XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias SNBU 2014
ESTRUTURAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS COM FOCO NA NORMALIZAÇÃO DOCUMENTÁRIA: ANÁLISE DE AMBIGUIDADES
NA NBR 14724/2011
Brisa Pozzi de Sousa
Naira Christofoletti Silveira
RESUMO
Analisa a Norma Brasileira de Estruturação de Trabalhos Acadêmicos, NBR 14724, com o intuito de identificar ambiguidades e, assim, sugerir padronização. Por meio da análise documental almeja contribuir com discussões a favor da atualização da norma em curto espaço de tempo, pois seu emprego ocasiona o fortalecimento e a realimentação do campo acadêmico, e no contexto do artigo esse caminho é traçado pela comunicação científica, que possui como resultado a estruturação do produto denominado trabalho acadêmico. Para dinamizar a estruturação e a divulgação da comunicação científica entre os pares, a Associação Brasileira de Normas Técnicas elabora várias normas destinadas à padronização documentária, entretanto, alguns pontos que deveriam ser coincidentes entre elas geram ambiguidades na aplicação. Os resultados apontam várias divergências entre a NBR 14724 e outros cinco documentos, do total de nove, que compõem a seção intitulada Referências Normativas. É possível concluir que somente a atualização poderá diminuir as ambiguidades facilitando assim, a padronização na estruturação dos trabalhos acadêmicos, e por consequência, a comunicação científica entre os pares.
Palavras-Chave: Comunicação científica - Padronização. Normalização Documentária. Estruturação de trabalhos acadêmicos. NBR 14724/2011.
ABSTRACT
Analyzes the Brazilian Standard for Structuring Academic Papers, NBR 14724, in order to identify ambiguities and thus suggest standardization. Through documentary analysis aims to contribute to discussions in favor of standard update in short time because his job causes strengthening and feedback from the academic field, and in the context of the article that path is traced by the scientific communication, which has as result of the structuring of the product named academic work. To streamline the organization and dissemination of scientific communication among peers, the Brazilian Association of Technical Standards elaborates several documentary standards to standardization, however, some points that should be matched between them generate ambiguities in the application.
The results indicate several differences between the NBR 14724 and five other documents, the total of nine that make up the section entitled Normative References. You can only conclude that the update may decrease the ambiguities thus facilitating standardization in the structuring of academic papers, and consequently the scientific communication between peers.
Keywords: Science communication - Standardization. Documentary Standards. Structuring academic
papers. NBR 14724/2011.
1 Introdução
A normalização documentária relaciona-se com a comunicação científica no meio acadêmico, constituindo as Bibliotecas Universitárias ambientes favoráveis de pesquisa e disseminação da informação. Nesse entendimento, a normalização assume sua importância e lidera o papel de facilitadora e propulsora de transferência da informação registrada em documentos, tais como, artigos, relatórios, monografias, teses e dissertações.
O emprego das normas documentárias ocasiona o fortalecimento e a realimentação da comunicação acadêmica entre os pesquisadores, e no contexto deste artigo, o trabalho acadêmico é um, dentro os vários produtos, que podem ser gerados. Sendo assim, a padronização se torna fundamental para a recuperação da informação, pois resulta na precisão e relevância das informações registradas. Se não houver padrão na estruturação, os documentos serão elaborados de qualquer forma e por consequência, acarretará dificuldades no acesso.
Em busca de estruturar, padronizar e dinamizar o acesso aos documentos resultantes do contexto acadêmico/científico, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece várias normas destinadas à normalização documentária, e dentre elas encontra-se uma específica para apresentação de trabalhos acadêmicos, a qual utilizaremos para análise:
Norma Brasileira (NBR) 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011).
Considerando que a padronização pelo viés da normalização é um valioso instrumento para indicar qualidade, sua divulgação é comumente realizada pelas Bibliotecas Universitárias, e assim faz-se necessário o uso e a aplicação das normas da ABNT no ambiente acadêmico/científico brasileiro. O bibliotecário, especialmente o que atua no serviço de referência e treinamento de usuário é um importante agente disseminador das normas documentárias e pode exercer papel fundamental, tanto no ensino e na aplicação das diversas NBRs, quanto na elaboração e até na revisão e atualização junto a ABNT.
Por essa necessidade e importância, quem se aporta corriqueiramente às normas já
deve ter deparado com partes que geram dúvidas, e até algumas que se contradizem. É comum
encontrar guias e livros com interpretações diferentes de normas idênticas, escritos tanto por
bibliotecários como por outros profissionais e docentes relacionados às temáticas de
metodologia de pesquisa e comunicação científica.
Em consequência das várias interpretações que a leitura e aplicação das normas podem resultar, levantamos como problema a necessidade de analise e indicação das partes da NBR 14724/2011 que podem gerar dúvidas de interpretação e aplicação. Justifica-se essa investigação, pois as normas não são instrumentos estanques e necessitam em curto espaço de tempo passar por atualizações.
O objetivo do trabalho é contribuir com a fundamentação da área de Normalização Documentária, pois são nítidos os benefícios de empregabilidade das NBRs no campo acadêmico/científico, e, também se almeja estreitar a importância assumida pela área no cenário da comunicação científica.
Sendo assim, o trabalho segue estruturado em cinco seções. Além dessa primeira introdutória, a segunda abarca o referencial teórico, a terceira enfoca a metodologia, na quarta é realizada a análise da NBR 14724/2011, e na quinta e última seção delineiam-se as considerações finais.
2 A Normalização Documentária no Contexto da Comunicação Científica
Os trabalhos acadêmicos, independente do nível de investigação, se monografia, dissertação ou tese, constituem resultados de pesquisas que são embasadas em leituras, observações, reflexões e críticas. Demanda muita atenção e tempo, tanto em relação à parte escrita, quanto à estruturação, e como produto de pesquisa constituem importantes fontes de informações, requerendo excelente grau de elaboração e normalização, para assim serem amplamente divulgadas e analisadas pelos pares no meio acadêmico/científico.
Nesse entendimento e de acordo com Crespo e Rodrigues (2011, p. 37) “destaca-se que as normas técnicas possuem ampla aplicação no meio acadêmico, entendido aqui como o local propício para a pesquisa, assimilação e acomodação do conhecimento.” Na ABNT, o Comitê Brasileiro de Informação e Documentação 14 (CB-14) é o responsável pela criação e atualização das normas do escopo acadêmico/científico, e das “[...] práticas relativas a bibliotecas, centro de documentação e informação, serviços de indexação, resumos, arquivos, ciência da informação e publicação.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, [201?], on-line).
Sobre as discussões teóricas que concernem à normalização, Santos (1982) aborda
sobre seu espaço, estrutura, recuperação e informações contidas, expondo sua finalidade como fonte de informação para países em desenvolvimento. Blattmann (1994) em pesquisa de mestrado enfocou a análise e caracterização da recuperação e utilização de normas técnicas, por usuários das áreas de engenharia elétrica, química e mecânica.
Rodrigues, Lima e Garcia (1998) apontam como os estudos nos vários campos do conhecimento indicaram a qualidade formal, ou seja, a normalização, como fator determinante para aceitação ou rejeição de trabalho para publicação, fato que destaca o valor das normas na comunicação científica. Em contrapartida, Anjos, Calixto e Martins (2012) sinalizam o fato do bibliotecário de referência promover e atuar em programas de treinamento que ensinem a normalização de trabalhos acadêmicos e científicos nas bibliotecas universitárias. Por isso, acreditamos que:
A produção e divulgação da ciência se valem de padrões, normas que definem a estrutura de apresentação das informações, garantindo a qualidade formal dos documentos. Ressalta-se, ainda, que a normalização da produção científica é essencial por dinamizar a divulgação do que é gerado pela ciência. (CRESPO; RODRIGUES, 2011, p. 38).
Por conta da necessidade da padronização dos documentos oriundos do contexto acadêmico/científico, a ABNT, por meio do CB14 estabelece 24 normas, sendo possível recuperar os respectivos títulos no site da instituição
1utilizando o catálogo on-line. Nesse universo, destacamos a NBR 14724 que está na terceira edição e se tornou válida em 17 de março de 2011, vigorando sua aplicação a partir de 17 de abril de 2011 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011). A referida norma aborda especificamente a apresentação de trabalhos acadêmicos e define três tipos, a saber:
trabalho de conclusão de curso de graduação, trabalho de graduação interdisciplinar, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento
documento que apresenta o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa, e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4, grifo do autor).
dissertação
1
Foram recuperas 24 normas em vigor, sob a responsabilidade do CB-14 da ABNT (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013) .
documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do título de mestre (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p.
2, grifo do autor).
tese
documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do título de doutor, ou similar (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4, grifo do autor).
A Normalização Documentária no Brasil se constitui em disciplina obrigatória, e às vezes, optativa no bacharelado em Biblioteconomia. Todavia, para a grande maioria dos cursos, sejam de graduação ou pós-graduação, entre as diversas áreas do conhecimento, quando o ensino é realizado geralmente ocorre em concomitância com as disciplinas de metodologia científica. Portanto, a Normalização Documentária faz parte do cenário de ensino e investigação da área de Biblioteconomia, sendo também salutar seu estudo no contexto das Bibliotecas Universitárias.
Nesse ambiente, o bibliotecário de referência pode e deve instruir a comunidade acadêmica com programa de treinamento que ensine a normalizar trabalhos. Muitas vezes, esses profissionais são convidados a proferir palestras sobre Normalização Documentária em disciplinas regulares da graduação e pós-graduação, ou oferecem cursos específicos em treinamento de usuário, atendendo assim, as solicitações da comunidade acadêmica.
Nesse direcionamento, Correa (et al., 2008) avalia o alcance das normas da ABNT relacionadas a estudos de documentação no meio acadêmico e direciona a preocupação das universidades com a padronização de documentos técnicos e científicos. A autora supracitada constata a alta representatividade das normas no meio acadêmico e como elas podem contribuir com a qualidade na produção científica brasileira. Portanto, constata-se que seu uso é bastante positivo no atual mercado competitivo e globalizado.
Além disso, Santos e Sampaio (2014) chamam atenção de como ser possível combater
o plágio e respeitar a lei de direito autoral com o uso efetivo da normalização e também
expõem a opinião de alguns alunos sobre a normalização e respectivas dificuldades. O artigo
foi baseado na experiência do grupo Normalizadores que desenvolve atividade ligada exclusivamente à normalização de trabalhos acadêmicos e a divulgação da importância da padronização no ambiente acadêmico.
O levantamento da literatura nessa seção demostra a relevância de discutirmos a Normalização Documentária e sua aplicação, e compreendendo esse mérito será realizada análise da NBR 14724/2011.
Objetivando contribuir com a atualização da referida norma, segue na próxima seção o procedimento metodológico utilizado, e em seguida é apresentado o levantamento das partes da NBR 14724/2011 que causam dubiedade na interpretação e aplicação.
3 Metodologia
Foi aplicada a técnica de pesquisa documental na análise da NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), comparando-a com cinco documentos, do total de nove, que formam suas Referências Normativas
2, a saber: NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002), NBR 6024 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012a), NBR 6027 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012b), Código de Catalogação Anglo-Americano (CÓDIGO DE CATALOGAÇÃO ANGLO-AMERICANO, 2004) e Normas de Apresentação Tabular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1993).
A escolha para análise dos cinco documentos decorre das ambiguidades constatadas entre esses e a NBR 14724/2011. Para os outros quatro, que também compõem as Referências Normativas, não foram constatadas ambiguidades, ou seja, os direcionamentos são concomitantes no que tange tanto a NBR 14724/2011, quanto os quatro documentos, e por isso não constituíram o universo da analise.
Portanto, a opção pela pesquisa documental decorreu do fato de proporcionar compreensão por meio da análise do documento escolhido, exigindo capacidade reflexiva sobre os resultados (MARCONI; LAKATOS, 2003). Pela análise documental foi realizada a interpretação e a identificação das lacunas existentes na NBR 14724/2011, em relação aos
2
Referências Normativas é o termo utilizado para designar os documentos relacionados e indispensáveis à
aplicação da própria NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011).
cinco documentos já citados que compõem a seção denominada Referências Normativas.
4 Resultados e Análise dos Dados Coletados
Vários tópicos abordados na NBR 14724/2011 remetem a diferentes tipos de dúvidas, e assim optou-se em indicar sugestões que venham contribuir com a diminuição das incertezas na sua interpretação e aplicação. Como o intuito é padronizar, a fim de manter a qualidade estrutural, se houver possibilidades para diferentes interpretações não será possível alcançar a qualidade no resultado.
Portanto, os direcionamentos que geram ambiguidades foram estruturados no quadro 1 da seguinte forma: parte analisada da NBR 14724/2011, situação encontrada, dúvidas que a situação encontrada ocasiona e sugestões para atualização. Na coluna intitulada Dúvidas, perguntas foram dispostas com recurso tipográfico em itálico, a fim de destacar as incertezas geradas pela norma, e a coluna denominada Parte Analisada está estruturada em ordem crescente das indicações das seções da referida NBR.
Quadro 1 - Análise da NBR 14724/2011 Parte
Analisada NBR 14724
Situação encontrada
Dúvidas Sugestões para
atualização
Verso da Folha de Rosto
Seção 4.2.1.1.2 da
norma
Conter os dados de Catalogação- na-Publicação, ou seja, a Ficha Catalográfica do trabalho
acadêmico.
Mesmo se for adotado somente o anverso para digitação, a Ficha Catalográfica é designada para estar no verso da Folha de Rosto. No item 5.3, na parte que refere a Paginação, constata-se que se adotado somente o anverso, “[...] todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o anverso.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10).
Sendo assim, não se deve contar nem contabilizar a paginação da ficha catalográfica?
É necessário explicitar se
a folha que a Ficha
Catalográfica estará
localizada, ou seja, de
acordo com a norma tem
que estar disposta no
verso da Folha de Rosto,
deverá ou não ter a
paginação contada.
Lista de Ilustrações
Seção 4.2.1.9 da norma
Redigida de acordo com a ordem
apresentada no texto.
A NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 8, destaque nosso) aponta que:
“Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração.”
Deve utilizar uma única lista, independente do tipo de ilustração? A partir de qual quantitativo de ilustrações torna-se necessário fazer listas próprias?
A norma não aponta o quantitativo mínimo de ilustrações para confecção da(s) Lista(s) em separado. Portanto, sugere-se que a informação seja explicada.
Exemplo que consta na parte Lista de
Ilustrações
Seção 4.2.1.9 da norma
Caso o título da Figura ultrapasse uma linha, o exemplo indica que a segunda linha deve iniciar abaixo da 3ª letra, da primeira palavra do título.
No item 5.2.2 da NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10) constata-se: “[...]
títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.” Essa informação é condizente com alínea i da NBR 6024 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012a, p. 3): “títulos com indicação numérica que ocupem mais de uma linha, devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.”
Como deve ser o alinhamento dos títulos das ilustrações com mais de uma linha, ou seja, títulos extensos?
O exemplo é confuso e como já está estipulada a forma de alinhamento de título extenso na NBR 14724 e NBR 6024, acredita ser ideal empregar o mesmo padrão estabelecido no exemplo da referida Lista de Ilustrações.
Apêndice e Anexo
Seção 4.2.3.3 e 4.2.3.4 da
norma
Indica que as palavras
designativas da seção, ou seja, Apêndice e Anexo, bem como as letras para ordenação devem ser apresentadas
em letras
maiúsculas (caixa alta).
No exemplo da NBR 6027 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012b) que tange o Sumário, para a designação do título do Apêndice e do Anexo as letras estão maiúsculas (caixa alta), ou seja, acompanham a hierarquização das seções primárias.
A NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10) indica
Deve haver padronização
nos exemplos
empregados. É possível
constatar que a NBR
14724, por ser de 2011,
está desatualizada em
relação a NBR 6024, que
é de 2012.
que títulos sem indicativo numérico, como Apêndice e Anexo devem ser dispostos de forma centralizada.
A alínea h da NBR 6024 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012a) também aponta que títulos sem indicativo numérico, dentre eles Apêndice e Anexo devem ser alinhados de forma centralizada na folha, porém devem ter o mesmo recurso tipográfico das seções primárias.
Se a NBR 6024 e a NBR 14724 se contradizem, qual padronização adotar?
Formato
Seção 5.1 da norma
Não direciona o emprego do Formato
justificado no corpo do texto e qual
procedimento adotar para identificar os parágrafos, se de forma indentada
3ou com um espaçamento entre linhas em branco.
Mesmo sem estar explícito, intuitivamente já se emprega o formato justificado para o corpo do texto. Para a identificação dos parágrafos não existe direcionamento do padrão a ser adotado. Na NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 10), observamos no item 5.2.2 que “[...] da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5.”
Entretanto, não direciona que o mesmo padrão deve ser adotado para os parágrafos, porém é possível encontrar trabalhos acadêmicos que utilizam um espaço em branco na identificação e separação, e por outro lado, também é possível verificar o emprego de recuo, geralmente 1,25cm, no início de cada parágrafo.
Qual padrão adotar para identificação dos parágrafos?
Direcionar como deve ser o formato do alinhamento para o texto e qual método deve ser adotado para identificação dos parágrafos.
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