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24 SUGESTÕES PARA ESCREVER O RELATÓRIO INDIVIDUAL DE ALUNO

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Academic year: 2022

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24 SUGESTÕES PARA ESCREVER O RELATÓRIO INDIVIDUAL DE ALUNO

ME RAFAEL CORREIA LIMA rafaclimarte@gmail.com

1. O que escrever?

O desenvolvimento da aprendizagem com suas dificuldades ou defasagens; a descrição do laudo médico do aluno, quando houver; a descrição da avaliação pela equipe multiprofissional se houver. Relate a avaliação já consolidada anteriormente, o estágio da escrita que o aluno se encontra, nos casos de ciclo de alfabetização.

Escreva a recuperação paralela ou contínua proposta pelo professor e/ou pela instituição escolar, bem como as intervenções e procedimentos. Forneça a frequência/ausência do aluno. Relate a posição da família frente à situação. Faça sugestões de atividades pedagógicas factíveis e concretas.

2. O que não escrever?

Adjetivos pessoais (mimado, fofo, etc), apelidos, palavras no diminutivo, comportamentos ou situações não relacionados com ensino/aprendizagem. Não afirme nada que não está comprovado. Não faça sugestões externas ou a equipe multiprofissional. Não apresente um diagnóstico aberto ou fechado. Não fique tentado a apresentar uma conclusão acerca do levantamento de informações realizado.

3. Identificação

Carlos Eduardo não é Carlinhos, Cacau ou Duda. Ele tem sobrenome, tem uma série

que frequenta, tem uma idade específica e é o personagem mais importante nesse

documento. Identifique-o de forma clara e de maneira que qualquer pessoa saiba

quem está sendo citado. Informe o ano letivo que pertence esse documento. Coloque

a data de nascimento do aluno ou a idade. Identifique-se como professor e informe

os profissionais participantes diretamente desse relatório.

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4. Casos

Aluno especial (laudo médico); Aluno em investigação profissional; Quando solicitado por algum órgão externo ou alunos com dificuldades de aprendizagem (dificuldade no desenho, grafia de letra ou número, dificuldade de aprender rimas, canções, interpretar e de escrever, dificuldade de decodificar, de ler e de escrever, nomear, comparar, disfluência, troca de letras, dificuldades na fala, cagueira, desatento, impulsivo, não conclui tarefas, ansiedade, etc).

5. Ordenação do relato

Faça um relatório geral do aluno, e se precisar ordenar, opte por mês ou bimestre, durante todo o ano letivo, abra espaço para falar de cada área de conhecimento, ordenando por disciplina. Lembre-se que a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio possuem características específicas para as informações do relatório.

6. Relato (rio)

Relatório é um relato. Não assuma um papel que não é seu. Você não diagnostica, portanto não faça encaminhamento e não faça nenhum parecer. O professor relata tudo o que ele vê, pois é o profissional que mantém contato direto e consegue perceber as atitudes e reações das crianças individual e socialmente, além da família.

7. Relatório individual ou grupal?

É comum perder o foco e começar a justificar as atitudes e reações do aluno, mas, o fato do relatório ser individual implica em uma análise do aluno e jamais da sua turma, a socialização é importante, mas o comportamento é individual. O relatório não precisa de justificativa.

8. Destinatários

O Relatório deve ser escrito de forma compreensível para todos os envolvidos

(professores, família, multiprofissionais, etc), não importando o grau de escolaridade

ou o parentesco com o citado. O documento descrito e assinado pode ser visto e lido

por muitas pessoas e precisa ser conciso e coerente.

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9. Direto e objetivo

Não fique dando voltas para falar do aluno, seja direto e objetivo. Não use o espaço para falar da turma inteira ou falar de educação brasileira, não use textos prontos, informações gerais, pois além de demonstrar insegurança no relatório, ainda pode levar à confusão pela amplitude das informações ao sujeito.

10. O você pensa? O que você escreve?

Se apoie em palavras formais e de maior abrangência para relatar suas impressões sobre os fatos. Mimado, fofoqueiro, preguiçoso, deprimido, agressivo, bagunceiro, não tem limites, são expressões muito comuns e generalizadas, das quais não são recomendadas para descrição do sujeito nos relatórios. Se aproprie de formas mais detalhadas para situar o leitor ao que se quer referir, de preferência se concentrando no ensino e aprendizagem, esse é o maior foco da relação pedagógica.

11. Não coloque rótulos

Não é um documento fácil de ser escrito, pois traz informações negativas, errôneas e às vezes contraditórias, não foque nas suas impressões, vá além da própria percepção.

12. O tempo

No início do ano, na semana da páscoa, no dia das mães, logo quando “ele” chegou à escola, são informações que não informam clareza de tempo, pode ser significativo para quem vivencia e escreve os fatos, mas, nem sempre para quem lê.

13. Siglas e abreviações

SEE, SME, LDB, ECA, CF, etc., são siglas comuns aos profissionais da educação.

O relatório é um documento que atinge diretamente pessoas que não tem a mesma vivência profissional, portanto escreva por extenso.

14. O sujeito, o verbo e o complemento.

Cuidado com os gêneros masculino ou feminino. Eles devem estar bem claros, pois

é muito comum, no decorrer da escrita, a confusão acerca do que está sendo relatado,

se for um aluno, menino, ou aluno referindo ao gênero feminino, tenha atenção à

concordância e à regência.

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15. Uso de sinônimos

É importante se utilizar de sinônimos e da riqueza da língua portuguesa, para que o texto fique bem escrito, lembrando que qualquer texto precisa ser claro e a leitura deve estar ao alcance de qualquer leitor.

16. Gerúndio

Evitar o uso de gerúndio que empobrece a escrita, às vezes, utilizar verbos no infinitivo valoriza a produção científica e você se livra de problemas.

17. Interpretações

Os problemas de interpretações são muito comuns e o professor deve se livrar de pequenos detalhes durante a escrita, pois, faz toda a diferença na hora da leitura.

18. O professor fala do aluno

O autor do relatório individual de aluno é o próprio professor que usa a 3ª pessoa do singular para descrever sobre o seu aluno previamente identificado no início do documento, quem escreve não deve se colocar no texto, não se justifique, apenas relate. Não é indicado que você se posicione no texto para não ser o causador de possíveis problemas, mas, o relator da situação ou da investigação.

19. Formatação

Recomendada a formatação ABNT, principalmente para justificar o texto e o formato da escrita. Por ser documento, não está dispensada a formatação.

20. Frequência do aluno

A presença ou ausência do aluno é um fator essencial ao relatório. Pois quaisquer ocorrências ou situações-problemas do aluno implicam diretamente com a sua frequência.

21. Ano/série

Cada ano/série da educação básica tem uma divisão e características próprias, a

educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio são distintos. O ideal é

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relatar cada ciclo respeitando a fase da educação básica e principalmente a fase do aluno.

22. Matriz curricular

“Ela ama matemática, eu adoro português”, já dizia a música. Cada disciplina tem características específicas e informações necessárias para se posicionar mediante o sujeito, nem sempre existe unanimidade nas inteligências disciplinarias.

23. Considerações

Não necessita de conclusão e desfecho final. O relatório é o início das ações pedagógicas registradas que serão encaminhadas a outros professores ou multiprofissionais envolvidos.

24. Firma

Por ser um documento, necessita de assinatura, o professor deve assinar, por ser de

natureza pedagógica, a coordenação pedagógica deve assinar e consecutivamente a

direção escolar.

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