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Brasil: crescimento do setor industrial se generaliza sinalizando aceleração da economia em

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Camila Carvalho Rodrigues² Felipe Costa Moreira² Patrick Laurent Rohrer Rodrigues² Vinicius Felipe da Silva2

1.

Introdução

A política monetária expansiva de combate à crise seguida pelas autoridades dos principais países centrais – bastando lembrar que o FED comprou desde março/2009 US$2,5 trilhões em ativos no mercado, e o BCE injetou €562 bilhões em linhas de longo prazo no período – começou a dar frutos, levando o Bureau de Estatísticas Européias – Eurostat a anunciar no fim de novembro a saída de recessão para a Zona do Euro (ZONE...,2009).

Os dados constantes do Quadro 1 indicam esta retomada, que no Japão se espraiou por dois trimestres

Quadro 1 – Variação do PIB – 2008/2009 – Em relação ao trimestre precedente Países 3ª TR.2008 4º TR.2008 1º TR.2009 2º TR.2009 3º TR.2009 EUA -0.7 -1,4 -1,6 -0,2 0,7 Japão -1,7 -3.0 -3,2 0,7 1,2 Zona do Euro -0,4 -1,9 -2.4 -0,2 0,4 UE27 -0,5 -1,9 -2,4 -0,3 0,3 Fonte: EUROSTAT

1 Relatório apresentado em 09.12.2009. Orientado pelo Prof. Antônio Plínio Pires de

Moura membro do Núcleo de Estudos Conjunturais da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA.

2 Alunos do Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Faculdade de Ciências

Econômicas da UFBA e bolsistas do Núcleo de Estudos Conjunturais (NEC-FCE-UFBa.).

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Esta recuperação, contudo, encerra dois pontos sombrios: o primeiros diz respeito ao impacto que ocorreria na economia quando forem retirados os estímulos monetários do FED e BCE – em junho/2010 vencem €442 bilhões em linhas de longo prazo concedidas pelo Banco Central Europeu (LUCCHESI, 2009); o segundo ponto sombrio da retomada é a taxa de desemprego que se acelerou nas economias centrais, afetando na Zona do Euro 15,567 milhões de trabalhadores. Como comentou Rob Dobson, economista da Consultora Markit: “A conjuntura permanece incontestavelmente frágil e o crescimento poderá logo degringolar” (ZONE...,2009).

Quadro 2 – Taxas recentes de desemprego nos Países Centrais – Ago/Out.2009

Países Agosto Setembro Outubro EUA 9,7 9,8 10.2 Japão 5,5 5,3 5,1 Zona do Euro 9,6 9,8 9,8 UE27 9,1 9,2 9,3 Fonte: EUROSTAT

No cenário brasileiro a dinâmica do mercado interno centrada nos gastos do governo e das famílias terminou por contagiar os investimentos que se aceleraram, marcado a volta da confiança dos empresários face à redução da capacidade ociosa na indústria. Ao contrário das economias centrais, a brasileira criou em outubro 230.956 novas vagas, segundo o Caged, gerando nos últimos dez meses 1,163 milhao de novos empregos.

As projeções dos bancos e consultorias indicam um crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2009 acima de 2% em relação ao trimestre anterior na série dessazonalizada, o que daria em termos anualizados um crescimento de 8,2%. (ECONOMISTAS...,2009).

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Gráfico 1 - Variação Trimestral do PIB (% ) 1,5 1,3 -3,4 -1 -1,9 2,2 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 1 Trimestres

2º trim. 2008 3º trim. 2008 4º trim. 2008 1º trim. 2009 2º trim. 2009 3º trim. 2009

*

Fonte : IBGE 3º Trim.2009 : Estimativa

Em entrevista recente sobre os novos dados econômicos, o Presidente Lula comentou: “O PIB do terceiro trimestre deve registrar crescimento a um ritmo chinês de cerca de 9%”. Anualizando os dados, conclui-se que o crescimento da economia brasileira já beira os 5%. (AGÊNCIA...,2009).

2.

Panorama Industrial: crescimento se generaliza

Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria fechou outubro com o seu décimo resultado positivo quando comparado ao mês anterior.

O crescimento à taxa dessazonalizada de 2,2% frente a setembro de 2009 foi acompanhado de uma queda bem menor na comparação com setembro de 2008 (-3,2%); a menor desde novembro de 2008.

No acumulado do ano, a variação da produção industrial continua decrescente, mas a taxas menores – para o mês de outubro, foi de -10,7%; enquanto que, no acumulado nos últimos 12 meses, as variações estão cada vez maiores.

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Tabela 1: Taxa de variação da produção industrial - 2009 Taxa de variação da produção industrial Período de comparação

Outubro Setembro Agosto

Mês anterior 2,2% 0,8% 1,2%

Média Móvel Trimestral 1,8% 1,4% 1,3%

Mês 09 / Mês 08 -3,2% -7,8% -7,2%

Acumulado do ano -10,7% -11,6% -12,1%

Acumulado 12 meses -10,6% -10,3% -8,9%

Fonte: IBGE, PIM-PF.

O resultado positivo de 2,2% em outubro é expressivo dado que foi alcançado devido ao bom desempenho de grande parte dos setores pesquisados (21 dos 27 setores), entre eles, destacam-se: veículos automotores com 11,2%, “que após o forte ajuste na produção no final do ano passado, acumula ganho de 107,1% frente a dezembro de 2008” (IBGE, 2009a); alimentos com 3,0%; bebidas (4,0%); metalurgia básica (2,6%) e farmacêutica (3,1%). Entretanto, a contra-tendência deve-se à performance não satisfatória de setores como: outros produtos químicos (-1,9%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar e ópticos (-7,2%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-3,8%).

Tabela 2: Taxa de variação3 mensal e mês/mês dessazonalizada de setores e atividades – Out.2009

Setores e Atividades Mensal Mês/mês

Indústria Geral -3,0 2,2 Indústrias Extrativas -8,3 1,3 Indústria de Transformação -2,4 1,2 Alimentos 1,4 3,0 Bebidas 13,4 4,0 Fumo -13,2 -2,8 Têxtil -1,4 1,6 Vestuário e acessórios -9,3 1,0

Calçados e artigos de couro 3,8 4,3

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Madeira -10,1 6,3

Celulose, papel e produtos de papel 1,5 0,9

Edição, impressão e reprodução de gravações -0,4 2,7

Refino de petróleo e álcool 5,6 0,6

Farmacêutica 3,0 3,1

Perfumaria, sabões, detergente e produtos de limpeza 5,7 -2,6

Outros produtos químicos 14,2 -1,9

Borracha e plástico 0,4 1,6

Minerais não metálicos -5,7 0,7

Metalurgia básica -9,9 2,7

Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos -11,4 1,5

Máquinas e equipamentos -14,3 1,5

Máquinas para escritório e eq. de informática -5,9 -3,8

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -13,3 3,0

Material eletrônico, aparelhos e eq. de comunicação -17,1 3,1

Eq. de instr. médico-hospitalar, ópticos e outros -26,1 -7,2

Veículos automotores -4,5 11,2

Outros equipamentos de transporte -2,2 3,9

Mobiliário 11,6 4,8

Diversos 0,4 -2,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, elaboração própria

Na análise por categoria de uso, o desempenho positivo na comparação mês/mês anterior dessazonalizada (2,2%) pode ser considerado de “melhor qualidade”, visto que veio da participação de Bens de Capital – que entre agosto e setembro 2009 cresceu 5,8% – e Bens de Consumo Duráveis, ambos com taxa de 5,9% – única categoria que apresenta um aumento (2,8%), na comparação com outubro 2008, revertendo a seqüência de doze meses de queda, por causa do setor de veículos automotores e da “linha branca”. Todas as categorias tiveram desempenho positivo, entretanto, Bens de Consumo Semiduráveis e não-duráveis (1,3%) e Bens Intermediários (1,2) – estimulados pelo açúcar – cresceram abaixo da taxa da Indústria Geral (2,2%). Na comparação mensal, os Bens Intermediários apresentaram, por outro lado, uma queda (-2,5%) menor do que a Indústria Geral (-3,2%), enquanto Bens de Capital apresenta indicador de -16,8%.

No resultado acumulado, a categoria que apresentou a menor taxa de decrescimento foi Bens de Consumo Semiduráveis e não-duráveis (-2,7%, no ano e -2,6% nos últimos 12 meses). (IBGE, 2009a)

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Tabela 3: Indicadores da Produção Industrial por Categoria de Uso – out. 2009 Variação (%)

Categorias de Uso

Mês/mês* Mensal Acumulado Acumulado 12 meses

Bens de Capital 5,9 -16,8 -22,0 -19,4

Bens Intermediários 1,2 -2,5 -12,3 -12,4

Bens de Consumo 1,7 0,2 -5,2 -5,8

Duráveis 5,9 2,8 -12,7 -15,4

Semiduráveis e não duráveis 1,3 -0,7 -2,7 -2,6

Indústria Geral 2,2 -3,2 -10,7 -10,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal

Na comparação out 2009/out 2008, a produção industrial retraiu-se em 3,2%, menor queda desde outubro 2008, segundo a PIM-PF – além de que, out 2009 teve dois dias úteis a menos que out 20084. Em jan 2009, esse indicador era de -17,5%; os sucessivos resultados são negativos, porém de montante decrescente. Entre os setores e atividades que contribuíram negativamente para a performance, destacam-se: máquinas e equipamentos (-13,7%); metalurgia básica (-10,3%); material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-15,2%); veículos automotores (-4,7%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,2%) e indústrias extrativas (-8,1%). As taxas desses setores também são decrescentes. As influências positivas: produtos químicos (11,1%), dada a produção de herbicidadas e adubos e fertilizantes, e refino de petróleo e produção de álcool (5,0%), com o aumento da produção de óleo diesel.

A “qualidade” na retomada da atividade industrial deve-se a alguns determinantes: todas as categorias apresentaram crescimento e boa parte dos setores recuperou a produção, reduzindo a capacidade ociosa das empresas; bens de capital se destacaram com o segundo mês de taxas positivas; e, houve uma recuperação das atividades dos bens intermediários, o que detona uma retomada efetiva da produção. Nota-se que é o consumo interno que impulsiona a melhoria no desempenho da atividade industrial, dado as desonerações fiscais, a manutenção do emprego e da massa salarial, aliado à oferta de crédito. A estabilidade no consumo mostra que já há espaço para retomar os investimentos e a categoria de bens de capital já tem resultados positivos. O crescente nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) da Fundação Getulio Vargas (FGV)

4 Essa diferença influencia a categoria de bens de consumo. O indicador dessazonalizado na comparação

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exige os incrementos produtivos, já que as firmas lidam com certa capacidade ociosa para poder responder as variações de demanda agregada. De novembro para outubro, o percentual dessazonalizado do NUCI aumentou 0,4 ponto percentual, saindo de 82,5% para 82,9%, sem ainda conseguir retomar níveis pré-crise.

Gráfico 2: Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) – em percentual

70 74 78 82 86

Fonte: Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), FGV.

Entretanto, o incremento produtivo e o aumento do NUCI foram resultados do aumento da melhoria nas expectativas dos empresários. A “qualidade” no crescimento corrobora a tendência da confiança dos empresários sobre as expectativas quanto a cenários futuros. Assim, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV mostrou um crescimento com o ajuste sazonal de 2,4% entre outubro e novembro (aumentou os pontos de 107,0 para 109,6) e atingiu o maior nível desde agosto de 2008 (113,3 pontos).

O Índice da Situação Atual (ISA) mostrou uma maior satisfação do empresariado industrial com o ambiente atual dos negócios e cresceu de 105,1 para 108,1, avançando 2,9%; e, o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,8%, ao passar de 109,0 para 111,0 pontos – ambos índices avaliados com o ajuste sazonal.

Além disso, aumentou de 26,7% para 29,9%, o número de empresas que consideram a situação dos negócios como boa, ao passo que, o percentual de firmas que avaliam como fraca diminuiu de 19,2% para 18,0%.

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Gráfico 3: Índice de Confiança da Indústria 60 70 80 90 100 110 ag o /0 8 se t/ 0 8 o u t/ 0 8 n o v /0 8 d ez /0 8 ja n /0 9 fe v /0 9 m ar /0 9 ab r/ 0 9 m ai /0 9 ju n /0 9 ju l/ 0 9 ag o /0 9 se t/ 0 9 o u t/ 0 9 n o v /0 9 ICI ISA IE Fonte: FGV, IBRE.

Vale ressaltar que o câmbio valorizado impede um melhor resultado, dado que a demanda externa retraída deixa de importar os produtos “não-tão-competitivos” brasileiros. O valor exportado dos produtos industrializados, apesar do decréscimo de U$8,365 bilhões para U$7,94 bilhões, apresenta-se estável. E, ainda não foram recuperados os valores pré-crise, dada a conjuntura internacional também de recuperação.

Gráfico 4: Exportações - produtos industrializados - (FOB)

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Secretaria de Comércio Exterior.

2.1. Panorama Industrial – Regiões

Na comparação com ajuste sazonal entre outubro 2009 e setembro 2009, a atividade industrial do Brasil cresceu 2,2%. A PIM-PF Regional mostra que Ceará (2,3%), Minas

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Gerais (3,0%), Espírito Santo (2,9%), Paraná (8,7%) cresceram acima da taxa brasileira, enquanto, Bahia e Rio Grande do Sul (0,8%), Rio de Janeiro (0,9%) Santa Catarina (2,1%), São Paulo (2,1%) e Pará (1,2%), abaixo. O Amazonas apresentou estabilidade (0,0%). Goiás (-10,3%), Pernambuco (-0,9%) e a Região Nordeste (-0,3%) foram os locais que tiveram influência negativa sobre o índice brasileiro.

O aumento na atividade industrial do Ceará e de Minas Gerais refere-se à recuperação da demanda interna e do comércio exterior, que retomou a produção dos setores automobilístico e de commodities industriais – como ferro e aço. O Rio de Janeiro e a Bahia têm, na sua estrutura produtiva, fatores que possibilitam certa estabilidade diante da conjuntura econômica: o primeiro é fortemente baseado na indústria de extração de petróleo e o segundo, em políticas assistencialistas do governo. Entre todos os estados, São Paulo é um dos mais importantes, uma vez que, os dados do IBGE sugerem que uma recuperação mais concisa só começou com a melhoria da indústria paulista, destacando-se as atividades de outros produtos químicos, refino de petróleo e álcool e alimentos. (INDÚSTRIA..., 2009b)

Tabela 4: Indicadores Regionais da Indústria – out. 2009

Taxa de variação (%) Locais

Mês/Mês* Mensal Acumulado 12 Meses Trimestral

Amazonas 0,0 -1,4 -11,9 -11,3 -6,4 Pará 1,2 -8,7 -8,2 -7,1 -9 Região Nordeste -0,3 -0,1 -7,3 -7,2 -5,2 Ceará 2,3 -3,5 -6,4 -5,9 -6,8 Pernambuco -0,7 1,0 -5,2 -5,1 -0,8 Bahia 0,8 0,3 -8,0 -8,1 -6,8 Minas Gerais 3,0 -7,4 -17,6 -18,1 -14,2 Espírito Santo 2,9 2,4 -21,1 -21,9 -12,7 Rio de Janeiro 0,9 -1,0 -5,9 -5,9 -3,2 São Paulo 2,1 -5,1 -11,6 -11,1 -8,8 Paraná 8,7 0,6 -5,2 -4,4 -5,7 Santa Catarina 2,1 -2,9 -10,4 -10,4 -8,5

Rio Grande do Sul 0,8 -5,5 -10,9 -11,3 -7,6

Goiás -10,3 -5,8 -1,7 -1,4 4,9

Brasil 2,2 -3,2 -10,7 -10,6 -8,3

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *ajustado sazonalmente

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Tanto o indicador do acumulado no ano, como o acumulado nos 12 meses, apresentaram apenas taxas negativas em todos os locais. As localidades que apresentaram quedas acima da média nacional, como Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, São Paulo e Rio Grande do Sul sofreram com a redução do “dinamismo dos produtos tipicamente de exportação, particularmente as commodities (minérios de ferro e produtos siderúrgicos) e o forte ajuste na produção de automóveis e de máquinas e equipamentos, foram determinantes para o desempenho industrial.” (IBGE, 2009b)

3. Desempenho da Agricultura brasileira em 2009 – panorama geral

Diante do contexto de recuperação da economia brasileira da crise econômica internacional, a agricultura brasileira continua seguindo uma trajetória considerada positiva. A área plantada deve, segundo a previsão do IBGE, passar de 61,05 milhões de hectares em 2008 para 61,55 milhões de hectares em 2009.

Gráfico 5 - Brasil : Área Plantada

61,05 61,55 0 10 20 30 40 50 60 70 Ano 2008 Ano 2009 Período M il h õ e s d e H e c ta re s

Quanto ao desempenho dos principais produtos agrícolas, a safra de soja que, em 2008, foi de, aproximadamente, 59,92 milhões de toneladas será, em 2009, de acordo com o IBGE, de 57,02 milhões de toneladas, o que significa uma redução de, aproximadamente, 4,8%. Esse resultado negativo pode ser explicado pela redução de 25% da produção de 20 milhões de toneladas do Paraná, que era o maior Estado produtor. (PORTO;FARID;CHIARINI,2009)

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Entretanto, os produtores de soja estão otimistas quanto à nova safra 2009/2010 e mantém a expectativa de que a safra ultrapasse a marca de 60 milhões de toneladas colhidas esse ano, superando a produção recorde de 2008.

Dentre as razões que justificam essa expectativa positiva dos produtores, estão os baixos estoques brasileiros de soja, a demanda da China, que se mantem elevada, e os baixos preços do milho e do algodão que permitem o avanço da soja com custos mais baixos nas áreas dessas culturas. (SAMORA;EWING, 2009)

Assim como a soja, a produção de milho apresenta uma redução quando se compara o ano de 2008 com a previsão de safra do IBGE para o ano de 2009. A produção, que em 2008 foi de, aproximadamente, 59,01 milhões de toneladas, no ano de 2009 tem previsão de alcançar, aproximadamente, 51,14 milhões de toneladas, o que significa uma redução de 13,3%.

Gráfico 6 - Brasil: Produção de Milho

59,01 51,14 0 10 20 30 40 50 60 70 Ano 2008 Ano 2009 Período M il h õ e s d e T o n e la d a s

Essa redução tem como fator explicativo a entrada da soja em áreas em que, anteriormente, se plantava milho, o que acontece devido à maior rentabilidade da soja quando comparada ao milho. (SCARAMUZZO;CRUZ, 2009)

De acordo com a previsão do IBGE,a produção de Cana-de-açúcar será de,aproximadamente, 693,91 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 6,9% frente à colheita do ano de 2008 que foi de, aproximadamente, 648,97 milhões de toneladas.

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Gráfico 7 - Brasil: Produção deCana-de-Açúcar 648,97 693,91 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Ano 2008 Ano 2009 Período M il h õ e s d e T o n e la d a s

Uma causa para esse aumento na safra é o incremento da demanda externa por açúcar, que tem causado uma elevação nas exportações do produto. No porto de Paranaguá (localizado no Estado do Paraná), as exportações de açúcar tiveram um aumento de 95%, chegando ao patamar de 356,1 mil toneladas. (Exportações...,2009)

A redução na produção de soja e milho supramencionada tem por motivos, segundo o Ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, fatores climáticos e/ou técnicos, ligados diretamente à produção, não tendo como causa a crise econômica que assolou o mundo nos últimos meses. O Ministro acrescentou ainda que considerou a queda na produção agrícola pequena e dentro do previsto, tendo como um dos fatores explicativos, para tal queda, a perda de 6 milhões de toneladas de grãos devido à seca, que atingiu principalmente os Estados da Região Sul. Cabe aqui salientar que apesar da redução da colheita em algumas culturas, que levaram à queda da safra de 2009 em relação a 2008, a safra total será a segunda maior da história atrás somente do ano anterior. Esse dado demonstra um relativo deslocamento da agricultura em relação à crise econômica. (FROUFE, 2009)

3.1. Balanço da situação da agricultura brasileira em 2009

Diante dos resultados da agricultura brasileira no ano de 2009, pode-se afirmar que a crise econômica internacional não foi tão danosa para o agronegócio brasileiro, exceto alguns produtos que, devido a quedas no volume de exportações, podem ter sido afetados. No entanto, quando se toma o comportamento agregado do setor , é perceptível que , de uma forma geral, as oscilações se devem mais a fatores derivados

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do clima do que à crise da economia mundial. Portanto, o setor rural brasileiro se mantem firme e forte, não tendo sido abalado estruturalmente pela crise. Os danos que por ventura possam ter sido causados não foram de grande magnitude , tendo o governo atuado de forma eficaz , ao conceder crédito em volume considerável aos produtores rurais, a fim de estimular a agricultura do país e não permitir que a produção de alimentos ,frente a uma demanda crescente tanto nacionalmente quanto internacionalmente, se reduzisse.

4. Desempenho do comércio mantém dinamismo

Foi mantido, em Setembro, o resultado positivo do comércio varejista com crescimento de 0,3% no volume de vendas e 0,2% na receita nominal, ambas as variações com relação a agosto, ajustadas sazonalmente. Esse resultado demonstra que o setor completa cinco meses de taxas positivas. Fazendo outras comparações, verifica-se que com relação a setembro do ano passado, no acumulado dos nove primeiros meses e dos últimos 12 meses, o volume de vendas obteve acréscimos de 5,0%, 4,7% e 5,0%, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas obteve acréscimos de 8,1%, 9,4% e de 10,2%. (IBGE d)

Observa-se que para o volume de vendas, sete das dez atividades pesquisadas apresentaram crescimento na relação entre setembro e agosto. Os destaques principais são para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,8%); Móveis e eletrodomésticos (1,8%); Material de construção (-1,5%).

Com relação a setembro do ano passado, também sete das dez atividades apresentam variação positiva. Destaca-se o desempenho de Veículos e motos, partes e peças (18,9%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,7%).

É válido ressaltar o desempenho do segmento Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o mais importante na taxa global, que obteve crescimento

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de 9,7% no volume de vendas em setembro, sobre igual mês do mês interior. Esse resultado, acima da média, se justifica pelo aumento do poder de compra da população em virtude do crescimento da massa de rendimento real dos ocupados (2,3% sobre setembro de 2008, segundo a PME), além do comportamento dos preços no setor (2,3%), que evoluíram abaixo da inflação global medida pelo IPCA (4,3%), no acumulado dos últimos 12 meses. O setor Veículos e motos, partes e peças apresentou esse elevadíssimo crescimento em virtude tanto das políticas de redução do IPI, como das vertiginosas restrições de crédito verificas no ultimo trimestre do ano passado.

A pesquisa Quesitos Especiais da Sondagem das Expectativas do Consumidor realizada pela FGV, constatou que as famílias, principalmente as de renda mais alta, estão sentindo uma convergência de fatores positivos, como melhora na renda e no mercado de trabalho, e pretendem gastar mais no natal. Ao contrário do final do ano passado, período com alto grau de incerteza a respeito da extensão e duração da crise, a expectativa é que o natal seja mais rentável, com o consumidor mais estimulado a comprar. (CONSUMIDOR...,2009)

Taxa de Variação

COMÉRCIO VAREJISTA (**) 0,5 0,6 0,3 6,0 4,8 5,0 4,7 5,0

1 - Combustíveis e lubrificantes -1,3 -0,3 0,5 -3,9 -4,5 -4,3 -0,1 1,8

2 - Hiper, supermercados, prods.

alimentícios, bebidas e fumo 1,0 1,4 -0,5 10,1 8,5 9,7 7,7 7,1

2.1 - Super e hipermercados 0,8 1,7 -0,4 10,0 8,4 9,5 7,5 6,9

3 - Tecidos, vest. e calçados -4,4 -2,1 0,9 -2,2 -5,8 -6,6 -6,2 -6,0

4 - Móveis e eletrodomésticos 2,4 0,8 1,8 0,5 0,6 1,5 -1,2 1,2

5 - Artigos farmaceuticos, med.,

ortop. e de perfumaria 4,5 -0,2 -1,1 14,2 14,0 8,1 11,9 12,4

6 - Equip. e mat. para escritório

informatica e comunicação -5,7 -5,6 8,8 9,7 -0,2 3,2 11,9 17,1

7 - Livros, jornais, rev. e papelaria 4,4 -0,7 1,4 12,1 11,1 9,7 9,3 9,9

8 - Outros arts. de uso

pessoal e doméstico -1,2 -0,7 0,5 7,9 7,3 6,6 8,7 8,1

COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (***) -6,3 4,7 3,0 0,9 5,6 9,1 4,4 3,3

9 - Veículos e motos, partes e peças -9,2 2,1 9,1 -5,0 9,4 18,9 6,2 2,0

10- Material de Construção 0,0 1,3 -1,5 -12,5 -6,0 -8,2 -9,5 -7,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (*) Séries com ajuste sazonal

(**) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (***) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

INDICADOR MENSAL Taxa de Variação Taxa de Variação

AGO SET JUL AGO SET

Tabela 5 - BRASIL - VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES PMC - 2009

INDICADOR MÊS/MÊS (*)

ATIVIDADES

ACUMULADO

NO ANO 12 MESES JUL

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4.1.Índice de Confiança do Consumidor (ICC)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) divulgado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), registrou queda em novembro, após seis meses consecutivos sem baixas. O indicador, que desde abril apresentava alta, mostrou retração de 0,7% ante outubro, passando de 154,3 pontos para 153,1. Já no que tange à relação com o mesmo mês do ano passado, que foi um período onde a crise já estava instalada, verificou-se uma alta de 15,5%, o que confirma o atual bom momento do consumidor. (CONFIANÇA...,2009 b)

Apesar da queda da confiança do consumidor, os economistas da entidade minimizam o resultado do índice em novembro. Eles atribuem a ligeira retração a um movimento de desaceleração do otimismo dos consumidores, desencadeado a partir de maio pelo arrefecimento dos desdobramentos da crise financeira mundial no País. Na avaliação dos economistas, o consumidor paulistano mantém um grau de otimismo bastante elevado, o que deve levar a um aquecimento das vendas no final do ano.

Os dois índices que compõem o indicador da Fecomércio-SP apresentaram pequenas quedas em novembro ante outubro. O ICEA (Índice das Condições Econômicas), que determina a pretensão dos consumidores em relação à situação atual, mostrou queda de 1,4%, atingindo 143,7 pontos, já o IEC (Índice de Expectativa do Consumidor), que revela a percepção dos consumidores com relação ao futuro, obteve recuo de 0,4%, registrando 159,4 pontos.

Já o desempenho do ICC calculado pela FGV apresentou crescimento de 1,5% em novembro em relação a outubro, na série com ajuste sazonal, demonstrando que o humor do consumidor voltou a mostrar sinais positivos, já que o índice apresentou acréscimo de 2,2% na apuração de outubro. Segundo o informe da FGV, o resultado reflete um consumidor satisfeito com a situação atual da economia e das finanças familiares, e moderadamente otimistas quanto à evolução da economia nos próximos meses. A instituição também afirma que o resultado encontrado (115,4 pontos) é o maior desde maio de 2008 (115,7). (CONFIANÇA...,2009 a)

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O Índice é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou alta de 2,0% em novembro, após avançar 5,6% em outubro; e o Índice de Expectativas (IE), que apurou alta de 1,2% em novembro, depois da alta de 0,2% em outubro.

Gráfico 8 - Brasil

ICC - FGV

Fonte: FGV (dados com ajuste sazonal)

4.2. Inadimplência

A inadimplência do consumidor apresentou alta de 0,4% na sua relação mensal, outubro contra setembro de 2009. Esse resultado deve-se muito às compras do Dia das Crianças, e espera-se que a chegada do 13°salário possa contribuir para a redução da inadimplência até o final do ano. Já na comparação com outubro do ano passado, o índice apresenta queda de 0,5%. Esse resultado representa a primeira queda na comparação anual de 2009, explicado pelo fato de que o Brasil estava vivendo um dos piores momentos da crise, com a queda do consumo, da produção e do crédito. (INADIMPLÊNCIA...,2009)

No período de janeiro a outubro de 2009, quem lidera o ranking de representatividade da inadimplência do consumidor são as dívidas com bancos, com uma participação de 44,6%. Logo após estão as dívidas com cartão de crédito e financeiras, com 36,2%, os cheques sem fundo, com 17,3% e os títulos protestados, com 1,9% de representatividade.

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O indicador da inadimplência das empresas mostrou aumento de 0,8% em outubro de 2009, ante setembro. Na comparação com igual mês do ano passado, verificou-se a menor elevação do ano, com alta de 4,3%. A perda de fôlego da inadimplência das pessoas jurídicas, que vem sendo notada a partir de junho, foi motivada pelo melhor quadro da inadimplência das pessoas físicas e a volta gradual do crédito às empresas, com juros mais baixos. As empresas exportadoras ainda estão encontrando muitas dificuldades financeiras em virtude, principalmente, da valorização do real e da queda na demanda externa decorrente do baixo crescimento nas grandes economias. Para o final de 2009, a expectativa é de continuidade do decréscimo na inadimplência das empresas, já que a economia estará mais aquecida. Os analistas ressaltam, contudo, que as melhores condições do crédito e a perspectiva de crescimento do país em 2010, já favorecem a retomada dos investimentos suspensos pela chegada da crise global no país. (CRESCIMENTO...,2009)

No acumulado do ano até outubro, a maior representatividade na inadimplência das empresas são dos títulos protestados, com uma participação de 41,6% no indicador. Em seguida estão os cheques sem fundo, com 38,8% e as dívidas com bancos, com 19,6% do indicador.

4.3. Crédito

As operações de crédito do sistema financeiro cresceram 1,4% em outubro, na comparação com setembro. Com o resultado, o total dos empréstimos contratados nos bancos atingiu R$ 1,366 trilhão no último dia útil de outubro. Na comparação com outubro de 2008, a carteira de crédito no País apresenta expansão de 15,3%.

Com o crescimento do crédito no mês passado, a participação dos empréstimos no Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 45,7% em setembro para 45,9% em outubro. A participação relativa dos bancos públicos no mercado de crédito aumentou 0,1 p.p., alcançando 40,7% em outubro. Crescimento idêntico elevou a representatividade das instituições privadas nacionais para 40,8%, enquanto que a parcela referente aos bancos estrangeiros diminuiu de 18,7% para 18,5%. (BACEN,2009)

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Gráfico 9 - Brasil

Fonte: Bacen

A operação de financiamento que apresentou a maior expansão no setor privado foi o crédito para habitação, que avançou 3,1% em outubro ante setembro, totalizando R$ 85,263 bilhões. Em 12 meses, essas operações acumulam crescimento de 42,5%. No setor público, o segmento que liderou a expansão foi o dos governos estaduais e municipais, cuja carteira cresceu 3,2% de setembro para outubro, somando R$ 22,413 bilhões. Em 12 meses, a expansão acumulada é de 34,3%.

Projeções feitas por bancos e economistas indicam que o volume de crédito no país deverá atingir a marca recorde de 53% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2010. É o que estima, por exemplo, o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados. O Bradesco prevê 52%. Com base nessas projeções, o estoque de crédito na economia poderá se expandir entre R$ 330 bilhões e R$ 380 bilhões ao longo do próximo ano, atingindo um total de R$ 1,7 trilhão. (CRÉDITO...,2009)

O crédito é um importante propulsor da economia, porque dá sustentação aos investimentos e ao consumo. No Brasil, o indicador deve fechar 2009 em torno de 48% do PIB e, mesmo o volume recorde previsto para 2010 ainda ficará muito abaixo do nível de países desenvolvidos e emergentes. Nos Estados Unidos, o volume atingiu 187% do PIB no ano passado. Na China, 123% e na Índia, 78%. Ao tomar posse, em

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janeiro de 2007, o Presidente Lula prometeu elevar a relação crédito/PIB para 50% até o fim do mandato, o único objetivo númerico citado no discurso.

4.4 Juros

As taxas de juros do crédito no Brasil, após oito meses de quedas consecutivas, voltaram a se elevar no mês de outubro. Entende-se que este crescimento se deve ao aumento do custo de captação dos bancos com a elevação dos juros futuros por conta da expectativa de que o Banco Central possa elevar a Selic em 2010.

De acordo com a pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa média geral cobrada para a pessoa física apresentou uma elevação de 0,29%, passando de 7,01% ao mês (125,47% ao ano) em setembro para 7,03% ao mês (125,98% ao ano) em outubro. É a maior taxa verificada desde agosto de 2009 e das seis linhas de crédito pesquisadas, somente uma apresentou taxa estável (cartão de crédito). As outras cinco foram reduzidas (CDC-bancos, juros do comércio, cheque especial, empréstimo pessoal de bancos e financeiras). (ANEFAC,2009) Gráfico 10 - Brasil 6,60% 6,80% 7,00% 7,20% 7,40% 7,60% 7,80% ju l/ 0 8 a g o / 0 8 se t/ 0 8 o u t/ 0 8 n o v / 0 8 d e z/ 0 8 ja n / 0 9 fe v / 0 9 m a r/ 0 9 a b r/ 0 9 m a i/ 0 9 ju n / 0 9 ju l/ 0 9 a g o / 0 9 se t/ 0 9 o u t/ 0 9

Taxa media geral dos juros - Pessoa

Física

Fonte: Anefac

Já no que tange às linhas para a pessoa jurídica, a taxa aumentou 0,51%, passando de 3,89% ao mês (58,08% ao ano) em setembro para 3,91% ao mês (58,45% ao ano) em outubro. Todas as linhas de crédito pesquisadas apresentaram elevação no mês. (capital de giro, conta garantida, desconto de duplicatas e desconto de cheques).

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Gráfico 11 - Brasil 3,60% 3,80% 4,00% 4,20% 4,40% 4,60% se t/ 0 8 o u t/ 0 8 n o v / 0 8 d e z/ 0 8 ja n / 0 9 fe v / 0 9 m a r/ 0 9 a b r/ 0 9 m a i/ 0 9 ju n / 0 9 ju l/ 0 9 a g o / 0 9 se t/ 0 9 o u t/ 0 9 Fonte: Anefac

Para os analistas da Anefac, o consumidor brasileiro irá se deparar com uma situação diferente da que viveu nos últimos anos. Durante muito tempo, as reduções das taxas de juros foram inferiores às reduções na Selic, porém, o que deve ocorrer agora, é uma redução das taxas de juro, seja para produção (pessoa jurídica) como para o consumo (pessoa física), em patamares superiores às quedas da taxa básica de juros. Isso se justifica por vários motivos, dentre eles, o fato de a taxa Selic estar em um patamar que desestimula a poupança, a melhora no ambiente econômico com menor risco de inadimplência, o ainda baixo volume de crédito do país, o crescimento do crédito nos bancos privados, tendo em vista a perda de espaço para os bancos públicos no período da crise e a maior pressão do governo, junto aos bancos, para a redução do spread bancário.

5.Mercado de Trabalho.

No mercado de trabalho brasileiro, não foram verificadas surpresas na passagem de setembro para outubro/2009 nas seis grandes regiões metropolitanas do país. O que se constata através dos resultados agregados do mercado de trabalho é que houve um comportamento padrão para o período. Exemplo disso, pode ser verificado no Gráfico 12, que apresenta a taxa de desocupação nos meses de agosto, setembro e outubro deste ano, repetindo uma tendência histórica, de queda entre setembro e outubro.

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Gráfico 12 - Taxa de desocupação nos meses de AGOSTO, SETEMBRO E OUTUBRO entre 2002 e 2009.

FONTE: IBGE, DPCTR, Pesquisa Mensal de Emprego.

As seis regiões metropolitanas (São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Porto Alegre) participantes da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, apresentaram uma taxa de desocupação média, no último outubro, de 7,5%, a menor para um mês de outubro da série.

Esse resultado é decorrente do bom desempenho de todas as regiões metropolitanas pesquisadas. Houve uma pequena queda de 0,2 ponto percentual na comparação com setembro deste ano. Em relação a outubro de 2008, a taxa de desocupação foi igual (IEDI, 2009)

Gráfico 13 - Taxa de desocupação no Brasil, nos últimos doze meses. PME – IBGE.

FONTE: IBGE, DPCTR, Pesquisa Mensal de Emprego.

7,7 7,5 7,6 6,8 8,2 8,5 9,0 8,9 8,8 8,1 8,0 8,1 7,7 7,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 09/08 11 01/09 03 05 07 09 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0

agosetout agosetout agosetout agosetout agosetout agosetout agosetout agosetout 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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No antepenúltimo mês do ano, a População Economicamente Ativa (PEA) registrou um total de 23,259 milhões de pessoas, o que representou estabilidade nas comparações mensal e anual. A População Desocupada (que somou 1,753 milhão) acusou uma queda de 2,56% frente a setembro, demonstrando a recuperação da economia no período recente. Enquanto a População Ocupada (21,505 milhões) esteve estável na comparação de mesmo período. Também ocorreu estabilidade na relação entre outubro de 2008 e 2009, em quase todos os indicadores, exceção à Taxa de Atividade (relação PIA/PEA), com uma queda de 1,1 p.p. (IBGE, 2009).

Tabela 6

No recorte regional, pode-se acompanhar que a redução da taxa de desocupação média é em decorrência dos bons resultados em todas as regiões. Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre apresentaram redução no índice de desocupação, em relação ao mês anterior. Por outro lado, os de importantes centros econômicos ficaram estáveis, como Rio de Janeiro e São Paulo, na mesma comparação. Os índices de Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre foram os menores para um mês de outubro (IBGE, 2009 e).

Anualmente, estas mesmas regiões são os destaques. Enquanto que na capital carioca a taxa diminuiu em 1,4 p.p., a capital paulista apresenta 0,9 p.p. a mais do que no mesmo mês do ano passado. Esse resultado evidencia a dificuldade de recuperação na economia paulista, após as grandes perdas de postos de trabalho entre o final do ano passado e o começo deste ano.

out/08 set/09 out/09 anual mensal

PIA¹ 40.341 41.034 41.017 1,68% -0,04% PEA¹ 23.304 23.319 23.259 -0,19% -0,26% Ocupados¹ 21.561 21.520 21.505 -0,26% -0,07% Desocupados¹ 1.743 1.799 1.753 0,57% -2,56% Taxa de Atividade² 57,8 56,8 56,7 -1,1 -0,1 Taxa de Desocupação² 7,5 7,7 7,5 0,0 -0,2 ¹ Em milhares de pessoas

² Variação em pontos percentuais Fonte: PME/IBGE. Elaboração própria.

Indicadores Mês Variação

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Tabela 7

Mês/Ano Total Recife Salvador

Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre out/08 7,5* 8,9* 10,7 5,9* 7,0 7,7* 5,6 set/09 7,7 10,5 10,9 6,4 5,5 8,7 5,4 out/09 7,5* 9,5 10,4* 6,1 5,6* 8,6 5,1*

Fonte: PME/IBGE. Elaboração própria. * Menor taxa da série para um mês de outubro

Taxa de desocupação por região metropolitana (%)

Mantendo a análise regional, porém, lançando mão dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED – MTE), pode-se confirmar os bons resultados do mercado de trabalho. O saldo de empregos no mês de outubro deste ano foi de 230.956, um aumento de 0,70% sobre a base do mês anterior. A maior contribuição em número absoluto foi da região sudeste, com 108.035 vagas, seguida do nordeste e do sul, com menos da metade – em torno de 49 mil postos de trabalho (MINISTÉRIO, 2009).

Tabela 8

EM OUTRUBRO NO ANO EM 12 MESES

NIVEL VARIACAO VARIACAO VARIACAO

GEOGRAFICO SALDO EMPR % SALDO EMPR % SALDO EMPR %

TOTAL 230.956 0,70 1163.607 3,64 467.840 1,49 NORTE 15.130 1,11 48.218 3,65 7.400 0,57 NORDESTE 49.334 0,99 187.774 3,91 146.543 3,22 SUDESTE 108.035 0,59 605.099 3,41 161.472 0,92 SUL 49.165 0,82 196.967 3,38 103.335 1,78 CENTRO OESTE 9.292 0,38 125.549 5,45 49.090 2,19

FONTE: MTE-CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS-LEI 4923/65

EVOLUÇÃO DO EMPREGO POR REGIÃO DO PAÍS

No ano, o saldo alcançou a marca de 1,163 milhão de postos de trabalhos criados no mercado de trabalho brasileiro. Apenas a região sudeste contribuiu com mais da metade. Por outro lado, quando analisados os dados dos últimos doze meses, verifica-se que na região sudeste as empresas optaram por cortar muitas vagas no final do ano passado. Isso pode ser percebido através da diferença entre o saldo do sudeste na análise dos 12 meses e no ano (MINISTÉRIO, 2009)

(24)

Os principais indicadores da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do DIEESE, também evidenciam o padrão de melhora entre o mês de setembro e outubro. A pesquisa estima que em outubro o número de desempregados no país foi de 2,756 milhões, fruto de uma redução de 4,60% na comparação mensal. A taxa de desemprego total no mesmo mês foi de 13,7%, 0,7 p.p. à menos que em setembro e 0,30 a mais que outubro de 2008. O desemprego aberto em outubro foi de 9,7%, enquanto que o oculto foi de 3,9% (DIEESE, 2009)

Todas as regiões metropolitanas participantes da pesquisa tiveram redução no índice de desemprego. Os dados por região metropolitana apontam a região de Belo Horizonte como a que possui a menor taxa de desemprego, com 10,0%, seguida de Porto Alegre, com 10,4%. Na outra ponta, Salvador e Recife são as que, relativamente, mais possuem desempregados, com 18,7% e 19,2% respectivamente (DIEESE, 2009).

Tabela 10

O rendimento médio real habitual da população ocupada em outubro ficou na marca de R$ 1.349,70. Uma estabilidade estatística em relação ao mês anterior, dado que a

Tabela 9 - Principais Indicadores pela PED/DIEESE

out/08 set/09 out/09 anual mensal

PIA 32.367 32.891 32.955 1,82% 0,19%

PEA 20.012 20.050 20.141 0,64% 0,45%

Ocupados 17.330 17.161 17.386 0,32% 1,31%

Desempregados 2.682 2.889 2.756 2,76% -4,60%

Em Desemprego Aberto 1.794 2.004 1.962 9,36% -2,10%

Em Desemprego Oculto pelo Trabalho Precário 610 586 524 -14,10% -10,58% Em Desemprego Oculto pelo Desalento 278 299 269 -3,24% -10,03%

Fonte: PED/DIEESE. Elaboração própria.

Estimativas (em mil pessoas) Variações (%)

Regiões out/08 set/09 out/09

Out-09/ Set-09 Out-09/ Out-08 Total 13,4 14,4 13,7 -0,70 0,30 Distrito Federal 16,0 15,3 15,1 -0,20 -0,90 Belo Horizonte 9,0 10,4 10,0 -0,40 1,00 Porto Alegre 10,6 11,3 10,4 -0,90 -0,20 Recife 18,9 19,7 19,2 -0,50 0,30 Salvador 20,4 19,4 18,7 -0,70 -1,70 São Paulo 12.5 14,1 13,2 -0,90 0,70 Variação (p.p.)

Taxas de desemprego por região metropolitana (% ) - PED/DIEESE

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diferença é de apenas vinte e um centavos a menos. Por outro lado, na comparação com o mesmo mês do ano anterior ocorreu uma recuperação de 3,2%.

Gráfico 14 - Rendimento médio real habitual da população ocupada (a preços de outubro de 2009).

FONTE: IBGE, Dir. Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

A região de Recife é a que possui o pior rendimento médio entre todas as pesquisadas, com R$ 895,10, seguida por Salvador, com R$ 1.156,10. Enquanto que o resultado de Recife é fruto de uma redução de 4,84%, o de Salvador é de conseqüente de um aumento de 2,09%.

Tabela 11

Mês/ano

Total 6

áreas Recife Salvador

Belo Horizonte

Rio de

Janeiro São Paulo

Porto Alegre

out/08 1.308,31 885,73 1.088,64 1.234,94 1.334,75 1.427,00 1.248,04

set/09 1.349,91 940,67 1.132,43 1.232,15 1.376,74 1.477,38 1.298,01

out/09 1.349,70 895,10 1.156,10 1.248,40 1.361,70 1.489,10 1.286,50

FONTE: IBGE. Elaboração própria

Rendimento médio real habitual da população ocupada, por região metropolitana (a preços de outubro de 2009)

Na outra ponta, São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com os maiores rendimentos médios, com R$ 1.489,10 e R$ 1.361,70, respectivamente (IBGE, 2009 e).

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ANEFAC. Pesquisa de juros. out.2009. Disponível em: <http://www.anefa.com.br>.

Acesso em: 28 nov.2009

1 .3 2 4 ,9 2 1 .3 4 9 ,9 1 1 .3 4 9 ,7 0 1.200,00 1.250,00 1.300,00 1.350,00 1.400,00 09/08 11 01/09 03 05 07 09

(26)

BACEN. Nota para imprensa – 25.11.2009. Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br.> Acesso em: 01

dez.2009.

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<http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/11/17/confianca+do+consumidor+paul istano+cai+apos+6+meses+9122015.html>. Acesso em: 05 dez.2009 b.

CONFIANÇA do consumidor sobe 1,5% em novembro, aponta FGV. Disponível em:

<http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/11/25/fgv+confianca+do+consumidor +sobe+15+em+novembro+9182105.html>. Acesso em: 05 dez.2009 a.

CONSUMIDOR de alta renda pretende gastar mais no natal. Disponível em:

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CRÉDITO deve atingir 53% di PIB em 2010. Disponível em:

< http://www.valoronline.com.br/?impresso/caderno_a/83/5984078/credito-deve-atingir-53%-do-pib-em-2010>. Acesso em: 07 dez.2009.

CRESCIMENTO acelerado da economia leva inadimplência das empresas a ter menor elevação do ano. Disponível em: <http://www.serasa.com.br>. Acesso em: 04 dez.2009. DALCIN, Cristiano. Mudanças nos índices de produtividade mobilizam produtores rurais. Zero Hora. Disponível em: <http://zerohora.clicrbs.com.br>. Acesso em: 04 dez.2009

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Referências

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