XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias SNBU 2014
ACESSIBILIDADE COM FOCO NA AUTONOMIA
A participação da Biblioteca Universitária e da tecnologia assistiva na formação da pessoa com deficiência
Regina França Cutrim Joseana Costa Lemos
RESUMO
Aspectos psicossociais da acessibilidade. Tecnologia assistiva e a autonomia da pessoa com deficiência. Filosofia do desenho universal. O papel da biblioteca universitária na formação da pessoa com deficiência. Responsabilidade da universidade na formação profissional.
Biblioteca Universitária como atuante na formação acadêmica da pessoa com deficiência a partir da utilização de recursos da tecnologia assistiva. Sentimento de autonomia no fazer universidade, profissionais mais seguros de seu potencial no mercado de trabalho.
Fundamentando-se em autores como FREGOLENTE, NASCIMENTO, DAMASCENO E GALVÃO FILHO, LIMA e na NBR 9050 tem-se um diagnóstico pouco favorável a situação atual das bibliotecas que compõe o Núcleo Integrado de Bibliotecas - NIB na cidade de São Luís-MA, ou seja, Biblioteca Central, Biblioteca do Laboratório de Hidro-Biologia - Labohidro, Biblioteca do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - CCET, Biblioteca do Centro de Ciências Sociais - CCSo, Biblioteca do Centro Ciências Humanos - CCH e Biblioteca do Colégio Universitário - Colun; haja vista que verificou-se que ainda existem várias falhas no tocante a acessibilidade estrutural predial, que constituem recomendações ou necessidades básicas da pessoa com deficiência. Partindo das fundamentações teóricas e seguindo para as visitas in loco contatou-se a realidade das unidades em foco. O registro das imagens corrobora os problemas. Ainda é necessário ultrapassar barreiras de acesso físico para que passemos ao investimento em tecnologia assistiva, e na formação de profissionais autônomos, com o sentimento de que a partir da universidade ainda há muito a contribuir para a sociedade em que estão inseridos. Em princípio notou-se que as bibliotecas que fizeram parte desde estudo ainda precisam incorporar infra-estrutura de acessibilidade, mas que essas ações deverão funcionar em paralelo à aquisição de tecnologia assistiva que por ora apresentamos como vantajosas para o acervo da biblioteca por dinamizar, facilitar e tornar atrativa a biblioteca para as pessoas com deficiência.
Palavras-Chave: Acessibilidade; Autonomia; Tecnologia assistiva; Biblioteca universitária;
Pessoa com deficiência.
ABSTRACT
Psychosocial aspects of accessibility . Assistive Technology and autonomy of people with disabilities . Philosophy of universal design . The role of the university library in the training of people with disabilities . Responsibility of the university in training . University Library as active in the academic training of the disabled person from the use of assistive technology resources . Sense of autonomy in making university more professional insurance of their potential in the labor market . Basing on authors like FREGOLENTE , NASCIMENTO, AND DAMASCENO GALVÃO FILHO , LIMA and NBR - 9050 has a very favorable diagnosis the current situation of the libraries that make up the Integrated Core Libraries - NIB in the city of Sao Luis - MA , or is, Central Library , Library , Laboratory of Hydro- Biology - Labohidro , Center Library Engineering and Technology - CCET , Library of Social Science Centre - CCSO , the Library of Human Sciences Centre - CCH Library and the University College - Colun ; given that it was found that there are several flaws regarding the structural accessibility of buildings , which constitute recommendations or basic needs of the disabled person . Starting from the theoretical foundations and heading for site visits contacted the reality of the units in focus . The registration of images corroborates the problems . Is still necessary to overcome barriers to physical access and we pass to investment in assistive technology , and training of tutors , with the feeling that from the university there is still much to contribute to the society in which they live. In principle it was noted that the libraries that were part since study also need to incorporate infrastructure accessibility, but these actions should run in parallel to the acquisition of assistive technology by now presented as advantageous for the library collection for foster , facilitate and make the library attractive to people with disabilities .
Keywords: Accessibility; Autonomy; Assistive technology; University library; Disabled person.
1 Introdução
As bibliotecas são exemplos de espaços onde o direito a acessibilidade ainda não é uma realidade. Alunos com deficiência enfrentam inúmeras dificuldades no seu cotidiano acadêmico para desempenhar atividades simples como realizar uma pesquisa na biblioteca.
Nesta perspectiva, com base no diagnósticos situacional das Bibliotecas do Núcleo Integrado de Biblioteca (NIB) da Universidade Federal do Maranhão este artigo enfoca a necessidade de construir sentimentos relacionados a autonomia e auto-estima durante a vida acadêmica e como as tecnologias assistivas podem colocar para este processo através dos equipamentos que já são encontrados no mercado e devem fazem incorporar o maquinário da Biblioteca Universitária, aproximando-a ainda mais do que prega o desenho universal.
O investimento na autonomia e conseqüente auto estima da pessoa com deficiência se caracteriza como diferencial de grande importância para a formação acadêmica. A realização de atividades simples como pegar um livro na estante ou folheá-lo pode, dependendo do tipo de deficiência afugentar usuários haja vista o quão penosa pode ser.
Esta pesquisa está pautada nas leituras e bibliografias sobre o tema, em visitas in loco, e visa orientar a instituição para tomada de decisões necessárias e adequadas que resultem no uso da tecnologia assistiva como grande aliada das Bibliotecas Universitárias acessíveis.
2 Desenho universal e acessibilidade
O termo “acessibilidade” teve origem no inicio dos anos 60, quando surge na área da arquitetura, tanto nos EUA como na Europa, o conceito de projetos livres de barreiras, focado na deficiência física de pessoas usuárias de cadeiras de rodas.
No Brasil, as questões de acessibilidade tornaram-se mais visíveis a partir da década de 80, quando se iniciou o movimento organizado das pessoas com deficiência.
Com o desenvolvimento das tecnologias da informação o conceito de acessibilidade evoluiu. Atualmente, o termo utilizado é desenho para todos ou desenho universal.
Segundo a NBR 9050 (2014, p. 3) desenho universal é aquele “que visa atender à maior gama de variações possíveis das características antropométricas e sensoriais da população”. Busca alcançar a diversidade humana de forma a respeitar as diferenças
existentes entre as pessoas e garantir acessibilidade a todo e qualquer indivíduo.
O Desenho Universal é um conceito que quando aplicado ao ambiente, pretende assegurar que os espaços, as estruturas, produtos e serviços possam ser utilizados por todas as pessoas independentemente da sua idade, condições físicas e econômicas (FREGOLENTE, 2008).
3 Aspectos psicossociais da acessibilidade
Enfocar a dimensão psicossocial da acessibilidade em Bibliotecas Universitárias significa reconhecer o papel que as estruturas acessíveis desempenham na vida do indivíduo dentro e fora da universidade, e isto inclui sentimentos que podem tanto fortalecer quanto enfraquecer a estrutura emocional do indivíduo, resultando em posturas adequadas ou não ao futuro profissional.
É na Universidade que os alunos têm o primeiro contato com seu futuro profissional, e é nela também que aprendem para concorrem num exigente mercado de trabalho. Neste, vence o mais forte, o mais habilidoso, o mais seguro de si, o mais inteligente. É neste contexto que as IES assumem um papel relevante na formação profissional individual, devendo para tanto estar estrutural, humana e tecnologicamente preparada para oferecer ensino de qualidade aos seus alunos. É um grande desafio, e se torna ainda maior quando se trata da formação da pessoa com deficiência. Porém, tanto a universidade quanto o indivíduo devem assumir seus papéis enquanto sujeitos do processo de ensino.
Enquanto pessoa com deficiência deve-se ter como meta a busca pela postura de independência funcional, construída a partir do reconhecimento do próprio corpo. É com base na independência individual, que envolve o reconhecer-se, que se vai buscar outros sentimentos benéficos que irão colaborar com a formação do ser, são eles a autonomia, liberdade, dignidade, auto estima, auto realização, o sentir-se capaz de realizar e conquistar novas perspectivas e horizontes. Envolve o acreditar em si mesmo.
O conceito de autonomia envolve a independência para o fazer e nesse contexto deve significar o fazer das atividades acadêmicas que envolve o ir e vir da universidade, assistir aula com os demais colegas de turma, participar de todas atividades que envolver o fazer universidade, dentre eles, fazer uso de uma biblioteca com eficiência. Se o aluno sente-se íntegro para realizar as tarefas que o compromisso universitário exige, certamente ele chega ao mercado de trabalho sentindo-se capaz de realizar aquilo para qual estudou e se formou.
Um aluno íntegro tem em equilíbrio sua auto-estima, sentimentos de auto-realização, dignidade e independência. Este aluno sai da faculdade para o mundo do trabalho e da vida mais seguro de si, reconhece seu papel no mundo, suas obrigações, seu potencial e seus direitos.
Enquanto estrutura de ensino público, a Universidade deve incorporar medidas que visem à redução a zero, preferencialmente, das barreiras sociais e ambientais que se colocam a frente da pessoa com deficiência. Este constitui um passo importante para a equiparação de oportunidades e direcionam a pessoa com deficiência para a conquista da autonomia, da independência, auto-estima e auto-realização.
Paralelo a quebra de barreiras, o investimento em tecnologia assistiva, entendida como
“[...] toda e qualquer ferramenta ou recurso utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa portadora de deficiência” (DAMASCENO;
GALVÃO FILHO, 2002), associada aos preceitos do desenho universal sugerem uma alternativa acessível que deve ser integrada aos projetos de biblioteca.
A aquisição de equipamentos, adaptação de estruturas sócio-espaciais, o envolvimento de equipes multiprofissionais (arquitetos, engenheiros, pedagogos, psicólogos, bibliotecário, tecnólogos, profissionais da informática, entre outros) também é de suma importância para que seja alcançada uma mudança estruturalmente física, cultural e humana que repassada às gerações futuras não precise priorizar ou chamar a atenção para a acessibilidade, mas que esta já esteja presente permanentemente nas ações políticas, econômicas, sociais e ambientais.
4 O papel da BU na formação do indivíduo
O conceito de biblioteca baseia-se na igualdade de acesso para todos, sem restrição de idade, raça, sexo, status social, etc. e na disponibilização aos usuários de todo tipo de conhecimento.
A biblioteca é um espaço atuante onde o usuário deve usufruir de toda a sua potencialidade, pois, além de servir como apoio no processo ensino-aprendizagem, ela pode contribuir para a formação de cidadãos críticos e criativos
A contribuição das bibliotecas na construção do conhecimento humano deve acontecer de forma efetiva na qual o conhecimento e as informações assumem destaque central, pois a biblioteca faz realmente a diferença (ANDRADE, 2003).
A biblioteca universitária tem como papel primordial, oferecer o suporte ao ensino, à
pesquisa e à extensão com a precisão e a rapidez que o meio acadêmico exige. Para atender as demandas de seus usuários, a biblioteca precisa se desenvolver junto com a Universidade e contribuir para a democratização da informação, promovendo a inclusão social.
O acesso a biblioteca universitária é fundamental para a promoção da democratização da informação, que não pode restringir-se somente para alguns, mas deve abranger a população em sua totalidade, sempre respeitando as diferenças e peculiaridade de cada indivíduo.
5 Bibliotecas do NIB
As Bibliotecas do NIB/ Cidade Universitária em São Luís são compostas de uma Biblioteca Central e seis unidades setoriais, conforme quadro abaixo. As bibliotecas do CCH e CCSo são as mais recentes inaugurações, ocorreram ainda em 2013. A Biblioteca do CCH por ter estrutura idêntica da Biblioteca do CCSo não foi fotografada.
As visitas realizadas in loco permitiram sinalizar apenas alguns dos diversos problemas relacionados a falta de acessibilidade local.
Neste primeiro momento iremos analisar somente as bibliotecas do campi de São Luís e em outra oportunidade estenderemos a pesquisa para os campis dos interiores.
O quadro abaixo demonstra um panorama da Biblioteca Central e das setoriais sobre a questão da acessibilidade. Os achados correspondem à detecção de problemas de ordem estrutural identificados nas bibliotecas, as sugestões apontam soluções que poderiam estar sendo aplicadas nas bibliotecas em foco, haja vista que os mesmos são de ordem estrutural e a instituição maior, UFMA, já ter realizado diversas reformas com intuito de tornar a instituição acessível.
Quadro 1 – Diagnóstico das bibliotecas e sugestões
BIBLIOTECAS ACHADOS SUGESTÃO
Biblioteca Central Porta de acesso principal é pesada, difícil de abrir, o balcão de atendimento de referência não é adaptado.
Ausência de sinalização no piso.
Instalar porta automática com sensor de presença. Adaptar o balcão de atendimento de referência. Colocar o piso tátil.
Biblioteca do Colun Piso tátil possui várias falhas e inexiste dentro da biblioteca.
Reforma estrutural e aquisição de equipamento. Instalar porta automática com sensor de presença.
Biblioteca do CCSo Porta principal pesada para PCD. Ausência no sinalização no piso.
Colocar piso tátil. Instalar porta automática com sensor de presença.
Biblioteca do CCH Porta principal pesada para PCD. Ausência de sinalização no piso.
Colocar piso tátil. Instalar porta automática com sensor de presença.
Biblioteca do CCET Balcão de atendimento não
é adaptado para
cadeirantes. Falta sinalização tátil no piso.
Instalar porta automática com sensor de presença. Reforma estrutural do balcão e do piso.
Biblioteca da Pós Graduação em Políticas Públicas
Porta de vidro em duas folhas, balcão de
atendimento sem
adaptação para
cadeirantes. Não há sinalização tátil.
Instalar porta automática com sensor de presença. Adaptação no balcão de atendimento.
Biblioteca do Labohibro Porta de acesso em madeira, duas folhas, pesadas. Corredores entre
Instalar porta automática com sensor de presença. Adequar a disposição das estantes para circulação de cadeirantes.
estantes é estreito.
Fonte: Produção das autoras
Foto 1 – Porta de acesso e interior da Biblioteca do Colun
Fonte: Produção das autoras
Foto 2 – Porta de acesso, balcão de atendimento e disposição das estantes na Biblioteca do CCET
Fonte: Produção das autoras
Foto 3 – Porta de acesso e balcão de atendimento da Biblioteca do CCSo
Fonte: Produção das autoras
Foto 4 - Balcão de atendimento, entrada e terminais de consulta da Biblioteca Central
Fonte: Produção das autoras
Foto 5 – Disposição das estantes na Biblioteca do Labohidro
Fonte – Produção das autoras
6 Tecnologia para a acessibilidade: recursos que podem ser empregados na Biblioteca Universitária
As tecnologias assistivas podem ajudar a tornar as bibliotecas inclusivas, possibilitando o acesso à informação, compreendendo as necessidades e limitações de cada usuário, a fim de que estes sejam mais independentes no exercícios de suas atividades (NASCIMENTO, 2011, p. 29). “Desenvolver recursos de acessibilidade seria uma maneira concreta de neutralizar as barreiras e inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura” (DAMASCENO; GALVÃO FILHO, 2002, não paginado).
Dessa forma, apresentam-se alguns recursos que podem ser empregados na Biblioteca Universitária, a fim de facilitar o acesso à informação, considerando a diversidade de usuários e suas necessidades de acessibilidades.
Dentre os recursos ora apresentados, o Finger Reader ainda é um protótipo que representa um grande avanço para atuação autônoma de alunos com deficiência visual.
Equipamentos como vocalizadores podem ser muito úteis para o atendimento em
bibliotecas como um todo, pois facilita a comunição do surdo com o mundo, porém cabe ressaltar que é de grande importância o treinamento da toda a equipe da biblioteca na linguagem de sinais, LIBRAS, pois a tecnologia assistiva inclui todo o recurso que oferece autonomia à pessoa com deficiência, sejam eles estruturais, de hardware e software ou o desenvolvimento de pessoas para a sua prática profissional.
A estrutura da biblioteca deve atender as normas da NBR 9050, pois de outro modo a pessoa com deficiência sequer consegue ter acesso aos prédios das bibliotecas.
O que está sendo apresentado nesse artigo está bem longe de ser tudo o que há de tecnologia assistiva disponível no mercado, trata-se de uma pequena amostra, mas que parece às autoras muito significativas para a disposição acessível dos seus acervos.
Foto 6 – Finger Reader
Fonte: Instituto de Tecnologia de Massachussets (2014)
Foto 7 – Ampliador de tela
Fonte: Nascimento (2011)
Foto 8 – Lupa eletrônica
Fonte: Bonavision
Foto 9 – Porta automática com sensor de presença
Fonte: Lisboa in acessível
7 Materiais e Métodos
A pesquisa bibliográfica foi o norte para a construção desde artigo, a leitura de artigos especializados sobre acessibilidade, tecnologia assistiva, acerca dos aspectos psicossociais da acessibilidade e sobre a biblioteca universitária.
Visitas in loco permitiram o registro fidedigno da realidade encontrada através dos registros fotográficos.
Como base nos dados coletados e considerando a literatura disponível sobre o tema, procedeu-se a análise de dados de modo a evidenciar problemas e sugerir soluções.
8 Resultados Parciais/Finais
Constatou-se, nesse estudo, que as bibliotecas do NIB pesquisadas necessitam reestruturar seu espaço físico e adquirir recursos (livros, equipamentos, treinamentos..); a fim de proporcionar a acessibilidade aos seus usuários com deficiência, visto que as bibliotecas não atendem as especificações dos padrões de qualidade estabelecidos pela NBR 9050/2004.
Apesar do tema acessibilidade já ter sido foco de estudo em trabalhos do SNBU 2012, monografias e dissertações da UFMA se observa poucos resultados positivo.
Pretende-se, que essa proposta, seja levada a outras instâncias da Universidade, a fim de buscar parceria, com arquitetos, designers, analista de sistemas, professores, servidores,
alunos e outros que possam contribuir para a promoção da acessibilidade nas bibliotecas do NIB-UFMA.
9 Considerações Parciais/Finais
Por mais que as bibliotecas universitárias sejam equipadas com tecnologias que favoreçam a acessibilidade da pessoa com deficiência, lembramos que a acessibilidade em si ainda é limitadora, pois há pessoas que não consegue nem sair de casa, devido à ausência de estrutura para mobilidade da pessoa com deficiência, inclusive em prédios públicos.
A Biblioteca Digital disponível no mundo da internet está aí para todos, a princípio parece um solução plausível para a acessibilidade aos conteúdos disponíveis em bibliotecas universitárias; porém a todos que possuem tecnologia para acessá-la. De certo que o investimento em tecnologia assistiva é oneroso tanto para a instituição, quanto para o indivíduo.
Apesar do crédito facilitado, o investimento em tecnologia assistiva ainda é demasiadamente alto, por isso torna-se difícil tê-la em casa para dispor de acervos eletrônicos, ou para outras demandas informacionais.
Considerando os estudos já realizados acerca de acessibilidade na UFMA, notamos que o artigo desenvolvido e apresentado no SNBU 2012 e outros não resultaram em ações efetivas pela instituição.
Os instrumentos de tecnologia que estiveram disponíveis na Biblioteca Central da UFMA, hoje estão deteriorados pelo uso e ação do tempo, sem receber manutenção ou renovação, a biblioteca não dispõe no momento de equipamentos de tecnologia assitiva.
De toda forma convocamos os pesquisadores da tecnologia, arquitetura, informática e engenharia para pensar junto com a Biblioteca Universitária soluções inteligentes para a acessibilidade haja vista que o que dispomos hoje, no mercado, seja no mundo real ou virtual não atende a totalidade das demandas da BU quando tratamos de acessibilidade.
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