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Campanhas para a Avaliação Preliminar da Qualidade do Ar em Portugal NO 2 e SO 2 Tubos de Difusão

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Tubos de Difusão

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UNL/ FCT / DCEA - Universidade Nova de Lisboa / Faculdade de Ciências e Tecnologia / Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente

MAOT / DGA – Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território / Direcção Geral do Ambiente

Edição: Direcção-Geral do Ambiente

Data de Edição: Dezembro de 2001

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2. Introdução...5

3. Metodologia das campanhas...7

3.1 Introdução... 7

3.2 Princípios do método ... 9

3.3 Breve descrição dos aparelhos... 9

3.4. Definição da malha e selecção dos locais para amostragem ... 11

3.5. Definição dos períodos de exposição dos tubos e das campanhas ... 13

3.6. Meios logísticos e humanos para a realização das campanhas... 14

4. Garantia e Controlo de Qualidade ...15

5. Resultados...20

5.1 Dióxido de enxofre (SO2) ... 21

5.2 Dióxido de azoto (NO2)... 23

6. Interpretação de resultados ...25

6.1. Emissões de SOxe NOxem Portugal ... 25

6.1.1. Emissões de SOx... 25

6.1.2. Emissões de NOx... 29

6.2. Condições meteorológicas observadas durante o período das campanhas... 33

6.3. Discussão dos resultados ... 36

6.3.1. Análise da distribuição dos níveis de SO2e NO2– identificação de áreas de maior concentração... 36

6.3.2. Comparação dos resultados das campanhas com os valores-limite e limiares de avaliação da Directiva 1999/30/CE ... 37

7. Conclusões...40

8. Agradecimentos ...41

9. Referências bibliográficas ...42

Anexo 1 – Localização dos pontos de amostragem

Anexo 2 – Meta-informação da estação de Monte Velho e resultados verificados

durante o período dos ensaios de intercomparação

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1. Resumo

Com o objectivo de constituir um elemento de suporte para a “Avaliação Preliminar da Qualidade do Ar em Portugal”, tendo em vista o cumprimento do estipulado no artigo 8º do Decreto-Lei nº 276/99, de 23 de Julho, foram efectuadas, a nível nacional, duas campanhas de medição das concentrações de fundo de dióxido de azoto e dióxido de enxofre recorrendo para o efeito à utilização do método de amostragem por difusão passiva (tubos de difusão) numa malha sistemática de 20 por 20Km.

Este trabalho foi desenvolvido pelo Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (DCEA/FCT/UNL) no âmbito dos Protocolos de Colaboração estabelecidos anualmente entre esta entidade e a Direcção Geral do Ambiente (DGA). A realização das campanhas contou com a colaboração de técnicos das Direcções Regionais do Ambiente e Ordenamento do Território do Continente (DRAOT) e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e ainda de alguns estagiários finalistas de Engenharia do Ambiente da FCT/UNL.

O período de amostragem (período de exposição de cada tubo) foi de uma semana, no entanto, dada a grande quantidade de pontos a amostrar, cada uma das campanhas decorreu num período de duas semanas, de 17 a 31 de Julho de 2000 (1ª campanha) e 7 a 21 de Maio de 2001 (2ª campanha).

Com estas campanhas foi possível, através da interpolação dos pontos de amostragem, obter uma imagem dos níveis e da distribuição das concentrações medidas em localizações de fundo, ou seja, sem influência directa do tráfego ou da indústria, dos dois poluentes citados ao longo do território nacional.

O pequeno ensaio de intercomparação dos resultados dos tubos de difusão com os resultados obtidos pelos métodos de referência para o NO2 e SO2 revelou uma incerteza associada algo significativa, que obriga a olhar para os valores obtidos pelos tubos de difusão com alguma cautela. De qualquer modo pode dizer-se que as concentrações de fundo de dióxido de enxofre e dióxido de azoto verificadas durante a campanha, podem ser consideradas baixas. Os valores mais elevados registaram-se, como seria expectável, no caso do dióxido de enxofre na área de influência das áreas industriais no sentido da direcção do vento predominante verificado durante as campanhas e, no que se refere ao dióxido de azoto, nas áreas de maior densidade populacional onde o tráfego automóvel é mais intenso.

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2. Introdução

A Directiva 1996/62/CE, de 27 de Setembro de 1996, relativa à avaliação e gestão do ar ambiente, também denominada Directiva-Quadro da qualidade do ar, veio definir um novo quadro legislativo e estabelecer as linhas de orientação da política de gestão da qualidade do ar ambiente no seio da União Europeia (UE). Em Portugal este documento foi transposto para a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei nº 276/99, de 23 de Julho.

Um dos princípios base da nova filosofia introduzida com a Directiva 1996/62/CE assenta no estabelecimento de objectivos de qualidade do ar ambiente na UE, os quais visam evitar, prevenir ou limitar efeitos nocivos sobre a saúde humana e sobre o ambiente decorrentes da degradação desta. O diploma estabelece também que a avaliação da qualidade do ar se faça com base em métodos e critérios comuns em todos os Estados-membros. Esta avaliação deverá dotar o Estado-membro de informações adequadas sobre a qualidade do ar ambiente, por forma a que o público seja delas informado.

Ainda no seu artigo 5º, sobre a Avaliação Preliminar da Qualidade do Ar Ambiente, a Directiva-Quadro estabelece a necessidade “dos Estados-membros que não disponham para todas as zonas e aglomerações de medições representativas dos níveis poluentes, procederem a campanhas de medição representativas, inquéritos ou avaliações” que lhes permitam dispor desses mesmos dados. Por outro lado, a Directiva 1999/30/CE, relativa aos valores-limite para o dióxido de enxofre, dióxido de azoto e óxidos de azoto, partículas em suspensão e chumbo no ar ambiente estipula no ponto 6 do artigo 7º, o envio à Comissão Europeia, por parte dos Estados-membros, dos métodos utilizados na avaliação preliminar destes poluentes.

A qualidade do ar pode ser avaliada através da monitorização contínua com recurso a estações fixas, de campanhas efectuadas com estações móveis, da utilização de modelos com base nas emissões dos diferentes poluentes e nas condições meteorológicas, ou ainda do recurso a outras metodologias que proporcionem a informação necessária a uma adequada gestão.

Em Portugal a qualidade do ar é conhecida principalmente a partir dos dados recolhidos em diversas estações de monitorização localizadas predominantemente nas grandes áreas urbanas (áreas de influência de tráfego) ou nas áreas industriais mais relevantes. De uma forma geral, a informação actualizada relativa a concentrações em localizações de fundo, fora das principais áreas industriais e aglomerações urbanas do país e ilhas é escassa, resultando apenas da aplicação de modelos de dispersão de poluição atmosférica a situações muitos

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incidiram quase sempre sobre zonas urbanas.

Neste sentido, e por forma a efectuar uma avaliação preliminar das concentrações de fundo de dióxido de enxofre e de dióxido de azoto no ar ambiente, em todo o território nacional, procedeu-se à realização de duas campanhas de medições preliminares, utilizando amostragem por difusão (tubos de difusão), que possibilitaram retractar as concentrações destes poluentes em período mais quente, no Verão (1ª campanha) e em período mais frio, no Inverno (2ª campanha). Devido atrasos decorrentes da preparação dos meios logísticos e humanos para a realização das campanhas, a segunda campanha decorreu já na Primavera e não no Inverno como seria ideal.

Estas campanhas foram levadas a cabo por um grupo coordenado pelo Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e pela Direcção Geral do Ambiente, com elementos destas instituições, bem como pelas Direcções Regionais do Ambiente e Ordenamento do Território do Continente e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. A definição da metodologia adoptada foi acompanhada pelo Dr. Emile DeSaeger do Joint Research Center - ISPRA.

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3. Metodologia das campanhas

3.1 Introdução

A metodologia seguida, medições preliminares ou indicativas com recurso a amostragem por difusão passiva, teve por base as indicações dadas no Guia para a Avaliação Preliminar (Guidance Report on Preliminary Assessment under EC Air Quality Directives) publicado, em Janeiro 1998, pela Agencia Europeia.

Relativamente às medições preliminares, é referido no Guia, que estas não têm por objectivo demostrar o cumprimento dos valores-limite, mas sim fornecer informação sobre a qualidade do ar em áreas em que esta é desconhecida e/ou as informações sobre emissões são insuficientes, que permita definir qual deverá ser a estratégia futura de avaliação.

A definição de uma estratégia de medição depende dos objectivos da monitorização e dos poluentes envolvidos. Deste modo, os factores a ter em conta na definição, do número de pontos a amostrar, e quando e com que frequência deverão ser feitas as medições, são:

• A variação espacial e temporal do poluente a amostrar; • A disponibilidade de informação suplementar;

• A exactidão exigida para a estimativa.

A amostragem recorrendo a tubos de difusão permite calcular as concentrações médias verificadas no ar ambiente durante o período de exposição dos tubos. Este tipo de equipamento permite amostrar simultaneamente uma extensa área, sendo assim possível criar mapas da distribuição espacial das concentrações dos poluentes medidos recorrendo a técnicas de interpolação dos dados (geoestatística).

Esta técnica é especialmente indicada para a verificação dos limites de longo prazo (anuais). Para a verificação de limites de curto prazo (diários e horários), este não é o método mais adequado, uma vez que o período de exposição dos tubos varia entre alguns dias e algumas semanas. No entanto, também é possível fazer uma extrapolação dos resultados, através da comparação de longas series de dados medidos em estações fixas localizadas em áreas com características idênticas às dos locais amostrados com tubos de difusão.

As vantagens e desvantagens da utilização deste tipo de método de medição encontram-se sumariadas na Tabela 1.

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Tabela 1:Principais vantagens e desvantagens do uso de amostragem por difusão passiva

Vantagens Desvantagens

Baixo custo, dispensando inclusive o consumo de energia eléctrica

Não fornecem dados em tempo real, fornecendo apenas uma concentração média para o período de exposição Especialmente indicados para avaliações em

áreas ou períodos largos

Método com uma margem de erro absoluta significativa

Possibilidade de reutilização de alguns componentes

Tubos são, por vezes, roubados/vandalizados Operação simples

Não necessitam de calibração no terreno

De acordo com a metodologia proposta no “Guia para a Avaliação preliminar” deverão ser seguidos os seguintes passos:

1. Localização das principais fontes de emissão dos poluentes a amostrar, dentro da área que se pretende caracterizar;

2. Construção de uma grelha que cubra a área em investigação;

3. Selecção para cada quadrícula da grelha de uma localização representativa da poluição de fundo, que não esteja directamente influenciada por fontes de poluição locais;

4. Instalação dos tubos nas localizações seleccionadas e recolha após o período de exposição considerado adequado;

5. Para a verificação dos aspectos de garantia e controlo de qualidade (QA/QC) instalar duplicados ou triplicados num número limitado de locais para verificar a reprodutibilidade dos resultados obtidos. Devem ser guardados tubos não expostos do mesmo lote, durante o período de exposição para serem analisados como brancos das medições;

6. Análise dos tubos em laboratório e cálculo dos níveis de poluição verificados em cada local;

7. Calcular a distribuição dos níveis de poluição por interpolação das medições obtidas em cada local e elaborar mapas de isoconcentrações.

8. Comparação dos resultados obtidos com os valores limite da directiva e seleccionar o regime de acompanhamento futuro adequado.

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3.2 Princípios do método

O princípio do método utilizado para a amostragem do dióxido de enxofre e do dióxido de azoto assenta no facto destes poluentes atmosféricos serem quimiadsorvidos pela trietanolamina (TEA) como iões (SO32-, SO42-e NO2-, respectivamente). As concentrações dos iões sulfito e sulfato são depois medidas por cromatografia iónica, enquanto o ião nitrato é analisado pela mesma técnica ou por espectrofotometria, na banda do espectro visível.

3.3 Breve descrição dos aparelhos

A amostragem por difusão é feita através da utilização de tubos, os quais se colocam por um tempo determinado nas áreas a amostrar. Estes tubos contêm no seu interior um cilindro de material adsorvente específico que fixa o poluente (Figura 1). Durante o período de amostragem o ar flui para o interior do tubo, a uma taxa controlada por difusão molecular, e o poluente é adsorvido no cilindro interior fornecendo assim um valor médio de concentração desse poluente para o período de exposição.

Existem presentemente tubos no mercado para a medição de uma série de poluentes, alguns dos quais constantes da Directiva-Quadro. A listagem destes poluentes encontra-se indicada na Tabela 2, bem como a indicação sobre se é possível ou não utilizar tubos de difusão como método de medição das respectivas concentrações

Figura 1:Vista esquemática de um aparelho de monitorização passiva. Fonte: Radiello .

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pelo método de difusão passiva (tubos de difusão)

Poluente Possível Avaliação c/ os Tubos

Dióxido de Azoto Sim

Monóxido de Azoto / Óxidos de Azoto Sim

Dióxido de Enxofre Sim

Chumbo Não* TSP Não* PM2.5 Não* PM10 Não* Ozono Sim Benzeno Sim

Monóxido de Carbono Não

Cádmio Não*

Arsénio Não*

Níquel Não*

Mercúrio Não*

PAH Desconhecido

*- O princípio da difusão molecular não se adapta a matéria particulada.

Nas campanhas descritas neste relatório optou-se pela utilização dos tubos de difusão Radiello da última geração (Figura 2), na medida em que a entidade que os comercializa - a Fondazione Salvatore Maugeri, sediada em Pádova (Itália) - possui já bastante experiência em medições deste tipo e assegura uma série de procedimentos de controlo e garantia de qualidade das análises.

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3.4. Definição da malha e selecção dos locais para amostragem

Tendo em consideração os objectivos da campanha e as recomendações do Guia para a Avaliação Preliminar foi definida uma malha de quadrículas de 20 por 20 km, em que o ponto escolhido para a amostragem foi o centróide de cada uma destas. A questão da dimensão de cada quadrícula foi bastante relevante, dado que era fundamental assegurar um compromisso satisfatório entre uma série de factores:

custos associados às campanhas;

a possibilidade de colocar todos os tubos sensivelmente no mesmo período de tempo (escala temporal) para que os valores fossem comparáveis entre si;

a consideração da variância espacial de cada um dos poluentes em causa.

O centróide foi, no entanto, uma localização preliminar dado ser fundamental que os locais seleccionados, para instalação dos tubos, correspondessem a localizações de fundo (sem influência directa de fontes de poluição local) representativas de toda a quadrícula. A localização dos pontos de amostragem teve por base os critérios EUROAIRNET para estações de fundo:

• afastamento a grandes fontes emissoras como centrais termoeléctricas, autoestradas e cidades, deverá ser de pelo menos 3Km;

• afastamento mínimo de 100m de pequenas fontes poluentes, como aquecimentos domésticos e de vias com mais de 50 veículos por dia e de 500m de vias até 500 veículos por dia.

Foi ainda tida em consideração a máxima proximidade possível do centróide definido em cada quadrícula constante da malha indicada na Figura 3, recusando as localizações situadas a mais de 3km do centróide respectivo. E a fácil acessibilidade, dada a necessidade de instalar os tubos numa mesma escala temporal, de modo a permitir a comparação dos resultados entre si.

A metodologia seguida nos arquipélagos dos Açores e Madeira foi similar, mas dada a especificidade dos seus territórios, a dimensão da malha estatística serviu unicamente para o cálculo do número de pontos a amostrar e não para determinar a sua localização.

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para Portugal continental e a localização dos pontos das Regiões Autónomas da Madeira e Açores. As localizações dos pontos do Continente encontram-se no Anexo 1.

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Arquipélago dos Açores

Arquipélago da Madeira

Figura 3: Representação esquemática da malha estatística (quadrícula e centroides) adoptada para Portugal Continental e Regiões Autónomas da

Madeira e Açores

3.5. Definição dos períodos de exposição dos tubos e das campanhas

A realização de duas campanhas, uma em período mais quente, no Verão de 2000, e outra em período mais frio, realizada na Primavera de 2001 (e não no inverno, como estava inicialmente previsto por atrasos relacionados com aspectos logísticos e de meios humanos para a realização das campanhas), teve como objectivo amostrar duas alturas diferentes do ano.

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A escolha do período de exposição dos tubos esteve relacionado com as especificações técnicas do fabricante dos tubos – “Radiello” que propõe tanto para o NO2como para o SO2, amostragens de uma semana, e com os níveis de concentrações que, à partida, se esperavam baixos.

Para este tipo de campanhas, recorrendo a medições indicativas, o período de amostragem recomendado pelo Guia para a Avaliação Preliminar é de 20%, e o referido pela Directiva 1999/30/CE de 14% do ano. Apesar do período de amostragem não corresponder ao recomendado, considerou-se que, as amostragens efectuadas, em duas alturas distintas do ano, permitiram fazer uma adequada caracterização da distribuição das concentrações destes poluentes ao longo do ano.

Apesar do período de exposição de cada tubos ter sido de uma semana, a grande quantidade de pontos a amostrar obrigou a um desfasamento máximo de uma semana na colocação dos tubos, tendo cada uma das campanhas decorrido num período de duas semanas:

• 17 a 31 de Julho de 2000 (1ª campanha) • e 7 a 21 de Maio de 2001 (2ª campanh a).

3.6. Meios logísticos e humanos para a realização das campanhas

Para a realização das campanhas foram constituídas sete equipas para cobrir todo o território continental, quatro equipas para a Região Autónoma dos Açores e uma equipa para a Região Autónoma da Madeira, todas elas dotadas de veículos automóveis.

Paralelamente e por forma a verificar uma série de pré-requisitos que foram impostos por questões de representatividade estatística cada uma das equipas utilizou um GPS (Garmin GPS-II Plus), para localizar de cada um dos pontos seleccionados.

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4. Garantia e Controlo de Qualidade

Os objectivos de qualidade dos dados referidos tanto na legislação como no Guia apontam para uma máxima incerteza associada às medições indicativas de 30% (para medições individuais, determinadas para o período considerado pelo valor limite com um intervalo de confiança médio de 95%, tendo em conta os erros de calibração, eficiência de amostragem, análise e efeitos dos parâmetros ambientais).

As medições devem ser suportadas por um programa de QA/QC adequado durante o período das campanhas, e a qualidade das medições deve ser documentada. Deve ser tido em consideração que a técnica de difusão passiva ainda tem falhas na harmonização dos dados de validação. No entanto, os dados disponíveis até ao momento indicam que níveis de incerteza de ±30%, são possíveis para o SO2 e NO2 desde que as medições sejam suportadas por um programa de QA/QC adequado. Está actualmente em preparação no Comité Europeu de Normalização (CEN) a norma para os requisitos e métodos de teste para implementação da técnica de difusão passiva.

Os aspectos de garantia e controlo de qualidade foram um dos factores decisivos na escolha quer dos tubos de difusão Radiello quer do laboratório onde se efectuaram todas as análises (Fondazione Salvatore Maugeri, em Itália - laboratório acreditado para a análise dos tubos).

Tendo em conta que o método seleccionado para estas campanhas, amostragem por difusão passiva, é considerado para o SO2e NO2um método indicativo, e no sentido de efectuar uma análise de sensibilidade (cálculo de incerteza) tornou-se necessária a realização de ensaios de intercomparação dos resultados obtidos pelos tubos de difusão com o método de referência.

O ensaio consistiu em colocar cinco tubos de difusão (medições em teste) junto a uma estação rural de fundo, no caso a estação de Monte Velho (que funcionou como medição de referência), mantida e gerida pela Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território do Alentejo. No Anexo 2 é possível consultar a meta-informação desta estação, salientando-se o facto de os métodos de medição usados nesta estação para o SO2 e NO2 serem os métodos de referência previstos na Directiva 1999/30/CE.

A escolha desta estação deveu-se ao facto das localizações dos tubos pretenderem retractar as concentrações de fundo destes poluentes a nível nacional e de esta ser a única estação rural de fundo pertencente a uma entidade oficial a nível nacional.

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O período de exposição destes 5 tubos, tal como aconteceu com todos os tubos da malha nacional em ambas as campanhas, foi de aproximadamente 7 dias (ver tabela seguinte).

Tabela 3: Data e hora de colocação e recolha dos 5 tubos do ensaio Colocação Recolha

Hora Data Hora Data

1ª campanha 8.20 18/7/2000 8.25 25/7/2001 2ª campanha 8.15 7/5/2001 8.05 14/5/2001

Na Tabela 4 é possível verificar a eficiência e a média dos resultados obtidos para o NO2e o SO2,na Estação de Monte Velho, nos 7 dias de exposição dos tubos, na 1ª e 2ª campanhas. Da análise da tabela salienta-se a baixa eficiência da estação devido a cortes da corrente eléctrica. Os valores de concentrações medidos são baixos relativamente ao limites legislados, e desceram ligeiramente, tanto no caso do NO2 como do SO2, da primeira para a segunda campanha.

Os resultados obtidos em cada um dos 5 tubos instalados junto à estação de monitorização da qualidade do ar de Monte Velho, em cada uma das campanhas, a sua média e desvio padrão, encontram-se indicados na Tabela 5. Como se pode constatar pelos reduzidos desvios padrão verificados as diferenças de concentração entre os tubos relativamente ao NO2, tanto na 1ª como na 2ª campanhas, não são muito significativas. Relativamente aos resultados obtidos pelos tubos para o SO2não foi possível calcular o desvio padrão associado aos resultados dos 5 tubos uma vez que todos eles registaram valores de concentrações inferiores ao limite do método usado na analise dos tubos (1,3 µg/m3).

A comparação entre as médias obtidas nos 5 tubos colocados na estação de fundo de Monte Velho e a média desta mesma estação para o período de exposição de cada campanha encontra-se nas Figuras 4 e 5. Para o caso do SO2,foi usado como valor médio dos 5 tubos o limite de detecção do método, 1,3 µg/m3, uma vez que todos os valores obtidos se situaram abaixo deste valor.

Da observação destas figuras é possível dizer-se que, tanto para o NO2 como para o SO2, a medição das concentrações através dos tubos de difusão subestima as concentrações reais, que neste ensaio correspondem às medições obtidas na estação de Monte Velho. Este situação é observável tanto na 1ª como na 2ª campanhas e poderá estar associada ao facto de estarmos a trabalhar com concentrações baixas.

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No caso do SO2 a diferença entre as medições por tubos e as medições pelo método de referência, observada neste ensaio, realizado com gamas de concentrações muito baixas, é de aproximadamente 5 µg/m3.

Tabela 4:Resultados da estação de Monte Velho durante o período de cada uma das campanhas 1ª Campanha 2ª Campanha Parâmetro Eficiência (%) Máximo horário (µg/m3) Média (µg/m3) Mínimo horário (µg/m3) Eficiência (%) Máximo horário (µg/m3) Média (µg/m3) Mínimo horário (µg/m3) NO2 78 9.6 5.0 2.1 77 20,9 3.4 2.0 SO2 78 10.7 6.3 2.9 77 13.4 5.7 0.3

Tabela 5: Resultados dos 5 tubos colocados em Monte Velho

1ª Campanha 2ª Campanha Referencia do tubo NO2(µg/m 3 ) SO2(µg/m 3 ) NO2(µg/m 3 ) SO2(µg/m 3 ) Monte Velho 1 2.5 <1.3 (*) 2.5 <1.3 (**) Monte Velho 2 2.9 <1.3 (*) 2.9 <1.3 (**) Monte Velho 3 3.2 <1.3 (*) 2.6 <1.3 (**) Monte Velho 4 2.8 <1.3 (*) 3.2 <1.3 (**) Monte Velho 5 2.8 <1.3 (*) 2.7 <1.3 (**) Média 2.8 -(*) 2.8 -(**) Desvio padrão 0.25 - 0.28

-(*) Valores medidos à volta de 0,7µg/m3, não foram considerados para efeitos de cálculo estatístico por se situarem abaixo do limite de detecção do método de análise

(**) Valores abaixo do limite de detecção do método de análise

Figura 4:Comparação entre a média das concentrações de NO2obtidas pelos 5 tubos de

difusão e a média das concentrações medidas na estação de Monte Velho

0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 1ª Campanha 2ª Campanha NO2 g /m 3) Média dos 5 tubos Média da estação

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Figura 5:Comparação entre a média das concentrações de SO2obtidas pelos 5 tubos de

difusão e a média das concentrações medidas na estação de Monte Velho

Aplicando a este exercício de intercomparação a formula de cálculo da incerteza que, segundo a proposta de norma europeia prEN 13528-1, de Abril de 1999, é dada por:

( )

% =| − |+2 ×100 ref ref x S x x Incerteza

x

- é o valor da média dos resultados das repetições das medições

ref

x - é o valor da concentração verdadeiro ou aceite como tal S – é o desvio padrão das medições

foi possível calcular a incerteza associada a cada uma das campanhas (Tabela 6).

Relativamente ao NO2 para a 1ª campanh a a incerteza foi de 54%, já na 2ª campanh a a incerteza foi de 34%, que é um valor bastante aproximado dos 30% exigidos para os métodos de avaliação indicativos previsto no Guidance Report on Preliminary Assessment under EC Air Quality Directives, 1998.

Para o caso do SO2não foi calculada a incerteza associada às campanhas uma vez que não foi possível calcular um desvio padrão associado à média das concentrações dos 5 tubos usados neste ensaio. 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 1ª Campanha 2ª Campanha SO2 g/m3) Média dos 5 tubos Média da estação

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Tabela 6:Calculo da incerteza associada a cada uma das campanhas Média dos 5 Tubos (µg/m3) (

x

) Desvio Padrão dos 5 tubos (µg/m3) (S) Média da estações de Monte Velho (xref ) Incerteza (%) 1ª campanha 2,8 0,25 5,0 ± 54,0 NO2 2ª campanha 2,8 0,28 3,4 ± 34,1 1ª campanha <1,3 - 6,3 -SO2 2ª campanha <1,3 - 5,7

-Não estando a validade das campanhas posta em causa no que se refere aos gradientes de concentrações obtidos (distribuição espacial das concentrações), no que respeita à analise das concentrações, deverá ser tido em consideração que para concentrações baixas, como acontece em localizações de fundo, as medições com tubos de difusão subestimaram os resultados.

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5. Resultados

Os resultados obtidos nas duas campanhas para cada um dos tubos colocados em localizações de fundo, 236 pontos no Continente e 23 pontos nas Regiões Autónomas, e para cada poluente estudado, encontram-se indicados no Anexo 3.

Nas Figuras 6 e 9 estes resultados são apresentadas, para cada uma das campanhas, em mapas de pontos e sob a forma de curvas de isoconcentração, obtidas recorrendo a geoestatística (algoritmo de interpolação Kriging, usando para o efeito o programa Arcview 8.1 - extensão Geostatistical Analyst). Para além dos mapas das duas campanhas, foi também feito um mapa com o máximo obtido em cada ponto durante as campanhas de Verão (1ª) e Primavera (2ª), para se obter uma imagem da distribuição das concentrações anuais.

Quando os valores registados pelos tubos foram inferiores ao limite de detecção do método, para efeitos de mapeamento e interpolação dos pontos, foi usado o valor médio entre 0 e o limite de detecção. Assim para o SO2 dado que o limite de detecção é 1,3µg/m3 foi usado 0,7µg/m3e para o NO2 uma vez que o limite de detecção é 1µg/m3foi usado 0,5µg/m3.

No caso dos arquipélagos não foi aplicado o algoritmo de interpolação citado, uma vez que o reduzido número de pontos por ilha não o justificava, sendo apenas apresentados os valores obtidos em cada ponto (Figuras 7,8,10 e 11).

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5.1 Dióxido de enxofre (SO2)

1ª Campanha

2ª Campanha

Máxima concentração verificada na duas campanhas

Figura 6:Mapas de pontos e de interpolação (Kriging) das concentrações de SO2obtidas

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# # # # # # < LD < LD < LD 4.2 < LD < LD 3.0 1.4 < LD < LD < LD < LD

Madeira

8 0 8 16 Kilometers ug/m3 1ª Campanha 2ª Campanha

<LD – valor inferior ao limite de detecção do método 1,3µg/m3

Figura 7:Concentrações de SO2obtidas no Arquipélago da Madeira na 1ª e 2ª

campanhas # # < LD < LD < LD < LD Grupo Ocidental 8 0 8 Kilometers Flores # # # # # # < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 1.7 < LD < LD < LD 30 0 30 60 Kilometers

Grupo central

Faial Terceira ug/m3 1ª Campanha 2ª Campanha

<LD – valor inferior ao limite de detecção do método 1,3µg/m3

Figura 8:Concentrações de SO2obtidas no Arquipélago dos Açores na 1ª e 2ª

campanhas

Ponto excluído por ter sido localizado a menos de 500m de fonte industrial

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5.2 Dióxido de azoto (NO2)

1ª Campanha

2ª Campanha

Máxima concentração verificada na duas campanhas

Figura 9:Mapas de pontos e de interpolação (Kriging)das concentrações de NO2obtidas

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# # # # # # < LD 4.6 2.2 4.6 25.4 3.0 < LD 2.7 1.2 4.4 18.1 7.6 10 0 10 20 Kilometers

Madeira

ug/m3 1ª Campanha 2ª Campanha

<LD – valor inferior ao limite de detecção do método 1µg/m3

Figura 10:Concentrações de NO2obtidas no Arquipélago da Madeira na 1ª e 2ª

campanhas # # 1.0 1.7 0.9 < LD Grupo Ocidental 10 0 10 Kilometers Flores # # # # # # 1.9 4.0 2.2 1.6 2.3 2.4 0.9 2.2 1.8 0.9 0.7 < LD 30 0 30 60 Kilometers

Grupo Central

Faial Terceira ug/m3 1ª Campanha 2ª Campanha

<LD – valor inferior ao limite de detecção do método 1µg/m3

Figura 11: Concentrações de NO2obtidas para o Arquipélago dos Açores na 1ª

e 2ª campanhas

Ponto excluído por ter sido localizado a menos de 500m de fonte industrial

(25)

6. Interpretação de resultados

Por forma a fazermos a interpretação dos resultados obtidos nas duas campanhas nacionais de SO2e NO2, teremos de debruçar-nos com alguma minúcia sobre os factores que de uma forma determinante, condicionam a qualidade do ar na troposfera. Tais factores são:

- as principais fontes de emissão (neste caso concreto, de SOxe NOx);

- as condicionantes meteorológicas (observadas durante o período das campanhas), que se relacionam de uma forma muito próxima com os mecanismos de dispersão e transferência dos poluentes atmosféricos.

Nos subcapítulos seguintes será feita uma análise de cada um destes factores e respectiva interpretação dos resultados.

6.1. Emissões de SOxe NOxem Portugal

6.1.1. Emissões de SOx

A quantidade de óxidos de enxofre (SOx) emitida pelos diferentes grupos de actividade definidos no IPCC – International Protocol on Climate Change, verificada em Portugal ao longo dos últimos anos está presente na Tabela 7.

Na tabela 7 e Figura 12, pode observar-se que os sectores da energia e dos processos industriais são os principais contribuintes para a emissão do SOx, sendo que o sector da energia é responsável por cerca de 96% do total das emissões do poluente. O facto mais relevante a destacar destes elementos, é o peso das industrias produtoras de electricidade, sendo que a sua contribuição constitui cerca de 60% das emissões anuais de SOxno país.

No que diz respeito ao sector dos processos industriais, a contribuição das diferentes industrias, durante o ano de 1998, está presente na Figura 13.

(26)

Tabela 7: Estimativa das emissões de SOx, por actividade, desde 1990 a 1998 (valores em toneladas) Actividade / Sectores 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Energia 322.949 316.066 376.785 334.403 311.021 342.849 298.374 314.555 346.960 Industria energética 203.297 203.995 263.230 216.291 188.539 223.414 170.027 177.700 222.637 Produção de electricidade 183.747 184.765 238.302 185.297 151.190 188.660 136.020 143.956 180.056 Refinarias de petróleo 18.849 18.676 24.147 30.380 36.851 34.200 33.583 33.116 42.036 Industrias de manufactura e construção 80.997 73.157 71.157 63.652 70.623 71.699 75.864 74.540 73.639 Restantes industrias 37.036 31.883 32.405 26.843 30.746 28.933 33.531 34.132 32.163 Pasta de papel e gráficas 16.316 16.771 16.873 15.740 18.416 19.962 20.419 20.566 20.361 Industria alimentar 12.497 10.577 11.083 9.005 10.448 10.594 10.711 9.445 11.294 Industria química 9.650 10.159 7.411 8.490 6.775 8.268 7.261 7.639 6.867 Produção de ferro e aço 5.499 3.767 3.384 3.573 4.238 3.943 3.942 2.759 2.955 Outros sectores da energia 38.596 38.871 42.358 54.438 51.853 47.735 52.483 62.315 50.684 Resíduos 15 15 16 17 18 18 19 20 21 Processos industriais 15.996 11.585 10.156 10.043 9.555 9.770 9.695 10.504 10.369

Uso de solventes e outros

produtos 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Agricultura 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Alterações ao uso do solo e

floresta 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 338.960 327.666 386.957 344.463 320.593 352.637 308.088 325.078 357.349 Fonte DGA, 2001.

(27)

Figura 12:Contribuição dos diferentes sectores da energia na emissão de SOx para o ano de 1998 (valores em ton).

Figura 13:Contribuição dos diferentes sectores industriais na emissão de SOx para o ano de 1998 (valores em ton).

Podemos deste modo concluir que a emissão de SOx, observada nos últimos anos, está, directamente e quase exclusivamente, relacionada com as grandes industrias de produção de energia, nomeadamente as centrais termoeléctricas. No entanto, é ainda mensurável o contributo das grandes industrias de produção, tais como cimenteiras, metalurgias, produção de pasta de papel e química.

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 200.000

1998

Em

issões

de

SOx

(ton)

Produção de electricidade Refinarias de petróleo Produção de pasta de papel e industria gráfica Industria alimentar Industria química Produção de ferro e aço Restantes industrias Outros sectores da energia

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 1998 Emissões de SOx (t on) Produção de cimento Industria Química Industria Metalúrgica Produção de pasta de papel

(28)

nacional esteja associada à localização destas industrias e às grandes áreas industriais (ver Figura 14). Assim os principais focos de emissão de SOx deverão estar localizados em:

- Matosinhos - principal área industrial do Grande Porto, com uma refinaria e outras fontes emissoras;

- Estarreja - área industrial com uma forte componente química;

- Barreiro - complexo industrial a sul do Tejo do qual se destaca a indústria química e com uma central termoeléctricas;

- Setúbal - área industrial, com uma central termoeléctrica, uma indústria produtora de pasta de papel e uma cimenteira;

- Sines - o maior complexo petroquímico do país e local de instalação de uma central termoeléctrica.

Será também expectável a localização de importantes focos de emissão de SOx associados à localização das centrais térmicas situadas fora dos grandes perímetros industriais, como sejam, o Pego e o Carregado.

(29)

Figura 14: Localização das principais industrias de Portugal Continental e das principais áreas industriais

6.1.2. Emissões de NOx

Os dados da inventariação das emissões de NOx, para os anos de 1990 a 1998, estão presentes na Tabela 8 e encontram-se divididos por sectores de actividade, como definidos pelo IPCC.

Da análise do quadro, podemos verificar que o peso relativo dos diferentes sectores é muito desproporcional, sendo o sector da energia responsável por cerca de 97% das emissões totais de NOx.

O contributo dos diferentes sub-sectores da energia são apresentados na Figura 15. A contribuição do sector dos transportes tem vindo a aumentar gradualmente ao longo dos

(30)

sendo em 1998 de cerca de 60%. A grandeza deste contributo deve-se especialmente aos transporte rodoviários, como se pode observar pela análise da Figura 16.

Sendo o transporte rodoviário o grande responsável pela emissão de NOx para a atmosfera, será de esperar que os principais focos estejam relacionados directamente com os grandes aglomerados urbanos, por ser nestes que se verifica um volume de tráfego diário mais intenso. Desta forma será previsível que áreas como as Áreas Metropolitana do Porto e Lisboa, assim como outras cidades de grande dimensão, (p.e., Braga, Coimbra, Setúbal) sejam as mais problemáticas em termos de qualidade do ar com relação aos NOx(ver Figura 17).

Tabela 8:Estimativa das emissões de NOx, por actividade, desde 1990 a 1998 (valores em

toneladas) Fonte DGA, 2001. Actividades / Sectores 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Energia 275.421 290.496 310.976 305.979 310.088 320.721 315.694 325.125 346.358 Transportes 138.864 148.270 159.738 163.289 164.604 167.925 174.416 180.997 201.474 Industria energética 68.089 71.167 81.792 74.674 72.446 81.781 66.811 68.240 75.162 Industrias de manufactura e construção 29.993 31.886 31.396 31.822 34.136 34.426 36.415 36.011 36.741 Outros sectores 37.523 38.278 37.025 35.258 37.807 35.553 37.111 38.880 31.892

Emissões fugitivas de gasolinas e

gás natural 932 882 1.011 931 1.094 1.037 942 997 1.089

Resíduos 24 25 26 28 29 30 31 32 34

Processos industriais 4.547 4.791 4.801 4.383 4.097 4.929 4.830 5.089 5.077

Agricultura 1.991 2.005 1.950 1.888 1.916 1.848 1.830 1.796 1.763

Usos de solventes e outros produtos 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Alterações no uso do solo e florestação 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(31)

Figura 15: Contribuição dos diferentes sectores da energia na emissão de NOx (valores em ton).

Figura 16. Contribuições dos diversos transportes no sector dos Transportes.

0 50 100 150 200 250 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 E m issões de NOx (ton.) Transportes Industria energética Industrias de manufactura e construção Outros sectores Emissões fugitivas de gasolinas e gás natural 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 200.000 1990 199 1 1992 1993 19941995 1996 19971998 Emissõ es d e N O x (t o n ) Aviação civil Transporte rodoviário Transporte ferroviário Transporte marítimo

(32)

Arquipélago dos Açores

Arquipélago da Madeira

Figura 17: Densidade populacional no Continente e regiões Autónomas Grupo Ocidental Grupo Central Grupo Oriental

(33)

6.2. Condições meteorológicas observadas durante o período das campanhas

Para a caracterização das condicionantes atmosféricas verificadas durante os períodos das duas campanhas foram usados os dados das estações meteorológicas do Instituto de Meteorologia publicados no “Boletim Meteorológico Diário”.

Dado o carácter sazonal associado aos fenómenos de poluição atmosférica pretendeu-se, com a realização das duas campanhas - Verão (Julho de 2000) e Primavera (Maio de 2001) -, observar o panorama geral da poluição atmosférica a nível nacional face a distintas características de condições atmosféricas.

De uma forma sucinta, a Tabela 10, apresenta os principais parâmetros atmosféricos, observados nas estações meteorológicas, para os períodos das duas campanhas. A análise da tabela resumo apresentada, e mesmo uma análise mais pormenorizada aos dados meteorológicos (Anexo 5), permite-nos observar uma diferença significativa entre as condições meteorológicas observadas durante cada uma das campanhas de amostragem, o que poderá de alguma forma explicar algumas das diferenças observadas nos resultados, quer em termos de distribuição relativa das concentrações do SO2 e do NO2, quer mesmo em termos das concentrações registadas.

De facto, parâmetros como a nebulosidade média e a precipitação sofreram uma variação significativa da 1ª para a 2ª campanha, sendo que os valores mais elevados ocorreram durante a última (na maior parte dos casos diferenças muito significativas), o que poderá estar na origem dos valores mais baixos em termos do SO2. Condições de forte nebulosidade e pluviosidade podem ser factores importantes para os processos de lavagem dos poluentes da atmosfera, por mecanismos de wash-out (inclusão de elementos poluentes na formação das nuvens) e rain-out (arrastamento dos poluentes pelas gotículas de chuva em queda).

No que diz respeito as características dos ventos, em termos de direcção e velocidade (ver Figura 18), no geral não se observaram diferenças significativas entre a 1ª e a 2ª campanha. Desta forma, não será de esperar que este factor, por si só, tenha sido um forte motivo das algumas diferenças observadas entre as duas.

(34)

Tabela 10:Parâmetros atmosféricos observados durante os períodos das campanhas, nas principais estações meteorológicas do território nacional.

Estação Campanha N med DVP VV (nós) PP (mm) Tmin (ºC) Tmed (ºC) Tmax (ºC) V. Castelo 1ª 4,4 n nw w SW s se e ne 4,0 30,8 15,6 20,2 24,7 2ª 4,8 n nw w sw s se e ne 5,1 103,4 10,9 15,5 20,1 Bragança 1ª 3,4 n nw w sw s se e ne 4,5 13,2 14,1 21,1 28,1 2ª 5,9 N nw w sw s se e ne 5,1 58,7 7,1 12,8 18,5 V. Real 1ª 7,8 N nw w sw s se e ne 4,3 11,3 13,6 20,5 27,3 2ª 4,5 N nw w sw s se e ne 3,9 80,6 8,4 13,5 18,5 Porto 1ª 4,7 n nw w sw s se e ne 6,2 33,7 16,2 19,5 22,7 2ª 4,8 n nw w sw s se e ne 7,0 77,5 11,4 15,1 18,8 Viseu 1ª 2,8 n nw W sw s se e ne 5,4 64,5 14,1 20,2 26,2 2ª 4,7 n nw w sw s se e NE 7,6 146,6 8,7 13,2 17,6 P. Douradas 1ª 3,1 n nw w sw s se e ne 5,8 28,2 12,4 16,9 21,4 2ª 6,2 n nw w sw s se e ne 6,5 53,8 5,1 8,7 12,3 Coimbra 1ª 4,0 N nw w sw s se e ne 4,5 22,1 15,6 21,1 26,6 2ª 5,5 n nw w sw S se e ne 5,4 42,2 10,8 15,3 19,7 C. Branco 1ª 1,6 n nw W sw s se e ne 6,6 4,0 16,4 23,5 30,5 2ª 4,3 N nw w sw s se e ne 4,7 67,2 10,7 15,5 20,2 Portalegre 1ª 2,0 n nw W sw s se e ne 6,3 8,1 17,3 23,5 29,7 2ª 5,1 n nw W sw s se e ne 5,3 47,9 10,5 15,0 19,4 Lisboa 1ª 2,5 n nw w sw s se e ne 6,7 5,0 17,8 22,7 27,6 2ª 4,5 n nw w sw s se e ne 6,6 28,8 12,9 16,5 20,1 Évora 1ª 2,0 n nw W sw s se e ne 7,6 2,8 14,9 23,9 32,8 2ª 4,9 n nw W SW s se e ne 5,7 28,3 9,5 15,6 21,7 Beja 1ª 1,4 n nw w sw s se e ne 7,4 0,0 15,9 22,0 28,1 2ª 4,8 n nw W sw s se e ne 6,7 43,1 10,2 16,4 22,6 Sines 1ª 1,6 n NW w sw s se e ne 8,5 0,1 16,5 20,7 24,8 2ª 4,4 n nw w SW s se e ne 7,5 16,9 12,0 15,3 18,5 Faro 1ª 1,1 n nw W sw s se e ne 7,4 0,0 19,4 23,4 27,4 2ª 4,1 n nw w SW s se e ne 7,1 15,2 13,1 16,9 20,6 Flores 1ª 4,2 N nw w sw s se e ne 7,6 21,6 19,1 21,7 24,3 2ª 6,3 n nw w sw S se e ne 8,6 142,4 14,1 16,8 19,4 Horta 1ª 5,4 n nw W sw s se e ne 8,7 21,5 18,9 21,1 23,3 2ª 6,7 n nw w sw s se e ne 10,3 98,0 14,9 16,9 18,9 Lages 1ª 5,3 n NW w sw s se e ne 10,4 57,2 18,4 21,0 23,6 2ª 5,8 n NW w sw s se e ne 9,9 58,2 13,5 16,4 19,2 P. Delgada 1ª 5,1 n nw w sw s se e ne 7,8 63,8 18,3 20,7 23,1 2ª 5,8 n nw W sw s se e ne 8,3 67,4 14,0 16,4 18,7 S. Maria 1ª 5,2 n nw W sw s se e ne 9,8 19,7 19,2 21,9 24,6 2ª 6,3 n nw W sw s se e ne 10,8 47,5 14,2 17,5 20,7 Funchal 1ª 4,1 n nw w sw s se e ne 9,0 1,0 18,7 22,0 25,2 2ª 4,5 N nw w sw s se e ne 9,4 6,4 16,0 18,8 21,5

Notas:N med – nebulosidade média; DVP – direcção do vento predominante; VV – média das velocidades

dos ventos registadas; PP – precipitação; Tmin – média das temperaturas mínimas registadas; Tmax média das temperaturas máximas registadas; Tmed – média entre Tmin e Tmax.

(35)

Fonte: IM, Boletim meteorológico diário

(36)

6.3. Discussão dos resultados

6.3.1. Análise da distribuição dos níveis de SO

2

e NO

2

identificação de áreas de maior concentração

Da observação dos mapas de isoconcentração para Portugal Continental e dos mapas de valores absolutos para o caso das ilhas foi possível identificar quais as zonas do país em que as concentrações são mais elevadas para cada um dos poluentes.

No caso do SO2,no continente, as manchas de concentrações mais elevadas estão associadas, de modo bastante evidente na primeira campanha, às principais áreas industriais. Tal situação era expectável dado que a principal origem deste poluente é marcadamente industrial. São assim identificáveis no mapa da 1º campanha, presente na Figura 6, de norte para sul, zonas industriais como Matosinhos, Estarreja, Península de Setúbal (Setúbal e Barreiro) e Sines. Através da observação conjunta deste mapa e das rosas dos ventos verificadas durante a campanha (Figura 18), foi possível constatar que as manchas de concentrações seguem os rumos mais frequentes registados nas estações próximas das principais fontes emissoras de SO2.

No que respeita às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, as concentrações de SO2 registadas foram também bastante baixas (Figuras 7 e 8), traduzindo a quase ausência de tecido industrial nas ilhas. No entanto, é de salientar a ocorrência de valores mais elevados num ponto da Ilha de São Miguel, nos Açores, (17,1 e 6,7 ug/m3 na 1ª e 2ª campanhas respectivamente) devido a uma incorrecta localização do ponto de amostragem em causa, excessivamente próximo de uma central térmica (a menos de 500m da fonte).

Na 2ª campanha a distribuição deste poluente no território continental deixou de ser tão evidente e os seus níveis efectivamente mais baixos. Esta situação poderá estar relacionada com o facto das condições atmosféricas estarem favoráveis à lavagem dos poluentes da atmosfera (com a ocorrência de nebulosidade considerável e forte precipitação)

Os níveis de concentração de NO2, obtidos quer na primeira como na segunda campanhas (figura 9), estão claramente relacionados com a densidade populacional e com a localização das principais vias de tráfego (Figura 17). As zonas mais densamente povoadas, áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, são as áreas onde ocorreram os valores mais elevados. Tal facto está associado ao peso do tráfego rodoviário como fonte de emissão de óxidos de azoto para o ar ambiente. Esta tendência é também perceptível nas Regiões Autónomas da Madeira e Açores, onde os valores mais altos correspondem precisamente às zonas de maior

(37)

figuras10, 11 e 17).

O ligeiro aumento observado entre os níveis de NO2registados em alguns pontos entre a 1ª e a 2ª campanhas poderá de algum modo estar relacionado com a época de realização das mesmas. No Verão (altura da realização da 1ª campanha) é visível a diminuição do tráfego nas grandes cidades como Lisboa ou Porto e tal facto é com certeza reflectido nas concentrações ambientais de NO2. É de notar que para este poluente, as manchas de concentrações não seguiram as direcções dos ventos predominantes, de modo tão evidente como no caso do dióxido de enxofre, talvez devido ao facto das emissões se darem muito próximo do nível do solo, ao contrário das emissões de SO2 que acontecem a alturas mais elevadas (chaminés industriais).

Face aos resultados obtidos nas campanhas foi possível concluir que o método utilizado foi adequado para o objectivo que se pretendia, constituído assim um elemento muito importante para a “Avaliação Preliminar da Qualidade do Ar em Portugal” exigida pela Directiva 1996/62/CEe que tem vindo a ser efectuada para o SO2e NO2. Com efeito, não obstante o erro associado ao método em causa, a avaliação efectuada com recurso aos tubos de difusão forneceu informação importante relativamente às concentrações de dióxido de azoto e de dióxido de enxofre, possibilitando a construção de mapas de isoconcentração que permitem identificar as zonas do país onde se verificam os níveis de fundo mais elevados para cada um dos parâmetros analisados.

6.3.2. Comparação dos resultados das campanhas com os

valores-limite e limiares de avaliação da Directiva 1999/30/CE

Dado o método usado (amostragem por difusão passiva) não ser um método de referência e não ser continuo (amostragem de duas semanas em alturas diferentes ano), não é possível através destas campanhas verificar o cumprimento dos valores limite. É no entanto possível, fazendo algumas ressalvas e tendo em conta o erro calculado, inferir sobre a probabilidade de ocorrência de excedências a cada um dos valores-limite ou limiares de avaliação previstos na legislação, e estabelecer o futuro regime de acompanhamento para as áreas amostradas. O pequeno ensaio de intercomparação realizado com 5 tubos de difusão localizados junto à estação de Monte Velho durante as duas campanhas realizadas, descrito no capitulo 4, para o NO2 revelou uma incerteza associada às medições com tubos de difusão algo significativa, que obriga a olhar para os valores obtidos nas campanhas com alguma cautela.

(38)

porque os níveis registados pelos tubos registaram concentrações abaixo do limite de detecção do método, podendo apenas dizer-se que a diferença entre as medições dos 5 tubos de difusão e a estação de referência foi de cerca de 5 ug/m3.

Há ainda que ter em conta que as concentrações obtidas nestas campanhas referem-se a períodos de exposição dos tubos de difusão de 7 dias, ou seja a períodos semanais, pelo que a comparação destas com os valores-limite previstos na Directiva 1999/30/CE para períodos horários, diários e anuais, não pode ser efectuada de uma forma directa. Dado que o objectivo da campanha foi caracterizar as concentrações de fundo e considerando que estas por definição não apresentam grandes variações horárias, será apenas feita a comparação com os limites para períodos de exposição diários e anuais. Para além dos valores-limite, será efectuada também uma comparação com os limiares superiores e inferiores de avaliação previstos na referida directiva e que permitem definir qual a estratégia de avaliação a seguir na avaliação anual da qualidade do ar das localizações de fundo em Portugal (ver Tabela 12

Tabela 12: Valores-limite e limiares de avaliação previstos na Directiva 1999/30/CE

Parâmetro NO2(µg/m3) NOx(µg/m3) SO2(µg/m3)

Tipo de limite Protecção da saúde humana Protecção da vegetação Protecção da saúde humana Protecção dos ecossistemas

Período de referência Anual Anual Diário(1) Anual Inverno(3)

Data de cumprimento do valor-limite 1 de Janeiro de 2010 19 de Julho de 2001 1 de Janeiro de 2005 1 de Janeiro de 2005 19 de Julho de 2001 Limiar inferior de avaliação(LIA) 26 19.5 50 - 8 Limiar superior de avaliação (LSA 32 24 75 - 12 Valor-limite (VL) 40 30 125 20 20 Margem de tolerância (Mt) 20(2) - - -

-(1) a não ultrapassar mais do que 3 vezes no ano

(2) 50% do valor-limite em vigor até 1 de Janeiro de 2001 e sofrendo uma redução gradual até à entrada em vigor do valor-limite

(3) período de 1 de Outubro a 31 de Março

Limiar superior de avaliação: nível de poluição abaixo do qual pode ser utilizada uma combinação de medições e de técnicas de modelização para avaliar a qualidade do ar ambiente

Limiar inferior de avaliação: nível de poluição abaixo do qual pode ser só utilizada a modelização ou a estimativa objectiva para avaliar a qualidade do ar.

Os resultados médios e máximos obtidos para cada uma das campanhas e para o máximo das duas campanhas, e as incertezas associadas a cada uma das campanhas encontram-se na Tabela 13.

(39)

NO2(µg/m 3 ) SO2(µg/m 3 ) campanha Campanha Máximo das duas campanhas campanha Campanha Máximo das duas campanhas Máximo 18.1 25.3 25.3 9.4(*) 1.8 9.4 Média 3.5 3.7 4.3 1.5 0.8 1.5 Incerteza ± 54% ± 34% - - -

-(*) - foi excluído o valor de 17,1 verificado em S. Miguel nos Açores por não se tratar de um ponto com localização de fundo.

Da análise dos resultados obtidos (capítulo 5), mesmo tendo em conta a incerteza associada, pode dizer-se que, quer para o NO2, quer para o SO2, os níveis de poluição de fundo não ultrapassam o limiar inferior de avaliação, para a generalidade do território nacional, o que pressupõe que a sua avaliação possa ser efectuada recorrendo apenas a modelação ou estimativa objectiva.

No entanto, nas áreas identificadas, através destas campanhas, como áreas de máxima concentração, no caso do dióxido de enxofre, áreas de influência das principais fontes industriais e, no que se refere ao dióxido de azoto, grandes áreas urbanas com tráfego automóvel intenso, poderão eventualmente ocorrer situações em que os limiares de avaliação sejam ultrapassados.

Assim, é de referir, relativamente ao SO2, que na área de influência do complexo industrial de Sines, é possível que ocorram ultrapassagens ao limiar superior de avaliação para os ecossistemas, obrigando a que o acompanhamento desta área se faça com estações de medição fixa, aliás já existentes. Nas restantes áreas de influência de complexos industriais não se registaram níveis que impliquem a obrigatoriedade de medições fixas.

Quanto à exposição diária da população, os níveis de SO2 obtidos durante as campanhas não indiciam quaisquer ultrapassagens ao valor-limite, situando-se abaixo do limiar inferior de avaliação.

Para o NO2 e relativamente à protecção da saúde humana, estas campanhas indiciam que na área metropolitana do Porto e na área do complexo industrial de Estarreja os níveis deste poluente poderão ultrapassar o limiar inferior de avaliação anual, sendo de salientar que nas áreas, onde se observam as concentrações mais elevadas, já existem estações ou está prevista a sua instalação.

(40)

7. Conclusões

De um modo sucinto, as campanhas de medição efectuadas permitiram retirar as seguintes conclusões:

• O método e a metodologia utilizados são adequados para a avaliação preliminar das concentrações de fundo de dióxido de enxofre e dióxido de azoto no ar ambiente;

• Os mapas de isoconcentração construídos, permitem obter uma imagem dos níveis e da distribuição de NO2e SO2no território nacional;

• As concentrações de NO2e SO2em zonas rurais sem influência industrial, são baixas. Os valores máximos registaram-se, como seria expectável, no caso do dióxido de enxofre, nas áreas de influência das principais áreas industriais e, no que se refere ao dióxido de azoto, nas áreas urbanas onde o tráfego automóvel é mais intenso.

• Relativamente ao regime de acompanhamento dos níveis de fundo em Portugal, os resultados obtidos indiciam que o acompanhamento futuro na generalidade do país, em localizações afastadas de fontes emissoras destes poluentes, poderá ser feito com recurso a modelação ou estimativa objectiva. No entanto, nas áreas de influência dos principais complexos industriais, e nas áreas de maior concentração populacional, a poluição de fundo deverá ter um acompanhamento através de estações de medição, que aliás já existem. Em áreas intermédias pode haver necessidade de conjugar medições com modelização.

(41)

8. Agradecimentos

Para além dos agradecimentos às entidades envolvidas, realça-se o grande contributo prestado pelo Dr. Emile DeSaeger do Joint ResearchCenter – ISPRA no esclarecimento de dúvidas que foram surgindo ao longo do trabalho.

(42)

9. Referências bibliográficas

Comissão Europeia, 1996, Directiva 1996/62/CE

Comissão Europeia, 1999, Directiva 1999/90/CE

Decreto-Lei 276/99 de 23 de Julho

Direcção Geral do Ambiente, 2000, Atlas do Ambiente Digital, DGA – MAOT

Hangartner, M., 1996, El Muestreo Difusivo como una Alternativa para los Paises en Desarollo, Instituto Federal Suíço de Tecnologia

Instituto de Meteorologia, 17 a 31 de Julho de 2000 e 7 a 21 de Maio, Boletim Meteorológico Diário – IM

Instituto Nacional de Estatística, 1991, Censos 91, INE

Van Aalst, R., Edwards, L., Pulles, T., De Saeger, E., Tombrou, M., Tonnesen, D., Janeiro 1998, Guidance Report on Preliminary Assessment under EC Air Quality Directives, Copenhaga (Dinamarca), Agência Europeia para o Ambiente

Comité Europeu de Normalização (CEN), Abril 1999, Draft prEN 13528-1, Ambiente air quality – Difusive sampler for the determination of gases and vapours – Requirements and test methods

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(45)

Anexo 2

Meta-informação sobre a Estação de Monte Velho

Codigo 4002

Nome Monte Velho

Data inicio 01-01-1976

Data fim

Abreviatura nome estacão MVE

Longitude gms 008°47'55"

Latitude gms 038°04'37"

Longitude X_m 141606

Latitude Y_m 123552

Altitude (m) 53

Zona Alentejo Litoral

Aglomeração Não

Nome rua Monte Velho

Freguesia Santo André

Concelho Santiago do Cacém

Tipo Fundo

Descrição Tipo Fundo/Industrial

Descrição do ambiente imediato Área ampla inserida numa zona de coníferas

Tipo de zona Rural

Característica zona Natural

Componente SO2 NO2 Nome componente Dióxido de Enxofre Dióxido de Azoto

Unidade componente ug/m3 ug/m3

Modelo equipamento 43 A AC 30 M

Marca equipamento THERMO

ELECTRON INSTRUMENTS

ENVIRONNEMENT , S. A.

Técnica Fluorescência Quimiluminescência

Método calibração Gases

Comprimidos

Tubo de Permeação

Frequência calibração 2 2

Unidade

Frequência calibração Semana Semana

Tempo integração 1 1

Unidade tempo integração Hora Hora

Localização ponto amostragem Telhado Telhado

Altura ponto amostragem 4 4

Comprimento linha amostragem

4 4 Observações ibração com tubos de permeação até

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Resultados da estação de Monte Velho durante os ensaios de

intercomparação da 1º e 2ª campanhas

Fonte: DRAOT - Alentejo

Estação : Monte Velho Poluente : NO2µµµµg/m

3 Mês 7 Ano Dia 0 H 1 H 2 H 3 H 4 H 5 H 6 H 7 H 8 H 9 H 10 H 11 H 12 H 13 H 14 H 15 H 16 H 17 H 18 H 19 H 20 H 21 H 22 H 23 H 18 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 19 2 4 2 2 2 2 2 20 6 6 6 6 6 6 6 6 21 8 8 8 6 6 6 6 6 10 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 22 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 23 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 24 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 25 6 6 6 6 6 6 6

Estação : Monte Velho Poluente : SO2µµµµg/m3

Mês 7 Ano 0 H 1 H 2 H 3 H 4 H 5 H 6 H 7 H 8 H 9 H 10 H 11 H 12 H 13 H 14 H 15 H 16 H 17 H 18 H 19 H 20 H 21 H 22 H 23 H 18 3 3 6 6 6 6 6 6 6 3 6 6 6 3 6 3 19 3 6 6 3 6 6 6 20 8 8 6 8 8 6 6 6 21 6 6 6 6 6 6 6 8 8 11 11 11 8 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 6 22 6 6 6 6 6 6 6 6 8 6 8 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 6 6 6 23 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 8 6 6 6 6 6 24 6 6 6 6 6 6 6 6 8 6 8 8 8 8 8 6 8 8 6 6 6 8 6 6 25 8 6 11 8 8 8 8 6

Estação : Monte Velho Poluente : NO2µµµµg/m

3 Mês 5 Ano Dia 0 H 1 H 2 H 3 H 4 H 5 H 6 H 7 H 8 H 9 H 10 H 11 H 12 H 13 H 14 H 15 H 16 H 17 H 18 H 19 H 20 H 21 H 22 H 23 H 7 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 8 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 2 2 2 2 2 2 9 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 10 2 2 2 11 21 10 11 6 4 4 8 8 8 12 4 2 2 2 2 2 2 2 6 2 2 4 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 6 4 13 4 4 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 2 2 2 2 14 2 2 2 2 2 2 2 2

Estação : Monte Velho Poluente : SO2µµµµg/m3

Mês 5 Ano Dia 0 H 1 H 2 H 3 H 4 H 5 H 6 H 7 H 8 H 9 H 10 H 11 H 12 H 13 H 14 H 15 H 16 H 17 H 18 H 19 H 20 H 21 H 22 H 23 H 7 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 8 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 3 3 3 3 3 0 3 9 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 0 3 3 0 3 0 0 0 0 10 0 0 3 11 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 12 3 3 3 3 3 3 3 3 11 8 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 13 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 14 3 3 3 3 3 3 3 3 2000 2001 2001 2000

(47)
(48)

Resultados obtidos nas campanhas Nº ponto de amostragem 29S UTM NO2(µg/m 3 ) SO2(µg/m 3 ) Região Campanha Campanha Campanha Campanha Norte 1 534714 4651908 2,9 4,4 <1.3 <1.3 Norte 2 554802 4654154 4,3 4,5 <1.3 <1.3 Norte 3 572980 4653613 1,2 1,8 <1.3 <1.3 Norte 4 514027 4634922 3,3 4,5 <1.3 <1.3 Norte 5 537468 4634070 3,4 2,8 <1.3 <1.3 Norte 6 554365 4634847 3,0 3,5 <1.3 <1.3 Norte 7 572186 4628977 1,8 2,0 <1.3 1,7 Norte 8 595019 4634549 <1 1,4 <1.3 <1.3 Norte 9 614335 4634253 2,2 1,6 <1.3 <1.3 Norte 10 634537 4632880 4,2 3,7 <1.3 <1.3 Norte 11 654836 4635107 2,1 2,2 <1.3 <1.3 Norte 12 674976 4635466 1,6 1,5 <1.3 <1.3 Norte 13 694939 4635681 1,4 1,2 <1.3 <1.3 Norte 14 515703 4613851 6,9 10,0 <1.3 <1.3 Norte 15 535257 4613874 5,7 7,6 <1.3 <1.3 Norte 16 555016 4614135 4,3 7,4 <1.3 <1.3 Norte 17 575421 4614909 4,1 5,1 <1.3 <1.3 Norte 18 595265 4614204 [a] 1,6 [a] <1.3 Norte 19 615432 4614821 1,5 2,6 <1.3 <1.3 Norte 20 635662 4615458 2,1 2,5 <1.3 <1.3 Norte 21 655148 4615107 4,2 2,2 1,9 <1.3 Norte 22 675164 4615551 1,8 2,8 <1.3 <1.3 Norte 23 695035 4615962 2,2 1,8 <1.3 <1.3 Norte 24 715042 4615546 2,1 2,2 <1.3 <1.3 Norte 25 518208 4593940 5,7 9,8 1,4 1,8 Norte 26 535464 4593930 8,5 10,6 <1.3 <1.3 Norte 27 555928 4594642 18,1 22,3 2,7 <1.3 Norte 28 575636 4594143 8,1 6,3 3,0 <1.3 Norte 29 594204 4593368 4,5 11,8 <1.3 <1.3 Norte 30 615192 4594976 2,3 3,9 <1.3 <1.3 Norte 31 635966 4595481 2,6 1,4 <1.3 <1.3 Norte 32 655268 4595342 4,0 3,0 <1.3 <1.3 Norte 33 675386 4595326 2,1 1,9 <1.3 <1.3 Norte 34 695396 4596243 2,3 1,6 <1.3 <1.3 Norte 35 715066 4596108 3,2 2,1 <1.3 <1.3 Norte 36 535597 4574038 9,6 13,3 7,1 1,5 Norte 37 555528 4574331 11,2 9,9 4,4 <1.3 Norte 38 575605 4574329 11,9 6,2 2,1 <1.3 Norte 39 595535 4574722 3,1 3,0 <1.3 <1.3 Norte 40 615572 4575049 2,5 2,3 <1.3 <1.3 Norte 41 635927 4575884 1,5 2,2 <1.3 <1.3 Norte 42 655601 4575197 1,7 2,6 <1.3 <1.3 Norte 43 675388 4575311 2,9 2,1 <1.3 <1.3 Norte 44 695558 5475161 [a] 2,9 [a] <1.3 Norte 45 535504 4553824 16,1 18,8 1,8 <1.3 Norte 46 555563 4554202 9,0 6,8 <1.3 1,8

(49)

Norte 47 575514 4554289 5,4 3,5 1,3 1,3 Norte 48 595867 4555101 2,1 3,4 <1.3 <1.3 Norte 49 615726 4554510 4,8 2,5 <1.3 <1.3 Norte 50 635298 4555223 1,8 2,0 <1.3 <1.3 Norte 51 655784 4555152 2,0 2,6 <1.3 <1.3 Norte 52 675525 4556152 1,6 1,8 <1.3 <1.3 Norte 53 535831 4534220 12,2 14,6 <1.3 <1.3 Norte 54 555759 4533641 3,6 3,6 <1.3 <1.3 Centro 55 575765 4533658 2,6 2,4 <1.3 <1.3 Centro 56 595940 4534420 2,2 1,6 <1.3 <1.3 Norte 57 616027 4534989 2,7 6,6 <1.3 <1.3 Norte 58 635522 4534873 1,7 1,9 <1.3 <1.3 Norte 59 656001 4535068 1,7 3,0 <1.3 <1.3 Centro 60 674952 4535028 2,3 1,9 <1.3 <1.3 Centro 61 536321 4514169 12,2 25,3 5,8 <1.3 Centro 62 555349 4514829 0,8 1,7 <1.3 <1.3 Centro 63 576629 4513787 5,4 2,3 <1.3 <1.3 Centro 64 594860 4513296 4,6 3,8 <1.3 <1.3 Centro 65 615739 4514121 4,1 4,2 <1.3 <1.3 Centro 66 636241 4515091 2,2 1,5 <1.3 <1.3 Centro 67 656310 4514582 2,9 4,9 <1.3 <1.3 Centro 68 676165 4512359 3,5 1,4 <1.3 <1.3 Centro 69 535841 4494498 3,7 8,7 1,8 <1.3 Centro 70 556498 4493275 2,9 4,2 <1.3 <1.3 Centro 71 575278 4494402 2,6 4,0 <1.3 <1.3 Centro 72 596347 4494878 2,8 5,2 1,9 <1.3 Centro 73 616302 4496318 6,2 2,3 <1.3 <1.3 Centro 74 636472 4491571 1,3 1,7 <1.3 <1.3 Centro 75 656496 4494268 5,8 5,1 <1.3 <1.3 Centro 76 677412 4496197 2,7 1,0 1,4 <1.3 Centro 77 516752 4478185 1,2 [a] <1.3 [a] Centro 78 536574 4473989 2,6 8,2 <1.3 <1.3 Centro 79 557023 4473786 2,8 5,8 1,4 <1.3 Centro 80 576524 4474262 2,5 3,5 <1.3 <1.3 Centro 81 596525 4475135 4,5 2,6 <1.3 <1.3 Centro 82 616400 4474076 1,6 [a] <1.3 [a] Centro 83 636025 4474647 3,5 2,3 <1.3 <1.3 Centro 84 656191 4476342 3,2 <1 <1.3 <1.3 Centro 85 676705 4473508 3,1 2,0 <1.3 <1.3 Centro 86 517346 4453805 4,6 7,3 <1.3 <1.3 Centro 87 537654 4454126 3,8 9,8 <1.3 <1.3 Centro 88 557755 4454339 3,7 6,0 <1.3 <1.3 Centro 89 576717 4454605 1,9 2,6 <1.3 <1.3 Centro 90 596089 4454986 1,2 1,1 <1.3 <1.3 Centro 91 616135 4456666 2,0 1,4 <1.3 <1.3 Centro 92 636835 4456929 2,7 1,8 <1.3 <1.3 Centro 93 657258 4453859 3,8 2,1 <1.3 <1.3 Centro 94 516927 4434345 2,9 5,2 <1.3 <1.3 Centro 95 538053 4434667 6,4 9,7 <1.3 <1.3 Centro 96 557424 4434323 3,1 4,8 <1.3 <1.3 Centro 97 577898 4434232 <1 2,7 <1.3 <1.3 Centro 98 597043 4434877 1,4 2,3 <1.3 <1.3

(50)

Centro 99 616859 4431929 1,8 1,0 <1.3 <1.3 Centro 100 636848 4432264 4,3 2,3 <1.3 <1.3 Centro 101 656792 4434816 2,2 1,1 <1.3 <1.3 Centro 102 677814 4430553 2,8 <1 <1.3 <1.3 Centro 103 517695 4414041 3,2 5,3 <1.3 <1.3 Centro 104 537280 4414120 2,1 2,3 <1.3 <1.3 Centro 105 557137 4414123 [a] [a] [a] [a] Centro 106 577143 4415227 <1 2,8 <1.3 <1.3 Centro 107 599255 4412305 <1 2,0 <1.3 <1.3 Centro 108 617153 4411948 1,1 1,6 <1.3 <1.3 Centro 109 637280 4415784 5,7 4,5 <1.3 <1.3 Centro 110 657078 4415569 4,3 1,7 <1.3 <1.3 Centro 111 677265 4417232 1,6 1,2 <1.3 <1.3 LVT 112 497344 4394209 1,1 3,1 <1.3 <1.3 Centro 113 517757 4393772 2,6 6,7 <1.3 <1.3 LVT 114 537322 4393929 2,9 3,1 <1.3 <1.3 LVT 115 557576 4394214 1,4 3,9 <1.3 1,3 Centro 116 579117 4394532 1,6 2,8 <1.3 <1.3 Centro 117 598947 4394346 1,2 2,1 1,4 <1.3 Centro 118 617315 4396605 2,3 0,0 <1.3 0,0 Centro 119 637645 4394743 2,0 1,2 <1.3 <1.3 Centro 120 657255 4397005 1,7 <1 <1.3 <1.3 LVT 121 497454 4373688 3,6 4,7 <1.3 <1.3 Centro 122 517693 4374176 1,2 2,7 <1.3 <1.3 LVT 123 537639 4374313 2,7 6,4 1,5 <1.3 LVT 124 557582 4374575 3,7 [a] <1.3 [a] LVT 125 577549 4376308 3,2 [a] 1,7 [a] LVT 126 596222 4376000 1,8 3,0 1,9 <1.3 Alentejo 127 617417 4374911 6,5 1,6 <1.3 <1.3 Alentejo 128 637591 4374708 5,8 1,2 <1.3 <1.3 LVT 129 477674 4353789 2,8 4,2 <1.3 <1.3 LVT 130 497104 4353539 2,8 4,7 <1.3 <1.3 LVT 131 517680 4353135 2,5 4,7 <1.3 <1.3 LVT 132 537896 4354626 5,0 [a] <1.3 [a] LVT 133 557555 4353999 2,9 2,9 <1.3 <1.3 LVT 134 576222 4355555 2,9 [a] <1.3 [a] Alentejo 135 597600 4354370 5,0 1,4 2,4 <1.3 Alentejo 136 617565 4355123 6,7 3,9 1,4 1,8 Alentejo 137 637806 4354310 4,2 2,7 <1.3 <1.3 LVT 138 477804 4333476 3,9 5,0 <1.3 <1.3 LVT 139 497922 4334410 1,1 4,1 <1.3 1,8 LVT 140 517947 4334699 6,9 12,5 2,1 <1.3 LVT 141 537928 4334137 4,8 4,2 1,4 <1.3 LVT 142 553471 4331804 4,6 2,7 <1.3 <1.3 Alentejo 143 577757 4334343 3,4 2,1 <1.3 <1.3 Alentejo 144 598067 4333891 3,2 1,8 <1.3 <1.3 Alentejo 145 617865 4334996 5,9 1,9 <1.3 <1.3 Alentejo 146 637899 4334793 3,9 2,7 <1.3 <1.3 Alentejo 147 657719 4335772 2,0 2,1 <1.3 <1.3 LVT 148 478216 4313314 2,4 3,7 <1.3 <1.3 LVT 149 478216 4313314 2,5 13,5 <1.3 1,6 LVT 150 518352 4313168 4,9 7,7 2,5 <1.3

Referências

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