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OS RELATOS CRÔNICOS DE JEAN CAPELA E DE SEUS INTRÉPIDOS COMPANHEIROS (VOLUME I)

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OS RELATOS CRÔNICOS DE JEAN

CAPELA E DE SEUS INTRÉPIDOS

COMPANHEIROS (VOLUME I)

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ÍNDICE:

Introdução...03

O Caso dos Vistanis Desaparecidos...04

A Batalha do Castelo Forlorn...37

O Festim dos Goblins...73

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Introdução:

Foi numa tarde de maio de 2018 que graças a outro aficionado por RPG, o Seixas, conheci um novo tipo de RPG chamado Ravenloft.

Um mundo de sombras onde os domínios representam medo e pavor as pessoas que os habitam e uma vez dentro deste mundo, você dificilmente retornará.

Esses domínios representam um pano de fundo para as aventuras de Jean Capela, um dementliano sedento de vingança pela morte de seus pais e juntamente com os barovianos Nikolai Von Zarovitch e Caleb Montelach, o paladino do Senhor da Manhã, o clérigo Vareen Masiev vindo de Hazlan e radicado em Mordent e William Weathermay, um nobre mordentino, eles atravessam por vários domínios de Ravenloft na luta contra demônios, monstros e todas outras ameaças na tentativa de impedir a Grande Conjunção, que provocará o fim dos domínios de Ravenloft.

Essas aventuras serão publicadas em dois volumes com o primeiro contendo as três aventuras iniciais dessa saga: O Caso dos Vistanis Desaparecidos, A Batalha do Castelo Forlorn e o Festim dos Goblins.

Agradeço novamente ao Tomás e ao Iur e também ao Seixas (o mestre) e ao Santana por ser parceiros destas aventuras.

Pode-se dizer que passamos muitos sábados torcendo, gritando e rindo em meio as missões tão perigosas destes domínios que nos encantaram.

E desta história complexa que nasceu através destas partidas.

Cuidado, leitor, uma vez pego pelas Brumas você não conseguirá mais parar de ler.

E que Ezra e o Senhor da Manhã os abençoem.

Mário Amaral 12/06/2020

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O Caso dos Vistanis Desaparecidos Prólogo - Quem Sou Eu

Aqueles que porventura encontrarem este diário, certamente saberão de onde venho e quem sou eu.

Perdoem minha descortesia. Permita-me que eu me apresente a todos os domínios conhecidos de Ravenloft.

Meu nome é Jean Capela e venho de Dementlieu, um domínio famoso pela cultura e pela sua imagem progressista, mas infelizmente também é marcado pelas brutalidades contra os menos favorecidos, o que abomino completamente.

Tenho motivos para isso. Eu era uma criança como tantas outras e como todo bom dementliano que se preze, aprendi a ler e a escrever nos meus primeiros anos de vida.

Vivi idilicamente com minha família até chegar o fatídico dia que mudou minha vida para sempre.

Estava no pátio contando histórias do domínio para minha irmã, quando vi dois pistoleiros que entraram atirando. Tentei avisar meus pais, mas era tarde.

Foi horrível ver meu pai ensanguentado e minha mãe com uma marca de bala na testa. Assim que me virei na tentativa desesperada de salvar minha irmã dos assassinos, acabei vendo-a caída de bruços e com a cabeça arrebentada por um tiro.

Ali perto, em uma carruagem, avistei o responsável com um sorriso de hiena em seu rosto.

François Leclerc. O filho da puta que desgraçou minha vida e que fez-me tornar o que sou hoje.

Imagine para vocês que lerem este diário o tão traumático que se tornou para um garoto de oito anos que tinha tudo e acabou ficando sem chão, sem nada nem ninguém.

Com isso, fui para as ruas e os becos de Port-a-Lucine aprender a sobreviver como um ladrãozinho de merda que roubava dos ricos e brigava com os outros ladrões pelo espólio. As vezes levava o roubo e outras levava uma bela surra.

Um belo dia, algo saiu do meu controle. Não queria machucar ninguém, mas alguém me denunciou por um crime que não cometi e a guarda dementliana me perseguiu até a um beco onde cercaram-me e provavelmente me matariam ali mesmo. No entanto, saquei a pistola e arrebentei a cabeça de um dos guardas.

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Acabei preso e jogado numa das cadeias mais imundas de Dementlieu esperando o dia de ser executado sem nenhum pedido de clemência.

No entanto, vi minha sorte mudar. Numa das suas visitas as celas de Port-a- Lucine, o lorde Dominic em pessoa veio a minha cela e decidiu poupar minha vida provavelmente impressionado com meu potencial.

Levou-me imediatamente aos tutores dos seus filhos para aperfeiçoar minhas habilidades de luta, de tiro e também culturais.

Depois de anos de treinamento, tornei-me um dos melhores pistoleiros de Dementlieu e um razoável espadachim.

Ainda fui um matador de aluguel e fiz incontáveis serviços ao lorde Dominic mantendo a fidelidade a ele acima de tudo assim como meu pai fez.

Havia um problema, entretanto.

E tinha nome e sobrenome.

François Leclerc.

Ele era um dos conselheiros mais próximos ao lorde, quase como um braço- direito, embora Dominic nem suspeite de que está sendo traído ignominiosamente.

Se eu matasse Leclerc, cairia em desgraça com o lorde pelo resto da vida. Contudo, de alguma forma, Dominic protegia-me de meu próprio ódio.

Pedi a ele que me dispensasse dos serviços e que expulsasse-me de Dementlieu por qualquer motivo.

Dominic concordou com a ideia embora eu acredite que sempre teve esse desejo de me mandar embora com o intuito de me ajudar. Antes disso, porém, me pediu para fazer um último serviço que era de ir a Mordent como guarda-costas de James Mounsel.

O garoto era um verdadeiro prodígio e aos 18 anos iria para a escola de medicina de Mordent, sendo um dos melhores da nova geração de sábios dementlianos.

Poucos dias antes de partir, em uma das minhas visitas a biblioteca da cidade, acabei sabendo o motivo de meu pai ter sido brutalmente assassinado.

Dias antes deste triste incidente, meu pai descobriu que Leclerc desviava dinheiro dos cofres do domínio para formar um exército de mercenários trazidos da Falkovnia e roubava armamentos pesados com o claro objetivo de depor e assassinar o lorde Dominic para tomar o poder em Dementlieu, ser o novo lorde negro e romper com o pacto das quatro torres feito com os domínios vizinhos na tentativa de reprimir qualquer ataque falkovniano a cada um deles.

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Já tinha conseguido o apoio de nobres descontentes com Dominic, considerando- o como um lorde fraco e benevolente demais com o povo.

Meu pai havia descoberto a conspiração e denunciou tudo ao lorde que rapidamente esmagou a tentativa de golpe prendendo quase todos os conspiradores e executando alguns para servir de exemplo.

Leclerc conseguiu escapar e voltou ao castelo chantageando e ameaçando Dominic de morte e chegando até mesmo a usar uma mulher ardilosa para ativar sua maldição contra ele.

A de nunca apaixonar-se.

Foi assim que aquele desgraçado do Leclerc acabou com minha família.

E juro por Ezra que acabarei com esse miserável traidor mais cedo ou mais tarde.

Mas por ora, tinha que ir a Mordent escoltando Mounsel.

E adquirir mais forças.

Bem como conseguir qualquer aliado disposto a me ajudar nesta vingança.

Parte I - Festa Estranha com Novos Companheiros e O Surgimento de Uma Sociedade

A viagem até Mordent foi tranquila com Mounsel e eu discutindo sobre nosso futuro.

Depois de sete horas de viagem passando pela bela paisagem do rio Arden, chegamos a Mordentshire ao pôr do sol. É uma bela cidade realmente, mas o povo daqui é um pouco arredio. Preferem falar mais de amenidades que de coisas bem mais sérias e sempre dizem de um aparato inventado por um certo alquimista que diz ser capaz de separar o mal e o bem de uma pessoa.

Falando de mal, os mordentinos tem um lema bastante interessante: “Nunca chame o mal e ele não virá até você”.

Pena que isso não funcionou pra mim.

Assim que chegamos ao centro de Mordentshire, Mounsel e eu nos estabelecemos em uma pousada de uma família de burgomestres. Mounsel estava bastante animado com sua primeira noite em Mordent já fazendo planos para seus estudos pensando em construir uma brilhante carreira como médico.

Eu já estava pronto pra dormir quando um garoto de recados bateu na porta e me deixou um convite mandado pelas irmãs Weathermay para uma espécie de sarau.

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A festa seria na Winter House e o logotipo do convite era azul, o que significa ser algo importante e formal.

A princípio, não estava muito entusiasmado a ir, mas Mounsel me incentivou com o argumento de representar Dementlieu na festa e, por tabela, o próprio lorde Dominic.

Depois de refletir muito sobre os argumentos de Mounsel, eu pensei comigo mesmo: “o que tenho a perder ao ir ao sarau das irmãs Weathermay?”.

Afinal, seria uma grande oportunidade de testar minhas habilidades de espião sabendo mais sobre a situação dos outros domínios e relatá-los ao lorde Dominic.

No entanto, mal sabia eu que a roleta-russa do destino iria girar e mudar minha vida para sempre após esta festa.

E levando junto comigo três novos companheiros.

* * *

Era final de tarde quando entrei na mansão. Pensei que tivesse vindo cedo demais pelo fato de haver poucas pessoas ali, mas os mais velhos dentre eles chamaram-me minha atenção.

Um deles era procedente de Hazlan, mas reside em Mordent há bastante tempo e tem uma história tão triste quanto a minha. Seu nome era Vareen Masiev e pelo pouco que soube dele, tinha ocorrido um grave acidente com um de seus irmãos e devido a isso e a seu ódio profundo por vampiros, se tornou um clérigo temido por todos e um caçador do sobrenatural treinado pelo próprio doutor Rudolf Van Richten por um tempo.

O outro vinha da Barovia e era um paladino do culto do Senhor da Manhã e fiel ao templo de Ezra. A história dele era bastante interessante. O que pensar de um órfão que foi criado para seguir os passos de um paladino e ao mesmo tempo lutando pela espada e pela fé? Era exatamente assim que Caleb Montelach se apresentou a mim e pelo que soube dele, sua missão era salvar pessoas, caçar demônios e erradicar o mal em cada domínio que cruzasse.

Achei que eles, por serem mais velhos do que eu, fossem bem mais carrancudos.

Mas com o passar do tempo, percebi que estaria completamente equivocado a respeito deles.

* * *

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Voltando um pouco a festa, avistei por lá Jacqueline Renier e sua irmã Louise, as temidas “ratazanas” de Richemulot. Não se enganem pelas aparências, afinal, elas são a crueldade em pessoa, especialmente Jacqueline. Dizem que as duas são inimigas mortais e todos aqueles que planejavam casar com elas acabavam desparecendo ou morrendo.

Também vi um homem vestido de cossaco chamado Vasin e outros tantos que até perdi a conta.

Ao fundo, uma música era tocada e a conversa seguia animada quando fomos chamados para uma reunião na ala sul da mansão com o governador George Weathermay, uma das pessoas mais influentes de Mordent.

Fiquei intrigado com tudo aquilo e pensei com meus botões: “que diabos o governador quer comigo?” e me dirigi para a tal reunião junto com Caleb e Vareen.

Lá chegando encontramos o governador rodeado por duas mulheres bonitas e determinadas, as famosas irmãs caçadoras do sobrenatural Gennifer e Laurie Weathermay.

Dizem que elas são vítimas de preconceitos dos mais refinados de Mordent pelo fato de combater o mal e erradica-lo da terra considerando isso “pouco feminino” e inapropriado para senhoras.

Uma estupidez das mais absurdas, na minha humilde opinião.

Encontramos ali também o lendário Doutor Rudolf Van Richten, cujos feitos ecoam em praticamente todos os domínios de Ravenloft. Deu um tímido sorriso para seu velho amigo Vareen e voltou para o lado do governador.

Enquanto isso, um homem alto aproximou-se de Caleb e trocou algumas palavras com ele que se apresentou como Nikolai Von Zarovich, um dos parentes distantes do famoso Conde Strahd Von Zarovich, o responsável direto por boa parte da história de Ravenloft.

Junto a ele, estava seu fiel companheiro, um enorme cachorro de nome Strahd.

Enorme mesmo, a ponto de pulverizar um inimigo em segundos com sua poderosa mordida, portanto sugiro que pensem duas vezes antes de chamá-lo de pulguento ou vira- lata.

Enquanto isso, Vasin conversava animadamente com o capitão William Weathermay-Foxgrove que lamentava a morte dos outros membros na tristemente conhecida Casa da Colina do Grifo.

Ele agradece a presença de todos enaltecendo o fato de seus irmãos ainda estarem vivos.

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Estávamos ainda nos conhecendo melhor quando ouvimos uma gargalhada macabra no salão.

Era outro cossaco, cuja presença era mais intimidadora que a de Vasin, que sabia tudo a respeito destes estranhos incidentes em cada um dos domínios.

Ao menos, o destilado de ameixa era bem gostoso e descia pela garganta que era uma beleza.

Atrás de mim, uma garota criticou asperamente meu jeito de beber dizendo que eu era rude demais para um dementliano. Identificou-se como Irene Hiregaard, provavelmente parente distante do lorde de Nova Vaasa, Sir Tristen Hiregaard.

Ela falou que não gostava de beber essas coisas e saiu de mansinho da festa. Achei estranha a atitude de Irene e comentei com Caleb a respeito disso quando o paladino decidiu agir.

Pegou um copo cheio desse destilado e tentou detectar algum veneno na bebida, mas sentiu-se mal e vomitou toda a bebida ingerida no chão, deixando Vareen e eu muito preocupados com sua saúde.

Depois do susto de Caleb, fomos a antessala para falar com o governador e este nos relatou o que estava acontecendo.

Uma caravana de 200 Vistanis desapareceu misteriosamente quando ia para o sul a caminho de Steedwall, um golpe considerado terrível para as pretensões conquistadoras de Strahd Von Zarovich.

Os Vistanis são um povo de ciganos que viajam de domínio a domínio comercializando suas mercadorias e vivendo suas vidas como podem.

Alguns dos domínios querem vê-los pelas costas e outros, como a Barovia, fazem bom uso das habilidades comerciais dos Vistanis.

O governador nos encarregou de encontrar estes Vistanis de preferência vivos e prometeu nos ajudar conforme o possível.

Ele logo nos enviou para uma casa especialmente feita para os novos membros da Sociedade Van Richten que lutam contra o sobrenatural.

Para mim, esse convite era uma oportunidade única para aprender novas técnicas e voltar mais forte a Dementlieu para acabar com Leclerc e concretizar minha vingança.

Por enquanto, Vareen, Caleb e eu nos separamos e voltamos para nossos respectivos lugares.

Despedi-me de Mounsel e este me alertou para tomar cuidado com as Brumas e com quaisquer ameaças sobrenaturais.

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Arrumei minhas pistolas, meu rifle e minha rapieira e parti rumo a mansão Van Richten para reencontrar-se com meus novos companheiros e o capitão William Weathermay-Foxgrove.

E começar minha mais nova missão como membro oficial da Sociedade Van Richten fundada em 734.

Ser um caçador do sobrenatural.

Nada mal para um simples pistoleiro como eu.

Parte II – Rumo á Casa da Colina do Grifo

Chegamos a mansão Van Richten que era simples e ao mesmo tempo bem aconchegante. Havia três empregados, um cozinheiro e um mordomo. Dentro de um dos quartos havia um caixão e alguns livros na mesa bem como um jarro cheio de terra.

Provavelmente era material de pesquisa do doutor Van Richten.

Enquanto Nikolai brincava com seu fiel cão Strahd, veio em nossa direção um homem gritando palavrões de todos os tipos e passando por nós em alta velocidade. Falou sobre um surto de peste vermelha ocorrida dois séculos atrás e depois não mais se mexeu.

Nada como uma boa intimidada do capitão William Weathermay pra ele finalmente identificar-se.

Ele se chamava Maximillian Von Ludendorf ou simplesmente o doutor Max.

Contou-nos que veio da Lamordia apenas para preservar a paz e que não para de pensar na tal da peste vermelha.

No entanto, esta aparente loucura tem razão de ser. O doutor Max era na verdade um humano que foi transformado em nosferatu e enfrentou vários surtos de peste na tentativa de curar os doentes tendo sua mente abalada por causa dessa situação. Vareen viu a verdade em suas palavras e até tentou usar sua persuasão para que lutasse ao nosso lado, mas o clérigo falou bobagens demais e o doutor Max educadamente fez Vareen calar a boca.

O capitão também se aquietou e o nosferatu argumentou que detesta demonstrar sua própria natureza diante de estranhos.

Fomos então olhar o sótão que estava arrumado de forma impecável e vimos o nosferatu retirar-se provavelmente para recuperar suas forças.

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A mansão tinha praticamente virado um albergue para os novatos da Sociedade Van Richten sentirem o conforto pela última vez antes do batismo de fogo e eu particularmente acho este lugar ao mesmo tempo estranho e interessante.

A noite foi feita uma fogueira no quintal da mansão e Caleb, Vareen, Nikolai e eu nos reunimos para discutir tudo o que aconteceu até agora bem como pensar na perspectiva sobre o que iriamos encontrar pela frente.

Depois, Vareen e eu fomos para nossos aposentos. Caleb ainda ficou mais algum tempo conversando com Nikolai e os dois barovianos cantaram uma estranha canção que os levou a nostalgia de tempos mais pacíficos.

Strahd ainda brincou com o paladino e lambeu-o com uma alegria incomum para um canzarrão considerado perigoso. Caleb sorriu para o cachorro e ele e Nikolai foram para seus respectivos aposentos.

A noite caiu e todos nós dormimos tranquilamente sem sustos nem pesadelos.

No dia seguinte, tomamos o café-da-manhã mordentino que é uma delícia. Só Vareen repetiu o café e o pão umas três vezes. William tomou seu chá e Nikolai deu comida na boca de Strahd.

Tenho que admitir que o café-da-manhã de Mordent é infinitamente superior a de Dementlieu. Também pudera, o único alimento que cresce lá são as batatas e francamente estou muito enjoado de comer isso.

Depois do desjejum, um patrulheiro entregou uma carta a Vareen com informações muito importantes sobre o caso dos Vistanis desaparecidos.

Nela fala que a relação de Vistanis desaparecidos aumentou nos últimos dias e alguns que escaparam passaram por várias cidades como Steedwall e criaram acampamentos próximos a Mordentshire.

Nas estradas do sul, nada foi encontrado. Caleb, Vareen e eu chegamos a conclusão de que sofreram, a princípio, um ataque do temido Conde Vlad Drakov, o lorde negro da Falkóvnia que deseja subjugar todos os domínios existentes e mesmo com seus constantes fracassos nas campanhas, ele ainda não desistiu de seu intento.

Nós decidimos ir com William, embora no meu íntimo ainda desconfiasse das intenções dele e de Nikolai para conosco. Não por culpa deles, mas devido aos traumas que sofri em Dementlieu, acabei tendo dúvidas da lealdade das pessoas.

Com o tempo, descobriria que minhas desconfianças eram infundadas e tanto o capitão como Nikolai acabaram sendo aliados valorosos para nós.

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Nikolai então foi para o caminho oposto e nós nos preparamos para investigar esse incidente.

E partimos rumo a Mordentshire.

Para ser mais específico, rumo a Casa da Colina do Grifo.

Parte III – Blondie

Depois de três dias de cavalgada, chegamos as proximidades da Casa da Colina do Grifo.

O capitão nos explicou que a mansão apesar da sua decadência, ainda mantem uma certa imponência e está há mais de 200 anos sem um morador fixo.

Também pudera, depois daquele horripilante incidente com a família Godefroy cujo pai matou a esposa e a filha em um ataque de fúria e ele mesmo se matou não aguentando seus próprios tormentos e as assombrações dos espíritos das duas.

Só um maluco inconsequente moraria numa mansão daquelas.

Lamento pelo capitão, mas cada um de nós tem um fardo pra carregar e eu não sou exceção.

William nos contou que nenhum parente conseguiu fixar-se por lá e ele perdeu a mãe quando era criança.

O portão estava tão enferrujado que entramos no pátio sem problemas. Vareen usou seus poderes para detectar magia e nada encontrou de anormal.

Tudo o que posso dizer sobre esta mansão resume-se a uma frase: é coisa de louco.

No lado oeste, notamos marcas de rodas recentes e brasas perto da clareira provando irrefutavelmente de que os Vistani estiveram ali a pouco tempo.

Vareen encontrou terra mexida recentemente e sentiu algo estranho lá embaixo.

E nós também nos espantamos com o que vimos.

Era o corpo de uma jovem Vistani. A julgar pela aparência, estava na casa dos 20 anos e usava um longo vestido branco.

Pelo pouco que sabemos, ela morreu de pneumonia a quatro dias atrás.

E tínhamos que enterrá-la da forma mais digna possível.

* * *

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Depois de enterrarmos a jovem com Caleb rezando pela sua alma em nome de Ezra, fomos ao vilarejo próximo da Mansão Heather e ouvimos risadas infantis no portão.

Eram ao todo oito crianças. Uma delas nos disse que havia uma não muito mais velha do que elas chamada Blondie, que não estava lá naquele momento.

Também encontramos Heather Mills, a dona do local, e ela nos disse a respeito do vilarejo que é bem acolhedor com qualquer um que os visite, exceto os Vistanis.

É bom lembrar que Heather tem um ódio mortal dos Vistanis por acreditar que eles foram os responsáveis pela perda do seu marido galante, segundo algumas fontes meio duvidosas.

A única informação que obtivemos de Heather é a de que uma de suas crianças acabou encontrando uma corrente de ouro no chão enquanto brincava com suas amigas.

Queríamos saber mais a respeito de Blondie e Heather nos respondeu que os pais dela haviam morrido prematuramente e ela foi a Steedwall atrás dos Vistani para tentar obter informações sobre seus pais e sua origem.

Steedwall é uma cidade ao sul de Mordent tristemente famosa por seus cassinos e bares clandestinos onde o roubo, o estelionato e o assassinato correm soltos pelas ruas.

Heather nos disse que essa cidade fica do outro lado do rio precisando passar por um pântano antes de chegar lá.

Tudo ia muito bem até Vareen abrir a boca e falar mais uma de suas besteiras na frente de Heather deixando-a tão furiosa que praticamente nos expulsou do vilarejo. O capitão William se aborreceu bastante com Vareen pelo fato dele não comer seu prato preferido, o bolo de erva-doce que Heather faz com tanto carinho para os visitantes.

Caleb e eu apenas balançamos a cabeça e lamentamos esse fato desagradável.

Sem opções, tivemos que voltar para a mansão Van Richten de estômago vazio devido á gafe de Vareen e com pouquíssimas informações na bagagem.

No entanto, havia uma pessoa que poderia nos ajudar a desatar o nó desse caso.

O doutor Max.

* * *

Ao chegarmos de volta a mansão, Vareen foi procurar o nosferatu e não o encontrou. Enquanto Caleb e Nikolai conversavam animadamente em baroviano e eu limpava minhas armas, ouvimos um grito e logo em seguida um gemido vindo de um dos quartos.

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Era Vareen vomitando todo seu café-da-manhã.

Nikolai se retirou do quarto fazendo muito barulho e Caleb e eu fomos ajudar Vareen a se recompor.

O nosferatu nos disse que estava fazendo um rito fúnebre e nos contou um pouco mais de si mesmo enquanto eu olhava sua estante cheia de livros sonhando algum dia em lê-los para adquirir novos conhecimentos e quem sabe aprender mais línguas.

Ele era humano e tornou-se um médico respeitado na Lamordia.

Um dia, veio uma peste que contaminou grande parte da população e ele combateu- a com todos os recursos possíveis.

No entanto, alguns nosferatus o atacaram e o contaminaram com seu mal não sem antes liquidar com seu líder em um combate mortal.

Depois de sabermos um pouco mais da triste história do Doutor Max, fomos informados pelo capitão sobre a atual situação de Steedwall.

A cidade encontrava-se em um estado de anarquia total. O prefeito foi dado como desaparecido e com o vazio de poder subsequente, várias facções lutam pelo poder destacando-se duas delas: as gangues de Alfred e a de Tommy, o Terrível.

Segundo o mapa informativo que Vareen havia lido, Steedwall tem de tudo o que possa imaginar de mais baixo nível e leva cinco dias de viagem.

Antes de partir, o capitão William mandou uma carta ao governador pedindo reforços para ajudar a debelar a onda de crimes em Steedwall, no entanto, o governador somente mandou dois soldados e o comandante deles, um tenente elfo chamado Asher Badhir que veio de Sithicus.

Bem, melhor três do que nenhum, pensei eu.

Depois de muito debater, decidimos que era o momento de partirmos rumo a Steedwall.

Para resgatar Blondie e descobrir o paradeiro dos Vistani desaparecidos.

Mas nenhum de nós imaginaria que aquela menina nos causaria tantos problemas.

E nem desconfiávamos que por trás da aparência angelical, se escondia algo cruel.

Parte IV – A Caminho de Steedwall

O lugar onde ficamos é estranho pra mim e as vezes sinto-me como um peixe fora d´agua.

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O bar em que paramos pra comer era de nível tão baixo que assistimos cenas tão bizarras que é difícil acreditar que aconteceu de verdade.

O estalajadeiro brigando com uma jovem anã e tentando expulsá-la do estabelecimento sendo impedido por um homem meio maluco que falava um dialeto esquisito e em uma mesa próxima da nossa uns caras com roupas esfarrapadas insultando uns aos outros e se preparando pra brigarem.

Eu já estava louco pra entrar em ação e acabar com aquela palhaçada toda, mas nem foi necessário graças ao homem meio maluco que falava um dialeto esquisito que deu um jeito na coisa toda não se sabe como.

O homem se apresentou a nós como Giovanni Attore, uma espécie de ladino que tinha problemas com a guarda local devido a suas ações um tanto impensadas.

Mesmo com a “contribuição” de Attore, não conseguimos informações relevantes com o pessoal do bar e então relatamos tudo ao capitão William.

Ele então resolveu ir por conta própria ao pântano e nós fomos descansar em uma pousada próxima sem sobressaltos.

O sol estava raiando e resolvemos seguir viagem. Seguindo a sugestão de Caleb, fomos a outra estalagem para comprar provisões e principalmente peixes.

A viagem prosseguia sem nenhum incidente mais sério e três quartos do caminho foram percorridos já sendo possível ver as luzes de Steedwall no lado oposto do rio.

Foi então que ouvimos tiros ao longe e sentimos um fortíssimo cheiro a podre.

Era Nikolai que estava fedendo a carniça depois de enfrentar alguns monstros perto do rio.

Vareen detectou cura no corpo dele e ouvimos com atenção o relato de Nikolai a respeito de um misterioso barqueiro chamado Smythe que ia de um lado a outro do rio Achen.

E que para chegarmos a outra margem do rio, precisávamos atravessá-la usando cordas.

Nikolai passou tranquilamente e nós o seguimos rio abaixo para chegarmos logo a Steedwall.

E resolver essa questão das gangues o mais rápido possível para atingirmos nosso objetivo.

Parte V – Revelações, Gangues e Uma Desagradável Surpresa

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Já o tenente Asher Badhir não teve tanta sorte ao atravessar o rio e caiu no leito cheio de porcarias.

O capitão foi fazer o mesmo e quase se afogou com o peso da armadura. Levantou- se no outro lado do rio e mais uma vez olhou feio pra Vareen acreditando que o clérigo não tinha amarrado direito sua corda.

Assim que pisamos em terra firme, encontramos uma faca no chão. Sinal de que havia Vistanis nas proximidades.

Sabíamos através dos relatórios que Steedwall tinha um delegado que a duras penas mantinha um pouco de ordem na cidade após o desaparecimento do prefeito e que as gangues estavam em guerra total pelo poder.

Mas para continuarmos nossa tarefa, precisávamos resolver essa querela de qualquer maneira.

Seja na estratégia, na força ou na bala.

* * *

Depois de muito andar, chegamos enfim a Steedwall. E como se previa, a cidade estava em um estado caótico.

Janelas e portas quebradas, bandidos mal-encarados andando pela cidade, mulheres vendendo o corpo a qualquer preço nas esquinas e na parte central, existia um lugar que era um verdadeiro orfanato a céu aberto com crianças e adolescentes armadas com canivetes prontas pra roubar qualquer transeunte desavisado.

Mas pra mim não era novidade alguma. Mudam-se os lugares, mas o caos continua o mesmo.

Vareen foi diretamente ao mais alto deles e que parecia ser o “mestre” dessas crianças. Um adolescente mal-encarado que se identificou como Lucianinho e pela atitude do garoto, vi que poderia esfaquear Vareen a qualquer momento.

Mas nem mesmo eu imaginaria que aquele clérigo tão introspectivo e sisudo faria um plano dos mais malucos que já vi na vida.

Vareen desafiou o rapaz a pegar a moeda de sua mão para pagar pela informação que nós precisávamos. Só que o clérigo tinha eletrizado a moeda e assim que o garoto a pegou, levou um choque tão forte que caiu na calçada de todo comprimento e as crianças fugiram feito baratas tontas.

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Daí o trabalho foi bem mais fácil. Depois de recuperar-se do choque, Lucianinho nos contou que tinha visto 20 vistanis na cidade e que o atual prefeito desapareceu depois das mortes de seu filho e da namorada dele.

Nos disse ainda que para saber mais sobre eles, tínhamos que procurar o delegado Smith.

Uma coisa eu aprendi nesta história toda.

Nunca subestime os mais velhos.

Eles são imprevisíveis e capazes de fazer coisas que até Ezra duvida.

* * *

Fomos a delegacia para encontrarmos com Smith e o auxiliar nos disse que ele estava bebendo a margem do rio.

Voltamos a margem e encontramos o delegado encostado numa árvore mais bêbado do que um gambá.

Aquilo me deixou tão irritado que botei a arma na cabeça dele e por pouco não a estourei.

Mas Caleb teve uma ideia bem melhor que a minha. Agarrou-o pelo colarinho e o jogou na parte rasa do rio.

Depois desse banho forçado, o delegado se recompôs e falou que as gangues ganharam ainda mais força nos últimos dias e a traição e o assassinato corriam soltos na cidade. Vareen, Caleb e eu perguntamos sobre a guarda e ele apontou para a parte central da cidade.

Voltamos novamente para a parte central da cidade e encontramos uma guarda tão preguiçosa e leniente quanto o delegado.

Vareen, Caleb e eu percebemos que nós mesmos tínhamos que assumir a tarefa de observar as duas principais gangues da cidade: a de Alfred e a de Tommy, o Terrível.

Objetivando trazer um pouco de paz a Steedwall.

Para poder encontrar Blondie de uma vez por todas.

* * *

Fomos a casa do prefeito para procurar algo mais com Nikolai se juntando a nós depois de dar uma volta pelas ruas de Steedwall junto com o capitão.

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Caleb abriu a porta com a chave que tinha recebido do delegado e encontramos a casa toda bagunçada e cheia de aranhas e ratos por toda a parte.

O paladino sentiu uma grande energia vinda da biblioteca e todos nós fomos para lá na esperança de encontrarmos uma pista importante para localizarmos Blondie. Até mesmo Strahd tentou nos ajudar com seu faro, mas tudo foi inútil.

Na cozinha, nada encontramos. Nas adegas, apenas barris de vinho vazados.

No andar de cima, Caleb teve um pouco mais de sorte ao encontrar uma carta escrita com letra formal.

Assim que tocou na carta, o paladino ficou tonto assim como eu, mas felizmente foi passageiro.

E assim que abrimos a carta, descobrimos algo alarmante.

Que Smythe estava por trás de tudo.

Mas será que ele foi capaz de matar o filho do prefeito e sua namorada de forma tão cruel assim?

Isso brevemente seria elucidado.

E com uma desagradável surpresa para nós.

* * *

Caleb fez sua oração a Ezra e em seguida, o rito necessário para falar com o espírito do prefeito John Crawford.

Nikolai, Vareen e eu nos afastamos da mesa e o espírito de John contou que foi acusado de matar a amante e sentindo-se culpado por isso, ele enfrentou Smythe em uma luta e acabou degolado pelo barqueiro.

Falou ainda que Smythe recebia dinheiro mensalmente e que ele jamais chegou a capital com os relatórios a serem mandados para o governador.

Assim que Caleb pegou o dinheiro, sentiu seu corpo gelar e o espírito de Crawford desaparecer.

Voltamos a delegacia e fizemos os preparativos necessários para acabar com Smythe e dar paz as pessoas que foram mortos por ele.

Nikolai já estava com o pote de sal na mão e todos nós fomos a beira do rio a espera de Smythe.

Que provavelmente matou-os com a ajuda de um barqueiro das Brumas.

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* * *

A noite chegou e Smythe finalmente apareceu.

Ele nos contou que tinha uma boa relação com o prefeito de Steedwall, no entanto deveria levar sacrifícios ao barqueiro para garantir sua sobrevivência o que motivou a sequestrar o filho do prefeito e a namorada deste.

Contudo, houve uma resistência inesperada do filho do prefeito e Smythe o matou a facadas juntamente com a namorada e com o prefeito John Crawford, que estava os procurando e também acabou degolado sem piedade.

Revoltado com tudo o que ouvi, eu saquei minha pistola e apontei para o infeliz enquanto Vareen começava o ritual e Nikolai jogou sal em cima dele fazendo Smythe urrar de dor.

A neblina se desfez e o barqueiro apareceu em sua verdadeira forma com a foice, uma capa preta e a mão esquelética.

Enfurecido com nossa intromissão, o barqueiro atacou Vareen com sua foice jogando-o para longe e provocando um corte profundo em seu peito.

Como se não bastasse tudo isso, o barqueiro nos obrigou a tomar uma difícil decisão de matar ou de poupar a vida de Smythe.

Depois de muito debater, decidimos acabar com Smythe de uma vez por todas e este morreu agonizando enquanto era jogado no rio por Caleb.

Era nossa chance de mandar o barqueiro para longe dali e eu precisava agir antes que Nikolai perdesse a cabeça.

Não pensei duas vezes. Mirei na cabeça do monstro que o protegia e atirei.

A bala o atordoou tempo suficiente para que Caleb desse o golpe fatal no monstro fazendo-o se dissolver e para que Vareen fizesse o barqueiro desaparecer com sua magia.

Após o clérigo exorcizar o espírito de Smythe, pegamos o barco e rumamos rio acima rumo a mansão do prefeito.

Para que Vareen terminasse o rito e o espírito de John Crawford pudesse descansar em paz.

Bem como procurar mais pistas para achar Blondie.

* * *

(20)

Voltamos a mansão para encontrar o espírito de Crawford e Vareen disse a ele sobre a morte de Smythe. Este nos agradeceu por tudo e desapareceu.

Caleb, Vareen, Nikolai e eu resolvemos continuar investigando a mansão para conseguir alguma pista concreta sobre o paradeiro de Blondie.

Enquanto eu consultava os livros na biblioteca, Vareen começou a sentir-se mal na cozinha e Nikolai começou a urrar feito louco com seus olhos ficando avermelhados.

E Nikolai + olho vermelho = problemas.

Assim que corremos para ajudá-los, Caleb e eu sentimos uma estranha perturbação no local e logo descobrimos a causa.

Vampiros.

Os seres que Nikolai e Vareen mais detestavam na vida.

Caleb e eu agimos o mais rápido possível para tirá-los fora do alcance deles.

* * *

Depois de sairmos a muito custo da mansão levando Vareen e Nikolai quase de arrasto, voltamos a delegacia para falar com Smith a respeito de Smythe que saiu de Steedwall decidido a “mudar de vida”.

Vareen então decidiu que era hora de fazer uma visitinha a Alfred, que era dono de um dos maiores estabelecimentos de Steedwall.

Tenho que reconhecer que por trás desse clérigo maluco se esconde um habilidoso e brilhante estrategista que sem dúvida nos levaria ao êxito muitas vezes.

Assim que chegamos lá, entregamos nossas armas a um baixinho com dentes de ouro que vigiava a entrada.

Vareen usou seus poderes para detectar algo anormal nos outros três bandidos que estavam na mesa e nada ocorreu.

O bar de Alfred é bem arrumado por dentro com mesas e cadeiras bem ordenadas e ele parecia ser um cara legal, mas assim que ficou sabendo por nós da presença de Vistanis na cidade, seu semblante ficou bem mais casmurro.

Deu um verdadeiro esporro no mendigo que estava em uma das mesas e em seguida furou seus dois olhos com uma adaga que tinha em seu bolso.

Apesar do susto, nada aconteceu conosco e antes de sairmos, Caleb avisou a Alfred que estivemos na casa do prefeito. Recebemos nossas armas de volta e fomos para a mansão de Tommy, o Terrível.

(21)

Quem sabe lá teríamos um pouco mais de sorte.

* * *

Chegamos a mansão de Tommy, o Terrível e novamente tivemos que entregar as armas na entrada.

Por dentro, a mansão era semelhante ao bar de Alfred no quesito impecabilidade.

Tomamos uma boa bebida enquanto Vareen usava seus poderes para ver se havia algum Vistani nas proximidades.

Nenhum sinal deles, no entanto.

Um dos assessores, que pra mim nada mais é do que um nome bonitinho pra capanga, disse que Tommy estava lutando boxe na praça principal e fomos então ver a luta.

Tommy fez jus ao seu apelido nocauteando o coitado logo no primeiro round com dois cruzados de direita seguidos de um direto no rosto que quebrou seu nariz.

Ao menos, deu pra se divertir um pouco depois de tantos percalços que enfrentamos.

Mais tarde, o assessor de Tommy nos informou sobre um bordel existente nas proximidades do rio e fomos a busca de informações sobre Blondie.

O bordel tinha umas moças bastante atraentes para um ambiente tão pesado.

Vareen teve um pouco mais de sorte conseguindo informações preciosas com uma jovem e atraente loira que confirmaram nossas suspeitas.

Ela disse que Blondie passou alguns dias ali vendendo o corpo em busca de dinheiro e assim que amealhou o suficiente para as despesas, ela partiu rumo a Blackburn Crossing, uma cidade próxima a fronteira com Valachan e governada pelos Foxgroove há muitos anos.

Ficava a dois quilômetros do rio Arden e para chegar lá, teríamos que atravessar os pântanos.

Vareen pagou uma moeda a jovem e assim que voltamos a parte principal, fomos novamente ao bar do Alfred para dizer que os Vistani já haviam ido embora de Steedwall.

Seu semblante ficou bem mais tranquilo e nós finalmente tomamos uma bebida para renovar nossas energias.

A pedido de Nikolai, fizemos todos os preparativos para nossa ida a Blackburn Crossing através dos pântanos.

(22)

Para enfim localizarmos Blondie e os Vistanis desaparecidos.

E desvendar o mistério que está por trás destes eventos.

Parte VI – Luta Nos Pântanos

A noite caiu rapidamente e nuvens ameaçadoras vinham mais a leste prevendo uma forte tempestade.

Graças a Nikolai, conseguimos atravessar o pântano sem dificuldades e Caleb e Vareen encontraram marcas na lama.

A julgar pelo estilo, foram feitas a uma semana atrás e eram muito dispersas como se levantassem acampamento ás pressas para fugir de algum perigo iminente.

Um pouco mais a frente, Strahd latiu mais forte e sentimos um forte odor de podre.

Ali vimos uma cena aterradora.

Um vardo quebrado e um casal de Vistanis mortos.

O mais intrigante disso é que ambos foram mortos com um corte no pescoço e sem manchas de sangue no chão.

A impressão é de que o sangue deles foi drenado ou algo assim.

No vardo, encontramos caixas cheias de bebidas destiladas com destino a Blackburn Crossing.

Nikolai bebeu uma das garrafas e descobriu ser whiskey.

Vareen resolveu investigar nas redondezas e encontrou mais rastros de carroças em direção ao pântano.

Provavelmente tentaram fugir e viraram comida de monstros.

Foi nesse momento que Vareen e Caleb tiveram mais uma de suas ideias malucas.

O plano era construir armadilhas e trincheiras para atrair os monstros até nós e eliminá- los com mais facilidade apesar dos protestos de Nikolai, que considerava o plano dos dois um completo absurdo.

Eu também reclamei disso, mas por outro motivo.

O de fazer todo o trabalho sujo enquanto aqueles dois reclamavam de suas artrites, tendinites, dores nas costas e na região lombar ficando sentados de papo pro ar.

E pra piorar minha situação, a chuva chegou. No entanto, ela veio bem calma.

O trabalho sujo foi feito graças a ajuda de Nikolai. Se não fosse por ele, eu é que estaria totalmente arrebentado.

(23)

Foi então que Vareen começou a sentir-se mal novamente. Achei que era uma piada de mau gosto daquele mordentino, mas a coisa era muito mais séria do que imaginávamos.

A armadilha daqueles malucos havia funcionado.

O perigo iminente vinha da água.

E não era uma ameaça qualquer.

Eram zumbis.

De todos os tipos e tamanhos.

* * *

Os zumbis gigantes tomaram a iniciativa atacando Caleb e Vareen que pararam de reclamar das dores e desviaram o ataque com maestria. O clérigo usou sua magia de eletricidade em um dos zumbis gigantes que se contorceu e caiu.

Outra leva de zumbis mais gordos avançavam em nossa direção e ficaram exatamente na minha mira.

Peguei meu rifle, mirei no peito do mais pesado deles e atirei.

A bala pegou em cheio, fazendo-o explodir e liquidando com os zumbis mais magricelas que estavam um pouco a frente.

Usei então minhas pistolas e mandei mais dois tiros nos que escaparam da explosão.

O impacto foi tão forte que os dois zumbis gigantes que restavam foram jogados para trás morrendo quase que instantaneamente.

Depois dessa rápida luta e de Caleb restabelecer-se de seu vômito, nós embalsamamos os cadáveres e os sepultamos de acordo com as tradições de Ezra.

No dia seguinte, encontramos Jeffrey, o novo barqueiro que nos levou a uma taberna a beira-mar onde conseguimos com o taberneiro informações muito importantes sobre Blondie e a cidade.

Antes de ir a Blackburn Crossing, ela havia se encontrado com Lucianinho e dizia que estava feliz por ter conseguido recursos para a viagem e com a possibilidade de encontrar seus pais.

Depois de conversarmos bastante, decidimos voltar a Mordentshire para encontrar-se com o capitão a fim de obter mais reforços e informações mais detalhadas de Blackburn Crossing.

(24)

Chamamos Jeffrey para nos levar de volta a outra margem do rio apesar dos protestos de Vareen que queria ir imediatamente a Blackburn Crossing.

Mas para alegria dele, as névoas começaram a baixar e as Brumas apareceram.

Era a entidade que surgiu na nossa frente se orgulhando de nossos feitos até o presente momento.

E como “prêmio” pela dedicação, as Brumas nos mandaram mesmo para Blackburn Crossing.

A sorte sorriu para nós.

Os Vistanis estavam chegando a cidade.

Parte VII – Encontro com os Vistanis

Chegamos a Blackburn Crossing com a lua já alta e rumamos para uma taberna com um ambiente bem calmo. No fundo da taberna, alguns marinheiros provavelmente bêbados cantavam músicas alegres.

Caleb pediu ensopados para o taberneiro que estavam deliciosos.

Ainda mais com o whiskey que fez o ensopado descer bem mais depressa.

O taberneiro nos concedeu boas informações a respeito de outro bordel localizado nas margens de Black River onde trabalham várias meninas parecidas com Blondie.

Falou ainda que estava negociando com os Vistanis para obter um carregamento de whiskey na taberna e se quiséssemos saber mais, teríamos que falar com o anão Bor.

Todos nós estávamos cansados pela longa viagem e pela luta contra os zumbis.

Felizmente encontramos um quarto no sótão com dois beliches e uma mesa.

Enquanto os outros dormiam, eu terminava minhas anotações diárias pensando em como fazer algo por Dementlieu e pelo lorde Dominic sem que Leclerc soubesse.

E aquele whiskey me deu uma grande ideia.

* * *

No dia seguinte, fomos ao estabelecimento de Bor e o cais estava cheio de barcos de comércio e jangadas.

Lá dentro, fomos recepcionados por uma mulher de aspecto horrível e um homem estranho que tinha um medalhão de lobo em seu pescoço.

Ele se identificou como Aidan Appclean, um dos patrocinadores do tal whiskey.

Na verdade, é um licantropo que teria um papel importante em um futuro próximo.

(25)

Depois, Bor apareceu e deu um abraço caloroso em Vareen, que era seu velho amigo dos tempos de clérigo andarilho.

Caleb, entretanto, ainda estava desconfiado dos dois e testou suas magias de conduta neles descobrindo que são bons apesar de Bor ser um pouco ganancioso.

Ele nos disse que faz 30 anos que comercializa a bebida que é bastante popular na região.

Disse ainda que comercializou seus produtos com os Vistanis a três dias atrás e que as carruagens iriam para o leste descarregar a produção na capital e nos domínios vizinhos a ela onde existiam filiais destes estabelecimentos para escoá-la.

Aproveitei a deixa para perguntar a Bor se existia a possibilidade de mandar alguns carregamentos do whiskey para Dementlieu onde existem pessoas que apreciam bastante este tipo de bebida.

Ele me disse que não teria problema algum em fazer isso dizendo que o único lugar que não comercializa o whiskey de jeito nenhum é Falkovnia por motivos mais do que óbvios.

Afinal, deve ser difícil para um comerciante honesto como Bor ver seu whiskey no paladar de um tirano como Vlad Drakov que tem como entretenimento ver pessoas morrendo empaladas e para o cúmulo da crueldade, usar os gritos de agonia destes pobres infelizes como trilha sonora para seu desjejum.

Sem dúvida, o lorde Dominic ficará muito satisfeito com o acordo que fiz com Bor em nome de Dementlieu.

O anão nos contou ainda sobre um massacre de goblins anos atrás onde somente 300 deles sobreviveram.

Tivemos dúvidas a respeito desta história de goblins, mas Caleb descobriu que ele tinha dito a verdade.

E jamais imaginaríamos que nós mesmos confirmaríamos tudo o que Bor disse e muito mais.

Por enquanto, só tínhamos um caminho a seguir.

Para o leste.

* * *

(26)

Depois de muito cavalgarmos, encontramos uma fogueira de tamanho razoável. A noroeste, encontramos um acampamento com tendas bem arrumadas e na entrada havia cinco carroças.

Em um deles estava o líder do acampamento Vistani que se apresentou a nós como Vladimir.

Ele nos contou que havia se encontrado com seus companheiros antes de chegar a Steedwall e nessa comitiva, havia uma moça muito doente chamada Helen vinda do norte.

Provavelmente deve ter sido a moça que morreu dessangrada e que foi enterrada por nós pouco antes de chegarmos aqui.

Caleb pediu permissão a Vladimir para averiguar as Vistanis loiras do acampamento tentando descobrir se uma delas, ao menos, soubesse alguma coisa a respeito de Blondie. Eram cinco ao todo e nenhuma delas deu uma informação concreta.

Vladimir nos alertou sobre a presença de strigois e as criaturas do pântano chamadas surant nas proximidades do acampamento e aconselhou-nos a não enfrentá-las.

Depois de aguentar as reclamações e as piadinhas sarcásticas de Caleb e Vareen enquanto preparava nosso acampamento junto com Nikolai, o capitão William e o tenente Badhir, que havia se juntado a nós depois do incidente no pântano, o paladino analisou novamente os cadáveres e nada encontrou de anormal.

No entanto, o capitão ficou muito pálido e tremendo de frio de forma repentina.

A neblina ficou mais densa.

Surgiu uma misteriosa mulher de branco.

Eu também senti essa mesma presença.

Era uma banshee.

* * *

Estávamos todos com os nervos a flor da pele e gelados com o que a banshee estava tentando fazer com um jovem Vistani prestes a ser liquidado.

O combate seria iminente até o Vistani ser solto pela entidade demoníaca e Caleb e Vareen aproximaram-se dela para conversar descobrindo que em vida ela se chamava Jane O´Neal.

(27)

Ela então nos pediu ajuda para deixar este mundo em paz dizendo que esse Vistani havia morrido em um ataque de pânico e o tinha ressuscitado como instrumento de sua tarefa.

E como prova de sua confiança, ela fez-me voltar ao normal depois de quase ficar insano.

Logicamente não escapei das piadinhas sarcásticas de Caleb e Vareen.

Se eles não fossem mais velhos do que eu, pegaria minha pistola e faria um “curso de dança” com eles.

O problema é que eu criaria um incidente diplomático com a Baróvia e Mordent bem como comprar uma briga desnecessária com o culto do Senhor da Manhã aborrecendo não só o próprio lorde Dominic como toda Dementlieu.

E é nesses momentos que tenho que ficar quieto e suportar tudo. Foi dessa forma que sobrevivi até hoje.

O Vistani nos agradeceu por termos o salvado da banshee identificando-se como Igor, um dos ciganos pertencentes a tribo de Vladimir.

Falou que deu uma escapadinha do acampamento a fim de satisfazer seus desejos carnais e só encontrou a banshee por puro azar.

Sem mais perguntas, o levamos de volta ao acampamento e assim que Vladimir o avistou, deu um forte abraço nele e nos agradeceu pelo resgate surpreendendo-se por sua volta, já que era dado como morto até então.

Optamos por dizer a Vladimir que Igor foi tentado pelos prazeres de Blackburn Crossing e fomos armar o acampamento para passar a noite com os Vistanis.

Mas com uma certeza.

Seja lá quem for, esse ilustre desconhecido só pode ter usado necromancia para chamar a banshee que ressuscitou Igor.

Estava pronto para dormir depois de escrever estas anotações quando ouvi um grito assustado.

Achei que era uma emboscada daqueles tais monstros que Vladimir falou e já estava com meu rifle engatilhado.

Felizmente, não era nada disso.

Era Caleb que estava com alguns “problemas” com uma daquelas Vistani loiras que mostrou um interesse, digamos, mais profundo por ele.

E lá fomos eu e Vareen ajudar Caleb a sair dessa situação toda.

(28)

O clérigo explicou a Vistani que estávamos em uma missão muito importante e que Caleb era comprometido com a Ordem do Senhor da Manhã.

Só tempos depois é que descobri que Caleb era casado e tinha filhos, mas esses detalhes ficam para outra ocasião.

Depois de resolver essa questão toda, dormimos profundamente e acordamos no raiar do sol.

Era hora de falar com Vladimir.

Talvez ele nos ajude com informações importantes.

* * *

Fomos então a tenda principal do acampamento para conversarmos com Vladimir a respeito de Jane O´Neal.

Ele nos contou que Jane era uma taberneira de grande beleza que tinha o maior estabelecimento das redondezas de Blackburn Crossing há cinquenta anos.

Certo dia ela recebeu uma visita de um homem desesperado pela filha que estava gravemente doente e desenganada pelos médicos e sacerdotes.

Só que a taberneira não sabia que o homem tinha feito um ritual de barganha com um demônio que precisava de sacrifícios humanos em troca da cura da menina.

Dias depois, a menina se restabeleceu quase como por milagre, mas não era mais a mesma. Tinha encarnado nela um demônio que teoricamente não podia sair de seu plano e usando o corpo da garota, matou o próprio pai com um corte cirúrgico no pescoço tirando todo seu sangue.

Provavelmente foram mortos dessa forma os Vistanis que Vareen encontrou na carroça.

Sem dúvida, uma maneira terrível de morrer.

Vladimir nos contou também que as ruinas da taberna estão localizadas na parte antiga de Blackburn Crossing lamentando ainda a perda de seus companheiros.

Sem perdermos tempo, Caleb, Vareen, o capitão William, Nikolai e eu fomos imediatamente para as ruinas em busca de pistas que confirmem a história de Vladimir.

A pedido do capitão, o tenente Badhir voltou a cidade para proteger Bor e seu negócio de um eventual problema.

Chegamos ao local em mais ou menos duas horas de cavalgada e a antiga taberna tinha um aspecto assustador.

(29)

Os dois andares da taberna estavam com suas janelas quebradas e algumas madeiras soltas. No primeiro andar, Vareen encontrou o cadáver de outro Vistani em avançada decomposição com um corte profundo no pescoço e no segundo andar, Caleb e eu encontramos um estranho símbolo no chão manchado de sangue. O paladino

de Ezra usou sua magia não detectando nenhum espírito no local.

O capitão encontrou um armário no quarto adjacente a que Caleb e eu estávamos e dentro dele havia os restos mortais de um homem de aproximadamente 40 anos com um talho incrustado onde era o pescoço.

Provavelmente era o pai da garota.

William também encontrou no armário dois livros de invocação de criaturas abissais extraplanares.

De comum acordo, decidimos que o capitão ficaria com os livros e os enviaria para os doutores Max e Van Richten assim que tivesse oportunidade.

Caleb desceu até o primeiro andar e eu continuei com minhas investigações encontrando um diário onde contava toda a história trágica da menina doente escrita pelo pai dela e o retrato da família dela em uma mesa.

Mostrei o diário ao capitão William e aos outros e depois de lê-lo, nossas suspeitas acabaram se confirmando.

A história de Vladimir era verdadeira.

O demônio mantinha a menina viva a custa de sacrifícios que ela mesma fazia.

Ela era a responsável pelos desaparecimentos dos Vistani nos últimos 50 anos ininterruptamente.

E os matava apenas para satisfazer seus vis desejos.

No retrato da família, descobrimos que a menina tinha uma semelhança muito grande com Blondie.

E isso significava apenas uma coisa.

Blondie era o demônio.

* * *

Depois dessas aterrorizantes descobertas, Caleb encravou sua espada no chão para iniciar o ritual de purificação. Ela brilhou e o paladino de Ezra começou a rezar.

Devido ao ritual, a madeira começou a pegar fogo e o selo havia sumido, exorcizando completamente o local.

(30)

O capitão nos explicou que essas criaturas extraplanares alimentam-se de almas e extraem o fluido usando o corpo possuído para beijar o morto.

E Blondie era a casca usada pelo demônio para fazer o serviço sujo.

Depois de tudo, voltamos a Blackburn Crossing já sabendo o que fazer.

Achar os restos mortais de Jane O´Neal e destruí-los para dar paz a ela.

Localizar Blondie o mais rápido possível.

E detê-la.

Parte VIII – A Verdade Sobre Blondie

Assim que chegamos a Blackburn Crossing, Vareen e o capitão se concentraram para tentar encontrar os restos de Jane O´Neal e descobriram que não tínhamos forças o suficiente pra passar pelas Brumas e sair da cidade.

Enquanto Vareen e o capitão discutiam asperamente sobre quem entraria no rio pra procurar os restos mortais, Nikolai, Caleb e eu fomos a cidade em busca de pistas a respeito de Jane O´Neal.

Na praça principal, encontramos doze anciões que esperavam ansiosos por uma conversa com qualquer um que parasse.

Os anciões não nos decepcionaram e no meio de variadas conversas, descobrimos coisas muito importantes.

Jane O´Neal era bastante cortejada pelos homens e era uma taberneira bastante respeitada na região por seu caráter inatacável.

Mesmo assim, havia histórias mais picantes sobre alguns viajantes que faziam, digamos, “bagunças” na cama e outros relatos sobre brigas que ocorriam na taberna por alguns bêbados mais exaltados que eram mandados embora pela própria Jane na base da educação ou na grosseria.

No entanto, um dos anciões deu-me uma informação crucial a respeito do que aconteceu com Jane O´Neal.

Tudo começou quando o pai de Blondie passou uma semana na taberna aguardando a recuperação dela e cortejando Jane O´Neal.

Ele tinha feito a barganha com o demônio para não só trazer a filha de volta como também queria criar uma nova família se casando com a taberneira que correspondia o amor dele.

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