.

C) que atentem contra os partidos políticos.

D) que atentem contra a existência da União.

Comentário:

Nossa resposta está na letra ‘c’, única que não traz uma infração político-administrativa listada no art. 85, CF/88.

Gabarito: C [FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Considere os seguintes atos do Presidente da República praticados contra: I. a existência da União. II. o cumprimento das leis e das decisões judiciais. III. a probidade na Administração. IV. o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.

De acordo com a Constituição Federal, são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República indicados em:

A) I, II e III, apenas.

B) I, II, III e IV.

C) II, III e IV, apenas.

D) I e IV, apenas.

E) II e IV, apenas.

Comentário:

Todas as assertivas trazem infrações político-administrativas listadas no art. 85, CF/88. Por essa razão, devemos assinalar a letra ‘b’ como nossa resposta.

Gabarito: B [UFMT - 2014 - MPE-MT - Promotor de Justiça - Adaptada] Sobre processo por crimes de responsabilidade do Presidente da República, analise a assertiva abaixo:

Entre os atos do Presidente da República que configuram crime de responsabilidade, estão aqueles que atentam contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais e contra a probidade na administração.

Comentário:

Item correto, conforme art. 85, incisos III e V, CF/88.

Gabarito: Certo [CESPE - 2018 - EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio] No que se refere à organização dos poderes, julgue o item que segue:

A Constituição Federal de 1988 prevê que atos do presidente da República contra probidade na administração são crimes de responsabilidade.

Comentário:

Realmente o art. 85, em seu inciso V, prevê que os atos do presidente da República que atentem contra a

(25)

probidade na administração são crimes de responsabilidade.

Gabarito: Certo [FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Procurador] De acordo com a Constituição Federal, são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.

II. A probidade na administração.

III. O cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas III.

D) Apenas I e III.

E) I, II e III.

Comentário:

Todas as assertivas trazem condutas que, de acordo com o art. 85, CF/88, configuram crimes de responsabilidade.

Gabarito: E [CESPE - 2015 - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] A respeito do Poder Executivo, julgue a assertiva:

Os atos do presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal serão considerados crimes comuns.

Comentário:

Tais atos são considerados crimes de responsabilidade.

Gabarito: Errado [CESPE - 2013 - MS - Analista Técnico - Administrativo] A respeito das disposições constitucionais sobre o Poder Executivo, julgue o item que segue:

É crime de responsabilidade o ato do presidente da República que atente contra a lei orçamentária.

Comentário:

Pode marcar como correta, pois em conformidade com o art. 85, VI, CF/88.

Gabarito: Certo [IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Assistente Público Administrativo- IPVV] A ex-presidente Dilma Rousseff, por aquilo que foram consideradas pedaladas fiscais, ofendeu o Estado no que trata o trecho

(26)

abaixo e foi, portanto, alvo de Impeachment. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:

A) a Lei Orgânica do Município.

B) o Estatuto da Criança e do Adolescente.

C) a moral e os bons costumes.

D) a probidade na administração.

E) o Estatuto do Idoso.

Comentário:

Nos termos do art. 85, CF/88, são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra a probidade na administração (art. 85, V, CF/88). Nesse sentido, nossa resposta está na letra ‘d’.

Gabarito: D

(ii) Órgãos competentes para o processo e julgamento

O art. 86, caput, da CF/88, nos ensina que se for admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade (lembrando que o Senado será presidido por uma autoridade externa, que é o Ministro-Presidente do STF, conforme determina o artigo 52, p. único, CF/88).

Um esquema8, que nos ajude na visualização da explicação, é sempre bem-vindo, certo?

8. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

(27)

E como treinar nunca é demais, vejamos mais algumas questões agora sobre os órgãos responsáveis pelo julgamento do Presidente:

Questões para fixar

[FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Sobre a responsabilidade do Presidente da República, levando-se em conta que em regimes democráticos não existem governantes irresponsáveis, e considerando o que estabelece sobre o tema a Constituição Federal, julgue as assertivas:

(i) Admitida a acusação de infração penal comum contra o Presidente da República por três quintos da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal.

(ii) Nos casos de crime de responsabilidade, admitida a acusação contra o Presidente da República, compete o julgamento ao Supremo Tribunal Federal.

Comentário:

Ambos os itens são falsos. O defeito do item (i) é dizer que a Câmara vai admitir a acusação pela maioria de 3/5 dos seus membros, bem como indicar o Senado com órgão julgar em se tratando de crime comum. No item (ii), o problema é mencionar o STF como órgão julgador para um crime de responsabilidade.

Gabarito: Errado/Errado [UECE-CEV - 2013 - CGE - CE - Auditoria em Tecnologia da Informação - Adaptada] A respeito das responsabilidades do Presidente da República, julgue a assertiva:

Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República é julgado pela Câmara dos Deputados, mediante prévia admissão da acusação pelo Senado Federal.

Comentário:

A assertiva poderia ser corrigida assim: “Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República é julgado pelo Senado Federal, mediante prévia admissão da acusação pela Câmara dos Deputados.

Gabarito: Errado [CESPE - 2017 - SEDF - Analista de Gestão Educacional - Direito e Legislação] Julgue o próximo item, relativo ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo:

Na hipótese de o presidente da República, antes da vigência do seu mandato, praticar um homicídio, a acusação terá de ser admitida por dois terços da Câmara de Deputados para, posteriormente, poder ser submetida a julgamento perante o Senado Federal.

Comentário:

Como o crime comum (homicídio) não guarda relação com função presidencial (até porque foi cometido antes do início do mandato), o processamento somente poderá se dar após o término do mandato, perante a justiça comum. Item falso, portanto. Acaso este homicídio houvesse sido cometido no curso do mandato e estivesse relacionado à função, o foro competente seria o STF (desde que a Câmara tivesse autorizado o processamento por 2/3 dos seus membros).

(28)

Gabarito: Errado [CESPE - 2015 - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] A respeito do Poder Executivo, julgue a assertiva:

O presidente da República é julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos crimes comuns e de responsabilidade.

Comentário:

O STF, nos termos do art. 102, I, ‘b’, CF/88 somente será o órgão julgador diante da prática dos crimes comuns (infrações penais comuns). Item falso, portanto.

Gabarito: Errado [FUNCAB - 2013 - ANS - Complexidade Intelectual - Direito - Adaptada] Sobre a organização do Poder Executivo, prevista na Constituição Federal, julgue a assertiva:

O Presidente da República responde a processo criminal, por crime comum no Senado Federal, e por crime de responsabilidade perante o Supremo Tribunal Federal.

Comentário:

Houve uma inversão. O Presidente da República responde a processo criminal, por crime comum no STF e por crime de responsabilidade perante o Senado Federal.

Gabarito: Errado [FUNIVERSA - 2015 - PC-DF - Delegado de Polícia - Adaptada] Acerca do Poder Executivo, julgue a assertiva:

Suponha-se que o presidente da República tenha cometido crime comum durante o seu mandato. Nesse caso, ele deverá ser processado e julgado pelo Senado Federal.

Comentário:

Item falso, pois neste caso o processo e julgamento são de competência do Supremo Tribunal Federal (art.

102, I, 'b', CF/88).

Gabarito: Errado [COPESE - UFPI - 2020 - ALEPI - Consultor Legislativo - Direito] Em relação aos crimes de responsabilidade, admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante:

(A) Supremo Tribunal Federal.

(B) Senado Federal.

(C) Congresso Nacional.

(D) Câmara dos Deputados.

(E) Superior Tribunal de Justiça.

Comentário:

Em caso de cometimento de infração político-administrativa (crimes de responsabilidade) por parte do Presidente da República, após a Câmara dos Deputados admitir previamente a acusação (por meio da

(29)

concordância de, no mínimo, dois terços dos seus membros) ele será submetido a julgamento perante o Senado Federal (nos termos no art. 52, I, CF/88). Nossa resposta, portanto, está na letra ‘b’.

Gabarito: B [VUNESP - 2020 - FITO - Advogado] Assinale a alternativa correta, quanto ao regramento constitucional estabelecido para o Poder Executivo federal.

(A) Compete privativamente ao Presidente da República remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa.

(B) O Presidente da República não poderá delegar a atribuição de prover e extinguir os cargos públicos federais ao Advogado-Geral da União.

(C) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços do Senado Federal, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns.

(D) O Presidente da República será submetido a julgamento perante o Congresso Nacional, nos crimes de responsabilidade.

(E) O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, salvo flagrante delito.

Comentário:

- Letra ‘a’: é nossa resposta! Nos termos do art. 84, XI, CF/88, compete privativamente ao Presidente da República remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do país e solicitando as providências que julgar necessárias.

Vejamos os erros das demais:

Letra ‘b’: o item é falso, pois o Presidente da República poderá delegar ao Advogado-Geral da União a atribuição de prover os cargos públicos federais, na forma da lei. É o que indica a combinação do art. 84, XXV com a redação do parágrafo único da Constituição Federal.

Letra ‘c’: se o Presidente da República praticar uma infração penal comum, de fato o julgamento ocorrerá perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, ‘b’, CF/88). No entanto, o órgão legislativo responsável por realizar o juízo de admissibilidade da acusação, por meio da manifestação de dois terços de seus membros, é a Câmara dos Deputados e não o Senado Federal (art. 51, I, CF/88).

- Letra ‘d’: em caso de cometimento de crime de responsabilidade, o Presidente da República será submetido a julgamento perante o Senado Federal (art. 52, I, CF/88).

- Letra ‘e’: nos termos do art. 86, § 4º, CF/88 (cláusula de irresponsabilidade penal temporária ou relativa) o Presidente da República, na vigência do seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções (nem mesmo se houver flagrante delito).

Gabarito: A

Referências

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