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Matemática Discreta. Docente: Michael K. V. Gondim

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Academic year: 2021

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Universidade Estadual de Mato Grosso Campus de C ´aceres

Departamento de Matem ´atica Bacharelado em Computa¸c ˜ao

Matemática Discreta

Computa¸c ˜ao

Apostila

Docente: Michael K. V. Gondim

Cáceres 2015

(2)

Conteúdo

1 Indução 2

1.1 Elemento mínimo e PBO . . . 2

1.2 Indução matemática . . . 2

1.2.1 Exemplos . . . 2

1.3 Outras formas de indução matemática . . . 3

1.3.1 Exemplos . . . 3

1.4 Exercícios. . . 4

2 Conjuntos 5 2.1 Conjunto universo e vazio . . . 5

2.2 Conjunto unitário . . . 5

2.3 Relação de Inclusão . . . 5

(3)

1

Indução

1.1 Elemento mínimo e PBO

O princípio da indução matemática é uma técnica para lidar com tipos de dados que têm uma relação de boa-ordem. Para isso, definiremos o elemento mínimo de um conjunto e logo em seguida, introduziremos o método de recorrência ou indução matemática.

Definição 1.1. Seja A um conjunto de inteiros. Chama-se elemento mínimo de A um elemento a ∈ A tal

que a ≤ x para todo x ∈ A. Simbolicamente, temos:

min A= a ⇔ a ∈ A e ∀x ∈ A, a ≤ x

Princípio da Boa Ordem: Todo subconjunto não-vazio de inteiros positivos contém um elemento mínimo.

1.2 Indução matemática

Teorema 1.1. Seja P(n) uma proposição associada a cada inteiro positivo n e que satisfaz às duas seguintes condições:

1. P(1) é verdadeira;

2. para todo inteiro positivo k, se P(k) é verdadeira, então P(k+ 1) é verdadeira. Nestas condições, a proposição P(n) é verdadeira para todo inteiro positivo n.

1.2.1 Exemplos

Exemplo 1.1. Demonstrar a proposição:

P(n) : 1+ 3 + 5 + . . . + (2n − 1) = n2, ∀n ∈ N

Exemplo 1.2. Demonstrar a proposição:

P(n) : 1 1 · 2+ 1 2 · 3+ 1 3 · 4+ . . . + 1 n(n+ 1) = n n+ 1, ∀n ∈ N

Exemplo 1.3. Demonstrar a proposição:

P(n) : 3 | (22n− 1), ∀n ∈ N

Exemplo 1.4. Demonstrar a proposição:

P(n) : 2n> n, ∀n ∈ N 1.3 Outras formas de indução matemática

Teorema 1.2. Seja r um inteiro positivo fixo e seja P(n) uma proposição associada a cada inteiro n ≥ r e que satisfaz às duas seguintes condições:

1. P(r) é verdadeira;

2. para todo inteiro positivo k ≥ r, se P(k) é verdadeira, então P(k+ 1) é verdadeira. Nestas condições, a proposição P(n) é verdadeira para todo inteiro n ≥ r.

(4)

1.3.1 Exemplos

Exemplo 1.5. Demonstrar a proposição:

P(n) : 2n< n!, ∀n ≥ 4

Exemplo 1.6. Demonstrar a proposição:

(5)

1.4 Exercícios

1. Demonstrar por “indução matemática”: (a) 12+ 22+ 32+ . . . + n2= n 6(n+ 1)(2n + 1), ∀n ∈ N (b) 13+ 23+ 33+ . . . + n3= n 2 4 (n+ 1) 2, ∀n ∈ N (c) 12+ 32+ 52+ . . . + (2n − 1)2 = n 3(4n 2− 1), ∀n ∈ N (d) 13+ 33+ 53+ . . . + (2n − 1)3 = n 3(n+ 1)(n + 2), ∀n ∈ N (e) 1+ 1 4+ 1 9+ . . . + 1 n2 ≤ 2 − 1 n, ∀n ∈ N (f) a+ aq + aq2+ . . . + aqn= a(q n−1− 1 q − 1 , (q , 1) ∀n ∈ N 2. Demonstrar por “indução matemática”:

(a) 2n< 2n+1, ∀n ∈ N (b) 2n> n2, ∀n ≥ 5 (c) 2n> n3, ∀n ≥ 10 (d) 4n> n4, ∀n ≥ 5 (e) n!> n2, ∀n ≥ 4 (f) n!> n3, ∀n ≥ 6

3. Demonstrar por “indução matemática”: (a) 2 | (3n− 1) ∀n ∈ N (b) 6 | (n3− 3n), ∀n ≥ 5 (c) 5 | (8n− 1), ∀n ≥ 10 (d) 24 | (52n− 1), ∀n ≥ 5 (e) 7 | (23n− 1), ∀n ≥ 4 (f) 8 | (32n+ 7), ∀n ≥ 6

4. Demonstrar que 10n+1− 9n − 10 é um múltiplo de 81 para todo inteiro positivo n. 5. Demonstrar que n3 3 + n5 5 + 7n 15 é um inteiro positivo para todo n ∈ N.

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2

Conjuntos

A noção matemática de conjunto é praticamente a mesma que se usa na linguagem comum; é o mesmo que agrupamento, classe, coleção, sistema.

De acordo com (Lima,2013): Um conjunto (ou coleção) é formado de objetos, chamados os seus elementos. A relação básica entre um objeto e um conjunto é a relação de pertinência:

x ∈ A x pertence a A x < A x não pertence a A Os principais conjuntos numéricos são:

1. O conjunto dos números naturais: N = {1, 2, 3, . . .}

2. O conjunto dos números inteiros: Z = {. . . , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, . . .} 3. O conjunto dos números racionais: Q = {pq; p, q ∈ Z e q , 0} 4. O conjunto dos números reais: R

5. O conjunto dos números complexos: C = {a + bi; a, b ∈ R e i2= −1}

Os conjuntos serão representados por letras maiúsculas; A, B, C, X, etc. Os elementos de um conjunto serão representados por letras minúsculas: a, b, x, y, etc.

Existem essencialmente duas maneiras de especificar um conjunto particular. Listando seus elementos ou enunciando propriedades que caracterizam seus elementos.

Exemplo 2.1. Vejamos o conjunto das vogais V que pode ser definido com todos os seus elementos

V= {a, e, i, o, u} ou usando uma propriedade

V= {x; x é uma vogal} 2.1 Conjunto universo e vazio

Dois conjuntos especiais são o conjunto universo, isto é, o conjunto de todos os objetos em questão, e o conjunto vazio, isto é, o conjunto que não contém nenhum elemento. Os conjuntos universo e vazio são denotados, respectivamente, por U e ∅.

2.2 Conjunto unitário

Em álgebra de conjuntos, os objetos de interesse são os conjuntos e não os elementos que pertencem a eles. Assim, as operações devem ser definidas sobre ou entre conjuntos, mas nunca sobre elementos isolados. Para tratar elementos, devemos considerar conjuntos unitários. Por exemplo, se a é um elemento de U então {a} denota o conjunto unitário que contém apenas um único elemento, o elemento a.

2.3 Relação de Inclusão

Um conjunto A é igual a um conjunto B, denotado A = B, se eles contêm exatamente os mesmos elementos. Caso contrário, eles são diferentes e denotamos por A , B.

Um conjunto A está contido num conjunto B se todos os elementos de A pertencem também ao conjunto B. Escrevemos A ⊆ B e dizemos que A é um subconjunto de B. Se, além disso, B

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possui pelo menos um elemento que não pertence a A, então dizemos que A está propriamente

contidoem B, ou que A é um subconjunto próprio de B, e denotamos A ⊂ B.

A relação de inclusão de conjuntos ⊆ obedece às seguintes propriedades. Para quaisquer X, Y e Z,

I1. (reflexiva) X ⊆ X

I2. (transitiva) X ⊆ Y e Y ⊆ Z ⇒ X ⊆ Z I3. (anti-simétrica) X ⊆ Y e Y ⊆ X ⇒ X= Y I4. ∅ ⊆ X e X ⊆ U

A propriedade anti-simétrica será muito usada nas demonstrações! 2.4 Conjunto das Partes

Dado um conjunto X, indica-se com 𝒫(X) o conjunto cujos elementos são as partes de X.

Exemplo:Seja A= {a, b, c}. Liste todos os elementos de 𝒫(A).

Exemplo:Mostre que se A contém n elementos então 𝒫(A) contem 2nelementos.

Referências

Lima, E. L. (2013). Curso de análise vol. 1, volume 1. Lima, Rio de Janeiro, 14th edition. ISBN 978-85-244-0118-3. 5

Referências

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