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Avaliação da qualidade de milho (Zea mays L.) armazenado em diferentes tipos de silo

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Academic year: 2021

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Avaliação da qualidade de milho (Zea mays L.) armazenado em diferentes tipos

de silo

Jarbas Florentino de Carvalho1, Aldieres Fonseca da Silva2, Juliana Pereira da Silva2,

Luciana Menino Guimarães3, Lucimara Ferreira de Figueredo3

1 Instituto Federal do Pernambuco, Campus Floresta; 2 Faculdade da Amazônia – FAMA (Rua 743, nº 2043, Cristo Rei,

CEP 76980-000, Vilhena, RO); 3 Universidade Federal da Paraíba (Rodovia PB 079 - Km 12 - Caixa Postal 66 CEP:

58.397-000 Areia, PB); email: jarbasfcarvalho@bol.com.br; telefone: (83) 9874-2824.

RESUMO

A importância econômica do milho (Zea mays L.) é caracterizada pelas diversas formas de utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia.Objetivou-se com este trabalho avaliar a qualidade do milho armazenado em silos metálico e bolsa, quanto a qualidade dos grãos, ataque das principais pragas e fungos que causam grandes perdas quantitativas e qualitativas, além do custo de armazenamento para a região do município de Vilhena- RO. O experimento foi conduzido na fazenda Ouro Verde em Vilhena, RO. Foram utilizados dois tipos de silo para grãos de milho, silo metálico e bolsa, as coletas foram feitas no ato do armazenamento e depois semanalmente por 90 dias (noventa dias). As amostras foram colhidas em pontos estratégicos com calador de metal com 2,20m para silo metálico e de 0,50m para silo bolsa. Foram avaliados a umidade dos grãos, ataque de pragas, e custo de armazenamento comparando as duas

unidades. Os silos mostraram diferença significativa para os parâmetros de porcentagem de umidade,

temperatura e quantidade de pragas e grãos armazenados. Através dos dados obtidos conclui-se que o silo bolsa tem tornado uma boa opção para os produtores que querem economizar e obter qualidade de grãos armazenados.

PALAVRAS CHAVE: Grãos armazenados, Umidade, Custo de Armazenamento

ABSTRACT

SILO METAL X SILO BAG: QUALITY ASSESSMENT OF MAIZE (ZEA MAYS L.) STORED

The economic importance of maize (Zea mays L.) is characterized by various forms of use, ranging from animal feed to the high-tech industry. The objective of this study was to evaluate the quality of corn stored in metallic silos and bag, as the quality of grain, attack the main pests and fungi that cause major quantitative and qualitative losses, plus the cost of storage to the region of the municipality of Vilhena - RO. The experiment was conducted at Verde Farm Gold in Vilhena, RO. Two silos for corn grain, metallic silo and bag, collections were made at the time of storage and then weekly for 90 days (ninety days) were used. Samples were taken at strategic points with Caladormetal to metal silo with 2.20m and 0.50m for silo bag. We evaluated the grain moisture, insect attack, and storage cost comparing the two units. The silos showed significant differences for

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the parameters of moisture content, temperature and quantity of pests and stored grains. Through the data obtained it is concluded that the silo bag has become a good option for producers who want to save and get quality of stored grain.

KEYWORDS: Grain stored, humidity, Cost of storage INTRODUÇÃO

Dentro da classificação botânica, o milho pertence á ordem Gramineae, família Gramineaceae, sub-família Panicoideae, tribuMaydeae, gênero Zea, espécie Zea May. O gênero Zeaé considerado monotípico e constituído por uma única espécie, ou seja, Zea maysL. A semente do milho é um tipo especial de fruto, botanicamente classificado como cariopse. Apresenta basicamente três partes: o pericarpo, endosperma e o embrião. O pericarpo é a camada mais externa, fina resistente, constituindo a parede externa da semente.

A produção de milho no Brasil tem-se caracterizado pela divisão da produção em duas épocas de plantio. Os plantios de verão ou primeira safra são realizados na época tradicional, durante o período chuvoso que varia entre fins de agosto até os meses de outubro/novembro dependendo da região. E mais recentemente, tem aumentado à produção obtida na chamada safrinha, ou segunda safra. A safrinha se refere ao milho sequeiro plantado extemporaneamente, em fevereiro ou março, quase sempre depois da soja precoce (EMBRAPA, 2006).

O Estado de Rondônia cultivou, na safra 2010/2011, uma área de 170,9 mil hectares de milho com uma produtividade de 2.481 Kg/ha-1, e com uma produção de 423,9 mil de toneladas, conforme dados do nono levantamento da CONAB. Apesar da cultura do milho representar grande importância para o agronegócio brasileiro, ainda existe um entrave muito grande pós-colheita que é o armazenamento da produção, pois a safra do milho confronta principalmente com a safra da soja (MAPA, 2011).

Dos anos 40 a 60 foram construídos no Brasil inúmeros armazéns chamados convencionais de fundo plano, sem transportadores de carga e descarga pois se tratavam de armazéns para sacaria especialmente para armazenagem de café e arroz e contavam com máquina de limpeza e secador intermitente. A partir da granelização dos anos 60, esses armazéns ficaram defasados e praticamente com utilidade para apenas café e algodão, mas sem finalidade para a armazenagem dos produtos de grandes lavouras a granel. (WEBER, 2005).

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Os silos podem ser metálicos, de alvenaria ou de concreto. Os silos metálicos para serem montados requerem edificação de fundações, e a montagem tem início pelo anel superior que é

erguido para a montagem dos anéis inferiores até ser atingida a altura de cilindro desejada.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no secador Chupinguaia propriedade da fazenda Ouro Verde situado no município de Vilhena-RO. Foram utilizados dois tipos de silo para grãos de milho, silo metálico (figura 1) e silo bolsa (figura 2)

As coletas foram feitas no ato do armazenamento e depois semanalmente por um período de 90 dias (noventa dias), no silo metálico as amostras foram colhidas com um calador de metal de 2,20 metros de comprimento, e no silo bolsa as amostras foram colhidas com um calador de metal com um tamanho aproximado de 0,50 metros.

As amostras foram colhidas em pontos estratégicos de forma zigzag evitando assim riscos de prejudicar o restante do material armazenado. Os grãos de milho foram avaliados da seguinte maneira: foram colhidas amostras nos dois tipos de silo onde foram avaliados a umidade dos grãos através do aparelho medidor de umidade da marca Motonco, modelo 919, ataque de pragas através da retirada de amostras com caladortipo sonda e custo de armazenamento comparando as duas unidades usando como base o custo de compra das bolsas e custo inicial de implantação do silo metálico e compra de embutidoras para o silo bolsa.

Os dados foram submetidos a análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, através do programa estatístico Sisvar versão 5.3 (2010), sendo representados através de tabelas e gráficos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Os silos desenvolvidos para armazenamento dos grãos de milho, mostraram diferença

significativa para os parâmetros de porcentagem de umidade, Temperatura e quantidade de pragas de grãos armazenados, onde o silo metálico mostrou superioridade para os parâmetros de umidade e temperatura em relação ao silo bolsa, com 13,16% para 13,98%, e 29,47°C, para 29,90°C, respectivamente (tabela 1). Segundo Almeida e Cia (2012), quanto menor a umidade e a

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temperatura melhor a qualidade de armazenamento do milho, não ultrapassando o nível mínimo exigido que é 13% de umidade. Já para a incidência de pragas nos grãos armazenados, o silo metálico apresentou incidência elevada de pragas, com média de 9,55 pragas em três meses de avaliação o que não ocorreu no silo bolsa, diferindo devido á vários fatores como a areação realizada para que não ocorra aquecimento dos grãos e aumente a proliferação de insetos.

Tabela 1. Médias referentes aos parâmetros de qualidade dos grãos armazenados em relação a Umidade (%) e Temperatura (°C) nos silos tipo bolsa e metálico.

Silos Parâmetros de

Qualidade

Umidade (%) TºC Pragas (um.)

Tipo Bolsa 13,981 a 29,90 a 0 b

Tipo Metálico 13,16 b 29,47 b 9,55 a

C.V.(%) 2,33 1,73 34,40

CONCLUSÃO

Os grãos armazenados no silo bolsa apresenta umidade e temperatura mais elevadas que o silo metálico;

Não houve incidência de pragas no silo bolsa;

Através dos dados obtidos conclui-se que cada vez mais o silo bolsa tem se tornado uma ótima opção para os produtores que querem economizar e obter qualidade dos grãos armazenados.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA E CIA. Manual de Conservação de Grãos. Disponível em:

<http://acalmeidaecia.com.br/Manual%20de%20Conservação%20de%20Grãos.pdf.>Acesso em 10 de out de 2012.

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EMBRAPA. Milho e Sorgo. Sistema de produção. 1 Cultivo do Milho. 2ª ed Sete Lagoas, 2006.

Disponível em:

http://sistemadeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Cultivodomilho_2ed/plantasdaninhas.ht m>. Acesso em 15 de Agosto de 2012.

MAPA. Ministerio da Agricultura Pecuária e Abastecimento. BINAGRI – SISLEGIS. PORTARIA Nº 222, Aprovar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura de milho no Estado de Rondônia, ano-safra 2011/2012. (Secretaria de Política Agrícola, Departamento de Gestão de Risco Rural). Portaria nº 222, de 5 de julho de 2011.

WEBER, E. A. Excelência em Beneficiamento e Armazenagem de Grãos. Canoas, RS, 2005. p. 313- 342.

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