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Mulheres jovens com câncer de mama: lutando contra o câncer e o espelho [Young women with breast cancer: fighting cancer and the mirror] [Mujeres jóvenes con cáncer de mama: la lucha contra el cáncer y el espejo]

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RESUMO

Objetivo: Descrever como a mulher jovem vivencia o câncer de mama e seu tratamento segundo sua própria perspectiva. Método:

Estudo descritivo de abordagem qualitativa com a participação de 10 mulheres diagnosticadas com câncer de mama antes de 40 anos. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada. Para análise dos dados foi utilizada a técnica de análise cate-gorial. Resultados: Verificou-se que, na vivência do tratamento, a queda do cabelo e a perda da mama culminaram em sentimentos negativos, afetando a autoimagem e refletindo em suas relações afetivo-sexuais devido à maior valorização da aparência atribuída a mulher jovem. Conclusão: As repercussões emocionais do tratamento são vivenciadas intensamente pelas mulheres jovens devido às suas peculiaridades como a maior valorização da aparência e a fase da vida em que se constitui família ou relacionamentos sólidos, despertando a necessidade de um olhar atento para essas questões na assistência à saúde dessa clientela.

Descritores: Câncer de mama. Adulto jovem. Saúde da mulher. Enfermagem oncológica. ABSTRACT

Objective: To describe how young woman experiences breast cancer and its treatment according to its own perspective. Method:

Descriptive and qualitative study with the participation of 10 women diagnosed with breast cancer before 40 years. Data were collec-ted by semi-structured interview, and analyzed by the categorical analysis technique. Results: It was verified that in the experience of the treatment, the hair loss and the loss of the breast culminated in negative feelings, affecting the self-image and reflecting in its affective-sexual relations due to the greater appreciation of the appearance attributed to young women. Conclusion: The emotional repercussions of the treatment are intensively experienced by young women due to their peculiarities such as the greater appreciation of appearance and the stage of life in which family or solid relationships are constituted. Nurses should be aware to the need for a careful look at these aspects of these women’s health.

Descriptors: Breast cancer. Young adult. Woman’s health. Oncology nursing. RESUMEN

Objetivo: describir cómo la mujer joven experimenta el cáncer de mama y su tratamiento de acuerdo con su propia perspectiva. Método:

Estudio descriptivo y cualitativo con la participación de 10 mujeres diagnosticadas con cáncer de mama antes de los 40 años. Los datos se recolectaron mediante entrevista semiestructurada y se analizaron mediante la técnica de análisis categórico. Resultados: Se verificó que en la experiencia del tratamiento, la pérdida de cabello y la pérdida de la mama culminaron en sentimientos negativos, afectando la autoimagen y reflejándose en sus relaciones afectivo-sexuales debido a la mayor apreciación de la apariencia atribuida a mujer joven.

Conclusión: Las mujeres jóvenes experimentan intensamente las repercusiones emocionales del tratamiento debido a sus peculiaridades,

como la mayor apreciación de la apariencia y la etapa de la vida en que se establecen las relaciones familiares o sólidas. Las enfermeras deben estar conscientes de la necesidad de observar cuidadosamente estos aspectos de la salud de estas mujeres.

Descriptores: Cáncer de mama. Adulto Joven. Salud de las mujeres. Enfermería oncológica.

Mulheres jovens com câncer de mama: lutando contra o câncer e o espelho

Young women with breast cancer: fighting cancer and the mirror Mujeres jóvenes con cáncer de mama: la lucha contra el cáncer y el espejo

Octavio Muniz da Costa Vargens1; Thaís de Almeida Brasil2; Isabella Ribeiro Cardozo3; Carla Marins Silva4

1Enfermeiro obstétrico. Doutor. Professor Titular. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Brasil. E-mail: omcvargens@uol.com.br.

2Enfermeira. Mestranda da Escola Nacional em Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP-Fiocruz). Rio de Janeiro. Brasil. E-mail: thaiisbrasil@gmail.com 3Enfermeira. Residente de Enfermagem em Controle de Infecção Hospitalar pelo Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF-Fiocruz). Rio de Janeiro. Brasil. E-mail: belaenfermagem@gmail.com

4Enfermeira obstétrica. Doutora. Professora Adjunta. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Brasil. E-mail: carlamarinss@hotmail.com

Enfermagem Obstétrica, 2017; 4:e109.

Introdução

O câncer de mama é a neoplasia maligna que mais acomete a mulher sendo a principal causa de óbito por câncer no sexo feminino. Ao longo das décadas tornou--se um problema de saúde pública mundial devido à sua gravidade e magnitude. No Brasil, são esperados para 2016

aproximadamente 57.960 novos casos, um risco estimado de 56,20 casos a cada 100.000 mulheres1.

A maior incidência do câncer de mama ocorre no período perimenopausa acompanhando uma tendência mundial. Dessa forma, o acometimento desse tipo de

ISSN 2358-4661

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câncer em mulheres jovens, ou seja, com idade inferior a 40 anos, ainda é considerado infrequente, contudo, vem apresentando um leve crescimento no país2,3.

A experiência de adoecer em idade jovem devido ao câncer de mama oferece grandes desafios pelo fato dessa mulher estar em plena atividade reprodutiva e produtiva, no ponto de vista biológico, social e econômico, constituindo família e consolidando sua carreira profissional5.

Os carcinomas mamários em mulheres jovens apresentam aspectos histopatológicos mais agressivos e geralmente são descobertos como doença avançada. Com isso, o tratamento pode combinar diferentes modalidades terapêuticas, associando abordagem cirúrgica a uma terapia sistêmica, sendo na maioria dos casos a quimioterapia para destruir células neoplásicas6.

Quanto ao tratamento cirúrgico, dos diferentes ti-pos de mastectomia, as cirurgias não conservadoras são as mais empregadas na mulher em idade jovem, pois a maioria dos diagnósticos é realizada em estágios avança-dos6. A mastectomia repercute na identidade da mulher ao alterar a feminilidade, pois se constitui na mutilação de um órgão bastante importante no exercício da sexualidade e na representação da maternidade. Ademais, a ausência da mama faz com que a mulher se distancie dos padrões estéticos tão valorizados na sociedade atual, o que pode gerar angústia e sofrimento, bem como, sentimento de rejeição por parte do cônjuge7.

Em relação ao tratamento quimioterápico, verifica-se uma sobreposição de sintomas aos comumente relacionados à doença como alopecia, náuseas, vômitos, perda de apetite, emagrecimento, interferindo na capacidade física e inviabili-zando a realização de atividades domésticas e laborativas8.

Dessa forma as consequências do tratamento do câncer de mama, principalmente alopecia e mastectomia, geram um impacto na autoimagem da mulher. A perda dos cabelos e da mama exerce influência emocional sobre à auto percepção corporal feminina, afetando o exercício de sua sexualidade9.

O objetivo deste estudo foi descrever como a mulher jovem vivencia o câncer de mama e seu tratamento segundo sua própria perspectiva.

Método

Tratou-se de um estudo descritivo em abordagem qualitativa. Os cenários utilizados para realização do estudo foram um Centro de Controle do Câncer de um Hospital Universitário situado no município do Rio de Janeiro e uma organização não-governamental (ONG) voltada para a causa câncer de mama localizada no município de Niterói.

Os procedimentos éticos foram respeitados conforme a resolução n° 466/2012 que trata sobre pesquisas envol-vendo seres humanos. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição universitária, sede da pesquisa, sendo aprovado sob parecer de número 458.116 e Registro CAAE número 20082813.9.0000.5259. A coleta de dados ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro de 2014.

Para tal estudo participaram dez mulheres diagnos-ticadas com câncer de mama antes dos quarenta anos de idade que já haviam realizado alguma etapa do tratamento. Todas eram residentes do estado do Rio de Janeiro.

Para coleta de dados utilizou-se a entrevista semies-truturada, com base em roteiro composto por três seções: caracterização das informantes; a vivência do câncer de mama e seu tratamento; e questões de apoio (tema que poderiam ser introduzidos pelo entrevistador caso não fossem abordados espontaneamente pelas participantes). Como estratégia para a entrevista foi efetuado o contato prévio com as participantes para esclarecimentos acerca do estudo e posterior apresentação do TCLE, se-gundo a recomendação do Conselho Nacional de Saúde. Mediante a confirmação da participação e assinatura do TCLE, um local foi reservado para a efetivação da coleta de dados com a presença exclusiva das pesquisadoras, além da entrevistada, afim de que a mesma pudesse se sentir à vontade para conversar e expressar suas opiniões.

Para análise dos dados, utilizou-se à técnica de análise temática ou categorial10. No caso das entrevistas, estas foram devidamente transcritas constituindo o corpus do estudo. Após a realização da leitura flutuante, procedeu-se à “edição” das entrevistas transcritas marcando semelhanças e contras-tes, bem como, definindo também as unidades de registros. Posteriormente, as unidades de registros foram codificadas, onde sua reunião gerou um inventário que permitiu a dis-tribuição das mesmas em respectivos temas permitindo a construção das categorias e subcategorias do estudo.

Resultados

O perfil das entrevistadas é composto por mulheres que foram diagnosticadas entre 25 e 39 anos, em sua maioria casada, com um ou dois filhos menores de idade no momento do diagnóstico, com ensino médio completo, praticantes da religião evangélica e que foram submetidas à quimioterapia, à mastectomia e à radioterapia durante o tratamento. A etapa do tratamento do câncer de mama consiste no emprego de medidas terapêuticas na tentativa de eliminar, reduzir ou estacionar o tumor. Esse período se constituiu em uma verdadeira luta para as entrevistas ao exigir esforços para o enfrentamento diante de repercus-sões que atingiram suas vidas no âmbito biopsicossocial. Sendo assim, surgiram os seguintes temas: a percepção de um tratamento agressivo, a mulher jovem diante dos efeitos do tratamento antineoplásico e as consequências da alopecia e da perda da mama na vida da mulher jovem.

A percepção de um tratamento agressivo

A vivência do tratamento é dita pelas mulheres como uma experiência marcante devido às consequências das modalidades terapêuticas realizadas, sobretudo, em decor-rência da quimioterapia, conforme descrito nas falas abaixo.

[...] e a quimioterapia, muito difícil a quimioterapia, você se vê sem o cabelo, se fosse uma coisa assim que não fosse agressiva, mas não, é muito agressiva (E3). [...] Mas o pior para mim foi a quimioterapia porque a quimioterapia me fez muito mal, muito mal, teve

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uma vez que eu fiquei 7 dias sem comer e sem beber água [...] (E7).

Nas falas apresentadas fica evidente que para as entrevistadas a realização do tratamento quimioterápico está associada a uma experiência agressiva e geradora de sofrimento, estando esses sentimentos e sensações direta-mente relacionados aos efeitos colaterais da quimioterapia. Assim, a vivência do tratamento se traduz em sofrimento físico e psíquico mediante as repercussões dessa fase do adoecimento.

A mulher jovem diante dos efeitos do tratamento antineoplásico

Os efeitos físicos mais significativos para as entrevistadas foram aqueles que geraram incapacidade física para o exercício de atividades comuns a faixa etária e provocaram alteração da autoimagem dos quais emergiram sentimentos e sensações que ampliaram o sentido do sofrimento vivenciado.

Os efeitos gastrointestinais foram bastante frequentes nas falas das depoentes surgindo sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e constipação intestinal, sendo que os dois primeiros foram os mais citados e mais relacionados com o mau estado físico conforme descrito nos depoimentos abaixo.

[...] vomitava que eu nunca vi igual [...] enjoos, não podia sentir cheiro de um monte de coisas […] (E2). [...] na quimioterapia o pior foi o enjoo, pior do que o cabelo, eu tive muito enjoo, foi o pior (E8).

Na maioria dos relatos o enjoo aparece com frequ-ência de forma intensificada, chegando a ser considerado um efeito pior do que a queda de cabelo como menciona a participante E8, como também sugestivo de má reação do organismo. No entanto, tal sintoma não foi comum a todas as mulheres que fizeram quimioterapia como se confirma abaixo.

[...] uma luta vencida né porque eu fiz a quimiotera-pia também não passei mal [...] Não tive enjoos, não vomitei nenhum dia, também consegui fazer minhas coisas, tudo dentro de casa, sozinha […] (E3).

Para a participante E3 ter passado pela quimioterapia sem se sentir mal, sem ter tido náuseas e vômitos repre-senta uma luta vencida porque a mesma tem consciência de que por causa dos efeitos colaterais o tratamento pode resultar em incapacidade física e comprometer o exercício de seus afazeres domésticos.

Além do comprometimento do bem-estar físico, esses sintomas gastrointestinais afetaram a vida social da mulher à medida que ela deixou de realizar suas atividades domésticas, laborais e até mesmo de lazer tanto pelo des-conforto quanto pelos sentimentos atribuídos a isso como a vergonha e o constrangimento diante das outras pessoas. Tal fato se confirma na fala a seguir.

Na quimioterapia, o pior de todos [...] eu me sentia enjoada, me sentia mal, não podia fazer as coisas. [...] pela idade eu me sentia mais impotente ainda, porque eu estava super ativa trabalhando, academia, estava

com namorado na época, era até noivo, então essa foi também foi uma parte muito difícil, me sentia enver-gonhada por eu não poder acompanhar, por eu me sentir mais feia, por eu me sentir mais delicada (E9).

O impacto na vida social surgiu principalmente da necessidade de reclusão e isolamento motivados pelos efei-tos da quimioterapia. No depoimento acima a entrevistada deixa claro que o seu estado físico e mental abalado pelo tratamento representa para ela a impossibilidade de de-sempenhar atividades que fazem parte da rotina da mulher jovem atual. Tais limitações geraram sensação de impotên-cia e sentimento de vergonha por não poder acompanhar as pessoas. As exigências do tratamento e o seu impacto na vida social também apareceram no relato abaixo.

[...] eu na idade que eu estava queria passear, queria fazer as coisas não pude, então sabe aquilo você quer abraçar o mundo estava impedida, eu acho isso que é errado você dizer que para o jovem é mais fácil (E8).

A entrevistada relata as limitações enfrentadas du-rante o tratamento momento no qual ela precisou abrir mão de fazer coisas que são inerentes a sua faixa etária, concluindo que tais impossibilidades tornam a vivência do câncer de mama pela mulher jovem mais difícil.

O impacto na autoimagem também foi apontado por E9 e se constituiu em uma questão central na vivência do tratamento antineoplásico porque a valorização da apa-rência é algo culturamente atribuído ao ser mulher. A fala abaixo demonstra como a percepção visual dos efeitos da quimioterapia influenciou no enfrentamento da doença.

Então foi um período muito difícil, esse período da quimioterapia, muito difícil mesmo. Porque você se olha e você não sabe se você vai consegui passar (E3).

O fato de se olhar e perceber as mazelas do tratamento de forma visível para si e para os outros é uma consequência da alteração da imagem corporal que pode ser afetada por várias reações da quimioterapia. No entanto, surgiram nos depoimentos causas principais como a alteração do peso corporal, a alopecia e a perda da mama. No presente estudo, a alteração do peso corporal, seja o ganho ou a perda de peso, apereceu nos depoimentos da seguinte forma.

[...] ai fiz a quimioterapia passando mal pra caramba [...] ai em uma semana eu emagreci acho que uns 12 kg […] (E2).

Eu fiquei muito brava com meu peso. Eu chegar a 70 e pouco, o que me incomodou foi isso (E10).

Nos relatos acima apenas E1 referiu perda de peso, provavelmente relacionada à dificuldade de se alimentar por conta de efeitos gastrointestinais. As demais entrevista-das referiram ganho de peso como aconteceu com E10 pelo aumento do apetite ou pela alteração do paladar provocada pelo enjoo. Outro fator importante a se considerar é o sen-timento relacionado ao ganho de peso conforme relatado por E10, pois para a entrevistada o aumento de peso gerou uma grande insatisfação motivada muito provavelmente pela preocupação com a aparência.

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A questão da aparência aparece na maioria das falas relacionada à perda de cabelo. Verifica-se que é comum a atribuição da agressividade do tratamento a alopecia, in-dicando que este é um dos efeitos mais marcantes para as mulheres jovens entrevistadas, fato que se justifica por ter sido comentado de diversas formas por todas que passaram pelo tratamento quimioterápico.

[...] o tratamento é muito agressivo porque logo nos primeiros 20 dias que fez a quimioterapia, o cabelo começou a cair. Então sempre que eu passava a mão caia aquele bolo de cabelo (E3).

[...] aí comecei a fazer a quimioterapia logo depois os cabelos começaram a cair, aí eu passava o pente vinha aquele monte de cabelo, as lágrimas caiam muito (E4).

As falas confirmam a ideia de que quando a mulher está ciente do início, da forma e da duração da alopecia este momento pode ser vivenciado mais tranquilamente. No depoimento abaixo, a entrevistada E2 relata uma situa-ção diferente da encontrada acima já que a mesma só ficou sabendo deste possível efeito quando chegou ao serviço de quimioterapia e se deparou com mulheres sem os seus cabe-los, concluindo que isso poderia acontecer com ela também.

Eu fiquei sabendo assim, cheguei lá e tal aí aquelas mulheres carecas: “ai senhor meu cabelo vai cair pai amado” (E2).

Os sentimentos e sensações relacionados à perda de cabelo emergiram da preocupação com a aparência que parece ser mais intensa nas mulheres jovens. A fala da entrevistada confirma esta ideia.

Então você vê como é se sentir enjoado, você se sentir feio [...] é porque o jovem eu acho que liga mais para essa questão da aparência (E9).

Na fala abaixo se evidencia a referência ao cabelo comprido usado pelas mulheres jovens antes do adoeci-mento, demonstrando que a perda de cabelo nesses casos requer uma necessidade de aceitação já que está ligada a vaidade feminina.

[...] é complicado porque você fala o cabelo cai um pouquinho não o cabelo cai todo você fica careca, no meu caso eu tinha um cabelão, na cintura, eu fui cortando aos poucos até para ir acostumando para poder ir me aceitando [...]. (E1)

[...] e eu nova, cabelo grande, imaginava que ia perder o cabelo já fui cortando o cabelo também [...] (E5).

Percebe-se que a iniciativa de cortar o cabelo antes do início da quimioterapia aparece como estratégia para minimizar a sensação de perda uma vez que ficar sem o cabelo porque cortou pareceu ter um impacto menor do que a ausência em decorrência da queda.

As consequências da alopecia e da perda da mama na vida da mulher jovem

As repercussões emocionais do tratamento antine-oplásico e suas consequências na vida da mulher jovem emergiram dos depoimentos a partir de questões

psicos-sociais significativas relacionadas à perda de cabelo e à perda da mama em virtude da importância de ambos na composição do corpo e do gênero femininos.

Percebeu-se que a queda de cabelo proveniente da quimioterapia e a ausência da mama decorrente da mastectomia exerceram influência sobre a autoimagem, permitindo a constatação do adoecer por câncer de mama, afetando também a autoestima e o exercício da sexualidade pela dificuldade de auto aceitação do corpo modificado. A fala abaixo reflete o sentimento associado a esses efeitos e a sensação de perda da identidade.

Foi muito difícil assim você não é mais a mesma pes-soa como disseram uma vez é uma mutilação, você perde parte do seu corpo (E4).

Eu me sentia assim mais envergonhada né, não só comigo mesma porque eu me senti muito feia por perder todos os pelos do corpo [...] às vezes você está doente, só se sente mal, você se olha e você não é aquela mesma pessoa (E9).

As representações da mama para as mulheres e para sociedade influenciaram na forma como elas enfrentaram o processo de sua retirada desde a possibilidade de realização da cirurgia até a constatação e convivência com a ausência deste órgão. Nas falas abaixo as entrevistadas referem sentimentos, sensações e reações associadas a esse efeito direto da mastectomia.

[...] Só que eu fiquei muito traumatizada e não quis aceitar então não quis fazer a cirurgia. Aí eu falei ‘não vou fazer porque eu não vou tirar a minha mama’ [...] [choro]. (E7)

[...] eu tive que ir para o psicólogo, eu tive que ter acompanhamento porque nossa senhora! A minha filha mesmo depois que eu fui operada, ela procurava, ela procurava o meu peito (E4).

As falas apresentadas expressam o impacto psicológi-co da mastectomia em dois momentos, ao receber a notícia da necessidade de realizá-la e após o procedimento. No relato de E4, verifica-se um aspecto importante inerente a faixa etária estudada que é o fato de ter filhos, com alto grau dependência materna devido à amamentação, bem como o reflexo disso no sofrimento relacionado à perda da mama. A seguir as entrevistadas referem à reação ao pós-operatório.

[...] eu tive assim experiência de depois de tirar as ataduras de não conseguir me olhar, então assim eu não usava o espelho do pescoço para baixo [...]. (E1) [...] eu demorei a me olhar no espelho, mas demorou cair a ficha, mas depois foi caindo devagarzinho (E5).

Diante da importância da mama para mulher, verifica--se que sua ausência adicionada ao fato de estar acometida por uma doença estigmatizante gera o impacto na sua auto-estima sendo ainda pior quando ocorre em idade precoce conforme relata E1.

[...] para nós jovens é assustador porque a gente lida-va tipo com um câncer de útero, um câncer de pulmão

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algo assim, mas o câncer de mama para nós jovens isso para nós para autoestima da mulher quando você se olha no espelho e vê que você não tem seio né?! Isso para nós jovens é mais conturbado de você entender né?! (E1).

Percebe-se que a perda da mama, a alopecia e as repercussões emocionais do tratamento podem ter reflexo na vida conjugal como apontam as falas abaixo.

[...] como é que você vai ficar com uma mulher dentro de casa que não tem seio? Ela não tem cabelo, ela está frágil naquele momento, então de repente para o marido isso é muito difícil nem todos aguentam entrar no mesmo barco que você e lutar a mesma luta que você está lutando [...] (E1).

A fala sugere a ocorrência de uma auto depreciação em relação a sua imagem corporal, interferindo na vida conjugal principalmente pelo fato de as mulheres terem dificuldade de se aceitarem. Isso pode ser ainda mais complicado quando se trata de mulheres solteiras devido ao fato de ainda não possuírem relacionamentos sólidos, sobretudo, diante na necessidade de formar uma família como se verifica abaixo.

[...] então falar assim porque você é jovem para você é mais fácil, não é mais fácil, eu não era casada, eu não tenho filho e claro que você vai pensar assim como vai ser difícil tirar a roupa para um homem [...] (E8).

Apesar de todo impacto gerado pela perda da mama, verifica-se que a gravidade da doença exige o tratamento bem como o enfrentamento de suas consequências.

E a mastectomia não adianta você se revoltar o resto da vida [...] você vai ter que encarar aceitar as coisas e ir conforme o barco, remando contra a maré [...] estou com uma mama, não posso fazer nada, então vou ter que usar a prótese [...] E sou obrigada a aceitar (E2).

Em se tratando das perdas associadas ao tratamen-to, as mulheres entrevistadas utilizaram estratégias para minimizarem o impacto da ausência de volume deixado pelo esvaziamento mamário. Na fala abaixo a entrevistada relata a realização da cirurgia reparadora e sua importância no enfrentamento da perda da mama.

Eu achei que ia ser até mais difícil, não tenho o que reclamar não, mesmo tendo ficado sem mama agora já estou com ela aqui direitinho, agora eu acho que essa [mama reconstruída] está muito mais bonita que essa [mama sem a prótese] porque essa está durinha, em pezinho (E6).

Percebe-se que a reconstrução mamária reduziu a sensação de vazio deixada pela retirada da mama trazendo benefícios para saúde mental da mulher mastectomizada, sobretudo, durante o pós-operatório ao minimizar a percep-ção de um corpo alterado. A cirurgia reparadora parece ser ainda mais importante para as mulheres jovens conforme se verifica na fala abaixo.

Para o jovem é uma forma de você amenizar o que é, porque tem todos esses fatores de você não ser casada, de você não ter filhos, se você encontrar

uma pessoa como você vai se relacionar com ela? A reconstrução para o jovem é essencial, para todo mundo, mas para o jovem é mais que é essencial (E8).

A entrevistada menciona a reconstituição mamária como uma estratégia fundamental para amenizar o impacto da perda da mama, principalmente no caso da mulher jovem já que a necessidade de se relacionar afetivamente é maior, até porque ela se encontra em idade fértil e socialmente é o momento que ela está preparada para casar e ter filhos.

Discussão

As pacientes submetidas à quimioterapia estão pas-síveis de sofrer seus efeitos colaterais independe da faixa--etária ao diagnóstico. Alguns estudos ratificam a percepção do tratamento ao demonstrarem que a vivência desta etapa do adoecimento foi considerada pelas entrevistadas como uma experiência dolorosa em seu sentido amplo, fazendo menção às questões ligadas ao corpo e a mente, justamente por afetar a mulher em sua plenitude9.

Durante o tratamento surgem diversas situações de sofrimento devido às reações adversas dos quimioterápi-cos e a exposição a radiações que se somam aos efeitos psicológicos11. Os efeitos gastrointestinais são considerados perturbadores para as mulheres por gerarem sentimentos de vergonha e constrangimento e, consequentemente, por provocarem alteração da dinâmica social, sendo muitas vezes motivadores do isolamento que ocorrem com algu-mas mulheres12.

No estudo que objetivou avaliar a qualidade de vida de pacientes, com câncer de mama em terapia adjuvante, dentre elas mulheres com idade inferior a 40 anos, os sinto-mas gastrointestinais tanto isolados quanto acompanhados de sintomas físicos e emocionais apareceram como efeitos colaterais vivenciados por todas as entrevistadas com o um impacto importante na qualidade de vida das mesma13.

Os efeitos da quimioterapia podem ser ainda mais impactantes para a mulher jovem conforme evidenciado no presente estudo porque ela se encontra em uma fase da vida em que são várias as demandas, geralmente assumi muitos papéis, e quando se vê impossibilitada, sente-se impotente por possuir naturalmente maior energia vital. Isso acaba por afetar o seu psicológico ao gerar altos níveis de angústia14-15.

Estudos complementares sobre o impacto do trata-mento na autoimagem e na vida social de mulheres com câncer de mama identificaram que a idade foi considerada um fator importante para o ajustamento da aparência alterada pelos tratamentos uma vez que mulheres mais jovens apresentaram maior prejuízo da imagem corporal do que mulheres acima de 50 anos, demonstrando que em mulheres em idade reprodutiva o sofrimento causado pelas reações da quimioterapia e radioterapia para autoimagem é preocupação comum nesta faixa etária16,17.

A alteração do peso corporal apareceu como um efei-to que causa impacefei-to na auefei-toimagem um achado também compatível com outro estudo que identificou o ganho de peso como um dos efeitos colaterais mais relacionados com o impacto na autoimagem16.

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A queda de cabelo representa um símbolo da luta con-tra o câncer diante da figura da pessoa inquestionavelmente adoecida, denunciando para mulher e para sociedade o adoecimento. Esse é um dos fatores que fazem com que a alopecia seja considerada um dos efeitos mais difíceis de serem enfrentados pelas mulheres jovens principalmente devido à valorização da aparência18,19.

O cabelo está diretamente relacionado à formação da identidade pessoal podendo ser a sua ausência a perda do seu próprio eu quando ao se olhar no espelho não se reconhece a imagem refletida12.Alguns estudos com mu-lheres jovens demonstram que, independente da idade, a retirada da mama se associou negativamente à percepção da autoimagem, gerando insatisfação com o resultado estético e estresse emocional devido à aparência5,19.A mastectomia, independente de ser conservadora ou não, mesmo acompanhada da reconstrução mamária pode ser vivenciada durante o tratamento antineoplásico de uma forma traumática, abalando a integridade física e a imagem psíquica da mulher16,17.

A dificuldade de olhar a região operada após o proce-dimento cirúrgico sugere o medo de constatar a perda da mama e consequentemente a sua nova imagem corporal. Alguns autores confirmam esse achado ao identificarem que as mulheres mastectomizadas apresentaram dificuldade em conseguir se olhar no espelho e observar as mudanças corporais decorrentes da terapêutica cirúrgica20.De acordo com a literatura o impacto da perda da mama ocorre devido ao papel que ela desempenha na construção da identidade feminina ao apresentar diversos significados que envolve a sua função fisiológica e simbólica desde a puberdade até a idade adulta18-22.

A valorização do corpo feminino e a preocupação em relação ao exercício da sexualidade se somam a problemática do câncer de mama uma vez que mulheres jovens geralmente estão em plena atividade reprodutiva, constituindo família, planejando filhos ou ainda desenvolvendo relacionamentos íntimos o que faz com que se tenha receio da rejeição do parceiro11.Quando se trata da sexualidade após o câncer de mama, algumas mulheres demostram o sentimento de angústia e menos valia diante das alterações corporais por envolverem características físicas relacionados ao padrão de beleza e feminilidade culturalmente valorizados23.

Outra questão importante a se considerar na redução do impacto provocado pelos efeitos do tratamento é a possibilidade de reconstrução mamária imediata ou tardia. As mulheres percebem a cirurgia reparadora da mama como uma possibilidade de recuperarem sua feminilidade, sensualidade e erotismo já que pode ajudar a voltar a ter uma vida sexual ativa com um impacto importante em sua qualidade de vida18.

Conclusão

A realização do tratamento antineoplásico represen-tou uma etapa bastante significativa na vivência do câncer de mama pelas mulheres jovens do estudo. Os efeitos cola-terais mais significativos foram aqueles que resultaram em incapacidade física para o exercício das atividades

domés-ticas e laborais e no prejuízo da autoimagem diretamente relacionado à alopecia e à perda da mama.

Emergiram sentimentos negativos que afetaram a au-toestima das mulheres, refletindo também em suas relações afetivo-sexuais. Com isso, percebeu-se que as repercussões emocionais do tratamento foram vivenciadas intensamente pelas mulheres jovens por causa de suas peculiaridades como a maior valorização da aparência e a necessidade de constituir família ou relacionamentos sólidos, sendo ques-tões a serem consideradas na assistência de enfermagem as mesmas além das implicações corporais.

O câncer de mama em mulheres jovens exige a compreensão dos aspectos epidemiológicos, patológicos e assistenciais envolvidos nesse contexto por todos os profissionais de saúde, sendo necessário o fomento a produção de estudos que possam contemplar os níveis primário, secundário e terciário de atenção à saúde a fim de aprofundar cada etapa do processo de adoecimento e de captar os problemas existentes passíveis de resolução através do repensar a prática profissional, visando minimi-zar os efeitos colaterais do tratamento, contribuindo para uma assistência de qualidade ao atender às necessidades de saúde específicas dessa clientela.

Referências

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