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Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

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Araújo, T.P.; Fomigosa, L.A.C.; Maciel, A.P.; Sá, N.N.B.;

Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

RESUMO

Objetivo: Analisar os marcos políticos, jurídico-legais e sociais que contribuíram para a instituição da prática do aleitamento materno (AM) no Brasil. Métodos: Trata-se de revisão integrativa de literatura, realizada nas bases de dados LILACS, Google Scholar, Medline e SciELO, utilizando-se os descritores: Aleitamento Materno, Atenção Primária em Saúde e Políticas Públicas, integrados com o operador booleano AND. A busca resultou em 15 estudos, publicados entre 1999 e 2020. Resultados: Foi possível verificar que, impulsionado por iniciativas internacionais, o Brasil vem implantando políticas públicas de incentivo ao AM em âmbito nacional, a exemplo do Programa Nacional de Aleitamento Materno e dos Bancos de Leite Humano. Tais ações impactaram positivamente nos indicadores de saúde da população, contudo necessitam de suporte jurídico legal para assegurar a aplicabilidade, pois envolvem diversos setores da sociedade. Conclusão: As medidas implementadas historicamente permiti- ram a expansão da prática do AM e indicam interesse governamental de apoio ao tema.

DESCRITORES: Aleitamento Materno; Atenção Primária em Saúde; Políticas Públicas.

ABSTRACT

Objective: To analyze the political, legal and social frameworks that contributed to the institution of breastfeeding (BF) in Brazil.

Methods: It is an integrative review, carried out in LILACS, Google Scholar, MEDLINE and SciELO, using the descriptors: Breas- tfeeding, Primary Health Care and Public Policies, with the Boolean operator AND. The search resulted in 15 studies, published between 1999 and 2020. Results: It was possible to verify that, driven by international initiatives, Brazil has been implementing public policies that encourage BF nationwide, such as the National Breastfeeding Program and Human Milk Banks. Such actions had a positive impact on the population's health indicators, however, they need legal support to ensure applicability, because they involve different sectors of society. Conclusion: The measures historically implemented have allowed for the expansive of the practice of BF.

ESCRIPTORS: Breastfeeding; Primary Health Care; Public Policies.

RESUMEN

Objetivo: Analizar los marcos políticos, legales y sociales que contribuyeron a la institución de la lactancia materna (LM) en Bra- sil. Método: Es una revisión integradora de la literatura, utilizando las bases de dados LILACS, Google Scholar, Medline y SciELO, con los descriptores: Lactancia Materna, Atención Primaria de Salud y Políticas Públicas, con el operador booleano AND. La búsqueda resultó en 15 estudios, publicados entre 1999 y 2020. Resultados: Se pudo constatar que, impulsado por iniciativas internacionales, Brasil viene implementando políticas públicas que incentivan LM a nivel nacional, como el Programa Nacionalde Lactancia Materna y los Bancos de Leche Materna. Tales acciones tuvieron un impacto positivo en los indicadores de salud de la población, sin embargo, necesitan apoyo legal para garantizar la aplicabilidad, porque involucran a diferentes sectores de la sociedad. Conclusión: Las medidas implementadas historicamente permitieron la expansión de la práctica de LM.

DESCRIPTORES: Lactancia Materna; Atención Primaria de Salud; Políticas Públicas.

RECEBIDO EM: 28/09/2020 APROVADO EM: 23/10/2020

Mechanisms to promote, protection and support to breastfeeding in Brazil

Mecanismos para la promoción, protección y apoio a la lactancia materna en Brazil DOI: https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2020v10i59p4522-4535

Thiana Pinho Araújo

Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica: Metabolismo, Prática e Terapia Nutricional. Mestranda do Programa de Pós-Gra- duação Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (ICS/UFPA).

ORCID: 0000-0001-9384-8084

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artigo

Araújo, T.P.; Fomigosa, L.A.C.; Maciel, A.P.; Sá, N.N.B.;

Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

INTRODUÇÃO

O s primeiros anos de vida de uma criança são marcados pela rapi- dez no crescimento e desenvolvi- mento. Para que tais fenômenos ocorram adequadamente, é indispensável o papel da alimentação adequada. A qualidade e a quantidade dos alimentos consumidos nesta fase têm repercussões ao longo da vida, associando-se ao perfil de saúde 1 .

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o único alimento ofertado nos 06 primeiros meses de vida seja o leite materno (LM), diretamente da mama ou extraído, com a possibilidade do uso de algum suplemento medicamentoso. A partir desse período, deve-se iniciar a alimentação complementar (AC), dando preferência aos alimentos saudáveis e a oferta de refeições equilibradas em macro e micronutrientes 2 .

O cumprimento de tais recomendações impactam diretamente na melhoria de in- dicadores de saúde, a exemplo da redução da taxa de mortalidade infantil, evitando até 13% dos óbitos ocasionados por do- enças preveníveis em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, além de salvar 1,47 milhões de vidas por ano nos países em desenvolvimento 3 . Entre as lactantes, estima-se que o ato de amamentar pode prevenir 98.243 mortes causadas por câncer de mama e ovário, assim como de diabetes tipo II, ao ano. Esses números se traduzem em um custo global de US$ 1,1 bilhão para tratamentos de saúde 4 .

Ao longo do tempo, inúmeros esfor- ços dos movimentos políticos e sociais

em favor do AM resultaram na expansão da prática do AME em crianças de 0 a 06 meses de idade, bem como o aumento da duração mediana do AM, demonstrando que mães, quando corretamente orienta- das, tendem a amamentar de forma mais segura e por mais tempo 5,6 .

Não obstante ainda prevalece a baixa adesão a nível regional, nacional e mun- dial, apesar dos estudos evidenciarem a importância do aleitamento materno (AM) para o binômio mãe-filho e da im- plementação de ações de promoção, prote- ção e apoio à prática 7 , pois as intervenções voltadas a prática, sobretudo na sua forma exclusiva, são extremamente complexas, requerendo envolvimento de diversas áre- as como educação, desenvolvimento so- cial, direitos entre outras 3 .

A partir dessa perspectiva, surgiu o seguinte questionamento: quais os meca- nismos de promoção, proteção e apoio ao AM utilizados no Brasil? Assim, este tra- balho buscou analisar os marcos políticos, jurídico-legais e sociais que contribuíram para a instituição e fortalecimento da prá- tica do AM no Brasil.

MÉTODO

Para alcançar o objetivo proposto, foi realizado um estudo descritivo, pesquisa bibliográfica do tipo revisão integrativa de literatura, elaborada de acordo com as eta- pas:1) identificação do tema e questão nor- teadora; 2) definição de critérios de inclusão e exclusão de estudos/amostragem e busca na literatura; 3) definição das informações

a serem extraídas dos estudos selecionados/

categorização dos estudos; 4) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; 5) interpretação dos resultados e (6) apresenta- ção da síntese do conhecimento 8 .

O levantamento de artigos foi realizado nas bases de dados eletrônicas: Medical Lite- rature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILA- CS), Google Scholar e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Utilizaram-se como termos de busca os descritores em saú- de (DECS): Aleitamento Materno, Atenção Primária em Saúde e Políticas Públicas, jun- tamente com o operador booleano AND.

Utilizaram-se como critérios de inclusão:

título e/ou resumo que indicassem tratar da temática do AM, especialmente quanto aos marcos políticos, jurídico-legais e sociais, publicados nos idiomas inglês, português e espanhol, no período de 1999 a 2020. Exclu- íram-se aqueles duplicados ou que não cor- respondessem ao objetivo proposto.

A etapa de seleção dos artigos ocorreu entre os meses de julho e agosto de 2020, norteado pelo instrumento de URSI, o qual foi adaptado para a pesquisa, conten- do as variáveis: título, ano, objetivo e prin- cipais resultados, apresentado no Quadro 1.

A avaliação dos estudos quanto à ob- servância dos critérios de elegibilidade ocorreu após a leitura minuciosa de todos os títulos e resumos identificados em cada base de dados, por dois avaliadores sepa- radamente, e, em caso de discordância, foi consultado um terceiro autor. Em segui- da, para a análise descritiva, procedeu-se Lucrecia Aline Cabral Formigosa

Enfermeira. Especialista em Saúde Coletiva. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (ICS/UFPA).

ORCID: 0000-0003-4245-672X Adrianne Pureza Maciel

Nutricionista. Especialista em Saúde do Idoso e em Nutrição Clínica: Metabolismo, Prática e Terapia Nutricional. Nutricionista do Restaurante Universitário da Universidade Federal do Pará (RU/UFPA).

ORCID: 0000-0001-5546-2331 Naíza Nayla Bandeira de Sá

Nutricionista. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília. Docente do Programa de Pós-Graduação em Saú- de, Ambiente e Sociedade na Amazônia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (ICS/UFPA).

ORCID: 0000-0002-1267-1624

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Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

a leitura na íntegra dos estudos incluídos, cujos resultados foram reunidos por seme- lhança de conteúdo, considerando o mar- co histórico e sua evolução cronológica.

RESULTADOS

Após a aplicação dos critérios de ele- gibilidade, foram selecionados 15 estu-

dos para compor esta revisão integrativa, cujas principais informações dos artigos foram organizadas um quadro sinóptico (Quadro 1).

TÍTULO ANO OBJETIVO PRINCIPAIS RESULTADOS

Reflexões sobre a amamentação no Brasil: de como pas- samos a 10 meses de duração

9

.

2003

Rever a trajetória do programa nacional privilegiando a análise da influência das políticas internacionais e analisando-o em quatro períodos: 1975 a 1981, 1981 a 1986, 1986 a 1996 e de 1996 a 2002.

Levando-se em conta os acertos e erros do programa nos anos anteriores, e a necessidade de melhorar os índices de amamentação no país, a proposta do Ministério da Saúde é continuar a centrar as atividades naquelas já delineadas anteriormente, redirecionar o trabalho intensificando a

atenção humanizada ao recém-nascido.

Biopolíticas do aleitamento materno:

uma análise dos movimentos global e local e suas articulações com os discursos do desenvolvimento social

10

2018

Analisar as articulações entre a produção das biopolíticas de amamentação e os discursos produzidos sobre desenvolvimento

social após o período pós-guerra com vistas à problematização da dicotomia natureza/ cultura mediante a qual a amamentação é

frequentemente operada.

Os discursos desenvolvimentistas atuam como uma referência sociocultural com base na qual a amamentação é operada, o que permite dizer que a amamentação é uma prática tão natural quanto

política, econômica e social.

História do alojamento

conjunto

11

1999

Fazer uma revisão sobre a trajetória do alojamento conjunto mãe-filho e as transformações no atendimento perinatal influenciadas pelos avanços

da medicina.

Uma das formas encontradas para superar separação mãe-filho foi a criação do alojamento conjunto que permitia

a ambos permanecer juntos desde o nascimento até a alta. Essa experiência tinha a intenção de devolver à mãe a possibilidade de cuidar do próprio filho, mas o projeto extin- guiu-se e só foi ressuscitado na década de 70 com o apoio

de organizações internacionais respeitadas.

Conjunto de medidas para o incentivo do aleitamento materno exclusivo intra-hos- pitalar: evidências de revisões sistemáticas

12

2018

Identificar as principais recomendações encontradas em revisões sistemáticas

relacionadas aos fatores de proteção do aleitamento materno exclusivo

intra-hospitalar.

As principais recomendações foram: o contato pele a pele precoce; a permanência da criança em alojamento conjunto;

a intervenção na dor mamilar durante a amamentação;

a restrição do uso de suplementação para lactentes; o aleitamento materno sob livre demanda; e as intervenções

educativas por meio de suporte individual e/ou em grupos durante a internação

Representações sociais de doadoras sobre a doação de leite hu- mano em um hospital universitário

13

2020 Conhecer as representações sociais de doadoras sobre a doação de leite huma-

no em um hospital universitário.

Os temas relacionados à doação que emergiram das falas dessas doadoras foram: banco de leite humano: lugar de

acolhimento e aprendizagem; doar o leite materno: dá trabalho e exige compromisso e ser doadora é compartilhar

o que tem e ajudar a quem precisa.

Acompanhamento dos atendimentos de puér- peras e recém-nasci- dos em um Banco de Leite Humano

14

2020

Avaliar a associação entre as carac- terísticas maternas e o acompanha- mento dos atendimentos no Banco de

Leite Humano (BLH) à puérpera e ao recém-nascido internado.

Os motivos principais para encaminhamento ao BLH foram perda de peso do recém-nascido e dificuldade na pega.

Foram encontradas associações estatisticamente significa- tivas entre o acompanhamento do banco de leite humano e

as variáveis idade materna.

Promoção comercial ilegal de produtos que competem com o alei- tamento materno

15

2020

Avaliar se a comercialização de fór- mulas infantis, mamadeiras, bicos, chupetas e protetores de mamilo é realizada em cumprimento com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças

de Primeira Infância e de Produtos de Puericultura Correlatos (NBCAL).

Mais de um quinto dos estabelecimentos comerciais faziam promoção comercial de fórmulas infantis para lactentes, mamadeiras e bicos, apesar de essa prática ser proibida no

Brasil há trinta anos.

Quadro1: Descrição dos artigos selecionados na revisão integrativa

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artigo

Araújo, T.P.; Fomigosa, L.A.C.; Maciel, A.P.; Sá, N.N.B.;

Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

DISCUSSÃO

O panorama brasileiro do AM em décadas

passadas era marcado pela baixa adesão à prá- tica, com mediana de 2,5 meses de duração, aliado ao incentivo por parte de profissionais

médicos ao consumo de fórmulas infantis, amplificado pela massiva propaganda antiéti- ca e venda desses produtos; o leite em pó tam- Compliance of infant

formula promotion on websites of Brazilian manufacturers and drugstores

16

2020

Verificar o cumprimento da Lei nº 11.265/2006 nas estratégias de pro-

moção para fórmula infantil em sites brasileiros de fabricantes e redes de

farmácias.

Foram identificados descumprimentos da Lei nº 11.256/2006 em quase todos sites de fabricantes de fórmulas infantis e em todos os sites de redes de farmácias.

A maioria das estratégias de promoção foram encontradas em sites de farmácias, principais canais de vendas online.

Licença-maternidade e aleitamento materno

exclusivo

17

2019

Analisar a associação entre licença- -maternidade e aleitamento materno exclusivo (AME) e estimar a prevalência

de AME em crianças menores de seis meses de vida.

A licença-maternidade contribuiu para a prática do AME em crianças menores de seis meses de vida, o que indica a importância desse benefício na proteção da prática para

mulheres inseridas no mercado de trabalho formal.

Determinantes do aleitamento materno exclusivo em lacten- tes menores de seis meses nascidos com baixo peso

18

2019

Avaliar os fatores associados ao (AME) em lactentes com baixo peso ao nascer, menores de seis meses e residentes em

64 municípios brasileiros.

O AME foi mais prevalente entre lactentes com baixo peso ao nascer cujas mães tinham de 20-35 anos, não trabalhavam fora ou estavam em licença maternidade;

nos que nasceram em Hospital Amigo da Criança e que residiam em municípios com maior número de BLH por 10

mil nascidos vivos.

Iniciativa Hospital Amigo da Criança: 25 anos de experiência no Brasil

19

2019 Descrever a experiência de 25 anos da Iniciativa Hospital Amigo da Criança

(IHAC) no Brasil.

Hospitais credenciados como o Hospital Amigo da Criança mostram índices de amamentação superiores ao de hos- pitais não credenciados, entretanto o número de hospitais

credenciados no Brasil ainda é pouco se comparado com outros países.

Práticas educativas segundo os “Dez pas- sos para o sucesso do aleitamento materno”

em um Banco de Leite Humano

20

2017

Avaliar práticas educativas segundo os “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno” em Banco de

Leite Humano.

As orientações recebidas sobre amamentação no pré-natal (passo 3) prevaleceram entre mães de 30-39 anos e o con- tato pele/pele (passo 4) entre as orientadas. O treinamento

sobre amamentação (passo 5) predominou entre aquelas que amamentaram exclusivamente. Notou-se maior prevalência de amamentação exclusiva (passo 6) e sob livre

demanda (passo 8) e uso de bicos artificiais (passo 9) entre os lactentes de mães orientadas.

Duração do aleita- mento materno e sua associação com ca- racterísticas maternas e orientações sobre incentivo à amamen- tação recebidas no pré-natal em unidades básicas de Saúde da Família de um município do Nordeste Brasileiro

21

2019

Estimar o tempo de aleitamento ma- terno entre crianças atendidas na rede

pública de saúde e verificar diferenças segundo características maternas e da atenção pré-natal (número de consultas

e orientações profissionais).

As estimativas destacam tempos de aleitamento materno exclusivo e total aquém do esperado, sendo a duração influenciada por características maternas e pela adequação

do pré-natal no número de consultas e nas orientações sobre amamentação

Associação entre o grau de implantação da Rede Amamenta Brasil e indicadores de amamentação

22

2016 Avaliar a implantação da Rede Amamen- ta Brasil e seu impacto sobre indicadores

de aleitamento materno (AM)

Dificuldades para a implantação da Rede Amamenta Brasil foram identificadas, e os indicadores de AM variaram de acordo com o número de critérios de certificação cumpridos

pelas UBS.

Why invest in early

childhood?

23

2020 Descrever a importância de políticas públicas voltadas à primeira infância.

Dados apontam que o investimento nos primeiros 1000 dias de vida ajuda a combater a pobreza e as desigualdades

sociais e de programas e iniciativas que têm sido adotadas

nacional e mundialmente

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Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

bém era distribuído em unidades de saúde e hospitais pelo Governo através dos Programas de Suplementação Alimentar da época 9 .

Diante das altas taxas de mortalidade in- fantil em todo o mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento, ganharam força os mo- vimentos em favor da amamentação, que pas- sam a empreender várias ações de fomento.

Pontuam-se, a seguir, alguns dos marcos nacionais pró-amamentação (Figura 1):

Em 1979, reunião conjunta entre a Orga- nização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo

das Nações Unidas para a Infância (UNI- CEF) resultou na aprovação do Código Inter- nacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno 3 . O Brasil participou repre- sentado pela presidência do Instituto Nacio- nal de Alimentação e Nutrição (INAN), fato que impulsionou a discussão no país 9 .

Dessa forma, no ano de 1981, o INAN instituiu a Política Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), a qual ob- teve visibilidade em âmbito internacional, pela diversidade de ações propostas em favor

da promoção, proteção e apoio ao AM, den- tre elas a divulgação de campanhas através dos meios de comunicação 10 , bem como a criação de leis reguladoras do marketing e da venda de leites artificiais, além do incentivo à implanta- ção do alojamento conjunto (AC), entendido como a permanência do bebê junto à mãe por tempo integral, em maternidades 3 .

A partir de 1982, todas as unidades hos- pitalares do país foram orientadas a instituir o AC, tendo como base as diretivas do I En- contro Sobre Alojamento Conjunto, sendo, no ano seguinte, definidas as primeiras nor- mas básicas de organização e funcionamento do sistema, o qual passou a abranger os hos- pitais universitários em 1987. A prática, que foi contemplada e considerada obrigatória pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), teve a sua regulamentação garantida por meio da Portaria nº 1.016/2003 11,12 .

Outro elemento essencial do movimento em favor do AM, o Banco de Leite Humano (BLH), é responsável pela coleta e oferta de leite humano pasteurizado a recém-nascidos inter- nados em condições específicas, como prema- turidade e muito baixo peso, sendo o primeiro implantado ainda em 1943, na cidade do Rio de Janeiro, pelo Instituto Fernandes Figueira, e considerado como referência até os dias atuais 13 .

Com a criação da PNIAM, o serviço assumiu papel mais abrangente e, em 1985, teve seu modelo operacional revisado, tor- nando-se base para a expansão do sistema no país14. Buscando promover o comparti- lhamento de conhecimentos entre os BLH instituídos, o Ministério da Saúde (MS) criou, no ano de 1998, a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano – r-BLH-BR 10 .

Décadas antes do aquecimento da discus- são global em torno da associação negativa entre a baixa adesão ao AM e a alta taxa de mortalidade infantil, já despontavam alertas de instituições como o Rotary Clube e de mé- dicos que atuavam em áreas mais pobres do Brasil quanto aos malefícios da intensa pro- moção de substitutos do leite materno 10 .

Nesse contexto, o país adaptou o “Códi- go Internacional” aprovado no ano de 1979, e, em 1988, o Conselho Nacional de Saúde instituiu as “Normas para Comercialização de Alimentos para Lactentes (Ncal)”, proi- bindo tanto a divulgação quanto a promoção Figura 1 – Linha do tempo. Marcos pró-amamentação no Brasil.

Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde, 2017

3

.

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artigo

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Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

comercial de fórmulas infantis 15 . Nas déca- das seguintes, a Ncal passou por revisões que ampliaram seu escopo e determinaram novas regras de rotulagem e fiscalização, buscando acompanhar as diversas estratégias de marke- ting praticadas pela indústria 3 .

Com a publicação da Lei nº 11.265/2006 e posterior regulamentação pelo Decreto nº 8.552/2015, a diretriz – que passou a ser inti- tulada “Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância e de Produtos de Puericul- tura Correlatos (NBCAL)” – ganhou ainda mais força enquanto dispositivo fundamental para a proteção do AM, tendo como objeti- vo a normatização do comércio de alimentos para crianças menores de 03 anos, bem como de produtos como bicos, chupetas, mamadei- ras e protetores de mamilo 15 .

Parceira do movimento em favor da saúde de bebês e crianças pequenas por meio da pro- moção e proteção da amamentação, a Rede Internacional em Defesa do Direito de Ama- mentar (IBFAN) foi criada no final dos anos 70, sendo instituída no Brasil na década de 1980. Nesse sentindo, a rede constituiu-se em oposição à propaganda antiética de produtos que prejudicam a prática do AM, sobretudo aqueles abarcados pela NBCAL, realizando monitoramento contínuo e cobrando mais engajamento de atores importantes como a indústria e empresas do ramo, bem como de profissionais da área da saúde 16 .

Em consonância com os diversos esforços empregados, benefícios em favor do AM, como a garantia de licença-maternidade por 120 dias para as mulheres trabalhadoras, li- cença-paternidade, assim como o direito às puérperas privadas de liberdade de permane- cer com os filhos durante o período de ama- mentação, foram assegurados a partir da pro- mulgação da Constituição Federal 3 .

A ampliação da licença-maternidade para 180 dias, período recomendado pela OMS a fim de garantir o aleitamento materno exclu- sivo (AME), é realidade, mas inclui apenas mulheres trabalhadoras formais, por meio do Programa Empresa Cidadã, aprovada em 2010 pelo Congresso Nacional. Entre- tanto, a concessão do benefício depende da adesão voluntária dos empregadores; destes, apenas 10% haviam aderido ao “Programa”

em 2016 17 . A instalação de salas exclusivas dentro do ambiente de trabalho para o alei- tamento também se configura como alterna- tiva para assegurar a prática 18 .

O avanço nas discussões sobre a temá- tica do AM estimulou a transformação das rotinas de trabalho em serviços de saúde, so- bretudo no âmbito das maternidades. Nessa perspectiva, a OMS, aliada à UNICEF, lan- çou a “Declaração Conjunta Sobre o Papel dos Serviços de Saúde e Maternidades”, onde se apontaram 10 ações de incentivo à práti- ca do aleitamento, conhecidos como os “10 passos para o sucesso do AM” 10 .

Após conferência internacional promovi- da por autoridades de saúde, foi aprovada por representantes de entidades públicas e civis, bem como de agências das Nações Unidas, a

“Declaração de Innocenti”, cujo propósito foi de estabelecer metas e objetivos para garantir o AME até os 04-06 meses de vida, complemen- tado com alimentos saudáveis até os 02 anos ou mais, num prazo de cinco anos. Para isso, o do- cumento elencou quatro ações: 1) formar uma coordenação e um comitê pró-amamentação;

2) assegurar o cumprimento dos “10 passos”

pelas maternidades; 3) implementar por com- pleto o “Código Internacional” instituído em 1979 e as subsequentes resoluções aprovadas pela Assembleia da OMS; e 4) garantir à mu- lher trabalhadora o direito de amamentar e es- tabelecer meios adequados para isto 9 .

Tendo como objetivo incentivar o cumpri- mento dos “10 passos”, desde o período pré- -natal até após o parto, foi desenvolvido o pro- grama Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), sendo o Brasil um dos pioneiros na adesão. Além daquela meta, para receber a certificação como “Amigo da Criança”, a ma- ternidade deveria atender a outros pré-requi- sitos, como praticar o AC, diminuir as taxas de cesáreas e respeitar o disposto na Ncal 19 . Neste cenário, o engajamento dos profissio- nais de saúde e demais funcionários mostrou- -se fundamental para possibilitar a mudança dos processos de trabalho e do ambiente 20 .

Originado em Bogotá, na Colômbia, como alternativa à escassez de incubadora, o Método Canguru foi estabelecido no Brasil enquanto política pública denominada “Nor- ma de Atenção Humanizada ao Recém-Nas- cido de Baixo Peso – Método Canguru”, ten-

do como finalidade empreender alterações na rotina de unidades neonatais de terapia inten- siva e/ou de cuidados intermediários, como facilitar o contato com os pais, permitindo- -lhes a entrada e permanência, bem como encorajar o contato pele a pele, estimular a amamentação e os cuidados com o bebê 10 .

Desempenhando papel relevante na rede de apoio à gestante e à nutriz, o pilar da Atenção Primária em Saúde (APS) também é indispensável para a promoção, proteção e apoio ao AM. Deste modo, foram implanta- das diversas ações de incentivo à prática, ten- do como exemplos a “Iniciativa Unidade Bá- sica Amiga da Amamentação”, que objetivou fomentar os “10 passos” no âmbito da AB por meio da capacitação profissional 21,17 ; e a “Rede Amamenta Brasil”, a qual provocou uma reformulação e a pactuação das ações no fluxo de atendimento interdisciplinar ao binômio mãe-filho 3,17 .

Instituída através da Portaria nº 1.920/2013, a “Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB)” agregou as ações da “Rede Amamenta Brasil” e da “Estraté- gia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável”. Enquanto certi- ficação no âmbito da APS, a EAAB trazia em seu escopo a qualificação das ações em- preendidas tanto para a promoção, proteção e apoio ao AM quanto à alimentação com- plementar saudável para crianças menores de 02 anos 22 . Entre os critérios estabelecidos, incluíam-se a elaboração de um plano de ação para incentivar o AM e a alimentação complementar (AC), bem como o monito- ramento dos índices destas práticas 10 .

Com especial atenção às crianças na pri- meira infância pertencentes à uma condição de maior vulnerabilidade, instituiu-se, por meio da Portaria nº 1.130/2015, a “Políti- ca Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)”. Organizada em sete eixos de ação, a diretriz tinha como principal meta a redução da morbimortalidade infantil por meio da atenção e cuidados integrais e integrados, desde a gestação até os 09 meses de vida. Desta maneira, contemplou o AM e a alimentação complementar saudável como condutas importantes a serem cumpridas 3 .

Mais um instrumento de âmbito nacio-

nal, o “Marco Legal da Primeira Infância”

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artigo

Araújo, T.P.; Fomigosa, L.A.C.; Maciel, A.P.; Sá, N.N.B.;

Mecanismos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil

estabeleceu princípios e diretrizes norteado- res para a criação de políticas públicas e/ou iniciativas correlatas em favor do desenvolvi- mento integral e saudável de crianças desde o nascimento até os 06 anos de idade 23 . O dis- positivo aborda a prática do AM enquanto orientação obrigatória às gestantes e familia- res. Outro benefício amparado pela legislação foi o aumento, de cinco para quinze dias, do período da licença-paternidade aos que esti- vessem empregados em empresas “cidadãs” 3 .

CONCLUSÃO

Impulsionados pela preocupação com as altas taxas de mortalidade infantil em todo o mundo, diversos movimentos internacio- nais e nacionais em prol do AM foram em- preendidos a fim de transformar a realidade, marcada também pela intensa atuação dos fabricantes de substitutos do leite materno, os quais eram fortemente recomendados.

Nesse âmbito de engajamento global, o MS

normatizou diversas ações de promoção, prote- ção e apoio à prática. Como resultado, diversas pesquisas nacionais na área da saúde aponta- ram para uma tendência crescente do AME e do AM de forma continuada, o que contribui para o alcance das recomendações da OMS.

Por fim, é importante mencionar que a su- cessão de iniciativas demonstra a pujança do tema e o interesse governamental de apoio ao AM, em consonância com as evidências epi- demiológicas acerca dos seus benefícios.

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