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Idolatria, Imagens e Santos

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Academic year: 2021

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Idolatria, Imagens e Santos

Devido à grande demanda acerca da questão dos Santos e suas imagens, o blog (Ecclesia Militans) pretende abordar, embora de modo conciso, uma outra face da acusação de idolatria feita à Igreja Católica, ainda não abordada em outros textos. Grande parte desta controvérsia parece resultar de um problema básico: a não distinção entre o catolicismo real e a caricatura do catolicismo difundida nos círculos não católicos.

Assim, introduzo o tema com as seguintes informações:

1- A Igreja NÃO proíbe a veneração dos Santos, nem tampouco condena o uso de estátuas, imagens sacras, mosaicos, vitrais, etc. É importante que se esclareça, entretanto, que no Catolicismo os ícones litúrgicos são apenas memoriais ao original que eles representam, bem como elementos ou instrumentos de evangelização, uma vez que inspiram a piedade e podem incitar a imitação do bom exemplo dos servos de Deus.

2- A Igreja Católica ensina a Doutrina da Comunhão dos Santos. A comunhão dos Santos é a doutrina que define que o Corpo de Cristo é UM único e indivisível Corpo. Este Corpo Místico está ligado à Cabeça, que é Cristo, Quem, por sua vez, Vive e Reina no Céu. Cristo é a Vida, a Ressurreição, sendo assim não tem ligados à Si nenhum membro morto, e sim membros viventes, mesmo que vivos em Espírito.

180- Quais são os principais pecados contra a religião?

Os principais pecados contra a religião são a adoração de falsos deuses ou ídolos e a doação a qualquer criatura da honra que pertence a Deus somente.

187 - Rezamos às relíquias ou imagens?

Nós não oramos a relíquias e imagens. Estas não podem ver, ouvir, nem nos ajudar. (Catecismo da Doutrina Cristã, Papa São Pio X)

Antes de prosseguir, proponho uma breve explicação aceita por muitos teólogos, alguns inclusive protestantes, sobre o termo morte. A expressão “morte” e suas derivadas, principalmente no Novo Testamento, é frequentemente usada no sentido não literal, ou seja, conota o significado de morte espiritual e tem cunho escatológico (Leia Mais Aqui). Assim, quando Jesus falava da morte somática ( ou morte física), referia-Se a ela de modo analógico como sono, adormecer, descanso, etc. Aqui é relevante lembrar que Jesus sempre pregava seus ensinamentos sob a perspectiva escatológica, de modo que seu foco estava nos eventos do mundo vindouro, do Reino de Deus, das coisas do Céu e nunca das preocupações mundanas ou da carne. Contudo, isso não implica que Ele não fizesse uso da linguagem comum entre aqueles à quem falava, para transmitir seus ensinamentos e doutrinas. Não pretendo me estender muito no tema da linguagem escatológica da Bíblia, mas uma ilustração clássica deste aspecto é o diálogo entre Jesus e seus apóstolos sobre a morte somática ou a morte física de Lázaro. Lázaro, enquanto um judeu que confessava fé em Jesus Cristo era, efetivamente, um cristão. Jesus, em sua divina sabedoria, sabia claramente que Lázaro fora salvo pela graça de sua própria fé. Por isso não Se referiu à morte somática de Lázaro pelo termo morte – que como dito, na linguagem escatológica significa a condenação perpétua, ou a morte espiritual – em vez disso, Jesus disse apenas que Lázaro ‘dormia’. Alguns podem se perguntar, por que Jesus disse que Lázaro dormia quando, de fato, estava morto? Parece razoável concluir que Jesus referiu-se à morte de Lázaro como sono porque pretendia fazer uma clara distinção entre a “morte do corpo” e a “morte da alma” (por “morte da alma” entenda-se aqui a condenação eterna ou não salvação, pois a Bíblia ensina que a alma é eterna). No mesmo capítulo Jesus esclarece isso à Marta, irmã de Lázaro.

*A Escatologia é a parte da teologia que se dedica ao estudo dos quatro derradeiros eventos: morte, julgamento, Céu e Inferno.

O que ensina o Catolicismo de Fato

Se nada pode nos separar do amor de Deus (Romanos 8, 38-39), os servos de Deus, aqueles creem em Jesus como Salvador, enquanto membros do Corpo de Cristo, estão e unidos à Cabeça e continuam unidos à ela também após sua morte somática (do corpo). É nesse sentido que devemos interpretar Romanos 8, 38-39. Ou seja, nem a morte

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somática nos separa de Jesus, pois se em vida vivemos Nele, quando partimos do mundo da carne, continuamos vivos nEle também em Espírito. Nisto acreditavam os Cristãos primitivos e, por conseguinte, nisto acredita a Igreja Católica.

A – Comunhão dos Santos

Etimologicamente a palavra comunhão, que vem do Latim, define-se como: Com + União – Portanto, a Doutrina da Comunhão dos Santos nada mais é que afirmação de que o Corpo de Cristo, a Igreja, está unido entre si à Cristo. Sendo assim, o fiel membro do Corpo não deixa de ser parte dele depois da morte. Isso equivale dizer que tudo que se aplica aos seguidores de Cristo na terra também é valido aos que vivem no Céu. Assim, se em vida oramos uns pelos outros, amamos uns aos outros, etc., do mesmo modo fazem os Santos no céu. Contudo não oram por si mesmos, porque já alcançaram a vida eterna. Oram, portanto, pela Igreja na Terra que peregrina à Jerusalém celestial, como os israelitas no deserto peregrinaram rumo à terra prometida.

Explicada a Comunhão dos Santos, compreendemos porque os Cristão primitivos reverenciavam a memória daqueles que os antecederam na fé e deram testemunho exemplar na imitação de Cristo.

Como dito acima, a Bíblia instrui-nos a amarmos uns aos outros ( Cf. João 13,34), a orarmos uns pelos outros ( Cf. Tiago 5,16), e ainda pede-nos que façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé ( Cf. Gálatas 6,10). É neste espírito que a Igreja entende que a oração dos Santos – na terra e no céu – podem e devem ser dirigidas aos Céus em benefícios de outros. Entretanto, para os Católicos, os santos falecidos (mas vivos em Espírito), em nada diferem dos fiéis na terra, exceto pelo fato que aqueles no céu já não mais pecam e vivem na Glória de Deus. Se vivem na Glória suas orações são privilegiadas, pois estão justificados aos olhos de Deus. Ademais, a bíblia nos ensina que as orações dos justos (santos) tem grande eficácia (Tiago 5, 16 ), deste modo é natural que a Comunhão dos Santos pressuponha a intercessão dos membros do Corpo de Cristo também no Céu. Se sem a Santidade ninguém verá a Deus (Cf Hebreus 12, 14), as orações dos santos são, deveras, privilegiadas. Por este motivo os fiéis na terra voltam-se aos Santos no Céu por sua intercessão.

Obviamente, é importante esclarecer que a Comunhão do Santos, tampouco o que ensina a Igreja, contradiz a bíblia no que diz respeito à Mediação de Cristo. A mediação da nossa salvação cabe apenas ao único Mediador, que é Cristo; as preces dos Santos, contudo, são como taças cheias de incenso apresentadas diante do trono de Deus (Apocalipse 5,8), e enquanto membros do Corpo – que é indivisível – eles são intercessores junto à Cristo e mediam através dEle.

184 – É proibido dar honra divina ou adoração aos anjos e santos?

Sim, é proibido dar honra divina ou adoração aos anjos e santos, pois isso pertence à Deus somente. (Catecismo da Doutrina Cristã – São Pio X)

B- As Imagens dos Santos

Os Santos da Igreja, como vimos, são aqueles que viveram em consonância com o Evangelho de Cristo e as Leis de Deus, confessando fé em Jesus como Salvador. A Igreja os reverencia por seu testemunho de fé e cultiva a perpetuação de suas memórias de vários modos, pela biografia dos Santos, folhetos de orações, e claro, pelas imagens ou ícones.

Quando um Católico reza – por vezes até mesmo ajoelhado – diante de uma imagem ou ícone sacro, sabe que diante de si encontra-se não um objeto com poderes divinos, forças supernaturais, etc., mas a mera representação de um servo (a) de Deus que, apesar de falecido, vive em Espírito junto do Senhor. Os santos são criaturas e jamais poderiam ser reverenciados da mesma forma que o Criador. Somente à Deus oferecemos orações de adoração. Assim, a oração que dirigimos ao santo tem duas características importantes: (i) é puramente petitória e suplica pela intercessão do santo a quem se reza e (ii) nunca é feita ao objeto que o representa.

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C- Exageros e Abusos

Mais adiante, não é incomum que a piedade católica permita demonstrações mais fervorosas de devoção aos santos, havendo aqueles que, devido à sua fé e devoção - a exemplo do que já faziam os primeiros cristãos ( Cf Atos 5,15, – Atos 18, 21 e 19, 12) – desejam tocar nas imagens e objetos dos santos, beijá-los, senti-los, como se tivessem diante de si o verdadeiro santo, e não apenas sua imagem.

A dúvida frequente do não-católico, ou do ex-católico desinformado, é que a expressão externa da devoção ao Santo, pode, dependendo da forma como é feita, caracterizar pecado da idolatria, ou no mínimo representar um abuso ou exagero. A isso deve-se explicar que, no catolicismo o ato de rezar aos santos, com ou sem a demonstração de uma postura corporal idêntica àquela que se adota no culto de adoração à Deus, não implica dizer que o fiel esteja direta ou indiretamente prestando adoração ao santo ou à sua imagem, uma vez que ele sabe, aceita e conhece dois fatos:

1- Que o santo não é um deus, seu poder é unicamente intercessório – um poder aliás conferido a todo cristão piedoso – e reconhece ainda que a graça vem de Deus e não do santo.

2- A imagem do santo é uma representação do santo. Trata-se de um objeto sem poder como outro qualquer. Entretanto, não é comum que se agradeça tanto ao santo quanto à Deus, por uma graça alcançada. A Deus, pela graça em si, ao santo, pela eficácia de sua intercessão.

O que diz a Igreja sobre as Imagens

AS SANTAS IMAGENS

1159. A imagem sagrada, o «ícone» litúrgico, representa principalmente Cristo. Não pode representar o Deus invisível e incompreensível: foi a Encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova «economia» das imagens: «Outrora Deus, que não tem nem corpo nem figura, não podia de modo algum ser representado por uma imagem. Mas agora, que Ele se fez ver na carne e viveu no meio dos homens, eu posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus [...] Contemplamos a glória do Senhor com o rosto descoberto» (Cf CIC – São João Damasceno, De sacris

imaginibus oratio 1, 16: PTS 17, 89 e 92 (PG 94, 1245 e 1248).).

1160. A iconografia cristã transpõe para a imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra esclarecem-se mutuamente:

«Para dizer brevemente a nossa profissão de fé, nós conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não, que nos foram transmitidas intactas. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que está de acordo com a pregação da história evangélica, acreditando que, de verdade e não só de modo aparente, o Deus Verbo Se fez homem, o que é tão útil como proveitoso, pois as coisas que mutuamente se esclarecem têm indubitavelmente uma significação recíproca» (Cf. CIC II Concílio de Niceia (em 787) Terminus: COD p. 135.).

1161. Todos os sinais da celebração litúrgica fazem referência a Cristo: também as imagens sagradas da Mãe de Deus e dos santos. De fato, elas significam Cristo que nelas é glorificado; manifestam «a nuvem de testemunhas»

(Heb 12, 1) que continuam a participar na salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração

sacramental. Através dos seus ícones, é o homem «à imagem de Deus», finalmente transfigurado «à sua semelhança» (Cf. Rm 8, 29; 1 Jo 3, 2.), que se revela à nossa fé – como ainda os anjos, também eles recapitulados em Cristo:

«Seguindo a doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres e a tradição da Igreja Católica, que nós sabemos ser a tradição do Espírito Santo que nela habita, definimos com toda a certeza e cuidado que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da Cruz preciosa e vivificante, pintadas, representadas em mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre as alfaias e vestes sagradas, nos muros e em quadros, nas casas e nos caminhos: e tanto a imagem de nosso Senhor, Deus e Salvador,

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Jesus Cristo, como a de nossa Senhora, a puríssima e santa Mãe de Deus, a dos santos anjos e de todos os santos e justos» (II Concílio de Niceia, Definitio de sacris imaginibus: DS 600.).

1162. «A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os meus olhos, e, tal como o espetáculo do campo, impele o meu coração a dar glória a Deus» (São João Damasceno, De sacris imaginibus oratio 1, 47: PTS 17. 151 (PG 94, 1268). A contemplação dos sagrados ícones, unida à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração, para que o mistério celebrado se imprima na memória do coração e se exprima depois na vida nova dos fiéis.

O Mal entendido

O problema da acusação de idolatria dos protestantes aos católicos está no fato que não possuem um verdadeiro entendimento da Comunhão dos Santos. Com isso, presumem que o culto aos santos seja o mesmo do culto a Deus. Infelizmente, concluem a partir da aparência sem o entendimento da essência.

Entretanto, explicado isso, há ainda muitos protestantes que direcionam sua crítica não à verdadeira doutrina católica da Comunhão dos Santos ou do uso da Iconografia litúrgica, mas a uma caricatura do catolicismo propagada em meios anticatólicos, o que aparentemente parece contradizer os fundamentos do cristianismo. A isso deve-se responder que toda crítica ao catolicismo, alias ao que quer que seja, deve ser voltada ao catolicismo de fato ou à coisa de fato, e não ao que cada um entende ser catolicismo. Em outras palavras, se quero avaliar verdadeiramente o que pensa e ensina Platão, devo ler o que Platão escreveu e não o que Freu escreveu sobre Platão. Infelizmente, não é isso o que acontece quando se trata da crítica neo-protestante ao catolicismo.

Fatos Importantes

A Igreja Católica ensina categoricamente que há apenas um único Deus, e que o culto de adoração presta-se somente à Ele.

«Não haverá jamais outro Deus, ó Trifão, e nunca houve outro, desde os séculos [...], senão Aquele que fez e ordenou o Universo. Não pensamos que o nosso Deus seja diferente do vosso. É o mesmo que fez sair os vossos pais do Egito, pela sua mão poderosa e braço levantado. Nós não pomos as nossas esperanças em qualquer outro, que não há, mas no mesmo que vós, o Deus de Abraão, Isaac e Jacob» (Cf. CIC – Diálogo de Justino Mártir com o Judeu Trifão).

A Igreja Católica não proíbe a iconografia Sacra pois faz uma distinção importante entre o culto a Deus – Latria – e o culto aos Santos – dulia e hiperdulia. Assim, aquele que julga a piedade católica meramente com base naquilo que seus olhos veem, provavelmente fará um julgamento errôneo da adoração católica.

Para finalizar, apresento abaixo parte dos escritos da Igreja acerca do tema da Adoração, Idolatria, das Imagens e outros pontos relevantes ao entendimento do tema.

Sobre a Adoração

III. «Não terás outros deuses perante Mim»

2110. O primeiro mandamento proíbe honrar outros deuses, além do único Senhor que Se revelou ao seu povo: e proíbe a superstição e a irreligião. A superstição representa, de certo modo, um excesso perverso de religião; a irreligião é um vício oposto por defeito à virtude da religião.

A SUPERSTIÇÃO

2111. A superstição é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás legítimas ou necessárias. Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais sacramentais a respectiva eficácia, independentemente das disposições interiores que exigem, é cair na superstição (39).

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A IDOLATRIA

2112. O primeiro mandamento condena o politeísmo. Exige do homem que não acredite em outros deuses além de Deus, que não venere outras divindades além da única. A Sagrada Escritura está constantemente a lembrar esta rejeição dos «ídolos, ouro e prata, obra das mãos do homem, que «têm boca e não falam, têm olhos e não veem…». Estes ídolos vãos tornam vão o homem: «sejam como eles os que os fazem e quantos põem neles a sua confiança»

(Sl 115, 4-5.8) (40). Deus, pelo contrário, é o «Deus vivo» (Js 3, 10) (41), que faz viver e intervém na história.

2113. A idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser uma tentação constante para a fé. Ela consiste em divinizar o que não é Deus. Há idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro, etc., «Vós não podereis servir a Deus e ao dinheiro», diz Jesus (Mt 6, 24). Muitos mártires foram mortos por não adorarem «a Besta» (42), recusando-se mesmo a simularem-lhe o culto. A idolatria recusa o senhorio único de Deus; é, pois, incompatível com a comunhão divina (43).

2114. A vida humana unifica-se na adoração do Único. O mandamento de adorar o único Senhor simplifica o homem e salva-o duma dispersão ilimitada. A idolatria é uma perversão do sentido religioso inato no homem. Idólatra é aquele que «refere a sua indestrutível noção de Deus seja ao que for, que não a Deus» (44).

ADIVINHAÇÃO E MAGIA

2115. Deus pode revelar o futuro aos seus profetas ou a outros santos. Mas a atitude certa do cristão consiste em pôr-se com confiança nas mãos da Providência, em tudo quanto se refere ao futuro, e em pôr de parte toda a curiosidade malsã a tal propósito. A imprevidência, no entanto, pode constituir uma falta de responsabilidade. 2116. Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente «reveladoras» do futuro (45). A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos “médiuns”, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele.

2117. Todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende domesticar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de fazer mal a outrem ou quando recorrem à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica muitas vezes práticas divinatórias ou mágicas; por isso, a Igreja adverte os fiéis para que se acautelem dele. O recurso às medicinas ditas tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes malignos, nem a exploração da credulidade alheia.

APÊNDICE

O tradutor protestante, João Ferreira de Almeida, adulterou as já incompletas bíblias protestantes, colocando o termo “Imagens de Escultura” onde nos originais consta ÍDOLO, semeando mais confusão.

Se examinarmos o texto original hebraico, notaremos que em ambas as citações do Êxodo e do Deteuronômio se fala claramente que aquilo que os protestantes pregam sobre esse tema é maldosamente uma tradução adulterada criminosamente: “IMAGENS DE ESCULTURA”. Na verdade, deveria ser traduzido por ÍDOLOS, pois a palavra hebraica utilizada é “PESEL” que se traduz no grego por “ÊIDOLON” e em português por ÍDOLO.

Referências

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