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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

ELIZABETE PEREIRA BATISTA DA SILVA

A FUNÇÃO DE EDUCAR; FAMILIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA, UMA ANALISE DA REVISTA NOVA ESCOLA VOLTADO Á EDUCAÇÃO

INFANTIL.

NATAL, RN

2021

(2)

ELIZABETE PEREIRA BATISTA DA SILVA

A FUNÇÃO DE EDUCAR; FAMILIA É ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA, UMA ANALISE DA REVISTA NOVA ESCOLA VOLTADO Á EDUCAÇÃO INFANTIL.

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso superior de licenciatura em Pedagógica, 2017.1.

Orientadora: Amone Inácia Alves

NATAL, RN

2021

(3)

ELIZABETE PEREIRA BATISTA DA SILVA

A FUNÇÃO DE EDUCAR; FAMILIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA, UMA ANALISE DA REVISTA NOVA ESCOLA VOLTADO Á EDUCAÇÃO INFANTIL.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.

.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em ___/___/_____, pela seguinte Banca Examinadora.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________

Amoni Inacia Alves, Dr. (a) – Examinadora Universidade Federal do Rio Grande do Norte

____________________________________

Ana Roberta Duarte Piancó, M.a – Examinadora Universidade Regional do Cariri

______________________________________

Ivanessa Castro de Sousa, M.a – Examinadora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(4)

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Silva, Elizabete Pereira Batista da.

A função de educar; família e escola em tempos de pandemia, uma analise da Revista Nova Escola voltado à Educação Infantil / Elizabete Pereira Batista da Silva. - 2021.

27 f.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Educação, Secretaria de Educação a Distância, Curso de Pedagogia a Distância. Natal, RN, 2021.

Orientador: Profa. Dra. Amone Inácia Alves.

1. Educação infantil - Rede Pública - TCC. 2. Revista Nova Escola - TCC. 3. COVID-19 - TCC. 4. Tecnologia Digital -TCC. 5.

Família - TCC. 6. Escola - TCC. I. Alves, Amone Inácia. II.

Título.

RN/UF/BCZM CDU 37-053.2

Elaborado por Sara Sunaria de Almeida Silva Xavier - CRB-15/572

(5)

Dedico este trabalho a minha família

(6)

Agradeço a Deus por tudo e minha família pelo apoio.

(7)

Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível.

(Thomas Jefferson)

(8)

O presente artigo tem a função de analisar o relacionamento entre a escola e a família em tempos de pandemia, e como se deu o processo de ensino aprendizagem em tempos de COVID- 19, discorrendo sobre o cenário atual com ênfase na educação infantil da rede pública. O objetivo deste trabalho e expor alguns tópicos relacionados a educação para que possamos entender as transformações ocorridas durante esse período de isolamento, como; o uso das tecnologias, adaptação dos professores e gestão escolar, desempenho dos estudantes, participação da família e saúde mental dos docentes. Com isso também será averiguado os artigos da revista NOVA ESCOLA relacionados ao tema, pandemia e educação infantil, é qual influencia suas matérias vem causando na função de conteúdo informativo para professores e gestores, pois suas matérias são lidas por um grande número de profissionais da educação, de várias regiões do Brasil. Professores e gestores que estão sempre atentos aos temas pertinentes a educação.

Palavras-chave: revista NOVA ESCOLA, pandemia, COVID-19, educação infantil da

rede pública, família, escola, tecnologia digital.

(9)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...10

2. A EDUCAÇÃO INFANTIL E AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS: HÁ DIÁLOGO NO ENSINO REMOTO? ...13

3. FAMÍLIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA. ...15

4. O TRABALHO DOCENTE DURANTE A PANDEMIA ...17

5. AS CONDIÇÕES DO TRABALHO REMOTO DO PROFESSOR E PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS. ...20

6. A SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES. ...23

CONCLUSÃO ...25

REFERÊNCIAS ...27

(10)

1. INTRODUÇÃO

Sabemos que ao longo dos anos a escola pública sempre lutou para que as famílias participassem ativamente das atividades desenvolvidas no ambiente educacional, não é segredo que a presença dos pais na educação formal dos filhos tem importância decisiva na relação com a escola e no processo de formação dos indivíduos. Ambas nunca devem negligenciar esta função, sabendo que a responsabilidade do cuidar e o educar deve ser uma ação constante, conjunta e consciente.

Com o início da pandemia os professores tiveram que se adaptar quase que exclusivamente à utilização dos recursos didáticos tecnológicos no fazer pedagógico, o uso de aplicativos de bate papo e plataformas de ensino exercem um papel importante na transmissão do conteúdo educativo, auxiliando o corpo docente e as famílias na tomada de decisões com relação a educação e a pandemia. Dito isso a internet surge como um bote salva vidas para professores e gestores, colaborando no desenvolvimento e na pesquisa de métodos para facilitar a aprendizagem durante o ensino remoto, o que até certo ponto era uma modalidade de ensino opcional para os estudantes e afins, com a pandemia tornou-se uma das poucas formas de manter-se conectado a outras pessoas, a educação digital, nem sempre aceita por todos, por causa das competências necessária para se adaptar a este recurso didático.

A revista NOVA ESCOLA ao longo da pandemia, efetuou pesquisas sobre temas ligados a educação e os efeitos causados pelo COVID-19 no cotidiano dos professores, pais e alunos. Vamos explorar como esses artigos tratam o assunto em questão, e analisar qual o saldo dessas informações para os consumidores da revista. Pois há mais e duas décadas suas matérias tratam de assuntos no tocante a educação e suas vertentes, que conta com uma equipe de profissionais e especialista da área da educação, a revista NOVA ESCOLA descreve-se como;

Um negócio social de Educação e a marca mais

reconhecida por professores de Educação Básica no

Brasil. Desenvolvemos produtos, serviços e conteúdos

que valorizam os professores, facilitam seu dia-a-dia e

apoiam sua carreira. A Fundação Lemann contribui com o

Nova Escola, realizamos parcerias com diversas

organizações como Google.org, Facebook, Fundação Itaú

Social, Imaginable Futures, Governo Britânico, secretarias

de educação e outras organizações que nos ajudam nesse

(11)

11

desafio. Tem a missão de apoiar o professor brasileiro na função de educar, fundada por Victor Civita, fundador da editora Abril. Segundo o Nova Escola (1986).

A partir do ano de criação o NOVA ESCOLA teve um contrato firmado entre a revista é o governo federal, mais de 220 mil escolas públicas receberam mensalmente seus exemplares até o ano de 2010, após licitações públicas foi mantido o repasse da revista por mais quatro anos consecutivos. Então em 2015 a entrega dos exemplares começa a ser feita exclusivamente para assinante, e sua circulação e comercialização em bancas de revistas é cancelada.

Então a instituição Lemann

1

surge como um dos apoiadores do projeto NOVA ESCOLA, que por sua vez conta com parcerias com o Google e outras plataformas de ensino, oferecendo uma série de serviços para os profissionais da educação, como; planos de aulas, pesquisas, é muitos outros recursos que podem ser utilizados no planejamento didático dos mesmos. Todos os matérias tem por base os parâmetros da BNCC- Base Nacional Comum Curricular.

O ano de 2020 inicia de forma atípica, estávamos de frente com um problema mundial, a pandemia da COVID-19, escolas e famílias tiveram que se adaptar a uma nova realidade no ensino público e privado, o trabalho docente em tempos de pandemia testou e ainda testa a fronteira entre a realidade da maioria da população brasileira com o que seria ideal para o progresso da educação no momento atual. Os impactos da doença na sociedade levaram todo o resto dos tópicos sociais como; saúde, mobilidade, lazer, segurança e a própria educação ao extremo de seus limites. Quando recebemos o comunicado do Decreto estadual 29. 583, de 1º de abril de 2020, que consolida as medidas de saúde para o enfrentamento do novo coronavírus (COVID-19) no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte, percebemos que um novo momento para a educação estava para começar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou parâmetros a serem seguidos para o controle da disseminação da COVID - 19, desencadeando uma serie se desafios que acabaram por agravar outros já existentes principalmente na educação.

1Somos uma organização de filantropia familiar, nascida em 2002, a partir do desejo de construir um Brasil mais justo e avançado. Atuamos em dois pilares estratégicos, Educação e Lideranças, duas frentes capazes de impulsionar nossa gente e gerar mudanças reais. Apostamos em dois momentos importantes da mesma trajetória: pessoas com formação educacional de qualidade que podem se tornar líderes preparados e engajados para contribuir com o desenvolvimento do país. (Fundação Lemann, 2002).

(12)

Por esse motivo todas as escolas tiveram que suspender suas aulas, com o medo do contagio da COVID -19, todos os níveis da educação básica sofreram com a pandemia, mas nesse artigo iremos nos concentrar na educação infantil que enfrenta muitas dificuldades, pois seus alunos não tem autonomia ou acesso pleno a internet e aos aparelhos eletrônicos para manter-se independentes e participativos durante as propostas escolares, principalmente os estudantes de classe baixa, que necessitam da disponibilidade e condição financeira dos pais.

A criança não depende mais diretamente dos professores para mediar o conhecimento, mais do empenho dos seus responsáveis, por isso existe diversas situações que a escola teve que contornar para dar continuidade ao trabalho docente durante as aulas remotas. Em alguns casos os pais só tem a disposição um único aparelho celular para toda a família, ou não tem condições para adquirir nenhum aparelho, muito menos ter acesso à uma internet de qualidade. O que acaba aumentando a evasão escolar, as desigualdades sociais, contudo, isso não impediu professores e a gestão escolar de procurarem alternativas para auxiliar essas crianças, e aos poucos conseguir reestabelecer uma normalidade dentro do possível na educação infantil, pensando sempre em novos caminhos e prioridades para manter o fornecimento de recursos materiais e a continuidade do aprendizado durante o ensino remoto.

Algumas dessas alternativas pensadas pelos professores é mediar o

aprendizado de conteúdos básicos e indispensáveis para os estudantes, como

a alfabetização é o letramento, uma vez que é impossível repassar tudo que é

necessário de formal virtual principalmente na educação infantil. Mas, também é

preciso pensar nesse aluno na volta as aulas presenciais, se o aproveitamento

dessas aulas é valido ou se não surtiu efeito algum. Com isso é fácil para qual

quer pessoa perceber que os desafios encontrados pela escola neste momento

de pandemia são muitos, principalmente a escola pública, que tem a sua

disposição poucos recursos materiais para uma educação remota de qualidade,

que não é um instrumento tão fácil de ser utilizado, e nem todas as pessoas se

sentem capacitadas para aprender ou ensinar através dele.

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2. A EDUCAÇÃO INFANTIL E AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS: HÁ DIÁLOGO NO ENSINO REMOTO?

Com o confinamento por causa da COVID-19, as escolas mais do que nunca, buscam consultar as normas definidas na Base Nacional comum curricular (BNCC) para o desenvolvimento das competências necessárias na educação infantil que são definidas como um;

Documento de caráter normativo que tem como objetivo direcionar a construção dos currículos escolares, sua função é definir o que deve ser ensinado nas instituições de Ensino Básico de modo a garantir o desenvolvimento das aprendizagens essenciais, ou seja, alinhar as propostas pedagógicas do país. (THADEU, V. 2020).

Por isso durante todo esse tempo a educação infantil está sendo trabalhada com um olhar diferenciado, os professores repassam para seus alunos o básico, com o sentido de ensinar, mas também, de desenvolver atividades que incentivem a criatividade e a ludicidade das crianças. De acordo com Oliveira, Neto e Oliveira (2020, p. 353) “Isso envolve um processo de sustentação de relações interpessoais e da cultura que a criança traz consigo”.

Sendo assim é fundamental que na educação infantil todo o trabalho do docente e da gestão escolar estimulem o desenvolvimento intelectual, humano, democrático e de inclusão social. Estas características estão inseridas no seguinte parágrafo;

Competência é definida como a mobilização de

conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a

“educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando- a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2018)

2

, mostrando- se também alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)

3

.

Diante dessa informação, é possível afirmar que o ensino remoto na educação infantil cumpre com seus preceitos? Nas aulas remotas os professores não conseguem intervir em uma situação de desconforto ou desmotivação dos

2 BNCC- Base Nacional Comum Curricular. (http://basenacionalcomum.mec.gov.br)

3 ONU- Organização Nações Unidas. (https://brasil.un.org)

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alunos, mesmo esforçam-se ao máximo para oferecer todo o suporte necessário para o aprendizado dessas crianças, nem sempre o retorno é o esperado, pois um pequeno número desses estudantes reenvia as propostas das atividades, e isso acontece por diferentes motivos muitas vezes impossíveis de serem solucionados pela escola ou o educador. Já na sala de aula física, o professor fica atento para as mudanças cognitivas e emocionais que acontecem a todo momento, pronto para administrar uma possível crise, como brigas, birras e apatia. Essa intervenção é necessária para manter um ambiente controlado e seguro para a execução das atividades diárias, ajudando a trabalhar as emoções e contribuindo na resolução problemas de ordem social.

Segundo Wallon “A afetividade é o foco central na construção do conhecimento e da pessoa, a expressão emocional é fundamental para a construção social, pois precede e supera os recursos cognitivos”. (GRANTIVT- ALFANDÉRY, 2010, p. 37). Então é provável que no momento atual muito esteja sendo perdido no que diz respeito a essa construção social do indivíduo.

“Vygotsky evidencia a importância das conexões entre as dimensões cognitiva e afetiva do funcionamento psicológico humano, propondo uma abordagem unificadora das referidas dimensões”. (MELLO; RUBIO, 2013. p. 4)

É possível perceber que Wallon descreve a afetividade como precursor para a construção do ser (pessoa) enquanto Vygotsky determina que afetividade é cognição são dois polos que devem unir-se para complementar-se. De qual quer modo a afetividade é a expressão que controla e ativa a estrutura orgânica da criança (pensar e agir), então como o professor distante desse contato e dessa interação pode administrar uma aula online satisfatória com tantos fatores conflitantes? Não maioria dos casos isso é impossível, como veremos mais a diante no relato de duas professoras.

Mesmo percebendo uma mudança de comportamento nos alunos, neste

ponto o docente está distante e não pode intervir fisicamente no ambiente que

afeta aquela criança, ela terá que administrar suas inseguranças e medos,

através de conselhos e opiniões, e a capacidade de gerenciar esses sentimentos

diz respeito a uma condição individual de cada criança, que se manifestam nos

modos de pensar, sentir e agir, com os outros é com ele mesma, de estabelecer

vínculos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas. Que são

construídas durante o contato com a sociedade. Essas condições de cada

(15)

15

pessoa são formadas com ajuda do professor, que foi capacitado para intervir quando necessária, porém com o confinamento essas responsabilidades devem fazer parte das atribuições destinadas aos responsáveis legais pelo aluno.

3. FAMÍLIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA.

A revista NOVA ESCOLA fez uma pesquisa sobre a situação dos professores no Brasil durante a pandemia, realizada entre os dias 16 e 28 de maio de 2020 por meio de um questionário on-line disponível no site da revista.

Foram coletadas 9.557 respostas, sendo 8.121 (85,7%) delas de professores da Educação Básica. Segundo a consulta;

Na rede particular, os professores disseram que 58% das famílias estão participando do que é proposto. Enquanto na rede pública, o número cai para 36%”. O desemprego é um dos fatores que mais compromete a educação remota, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), em 2009, a informalidade no Brasil ultrapassava os 50%. Em 2017, estava em torno de 40,8%. (COSTA, 2020, P. 02).

A explicação é que o trabalho informal é o meio de provento de muitas famílias brasileiras, e com o isolamento social muitas pessoas estão passando por dificuldades financeiras o que compromete a aquisição equipamentos eletrônicos e o acesso à internet. A falta de meios de prover a família acarreta outros problemas de ordem social, como; desemprego, fome, violência. Com isso, vemos que há um risco da desigualdade social se acentuar por conta da pandemia.

Uma das formas de amenizar este problema e a união entre a escola é a família, um trabalho em conjunto, incentivando a participação dos responsáveis e demonstrar que o desempenho das famílias neste momento é imprescindível para que seus filhos não sejam prejudicados num futuro próximo. desde o início da pandemia, muitos pais veem contribuindo positivamente com o esforço da escola durante as aulas remotas, para que os números da educação não sejam tão desanimadores por causa do isolamento social.

Mesmo diante tantas dificuldades as famílias que podem oferecer todo o

suporte necessário para que seus filhos, não ficam sem acompanhar as aulas,

não medem esforços para que as crianças continuem a ter os benefícios da

educação, segundo enquete;

(16)

A situação dos professores no Brasil durante a pandemia,

realizada entre os dias 16 e 28 de maio, 31,9% dos docentes afirmam que a maioria dos pais e responsáveis tem participado das atividades a distância. Na rede privada, a participação familiar é de 58%. Na rede pública, é de 36%. “O índice não é baixo e revela interesse das famílias pela Educação dos filhos, mesmo numa situação tão incomum, na qual as famílias enfrentam desafios de toda ordem para sobreviver e manter os filhos aprendendo”, analisa Alice Junqueira, coordenadora de projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC)

4

.(BIMBATE, 2020) Manter os pais trabalhando com assiduidade na função de intermediador das atividades escolares não é tarefa fácil, requer que gestão escolar e professores ajam como incentivadores e apoiadores dessa ação. O bom desenvolvimento das crianças no que diz respeito ao aprendizado essencial para a alfabetização, neste momento de pandemia, passa a depender do empenho das famílias. Se os pais não participarem, incentivarem as crianças a continuar a executar as atividades escolares, a evasão escolar pode ser maior, porque não é difícil para qual quer pessoa compreender que atualmente existem muitas formas de dispersar a atenção de uma criança, na internet mesmo, existem milhares de plataformas de entretenimento que detém a atenção das crianças em minutos.

Ao ato de planejar das atividades escolares, deve valorizar o lúdico e a funcionalidade do mesmo para a aprendizagem dos alunos, sem falar que os professores ainda tem que buscar métodos para manter as famílias o mais próxima possível da escola, preservar um diálogo aberto, estimular o interesse das famílias com relação ao que acontece na escola, compreender as dificuldades que elas enfrentam no atual momento, e ainda auxiliar na busca de soluções para essas e outras situações.

4 O CENPEC Educação é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem como objetivo o desenvolvimento de projetos, pesquisas e metodologias voltados à melhoria da qualidade da educação pública e a incidência no debate público. O CENPEC atua em parceria com escolas, espaços educativos de caráter público e iniciativas destinadas ao enfrentamento das desigualdades – e desenvolve ações que contribuem para o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, formação de profissionais de educação, ampliação e diversificação do letramento e fortalecimento da gestão educacional e escolar.

(https://www.cenpec.org.br/quem-somos)

(17)

17

4. O TRABALHO DOCENTE DURANTE A PANDEMIA

Foram entrevistadas duas professoras da educação infantil da rede pública de ensino de diferentes localidades, uma da zona rural e a outra da zona urbana, para saber qual a realidade dessas professoras durante o ensino remoto de acordo com as peculiaridades do ambiente social em que a escola está inserida.

A professora Maria da Conceição da Silva de 53 anos, leciona na educação infantil há 23 anos na escola municipal Severino Bezerra, localizada na comunidade rural de lagoa do Lima, zona rural de Macaíba- RN. Ela relatou que estão matriculadas regularmente 21 crianças na sua sala de aula, mas que nas aulas virtuais só estão respondendo as atividades frequentemente 12 crianças, mesmo com o contato dos responsáveis pelos demais alunos registrados num grupo de bate papo é muito difícil que todos consigam ter acesso as aulas através dos celulares. Por se tratar de uma comunidade carente, a maioria das famílias tira seu sustento do trabalho na agricultura, o que rende apenas o básico para sobrevivência.

Com isso o acesso à internet acaba sendo um luxo que muitos não tem, sem falar num aparelho celular com mais qualidade, muitas famílias dizem não participar das aulas online porque o celular não possui boa qualidade para assistir os vídeos, e não tem memória suficiente para armazenar os arquivos das aulas, sem falar que o pacote de dados da internet muitas vezes não consegue abrir os vídeos nem as fotos das aulas. Então mesmo com as aulas disponíveis diariamente pela internet, a escola disponibiliza material impresso para que as crianças que não podem contar com a tecnologia não deixem de realizar suas atividades escolares.

A docente declarou estar muito cansada mentalmente, ela alega não ter

horário estabelecido para trabalhar, que as crianças entram em contato sempre

no final da tarde para o anoitecer, é que ela passa amanhã toda disponível em

contato com aqueles que podem ter acesso a aula remota, o planejamento das

aulas acontece quase todos os dias, tanto para as aulas remotas quanto para as

atividades impressas. E quando recebe as respostas tem que corrigi-las e

preparar tudo para devolver as crianças, todo o progresso dos alunos é cobrado

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em forma de relatório pela secretária de educação de Macaíba, que devem ser registrados num portal da prefeitura da cidade.

Maria da Conceição - trabalhar com a tecnologia não está sendo tão fácil

assim, principalmente para as pessoas com a minha idade. Até um tempo

desses, tudo que fazíamos era escrever em papeis e manter registros dos

nossos alunos em um caderno ou livro, mas agora está tudo diferente, sei que a

educação precisa acompanhar as novidades da tecnologia elas se

complementam, mas particularmente estou bem cansada, os pais tem nosso

contato particular porque a maioria dos professores não tem condições de

manter contatos telefónicos diferentes principalmente por causa do aplicativo de

bate papo que usamos. E de posse dos nossos números de telefone perdemos

muito de nossa privacidade, evito postar fotos ou mensagens no status desse

aplicativo, quer dizer, perdi o direito de me expressar a respeito de alguns

assuntos, pois já aconteceu de pais virem debater comigo a respeito de assuntos

em que eu estava expressando minha opinião, sem intenção de entrar em

discordância com ninguém. Muitas informações e problemas que não seriam

levados até o professor, mais sim até a gestão escolar, chegam a todo momento

e em qualquer horário, em algumas situações de formas desagraveis e se não

respondermos ou pedirmos para entrar em contato com a diretora podemos ser

acusados de irresponsáveis, negligente e outras coisas. Muitos pais acham que

não estamos “trabalhando de verdade” por realizarmos nosso trabalho de casa,

outros já chegaram e reconheceram nosso esforço e dedicação, e assim vamos

enfrentado as dificuldades, mas sinceramente estou mais estressada do que

motivada. Precisar constantemente da ajuda do meu filho para realizar tarefas

na internet não me deixa satisfeita, tivemos uma capacitação rápida pela internet,

foi só o básico e eu fico frustrada quando não sei procurar algo nos sites, ou a

internet cai bem no meio do preenchimento de um relatório ou de qualquer outro

documento. Tenho dormido tarde, e não sei se e por isso que sinto muita dor de

cabeça, e sempre estou com a sensação que nunca descansei o suficiente, isso

tudo, e ainda administro uma casa e cuido dos meus pais idosos. Todas as

minhas colegas tem problemas diferentes para relatar quando nos comunicamos

para saber como a outra tem passado. E nas reuniões escolares não é diferente

sempre estamos discutindo a respeito das dificuldades que passamos, algumas

já estão afastados por atestados médicos e outras já pediram a aposentadoria

(19)

19

por não aguentar mais a demando do trabalho docente durante a pandemia e eu sou uma delas.

Também entrevistei a docente Andrea Medeiros da Silveira de 58 anos, professora do CMEI Maria Eulália Gomes da Silva, situado na travessa ocidental de baixo - Passo da pátria, Nº 25, Bairro: Alecrim - Natal, RN. A professora informou que atualmente tem 15 crianças matriculadas na sua turma da educação infantil, e desse total ela está constantemente em contato com 08 alunos. Ela planeja as aulas do CMEI e posta para as famílias com um prazo de quinze dias para que os pais retornem as respostas das atividades.

O CMEI - Maria Eulália está localizado num bairro carente da grande Natal, a professora diz que a aula remota agravou problemas sociais sérios das famílias – muitas crianças faziam suas principais refeições do dia aqui na escola, com algumas delas eu tenho um laço afetivo forte pelo contato frequente com as famílias e sei a situação por qual estão passando no momento, o uso da tecnologia não me traz problemas, até porque eu já estava familiarizada com a utilização desse recurso, trabalhando na gestão escolar temos um técnico em informática, um rapaz muito prestativo que podemos contar com suporte técnico para a solucionar qual quer dúvida com relação ao acesso da internet e o manuseio dos aparelhos tecnológicos, meus colegas são muito prestativos e atenciosos, quando estamos com qual quer problema a diretora e a coordenadora pedagógica são muito eficientes em soluciona-los. Contudo o que me deixa extremamente preocupada são os problemas sociais desse bairro, a violência, a fome, e o abandono do poder público. Me preocupo muito com as crianças que estão passando dificuldades, e não tem o CEMEI para ajudar, a escola que não pode voltar as atividades por que não tem condições para prover segurança no que diz respeito ao contagio da COVID - 19.

Pensar nessa situação me entristece, cada um dos professores faz o possível para confortar essas crianças, entretanto a falta de contato com alguns delas me preocupa muito, não só pela evasão escolar mais por saber que elas não estão passando por essa quarentena de forma tranquila e confortável, temos que estar preparados para os pós pandemia, porque acredito que seus efeitos no meio social serão mais graves do que podemos ver no momento.

Está entrevista trata de aspectos importantes para manutenção do

trabalho pedagógico na educação infantil, como; a saúde mental dos

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professores, condições do trabalho remoto, retorno das aulas presenciais, acesso a rede de internet e como vimos a participação das famílias nas aulas remotas. Essas declarações nos fazem perceber que muito se tem a pensar no que diz respeito a modalidade de ensino a distância, no atual momento não houve tempo para uma preparação física e psicológica dos profissionais da educação, que tiveram que encarrar as dificuldades do manuseio tecnológico e do dia a dia, é ainda administrar seus próprios medos é anseios em virtude da pandemia.

5. AS CONDIÇÕES DO TRABALHO REMOTO DO PROFESSOR E PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS.

No ensino a distância o profissional da educação deve ter uma organização de tempo é atividade muito mais rígida é bem programada do que nas aulas presenciais, uma vez que nem todos os professores podem determinar um ambiente exclusivo dentro da própria residência para exercer seu trabalho, com conforto e tranquilidade, outro ponto a ser ponderado é a forma de conduzir os afazeres de casa, vida particular e o trabalho, de modo que uma atividade não prejudique a outra por acontecerem simultaneamente no mesmo lugar. E ainda tem que gerir as emoções diante dos números de infectados pela COVID- 19, e o medo do próprio contagio e dos entes queridos.

A enquete do NOVA ESCOLA fez com relação à infraestrutura para realizar o trabalho docente em casa, mostrou que;

83% dos professores possuem recursos em casa para ministrar aulas não presenciais, porém, metade deles compartilha as ferramentas com outras pessoas, ou seja, tem uso restrito. Entre eles, 91% utilizam o celular para realizar as atividades remotas e 76,6% usam o notebook.

Para fazer pesquisas, enviar as atividades ou ter contato com os alunos, 65,3% possuem acesso à banda larga, enquanto 24% usam o plano de dados móveis e 10,4%

internet de outro tipo (via rádio ou discada). (SALAS, 2021)

É possível perceber tanto pelo relato das professoras quanto pela

pesquisa feita pela revista NOVA ESCOLA que trabalhar de forma remota exige

que o professor tenha condições de ter equipamentos tecnológicos a disposição

para esta tarefa, a falta de incentivo do poder público para a aquisição desses

materiais dificulta o trabalho dos mesmos, os professores que ministram suas

aulas de forma remota tem que saber lidar com as divergências dessa

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modalidade de ensino, como; o horário de trabalho; uma vez que nem todos os alunos podem mandar atividades ou responder os questionamentos propostos em horário comercial. Dificuldades no manuseio de equipamentos; muitos educadores não estão adaptados ao uso constante da tecnologia para exercer suas atividades escolares diárias. Desistência ou desmotivação dos alunos, muitas crianças ficam desinteressadas em realizar as atividades da escola quando há outras possibilidades de distração no ambiente virtual, como assistir vídeos, jogar games, e muito mais. Já na escola, o ambiente físico começa a estimular a criança para uma ação diferente, pois esse é um local determinado para o aprendizado de conteúdos escolares e todas as regras de utilização e permanência desse meio, colaboram para que essa mudança de comportamento corra. Em casa não é assim que acontece, o comportamento da criança muda, pois nesse local ela está mais relaxada, brincando e descansando. A residência tem a função de ser um lugar de descontração e repouso, então quando pensamos em atividades virtuais deve-se considerar que na maioria dos casos é impossível deter a atenção crianças principalmente da educação infantil, mais do que alguns minutos, no máximo uma hora diária fazendo as atividades da escola. Em função disso o professor deve pensar em tarefas que prendam a atenção dos alunos e que não sejam muito complexas, e não levem muito para ser solucionadas.

A falta de estimulo por parte dos estudantes, que se dá também pelas dificuldades em acompanhar as aulas online. Pensando numa solução muitas escolas estão disponibilizando para as famílias atividades impressas, onde o aluno da educação infantil pode resolver os exercícios em casa, sem precisar estar exclusivamente dependente da internet e da tecnologia. Tratam-se de atividades que podem ser impressas e entregues as crianças, depois devolvidas para a correção é no final do semestre ou do ano letivo, no caso o corpo docente junto com a coordenação escolhe a melhor opção, de como devolver as atividades para os alunos.

Em muitas situações a participação das crianças nas atividades até

aumentou, em comparação com a sala de aula física. aquelas que tem o

acompanhamento é o incentivo dos pais estão mais empenhadas em mostrar

resultados, afinal qual criança não gosta de ter seu esforço reconhecido e de

sentir que seus pais tem orgulho delas, com isso podemos presumir que o

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desenvolvimento da leitura é da escrita não está tão comprometido quanto se pensava que poderia ficar. MANSINI, 2020 diz que;

Se estão acontecendo ações pela aprendizagem, se há continuidade de estudos, se nossos alunos continuam de alguma forma se desenvolvendo é porque a parceria de professores e famílias está acontecendo. Nem sempre fácil, mas ela vem surgindo e não podemos perder essa oportunidade de firmarmos nosso compromisso conjunto pela aprendizagem dos alunos.

Como a aproximação das famílias, e os pais tornando- se mais participativos, isso contribui para o fortalecimento do trabalho da instituição escolar, valorizando o professor e reconhecendo seu esforço e dedicação, a escola como instituição que contribui na formação cidadã e na integração social dos indivíduos, devemos aproveitar o momento de união com algumas famílias e usar para fortalecer a parceria família e escola.

Diante esta perspectiva é imprescindível que a escola procure conhecer e entender o contexto em que as famílias fazem parte, procurar saber mais sobre a família, quais problemas ela está passando no que diz respeito a pandemia, respeitar suas limitações, buscando ouvir e acolher os problemas da melhor maneira possível, procurar resolver problemas relacionados aos alunos de forma compreensiva, sempre atento as dificuldades dos mesmos e da família com relação ao ensino remoto e buscando as melhores solução. Compartilhar informações e combinar tudo o que for possível no que diz respeito as atitudes tomadas no ambiente escolar, como; as escolhas das atividades, a intenção pedagógica por trás das atividades solicitadas, valorizar o esforço dos estudantes e dar mérito ao trabalho realizado por eles, ter paciência ao repassar as informações, pois nem sempre os pais ou a escola terão as respostas que desejam no momento esperado.

Por essa razão é imprescindível combinar e compartilhar informações

sempre que necessário, o relacionamento entre a família é a escola deve ser

pautado na transparência, isso favorece muito o avanço das práticas educativas

e consolidam a confiança no convívio de ambas as partes. O que ajuda muito no

desenvolvimento da capacidade de ouvir críticas e sugestões, fortalecendo um

diálogo aberto e sincero, evoluindo para um companheirismo entre as partes,

respeitando limites e estabelecendo combinados.

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23

6. A SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES.

Muito já se falava a respeito das comorbidades sofridas pelos professores em sala de aula, do afastamento por motivos de depressão, estresse, ansiedade, insônia é outras doenças relacionadas a;

Saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma

como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Ter saúde mental é: Estar bem consigo mesmo e com os outros, aceitar as exigências da vida, saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas que fazem parte da vida, reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário (SECRETÁRIA DE SAÚDE DO PARANÁ, 2020).

Ter saúde mental é saber gerenciar sentimentos e emoções, que nos acometem a todo o momento. Mas desde o início da pandemia da COVID -19, muitos educares não conseguem lidar com a demanda do novo método de ensino, alguns tem problemas em manusear os aparelhos virtuais e utilizar as plataformas de educação. Eles se sentem de alguma forma pressionados por si mesmos com relação a capacidade de se adaptar a este método de ensino.

No setor educacional, a tentativa de promover o ensino por meio de atividades síncronas e assíncronas, a fim de mitigar os efeitos do distanciamento das atividades planejadas entre alunos e professores, revelou-se uma das poucas alternativas encontradas pelas instituições educativas, tendo em vista a impossibilidade de as pessoas frequentarem os ambientes com segurança e a necessidade de manter contratos de trabalho. (CRUZ;

ROCHA; ANDREONI; PESCA, 2020, p. 327).

Com a necessidade de a escola continuar presente no dia a dia dos alunos

muitas cobranças surgiram ao mesmo tempo para os educadores, como; ter a

capacidade de utilizar as ferramentas digitais, distanciamento da escola física,

vergonha diante as dificuldades com a tecnologia, e a falta de paciência para

utilizar os recursos tecnológicos como ferramenta de trabalho. Tudo isso

contribui para o acometimento cada vez maior de doenças relacionadas a saúde

mental pelos profissionais da educação. Sem falar no medo do contagio da

COVID- 19, que é outro agravante, muitas dessas pessoas perderam entes

queridos, vizinhos e amigos. E com a preocupação de quem pode ser o próximo

contaminado acabam se sentido sobrecarregados com tantos sentimentos

conflitantes. Juntando a isso a cobrança de não estar executando um bom

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trabalho, acaba por minar a confiança do educador que busca de todas as formas corresponder a demanda da era digital na educação. Visto que a maioria desses educadores tem mais de um vínculo o que faz com que esse sentimento de incapacidade se multiplique, como relata o trecho a seguir do artigo;

Em maio deste ano, o NOVA ESCOLA realizou uma pesquisa com mais de 8 mil professores da Educação Básica sobre a situação deles ao longo da pandemia. Entre os pontos levantados está a saúde mental: apenas 8% das pessoas pesquisadas dizem sentir-se ótimas em comparação com o período anterior à pandemia. Perto de 58% consideram a saúde mental péssima, ruim ou razoável neste momento. Os termos utilizados pelos educadores para classificar a situação atual são ansiedade, cansaço, estresse, preocupação, insegurança, medo, cobrança e angústia. (BIMBATE, 2020)

Por essa razão é necessário que o docente desacelere, e diminua a quantidade das demandas educacionais, priorizando o bem estar, emocional e psicológico, procurar capacitar-se é importante para se sentir fisicamente e emocionalmente capaz de exercer suas atribuições. Outras atitudes que podem ajudar nesta situação é manter um bom relacionamento entre a gestão escolar e os professores, garantindo uma convivência harmoniosa, com dialogo e respeito, proporcionando um local que ofereça condições de trabalho favoráveis para a pratica docente. Entender e apoiar os colegas diante de das dificuldades faz toda diferença para combater a solidão e o medo de cometer erros. Manter o contato mesmo que a distância também ajuda a aliviar o estresse e a ansiedade.

Não é o trabalho que preocupa os profissionais da educação, mas, como ele será executado é se vai corresponder às expectativas das famílias e alunos.

Muitos educadores não se sentem bem em gravar vídeos, pois se sentem

tímidos e inibidos, o que começa a causar um estresse. Por esse motivo criar um

ambiente de confiança, fazendo com que os docentes sintam que suas opiniões

e duvidas são ouvidas, favorecer o diálogo aberto e considerar os anseios dos

professores, faz com que eles se sintam valorizadas acolhidas e motivadas a

continuar com um bom trabalho. Estar disposto a oferecer ajuda também é

importante, estabelecendo uma comunicação franca e não procurar esconder os

problemas, dialogar, expor experiências, e sentimentos conflitantes.

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Com todas essas medidas elencadas anteriormente fica mais fácil o profissional se identifica com problemas relacionados a saúde mental, não se isolar, e ter pensamentos positivos. Sentir que não está sozinho e saber que pode contar com alguém, faz toda a diferença na hora de lidar com essas situações. Entretanto e imprescindível cuidar de si mesmo, praticar atividade física, resolver problemas pendentes com a família ou amigos, deixar seu ambiente de trabalho e de descanso mais confortável e equilibrado, tudo isso favorece a manutenção da saúde mental. Em casos mais graves o educador deve procurar ajuda medica e entender que, o que está acontecendo com ele não é um caso isolado, ficar atento aos primeiros sinais desses problemas podem ajudar numa detecção de doenças e auxiliar na rápida recuperação, sem sequelas ou danos permanentes.

CONCLUSÃO

Entende-se que a educação remota tem muitas barreiras a serem vencidas, muitos problemas sociais impactam diretamente na utilização da tecnologia, por isso a gestão pública, escola e sociedade devem trabalhar em conjunto na toma de decisões a respeito da utilização desse recurso educacional. Até porque a educação a distância é uma aliada da educação convencional, o trabalho direcionado para um ensino de qualidade vai proporciona muitas vantagens para a sociedade estudantil.

Vantagens essas que podem ser medidas em políticas públicas de acessibilidade, incentivo tecnológico para professores e estudantes, infraestrutura das escolas e redução de custos com a internet. Atualmente já está se falando em ensino hibrido, a junção das aulas online com as presenciais o que possibiliza ganhos para educação. Aos poucos esse movimento digital já vinha avançado, entretanto, era direcionado aos anos finais do ensino básico e ao ensino superior, agora com a pandemia esses mesmos benefícios podem ser direcionados a educação infantil. Em função disto os professores devem contar com o poder público para se capacitarem é o mesmo deve priorizar esse plano para a educação.

Se levarmos em consideração que após um ano e meio de aulas online

as crianças da educação infantil não vão mais querer ficar condicionados apenas

a caderno e quadro negro, e que essa é uma geração que antes mesmo de

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aprender a falar já sabe manusear diversos aparelhos tecnológicos, contudo, é necessário celeridade diante um futuro próximo para que os profissionais da educação infantil se sintam mais preparados para as novidades do mundo educacional e tecnológico.

A falta de preparo levou muitos professores da educação infantil sofrerem

com estresse, ansiedade, insônia, mal estar entre outros sintomas que indicam

problemas de saúde mental, exatamente por não se sentirem capacitados para

atuar na rede pública de ensino nas condições atuais, a gestão pública e a escola

terão que trabalhar muitos aspectos com a volta das aulas presenciais. Contudo,

mesmo diante tantas dificuldades, podemos dizer que o professor conseguiu

desempenhar suas atribuições, mesmo com todas as adversidades por causa

da pandemia da COVID-19, é visível o esforço, a união e participação assídua

de todos os envolvidos no processo educacional das crianças, então deve-se

pensar num momento pós pandemia e dar continuidade ao bom relacionamento

nas aulas presenciais. A parceria família e escola deve ter como base a

sinceridade e o diálogo, demonstrar a urgência que a escola tem de uma

participação assídua dos responsáveis pelos alunos, e continuar o trabalho

realizado até aqui, conciliando o objetivo de ambas as partes, que é o sucesso

educacional e social dos estudantes.

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REFERÊNCIAS

BIMBATE, A. P. Qual é a Situação dos Professores Brasileiros Durante a Pandemia. Revista Nova escola, São Paulo, 2020. Disponível em:

<https://novaescola.org.br>. Acesso em: 24/ 08 /2021.

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Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 54, n. 4, p. 2, 2020. Disponível em:

<https://www.scielo.br/j/rap/a/SGWCFyFzjzrDwgDJYKcdhNt/>. Acesso em:

05/08/2021.

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<http://diariooficial.rn.gov.br, 2021>. Acesso em; 13/ 09/ 2021.

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https://novaescola.org.br/conteudo/19447/alfabetizacao-e-parceria-com-a- familia-como-fazer-em-tempos-de-pandemia. Acesso em: 21/08/2020 MELLO, T. e RUBIO, S. A. J. A Importância na relação professor/ aluno no processo ensino / aprendizagem na educação infantil. Revista Eletrônica Saberes da Educação, v. 4, n. 1, p. 4, 2013.

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